Revista do Hospital são Vicente de paulo

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1 Revista do Hospital são Vicente de paulo Ano 2 Número 4 Set-Out/ /9 Dia Mundial do Coração. Cuide-se! Angioplastia Coronariana Eficácia comprovada no tratamento do infarto agudo Ana Furtado O segredo de um corpo bonito e saudável está na alimentação e na arte do bem viver Pág. 5 Postura correta Medidas simples podem prevenir dores nas costas Pág. 8 Endometriose Cirurgia é indicada apenas nos casos mais graves Pág. 9 Informativo bimestral do Hospital São Vicente de Paulo

2 Reafirmando a OPÇÃO PELA EXCELÊNCIA O HSVP vive um momento de reafirmação de sua opção pela excelência em atendimento. Isso inclui uma série de desafios, como a reacreditação hospitalar, a execução de obras de infraestrutura e, por fim, a adoção de um novo e completo sistema integrado de gestão (ERP), que repercute em todos os setores. Nesse contexto, fica ainda mais visível o grande valor pessoal e profissional de cada médico, enfermeiro e colaborador e, mais do que nunca, o espírito de equipe e o comprometimento que fazem do HSVP um hospital de destaque no Rio de Janeiro. Uma das provas desse destaque é a nossa participação na Rede Sentinela, projeto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cujo objetivo é ampliar o sistema de fiscalização sobre medicamentos, próteses, kits para diagnóstico e equipamentos médico-hospitalares, por meio da colaboração de diversas instituições. Hoje, devido ao nosso intenso trabalho de inspeção interna, servimos de parâmetro para outras instituições do Sistema Nacional de Saúde. E saúde é realmente palavra de ordem. Em homenagem ao Dia Mundial do Coração, esta edição da Revista do HSVP faz um balanço da angioplastia coronária, o método mais utilizado no tratamento do infarto, e traz orientação sobre como agir diante dos primeiros sintomas desse mal que retira a vida de milhões de pessoas a cada ano. Outro importante alerta é feito na reportagem sobre os perigos das milagrosas fórmulas emagrecedoras. Opinião corroborada, até mesmo, pela bela atriz e apresentadora Ana Furtado, que falou com exclusividade à nossa equipe de jornalismo. Ainda sobre o tema emagrecimento, o cirurgião geral Josué Kardec fala sobre os benefícios e cuidados com a cirurgia de redução do estômago. Artigo científico sobre a importância da prevenção de quedas na rotina dos idosos; a história de vida e profissão do clínico Leopoldino Gerra e uma entrevista especial com o presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde do Município do Rio de Janeiro (Sindhrio), Dr. Josier Vilar, são outras das atrações que selecionamos para você. Desejo uma boa leitura. Irmã Marinete Tibério - Diretora Executiva

3 SUMÁRIO EXPEDIENTE Beleza e saúde na medida certa Rede Sentinela: de olho na qualidade de produtos de saúde Iluminando o caminho rumo à excelência Postura certa para evitar a dor nas costas Tratamento eficiente contra endometriose Por dentro do coração Cirurgia de redução do estômago Quarenta anos dedicados à medicina Queda ainda é a maior causa das fraturas em idosos Trabalho voluntário ,11 12,13 14,15 16,17 18 Hospital São Vicente de Paulo Rua Dr. Satamini, Tijuca - Rio de Janeiro - RJ Tel.: FUNDADO EM 1930, pelas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo Diretoria Médica Eliane Castelo Branco (CRM: ) Conselho Administrativo Ir. Marinete Tiberio, Ir. Custódia Gomes de Queiroz, Ir. Maria das Dores da Silva e Ir. Ercília de Jesus Bendine Conselho Editorial Irmã Custódia Gomes de Queiroz - Diretora de Enfermagem Irmã Ercília de Jesus Bendine - Diretora da Qualidade Irmã Josefa Lima - Coordenadora da Pastoral da Saúde Irmã Marinete Tibério - CEO do HSVP Martha Lima - Gerente da Qualidade Olga Oliveira - Gerente de Suprimentos PROJETO EDITORIAL e REDAÇÃO SB Comunicação tel.: (21) Edição: Simone Beja TEXTOS: Danielli Marinho, Kadu Cayres, Igor Waltz e Rose Oliveira DIAGRAMAÇÃO: Sumaya Cavalcanti APOIO EDITORIAL: Cláudia Bluvol Impressão: Sol Gráfica COLABORE COM A REVISTA DO HSVP Envie suas dicas e sugestões de pauta para: jor@sbcom.com.br

4 aconteceu Encontros de Geriatria Nos meses de junho e agosto foram realizados o 3º e o 4 encontros do Programa de Envelhecimento Saudável 2011, do HSVP. Com o tema Nutrição Saudável, o terceiro encontro abordou a importância de ter uma alimentação equilibrada na 3ª idade, com a palestra da nutricionista Bianca Pereira, que deu dicas e recomendações sobre o que comer no dia a dia, e ainda tirou as dúvidas dos participantes. A palestra esclareceu muita coisa para mim. Agora sei o que pode e o que não pode faltar no cardápio lá de casa, contou a aposentada Dilma Ferreira, de 62 anos. Já no quarto encontro, cuja temática foi A Arte de Envelhecer: Segredos para Viver Bem, o psicólogo Wallace Hetmanek ensinou como equilibrar as quatro principais áreas da vida relacionamento, família, social e profissional para ter um velhice saudável. É sempre bom manter esses pilares equilibrados em todos os momentos. Mas, na velhice, isso se torna fundamental, explica Hetmanek. Os eventos duraram mais de duas horas e contaram com a participação ativa da plateia. Visitante ilustre A Companhia das Filhas da Caridade sociedade religiosa fundada por São Vicente de Paulo e Santa Luiza de Marillac, em 1633 atua em todo o mundo, concentrando suas atividades em localidades de cada país, as quais chama de províncias. No Brasil, a entidade assiste seis províncias: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Amazonas e Recife. No período de 20 de julho a 10 de agosto, foi a vez de a Província do Rio receber a ilustre visita da conselheira geral da companhia, Irmã Marlene Terezinha Rosa, com o objetivo de estimular a fidelidade entre os fundadores, assegurar a formação e o bem-estar das irmãs, promover o respeito à diversidade; além de avaliar os diferentes aspectos da vida espiritual, comunitária e apostólica, em conjunto com a província e seu conselho. Após 21 dias, a conselheira deixou registrado que todos os setores estão em plena vitalidade, dando destaque para o trabalho realizado no HSVP: Participei da reunião gerencial e de lideranças do hospital e percebi a excelente estrutura organizacional e administrativa que ele possui, comentou. Durante sua visita, Irmã Marlene foi acompanhada de perto pela Irmã Jeny Borges da Silva, que é presidente da Associação São Vicente de Paulo. Arraiá do Reacreditá No dia 6 de agosto, a quadra do antigo Instituto São Vicente de Paulo serviu de cenário para o Arraiá do Reacreditá, festa agostina do HSVP. Com barracas de comidas e bebidas típicas, muitas brincadeiras e uma animada quadrilha, o evento - cujo nome faz uma alusão ao processo de reacreditação do hospital durou sete horas e reuniu mais de 150 pessoas. O arraiá veio para proporcionar maior integração entre os funcionários e reforçar a imagem positiva do processo de reacreditação, afirma Martha Lima, umas das organizadoras da festa. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 4

