Logística Reversa: Redução de Custos através do Gerenciamento da Cadeia Integrada de Valor
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- Nathalia Antunes Andrade
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1 Logística Reversa: Redução de Custos através do Gerenciamento da Cadeia Integrada de Valor Edwin Pinto de la Sota Silva, D.Sc. Universidade de Brasília / Mestrado em Ciências Contábeis / Mestrado em Agronegócios, Campus Universitário Darcy Ribeiro Prédio FACE Sala 1-2B / CCA 1º Andar, Brasília-DF Brasil / CEP Telefone / Fax: (005561) delasota@unb.br Adelaida Pallavicini Fonseca, D.Sc. Universidade de Brasília / Mestrado em Transportes Prédio SG12 1º Andar - Campus Universitário Darcy Ribeiro Brasília DF Brasil / CEP Telefone: (005561) Fax: (005561) ixcanil@unb.br Área temática: LGT Logística e Transportes RESUMO A Logística Reversa no Brasil vem tomando força importante no planejamento estratégico das organizações empresariais para adequá-las à legislação ambiental. A responsabilidade do fabricante sobre os produtos tem sido ampliada, pela legislação vigente mais rigorosa no mundo na atualidade. Além do refugo gerado em seu próprio processo produtivo, o fabricante vem sendo responsabilizado pelo produto até o final de sua vida útil. Segundo pesquisas realizadas, na prática têm-se demonstrado como um investimento no gerenciamento da Logística Reversa que resulta em economias substanciais para as empresas. Ainda assim, poucas são as empresas que passaram a utilizar a Cadeia Reversa na obtenção de vantagens competitivas no mercado. O tema que é abordado neste trabalho refere-se ao problema de retorno, de parte dos clientes a indústria, dos materiais utilizados nas embalagens e na movimentação de refrigerantes e bebidas engarrafadas em latas ou em garrafas PET. Este problema causa grandes prejuízos ao setor, principalmente as pequenas e médias empresas, diminuindo suas margens de rentabilidade e incidindo no preço final do produto. Assim, é definida uma proposta de um sistema de gerenciamento de logística reversa visando à redução de custos logísticos, definindo os fluxos de processos e de informações necessárias para manter o sistema. O objetivo do trabalho é mostrar as oportunidades de redução de custos através do gerenciamento da cadeia de valor e da cadeia da logística reversa. PALAVRAS CHAVES: Logística Reversa, redução de custos, embalagens de refrigerantes. ABSTRACT The Reverse Logistic in Brazil has become an important force in the companies strategic planning adjusted to the new ambient legislation. The manufacturer s responsibility over their products has grown through an effective legislation in the today s world. Besides the refuse generated by it s own productive process, the manufacturer has been responsible for the product throughout its role life time. According to researches, the practice has shown how investments in the Reverse Logistic Management results in substantial economies for the companies. Even though, just a few companies have already started to use the Reverse Chain in obtaining competitive advantages in the market. The theme of this paper refers to the problem of return, from the clients to the industry, of material used in the packing and handling of soft drinks and bottled beverages in cans or in PET bottles. This problem causes big loss of money to the industry, mainly to small and medium size companies, reducing its yield margins and impacting in the final price. Thus, a proposal of a reversed logistic management system was developed aiming the reduction of logistics costs, defining the flows of processes and information
2 needed to maintain the system. The objective of this work is to show the opportunities of costs reduction all the way through the management of the value chain and of the reverse logistic. KEY WORD: Reverse Logistics, reduction of logistics costs and packing of soft drinks. 1. INTRODUÇÃO Antes do surgimento das embalagens feitas com polietileno tereftalato (PET), os vasilhames retornáveis representavam uma barreira forte de entrada no mercado de refrigerantes para empresas pequenas e de médio porte. Essa restrição também inibia compras por impulso, mantendo os varejistas dependentes daquelas empresas que possuíam embalagens. Os custos logísticos eram elevados devido a dois fatores: a necessidade das indústrias operarem com estoques altos de garrafas de vidro para manter o sistema funcionando corretamente e; a necessidade de possuírem um número maior de plantas para estar mais próxima dos clientes, possibilitando dessa forma um melhor controle de estoques de vasilhames. Já que as margens de lucro proporcionadas por estas embalagens retornáveis eram altas as garrafas tinham um custo superior ao próprio produto apesar de que hoje elas representam menos de 4% das vendas. O surgimento das embalagens descartáveis feitas com polietileno tereftalato (PET), no início da década de 1990, propiciou um grande crescimento das engarrafadoras de tubaínas. A participação no mercado de empresas menores cresceu de 9% em 1988 para 33% em 1999, de acordo com o relatório SEAE (ato de concentração da Brahma e Antártica). Este crescimento das empresas ou engarrafadoras movimentou e aqueceu o mercado de refrigerantes, já que os grandes concorrentes viram-se ameaçados pelas engarrafadoras de