Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada Associação Empresarial das Ilhas de São Miguel e Santa Maria
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- Marta Henriques Ferretti
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1 Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada Associação Empresarial das Ilhas de São Miguel e Santa Maria Inquérito à Atividade Empresarial 2012 julho de 2013
2 I. ÍNDICE I. ÍNDICE NOTA INTRODUTÓRIA SUMÁRIO EXECUTIVO ANÁLISE DOS RESULTADOS SITUAÇÃO FINANCEIRA Situação Atual Situação Futura Acesso a Crédito Bancário. Taxas de Juro Situação perante o Fisco e a Segurança Social Prazos de Pagamento Atrasos nos Recebimentos INVESTIMENTO. FINANCIAMENTO Investimento Financiamento ATIVIDADE EMPRESARIAL Volume de Negócios e Perspetivas Conjuntura Económica Regional em Medidas Anti-Crise EMPREGO CONCLUSÕES...25 ANEXO I CARATERIZAÇÃO DA AMOSTRA...27 ANEXO II QUADROS DE RESULTADOS
3 1. NOTA INTRODUTÓRIA O inquérito à Atividade Empresarial que a Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada realiza desde 2009 é dirigido a uma amostra constituída pelos associados e tem como objetivo a recolha de informação sobre alguns aspetos relativos à atividade empresarial, como a atual situação financeira das empresas, o nível de investimento, financiamento e emprego, bem como perspetivas para o ano em curso. Para analisar os dados recolhidos, definiu-se a amostra de acordo com os critérios de dimensão e setor de atividade. Na classificação da empresa em termos de dimensão, considerou-se apenas o critério do volume de emprego, excluindo-se os critérios financeiros definidos na Recomendação nº 2003/361/CE de 6 de Maio, nomeadamente o volume de negócios anual e o balanço total. Na análise dos resultados foram feitas algumas comparações com dados obtidos em inquéritos anteriores. Este relatório apresenta os resultados apurados com base nas respostas, embora de modo não efetivo para todas as questões, respeitantes a um total de 196 empresas, sendo que 16 foram considerados nulos por falta de informação relevante. 2
4 2. SUMÁRIO EXECUTIVO Os dados apurados relativos à caraterização das empresas inquiridas revelam, à semelhança dos anos anteriores, que a maioria (69%) são sociedades por quotas, com sede em Ponta Delgada (57%) e têm como atividade principal o comércio (46%), os serviços (26%), a construção civil (13%), a indústria () e o alojamento, restauração e similares (6%). Em relação à dimensão das empresas destacam-se as micro e pequenas empresas, com 49% e 42%, respetivamente. As empresas de média dimensão representam 7% e as grandes empresas 2%. Para 56% das empresas que responderam ao inquérito, a situação financeira em 2012 comparativamente a 2011, revelou-se pior ou muito pior, enquanto que em 2011, a maioria das empresas (50%) havia considerado a situação idêntica a A construção civil continua a ser o setor de atividade a registar uma situação financeira menos satisfatória em relação ao ano anterior (65%), em 2011 esse valor era de 59%. Este agravamento da situação financeira em 2012 comparativamente a 2011 estendeu-se aos restantes setores de atividade. As expetativas para 2013 são pouco otimistas, sendo que apenas 6% das empresas prevê uma melhoria, enquanto 55% prevê que será pior ou muito pior. A grande maioria (70%) das empresas inquiridas não recorreu a empréstimo bancário para financiamento da sua atividade corrente em 2012, à semelhança dos resultados apurados no estudo realizado no ano anterior. O custo do crédito traduzido pela taxa média de juro, tem vindo a manter-se elevado para a generalidade das empresas, pois 43% suportam taxas superiores a 7,5%, enquanto que em 2011 este valor era apenas de 19%. 3
