O DIREITO À INTIMIDADE E À VIDA PRIVADA EM FACE DAS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO. Allan Diego Mendes Melo de Andrade RESUMO

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1 O DIREITO À INTIMIDADE E À VIDA PRIVADA EM FACE DAS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO Allan Diego Mendes Melo de Andrade Bacharel em Direito pela Universidade Estadual do Piauí. Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Federal do Piauí.Especialista em Direito Público.Pós-Graduando em Direito e Processo do Trabalho RESUMO O presente trabalho analisa o contexto atual do direito à intimidade e à vida privada com o advento das novas tecnologias da informação, em especial a internet. A discussão sobre a temática mostra-se pertinente uma vez que muitos conflitos são gerados a partir da colisão entre o resguardo da intimidade e o direito de expressão e informação através do uso dos novos meios tecnológicos. Examinam-se diversas situações em que o mau uso de serviços e recursos disponibilizados através da internet pode acarretar lesões à privacidade do indivíduo. O estudo sustenta-se na análise doutrinária dos institutos jurídicos envolvidos, com suas evoluções históricas e teorias pertinentes, e na exposição e análise de casos concretos que foram apreciados pelo judiciário brasileiro. Conclui-se pela necessidade de uma inovação legislativa à nova realidade, que venha a tutelar a atual conjuntura do direito à intimidade e à vida privada em face das novas tecnologias. Palavras-chave: Direito, Intimidade, Vida Privada, Novas Tecnologias, Internet. 1. Introdução O direito à intimidade e à vida privada configura-se como uma tutela assegurada ao indivíduo para esse que possa repelir a interferência de terceiros em sua esfera íntima de vida, bem como ter controle das informações sobre ele divulgadas. Alçada ao núcleo de direitos basilares para o exercício pleno das liberdades individuais, a proteção à intimidade e à vida privada encontra-se amparada nas cartas constitucionais dos países que assentam a ordem jurídica em um estado democrático de direito. No que tange ao ordenamento jurídico brasileiro, verifica-se que tal direito encontra-se assegurado pela Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, X. A constitucionalização desse instituto jurídico surgiu como uma necessidade da própria vida moderna, uma vez que as grandes transformações tecnológicas geraram um estado de conflito entre a garantia à intimidade e a chamada sociedade da informação, com vistas a evitar que o exercício da livre circulação de fatos noticiosos pudesse gerar danos à vida privada do indivíduo.

2 Contudo, o desafio quanto a essa questão ainda revela-se instigante, uma vez que com o advento das novas tecnologias da informação, em especial a Internet, o acesso e a divulgação de dados e informações ganharam uma dimensão pouco imaginável para os padrões tecnológicos de algumas décadas atrás. A interligação dos computadores através de uma rede mundial possibilitou grandes avanços no que se refere às comunicações e o surgimento de inúmeros serviços e recursos que antes não estavam inseridos no dia-a-dia da humanidade. A inserção dessas novas tecnologias trouxe consigo também novos desafios para a sociedade, especialmente no que tange a proteção à intimidade e à vida privada. Sobre a presente temática Pereira aponta: Dessa forma, os modernos computadores, com sua surpreendente capacidade de recolhimento (captura), armazenamento, tratamento e recuperação de informações, unidos à grande velocidade de transmissão de ditos dados por intermédio das distintas redes informáticas (incluídas obviamente a Internet), representam um perigo a mais para a intimidade dos indivíduos, máxime quando são utilizados para a elaboração de perfis pessoais dos usuários da Rede. 1 À medida que se amplia o número de usuários na Internet em razão da democratização das novas tecnologias, aumenta também a possibilidade de invasão na privacidade das pessoas. A quantidade de informações que podem ser armazenadas e transmitidas é de tal magnitude que se exige o estabelecimento de soluções para os problemas que podem resultar da relação entre informática e intimidade. 2 O alcance cada vez maior das informações e o incremento das possibilidades e dos recursos tecnológicos fazem da Internet um espaço peculiar, com problemáticas e situações novas a serem enfrentadas pelo homem moderno, lançando, portanto, perspectivas desafiadoras para a ciência do Direito. Assim, em face das questões expostas, no presente trabalho far-se-á uma análise sobre os efeitos das novas tecnologias, em especial a Internet, sobre a seara do direito à intimidade e à privacidade, apontando-se também diretrizes para a harmonização do conflito surgido a partir da livre circulação de informações e a proteção à esfera de vida íntima de uma pessoa. 2. Histórico do direito à intimidade e à vida privada O direito à intimidade e à vida privada consagra-se entre os direitos e liberdades fundamentais a serem assegurados ao indivíduo pelo sistema jurídico. No processo de reconhecimento desses direitos é fundamental se destacar que as revoluções liberais, em especial a americana e a francesa, foram marcos históricos no que se refere às lutas pelas liberdades individuais. As cartas constitucionais nascidas como frutos dessas revoluções foram influenciadas pelo pensamento liberal e consagravam os direitos individuais, conforme se observa nas palavras de Limberger: O Estado Constitucional surge no final do século XVIII e se inter-relaciona com o Estado de Direito e os direitos fundamentais. É a função limitadora da Constituição, 1 PEREIRA, Marcelo Cardoso. Direito à intimidade na Internet, p LIMBERGER, Têmis. O direito à intimidade na era da informática: a necessidade de proteção dos dados pessoais, p.31.