tubaínas. As inovações tecnológicas no desenvolvimento de embalagens descartáveis, nos anos 90, incentivaram o crescimento do setor de alimentos, bebidas e refrigerantes, mas também trouxe sérias preocupações aos ambientalistas, quanto à preservação do meio ambiente. Estas preocupações aliadas a diversos fatores, assinalados posteriormente, promoveram o surgimento de novas disciplinas e temas de estudo; o desenvolvimento de tecnologia para a fabricação de equipamentos para o processo de reciclagem e; a criação de fontes alternativas de trabalho. Dentre os principais fatores que tem influenciado nesse movimento, além da preservação do meio ambiente, estão: a importação de matérias primas para fabricação de embalagens descartáveis que incidem fortemente sobre os custos de produção; a necessidade das empresas de reduzir custos; o problema de encontrar um destino final para estes materiais, devido a que os ciclos de degradação são mais longos, etc. Dentre as novas disciplinas destacam-se a engenharia ambiental, a logística reversa, a re-engenharia e a reciclagem de materiais entre outros. O mercado da reciclagem no Brasil movimentou aproximadamente R$ 5 bilhões em 2003, atualmente, o Brasil é o país que possui o maior índice de reciclagem de embalagens de alumínio do mundo, 85%, superando o Japão, com 82,8%. De acordo com a Associação Brasileira de Alumínio (ABAL), em 2002, dos 11 bilhões de latas para bebidas, 95% foram representadas por latas de alumínio, desse total, 87% foram reaproveitadas pela indústria, gerando faturamento de R$ 850 milhões e 152 mil empregos diretos e indiretos. A reciclagem é alavancada pelas famílias que têm nesse processo sua principal fonte de renda, já que rende de um a três salários mínimos mensais. O programa de reciclagem de embalagens de alumínio é, ainda, um importante fator de aproveitamento eficiente de energia elétrica. Ele proporcionou, em 2001, em pleno racionamento, uma economia de 1,7 mil gigawatts hora/ano, correspondendo a 0,5% de toda a eletricidade produzida no País, segundo os cálculos do Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE). Naquele ano, 9 milhões de latas reaproveitadas proporcionaram 120 mil toneladas de alumínio. Isso ocorreu porque a transformação da bauxita em alumínio exige 17,6 MWh (megawatts-hora) por tonelada, enquanto na transformação das latinhas usadas na matéria-prima, o consumo cai para 0,8 MWh por tonelada. O alumínio é o único tipo de embalagem que pode ser reciclada infinitas vezes sem perda de qualidade, segundo a ABAL. O ciclo da reciclagem da lata de alumínio é aproximadamente de 35 dias. Ou seja, a 903
3 lata volta para a prateleira do supermercado, pouco mais de um mês após ter sido vendida da outra vez. Embora a reciclagem seja um tema atual e de interesse que está movimentando a sociedade, comunidade cientifica, organizações não-governamentais, governamentais e setor empresarial na busca de soluções que amenize o impacto ambiental e traga retornos financeiros em geral, o tema que é abordado neste trabalho refere-se ao problema de retorno, de parte dos clientes a indústria, dos materiais utilizados nas embalagens e na movimentação de refrigerantes e bebidas engarrafadas em latas ou em garrafas PET. Estes materiais não são descartáveis, tem um custo elevado, representando aproximadamente 7% a 8% dos custos totais do produto, o não-retorno deles causa grandes prejuízos ao setor, principalmente das pequenas e médias empresas, diminuindo sua rentabilidade e incidindo no preço final do produto. Nesse sentido, esta pesquisa desenvolveu uma metodologia visando à redução de custos logísticos na implantação de um sistema de gerenciamento de logística reversa em empresas engarrafadoras de pequeno e médio porte, definindo os fluxos de processos e de informações necessárias para manter o sistema. Assim, o objetivo do trabalho é mostrar as oportunidades de redução de custos através do gerenciamento da cadeia de valor, com o envolvimento de todos os seus componentes. O trabalho foi abordado sob dois aspectos. A primeira abordagem foi realizada sob uma base teórica, analisando a Logística Reversa como tópico da Administração de Recuperação de Produtos, tratados sob aspectos estratégicos, custos, sistemas de informação específicos e o gerenciamento da cadeia de suprimentos. A segunda abordagem consistiu na análise sistêmica do problema. Para isso constataram-se várias empresas do setor refrigerante, observando-se que a maioria apresenta resistência a dar informações por diversos motivos que não serão tratados neste estudo. Vencida a resistência e com grande receio, duas empresas de porte médio, uma empresa do setor refrigerante e outra do setor de engarrafamento aceitaram participar da pesquisa. 