TURISMO: EMPRÉSTIMOS A MÉDIO LONGO PRAZO
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- Carlos Brunelli de Andrade
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1 TURISMO: EMPRÉSTIMOS A MÉDIO LONGO PRAZO O Turismo de Portugal (TP), em parceria com o sistema bancário, disponibiliza um instrumento financeiro com um orçamento global de 6 milhões de euros para o financiamento a médio e longo prazo de projetos de investimento de empresas do Turismo, que se traduzam, sobretudo: na criação de empreendimentos turísticos inovadores, na requalificação de empreendimentos turísticos, no desenvolvimento de projetos na área da animação turística e da restauração. TIPOLOGIA DOS PROJETOS Projetos autorizados pelas entidades competentes, quando exigíveis legalmente, ou, nos casos em que careçam de projetos de arquitetura, encontrarem-se estes devidamente aprovados; Sempre que os projetos tenham por objeto empreendimentos já existentes, deverão encontrar-se devidamente licenciados; Deverão estar devidamente asseguradas as respetivas fontes de financiamento do projeto, incluindo o adequado financiamento do investimento elegível por, pelo menos, 25% de capitais próprios; Os projetos deverão contribuir para a melhoria económico-financeira das respetivas empresas.
2 São enquadráveis os seguintes projetos de investimento: a) Requalificação de empreendimentos turísticos existentes, incluindo a ampliação dos mesmos, por via da introdução de melhorias significativas ao nível dos serviços, instalações ou equipamentos, para posicionamento em segmentos de maior valor acrescentado; b) Projetos especiais (deverá ser solicitado parecer prévio ao Turismo de Portugal): 1) Criação de empreendimentos turísticos, desde que: Sejam diferenciadores em relação à oferta existente na região e importantes para o posicionamento competitivo do destino. Sejam adequados à procura turística atual ou potencial e supram carências de oferta e, preferencialmente. Resultem da adaptação de património cultural edificado classificado, ou de intervenções de reabilitação urbana em áreas de interesse turístico. São classificados como projetos de empreendedorismo, os que reúnam as seguintes caraterísticas: Apresentem um investimento elegível máximo de 5 mil euros; Sejam promovidos por pequenas ou médias empresas a criar ou com, no máximo, 2 anos de atividade completos. 2) Projetos de animação turística que visem a dinamização de centros urbanos; 3) Outros projetos de reabilitação urbana em áreas de interesse turístico; 4) Projetos que contribuam para o aumento da estadia média dos turistas e para a redução da sazonalidade ou que se traduzam como demonstradores e diferenciadores ao nível da sustentabilidade ambiental ou energética. c) Criação e requalificação de empreendimentos, equipamentos ou atividades de animação, desde que de interesse para o turismo e se diferenciem da oferta existente na região. d) Criação e requalificação de estabelecimentos de restauração, desde que de interesse para o turismo, e se afigurem diferenciadores em relação à oferta existente na região. e) Outros projetos considerados de relevante interesse para o turismo (deverá ser solicitado parecer prévio ao TP).
3 INVESTIMENTOS ELEGÍVEIS Para efeitos de cálculo do financiamento a conceder são consideradas as despesas de investimento, corpóreas e incorpóreas, que façam parte integrante do projeto e que concorram para alcançar os seus objetivos, acrescido de até 1% para fundo de maneio. O financiamento da parcela respeitante ao fundo de maneio é enquadrado no regime de minimis, com os limites que daí decorrem. A elegibilidade das despesas com ativos incorpóreos depende do cumprimento das seguintes condições: a) Os ativos a que dizem respeito serem exclusivamente utilizados no estabelecimento beneficiário do financiamento; b) Serem amortizáveis; c) Serem adquiridos em condições de mercado a terceiros não relacionados com o adquirente; d) Serem incluídos nos ativos da empresa beneficiária e permanecerem associados ao projeto financiado durante, pelo menos, cinco anos ou três anos no caso de PME. Não são suscetíveis de financiamento as despesas efetuadas com: a) Aquisição de edifícios e de terrenos; b) Aquisição de viaturas automóveis e outro material circulante, exceto quando o mesmo corresponder à própria atividade de animação turística objeto de enquadramento no presente Protocolo; c) Despesas inerentes à participação em feiras; d) Trespasses e direitos de utilização de espaços; e) Trabalhos para a própria empresa; f) Estudos, projetos e assistência técnica que, no seu conjunto, exceda 7% do investimento elegível; g) O IVA, desde que recuperável, ainda que não tenha sido, ou não venha ser, efetivamente recuperado pelo beneficiário.
