Monografias para registro de Fitoterápicos

Transcrição

1 Monografias para registro de Fitoterápicos São Paulo, 01/11/2013 COFID/GTFAR/GGMED Brasília, 20 de junho de 2013

2 Monografias oficiais no Brasil Elaboração do Memento fitoterápico

3 Facilitam o registro por trazerem metodologias validadas e especificações determinadas

4 Farmacopeias reconhecidas Farmacopeia Brasileira ou na RDC 37/09: Farmacopeia Alemã; Farmacopeia Americana; Farmacopeia Argentina; Farmacopeia Britânica Farmacopeia Europeia; Farmacopeia Francesa; Farmacopeia Internacional; Farmacopeia Japonesa; Farmacopeia Mexicana; Farmacopeia Portuguesa. Reconhecimento de outras para fitoterápicos?

5 Farmacopeias no mundo National policy on traditional medicine and regulation of herbal medicines Report of a WHO global survey, 2005

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9 Estudo não clínico e clínico? EGb 761 e o LI 1370 Ginkgo biloba WS Piper methysticum Fitoterápico sem histórico de uso Realizado, na melhor das hipóteses, com um extrato padronizado coletado em uma determinada região. Os dados desse estudo se aplicam a fitoterápicos: plantados coletados manipulado industrializado com formulação Sob as mesmas condições? Dificuldades encontradas

10 OMS Histórico bem documentado de utilização tradicional permite utilizar outros procedimentos para S/E, como revisão que deve compreender livros de referência, estudos críticos, vigilância sistemática de fontes primárias ou busca em bases de dados. Se não há histórico de uso necessários todos estudos. Pautas generales para las metodologías de investigación y evaluación de la medicina tradicional

11 OMS É recomendável a realização de uma extensa pesquisa bibliográfica sobre todas as evidências de eficácia divulgadas por literatura, como: periódicos médicos e científicos, farmacopéia, e os artigos sobre remédios tradicionais. Somente se houver lacunas óbvias na informação obtida ou se houver insuficiência de dados será necessário realizar novos experimentos sobre eficácia. OMS, Guia de estudos clínicos, 2008

12 Port. 22 SNFMF Port. 06 SVS RDC 17 ANVISA RDC 48 ANVISA RDC 14 ANVISA Identidade Qualidade Eficácia Segurança Associações Bula Embalagem Tradição/História de uso Lista positiva para registro Bibliografia

13 Formas de comprovar S/E I - pontuação em literatura técnico-científica; II - presença na Lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado. III - tradicionalidade de uso; ou IV - ensaios pré-clínicos e clínicos de segurança e eficácia;

14 IN 05/10 Lista de referências bibliográficas para avaliação de segurança e eficácia de medicamentos fitoterápicos. Complementada por artigos científicos, monografias, dissertações e teses. Reconhecimento de monografias internacionais.

15 Monografias na IN 05/08

16 Monografias sobre plantas medicinais Diferentes das farmacopeias, cujos objetivos mais específicos seriam os de estabelecer padrões de qualidade (...), monografias visavam agrupar, padronizar e sistematizar o conhecimento das características e propriedades das plantas medicinais, tanto para auxiliar os médicos como para orientar a população. As monografias sobre plantas medicinais surgiram no início do século XIX, e não por acaso, na Alemanha, onde existe um antigo e consistente comércio dessas plantas. Veiga Junior, P. Mello, 2008 Servem de orientação para os órgão regulamentadores

17 Monografias no mundo National policy on traditional medicine and regulation of herbal medicines Report of a WHO global survey, 2005

19 WHO monographs 1. Dados clínicos 2. Dados farmacopeicos e de uso bem estabelecido 3. Uso tradicional

21 Avaliação internacional EMA WHO Paraguai Brasil Canadá Argentina México

22 Itens na legislação internacional

23 EMA Medicamento fitoterápico bem estabelecido Medicamento fitoterápico tradicional Comprovação por estudos clínicos Comprovação por tradicionalidade

