PÁGINA. Caminhões na fila

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1 DEVOLUÇÃO GARANTIDA Impresso Especial /2007/DR/PR FETRANSPAR Fechamento Autorizado Pode ser aberto pela ECT FEDERAÇÃO DAS EMPRESAS DE TRANSPORTE DE CARGAS DO ESTADO DO PARANÁ Ano V - Nº 54 Marco /2011 PÁGINA 5 A senadora Gleisi Hoffmann em entrevista à FETRANSPAR PÁGINA 6 Os rumos do CT-e no Paraná PÁGINA 7 Blitz DESPOLUIR em Campo Mourão Caminhões na fila A safra brasileira começou a sair do campo e literalmente parou na fila. Mais uma vez o transportador enfrentou os longos congestionamentos na BR-277 em direção ao Porto de Paranaguá. A falta de infraestrutura foi agravada com a chuva. Na rodovia a fila ultrapassou os 3Okm. Nas águas a fila era de navios que esperavam para carregar. (Páginas 3 e 4) Restrição de caminhões na Linha Verde é adiada Deve ficar para o segundo semestre as novas normas que restringem o tráfego de caminhões na Linha Verde. A URBS atendeu ao pedido da FETRANSPAR e de outros sindicatos ligados ao setor de transportes para prorrogar o prazo da portaria que deveria ter entrado em vigor agora em março. (Página 7)

2 2 palavra do presidente Economia parada na fila O transportador mal teve tempo de comemorar a boa previsão das supersafras nacional e paranaense. Os bons ventos que sopraram do campo literalmente pararam na fila da BR-277 em direção ao Porto de Paranaguá junto às centenas de caminhões carregados com a riqueza que sai das lavouras e movimenta a economia do país. De novo enfrentamos o Luiz Anselmo Trombini Presidente FETRANSPAR caos envolvendo a falta de logística de infraestrutura. Já perdemos as contas de quantas vezes houve promessas para resolver os problemas e de quantas vezes tudo ficou só no discurso. Há duas décadas o Porto não recebe investimentos na proporção do crescimento da economia e da safra. O que acontece hoje é matemático. Crescer sem infraestrutura adequada é igual a apagão. Esse governo que acabou de chegar logo fez anúncios e promessas. O governador Beto Richa disse quando assumiu que o Porto era prioridade e que em seis meses os graves problemas do maior exportador de soja do país estariam resolvidos. Bem, três meses já se passaram e vimos que só boa vontade não basta. É preciso fazer mais e rápido. O empresário paranaense está em meio a grandes dificuldades impostas pela má gestão do Porto. Sabemos que boa parte disso é uma herança maldita, mas o fato é que o Porto de Paranaguá está na UTI e não pode esperar mais quatro anos para receber o tratamento adequado. Sabemos que o estado sofre com os caixas deficitários, porém é importante lembrar que muitas das ações que podem ser tomadas dependem mais de competência do que necessariamente de dinheiro. O sistema de Carga Online, recém-suspenso pela administração portuária, precisa funcionar adequadamente. Não é razoável que o Porto aceite as cargas despachadas de todos os cantos do país sem programação e que não aplique qualquer sanção aos bagunceiros do sistema de escoamento. Ora, quem é prejudicado é o transportador e embarcador que agem de acordo com o sistema organizacional. Aliás, o bloqueio do agendamento pela internet é uma bobagem, pois quem já atuava de forma irregular vai continuar. É preciso punir, multar esse tipo de empresário que opta pelo estilo espertalhão e prejudica toda a cadeia produtiva. Para isso não precisa de grande investimento. Por outro lado é urgente o aumento de capacidade no Porto. Mais silos, um pátio de triagem adequado, mais estrutura. O que digo aqui é apenas eco do que já foi dito tantas e tantas vezes. O que esperamos agora é que o governo enfim nos ouça e quem sabe ano que vem possamos contar outra história no início da safra, dessa vez com final feliz. notas & serviços Paraná competitivo Com incentivo fiscal o governo do estado pretende atrair novos investimentos para o Paraná. O projeto Paraná Competitivo pretende tornar