4 NATUREZA DOS BENEFICIÁRIOS/DESTINATÁRIOS 1) Empresas turísticas de qualquer dimensão, natureza e sob qualquer forma jurídica que cumpram as seguintes condições de acesso: Cumprirem até à data de celebração do contrato de financiamento as condições legais necessárias ao exercício da respetiva atividade, nomeadamente encontrarem-se devidamente licenciadas para o efeito, assim como devidamente regularizadas em matéria de registo no Registo Nacional do Turismo; Possuírem uma situação económico-financeira equilibrada e a situação regularizada perante a Administração Fiscal, a Segurança Social e o TP; Disporem de contabilidade organizada nos termos da legislação aplicável; Declararem que não têm salários em atraso; Declararem não estarem sujeitas a uma injunção de recuperação, ainda pendente, na sequência de uma decisão anterior da Comissão que declare um auxílio ilegal e incompatível com o mercado interno. 2) Pretendam desenvolver projetos enquadráveis e possuam uma das seguintes CAE: 551 Estabelecimentos hoteleiros 5522 Turismo no espaço rural 553 Parques de campismo e de caravanismo 561 Restaurantes 563 Estabelecimentos de bebidas 771 Aluguer de veículos automóveis 79 Agências de viagem, operadores turísticos, outros serviços de reservas Outras atividades desportivas, n. e. (1) 9321 Atividades de parques de diversão e temáticos (1) Atividades dos portos de recreio (marinas) (1) Organização de atividades de animação (1) Outras atividades de diversão e recreativas, n. e. (1) (1) Atividades enquadráveis, desde que desenvolvidas por empresas de animação turística Nota: Poderão ser aceites empresas que operem sob diferente CAE se o projeto for considerado enquadrável por parecer prévio solicitado ao TP (como são exemplo as tipologias b) e e) apresentadas anteriormente).
5 CONDIÇÕES DO APOIO O montante de financiamento não pode exceder 75% do investimento elegível. A participação do TP tem o limite de 2,5 milhões euros, salvo no caso de projetos desenvolvidos em cooperação entre empresas ou em resultado de processos de concentração de empresas, em que esse limite é de 3,5 milhões de euros. Operação com período máximo de 15 anos, incluindo um período de carência de até 4 anos. Dotação: 6M, repartido entre os bancos aderentes e o TP; CONDIÇÕES DA LINHA // Capitais Próprios Mínimo de 25% do investimento elegível // Estrutura de Financiamento e Taxas de Juro ESTRUTURA DE FINANCIAMENTO TAXAS DE JURO PME NÃO PME PROJETOS ESPECIAIS 6% - Turismo de Portugal Não vence juros* 4% - Instituições de Crédito A resultar da análise de risco** 4% - Turismo de Portugal Não vence juros* 6% - Instituições de Crédito A resultar da análise de risco** 75% - Turismo de Portugal Não vence juros* 25% - Instituições de Crédito A resultar da análise de risco** * Parcela Turismo de Portugal: Sem cobrança de juros, com exceção das operações criação de estabelecimentos de alojamento turístico que não se traduzam na recuperação de património classificado como monumento nacional ou imóvel de interesse público, em que a taxa será Euribor a 12 meses (base 36 dias), adicionada de spread correspondente a 5% do valor do spread aplicado à parcela do financiamento da instituição de crédito. ** Parcela Instituição de Crédito: A que resultar da análise de risco. Taxa correspondente à média aritmética simples das taxas Euribor a 12 meses (base 36 dias), apurada com referência ao mês imediatamente anterior ao do início de cada período de contagem de juros, arredondada para a milésima de ponto percentual mais próxima e acrescida de um spread a determinar casuisticamente de acordo com o normativo do pricing ajustado ao risco (PARE).
