Ideias, teorias, que importância?

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1 POLÍTICA ECONÓMICA E ACTIVIDADE EMPRESARIAL Licenciaturas em Economia e em Gestão 1. O Contexto Histórico e Teórico da Moderna Política Económica A evolução das realidades e das teorias económicas numa visão de longo prazo - As perturbações económicas dos anos 20 e 30 - A ruptura de Keynes - A era do keynesianismo - A crise económica dos anos O declínio do intervencionismo estatal e a emergência das experiências liberais modernas - A globalização Ano lectivo Ideias, teorias, que importância? estejam certas ou erradas, são mais poderosas do que comummente se pensa. De facto, o mundo é dominado por pouco mais. Os homens práticos, que julgam estar completamente livres de qualquer influência intelectual, são habitualmente escravos de algum economista defunto. Loucos em autoridade, que ouvem vozes no ar, estão destilando no seu delírio os pensamentos de algum escriba tarde ou cedo, são ideias, não interesses velados, que são perigosos para o bem ou para o mal As Valências da Teoria Económica Positiva Análise económica Normativa Política económica Problemática de fundo: Laissez faire versus intervencionismo J. M. Keynes, Teoria Geral3 4

2 As teorias As políticas Classicismo e liberalismo Liberalismo económico Classicismo / Liberalismo económico Keynes, o keynesianismo, neokeynesianismo,... Neo-liberalismo / Monetarismo Nova economia clássica Ausência de crises de produção: cada oferta gera a sua procura Desemprego voluntário Separação das esferas real e monetária (inflacção determinada pela oferta de moeda e independente da esfera produtiva) Mercado assegura eficiência económica: apenas decisões individuais (mão invisível, de AdamSmith) Equilíbrio geral estático em resultado dos equilíbrios parciais (Walras e Pareto) Desequilíbrios têm origem em factos externos e/ou deficiências dos mercados 1ª GG 2ª GG 1º CP Berlim PEAE / Microeconomia Não intervencionismo estatal / Garantia de respeito das leis que laissez faire laissez passer PEAE / A I GUERRA MUNDIAL E AS PERTURBAÇÕES ECONÓMICAS DOS ANOS 1920 A GRANDE DEPRESSÃO E OS SEUS EFEITOS Padrão-Ouro boom crash Surgimento da inflação, que se torna hiperinflação em vários países Desemprego elevado persistente Retorno de grandes flutuações económicas Efeitos sobre a economia real (produção, comércio) Propagação e outros efeitos 7 8

3 9 10 A RESPOSTA À CRISE: O NEW DEAL E EMERGÊNCIA DO KEYNESIANISMO OS GRANDES DEBATES TEÓRICOS DOS ANOS 1930 Intervir, mas como? O caso do New Deal (EUA) de F. Roosevelt A emergência da regulação macroeconómica A contribuição de K. Wicksell ( ) uma nova visão sobre a moeda F. von Hayek e a 2ª geração da Escola Austríaca Contra as distorções de preços e apologia do mercado A Escola de Estocolmo abre o caminho às 11 M. Kalecki, Escola de Cambridge e a óptica da repartição do rendimento 12

4 Os grandes desafios da Teoria Geral 1. Apologia do intervencionismo dada a inoperância dos mecanismos automáticos de ajustamento. Em consequência, incorporação do Estado através das políticas públicas na análise teórica O investimento deixa de estar dependente de uma poupança prévia. 13 As Propostas Analíticas da Teoria Geral 1. A distinção clara entre capacidade produtiva e produção realizada. 2. A ligação privilegiada das despesas de consumo privado com o fluxo de rendimento das famílias A valorização do papel das expectativas dos empresários na determinação dos investimentos (incerteza e risco). 5. O desenvolvimento de uma visão onde a poupança e o investimento se revelam razoavelmente inelásticos às variações de curto prazo nas taxas de juro. 6. A consideração das variações do rendimento como mecanismo central do ajustamento (poupança e investimento definidos autonomamente). 14 As Propostas Analíticas da Teoria Geral (cont.) 7. A taxa de juro é uma variável monetária (determinada pelos mercados e não pela forma convencional de sacrifício imediato do consumo). 8 moeda. 9. O desenvolvimento da concepção de uma economia monetária de produção, por oposição à concepção de uma economia de trocas reais (interligação e dependência recíproca dos fenómenos reais e monetários). 10. O estabelecimento de uma diferença clara na natureza dos ajustamentos em volume e preço, registando-se nos últimos uma maior rigidez, em particular ao nível dos salários. 11. A determinação do nível de preços pelo nível dos salários monetários em articulação com o nível de actividade (P = f (w,y)