mais flexível a negociação com os investidores. As mudanças vão alterar a política fiscal do estado. As empresas vão apresentar os pedidos a três comitês: técnico, consultivo e decisório. Eles irão estabelecer o tipo de apoio fiscal possível. Entre as principais mudanças está a flexibilização do percentual do ICMS. O benefício vai variar de 10% a 90%, dependendo da avaliação do comitê. Os critérios utilizados são: o tipo de investimento; o número de empregos; o impacto econômico e o grau de inovação. Outra novidade é a mudança no prazo de dilação do ICMS. O prazo era de quatro anos, mais quatro para pagamento. Com a nova política o período foi flexibilizado e varia de dois a oito anos e até oito anos a mais para recolhimento. E X P E D I E N T E Informativo da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (FETRANSPAR) - Rua 24 de Maio, Rebouças - CEP: Curitiba/PR - Telefone: (041) Fax: (041) fetranspar@fetranspar.org.br Jornalista Responsável: Joice Hasselmann Mtb-PR imprensa: comunicacao@fetranspar.org.br Assessora da Diretoria: Maristela Peixoto Projeto Gráfico e Diagramação: Celso Arimatéia Impressão: Gigapress - Curitiba - Paraná - comercial@gigapress.com.br D I R E T O R I A F E T R A N S P A R (Gestão 2OO9/2O12) LUIZ ANSELMO TROMBINI/Presidente SÉRGIO MALUCELLI/Diretor Executivo EUCLIDES HEISS/1º Vice-Presidente - Toledo AFONSO SHIOZAKI/2º Vice-Presidente - Maringá ULCIR PINZON/1º Diretor Financeiro - Dois Vizinhos CARLOS ANTÔNIO DA SILVA VIEIRA/2º Diretor Financeiro - Guarapuava EDIS LUIS MORO CONCHE/Diretor - Ponta Grossa ADEMIR ALBERTO FUHRMANN/ Diretor - Cascavel ALBIO STUPP/Diretor - Francisco Beltrão ALDO FERNANDO KLEIN NUNES/Diretor - Curitiba CLAUDIO ADAMUCHO/Diretor Suplente - Maringá DARVI BOMBONATTO/Diretor Suplente - Toledo MARCOS EGÍDIO BATTISTELLA/Diretor Suplente - Curitiba SEBASTIÃO MOTA/Conselheiro Fiscal - Curitiba OSCAR PASCOAL AGOSTINETTO/Conselheiro Fiscal - Cascavel JOSMAR RICHTER/Conselheiro Fiscal - Ponta Grossa JARTON SARTORETTO/Conselheiro Fiscal Suplente - Dois Vizinhos CLAUDIO DA SILVA RIBEIRO/Conselheiro Fiscal Suplente - Francisco Beltrão CELÇO MALACARNE/Conselheiro Fiscal Suplente - Francisco Beltrão VEJA OS FILIADOS DA FETRANSPAR CURITIBA - SETCEPAR Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná. Rua Almirante Gonçalves, 1966, Rebouças - Curitiba - PR. Tel: (41) atendimento@setcepar.com.br PONTA GROSSA - SINDIPONTA - Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Ponta Grossa. Rua Prof Cardoso Fontes, 990. Bairro Ronda - Ponta Grossa - PR. Tel: (42) sindiponta@fetranspar.org.br. MARINGÁ - SETCAMAR - Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Maringá, Rodovia PR 317, Km 2, Posto Matsuda - Anexo à Transcocamar. Tel: (44) setcamar@maringa.org.br. CASCAVEL - SINTROPAR - Sindicato das Empresas de Trans porte e Logística do Oeste do Paraná, Av. Brasil, º andar sl. 64. Tel: (45) sintropar@sintropar.com.br. TOLEDO - SINTRATOL - Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Toledo - Largo São Vicente de Paula, 1333 sobre-loja, sl. 06. Tel: (45) E- mail: sintratol@fetranspar.org.br. DOIS VIZINHOS - SINDIVALE Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Dois Vizinhos, Rua Paulo Antonio de Godoy, s/nº. Tel: (46) sindivale@fetranspar.org.br. FRANCISCO BELTRÃO - SETCSUPAR - Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Sudoeste do Paraná, Rua Rio Grande do Sul, Bairro Nossa Senhora Aparecida- Francico Beltrão/PR - CEP Tel: (46) setcsupar@gmail.com GUARAPUAVA - SETCGUAR - Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Guarapuava e Região, Rua Manoel Ribas, 3094 sala 03 Bom Sucesso. Tel: (42) setcguar@fetranspar.org.br. FOZ DO IGUAÇU - ATIFI - Associação dos Transportadores Rodoviários Internacionais de Foz do Iguaçu. BR 277, Km Sl Foz do Iguaçu/PR - CEP Tel: (45) atifi@fetranspar.org.br