2. EVOLUÇÂO DA LOGÍSTICA REVERSA A Logística Reversa em seu sentido mais amplo significa todas as operações relacionadas com a reutilização de produtos e materiais. O processo da Logística Reversa se refere às atividades de coletar, desmontar e processar produtos e/ou materiais e peças usadas a fim de assegurar uma recuperação sustentável (amigável ao meio ambiente). A definição de Logística Reversa segundo a RevLog (grupo de trabalho internacional que estuda a Logística Reversa, envolvendo pesquisadores de várias Universidades sob a coordenação da Erasmus University Rotterdam - Holanda), a define como os procedimentos e atividades logísticas dos fluxos de materiais que voltam à empresa por algum motivo (ex.: devolução de clientes e retorna de embalagens, retorno de produtos e/ou materiais para atender à legislação). Nas empresas, a Logística Reversa não tem a mesma atenção que os fluxos normais de saída de produtos, talvez por ser uma área que não envolve lucros (ao contrário, apenas custos). No planejamento logístico, muitas vezes, é priorizado apenas o estudo do fluxo de produtos no sentido Empresa-Cliente, no entanto Bowersox et al. (1986) coloca a importância de também olhar o fluxo reverso. Este fluxo pode acontecer por 'recalls' efetuados pela própria empresa, vencimento de produtos, responsabilidade pelo correto descarte de produtos perigosos após seu uso, produtos defeituosos e devolvidos para troca, desistência da compra por parte do cliente ou legislação. Na presente pesquisa considera-se como Logística Reversa, as atividades de reaproveitamento, remoção de refugo e administração de devoluções. Diversas pesquisas mostram a importância deste lado da logística, o estudo de Caldwell (1999), que entrevistou várias empresas, mostrou como pequenos investimentos no gerenciamento da Logística Reversa resultaram em economias substanciais, ressalta-se a importância do comentário dos executivos da Sears, quando indicam que: A Logística Reversa é a 904
4 última fronteira em redução de custos. O maior problema apontado por Caldwell (1999) é a falta de sistemas informatizados que permitam a integração da Logística Reversa ao fluxo normal de distribuição. Por esta razão, muitas empresas desenvolvem sistemas próprios ou terceirizam este setor para firmas especializadas para lidar com esses processos. No Brasil, não existem dados precisos dos custos e gastos efetuados com a Logística Reversa nem o que representam para a economia do país. Levando-se em conta estimativas do mercado americano e extrapolando-as para o Brasil, os custos com Logística Reversa representariam aproximadamente 4% dos custos totais de Logística convencional, que de acordo com a Associação Brasileira de Movimentação e Logística, foram aproximadamente de US$ 155 bilhões em 2000, números expressivos que tendem a crescer, à medida que as atividades com Logística Reversa aumentem nas empresas. 2.1 Atividades de Gerenciamento da Recuperação de Produtos O gerenciamento das operações que compõem o fluxo reverso fazem parte da Administração da Recuperação de Produtos ( Product Recovery Management - PRM), que é definida como o gerenciamento de todos os produtos, componentes e materiais usados e descartados pelos quais a empresa fabricante é responsável legal e contratual. Sendo as atividades mais importantes da PRM: a) Tecnologia: área onde se efetua o desenho do produto, tecnologia e testes das adaptações aos processos primários de produção. b) Marketing: cria as condições de mercado (descartando produto e mercados secundários), c) Informação: previsão e analise de oferta e demanda do produto reciclado adaptado ao sistema de informação da empresa e os processos de devoluções dos produtos. d) Organização: analise e distribuição das tarefas operacionais da cadeia de suprimentos de produtos recuperados ou reciclados como estratégia de negócios, e) Finanças: Inclui o financiamento das atividades da cadeia e a avaliação dos fluxos de fornecimento dos produtos reciclados e as devoluções e avaliação econômica dos fluxos de retorno. O objetivo do gerenciamento das operações que compõem o fluxo reverso é a recuperação do valor econômico e ecológico, dos produtos, como são indicados na tabela a seguir: Opções de PRM Tabela 1: Resumo de opções de recuperação de produtos Nível de Exigências de Produto Desmontagem Qualidade Resultante Reparo Produto Restaurar o produto para pleno funcionamento Renovação Módulo Inspecionar e atualizar módulos críticos Remanufatura Parte Inspecionar todos os módulos/partes e atualizar Algumas partes reparadas ou substituídas Alguns módulos reparados ou substituídos Módulos/partes usados e novos em novo produto Canibalização Reciclagem Recuperação seletiva de partes Material Depende do uso em outras opções de PRM Depende do uso em remanufatura Algumas partes reutilizadas, outras descartadas ou para reciclagem. Materiais utilizados em novos produtos 2.2 Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos A implementação de um sistema de Logística Reversa leva à necessidade de se analisar a Cadeia de Suprimentos como um todo. O conhecimento da cadeia pode levar a importantes ganhos no que diz respeito à diminuição de custos logísticos ao longo todo esse fluxo. O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management SCM) por definição objetiva a gestão dos diversos processos: fluxo de materiais, sistemas de informações, recursos e fundos, estoques da cadeia de suprimentos, fornecedores de produtos e componentes, distribuidores (atacadistas e varejistas) e chegando ao 905
