A Construção da Identidade Científica em Secretariado Executivo. Profa. Dra. Marlete Beatriz Maçaneiro
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1 A Construção da Identidade Científica em Secretariado Executivo Profa. Dra. Marlete Beatriz Maçaneiro
2 Contextualização Identidade científica indefinições, indagações e questionamentos iniciais. Há necessidade de ampliação e qualificação da pesquisa científica na área é ela que embasa a atividade de ensino e a prática profissional. Qual o ponto de partida para pensarmos a área Secretarial no contexto da pesquisa científica? Hoje há um consenso da necessidade de se instaurar seu domínio próprio de conhecimento científico.
3 Contextualização As atividades de pesquisa (TCC) e estágio aliam o saber acadêmico e teórico à prática profissional para resolução de problemas organizacionais. A investigação científica ocorre por meio de áreas de conhecimento, seguidas como parâmetros por instituições relacionadas à pesquisa. Sendo assim: Por que o Secretariado Executivo atualmente não se constitui em área de conhecimento vinculada em uma das grandes área existentes no Brasil?
4 Objetivos Discutir questões relativas ao Secretariado Executivo não estar inserido como área de conhecimento. Constituir hipóteses para os antecedentes, as consequências e alguns desafios de investigação. Essa discussão deve ser analisada à luz da busca de mudanças nas ações acadêmicas dos envolvidos na área de Secretariado Executivo.
5 Inserção do Secretariado Executivo em Área de Conhecimento
6 Hierarquização das Áreas de Conhecimento 1º nível Grande Área: aglomeração de diversas áreas do conhecimento em virtude da afinidade de seus objetos, métodos cognitivos e recursos instrumentais refletindo contextos sociopolíticos específicos. (9) 2º nível Área: conjunto de conhecimentos inter-relacionados, coletivamente construído, reunido segundo a natureza do objeto de investigação com finalidades de ensino, pesquisa e aplicações práticas. (80) 3º nível Subárea: segmentação da área do conhecimento estabelecida em função do objeto de estudo e de procedimentos metodológicos reconhecidos e amplamente utilizados. (350) 4º nível Especialidade: caracterização temática da atividade de pesquisa e ensino. CAPES (2013)
7 Inserção do Curso de Secretariado nas IES O Curso de Secretariado Executivo está inserido nas Instituições dentro da grande área de Ciências Sociais Aplicadas ou de Ciências Humanas ou até de outras. Em algumas instituições, o curso possui departamento/coordenação própria, em outras está lotado no departamento de Administração ou de Letras.
8 Inserção do Secretariado Executivo em Área de Conhecimento Entendo a inclusão do Secretariado Executivo na grande área de Ciências Sociais Aplicadas, como área de conhecimento. São necessárias reflexões que se constituam em fundamentos teóricos e metodológicos para a área.
9 Análise dos Antecedentes e suas consequências
10 Pesquisa Científica Realizada por Acadêmicos Acadêmicos de graduação já inseridos no mercado de trabalho. Poucos se interessam pela pesquisa ou conseguem participar de programas institucionais. Os que se interessam, deparam-se com questionamentos e inquietudes sobre a caracterização do Secretariado como área de conhecimento, os fundamentos da sua constituição teórica, a sua epistemologia científica.
11 Pesquisa Científica Realizada por Acadêmicos Os cursos são compostos por conteúdos específicos da prática profissional, relacionados à área organizacional, algum conteúdo da área de Ciências Humanas e outra pequena parte destinado a temas relacionados à pesquisa científica. Nos TCCs prevalecem pesquisas em outras áreas, principalmente Administração (62% e 61,11%), em detrimento à área Secretarial (31% e 34,44%) e a de Comunicação (7% e 4,45%) (MAÇANEIRO, 2011; VIGORENA, 2006). Poucos desses trabalhos são publicados.
12 1ª Hipótese Relacionada com a falta de pesquisa científica realizada e publicada pelos acadêmicos de graduação na área específica.
13 Formação na Área de Secretariado Executivo Existem alguns cursos de especialização ofertados na área específica, no Brasil. De 146 universidades, apenas 9 cursos. (DURANTE, 2010). Mestrado e doutorado ainda não há. Motivos: pequeno número de professores/profissionais que possuem o título de doutor; escassa produção científica na área; a não classificação da área; cíclicos.