5 Receita certa para Beleza e saúde Ana Furtado: rotina de exercícios físicos e cuidados com a saúde No livro A Beleza Está nos Olhos de Quem Vê (Editora Global), a psicóloga Camila Cury defende que a beleza - da estética ao conteúdo - depende de quem a interpreta, sente, vive. Será mesmo? Os atributos físicos ganharam importância histórica a partir do final da Idade Média, com o Renascimento italiano. Nesse período, as mulheres belas eram as que exibiam curvas e gordurinhas. O conceito de beleza mudou e, de várias décadas para cá, definiu como modelo de perfeição a silhueta muito magra. Começava, então, um conflito sóciocultural generalizado, provocado por uma realidade paralela que atestava o aumento galopante do número de pessoas com sobrepeso, em vários países. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, quase metade da população adulta (48%) está acima do peso, e, desse percentual, 15% são obesos. Cenário perfeito para a proliferação de medicamentos, dietas e substâncias que, usadas indiscriminadamente, provocam também sérios danos à saúde. Endocrinologista do HSVP, Ana Cristina Belsito alerta para os perigos ocultos em certas receitas de beleza, principalmente quando envolvem o uso desorientado de medicamentos. O organismo muitas vezes não está preparado para sobrecargas metabólicas e o indivíduo pode desenvolver complicações clínicas, como taquicardia, insônia, ansiedade e outras alterações em seu quadro psicológico, comprometendo suas atividades laborativas e emocionais. É provável também que, após a interrupção da medicação, o paciente venha a ganhar rapidamente o peso eliminado, ressalta a especialista. Disciplina e acompanhamento profissional são o ponto de equilíbrio para a manutenção de um corpo bonito e saudável. Essa é fórmula defendida pela atriz e apresentadora Ana Furtado, que aos 37 anos esbanja saúde, beleza e muita determinação. Minha aparência é o reflexo de uma rotina de exercícios físicos regulares, uso do protetor solar, alimentação correta, ingestão de água várias vezes ao longo do dia e respeito às oito horas de sono diárias recomendadas. Por outro lado, acredito que a beleza também vem de dentro. Desde a forma como encaramos a vida até a qualidade daquilo que comemos. Tudo está interligado. O segredo está em ser feliz, amar e ser amada, explica a atriz. Para muitas pessoas, no entanto, disciplina e bom senso são atitudes quase inatingíveis. Nesses casos, a medicina e a nutrição podem entrar em campo no auxílio ao paciente. De acordo com Ana Belsito, medicamentos e dietas balanceadas são recursos comumente adotados para a redução de peso. Existem substâncias, como a sibutramina, que, se forem administradas de forma criteriosa, com minuciosa análise do histórico do paciente e por um curto espaço de tempo, trazem resultados positivos. Mas o medicamento é apenas um estímulo para o início da perda de peso, cujo controle deve ser permanente. Ele não deve funcionar como muleta para alcançar de imediato o corpo desejado. É preciso privilegiar a qualidade de vida, inclusive com a prática de exercícios físicos, explica a endocrinologista. A revisão alimentar é um capítulo de igual importância na manutenção do peso corporal adequado. Em sua vivência diária no setor de endocrinologia, a especialista verifica um grande número de pacientes que, mesmo fazendo dieta, não consegue emagrecer. Nesses casos, certamente a pessoa tem uma concepção errada do que significa comer de forma correta. A alimentação deve ser balanceada, considerando as características de cada indivíduo, ensina. Dra. Ana Cristina Belsito: dietas milagrosas não têm eficácia cientificamente comprovada

6 Rede Sentinela: de olho na qualidade de produtos de saúde HSVP integra projeto da Anvisa para fiscalizar fármacos, equipamentos e próteses. Criada no fim dos anos 1990 pelo Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é responsável por aprovar o registro de novos produtos de saúde no mercado e fiscalizar se eles continuam atendendo às normas de segurança após sua comercialização. Mas a vigilância desses materiais, distribuídos por todo o Brasil, é uma tarefa complexa e exige uma atuação descentralizada através do território nacional. Para resolver esse impasse, a Agência criou, em 2001, a Rede Sentinela, formada por hospitais, clínicas e hemocentros, além da Associação Médica Brasileira (AMB) e órgãos sanitários estaduais e municipais. A iniciativa busca ampliar o sistema de fiscalização sobre medicamentos, próteses, kits para diagnóstico e equipamentos médico-hospitalares por meio da colaboração de diversas instituições, que alimentam um sistema on-line com informações a respeito da qualidade e da segurança desses produtos. Desde 2003, o HSVP é um dos 208 hospitais integrantes da rede. Uma das exigências, na época, foi a criação de uma Coordenação de Risco, que recebe as notificações internas de não conformidades apresentadas por alguns produtos e, após uma análise, as encaminha para a Anvisa. A ideia é fornecer à agência subsídios para que sejam tomadas ações necessárias para a solução do problema, afirma Robson Luis Maciel, coordenador de Risco do HSVP (foto). Para isso, treinamos os nossos colaboradores a notificar todos os eventos adversos e queixas técnicas, utilizando um formulário disponível na intranet do hospital. O HSVP mantém um trabalho intenso de fiscalização interna dos produtos, o que garante a segurança no atendimento aos pacientes Para se candidatar à entrada na rede, os hospitais precisam ser de alta complexidade, com grande ou médio portes. De acordo com Robson, hoje o HSVP é uma referência para a agência reguladora, pois mantém um trabalho intenso de fiscalização interna dos produtos, equipamentos e medicamentos, o que garante uma maior qualidade e segurança no atendimento aos pacientes. Segundo o coordenador, agora, o hospital se prepara para mudar seu perfil dentro da rede: de participante passará para colaborador. Isso significa que, além de alimentar os bancos de dados da Anvisa, o HSVP poderá desenvolver projetos de interesse do Sistema Nacional de Saúde. A Anvisa buscava identificar instituições com destaque em determinadas especialidades, como cardiologia ou oncologia, que pudessem realizar ou coordenar projetos e pesquisas relacionados à eficácia e segurança de produtos e tecnologias nessas áreas. Além da atuação nas áreas de farmacovigilância, tecnovigilância e hemovigilância, a Rede Sentinela promove iniciativas de capacitação a distância. O programa Sentinelas em Ação, uma parceria firmada entre a Anvisa e o Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, realiza videoconferências semanais sobre temas da área de saúde. Há uma grande dificuldade em reunir os representantes de todas as instituições, por isso as tecnologias de informação a distância têm um papel importante de unir e qualificar a rede. As conferências do Sentinela em Ação são divulgadas internamente aos nossos colaboradores, mas estamos estudando a possibilidade de estender a exibição para profissionais de outros hospitais da região da Tijuca, explica Robson. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 6

