Património do Xisto. Promotor PINUS VERDE Parceiro RØROS MUSEUM em colaboração com a cidade de Røros Patrimonio da Humanidade, Norway
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- Brian de Sousa Aragão
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1 Património do Xisto um projecto EEAgrants Promotor PINUS VERDE Parceiro RØROS MUSEUM em colaboração com a cidade de Røros Patrimonio da Humanidade, Norway
2 Património cultural memórias culturais Que memórias? Como lidar com elas?
3 Memória da vida vivida: Habitantes O primeiro proprietário: porque planeou a casa daquele modo (que necessidades, que economia, quantos membros na familia?) Novas gerações, novas necessidades alterações na casa
4 Artesãos artes e ofícios O artesão que construiu a casa Os materiais, ferramentas e técnicas usadas na construção da casa, (vestígios das ferramentas?) Que conhecimentos tinham ( estamos conscientes de quanto já perdemos?)
5 A casa e a aldeia como um livro de Historia: Memórias pessoais ( Eu cresci nesta casa ) Memórias familiares (os meus avôs viveram nesta casa, e a minha mãe nasceu aqui) Memórias da aldeia (à noite fechavam-se as cancelas para que os lobos não entrassem) Memórias regionais e nacionais (como era a aldeia 100 anos antes)
6 Convenções: - Pensarmos que o patrimonio cultural são os grandes monumentos pode ter uma consequência: Daqui a 1000 anos apenas as guerras e as orações serão recordadas. Quando a vida e as condições de vida mudam muito rapidamente as memórias do quotidiano tornam-se mais importantes ainda.
7 Quem define o que é património cultural? Os especialistas? E quanto vão durar essas definições? Que será importante para os nossos filhos?
8 Os desafios (1) Encontrar um uso amigo para as casas com valor patrimonial, no futuro, reforçando os valores patrimoniais. Proceder com calma para ganharmos apoios para esta prioridade cultural. Ganhar experiência com projectos de pequena escala antes de nos lançarmos em experiências de maior envergadura. Ir construindo uma atitude, capacidades e conhecimento através de experiências em pequena escala.
9 Os desafios (2) Reconhecer e compreender que a conservação tem uma história e uma filosofia. Compreender que a abordagem patrimonial pode ser um fenómeno em permanente processo. Ir construindo uma abordagem comum baseada em argumentos patrimoniais e num diálogo crítico entre artesãos, arquitectos e engenheiros, políticos e proprietários.
10 Acreditar num diálogo internacional entre artesãos e arquitectos enquanto profissionais do patrimonio - provenientes de diferentes culturas e tradições - tão rico e poderoso que possa envolver todos os actores do património e ser apoiado por estratégias políticas. Os desafios (3)
11 Os desafios (4) Construir um projecto baseado numa consciência patrimonial implica: Dar prioridade aos valores patrimoniais e deixar outras prioridades para outros projectos. Construir uma abordagem em que cada casa é um caso que pede soluções adapatadas e individuais. Ver tudo isto à distância, com uma perspectiva que ultrapasse esta casa ou aquela casa.
12 Desafios (5) Para conseguir um projecto de grande qualidade é necessário: Identificar artesãos e arquitectos que demonstrem capacidade e uma verdadeira motivação para o trabalho patrimonial. Criar um cenário de acção que dê aos artesãos e arquitectos uma oportunidade para ver, discutir e aprender entre si, quer com as boas soluções quer com os erros. Estabelecer um sistema e uma estrutura de apoio que dê força aos artesãos no seu trabalho diário, esteja atento às ferramentas e aos materiais, e que propicie a realização de uma boa documentação do trabalho realizado. Criar uma rede entre arquitectos interessados no trabalho patrimonial, de modo a que possam potenciar este domínio de trabalho específico, que mantenha sempre presente os princípios dos artesãos.
13 Challenges (6) Criar e implementar um modelo que permita a passagem destes desafios à realidade, no território e na rede das Aldeias do Xisto e que se transforme numa ferramenta de trabalho para as Câmaras Municipais, que num futuro próximo, queiram cuidar o património construído seja ele rural ou urbano.
14 Princípios gerais que regem a selecção das casas Dar prioridade às casas que necessitam de reparação; As ruinas não devem ter prioridade neste projecto que tem recursos limitados; no entanto é aceitável intervenções de primeiros socorros, ver critério 3. As principais estruturas internas tais como os soalhos e os telhados devem ser mantidos. Aceitam-se novas camadas por exemplo para o isolamento dos telhados (que não são reparação de património no sentido estrito). É importante formar a consciência patrimonial dos proprietários e demonstrar os custos envolvidos nestas novas adições. Por vezes elas podem pôr em risco a salvaguarda de património, atitude que este projecto não subscreve.
15 Critérios para selecção 1. Casas com janelas e portas originais que possam ser reparadas; 2. Casas onde seja possivel a reutilização das telhas; 3. Projectos primeiros socorros proteger temporariamente a casa de infiltrações melhorando por exemplo, a cobertura ou vedando os vãos sem caixilharia. Casas que estão num processo de decadência mas que evidenciam valores patrimoniais intrínsecos ou valores para o contexto onde se inserem, serão contempladas. Também são contempladas nesta categoria casas de intervenção complexa e que serão atendidas numa fase posterior de desenvolvimento do projecto. 4. Casas ou construções ligadas às actividades tradicionais do meio rural como sendo a agricultura e pastorícia.
16 Note bem Deve ser contemplada uma certa diversidade nas casas seleccionadas, de modo a proteger a diversidade patrimonial e assegurar um maior leque de oportunidades de formação. Isto pode querer dizer em certos casos que poderão ser aceites alterações aos critérios estabelecidos de modo a ter em conta casos especiais. Também deve ser equacionado um equilibrio financeiro entre projectos de maior e menor envergadura, quer na tolidade do projecto, quer no seio de cada aldeia a intervir.
17 A ter em conta 1 - Organizar a ordem das intervenções no território da rede do projecto, de um modo sensível e racional tendo em conta os artesãos disponíveis, as oportunidades de formar mais artesãos e desenvolver a sensibilidade dos arquitectos, outros técnicos, politicos locais de modo a que esta experiência cresça. 2 - Esperar que esta metodologia seja discutida e apropriada antes da selecção de todo o universo das casas previstas.
18 3 A formação dos artesãos deste projecto está em processo: a filosofia que lhe está subjacente é aprender com o contexto em que se realiza o trabalho. Só empreiteiros e artesãos que foram previamente expostos a esta filosofia e aos principios do projecto podem ser envolvidos. 4 A documentação da obra antes, durante e depois das intervenções deve ser realizada também pelo artesão tendo esta valor patrimonial, pois está ao serviço da recuperação dos conhecimentos dos ofícios tradicionais e sua evolução. A recuperação destes conhecimentos deve merecer atenção por parte das instituições envolvidas. 5 É de extrema importância estabelecer relações de cooperação entre o promotor do projecto e seus co-parceiros (quadros políticos e técnicos), artesãos e propritários.
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