6 // Comissões e Garantias Comissões conforme previstas no preçário em vigor da instituição de crédito, não podendo tais comissões, em qualquer caso, ultrapassar, no seu conjunto,,5% ao ano sobre o montante do financiamento em dívida. Poderão ser aceites quaisquer garantias normalmente admitidas em direito, partilhando a Instituição de Crédito e o TP estas garantias nas proporções dos créditos concedidos por cada um. Estas garantias assumem o caráter de senioridade em relação a quaisquer outras que a Instituição de Crédito venha a aceitar sobre o mesmo bem para contragarantia de qualquer outra operação que seja aprovada para o mesmo investimento. O TP reserva-se o direito de acionar autonomamente a garantia prestada, mediante aviso prévio à Instituição de Crédito de pelo menos 3 dias, desde que o incumprimento das obrigações por parte da empresa mutuária se estenda por mais de seis meses. // Reembolso Prestações mensais, trimestrais, semestrais ou anuais de capital e juros, devendo o respetivo plano prever a simultaneidade das prestações de capital e juros, as quais poderão revestir uma das seguintes modalidades: prestações constantes de capital e juros ou prestações constantes de capital, a que acrescem os respetivos juros. As amortizações antecipadas, a ocorrerem, não serão objeto de qualquer penalização e incidirão proporcionalmente sobre as parcelas financiadas pela Instituição de Crédito e pelo TP. OUTRAS CONDIÇÕES Os financiamentos concedidos ao abrigo da presente linha de crédito são cumuláveis com quaisquer incentivos ou apoios, desde que dessa cumulação não sejam excedidos os limites máximos de auxílio regional definidos para cada região. A parcela de financiamento disponibilizada pelo TP é concedida ao abrigo do Regime de auxílios compatíveis com o mercado interno, ao abrigo do Regulamento (UE) N.º 651/214 da Comissão, de 16 de junho. Os financiamentos disponibilizados a Grandes Empresas em Lisboa, assim como a projetos já iniciados, são concedidos ao abrigo do regime de minimis. Caso o TP verifique que, da aplicação do disposto nos números anteriores, resulta uma intensidade de auxílio superior à permitida pelo Mapa de Auxílios Regionais proceder-se-á à redução da parcela de financiamento da responsabilidade do TP na exata medida em que tal seja necessário para cumprimento dos limites máximos de auxílio permitidos. A Instituição de Crédito poderá reduzir, manter ou alterar na mesma proporção a sua parcela de financiamento. ENCERRAMENTO DA LINHA Previsto no dia 31/12/217 (ou até ao comprometimento total da sua dotação orçamental).
7 YUNIT CONSULTING Apoio no enquadramento de projetos turísticos no âmbito da presente linha. Elaboração do pedido de parecer prévio ao TP, nos casos em que seja aplicável. Elaboração do Plano de Negócios que apresenta o negócio, analisa o mercado, enquadra o projeto nas tipologias, concretiza a formulação da estratégia e estuda a viabilidade económica e financeira do projeto no contexto desta linha de financiamento; este documento serve de suporte à candidatura, com toda a planificação necessária ao pedido de financiamento junto da Instituição de Crédito protocolada.
8 SIMULAÇÃO (EXEMPLO) Considerando por hipótese um projeto de requalificação de um estabelecimento hoteleiro, de empresa de média dimensão (certificado PME) que opera sob a CAE Hotéis com restaurante, com um projeto de arquitetura aprovado para a ampliação do estabelecimento e requalificação da oferta existente tendo em vista o aumento da qualidade dos serviços prestados. O Valor de Investimento elegível ascende a 75 mil euros. Face às características apresentadas, este projeto possui enquadramento automático na Linha de Apoio à Qualificação da Oferta (não havendo necessidade de solicitar parecer prévio de enquadramento ao TP). // Estrutura exemplificativa Capitais Próprios (mínimo 25% Investimento Elegível) 187 5, Financiamento Total (máximo 75% Investimento Elegível) 562 5, Financiamento Turismo de Portugal (6% do Financiamento Total) 7 5, Financiamento Instituição de Crédito (4% do Financiamento Total) 225, Face à análise de risco, por hipótese, a Instituição de Crédito considerou as seguintes condições para o Financiamento: 1) Início do Financiamento (desembolso) em ; 2) Prestações/Rendas (Capital + Juros) fixas; 3) Euribor 12m + Spread 2,5%; 4) Financiamento a 12 anos com 3 de carência de capital. PERÍODO DE CARÊNCIA PARCELA FINANCIADA PELO TURISMO DE PORTUGAL DURANTE APÓS Montante 7 5, Euribor 12 Meses -,69% Spread,% Taxa de Juro (Ri),% Prazo do Empréstimo (meses) 36 Data de Início do Financiamento Renda Mensal, , -,69% ,%,% anos 3 125,
9 PARCELA FINANCIADA PELO TP Capital Inicial Renda Juros Imposto Selo (,6%) Amortização de Capital Capital Final PERÍODO DE CARÊNCIA PARCELA FINANCIADA PELA INSTITUIÇÃO DE CRÉDITO DURANTE APÓS Montante 225, Euribor 12 Meses -,69% Spread 2,5% Taxa de Juro (Ri) 2,431% Prazo do Empréstimo (meses) 36 Data de Início do Financiamento Renda Mensal 455, , -,69% ,5% 2,431% anos 2 321,
10 PARCELA FINANCIADA PELA INSTITUIÇÃO DE CRÉDITO Capital Inicial Renda Juros Imposto Selo (,6%) Amortização de Capital Capital Final FINANCIAMENTO TOTAL Capital Inicial Renda Juros Imposto Selo (,6%) Amortização de Capital Capital Final Para mais informações, contacte-nos através do número ou do comercial@yunit.pt.
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