7 Iluminando o caminho rumo à excelência Programa Farol estimula a qualidade da rede hospitalar na cidade do Rio de Janeiro. Até o final do ano, os cariocas poderão acessar o Portal Rio Saúde e verificar o nível de qualidade de assistência médica de vários hospitais públicos e privados do Rio de Janeiro. A iniciativa é resultado do Programa Farol, lançado em 2009 pelo médico Josier Vilar. Em seu segundo mandato como presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde do Município do Rio de Janeiro (Sindhrio), o especialista em Gestão da Saúde explicou à Revista do HSVP como o Programa pode melhorar o atendimento de saúde à população da cidade. Revista do HSVP Como a população vai se beneficiar das informações obtidas pelo Programa Farol? Josier Vilar O programa monitora os indicadores da qualidade das unidades assistenciais do Rio. Esses dados serão reunidos em um site, o Portal Rio Saúde, com lançamento previsto para o dia 28 de outubro, durante o Fórum Internacional de Gestão em Saúde. O site vai funcionar como um atlas da saúde, através de um sistema de georreferenciamento, para que o usuário possa identificar onde encontrar os serviços mais próximos e saber mais sobre sua estrutura física, número de leitos e grau de qualificação, entre outras informações. Revista do HSVP Como o senhor avalia a importância de monitorar o desempenho de hospitais do Rio? JV Quando assumi a presidência do Sindhrio e do Conselho de Medicina e Saúde da ACRJ, propusemos a adoção de metas de qualidade assistencial para serem alcançadas por toda rede clínica e hospitalar até as Olimpíadas de O primeiro passo foi realizar um censo que mapeou as instituições de saúde da cidade. Hoje sabemos que temos 217 unidades hospitalares, sendo 144 privados e 73 públicos. Além disso, possuímos 18 mil leitos de internação e quase 4 mil leitos de UTI e 3 mil leitos de emergência. Mas ainda estamos apurando para saber se esses números são o ideal. A área de saúde precisa estar preparada para receber com qualidade um volume enorme de visitantes durante os eventos esportivos. Dentro desse escopo, o Programa Farol acompanha o desempenho das organizações de saúde e as estimula a adotarem as medidas necessárias para aumentar a qualidade de seus serviços. Revista do HSVP Como funciona o Programa Farol? JV Trata-se de uma ferramenta on-line em que os gestores depositam as informações coletadas mensalmente em seus hospitais. Dessa forma, eles podem comparar os indicadores de qualidade de suas instituições com a média global de todos os participantes. São 14 indicadores, como satisfação do cliente, controle de infecção hospitalar, rotatividade dos funcionários, queda de pacientes e número de enfermeiros por leito, entre outros. Atualmente, 22 hospitais e serviços de home care participam do programa. A nossa meta é incorporar todos os 217 hospitais do Rio, inclusive os públicos, além de instituições de outras cidades. Revista do HSVP Como o senhor avalia a participação do Hospital São Vicente de Paulo no Farol? JV O HSVP participa do programa desde o lançamento, em 2009, e, pelo seu papel relevante, contribui fortemente para elevar o nível da rede. O HSVP fomenta a melhoria contínua internamente, o que serve de forte parâmetro aos demais hospitais cariocas. Hospital São Vicente de Paulo - I pág. 7

8 Postura certa para evitar a dor nas costas Longas horas em frente ao computador ou à televisão e uso prolongado do laptop, entre outros hábitos da vida moderna, têm levado jovens, cada vez mais cedo, ao consultório médico, com queixas de problemas na coluna. Chefe da ortopedia do HSVP, Ilídio Pinheiro (foto) afirma que quase todas as pessoas na fase adulta já tiveram ou terão, em algum momento de suas vidas, pelo menos, um episódio de dor lombar. As causas das dores nas costas estão associadas a múltiplos fatores, como esforço físico, má postura, artrose e hérnia de disco. O fator desencadeante mais frequente está relacionado à sobrecarga nas vértebras, causada por movimentos inadequados e esforço físico, tipo inclinar o tronco para a frente ou levantar um peso. Obesidade e fraqueza muscular também são situações predisponentes, explica. Estresse influencia postura Problemas psicológicos, como ansiedade e estresse, também podem influenciar o aparecimento ou a persistência das dores nas costas. Muitos erros de postura estão associados ao estado psicológico da pessoa, alerta o médico. Uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que quase metade da população assiste à TV mais de três horas por dia e, desse percentual, 58,8% são jovens entre 10 e 17 anos. Já que não é possível manter os adolescentes longe desses aparelhos, é fundamental começar estimulando as crianças a gostar de jogos que privilegiem a atividade física, indica o médico. Em sua rotina no HSVP, Ilídio faz importantes recomendações aos pacientes. Sempre que tiver de levantar uma carga maior de peso, é fundamental flexionar os joelhos. Isso evita o acúmulo de tensão nas estruturas da coluna. Procurar manter a postura correta durante as atividades do dia a dia contribui decisivamente para ausência de dor, alerta. Não há um tratamento padrão para as dores nas costas. Por isso, antes de qualquer prescrição, o especialista não abre mão de uma completa anamnese (pesquisa do histórico de saúde do paciente) e dos exames físicos e de imagem, além dos testes laboratoriais. Só com essa avaliação é possível definir com segurança a melhor terapêutica para cada caso. A boa notícia, segundo Ilídio, é que boa parte dos casos pode ser resolvida com reeducação postural, sem necessidade de cirurgia. Fisioterapeuta do HSVP, Marcus Sena selecionou medidas simples para prevenir possíveis dores nas costas e que podem ser adotadas no trânsito, em casa e no ambiente de trabalho. Confira. Em casa - Com as duas mãos, apoiese em um lugar na altura da cintura. Flexione o tronco para a frente até essa altura, mantendo a cabeça alinhada com o tronco e as pernas retas, sem dobrá-las. Tracione levemente para trás, conte de 10 a 20 segundos, flexione um pouco os joelhos e retorne lentamente à posição ereta; No trânsito - Parado no sinal, solte as mãos do volante, relaxe os ombros para baixo, rotacione a cabeça para um lado, por três vezes, e depois repita o mesmo movimento para o outro lado; No ambiente de trabalho - Eleve as duas mãos unidas para cima, respirando fundo; solte o ar. Em seguida, afaste um pouco as pernas, solte as mãos, direcione um dos braços para o lado, curvando o tronco; com o outro braço com a mão na cintura, permaneça por 10 segundos, e depois repita esse movimento para o outro lado, utilizando os braços alternadamente. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 8