5 consumidor final. Neste enfoque Bowersox et al (1986) explica que o objetivo administrativo é obter integração de todos os componentes no sistema logístico. Assim todas as áreas devem ser coordenadas em um esforço logístico de redução de custo total. Outro aspecto importante é que a política da empresa tem que ser consistente com os objetivos globais e permitir o apoio às outras áreas na busca de integrar a Logística Reversa á política de logística da empresa. A proposta de uma Cadeia de Suprimentos Integral (CSI) baseada no conceito de ciclo de vida do produto representa à logística com fluxo normal acrescida às etapas de descarte, recuperação e reaplicação permitindo a reentrada do fluxo de material na cadeia de suprimentos. Dessa forma Krikke (1998) aponta as diferenças entre os sistemas de logística com fluxo normal e a Logística Reversa: a) A logística tradicional é um sistema onde os produtos são puxados pull system, enquanto que na Logística Reversa existe uma combinação entre puxar e empurrar os produtos pela cadeia de suprimentos. Na Logística Reversa tem-se a distinção entre o que é reciclável do que é o descarte. b) Os fluxos tradicionais de logística são basicamente divergentes, enquanto que os fluxos reversos podem ser fortemente convergentes e/ou divergentes ao mesmo tempo. c) Os fluxos de retorno seguem um diagrama de processamento pré-definido, no qual produtos descartados são transformados em produtos secundários, componentes e materiais. d) Na Logística Reversa, os processos de transformação tendem a ser incorporados na rede de distribuição, cobrindo todo o processo de produção, da oferta (descarte) à demanda (reutilização). Diversos fatores críticos influenciam a eficiência do processo da logística reversa, como são apontados por Lacerda (2002), os níveis de incerteza referente à quantidade e qualidade. Para solucionar esses fatores críticos recomenda-se programar os seguintes processos: controles de entrada; mapeamento e formalização de processos; redução dos tempos dos ciclos; sistemas de informação; rede logística planejada; e relações colaborativas entre clientes e fornecedores. Na medida em que os objetivos destes processos se alcançam melhor será o desempenho do sistema logístico integrado. Também são apontados os motivos estratégicos do sistema reverso por Rogers e Tibben-Lembke (1999), como os fatores competitivos (Diferenciação do serviço), Limpeza do canal de distribuição, Proteção de Margem de Lucro, Recaptura de valor e recuperação de ativos. Além das razões de: a) Legislação Ambiental, que força as empresas a retornarem seus produtos e cuidar do tratamento necessário; b) Benefícios econômicos do uso de produtos que retornam ao processo de produção, ao invés dos altos custos do correto descarte do lixo; c) A crescente conscientização ambiental dos consumidores. Em termos logísticos, ao adicionar o sistema da logística reversa ao fluxo de saída de mercadorias, forma-se a Cadeia de Suprimentos Integral. A Cadeia de Suprimentos Integral (CSI) é baseada no conceito de ciclo de vida do produto. Durante seu ciclo de vida, o produto percorre a cadeia normal de suprimentos. O que é acrescentado na CSI são as etapas de descarte, recuperação e reaplicação, permitindo a reentrada do fluxo de material na cadeia de suprimentos, (Krikke, 1998). A Figura 1 nos mostra os laços no Ciclo de Vida de recuperação para a fabricação de bens duráveis. (Ferrer, APUD Krikke: 1998). O planejamento da Logística Reversa envolve praticamente os mesmos elementos de um plano logístico convencional: nível de serviço, armazenagem, transporte, nível de estoques, fluxo de materiais e sistema de informações. O nível de serviço faz parte da estratégia global da empresa, já seja como arma de vendas ou como satisfação garantida ou garantia de troca em caso de defeito. O sistema logístico tem que estar preparado para o fluxo reverso e qualquer falha pode arriscar toda a imagem da companhia. Uma vez determinado o volume e as características do fluxo reverso, devem-se estabelecer os locais de armazenagem, os níveis de estoque, o tipo de transporte a ser utilizado e em que fase se dará a reentrada no fluxo normal do produto. 906
6 Laço longo (Re)Montagem Fabricação Componente Fornecimento de material Laço médio Recuperação de componentes Laço curto Recuperação do produto Logística à frente Uso do cliente Recuperação de materiais Descarte de lixo Desmontagem Logística Reversa Figura 1: Laços no ciclo de vida na fabricação de bens duráveis (Ferrer, APUD Krikke: 1998, p.10). 2.3 Os sistemas de custos na Logística Reversa As firmas passaram a ter responsabilidade pelo retorno do produto quer para reciclagem, quer para descarte. Neste contexto as empresas enfrentam o desafio de avaliar os sistemas de custeio que deverão abordar, considerando o ciclo de vida do produto, Rogers et al (1999), destaca a importância de se conhecer o ponto onde se encontra o produto no seu ciclo de vida e a diferença de custos incorridos em cada fase. Segundo afirma Atkinson et al (2000), os sistemas de custeio permitirão aos gerentes administrar custos do berço ao túmulo. Para Horngreen et al (2000) o custo abrange O ciclo de vida do produto desde o início da P&D até o término de suporte ao cliente. Tibben-Lembke (2000) e De Brito et al (2002), ao falarem sobre o ciclo de vida do produto e da Logística Reversa, relatam a importância ainda na fase de desenvolvimento, ser levado em consideração de como se dará o descarte ou o reaproveitamento de peças e partes ao final da vida do produto. Citadas como exemplos de empresas que projetam seus produtos e pensam na última etapa do mesmo encontram-se a empresas automobilísticas