24 EMA A longa tradição do medicamento permite reduzir a necessidade de recorrer a ensaios clínicos, na medida em que a sua eficácia é plausível, tendo em conta a utilização e a experiência de longa data. Os ensaios pré-clínicos não se afiguram necessários se, com base na informação sobre a sua utilização tradicional, se comprovar que o medicamento não é nocivo nas condições específicas da respectiva utilização. Diretiva 24/2004

25 Monografias do EMA Comunity herbal monographs - Elaboradas pelo Committe for Herbal Medicinal Products (HMPC) propósito de harmonizar o mercado europeu de fitoterápicos; Resumo científico dos dados disponíveis na literatura sobre a espécie vegetal. Opinião científica do HMPC sobre a SE de WEU ou do histórico de uso do TU; Revisão das monografias a cada 5 anos.

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27 Community herbal monographs Composição quali- e quantitativa; Forma farmacêutica; Indicações terapêuticas; Posologia e Método de administração; Contraindicações, cuidados especiais e precauções de uso, Interações com outros produtos medicinais e outras formas de interação e efeitos indesejáveis.

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29 Conclusões de Monografias do EMA Cranz, H TradReg 2013

30 Committee on Herbal Medicinal Products (HMPC) Community herbal monographs 101 monografias de uso tradicional Histórico de uso 21 monografias de uso bem estabelecido Farmacodinâmica Farmacocinética S/avaliação de SE pelo país membro da CE

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32 56%

33 57%

34 32%

35 33%

36 CHINOU, TradReg, 2013

37 Alegação tradicional Alegação não tradicional Farmacopeico Não farmacopeico Gradação da evidência conforme alegação 1 referência 2 referências Uso tradicional: comprovação de uso de 50 anos num paradigma de cura.

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39 Natural Health Products Directorate s (NHPD) Compendium of Monographs 99 monografias de uso tradicional Histórico de uso ( > 50 anos) 11 monografias com estudos clínicos Farmacodinâmica Farmacocinética Ferramenta de avaliação eficiente de SE de NHP comumente utilizados

40 Natural Health Products Directorate s (NHPD) Compendium of Monographs Parte utilizada; Via de administração; Forma farmacêutica; Propósito de uso tradicional ou não; Dosagem; Duração de uso; Informações de risco (cuidados e precauções, contraindicações e reações adversas conhecidas); Especificações e referências de uso.

41 Brasil - Que caminhos percorrer? Pouca informação armazenada Poucas notificações O que se tem feito com os dados das FV? Publicar essas informações - documentação

42 Elaboração de monografias Pesquisas difusas Poucos dados de espécies vegetais medicinais brasileiras Publicação da RENISUS Necessidade de padronização de informações A discussão do momento...tem sido a de que o nosso país necessita urgentemente de monografias de nossas espécies vegetais de forma a atingir não apenas os órgão regulatórios, mas também a população (VEIGA JUNIOR, et al. 2008).

43 Políticas públicas PNPIC 2ª diretriz: elaboração da RENAPLAN e da RENAFITO; Proceder a um diagnóstico situacional das plantas e fitoterápicos usados em programas estaduais e municipais de saúde; elaborar critérios para inclusão e exclusão de plantas e fitoterápicos baseados nos conceitos de segurança e eficácia; diagnosticar as necessidades epidemiológicas da população brasileira; e elaborar monografias de plantas medicinais dessas espécies.

44 Políticas públicas Elaborar e revisar periodicamente a relação nacional de plantas medicinais com potencial de utilização no SUS e Elaborar e atualizar periodicamente as monografias de plantas medicinais, priorizando as espécies medicinais nativas.