9 Tratamento eficiente contra endometriose Cirurgia de videolaparoscopia é indicada para casos mais avançados da doença. Cólicas fortes e incapacitantes, aumento do fluxo menstrual e dor durante as relações sexuais podem indicar endometriose, mal que atinge uma em cada dez mulheres em idade reprodutiva e pode levar à infertilidade. Segundo o Ministério da Saúde, seis milhões de mulheres são portadoras da doença, mas esse número pode ser ainda maior, uma vez que ela não manifesta sintomas em suas fases iniciais. Em geral, as pacientes procuram por tratamento quando o quadro inflamatório já se encontra em estado avançado, com a ocorrência de lesões mais sérias, o que requer uma intervenção por meio de uma técnica cirúrgica conhecida como vídeolaparoscopia. A endometriose ocorre quando partes do tecido interno do útero, o endométrio, se alojam em outras áreas, em vez de serem expelidas durante a menstruação. Durante a videolaparoscopia, o médico introduz um pequeno tubo ótico com cerca de 10 mm de diâmetro, conhecido como laparoscópio, através de uma pequena incisão na região do abdômen. Esse instrumento permite a visualização dos focos de tecido endometrial, que são retirados com o uso de um bisturi elétrico. A videolaparoscopia é uma cirurgia de alta complexidade, que exige uma boa infraestrutura de equipamentos, além de um time de profissionais experientes. O médico precisa ter um bom conhecimento a respeito da anatomia interna da região abdominal e estar bem treinado para a realização de uma videocirurgia, explica a ginecologista Andréa Rainho, do setor de Cirurgia Videolaparoscópica do HSVP. O hospital conta com uma equipe bem capacitada para realizar esse procedimento, o que aumenta a segurança para nossas pacientes. De acordo com a ginecologista, o método é indicado principalmente para os casos mais severos, quando há vários focos de endometriose, principalmente em órgãos como intestino, reto, bexiga e uretra. Nos estágios iniciais, ela pode ser controlada com medicamentos que interrompem temporariamente o ciclo menstrual, e para isso é fundamental um diagnóstico precoce. O exame ginecológico clínico é o primeiro passo para diagnosticar a doença, que pode ser apontada ainda por exames de imagem, como ultrassom endovaginal, ressonância magnética e a própria videolaparoscopia, afirma. A ginecologista afirma que a técnica é mais vantajosa em relação à cirurgia convencional por ser mais segura e facilitar o pós-operatório. Esse procedimento permite identificar o tamanho e o local das lesões, permitindo que o tratamento comece imediatamente. A técnica apresenta menor risco de danos às estruturas internas do abdômen e diminui as chances de infecções, explica Andréa. Além disso, a paciente recebe alta no mesmo dia, devendo permanecer de dois a três dias de repouso em casa. Andréa lembra que a videolaparoscopia é indicada também para tratar vários outros problemas ginecológicos, como retirada de miomas uterinos, cirurgia de recanalização de trompas e remoção de cistos, entre outras. Segundo a médica, que é membro da Sociedade Brasileira de Videocirurgia (Sobracil), as pacientes devem realizar um jejum de oito horas antes do procedimento para evitar complicações durante a cirurgia. Após a videolaparoscopia, costuma ser indicado o uso de medicação por três a quatro meses para suprimir a menstruação e diminuir o risco de reincidência da doença, completa. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 9

10 Equipe do Serviço de Hemodinâmica do HSVP, coordenada pelo cardiologista Cyro Vargues (ao centro) Por dentro do coração Angioplastia evolui e se consagra como técnica eficaz contra doenças coronarianas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças cardiovasculares matam cerca de 17 milhões de pessoas por ano. Entre as principais está o infarto agudo do miocárdio (IAM), responsável por 35% desses óbitos. Mas o que ainda é alarmante tende a diminuir com a contínua evolução da cardiologia intervencionista (ou hemodinâmica), principalmente no diz respeito à angioplastia. Quem afirma é o cardiologista e chefe do Serviço de Hemodinâmica. do Hospital São Vicente de Paulo, Cyro Vargues. De acordo com o especialista, o método mais indicado para o tratamento do IAM é a angioplastia coronária, procedimento no qual é feita a desobstrução, por cateter, de uma artéria entupida e implantada uma prótese metálica chamada stent, que pode ser recoberta ou não de medicamentos stents farmacológicos. Na década de 60, a hemodinâmica era aplicada apenas para fins diagnósticos. Hoje, ela é vista como uma terapia muito eficaz no tratamento de doenças do coração, como o infarto agudo do miocárdio, analisa. Maurício de Rezende Barbosa, presidente da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), é outro defensor dos progressos da angioplastia. Segundo ele, a evolução tecnológica ocorrida nas últimas três décadas tornou esse tipo de cirurgia mais eficaz e segura, permitindo recuperação rápida, melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes e redução da mortalidade em grande parte dos casos de infarto. No infarto agudo do miocárdio, a morte parcial do músculo cardíaco, devido à obstrução do fluxo sanguíneo nas artérias coronárias, ocorre de forma rápida. Portanto, muitas pessoas morrem ou ficam com sérios problemas cardiológicos porque demoram a buscar socorro médico. Cyro Vargues explica que a agilidade no atendimento, desde o início dos sintomas até o momento de desobstrução da artéria, é primordial para a efi- Hospital São Vicente de Paulo - pág. 10