e as empresas de alta tecnologia (IBM e Xérox) O sistema de Custo Baseado em Atividades apresenta vantagens técnicas chamando a atenção pela possibilidade do método ser estendido a toda a cadeia de suprimentos e permitir analisar todo o processo de custos total (trade-off) e a agregação do sistema de custos da Logística Reversa. Os sistemas de custeio considerando o ciclo de vida podem utilizar sistemas de Custo Meta, Custo Kaizen, Custo Baseado em Atividades (ABC) ou Custo por Processo. Processo esquematizado na figura 2. Um exemplo de aplicação deste método foi a pesquisa de Goldsby e Closs (2000) aplicada à cadeia de suprimentos de cervejas e refrigerantes, a analise da logística reversa levou aos integrantes da cadeia a terceirizar todo o processo de coleta e retorno para reciclagem de embalagens usadas e com isto obtiveram uma economia anual superior a US$ 11,4 milhões. A correta implementação do método de custeio ABC na cadeia de suprimentos apontou para redução dos custos totais. 907
7 Figura 2: Sistemas de Custos para opções de recuperação de produtos Ciclo de P&D e de Engenharia Ciclo de Fabricação Ciclo de Serviço Pós-venda, distribuição e retorno Custeio-Meta Custo Kaizen Custeio por Atividade (ABC) Trade-off 2.4. Desenhando um Sistema de Informações Gerenciais O papel da Logística Reversa na estratégia empresarial permitirá definir o tipo de sistema de informação gerencial a ser desenvolvido. No entanto, a carência de sistemas de informações prontos gera a necessidade de desenvolver novos sistemas que agreguem os sistemas reversos, por essa razão, muitas empresas utilizam a estrutura existente de logística de fluxo normal. Mas é importante salientar que os controles necessários da Logística Reversa são bem distintos. Os dois sistemas devem ser planejados, devido às divergências inerentes às atividades e processos, por isso, ressalta-se a importância de maior controle de custos destes processos. No caso da indústria de bebidas, o sistema reverso utiliza-se da rede de transporte de logística normal, já que os vasilhames vazios são recolhidos nos mesmos locais onde são entregues e envolve os mesmos atores, facilitando o controle e a utilização da mesma estrutura utilizada para a logística normal; já no caso de baterias usadas o retorno nem sempre acontece de modo linear, por que as baterias (ou latas de alumínio) são vendidas como parte de um outro produto e nem sempre pelo mesmo fabricante. A devolução ou descarte ocorre bastante tempo após a venda e por canais bastante diversos. 3. ANÁLISE SISTÊMICA DO PROBLEMA A análise sistêmica do processo do fluxo logístico de uma empresa engarrafadora, inicia-se com a descrição do processo de fornecimento dos insumos e vasilhames à planta, no caso de uma franquia, esta recebe o insumo principal direto da indústria e o resto dos insumos e vasilhames, dos fornecedores determinados pela própria indústria. Os processos de produção e de embalagem do refrigerante são automatizados e efetuados na própria planta da engarrafadora. Esta atende diversos tipos de clientes: distribuidores, pequenas e grandes redes de varejistas e o comércio local em geral. Dessa forma as entregas são separadas em entregas por rota (clientes menores) e entregas por mercado (clientes maiores). Os lotes de entrega por cliente são montados durante todo o dia e por a noite são carregados nos veículos, assim ao dia seguinte, estes saem a fazer as entregas. Como pode observa-se os sistemas de fornecimento, produção e logística trabalham integrados, um problema em alguns deles incide em toda a cadeia de produção e de logística. 3.1 Caracterização do Problema As empresas chamadas tradicionais, principalmente as franqueadas do tipo como a Coca-Cola e o grupo AMBEV, utilizam em suas embalagens de embarque pallets e as chapas de chapatex. Os materiais de embalagem são considerados essenciais à produção, já que servem de estrutura de suporte e de proteção tanto para armazenamento como para montar os lotes de entrega dos produtos. A falta desses materiais pode paralisar todo o processo produtivo e logístico, materiais que passam a ser componentes importantes do processo de empacotamento e de movimentação. No caso das franquias da Coca-Cola o processo produtivo é automatizado desde a preparação do liquido até a embalagem final dos lotes de 908
8 entrega e tem tantas linhas de produção quantos modelos de embase têm. O sistema é controlado pela área de produção, que automaticamente monta os pacotes de refrigerantes, formando laços de 9 garrafas PET ou de 12 latas. Esses pacotes são montados em camadas de pallets, no caso das garrafas PET de 2,50 litros formam 12 pacotes por camada, sendo que o lote tem seis camadas e cada camada é colocada numa chapa de chapatex, com a finalidade de propiciar maior estabilidade às pias e evitar os atritos entre elas, logo o lote completo é coberto com um filme de plástico, garantindo mais a segurança para o transporte. A necessidade da utilização de chapas de chapatex é tanto maior quanto mais quente a região em que atua a engarrafadora. O calor dilata as garrafas PET e, caso não exista a chapa de madeiras, dentre elas, com o atrito estas tendem a estourar. No caso de latas de alumínio, o atrito provoca micro-furos, deixando vazar o gás ou mesmo todo o produto. Muitas vezes, vazamentos de produtos