5 Relativamente à situação contributiva perante o Estado e a Segurança Social regista-se um agravamento muito reduzido (2%) no aumento das empresas em incumprimento. Cerca de 66% das empresas considera que o atraso no recebimento de clientes agravou-se em relação ao ano anterior. O volume de negócios foi inferior para 75% das empresas, situação que continuará a verificar-se em 2013, segundo a previsão de 59% das empresas. Genericamente e à semelhança dos resultados obtidos no último estudo realizado em 2012, as empresas que responderam ao inquérito realizaram investimento nos últimos dois anos, sendo o setor do alojamento, restauração e similares o que menos investimento realizou. As perspetivas sobre a conjuntura económica para 2013 são muito pessimistas, sendo que 75% considera que vai ser pior ou muito pior, 22% que será igual e apenas 2% que será melhor ou muito melhor Relativamente ao emprego verifica-se que 45% das empresas procederam à diminuição dos seus recursos humanos, enquanto que em 2011 tal indicador era apenas 25%. Para 2013, a situação não se revela muito diferente, verificando-se um aumento de apenas 1% para a diminuição de emprego. 4
6 3. ANÁLISE DOS RESULTADOS 3.1. SITUAÇÃO FINANCEIRA Situação Atual Questionadas acerca da situação financeira em 2012, 56% considera a situação pior ou muito pior relativamente a 2011, enquanto 41% avalia a sua situação como sendo idêntica. Apenas 3% viram a sua situação melhorar em relação ao ano anterior. A nível do alojamento, restauração e similares não se registou qualquer empresa que considerasse uma melhoria em relação a A situação financeira mais negativa pertence ao sector da construção civil com 65% das empresas a considerar que piorou a sua situação em relação a Gráfico I - Situação financeira da empresa em 2012, relativamente a 2011, segundo a atividade 100% 90% 80% 70% 60% 50% 0% 56% 53% 44% 46% Alojamento, restauração e similares 65% 56% 58% 39% 38% 1% 4% 6% 4% Comércio Construção civil Indústria Serviços Melhor ou Muito Melhor Igual Pior ou Muito Pior 5
7 Relativamente à dimensão verifica-se que, são as micro e as médias empresas as que apresentaram pior ou muito pior situação em relação ao ano anterior, com 60% e 58%, respetivamente. As respostas das grandes empresas dividem-se entre ter mantido e ter piorado a sua situação financeira em 2012 relativamente a 2011, ambas com 50%. 100% 90% 80% 70% 60% 50% 0% Gráfico II - Situação financeira da empresa em 2012 relativamente a 2011, segundo a dimensão 60% 37% 53% 43% 2% 4% Micro Empresas Pequenas Empresas Médias Empresas Grandes Empresas 58% 42% 50% 50% Melhor ou Muito Melhor Igual Pior ou Muito Pior Situação Futura As expectativas relativamente à situação financeira para 2013 continuam pouco otimistas. A maioria (55%) prevê uma situação pior ou muito pior e apenas 6% das empresas prevê uma melhoria. Gráfico III - Previsão sobre a situação financeira da empresa para 2013, relativamente a % 55% 39% Melhor ou Muito Melhor Igual Pior ou Muito Pior 6
8 Analisando apenas as empresas com perspetivas de melhoria para 2013, ou seja 6%, pela sua dimensão, conclui-se que são as micro empresas as mais otimistas com 60% das respostas. As médias e grandes empresas que responderam ao inquérito, não perspetivam melhorias. 70% 60% Gráfico IV - Perspetivas de melhoria da situação financeira da empresa, segundo a dimensão 60% 50% 0% 0% 0% Micro Empresa Pequena Empresa Média empresa Grande Empresa O comércio e os serviços representam os setores das empresas com expectativas mais elevadas de melhoria da situação financeira, com e, respetivamente. Gráfico V - Perspetivas de melhoria da situação financeira da empresa, segundo a atividade 45% 35% 25% 15% 5% 0% Alojamento, restauração e similares Comércio Construção civil Indústria Serviços 7
9 Acesso a Crédito Bancário. Taxas de Juro O gráfico seguinte revela que a maioria das empresas inquiridas (70%) não recorreu a capitais alheios, mais concretamente a empréstimos bancários, para financiar a sua atividade corrente em Salienta-se que os resultados agora obtidos para esta questão são idênticos aos do ano anterior. Gráfico VI - Recurso a empréstimo bancário em % Sim Não As empresas que recorreram à banca para financiar a sua atividade corrente, pertencem essencialmente aos setores do comércio (35%), construção civil (35%) e alojamento, restauração e similares (33%). 35% 25% 15% 5% 0% Gráfico VII - Recurso a empréstimo bancário em 2012, segundo a atividade 33% 35% 35% Alojamento, restauração e similares 28% Comércio Construção civil Indústria Serviços 8