3 infraestrutura Safra começa com fila para Paranaguá, de novo Mais uma vez o transportador enfrenta a falta de infraestrutura do Porto de Paranaguá. O escoamento da safra 2011 começou com caminhões parados em direção ao terminal paranaense. As filas para descarregar no Porto ultrapassaram 30 quilômetros de extensão na BR-277. As paradas começaram no final de fevereiro e devem se estender até o final da safra. A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) argumentou que o aumento da produção e a chuva foram os principais fatores para a formação dos congestionamentos. Segundo o superintendente do Porto, Airton Maron, a chuva excessiva impediu o carregamento dos navios e a situação pode piorar. As filas tendem a aumentar pois a colheita paranaense está atrasada, a maioria da soja que está na fila vem do Mato Grosso do Sul. Quando a safra paranaense chegar ao porto, o movimento vai ser ainda maior, disse Maron. A grande preocupação é com o prejuízo causado à economia do estado por causa do escoamento ineficiente da safra. O presidente da FETRANSPAR, Luiz Anselmo Trombini, lembra que há vários anos o transportador tem enfrentando o caos em época de safra, que começa no embarque da carga em cima das carrocerias e termina na BR-277 com dias de espera para entrar no Porto. O prejuízo é incalculável. E começa no embarque, pois diversos embarcadores fazem o caminhão de silo ambulante e mesmo sem agendamento da carga encaminham a produção. Do outro lado está o Porto de Paranaguá sem qualquer condição de atender à demanda, pois há 20 anos não recebe investimentos na medida do crescimento da economia. O resultado dessa mistura é o apagão que estamos vivenciando no terminal. Os pre- Foto: Divulgação juízos com os gargalos logísticos ultrapassam as fronteiras. O preço dos grãos, em especial o da soja está elevado. O valor da saca na Bolsa de Chicago passou de R$30,00 em 2010 para mais de R$50,00 este ano. A commodity que poderia estar no mercado internacional está parada na fila. A APPA não tem previsão para que o problema seja solucionado. Segundo o diretor empresarial do Porto, Lourenço Fregonese, a chuva impede a administração de resolver o problema. Nós estamos fazendo o possível, mas os armazéns estão cheios e os navios não conseguem carregar. Estamos sofrendo agora o que o produtor sofreu no campo dias atrás quando não conseguia colher a soja por excesso de água. explica Fregonose. Foto: Divulgação A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) argumentou que o aumento da produção e a chuva foram os principais fatores para a formação dos congestionamentos O aumento do movimento do porto também contribui para a formação de filas. Segundo dados da APPA apenas em janeiro o crescimento nas exportações de granéis foi de 60%. O novo cenário contribuiu para lotar os armazéns. Considerando o total de mercadorias o aumento foi de 28,8% em relação a Se a expectativa da safra deste ano se concretizar, o volume será 20% maior que o ano passado. Foto: Valor Econômico Carga Online suspensa Como medida emergencial a APPA decidiu impedir o cadastro de cargas online. O sistema agenda o recebimento de produtos no Porto com antecedência. O bloqueio foi necessário por causa da lentidão no carregamento de navios nos últimos dias e será mantido até que a situação seja controlada. Com a medida, os transportadores não têm como agendar novos carregamentos para o porto. Já as cargas não cadastradas que estão chegando ao terminal estão sendo realocadas para outros pátios privados por conta dos responsáveis pelo produto. Mais filas Além da fila de caminhões na BR 277, outra fila ficou ancorada no mar. Os navios esperam para carregar e descarregar em Paranaguá. O mau tempo impede a movimentação dos grãos. O tempo para carregar um navio que tradicionalmente é de 36 horas passou nos últimos dias para 120 horas. A capacidade de movimentação caiu de 100 mil para 20 mil toneladas por dia. O resultado é superlotação dos armazéns. O número de berços também é insuficiente para receber as embarcações. Mesmo sem chuva, a espera na bahia de Paranaguá é recorrente. Obras A APPA informou que obras devem ser iniciadas o mais rápido possível para melhorar os serviços prestados pelo Porto. O pátio de triagem, segundo a própria administração, deveria ter o dobro do espaço. Um projeto está em andamento para criar um armazém com capacidade para 200 mil toneladas de grãos. O problema da espera dos navios também está sendo discutido. O projeto do governo é ampliar o número de berços de atracação de 22 para 32. 3

