LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA DIGITAL Experiência 7: Análise de Circuitos Biestáveis
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- Ana do Carmo Fortunato Lameira
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1 33 1. Objetivo Analisar a operação de circuitos biestáveis: latches e flip-flops tipo RS, JK, T e D. 2. Conceito Um latch ou um flip-flop também são conhecidos como dispositivos biestáveis. Os biestáveis são constituídos por portas lógicas e capazes de armazenar um bit. Apesar das portas lógicas, individualmente, não possuírem capacidade de memória, as mesmas são interligadas de tal forma a permitir o armazenamento de informação binária. Os circuitos biestáveis são denominados de biestável RS, D, JK e T. A seguir serão apresentadas as principais características destes circuitos. 2.1 Latch tipo RS A figura abaixo apresenta o diagrama lógico, o símbolo e a tabela de operação de um latch RS implementado com portas NOR. R S Reset Set 0 0 mantém inválido (b) Diagrama lógico. (c) Tabela verdade. Do diagrama lógico pode-se observar quer as portas NOR estão interligadas em cruz, ou seja, uma das entradas da porta é a saída da outra porta. Da tabela verdade do latch RS pode-se observar que é somente necessária a aplicação de um pulso na entrada R ou S para alterar o estado do latch. Considere, inicialmente, que o latch esta com a saída em nível lógico baixo ( = 0) e que um pulso foi aplicado na entrada S para coloca-la em nível lógico alto e depois retornar com a mesma para nível lógico baixo. A largura mínima deste pulso é dada pela soma dos atrasos de propagação das portas como apresentado na equação (1). PW(min) = T PLH + T PHL (1) obs: o latch RS também pode ser implementado com portas NAND. O latch RS apresentado anteriormente responde imediatamente a aplicação dos sinais de entrada R e S. Existem outros tipos de latches, denominados de latches assíncronos, que
2 34 possuem um sinal de controle para habilitar a operação do mesmo. A seguir e apresentado o símbolo e a tabela verdade do latch RS assíncrono. R S R S X X 0 mantém mantém invalido As entradas R e S do latch só são válidas quando o sinal de é aplicado ao mesmo, para o símbolo apresentado anteriormente o sinal de deve ser ativo alto. Para que este latch opere corretamente é necessário que as entradas estejam estáticas por um tempo mínimo antes do pulso de ser aplicado ao mesmo, este tempo é denominado de set-up time (T su ). Rou S Tsu O latch RS possui para uma das combinações de entrada uma saída que é inválida, ou seja, para esta combinação, ambas as saídas do latch irão para nível lógico baixo. Para solucionar este problema foram desenvolvidos outros tipos de latches sendo que todos são oriundos do latch RS. A seguir serão apresentados os outros latches desenvolvidos. 2.2 Latch tipo D O latch tipo D possui somente uma entrada. O diagrama lógico, o símbolo e a tabela de operação deste latch são apresentados na figura abaixo. D S R (a) Diagrama lógico. D relogio (b) Símbolo. D 0 X mantém (c) Tabela Verdade.
3 Latch tipo JK O latch RS possui uma combinação de sinais de entrada que possui a saída inválida. Para solucionar este problema foi desenvolvido o latch JK. Neste latch a combinação de entrada que era inválida para o latch RS faz com que o sinal de saída seja invertido, ou seja, a saída será comutada para o outro valor da lógica booleana. O diagrama lógico, o símbolo e a tabela de operação deste latch são apresentados abaixo: J relogio K S R (a) Diagrama lógico. J K (b) Símbolo. J K X X (c) Tabela verdade. 2.4 Latch tipo T Um latch tipo T possui um único sinal de entrada e o mesmo é construído a partir de um latch JK. A construção de um latch T é realizada fazendo-se a interligação das entradas JK. O latch T opera quando um sinal de nível lógico alto é aplicado a sua entrada conseqüentemente a saída do mesmo será comutada para outro nível lógico. O símbolo e a tabela verdade do referido latch são apresentados abaixo. T T X Nos latches apresentados anteriormente os sinais de entrada devem estar fixos enquanto o pulso de está ativo (nível baixo ou alto). Logo, pode-se concluir que estes dispositivos são muito susceptíveis a ruído. Para reduzir a influência do ruído nestes componentes foi projetado um dispositivo que opera nos flancos do sinal de, sendo o mesmo denominado de flip-flop.
4 36 A seguir serão apresentados todos os símbolos e a tabela de operação dos principais flip-flops encontrados comercialmente. (a) Flip-flop tipo D D relogio D n+1 0 X n 1 X n (b) Flip-flop JK J K relogio J K n+1 0 X X n 1 X X n 0 0 n n (c) Flip-flop T T T n+1 0 X n 1 X n 0 n 1 n
5 37 Sinais Assíncronos As entradas dos latches e flip-flops só são válidas quando um sinal de é aplicado nestes componentes. Em muitas aplicações é necessário setar (colocar a saída em nível lógico alto) ou resetar (colocar a saída em nível lógico baixo) um latch ou flip-flop sem a aplicação de um sinal de. Por esta razão, em alguns destes dispositivos, mais duas entradas foram adicionadas para realizar tal função. As entradas são denominadas de PRESET e CLEAR, e tais entradas se sobrepõem a todos os outros sinais de entrada existente nestes componentes. A seguir é apresentado o símbolo e a tabela verdade de um flip-flop JK que possui os sinais de controle PRESET e CLEAR. relogio Preset clear J K n+1 X 0 1 X X 1 PRESET J X 1 0 X X n K CLEAR n (b) Tabela Verdade.
6 38 3. Material Curso EB-133 Lógica Seqüencial. Módulo EB-133. Módulo DIGLAB 1. Pontas de osciloscópio. 4. Procedimentos 1 a uestão: Realizar os seguintes laboratórios do curso EB-133: Laboratório 2: latch D. Laboratório 5: flip-flop D. Laboratório 3: flip-flop JK. 2 a uestão: Transforme um flip-flop JK em um flip-flop D. 3 a uestão: Considere o circuito mostrado abaixo. Inicialmente, todos os flip-flops estão no estado 0. A operação do circuito inicia-se com a aplicação de um pulso de START. Análise a operação deste circuito determinando os sinais A, B, C, X, Y, Z e W para aplicação de 20 pulsos de após a aplicação do pulso de START. ual a função do bloco A e do bloco B?
7 39 4 a uestão: Considere o circuito mostrado abaixo, tal circuito é capaz de gerar quatro sinais não sobrepostos e na mesma freqüência. Análise tal circuito obtendo os sinais CP1, CP2, CP3 e CP4. Se a freqüência fosse de 1(KHz) qual seria a freqüência de saída deste circuito.
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