10 As taxas de juro mais aplicadas aos empréstimos contraídos em 2011 situam-se no intervalo de 5%-7,5%, com 46% das respostas. Em 2012 há um aumento significativo nas taxas de juro cobradas no intervalo entre 7,5%-, situação já verificada em A utilização de taxas de juro superiores a aumentou 2%, nos anos em análise. Gráfico VIII - Taxa de juro nominal média nos empréstimos < 5% 34% 14% 5% - 7,5% 46% 43% 7,5% - 12% 34% > 7% 9% % das empresas revelou não ter tido dificuldade em contrair empréstimo bancário em Gráfico IX - Dificuldade de acesso ao crédito bancário em % 37% Sim Não 9
11 Das empresas com dificuldade, a maioria (61%) pertence ao setor da construção civil. Gráfico X - Dificuldade em aceder ao crédito bancário, segundo a atividade Serviços Indústria 48% 46% Construção civil 61% Comércio Alojamento, restauração e similares 24% 29% A maioria das empresas (64%) prevê que em 2013 será igual a sua necessidade de aceder ao crédito, ou seja, mais 12% relativamente às respostas do inquérito do ano anterior. A previsão de um montante maior de crédito diminuiu 15% em relação aos últimos resultados. 70% 60% Gráfico XI - Montante de crédito bancário necessário em 2013, comparativamente a % 50% 19% 17% 0% Maior Igual Menor 10
12 Situação perante o Fisco e a Segurança Social Relativamente à amostra, a quase totalidade das empresas, ou seja, 97% possui uma situação contributiva regularizada perante as Finanças e 90% perante a Segurança Social. As empresas em maior incumprimento pertencem aos setores dos serviços (12%), da construção civil (9%) e indústria (8%). Gráfico XII - Incumprimento perante a Segurança Social e Finanças, segundo a atividade 12% 5% 9% 8% 3% Alojamento, restauração e similares Comércio Construção civil Indústria Serviços Prazos de Pagamento A observação do prazo médio de pagamento aos fornecedores poderá dar indicação sobre a situação financeira da empresa, isto porque, em caso de dificuldades financeiras as empresas tendem a pagar mais lentamente. Questionadas acerca do prazo médio de pagamento, 37% das empresas assinalou o prazo entre 30 a 60 dias. O prazo de pagamento menos utilizado é o superior a 120 dias, com apenas 5% das respostas. Esta situação é muito semelhante à verificada em
13 Gráfico XIII - Prazo médio de pagamento aos fornecedores < 30 dias 24% dias 37% dias 26% dias 9% > 120 dias 5% Atrasos nos Recebimentos No que respeita aos clientes, estes foram agrupados em quatro grupos distintos: Clientes Privados, Governo, Autarquias e Empresas Públicas. Dos vários grupos, os Clientes Privados são os que têm o prazo médio de pagamento mais reduzido (64%). Nas Autarquias prevalece o prazo de pagamento superior a 120 dias (29%). Gráfico XIV - Prazo médio recebimento - Clientes Privados e Autarquias 64% 48% 16% 13% 32% 29% 25% 29% < 30 dias dias dias dias > 120 dias Clientes Privados Autarquias 12
14 Na generalidade, o Estado paga entre 60 a 90 dias, enquanto a grande maioria dos pagamentos efetuados pelas empresas públicas verifica-se no prazo superior a 120 dias. Gráfico XV - Prazo médio recebimento - Governo e Empresas Públicas 25% 28% 24% 22% 27% 24% 14% < 30 dias dias dias dias > 120 dias Governo Empresas Públicas De acordo com a leitura dos gráficos anteriores constata-se que, do grupo de clientes, são as Autarquias a registar o prazo mais alargado de pagamento às empresas. A maioria das empresas aponta a existência de problemas em receber dos seus clientes, nomeadamente, Clientes Privados (84%), Autarquias (71%) e o Estado e Empresas Públicas (70%). 100% 90% 80% 70% 60% 50% 0% Gráfico XVI - Incumprimento do prazo de recebimento 16% 29% 84% 70% 71% Clientes Privados Governo/Empresas Públicas Autarquias Sim Não 13