47 Modelo de monografia Identificação Informações botânicas Informações agronômicas Informações de controle de qualidade Informações de segurança e eficácia Informações gerais Referências

48 Modelo de monografia IDENTIFICAÇÃO Nomenclatura botânica completa Sinonímia botânica Família Foto da planta Nomenclatura popular Distribuição geográfica Outras espécies correlatas do gênero nativas ou exóticas adaptadas Frutos e ramos de M. ilicifolia (LORENZI e MATOS, 2008)

49 Modelo de monografia INFORMAÇÕES BOTÂNICAS Parte utilizada / órgão vegetal Descrição macroscópica da parte da planta utilizada Descrição microscópica da parte da planta utilizada Informações sobre possíveis espécies vegetais similares que possam ser utilizadas como adulteração

50 Biologia e fenologia - Sistema sexual - Época de floração - Época de frutificação Modelo de monografia INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Informações sobre sementes - Forma de dispersão de frutos e sementes - Germinação e dormência - Peso de mil sementes - Colheita e beneficiamento - Longevidade e armazenamento de sementes Informações sobre cultivo - Descrição - Formas de propagação - Características edafoclimáticas - Época de coleta/colheita - Hábito de crescimento e regeneração - Consórcio - Sistemas agroflorestais - Melhoramento vegetal - Pragas e doenças (ocorrência, nível de dano e controle)

51 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS (continuação) Sistema produtivo - Produtividade - Beneficiamento - Processamento - Rendimento esperado Modelo de monografia Informações sobre armazenamento Embalagem Informações da variação sazonal e cond. edafoclimáticas sobre marcadores Informações do efeito do manejo sobre marcadores Aspectos ecológicos relevantes

52 Modelo de monografia INFORMAÇÕES DE CONTROLE DA QUALIDADE Espécie vegetal Principais derivados utilizados Produto final (fitoterápico) Granulometria Descrição Formas farmacêuticas desenvolvidas - Métodos de obtenção Testes específicos para cada forma farmacêutica - Testes fisicoquímicos - Caracteres organolépticos - Requisitos de pureza: - Perfil de contaminantes comuns - Cinzas - Microbiológicos - Resíduos químico - Umidade - Metal pesado Prospecção fitoquímica Testes de identificação Testes de quantificação - Descritos - Majoritários ou ativos Outras considerações relacionadas ao controle de qualidade

53 Modelo de monografia INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA E EFICÁCIA Informação de usos populares Se pode fazer parte da notificação de drogas vegetais: Nom. Nom. Parte Forma Posolo Via Uso Alegaç Contra E. Embala- Referên- botânica popular de uso gia ões indicaçõ adversos gem cias es Informações sobre ensaios pré-clínicos Toxicológicos i.aguda, incluindo DL 50 ii.subcrônica iii.crônica iv.mutagenicidade e genotoxicidade v.sensibilização dérmica vi.irritação cutânea vii.irritação ocular viii.efeitos sobre a reprodução

54 Modelo de monografia INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA E EFICÁCIA (CONTINUAÇÃO) Farmacológicos i. Ensaios farmacológicos pré-clínicos ii. CE 50 e CI 50 Informações sobre ensaios clínicos i. Fase I i. Fase II, incluindo farmacocinética e farmacodinâmica ii. Fase III iii. Fase IV Para cada um dos itens de segurança e eficácia, preencher as informações: Parte da planta Extrato Padronização do extrato Modelo Posologia Metodologia Resultado Referências

55 Modelo de monografia Resumo das ações e indicações por derivado de droga Se pode ser inserido no registro simplificado: Nomencl. botânica Nomenc. popular Parte usada Derivado vegetal Padronização Indicações Concentração Via Restrição de uso Vias de administração Dose diária Posologia (dose e intervalo) Período de utilização Contra indicações Grupos de risco Precauções de uso Efeitos adversos relatados Interações

56 Modelo de monografia INFORMAÇÕES GERAIS Formas farmacêuticas /formulações descritas na literatura Produtos registrados e informações regulatórias Informações de embalagem e armazenamento Monografias em compêndios oficiais/ não oficiais Patentes solicitadas para a espécie vegetal Diversos Anexo I - Lista de referências citadas na literatura Artigo Ano de publicação Área Referência

57 Monografia Decisão sobre segurança, eficácia e qualidade da espécie Notificação de drogas vegetais Memento Fitoterápico Padronização de bulas Formulário Fitoterápico Farmacopeia Brasileira Registro simplificado