4 salário mínimo Piso paranaense em discussão Foto: SETP As Federações que integram o G8 (Faciap, Ocepar, Faep, Fecomércio, Fiep, Fetranspar, ACP e Fampepar) têm discutido de perto com o governo do estado o valor do salário mínimo regional. A preocupação é que o reajuste seja adequado à realidade econômica do país e do Paraná. Um índice alto demais tornará o estado menos competitivo e os reflexos negativos atingirão o ciclo econômico com um todo. O presidente da FETRANSPAR, Luiz Anselmo Trombini, lembra que não se trata de querer O secretário do Trabalho com diretores e presidentes G8 (Faciap, Ocepar, Faep, Fecomércio, Fiep, FETRANSPAR, ACP e Fampepar) ou não um índice de reajuste maior, mas sim de evitar que o Paraná perca competitividade caso o aumento supere os índices de inflação. O mínimo paranaense hoje em R$ 663 é o mais alto do país. Já no ano passado o piso teve reajuste maior que a produção industrial e o comércio do estado. A preocupação é que a economia paranaense seja abalada e aos poucos vá perdendo mercado, principalmente para as exportações e para outros estados que oferecem além de salários mais baixos, incentivos ficais. Os empresários justificaram que o valor elevado pode gerar desemprego e incentivar o aumento dos empregos informais. Trombini acredita em uma solução que não espante os investimentos no estado. No momento é preciso que o Paraná volte a crescer, que novas empresas se instalem aqui, e que possamos garantir que as empresas continuem aqui, destaca. O Governador Beto Richa prometeu tomar uma decisão equilibrada de acordo com a economia do estado. O valor ainda não está definido, o pedido dos sindicatos dos trabalhadores é 10% de aumento. Os empresários querem no máximo a reposição inflacionária, o que continuaria mantendo o mínimo paranaense como o maior do país. O prazo para a definição é dia 20 de março. safra Colheita atrasada e efeito cascata Achuva que transformou o escoamento da safra num verdadeiro caos comprometeu a colheita e vai atrasar o plantio do milho. Segundo dados da Organizações das Cooperativas do Paraná (Ocepar) apenas 10% da safra paranaense foi colhida no mês de fevereiro. O resultado é que com a soja tardiamente no campo, o próximo plantio também deve atrasar. Segundo a previsão da Ocepar a soja paranaense deve começar a descer a serra apenas no final de março. O acúmulo de grãos no solo prejudica produtor e transportador. O setor de transporte teme a falta de infraestrutura para escoar toda a safra ao mesmo tempo. Os produtores terão que correr para colher a soja e em seguida plantar o milho safrinha. Os caminhões terão que esperar este processo para começar a levar os grãos até o porto. Com o serviço acumulado pode faltar caminhões e depois sobrar tempo de espera para a próxima safra. O Paraná solicitou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a prorrogação do plantio do milho safrinha. O pedido foi atendido e o atraso poderá ser de 10 ou 20 dias, dependendo do tipo de solo de cada região. 4