15 A avaliação que as empresas agora inquiridas fazem desta questão, é idêntica à efetuada no inquérito anterior, ou seja, a situação em 2012 comparativamente a 2011, é pior ou muito pior para cerca de 66%. Apenas 1% considera a situação melhor ou muito melhor. Gráfico XVII - Atraso nos recebimentos em 2012 comparativamente a % 33% Melhor ou Muito Melhor Igual 66% Pior ou Muito Pior 3.2. INVESTIMENTO. FINANCIAMENTO Investimento Cerca de 55% das empresas inquiridas realizou investimento nos últimos dois anos. No inquérito realizado em 2011 esta percentagem era de 61%. Agrupando as respostas por setor de atividade, temos o comércio com o maior número de empresas a realizar investimento (), seguido dos serviços com 28%. O setor do alojamento, restauração e similares foi o que menos investimento realizou nos últimos dois anos. 14
16 Gráfico XVIII - Investimento realizado nos últimos 2 anos, segundo a atividade 35% 25% 15% 5% 0% 5% Alojamento, restauração e similares 28% 13% 13% Comércio Construção civil Indústria Serviços As pequenas empresas com 44% e as micro com 38% foram as que mais realizaram investimentos nos últimos 2 anos. 45% Gráfico XIX - Investimento realizado nos últimos 2 anos, segundo a dimensão 35% 25% 15% 38% 44% 5% 0% Micro Empresas Pequenas Empresas Médias Empresas Grandes Empresas 13% 4% 15
17 As empresas que não realizaram qualquer tipo de investimento (45%) apontaram a atual conjuntura económica (38%), como principal condicionante. Gráfico XX - Fatores responsáveis pelo não investimento Falta de financiamento bancário 13% Dimensão do mercado 18% Inadequação dos sistemas de incentivos Carência de apoio técnico na elaboração da Falta de informação Burocracia na elaboração da candidatura 3% 1% 1% 5% Atual conjuntura económica 38% Investimento realizado há mais de 2 anos 18% Outros 3% Financiamento As empresas que optaram por realizar investimento nos últimos dois anos utilizaram capitais próprios como principal fonte de financiamento, tendo o recurso a autofinanciamento aumentado 5 pontos percentuais. A segunda fonte de financiamento mais utilizada foi o crédito bancário, apesar de ter diminuído 2 pontos percentuais. O financiamento com recurso ao mercado de capitais não constituiu uma escolha para as empresas inquiridas. Gráfico XXI - Fontes de Financiamento Autofinanciamento Mercado de Capitais 41% 46% Crédito Bancário 28% Capital de Risco 1% Leasing 11% 8% Apoios Públicos Outras 14% 4% 15% 4%
18 Questionadas acerca da intenção de realizar investimento durante o ano de 2013, apenas 28% (-4 p.p do que em 2011) das empresas pretende fazê-lo. Por dimensão, constata-se que são as médias e grandes empresas a demonstrarem maior intenção de investir em No universo das empresas que pretendem investir em 2013, a maioria (60%) são empresas do setor de alojamento, restauração e similares. O comércio é o setor que revela menos interesse em investir (). 60% Gráfico XXII - Intenção realizar investimento em 2013, segundo a atividade 50% 60% 39% 39% 24% 0% Alojamento, restauração e similares Comércio Construção civil Indústria Serviços Das empresas que consideram realizar investimento em 2013, quando questionadas acerca do recurso aos apoios públicos existentes, 67% indica como opção o Sistema de Incentivos para o Desenvolvimento Regional (SIDER). O Subsistema de Apoio ao Desenvolvimento Local obteve a maioria das respostas (38%), seguido do Desenvolvimento do Turismo com 13%, enquanto que o Subsistema de Apoio ao Desenvolvimento Estratégico foi o menos apontado, com apenas 5%. 17
19 Gráfico XXIII - Apoios Públicos SIDER 67% Empreende Jovem 4% ProEnergia 0% ProRural 5% Sistema Apoio Promoção Produtos Açorianos 13% Outros 11% 3.3. ATIVIDADE EMPRESARIAL Volume de Negócios e Perspetivas Comparativamente ao ano de 2011, a maioria das empresas (75%) independentemente da dimensão, viu diminuir em 2012 o seu volume de negócios. Gráfico XXIV - Volume de negócios em 2012 comparativamente a % 15% Superior Idêntico Inferior 75% 18