11 cácia da angioplastia e de qualquer outro tratamento. Esse intervalo deve ser de 4 a 6 horas, no máximo. A partir daí, a possibilidade de insucesso vai aumentando gradativamente, explica. E foi exatamente a rapidez no atendimento que salvou a vida do empresário Marcelo Almeida, de 48 anos, que em agosto de 2006 sofreu um infarto agudo do miocárdio e se submeteu a uma angioplastia para colocação de um stent. Logo que comecei a sentir uma pressão forte no centro do peito e suor na mão esquerda, sabia que eram sintomas de infarto e corri para o hospital. Chegando lá, fui atendido pela emergência e transferido para o serviço de hemodinâmica. Minutos após a cirurgia, a dor havia desaparecido, relata. Marcelo sempre praticou atividade física e manteve hábitos saudáveis. Seu único problema, no entanto, é o estresse diário, um dos principais causadores do infarto. Sou diretor de uma escola de pilotagem de helicóptero. Ou seja: tenho muita responsabilidade e poucas possibilidades de relaxamento. Mas já prometi ao meu cardiologista que vou tentar desacelerar um pouco, conta o empresário. Anualmente, são realizadas 90 mil angioplastias no Brasil, um número duas vezes maior ao de cirurgias cardíacas convencionais e invasivas. No entanto, por mais que muitos hemodinamicistas e cirurgiões defendam com unhas e dentes os benefícios de uma técnica sobre a outra, os estudos científicos ainda não são conclusivos para todas as pessoas com lesões obstrutivas das artérias coronárias. Na rotina hospitalar, 5% dos stents resultam em processo inflamatório e cicatrização mais acentuada, com risco de uma nova obstrução. Em contrapartida, o procedimento é infinitamente menos invasivo. Em no máximo dois dias, o paciente volta às atividades normais. Já a cirurgia de revascularização miocárdica em casos complexos como o de pacientes diabéticos com múltiplas lesões pode oferecer uma durabilidade maior no tratamento, mas o ato cirúrgico e o pós-operatório são mais complicados, compara Vargues. Novidades na angioplastia Um novo tipo de stent foi testado em São Paulo, no começo de agosto, em uma paciente de 61 anos. Trata-se de uma prótese para desobstrução das artérias coronárias, totalmente absorvível pelo organismo. Esse dispositivo acaba de vez com os efeitos colaterais provocados pelos seus antecessores metálicos, ressalta o Dr. Cyro Vargues. Conhecida como Absorb, a nova prótese é confeccionada a partir do ácido polilático, um material semelhante ao plástico, também utilizado em suturas. Sua absorção pelo organismo ocorre seis meses após o implante, tempo necessário para que as artérias consigam permanecer abertas sem auxílio. A partir do ano que vem, o modelo será liberado para comercialização na Europa. No Brasil, a liberação deve ocorrer no início de Tudo porque, para que seja autorizada a utilização do procedimento em hospitais e clinicas, é preciso confirmar a durabilidade do resultado. Ano que vem, teremos resultados mais robustos, que possam beneficiar a liberação comercial, adianta. Dicas para reconhecer um infarto Dor forte no meio do tórax, semelhante a aperto ou queimação Dormência e sensação de formigamento no braço esquerdo Dor forte no pescoço Taquicardia Falta de ar Tontura Náusea Se alguma pessoa perto de você estiver com esses sintomas, leve-a para o hospital ou chame uma ambulância, com urgência. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 11

12 Cirurgia de redução do estômago A medida certa contra a obesidade mórbida. Empresário, 88 quilos, 1m 76 cm, 32 anos, noivo e feliz. Essa é a descrição de Roberto Oliveira, que, apesar de hoje exibir uma silhueta enxuta e um estilo de vida saudável, já pesou 130 kg. Foram numerosas dietas sem sucesso para emagrecer, somadas aos aborrecimentos e transtornos que um corpo obeso pode carregar. A solução só veio há dois anos, quando se submeteu à cirurgia de redução de estômago. Separo a minha vida em antes e depois da operação. E digo que comecei a viver aos 30 anos, declara. Conhecida cientificamente como cirurgia bariátrica e metabólica, a redução de estômago é realizada com diferentes métodos. No Hospital São Vicente de Paulo, por exemplo, a técnica mais utilizada é a mista, chamada de gastroplastia redutora vertical com bypass em Y-de-Roux à Fobi-Capela. Essa cirurgia objetiva diminuir a capacidade de ingestão do estômago e a absorção dos alimentos pelo intestino, explica o cirurgião geral Josué Kardec (foto), que, junto com os especialistas Alfredo Fontes, Antônio Carlos Pantaleão Junior e Susy Cohen, compõe a equipe do Serviço de Cirurgia Bariátrica do HSVP. Kardec salienta, ainda, que as demais técnicas também resultam na perda significativa de peso corporal e na melhora da qualidade de vida. Indicação precisa Segundo o especialista, a cirurgia bariátrica, apesar do efeito transformador na vida de muitos pacientes, tem indicação para indivíduos com obesidade grau III (mórbida), quando O paciente pode perder 50/60 quilos do seu peso, ao longo de um ano o Índice de Massa Corporal (IMC) está acima de 40 kg/m 2 ; ou obesidade grau II, quando o IMC é maior que 35 e existe a associação com outras doenças, como diabetes e hipertensão. Além disso, a seleção requer, ao menos, cinco anos de problemas relacionados à obesidade e insucesso no tratamento convencional. Do contrário, recomenda-se acompanhamento médico, dieta nutricional e suporte psicológico, para ajudar a mudança dos hábitos e, em alguns casos, diminuir a compulsão alimentar. Consciência e mudança radical no estilo de vida são a tônica para qualquer processo de emagrecimento. E para os pacientes que se submetem à redução de estômago, essa disciplina é ainda fundamental. A cirurgia bariátrica vem acompanhada de restrições que nem sempre o paciente está disposto a aceitar. Por isso, temos muito cuidado ao transmitir informações relativas a todo o processo. É importante, antes de qualquer tipo de procedimento cirúrgico, saber como será e que impacto terá em sua vida, explica o especialista. Pré e pós-operatório Os cuidados no pré e no pós-operatório são bastante extensos. Quando o médico, em conjunto com o paciente, decide que a melhor opção para o tratamento da obesidade é a cirurgia bariátrica, inicia-se uma maratona de exames complementares (hemograma, sorologias, bioquímica, endoscopia, ultrassonografia abdominal, prova de função respiratória etc.), consultas com diferentes especialistas (nutricionistas, cardiologistas, en- Hospital São Vicente de Paulo - pág. 12