5 entrevista Empenho de investimentos em infraesturura A senadora Gleisi Hoffmann (PT), primeira mulher eleita pelo Paraná para o Senado falou em entrevista à FETRANSPAR sobre a infraestrutura do Estado e como a bancada paranaense pode auxiliar com projetos e articulações junto à presidência da República. Para a senadora é importante unir forças com representantes do setor produtivo, como a FETRANSPAR, para entender exatamente o que é preciso para o desenvolvimento econômico do estado e assim retomar obras essenciais. FETRANSPAR: Como a senadora avalia a infraestrutura do Paraná? Gleisi Hoffman: Estamos retomando obras importantes, recuperando a Boiadeira, a Transbrasiliana, a ferrovia norte sul que passará pelo Paraná, os linhões de energia, entre outras obras. Mas de fato precisamos avançar ainda mais e a oportunidade é agora com a reavaliação do PAC no final do ano. FETRANSPAR: Como será feita a reavaliação? Gleisi Hoffman: Nós vamos sentar com todos os setores da sociedade e fazer um planejamento. Vamos incluir aquilo que achamos essencial. Este diálogo com todos os setores vai nos mostrar quais as obras de infraestrutura que são prioridade no estado e no país. FETRANSPAR: Quais os projetos que estão sendo pensados pelo Governo Federal para a infraestrutura do Paraná? Gleisi Hoffman: Todas as questões de recuperação rodoviárias e investimentos nas rodovias são as obras que estão hoje no PAC. Agora é hora de discutir e avaliar. Nós temos que ampliar a questão do contorno norte, que ainda falta avançar. O projeto da Ferroeste que vai ligar Guaira a Paranaguá. Outro exemplo é a duplicação da BR 116 no trecho Curitiba Fazenda Rio Grande, já com canaleta de ônibus prevista. As coisas estão andando, temos boas perspectiva de aumento nos investimentos em infraestrutura no Estado. FETRANSPAR: Sobre a infraestrutura do Porto de Paranaguá, as filas voltaram a acontecer, como a senadora vê esta questão? Gleisi Hoffman: A informação que eu tive foi que é um problema operacional, a chuva constante e um problema com o sistema eletrônico de liberação das cargas. Não acredito que seja um problema só da infraestrutura, mas obviamente nós teremos que melhorar isso. Nós teríamos muito mais rapidez se nós tivéssemos os investimentos no porto mais avançados e também a complementação de modal ferroviário. O Paraná é um estado que vai crescer cada vez mais, vai produzir cada vez mais e vai ter necessidade de investimentos. Agora eu não tenho dúvida que nós precisamos de grandes investimentos no Porto até para que estes problemas de gestão não voltem a acontecer. FETRANSPAR: É possível fazer um trabalho em conjunto com a bancada federal, senadores e deputados apresentarem emendas para resolver estes problemas? O contato com a bancada de maneira organizada é necessário, então eu gostaria de sugerir à FETRANSPAR que nós fizéssemos uma reunião com a bancada pra discutir os projetos e quando for atuar no orçamento da união já atuar de forma coesa e direcionada aos interesses do estado. Gleisi Hoffman: É possível fazer em conjunto e é necessário. Eu tenho conversado com o coordenador da bancada, Deputado Alex Canziani, procurado marcar reuniões conjuntas para estabelecer este diálogo. Penso que seria importante fazermos uma reunião da bancada com a FETRANSPAR, também com o setor de engenharia do Estado para discutir quais são as obras prioritárias. Precisamos caminhar em um só rumo e não ter problema de ficar disputando obra ou disputar as regiões do estado. Temos que contemplar o estado do Paraná como um todo. O contato com a bancada de maneira organizada é necessário então eu gostaria de sugerir à FE- TRANSPAR que nós fizéssemos uma reunião com a bancada para discutir os projetos e quando for atuar no orçamento da união já atuar de forma coesa e direcionada aos interesses do estado. FETRANSPAR: Quais seus compromissos com o setor de transporte? Gleisi Hoffman: Eu quero me empenhar muito nesta área de infraestrutura, que é onde o governo federal tem a capacidade de investimento e pode ajudar o estado do Paraná. O PAC 2 para mim é essencial para o nosso estado, eu vou me dedicar muito a ele e vou também fazer esta ponte com a Federação para que façamos as coisas de maneira unificada e direcionadas. 5