5 KEYNES: paz e guerra no Entre-Guerras character of their policies and their tendency to promote war. It was national advantage and relative strength at which they were admittedly aiming. We may criticise them for the apparent indifference with which they accepted this inevitable consequence of na international monetary system. But intellectually their realism is much more preferable to the confused thinking of contemporary advocates of an inernational fixed gold standard and laissez faire in international lending, who believe that it is A ERA DO KEYNESIANISMO E OS ANOS DE OURO DO CRESCIMENTO ECONÓMICO (itálicos de Keynes) The General Theory, 1936, p Desenvolvimentos Teóricos do Keynesianismo com Relevância para a Política Económica AFIRMAÇÃO POLÍTICA DO KEYNESIANISMO --LM) - pagamentos no modelo anterior) desemprego e arbitragem entre desemprego e inflação) acção governativa A contabilidade nacional e os modelos de previsão 19 20

6 Envolventes da Política Económica neste Período Uma ordem económica internacional Instituições monetárias criadas em Bretton Woods (FMI) O papel do BIRD Banco Mundial Liberalização e regulamentação do comércio internacional (GATT) Concertação das políticas económicas nacionais (OECE) Integração económica regional (CEE, EFTA) Dinamismo demográfico Forte potencial de crescimento da oferta Melhorias institucionais na organização da política económica ANOS 1970 E EVOLUÇÃO POSTERIOR: A erosão do keynesianismo, o declínio do intervencionismo estatal e a emergência das experiências liberais modernas 23 24

7 AGRAVAMENTO DOS DESEQUILÍBRIOS A PARTIR DO LIMIAR DOS ANOS 1970 Aumento da inflação e do desemprego Agravamento dos défices externos Abrandamento da produção (Pano de fundo: colapso do Sistema Monetário criado em Bretton Woods)

8 QUATRO RUPTURAS ESTRUTURAIS Ruptura energética Ruptura do modelo de crescimento industrial Ruptura monetária e financeira Ruptura da estabilidade das formas e relações de dependência, dominação e interdependência A CURVA DE PHILLIPS Neo-liberalismo e monetarismo Curva de Philips Aumentada (Friedman e Phelps): Curto prazo: Expectativas de inflação esperada Longo Prazo: Curva de Philips vertical Tentar baixar desemprego abaixo do Natural, levanta as expectativas de inflação: A-- >B-- -> estagflação No LP mercado assegura eliminação do desemprego involuntário 31 PEAE /

9 33 34 A degradação da arbitragem inflação-desemprego A degradação da arbitragem inflação-desemprego 35 36

10 Dificuldades Crescentes da Regulação Keynesiana (pela procura, na economia fechada, etc.) A nova conjuntura monetária internacional A ALTERNATIVA MONETARISTA A desaceleração do crescimento e a alteração do conteúdo em emprego da produção coerência do policy mix Milton Friedman, Prémio Nobel Neo-liberalismo e monetarismo Elementos teóricos chave: Monetaristas versus Keynesianos A inflação é sempre um fenómeno monetário excesso de massa monetária (teoria quantitativa renovada) crescimento da massa monetária acima do produto Taxa natural de desemprego abaixo da qual é impossível descer sob pena de se gerar inflação -> estagflação > Curva de Philips aumentada: No LP, inflação esperada = à efectiva e desemprego efectivo = desemprego natural Políticas monetária e orçamental: Manter a oferta monetária no necessário para acomodar o crescimento da economia e manter a estabilidade dos preços -> independência dos bancos centrais Evitar Défices orçamentais excessivos: aumento da massa monetária > crowding-out -> inflação -> Face a imperfeições do mercado, estimular a procura não ajuda a eliminar o desemprego involuntário PEAE /

11 A GLOBALIZAÇÃO COMO APROFUNDAMENTO DA INTERNACIONALIZAÇÃO 41

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