14 Formação Acadêmica dos Graduados em Secretariado Executivo Brasil 2011/2013 CURSO/ÁREA DE CONHECIMENTO QUANT. % QUANT. % Somente graduação bacharelado , ,9 Especialização na área de Secretariado 24 5,8 43 7,0 Especialização na área de Educação 44 10,7 56 9,1 Especialização na área de Administração 79 19,1 34,4% ,3 Especialização em outras áreas 19 4,6 22 3,6 Mestrado na área de Educação 22 5,3 24 3,9 Mestrado na área de Administração 22 5,3 28 4,5 24,9% 24,6% Mestrado na área de Letras 5 1,2 9 1,5 Mestrado na área de Economia 7 1,7 8 1,3 16,2% Mestrado na Área de Engenharia da Produção 2 0,5 15,2% 3 0,5 Mestrado em outras áreas (Ciência da Informação, Comunicação e Semiótica, Sociologia, Medicina Veterinária, Ciências Sociais, Saúde Pública, Ciências da Religião, Comunicação, Planejamento Urbano e Regional, Ciência Política, Hospitalidade, Turismo) 13,1% 5 1,2 15 2,4 Doutorado na Área de Educação 1 0,2 1 0,1 Doutorado na Área de Administração 2 0,5 4 0,7 0,9% Doutorado na Área de Engenharia de Produção 1 0,2 - Doutorado na Área de Letras ,1 Pós-Doutorado na Área de Administração ,1 TOTAL % % 32% 14,1% 0,9%
15 2ª Hipótese Relacionada com o pequeno número de profissionais formados em Secretariado Executivo que tenham mestrado e/ou doutorado concluídos.
16 Pesquisa Científica de Mestres e Doutores Profissionais inseridos em mestrado ou doutorado, possuem dificuldade para realizar pesquisas na área de Secretariado. Priorizam as pesquisas relacionadas às disciplinas e/ou teses e dissertações que estão realizando. Publicações oriundas de profissionais de maior qualificação, supostamente, acarretaria em trabalhos de maior qualidade.
17 Pesquisa Científica de Mestres e Doutores Estudo realizado em 2013, com 219 profissionais vinculados a instituições/empresas de todas as regiões do Brasil. Volume da produção bibliográfica por ano 1988 a 2013 total de itens.
18 Pesquisa Científica de Mestres e Doutores Publicações em relação à titulação e à área da publicação 1988 a Titulação Graduação (26,9% da amostra) Especialização (33,8% da amostra) Mestrado (36% da amostra) Doutorado/ Pós-doutorado (3,3% da amostra) Área da publicação Livro completo Capítulo de livro Artigo em periódico Trabalho completo em evento Resumo expandido em evento Resumo em evento Total de produção Percentual por área e titulação Secretariado ,9 Letras/Linguística ,0 Administração ,5 Economia ,6 Outras ,0 Sub-total ,2% Secretariado ,4 Administração ,0 Educação ,1 Letras/Linguística ,4 Outras ,1 Sub-total ,1% Secretariado ,7 Administração ,4 Letras/Linguística ,7 Educação ,1 Economia ,0 Outras ,1 Sub-total ,2% Administração ,1 Letras/Linguística ,9 Secretariado ,2 Economia ,5 Educação ,3 Outras ,0 Sub-total ,5% TOTAL %
19 3ª Hipótese Relacionada com a falta de pesquisa científica realizada pelos profissionais mestres e doutores na área específica de Secretariado Executivo.
20 Periódicos e Eventos Científicos Existem cinco revistas científicas específicas na área, todas com Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas ISSN (GeSec, Capital Científico, Expectativa, Secretariado Executivo em Revist@ e FAZU em Revista). Hoje, todas elas possuem o Qualis Periódico, que é a estratificação da qualidade da produção científica (B2, B3, B5, B5 e C, respectivamente). Poucos eventos são caracterizados como científicos, com publicação de anais e ISSN.
21 4ª Hipótese Relacionada com a falta de veículos de divulgação científica da pesquisa na área específica de Secretariado Executivo.
22 Considerações Finais e Desafios
23 Considerações Finais e Desafios Muito já foi feito nos últimos anos para o fortalecimento da pesquisa científica e da afirmação da área de Secretariado no campo acadêmico. Alguns desafios ainda devem ser considerados pelos profissionais, professores, gestores de cursos de graduação e de pós-graduação em Secretariado Executivo.
24 Considerações Finais e Desafios Desafios: incentivar o interesse dos acadêmicos na formação como pesquisador; educadores devem vincular as suas atividades de sala de aula ao desenvolvimento da pesquisa científica; a produção do conhecimento por parte dos professores/profissionais na área criação de grupos de pesquisa interinstitucionais; criação e fortalecimento de periódicos e eventos científicos na área específica.
25 Obrigada!
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