6 conhecimento de transprote Os rumos do CT-e no Paraná Oandamento da migração do Conhecimento de Transporte em papel (CTRC) para o eletrônico (CT-e) já é uma preocupação da maioria das empresas do setor. O novo sistema ainda não é obrigatório no Paraná, mas tendo em vista que o Estado do Mato Grosso é obrigado a emitir eletronicamente desde o ano de 2009, acredita-se que o prazo para os demais estados não deve se estender. Dados da Secretaria da Fazenda (Sefaz) mostram que menos de 1% das empresas de transportes do Paraná estão em ambiente de produção do CT-e. Número ainda muito baixo considerando-se que o credenciamento das empresas já é autorizado pela Sefaz utilizando o ambiente tecnológico do Rio Grande do Sul. Jeferson Zimmermann, gerente de projetos da empresa de tecnologia Solyos, conta que a partir do momento em que a Sefaz determinar a obrigatoriedade, os prazos estabelecidos pelo Fisco são curtos e as transportadoras terão muitas modificações a fazer. O empresário deve começar a preparação para a mudança desde já, assim o impacto será menor quando o processo entrar em vigor, alerta. Marcio Pelizzaro, gerente da unidade de Chapecó/SC, da Destra Logística, afirma que a mudança na forma de emissão do conhecimento de transporte só trouxe melhorias para a empresa. Emitir o CT-e é muito mais prático e viável. Qualquer posto fiscal pode ver se está Mais informações: A FETRANSPAR em parceria com a Solyos, empresa especializada em novas tecnologias e soluções, uniram-se a fim de facilitar a emissão do CT-e para as transportadoras. Assim surgiu o CT-e Web, um sistema responsável por transformar o CTRC em sua versão digital. tudo certo só com o número do Dacte, diz. Além disso, Pelizzaro atenta para o fato de não existir mais a possibilidade de manifestos preenchidos de forma ilegível, o que segundo ele, era problema recorrente. Os custos também diminuíram, de acordo com o gerente, pois estingue-se a emissão de blocos e o Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (Dacte) é impresso numa folha de papel comum. A FETRANSPAR em parceria com a Solyos, empresa especializada em novas tecnologias e soluções, uniram-se a fim de facilitar a emissão do CT-e para as transportadoras. Assim surgiu o CT-e Web, um sistema responsável por transformar o CTRC em sua versão digital. Após a conversão é ele quem faz a aplicação de assinaturas digitais, uma espécie de carimbo eletrônico e logo em seguida faz o envio. A solução ainda acompanha e cobra da Sefaz a resposta pelo CT-e enviado. Assim que recebe a resposta, solicita a impressão do Dacte que é o novo e único documento que deverá acompanhar a carga na viagem. O Ct-e Web também se responsabiliza por conferir as informações enviadas a Sefaz para que sejam idênticas as da transportadora emitente, garantindo assim que a empresa não seja exposta fiscalmente. De acordo com o site da Sefaz, o Estado do Paraná permite a adesão voluntária ao processo de emissão de CT-e. As empresas que desejam voluntariamente emitir esse documento eletrônico poderão solicitar a adesão acessando a área restrita do Portal Receita/PR, no menu vertical, o serviço CT-e, Solicitação de Adesão Voluntária à emissão de CT-e. 6

7 notas & serviços Restrição de caminhões na Linha Verde é adiada A Urbs acatou o pedido da FETRANSPAR, em parceria com outros sindicatos e empresas ligadas ao transporte, para prorrogar o início da restrição da circulação de caminhões na Linha Verde. O prazo foi transferido de março para julho deste ano. O Diretor executivo da FETRANSPAR, Coronel Sérgio Malucelli, diz que o problema da Linha Verde não é apenas os caminhões. Ele aponta a falta de sinalização e o policiamento como um dos agravantes. O Diretor acredita em um acordo que beneficie todas as partes. Eu acredito no diálogo, destinar uma faixa para os transportadores de carga poderia melhorar a situação. De acordo com