13 docrinologistas, etc.), análises psicológicas e participação em grupos de psicoterapia. Tudo para que a pessoa entenda os riscos do procedimento e, o mais importante, fique ciente do quanto a sua vida vai mudar depois da cirurgia. O paciente pode perder 50/60 quilos do seu peso ao longo de um ano. Mas, na avaliação do sucesso, também se leva em consideração a melhora significativa da autoestima, da vida social e sexual e das condições de trabalho. No entanto, existem os sacrifícios. Afinal de contas, é um ato cirúrgico complexo, comenta Josué Kardec. Um time em campo para o sucesso do tratamento Assim como o pré, o pós-operatório também determina o êxito do tratamento. No HSVP, há um time de psicólogos, psiquiatras, endocrinologistas, clínicos e nutricionistas que pode realizar o acompanhamento minucioso e garantir o apoio ao paciente. Os primeiros meses depois da cirurgia são os mais rigorosos. O paciente é submetido a uma dieta à base de líquidos nas primeiras semanas e, só depois, progressivamente, ele é liberado para ingerir alimentos com consistência pastosa, até chegar aos alimentos sólidos, como carne etc., explica o cirurgião, chamando a atenção para a importância da mastigação no novo processo digestivo: É muito comum a pessoa se alimentar com muita rapidez, mastigar pouco e o alimento chegar ainda volumoso ao estômago. Isso pode causar obstrução e, se não houver uma resolução espontânea do organismo, a necessidade de procedimento endoscópico. Benefícios comprovados, mitos e verdades Apesar das restrições, a cirurgia bariátrica traz numerosos benefícios. Estudos realizados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) comprovam que pessoas submetidas à cirurgia passam a controlar melhor as doenças associadas à obesidade, como diabetes e hipertensão; gastam mais tempo com lazer e atividades físicas; e apresentam mais autoconfiança. Em dois anos, perdi mais de 40 quilos, fiquei mais vaidoso, passei a praticar atividade física quatro vezes por semana e ainda encontrei uma noiva. Olha quantos benefícios a nova vida me trouxe, festeja o empresário Roberto Oliveira. Após cerca de 40 anos, desde o primeiro procedimento realizado no Brasil, a cirurgia bariátrica avançou bastante. No entanto, alguns mitos ainda permanecem controversos para muitos pacientes. Confira. MITOS Quem faz a cirurgia bariátrica fica propenso a alcoolismo, uso de drogas ou comportamento compulsivo para compras Em um ano de pós-operatório, o paciente normalmente engorda A depressão é uma consequência comum para quem faz a cirurgia O paciente sente muitas dores no primeiro mês do pós-operatório VERDADES Perde-se mais peso nos primeiros seis meses A mulher pode engravidar, sem riscos, com 15 meses de pós-operatório Há tendência à anemia no pós-operatório Deve-se prestar toda a assistência e orientação à família do paciente, oferecendo o máximo de informações solicitadas Hospital São Vicente de Paulo - pág. 13

14 Leopoldino Guerra Quarenta anos dedicados à medicina medicina era mais arte do que ciência. Mas, hoje em dia, ela é muito mais ci- A ência do que arte. A afirmação talvez jamais seja pronunciada por um médico recémformado. No entanto, em 41 anos de exercício da profissão, o clínico geral Leopoldino Guerra acompanhou essa transformação e viu as escolas de medicina passarem a ser influenciadas pelo modelo norte-americano, em que prevalecem a objetividade e a especialização, e a figura do clínico ceder espaço para os especialistas. Filho de médico, o carioca que escolheu a medicina por influência das histórias contadas pelo pai, formou-se na Faculdade Nacional de Medicina, hoje Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e começou a carreira como médico do setor de terapia intensiva do Hospital do Andaraí, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde mais tarde se tornou chefe do serviço. Foi pelas mãos de um colega, também médico desse mesmo hospital, que Leopoldino chegou ao São Vicente de Paulo (HSVP), há 40 anos. Apesar de uma agenda atribulada, o médico recebeu a equipe da Revista do HSVP para falar sobre sua trajetória na medicina e o paradoxo que enfrentam os clínicos gerais nos dias atuais. Revista do HSVP - O senhor é clínico geral, e hoje em dia o generalista vem perdendo espaço para o especialista. Os pacientes ainda querem se consultar com um clínico geral? Leopoldino Guerra É verdade. Hoje em dia, existem os especialistas, e o paciente fica confuso, porque ele tem determinados sintomas e não sabe a quem deve recorrer. Quando atendo esse paciente, geralmente ele fala: Doutor, graças a Deus encontrei um clínico. Vim aqui para o senhor me dizer o que tenho que fazer. Ele quer saber qual especialista recomendar. Em 80% dos casos, o clínico mesmo resolve os problemas, sem necessidade de encaminhar para um especialista. Os remanescentes clínicos gerais continuam ganhando espaço por essa angústia do paciente de não saber a quem se dirigir. Eles querem um médico que os ouça. Revista do HSVP Por que isso acontece? Leopoldino Guerra - Uma das coisas que se vê na medicina hoje é a falta de conversa com o paciente, que acaba sendo compensada com pedidos de exames. O paciente chega ao consultório e sai com uma enorme lista de exames para serem feitos, enquanto uma boa anamnese e um exame físico completo resolveriam o problema. Revista do HSVP - Como começou sua trajetória na medicina? Leopoldino Guerra - Minha formação médica é especificamente em terapia intensiva e clínica geral. Formei-me em 1970, então já tenho 40 anos de formado. Acho que, desde pequeno, queria ser médico. Meu pai era médico e abandonou a profissão para seguir a vida acadêmica. Então não tive aquela figura do médico atuante em casa, figura esta que meus filhos tiveram. Ouvia as histórias românticas da medicina contadas por ele, os magníficos tratados de medicina franceses, com ilustrações que eram obras de arte. Nenhum dos meus dois filhos escolheu a medicina como profissão. Acredito que, em parte, seja porque eles viam o pai, que sempre saía cedo e voltava tarde, além das ausências pelos plantões. É uma profissão realmente muito sacrificante. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 14