20 A diminuição do volume de negócios em 2012 generalizou-se a todos os setores de atividade. 100% 90% 80% 70% 60% 50% 0% Gráfico XXV - Volume de negócios em 2012 comparativamente a 2011, segundo a atividade 60% 75% 77% 78% 75% 14% 14% 11% 14% 11% 9% 11% 11% Alojamento, restauração e similares Comércio Construção civil Indústria Serviços Inferior Idêntico Superior Questionadas acerca da variação em termos percentuais do volume de negócios, nos dois anos em análise, 47% das empresas indicou ter sido superior a 15%. De referir que no último inquérito realizado, esse valor situava-se nos 36%. Gráfico XXVI - Variação do volume de negócios 47% 24% 16% 13% Entre 0% a 5% Entre 5% a 9% Entre 9% a 15% Mais de 15% 19
21 Quanto ao volume de negócios para 2013, a maioria das empresas (59%) prevê uma diminuição nas receitas de exploração e apenas prevê um aumento. As previsões mais pessimistas encontram-se no comércio (66%), construção civil (65%) e serviços (52%). 100% 90% 80% 70% 60% 50% 0% Gráfico XXVII - Previsão do volume de negócios para 2013, segundo a atividade Alojamento, restauração e similares 66% 65% 27% 26% 7% 9% Comércio Construção civil 41% 41% 18% Indústria 52% 39% 9% Serviços Inferior Idêntico Superior Conjuntura Económica Regional em 2013 A avaliação feita pelas empresas à conjuntura económica regional para 2013 é claramente negativa, em todos os setores de atividade, com especial destaque para a construção civil (87%). Gráfico XXVIII - Conjuntura económica em 2013, relativamente a 2012, segundo a atividade Serviços Indústria Construção civil Comércio Alojamento, restauração e similares 2% 9% 4% 1% 6% 17% 22% 29% 60% Pior ou Muito Pior Igual Melhor ou Muito Melhor 69% 78% 77% 87% 20
22 Cenário idêntico, se analisarmos as respostas de acordo com a dimensão das empresas. Gráfico XXIX - Conjuntura económica em 2013 relativamente a 2012, segundo a dimensão 3% Micro Empresa 77% Pequena Empresa 1% 22% 77% Média Empresa 46% 54% Grande Empresa 25% 75% Melhor ou Muito Melhor Igual Pior ou Muito Pior Medidas Anticrise As empresas que em 2012 recorreram às linhas de apoio disponibilizadas pelo Governo, para fazer face às dificuldades resultantes da conjuntura atual, optaram essencialmente pela linha de crédito Açores Investe II. Gráfico XXX - Medidas anti-crise utilizadas em 2012 Linha Crédito Açores Investe II 50% Programa Qualificação Empresarial 1% Programa de Valorização do Emprego Pagamento em Prestações à Segurança Social 9% 11% Linha Apoio à Reesturução Dívida Bancária 17% Programa Integra 2% Linha de Crédito Açores Empresas III Outra 3% 7% 21
23 Dessas empresas, 24% revelou ter tido dificuldade no acesso às linhas de apoio supramencionadas. As principais razões apontadas foram os entraves processuais causados pelo banco e a dificuldade em manter os postos de trabalho existentes. Gráfico XXXI - Razões da dificuldade no acesso às linhas de crédito Dificuldade em manter os postos de trabalho existentes 31% Dívidas ao Estado/Segurança Social 14% Entraves processuais causados pelo seu Banco 36% Incumprimento dos Resultados Líquidos positivos em 2 dos últimos 4 anos 14% Outros 6% 3.4. Emprego Analisando a evolução do emprego entre 2011 e 2012 bem como a previsão para 2013, é possível verificar que a grande tendência ao longo desses três anos é de diminuição contínua dos postos de trabalho existentes nas empresas. Salienta-se que em 2011, apenas das empresas aumentou o emprego, 64% mantiveram e 25% diminuíram, verificando-se em 2012 um agravamento dessa situação. 22
24 Gráfico XXXII - Evolução do volume de emprego na empresa 64% 50% 45% 46% 51% 25% 5% 3% (Previsão) Aumento Manutenção Diminuição Ao analisar a previsão que as empresas fazem acerca da empregabilidade para 2013, por atividade, constata-se ser a construção civil, o setor que prevê o maior decréscimo do número de trabalhadores comparativamente com o ano anterior (70%). As empresas com maior estimativa de manutenção do número de postos de trabalho para 2013 incluem-se no setor do alojamento, restauração e similares com 70% das respostas. Apenas 3% prevê um aumento de emprego. Gráfico XXXIII - Previsão do volume de emprego para 2013, segundo a atividade 70% 70% 65% 67% 53% 44% 26% 29% 31% 0% Alojamento, restauração e similares 4% 4% 6% 2% Comércio Construção civil Indústria Serviços Aumento Manutenção Diminuição 23