Malucelli um prazo maior pode ajudar as empresas a se adaptarem à nova norma. A portaria da Urbs anunciada em outubro de 2010 restringe o tráfego de caminhões com capacidade acima de sete toneladas em horários de pico na Linha Verde. Ao longo do trecho estão instaladas mais de 30 empresas que trabalham com grandes veículos. A preocupação do setor é que a nova medida prejudique os negócios. Até 7 t e 7 m De 7 a 1O t e 7 a 1O m De 1O a 14 t Acima de 14 t Capacidade dos Caminhões Circulação livre. Tráfego de segunda a sexta-feira das 10h às 16 h e das 20h às 7h. Nos fins de semana das 14 h de sábado às 7 h de segunda-feira. Circulação restrita entre 20h e 7h nos dias de semana e das 14h de sábado a 7h de segunda. Circulação proibida. Só poderão trafegar mediante autorização da Urbs. TRC contesta sistema auxiliar de identificação veicular Uma nova norma do CONTRAN, que começa a valer a partir de 30 de setembro, obriga os veículos automotores de transporte de cargas, reboques e semi-reboques com Peso Bruto Total (PBT) superior a kg a utilizarem uma película refletiva na traseira do veículo. A justificativa seria melhorar a identificação traseira dos caminhões. Os representantes dos transportadores de carga questionam a medida. O novo sistema foi apresentado com o argumento de que seria uma ferramenta de combate ao roubo de veículos de carga. No entanto, a NTC&Logística apresentou um estudo que prova a ineficácia da medida para a segurança patrimonial e o dano econômico causado pela norma. O custo para aplicação da nova faixa ultrapassa os R$ 140 milhões para TRC. Mesmo com todos os argumentos a Resolução 370-CONTRAN foi publicada em Diário Oficial, obrigando o uso da faixa refletiva. Como claramente o caso tomou cunho político e não técnico, a FETRANSPAR, junto com a NTC tem organizado em todos os níveis de representatividade do TRC um manifesto para mostrar ao Ministro das Cidades, Mário Negromonte, a insatisfação e revolta da categoria. A norma prejudica o TRC e beneficia os grandes fornecedores do produto. Os transportadores querem uma audiência com o Ministro das Cidades e novos estudos que comprovem a necessidade do dispositivo. Blitz DESPOLUIR em Campo Mourão A FETRANSPAR e SETCAMAR com o apoio da VIAPAR, realizaram no dia 02 de março, mais uma blitz DESPOLUIR em Campo Mourão. Os transportadores que trafegavam pela BR 369, puderam verificar o nível de emissão de Co2 dos veículos. Foram realizados 20 testes e apenas um motor estava fora dos padrões de emissão de poluentes estipulados pelos órgãos de defesa do meio ambiente. Os caminhões adequados às normas receberam o SELO DESPOLUIR, um selo verde que identifica o veículo com motores regulados conforme exigem as normas ambientais. O presidente da FETRANSPAR, Luiz Anselmo Trombini, tem defendido desde o lançamento do DESPOLUIR as constantes verificações, o que no final das contas é bom para transportadores e meio ambiente. Caminhão com motor regulado emite menos poluente e gasta menos diesel, bom para todos, diz. Os transportadores que participaram da blitz receberam orientações técnicas e kits com revistas e informativos sobre o programa. A medição da fumaça dos motores é feita através de um sistema moderno batizado de opacímetro. Os equipamentos estão disponíveis nas unidades móveis do DESPOLUIR. Os agendamentos para novas blitz e verificações diretamente nas transportadoras podem ser feitos através dos sindicatos filiados à FETRANSPAR. Mais informações em 7

8 filiados Confederaçăo Nacional do Transporte Serviço Social do Transporte Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte PROGRAMA AMBIENTAL DO TRANSPORTE APOIO: Rua 24 de Maio, Rebouças - CEP Curitiba - PR PARA USO DOS CORREIOS MUDOU-SE DESCONHECIDO RECUSADO FALECIDO AUSENTE NÃO PROCURADO END. I NSUFICIENTE CEP NÃO EXISTE NO INDICADO INFORMAÇÃO ESCRITA PELO PORTEIRO OU SÍNDICO REINTEGRADO AO SERVIÇO POSTAL / / / / RESPONSÁVEL