15 Revista do HSPV O senhor chegou a pensar em seguir a vida acadêmica também, por conta desse exemplo? Leopoldino Guerra - Durante o curso de medicina pensei, sim, em fazer carreira universitária, tanto que dava aula de clínica médica para os alunos da Universidade de Vassouras, no estado do Rio de Janeiro. Mas, quando estava no quinto ano de medicina, fiz um concurso para ser bolsista acadêmico do Hospital do Andaraí, no setor de terapia intensiva do hospital. O chefe do CTI do Andaraí, o médico José Fisz, me chamou para trabalhar como médico substituto de férias no serviço assim que me formei. Exatamente nessa época, fui convidado por um colega médico, César Barroso, que também trabalhava no Hospital do Andaraí, para atuar no HSVP. Na época, a Irmã Matilde estava reorganizando o hospital. Cheguei ao HSVP em 1971 e estou aqui desde então. Continuei a trabalhar no Hospital do Andaraí até me aposentar e cheguei a chefiar o serviço de terapia intensiva por muitos anos. Também fiz concurso para o Hospital Central do Exército, para o setor de terapia intensiva. Além desses locais, atendo em meu consultório desde 1970, em Copacabana. Revista do HSVP - O que o apaixona nessa profissão? Leopoldino Guerra - Ajudar as pessoas. Isso é prazeroso. O retorno que as pessoas dão no sentido de dizer: doutor, melhorei ; doutor, passou, porque, quando o paciente nos procura, sempre está muito fragilizado, angustiado, por não saber o que está acontecendo. E as fantasias que se formam são as piores possíveis, inclusive o medo de morrer. Quando ele vê que as coisas se resolvem, que esses medos eram irreais, fica extremamente grato. Isso é uma recompensa muito grande. Revista do HSVP - E o outro lado? O que menos lhe agrada? Leopoldino Guerra - A falta de reconhecimento da profissão e a não valorização do médico. Dizem que medicina é sacerdócio e tem que ser feita por altruísmo. Mas medicina é uma profissão como outra qualquer. Claro que tem que ter vocação, mas tem que haver também um retorno. Revista do HSVP Qual a diferença entre praticar a medicina hoje e há quarenta anos? Leopoldino Guerra - A medicina se tornou muito mais fácil do que era antigamente, quando tínhamos que contar muito mais com o tato clínico e com a sorte em determinados diagnósticos, porque não se tinha como fazer a confirmação por exames complementares. Atualmente, há uma gama enorme de exames complementares que confirmam suspeitas diagnósticas. Revista do HSVP Nesses 40 anos de profissão, houve algum caso difícil na carreira, do qual jamais esquecerá? Leopoldino Guerra Inúmeros. Alguns deles se destacam, como quando estávamos em Petrópolis passando o final de semana e meu filho Bernardo, então com um ano e oito meses de idade, mostrava-se irrequieto, sem conseguir dormir. Quando fui examiná-lo, verifiquei que ele estava com frequência cardíaca extremamente alta, acima de 240 batimentos por minuto. Liguei para o HSVP e avisei que estava indo com o Bernardo ao hospital. Quando chegamos, foi monitorado e realizado um eletro. Como tinha experiência em CTI, eu que fui o responsável por fazer o choque precordial para a reversão da arritmia. O choque machuca, e Bernardo começou a chorar de um lado e eu a chorar de outro. É algo que nunca mais esquecerei. Outro fato inesquecível também foi a emoção de assistir ao nascimento das minhas netas gêmeas. Assisti ao parto e foi choro de alegria, ao contrário da noite de estresse do Bernardo, que foi choro de desespero. Emoção só comparável ao nascimento dos filhos, da Isabela, a mãe das gêmeas, e do Bernardo. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 15

16 Quedas ainda são a maior causa das fraturas em idosos Roberto Alves Lourenço - chefe do Serviço de Geriatria - Hospital São Vicente de Paulo Professor titular de Geriatria - PUC-Rio - coordenador do Laboratório de Pesquisa em Envelhecimento Humano GeronLab da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Os avanços na medicina e a melhoria nas condições de vida da população se refletem automaticamente no aumento da média de vida do brasileiro, que poderá chegar ao patamar de 81 anos em 2050, segundo projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que o Brasil poderá alcançar o mesmo nível registrado atualmente na Islândia ou no Japão. Esse índice de envelhecimento também demonstra que, pelas estimativas do instituto, em 2050, para cada grupo de 100 crianças de 0 a 14 anos, existirão 172,7 idosos de 65 anos ou mais. Com a expectativa de vida aumentada, o brasileiro também passa a ter que se adaptar a essa nova realidade. Não é à toa que a sociedade, mais atenta às necessidades inerentes ao envelhecimento da população, vem se mobilizando em torno dessa questão, promovendo ações concretas nesse sentido, como a instituição do Estatuto do Idoso. Com isso, a chamada terceira idade ganha mais mobilidade e até mesmo independência, assumindo papéis antes reservados aos mais jovens, como morar sozinho ou ter vidas social e sexual ativas. No entanto, esse processo de adaptação está em formação e ainda necessita de atenção, principalmente no que tange à saúde do idoso. Em consonância com essa nova realidade, a medicina geriátrica vem experimentando avanços consideráveis no sentido de também melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. O objetivo é que, no futuro, algumas doenças típicas do processo de envelhecimento, como osteoporose e problemas nas articulações, sejam mais bem controladas ou até mesmo diminuídas consideravelmente. Hoje, talvez por falta dessa preocupação com a qualidade de vida nas gerações anteriores, ainda há um grande número de pessoas da terceira idade que se veem limitadas por conta dessas doenças, como a osteoporose, que atinge principalmente mulheres após a menopausa, aumentando a chance de fratura por quedas. Queda é um evento que pode ser visto por vários ângulos, considerando-se a faixa etária, o ambiente, o momento, a atividade exercida no momento da queda, sua repercussão, possibilidade de recorrência e intervenções para evitá-la. A queda sofrida por uma criança que começa a aprender a andar faz parte do processo e geralmente é sem gravidade. A queda sofrida por um adulto jovem durante prática esportiva é outro problema e tem suas particularidades. A queda do idoso, por outro lado, é tão frequente e grave que caracteriza uma das principais síndromes geriátricas. A queda no idoso é uma síndrome complexa, de alta frequência, de etiologia multifatorial e de graves consequências. O estudo dos fatores associados às quedas também nem sempre é completo, porque inclui as características de quem cai (fatores intrínsecos) e do meio ambiente (fatores extrínsecos), bem como do seu estilo de vida (fatores comportamentais). Autores variados propõem diversos modelos de estudo, nem sempre incluindo Hospital São Vicente de Paulo - pág. 16