resultam em devoluções de toda a carga por parte do cliente, ocasionando grandes prejuízos à engarrafadora. O custo do material de embalagem utilizado é elevado representando cerca de 7% a 8% do custo total do produto. Em termos de valores o custo do palete padrão é de aproximadamente R$ 15,00 e da chapa de chapatex R$ 3,00. Cada lote de embarque tem pelo menos 1 palete e 5 chapas de chapatex, dependendo do tipo de produto (lata ou PET). Normalmente, o ciclo de produção nas empresas de refrigerantes é dinâmico e as atividades de distribuição são efetuadas por caminhões, que fazem duas ou mais viagens no mesmo dia dependendo do tamanho da região de abrangência de mercado, complexidade da rede, tamanho dos pedidos e capacidade da frota. Em geral, o responsável da recepção faz o acerto com os motoristas, controlando as embalagens que deveriam retornar e despachar a nova carga. Fazendo uma estimativa de custos considerando um caminhão que leva 8 lotes de embarque de garrafas PET de 2 litros, vai precisar 8 pallets e 40 chapas de chapatex o que gera um custo de R$ 240/viagem. Se a empresa despachasse 80 caminhões por dia, teríamos um custo diário de R$ e de R$ por ano em materiais de empacotamento. Se todos os clientes devolvem-se os materiais, a indústria não teria prejuízo, no entanto, na medida em que aumenta a porcentagem de materiais que não retornam aumentam os custos de perdas de reposição e de estoque dos materiais de embalagem. Que são custos e despesas necessárias que a indústria arca para não parar o processo produtivo e logístico de atendimento com rapidez a demanda do mercado. Na empresa pesquisada, as perdas com pallets e chapas de chapatex chegam a valores aproximados de R$ 2 milhões de reais anuais, valores consideráveis altos para uma empresa engarrafadora de médio porte. Sabendo que este é um problema da indústria como um tudo (com exceção dos fabricantes regionais de tubaínas, que, por operarem normalmente em um pequeno raio de distância não utilizam deste tipo de embalagem de embarque), os valores poderiam atingir montantes consideráveis, já que representam quase 2% do faturamento bruto da empresa. Num mercado de 11 bilhões de vendas de litros anuais, com quase 70% do mercado na mão de duas empresas, pode-se inferir, com um valor de venda aproximado de R$ 1,00 por litro, bastaria multiplicar para termos uma idéia da grandeza das perdas anuais deste setor industrial. Os pallets e chapas de chapatex eram normalmente considerados como ativos, com característica de um bem patrimonial, sob a suposição que estes materiais deveriam retornar após a entrega do pedido aos clientes. No entanto, esses retornos, na prática, não acontecem cem por cento por diversos motivos. Do ponto de vista dos clientes, principalmente das grandes redes varejistas, esses materiais, após o abastecimento dos produtos nas gôndolas são considerados como sucata. Assim, a orientação da indústria engarrafadora é de ativar estes pallets e chapas de chapatex e depreciá-los em função de um número pré-estabelecido de retornos previstos. Estima-se que pelo menos 50% desses materiais (pallets e chapas de chapatex) sejam perdidos por falta de retorno à indústria. Essas perdas passam a ser lançados como despesas no sistema contábil. O anedótico é que aqueles materiais que deveriam ser devolvidos acabam retornando à indústria através de recompra no mercado paralelo. As engarrafadoras recorrem a este mercado (pallets e chapas de 909
9 chapatex) por ser o modo mais rápido de aquisição devido a que os principais fornecedores ficam localizados em São Paulo e necessitam de prazos razoáveis entre pedidos e entregas. 3.1 Soluções propostas pelo setor de refrigerantes com respeito aos tipos de materiais utilizados no empacotamento Com o intuito de superar esses problemas, diversas alternativas se têm proposto. Uma deles é a substituição da chapa de chapatex por papelão e de pallets padrão por pallets descartáveis (feitos de ripias), que representa uma redução de custos de 66%. Só que a diferença de qualidade dos pallets é visível, nos descartáveis as pias não ficam tão segura, correndo risco de tombar pela fragilidade dos mesmos, e os clientes da rede varejista não aceitam seu carregamento nesse tipo de palete. Na maioria das engarrafadoras existe uma área de marcenaria que da manutenção aos pallets padrão. A substituição de chapa de chapatex por papelão é uma medida que ainda é bastante questionável. Os refrigerantes saem da linha de produção gelados e assim são embalados. Ocorre então a condensação que molha toda a embalagem. Com a chapa de chapatex isto não é problema, já que a madeira não sofre com a água. Já o papelão se deteriora, deixando a carga bastante insegura. Isto pode acarretar em tombamento da carga, já que os caminhões de entrega são abertos nas laterais. O atrito também é maior com o uso do papelão. Assim, a chapa de chapatex continua a ser utilizado para entregas em raio superior a 40 km da empresa, sendo utilizado o papelão em entregas próximas. Como solução a empresa em particular decidiu aumentar o preço do seu produto de modo a incorporar o custo total destas embalagens, a princípio retornáveis, repassando as perdas ao longo da cadeia. Os custos com estes tipos de materiais representam o segundo maior custo de distribuição da engarrafadora, perdendo apenas para o combustível. 