25 Por dimensão, verifica-se que são as micro empresas a demonstrarem maior intenção de manter (56%) o volume de emprego em 2013, sendo as médias empresas as que preveem maior redução (69%). Gráfico XXXIV - Previsão do volume de emprego para 2013, segundo a dimensão 69% 56% 50% 49% 50% 50% 23% 5% 1% 8% 0% Micro Empresa Pequena Empresa Média Empresa Grande Empresa Aumento Manutenção Diminuição 24
26 4. Conclusões Numa análise genérica, verifica-se que há uma evolução negativa continua na maioria dos aspetos constantes dos inquéritos efetuados desde 2009, refletindo a grave situação que país e a região têm vindo a atravessar. Regista-se um agravamento da degradação financeira com 56% das empresas a considerar que se encontram em situação pior ou muito pior. Em 2011 era de 44% e em 2010 de 35%. Para 2013 a previsão não é muito diferente, existindo apenas um ligeiro decréscimo de 1% das empresas a considerar a situação financeira pior ou muito pior. Olhando para os dados do investimento, os valores da amostra levam a concluir que houve uma diminuição nos últimos dois anos da capacidade financeira, por parte das empresas, em realizar investimento para aumento da sua produtividade. Essa situação perspetiva-se que será ainda piorar em 2013, com apenas 28% das empresas a revelar intenção de investir. Os dados sobre o volume de negócios em 2012 revelam, à semelhança dos resultados de anos anteriores, um decréscimo em relação a 2011, afetando todos os setores de atividade. Note-se que da comparação 2012/2011 resultou que 75% das empresas viu diminuir o seu volume de negócios, enquanto que em 2011/2010 essa percentagem situava-se nos 61%. Para 2013 as previsões são um pouco melhores, quando comparadas com os resultados de 2012, em que 59% das empresas inquiridas estima uma diminuição das receitas de exploração. No último inquérito, a estimativa para 2012 foi de 61%. Quanto à conjuntura económica regional, o cenário traçado para 2013 pelas empresas, quer por setor de atividade, quer por dimensão, é claramente negativo. 25
27 Verifica-se um aumento do custo do crédito traduzido através da taxa de juro média. Em 2012, 43% das empresas pagaram taxas superiores a 7,5%, enquanto que em 2011, este valor era de 19%. Só 14% das empresas suportaram taxas inferiores a 5%, em 2011 eram 11%. A situação contributiva das empresas perante o Fisco e a Segurança Social, segundo a atividade, apresenta-se semelhante a 2011, existindo apenas um agravamento de 4% nos resultados obtidos relativamente à Segurança Social. O emprego espelha a situação de dificuldade que as empresas têm sentido nos últimos anos, não obstante a maioria (50%) ter conseguido manter o número de trabalhadores em No entanto, nas perspetivas para 2013, a tendência para a redução do emprego agrava-se apenas em 1% relativamente 2012, ou seja 46%. 26
28 ANEXO I CARATERIZAÇÃO DA AMOSTRA 27
29 Tabela I - Forma Jurídica ENI Sociedade Unipessoal 7% Sociedade por Quotas 69% Sociedade Anónima 13% Cooperativa 1% Outra 1% Total 100% Tabela II - Atividade Principal Alojamento, restauração e similares 6% Comércio 46% Construção civil 13% Indústria Serviços 26% Total 100% Tabela III - Sede da Empresa Lagoa 7% Nordeste 3% Ponta Delgada 57% Povoação 5% Ribeira Grande 16% Vila do Porto 5% Vila Franca do Campo 3% Outra 4% Total 100% Tabela IV - Número de Trabalhadores em 2012 Menos de 10 trabalhadores (Micro Empresa) 49% Entre 10 e 49 trabalhadores (Pequena Empresa) 42% Entre 50 e 249 trabalhadores (Média Empresa) 7% Mais de 250 trabalhadores (Grande Empresa) 2% Total 100% 28
30 29
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