17 todos os grupos de fatores, como no modelo proposto pela Organização Mundial da Saúde. As complicações podem variar desde uma simples escoriação até a necessidade de atendimento médico em diversos graus, indo da simples sutura de uma lesão superficial até a necessidade de tratamento para uma fratura do quadril, procedimento cirúrgico de alta complexidade e custo. As consequências das quedas motivam atitudes preventivas com propostas de vários programas. A queda de idosos necessita de equipe multiprofissional para o diagnóstico e a abordagem dos fatores associados, incluindo diversas categorias de profissionais de saúde. É alta a prevalência e incidência de queda entre idosos na comunidade. Aproximadamente 35% a 40% das pessoas acima de 65 anos sofrem, pelo menos, uma queda por ano. Metade chega a sofrer mais de uma queda. A prevalência aumenta com a idade, chegando a 50% acima dos 80 anos. Tais pacientes sempre necessitam de atendimento e sua complexidade depende do impacto da queda. Estudo realizado por especialistas do Laboratório de Pesquisa em Envelhecimento Humano da Uerj, em conjunto com o CNPq e a Faperj, com moradores acima de 65 anos da Zona Norte do Rio de Janeiro, constatou que mais de 30% dos entrevistados já haviam sofrido, pelo menos, uma queda nos últimos 12 meses. A pesquisa aponta que as quedas de idosos têm como causas também uma série de fatores, externos e intrínsecos, associados, que vão do uso de medicamentos a pisos inadequados. O mesmo idoso que cai em casa, por exemplo, não é aquele que sofre um tombo na rua. O idoso que cai na rua geralmente é aquele mais independente, que vai à rua sozinho, mas, por fatores externos, como um buraco na calçada ou um local menos iluminado, leva um tombo. Já o idoso que sofre uma queda em casa, na maioria das vezes mora na companhia de outras pessoas e não é tão independente assim. Outros aspectos com relação aos idosos também devem considerados, como o uso de medicações cardiovasculares ou tranquilizantes. Alguns idosos que estão fazendo uso de certos tipos de medicamento para o coração, por exemplo, podem apresentar quadros de desequilíbrio ao passar da posição deitada para a de pé. Isso ocorre devido a um fenômeno chamado hipotensão postural, quando o sangue demora a irrigar o cérebro causando pressão baixa e, consequentemente, tonteira e quedas. Juntamente com os fatores descritos acima, a queda de idosos também é muito comum em pacientes que apresentam problemas visuais, como catarata e fraqueza muscular, ou ainda nos que vivem em ambientes sem adaptação às necessidades do idoso. Em casa, o local mais comum de queda é o banheiro. Para evitar acidentes, são recomendáveis medidas como a colocação de barras de segurança e pisos antiderrapantes nos cômodos. Como conclusão, devemos salientar que quedas de idosos constituem grave problema de saúde pública, de frequência alta e maior nos indivíduos muito idosos e nos subgrupos com maior fragilidade. O seu impacto é grande, tanto sobre o indivíduo quanto sobre a sociedade, devido ao aumento da morbidade e da mortalidade e ao alto custo para a sociedade. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 17

18 Trabalho voluntário Doação em mão dupla Nos últimos dez anos, empresários de todos os segmentos abriram seus horizontes para questões relacionadas à cidadania e à responsabilidade social. No Hospital São Vicente de Paulo, por exemplo, essas atividades já estão inseridas na rotina da instituição desde 1999, período em que foi implantada a Pastoral da Saúde. Mesmo com um começo tímido e foco no suporte espiritual, a pastoral conquistou seu espaço. Hoje, ela realiza 26 mil ações ao ano e conta com 27 voluntários fixos, que se revezam na visitação a pacientes, abordagem religiosa e organização de eventos, entre outras atividades, afirma a coordenadora da pastoral do HSVP, Irmã Josefa Lima. Segundo a Irmã, se uma expressão pudesse definir o trabalho da pastoral, essa expressão seria: doação em mão dupla. Isso porque, ao dedicar seu tempo ajudando desconhecidos, o voluntário doa energia e criatividade, mas, em contrapartida, ganha contato humano, oportunidade de aprender coisas novas e satisfação de se sentir útil. Dentro do universo de ações, a principal é a visitação a pacientes internados, atividade na qual surgem histórias emocionantes, como a do voluntário Sebastião Tavares, de 69 anos. Certa vez, deparei-me com um paciente chorando muito. Perguntei o que tinha acontecido e ele respondeu que havia brigado com toda a sua família e agora estava com medo de morrer sozinho. Conversamos por algum tempo, até que consegui convencê-lo a ligar para seu filho. Foi gratificante, conta Tavares, reforçando que todo voluntário é um agente de transformação, pois tem a possibilidade de desenvolver atitudes e ações de cidadania, além de ajudar a humanização do hospital. Atividades novas estão sendo incorporadas à pastoral. Os Trovadores da Alegria são uma delas. Desenvolvida pelos voluntários Mônica Pessoa e Alan Kardec dos Santos, a iniciativa tem como objetivo divulgar os eventos do HSVP e levar um pouco de alegria aos pacientes por meio da música. O repertório da dupla é bem eclético. Vai da canção litúrgica a versões de marchinhas de carnaval, passando por cantigas infantis. Além das atividades religiosas, a pastoral organiza também um coral, composto por voluntários, médicos e Irmãs, e bazares, nos quais são vendidos produtos novos e usados. A quantia arrecadada é utilizada na compra de cestas básicas para pacientes atendidos pelo Setor de Serviço Social, revela Celeste Barcelos, secretária da pastoral. PARA SER UM VOLUNTÁRIO Qualquer pessoa pode iniciar o trabalho voluntariado no HSVP. O primeiro passo é identificar-se com a filosofia da instituição, que é uma Comunidade Católica das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Em seguida, é preciso assinar o Termo de Adesão ao Serviço Voluntário, no qual se encontram as principais instruções do trabalho na instituição. Apresentar-se ao responsável do setor a ser visitado sempre que chegar; dar prioridade aos mais necessitados de apoio espiritual; não interromper o paciente que estiver sendo atendido pelo médico ou pela equipe de enfermagem; e não se esquecer de anotar, no caderno de ocorrências, as atividades realizadas são algumas instruções que o novo voluntário deve seguir, explica Celeste. Hospital São Vicente de Paulo - pág. 18

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