3.2 Identificação dos problemas de gestão dos materiais de embalagens e movimentação Os principais problemas identificados na gestão dos materiais de embalagens e de movimentação nas empresas pesquisadas foram: Os sistemas de informação não estão preparados para controlar este tipo de operação, necessitando-se montar estruturas paralelas de controle; Falta de definição de políticas de colaboração ou parcerias com os clientes, principalmente as grandes redes varejistas; A emissão de notas de empréstimos aos clientes cria uma barreira e resistência de cooperação; A falta de integração da área de marketing com a área de logística, não permite a implantação de ações que beneficiem a empresa como um todo; A área de vendas da indústria não está preparada para enfrentar resistências em setores que tradicionalmente não representam seu produto. A área de marketing é responsável pelo produto final, sendo cobrada por cotas e volumes de vendas. Assim os materiais de embalagem são deixados de lado, caso possam interferir em grandes negociações; Falta de cooperação (fabricante distribuidor - varejista) para evitar os mercados paralelos. 4. FORMULAÇAO DO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE LOGISTICA REVERSA A proposta de um sistema de gerenciamento da logística reversa (retorno de pallets e chapas de chapatex) às engarrafadoras se fundamentará no seguinte objetivo: coordenação e integração da logística reversa integrada á logística normal visando redução de custos. Diversas empresas engarrafadoras e franquias, de forma formal ou informal, vêm utilizando a mesma estrutura da logística normal, a proposta da ampliação das atividades do sistema logístico normal com a implantação de estratégias colaborativas entre os dois atores do sistema. Conforme se pode concluir serão objetos de controle de remessa e retorno, os pallets de madeira, as chapas de chapatex, as garrafas de vidro e as garrafeiras. Com o propósito de estabelecer controle 910
10 sobre cada item, se faz necessário classificar os tipos de clientes que a empresa tem, pois para cada tipo será exercido um procedimento de controle interno de movimentação desses itens. Dentro do sistema logístico das empresas devem existir módulos de controle de estoques de produtos acabados e de acessórios (pallets, chapas de chapatex, garrafeiras, etc.). O principal item de controle do sistema auxiliar deverão ser as fichas de estoques de acessórios contendo códigos e descrição por item, saldos iniciais, movimentações de entrada, saída e saldo final. As fichas de acessórios serão alimentadas automaticamente pelas movimentações de estoques ocorridas no dia. Portanto, será possível se verificar os saldos de estoques de acessórios armazenados na fábrica. Para controle de itens auxiliares deverá ser criado um sistema de individualizado por cliente, com a movimentação e saldos existentes em poder dos clientes e que deveriam ser devolvidos à empresa. Deverão ser estabelecidos períodos para que os clientes devolvam os acessórios ou acertem financeiramente o valor desses acessórios (isto dependera da negociação). Os controles por clientes definem-se a continuação. O sistema de controle por clientes e região onde atuam a distribuidora da engarrafadora utilizando acessórios como os pallets, chapas chapatex e garrafeiras -, serão faturados à parte, para fins de controle e movimentação automática dos estoques. Ao fim das entregas, o caminhão deverá retornar à fábrica, necessariamente com os mesmos pallets, chapas chapatex, e garrafeiras com que saiu. As fichas de controle deverão ser preenchidas por um conferente de carga ao retorno. Até então, se procederá ao acerto financeiro das entregas do dia. O mapa de retorno de carga será utilizado para controle de estoques na fábrica ou controle de estoques automatizados. O sistema de controle para grandes redes varejistas e distribuidores Neste caso, o distribuidor poderá não retornar com os itens acessórios no mesmo dia, devido a que os carregamentos de entrega são de maior porte. Esses itens geralmente ficam com o cliente certo período de tempo. Assim, deverá conter uma ficha a movimentação dos saldos existentes com o cliente. Como já foi mencionado deverão de ser estabelecidos períodos para que os clientes devolvam os itens ou acertem financeiramente o estoque desses itens em seu poder. O sistema de controle para clientes e distribuidores de outras cidades e estados Esses tipos de serviços os cliente efetuam seus pedidos com antecipação de forma geral e vêm carregar os seus pedidos diretamente na engarrafadora, ficando o frete por sua conta. Portanto, ao fazerem o pedido, já sabem antecipadamente que para retirar os produtos da fábrica, deverão trazer os acessórios (pallets, chapas chapatex, garrafeiras vazias). Ao chegarem à engarrafadora, o procedimento será idêntico ao do retorno dos caminhões das rotas diárias, será preenchido um mapa de retorno com a quantidade de itens para troca. Os pallets, chapas chapatex e garrafeiras vazias serão descarregados nas áreas da própria da empresa, sendo então encaminhados ao setor de remessa para carregamento dos produtos acabados. O mapa de retorno sempre acompanhará o caminhão até o carregamento, para que haja conferência dos itens que o cliente trouxe, e se os mesmos correspondem às quantidades a serem carregadas. O mapa de retorno será utilizado para entrada dos itens no sistema de controle de estoques, e a saída deverá ser dada pelo faturamento da carga, segregada entre produtos acabados e acessórios. As ações propostas são: A partir do sistema de informação da empresa que contem o banco de dados de vendas e de produção da empresa prever a quantidade de pallets e chapas de chapatex por dia, definindo o lote mínimo de estoque destes materiais; Montar uma oficina de marcenaria que dê manutenção aos pallets; Deixar a responsabilidade de definição de políticas de retornos destes materiais à área de logística, no entanto, é aconselhável a cooperação da área de vendas para obter o sucesso sem interferir nas negociações de vendas; Em virtude que o motorista é o responsável da carga em trânsito, sua participação no retorno destes materiais é fundamental, portanto é interessante a criação de um programa de incentivos para aqueles motoristas que conseguem alcançar metas pré-definidas de retorno; Criação de políticas de parcerias com os distribuidores e as grandes redes de varejistas; 911
11 Criação de um sistema de custos de logística reversa inter-relacionado ao sistema de custos logístico normal; O sistema de controle de emissão e retorno de pallets e chapa de chapatex deve ser mantidos no mesmo sistema de informação logística. 5. CONCLUSÕES O estabelecimento de acordos entre os principais atores (fabrica-distribuidores-clientes) mostra que é possível uma maior integração de toda a cadeia produtiva. O envolvimento da outra ponta (grandes varejistas) e o desenvolvimento de maiores controles gerenciais de Logística Reversa se faz necessário, mostrando-se altamente lucrativo, já que os custos são repassados por toda a cadeia. O trabalho mostra como o desenvolvimento da Logística Reversa e seu enquadramento como parte da Administração de Recuperação de Materiais, analisando sua importância na estratégica de redução de custos dentro das empresas. A inclusão de um sistema de Logística Reversa necessita da abordagem do custeio do ciclo de vida total, já que, com o retorno dos produtos às empresas, por qualquer que seja o motivo, esta passa a ser responsável por seus produtos até o final de sua vida útil. Da pesquisa percebe-se que existem poucos sistemas de informação já desenvolvidos e específicos para lidar com Logística Reversa, daí a necessidade do desenvolvimento dos sistemas de informações. O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos é outro ponto fundamental para a Logística Reversa. O conhecimento profundo de toda a cadeia onde se insere a empresa e a participação ativa e consciente de todos os integrantes se torna crítico para o total desenvolvimento da Logística Reversa. A pesquisa demonstra o campo para a implantação de um sistema de Logística Reversa, integrada com a participação da cadeia de suprimentos e distribuição. Possibilitando assim reduções de custos e oportunidades de melhoria de todo o processo com a aplicação do sistema reverso. 6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ATKINSON, A A, BANKER, KAPLAN, R S et all., 2000, Contabilidade Gerencial São Paulo: Ed. Atlas. BLUMENFELD, D. E.; BURNS, L. D.; DILTZ, J. D.; DAGANZO, C. (1985). Analyzing Trade-offs between Transportation, Inventory and Production Costs on Freight Networks. Transportation Research, Vol. 19B, pp BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. (1996). Logistical Management: The Integrated Supply Chain Process. McGraw-Hill. CALDWELL, B,. 1999, Reverse Logistics. InformationWeek, 12/04/99, in 729/logistics.htm. Acesso em 6/10/03., 1999, The Web Can Reduce Returns. InformationWeek, 12/04/99, in 729/logistic2.htm. Acesso em 6/10/03. DE BRITO, M P, FLAPPER, S D P e DEKKER, R, 2002, Reverse Logistics: a review of case studies, Econometric Institute Report EI 21/05/03. GOLDSBY, T J e CLOSS, D J, 2000, Using activity-based costing to reengineer the reverse logistics channel, International Journal of Physical Distribution & Logistics Management, Vol 30, Number 6, pp, HORNGREEN, C T, FOSTER, G e DATAR, S M, 2000, CONTABILIDADE DE CUSTOS, 9 ª Ed. Rio de Janeiro: LTC Editora KIM, H. 2001, Manufacturers Profit by Managing Reverse Supply Chains. In Acesso em 14/10/
12 KRIKKE, H. 1998, Recovery Strategies and Reverse Logistics Network Design Holanda: BETA Institute for Business Engineering and Technology Application. LACERDA, L. 2002, Logística Reversa - Uma visão sobre os conceitos básicos e as práticas operacionais. In Acesso em 07 de Abril de LAMBERT, D M. et. al. 1998, Administração Estratégica da Logística São Paulo : Vantine Consultoria. LIMA, M P, 1998, Custos Logísticos uma Visão Gerencial, Centro de Estudos em Logística COPPEAD, UFRJ, in acesso em 2/5/2003 QUINN, P, 2001, Don t Get Rear-Ended by Your Own Supply Chain. In Acesso em 6/10/2001. REVLOG. Grupo de Estudos de Logística Reversa. In Acesso em 6/10/03. ROGERS, D S. e TIBBEN-LEMBKE, R S. 1999, Going Backwards: Reverse Logistics Trends and Practices. University of Nevada, Reno - Center for Logistics Management, in acesso em 30/09/2001 TIBBEN-LEMBKE, R S, 2002, Life after death: reverse logistics and the product life cycle, International Journal of Physical Distribution & Logistics Management, Vol 32, Number 3, pp,
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