3 que coincide com a idéia de constituição escrita e encontra expoentes máximos na Constituição dos Estados Unidos (1787) e na Constituição Francesa (1791), que têm duas funções básicas: limitar o poder do Estado e garantir os direitos fundamentais. São constituições com características do Estado liberal, sendo o individualismo sua marca. 3 No que se refere às bases doutrinárias acerca do direito à intimidade e à vida privada, é fundamental que se exponha sobre o famoso ensaio Warren-Brandeis. O senador Samuel Warren e o jurista Brandeis analisaram os excessos da imprensa norte-americana, acostumada a constantemente romper a tranqüilidade do universo familiar e privado dos cidadãos. As conclusões do trabalho foram publicadas num artigo em Aponta Aieta que a partir do ensaio de Warren-Brandeis, a matéria passou a ser tratada com o status de teoria, propiciando as bases técnico-jurídicas da noção de privacy e confugurando-a como uma real right to be let alone. 4 Foram delimitados, assim, através de critérios científicos os contornos da chamada privacidade (privacy), configurando-se na relação entre o particular e sua vida privada e, em conseqüência, com a faculdade de tornar públicas ou não certas manifestações de sua esfera íntima de vida. A partir do amadurecimento e posteriores trabalhos dos estudiosos norte-americanos realizados sobre a matéria, Limberger aponta: A violação à intimidade se constrói através de quatro situações básicas: a) intromissão na solidão de vida de uma pessoa ou nos seus assuntos privados; b) divulgação de fatos embaraçosos que afetam o cidadão; c) publicidade que poderia desprestigiar o indivíduo ante a opinião pública; d) apropriação (com vantagens para a outra parte) do nome ou do aspecto físico do litigante. 5 É importante se colocar que a consolidação da tutela à intimidade não veio a macular o exercício do direito à informação, na verdade, aquela garantia deve ser relativizada quando se manifesta o interesse público acerca do fato a ser divulgado. Não se evoca a censura, ao contrário, o que a doutrina quis assentar foi uma defesa contra a irresponsabilidade do exercício ao direito de informação, quando era flagrante o seu abuso, adentrando na seara de fatos que envolvem aspectos comezinhos da vida de um indivíduo. Cumpre destacar que a declaração universal dos direitos do homem, aprovada pela Assembléia Geral da ONU em 1948 foi um marco da internacionalização dos direitos fundamentais, inserindo-se entre eles o direito à intimidade e à vida privada. No tocante à realidade brasileira, observa-se que o institutos jurídicos em análise, mesmo já estando consagrado nas cartas constitucionais de muitos países há várias décadas, somente com o advento da Constituição Federal de 1988 é que foram alçados à categoria de norma constitucional. 3.Conceituação e Diferenciação entre Intimidade e Vida Privada LIMBERGER, Têmis. Op. cit., p. 30. AIETA, Vânia Siciliano. A garantia da intimidade como direito fundamental, p. 83. LIMBERGER, Têmis. Op. cit., p. 57.

4 A intimidade e a vida privada são direitos que se interpenetram, guardando entre si grande vinculação. Contudo, mesmo que usualmente os conceitos de ambos se confundam, eles são distintos, guardando aspectos em que é possível uma diferenciação. Tal diferença reside no fato de a intimidade pertencer a um círculo mais restrito do que o direito à vida privada. Acerca desta questão discorre Tércio Sampaio Ferraz: A intimidade é o âmbito do exclusivo que alguém reserva para si, sem nenhuma repercussão social, nem mesmo ao alcance da sua vida privada que, por mais isolada que seja, é sempre um viver entre os outros (na família, no trabalho, no lazer comum). Não há um conceito absoluto de intimidade, embora se possa dizer que o seu atributo básico é o estar só, não exclui o segredo e a autonomia. Nestes termos, é possível identificá-la: o diário íntimo, o segredo sob juramento, as próprias convicções, as situações indevassáveis de pudor pessoal, o segredo íntimo cuja mínima publicidade constrange. 6 Assim, pode-se entender o direito à intimidade como a esfera de proteção ao que há de mais íntimo na pessoa, ou seja, os desejos, pensamentos, idéias e emoções. Aquilo que pertence a um território exclusivo, em que a não publicidade é essencial para o desenvolvimento pleno de tais faculdades. No que se refere à vida privada, Marcelo Cardoso Pereira esclarece que a vida privada seria, em uma primeira aproximação, tudo o que não pertença ao âmbito da intimidade, mas que, por sua vez, não transparece à esfera pública. 7 Seria, portanto, aquela seara da vida que pressupõe interação com pessoas que estão ligadas ao individuo de forma mais intensa, seja por razões familiares; ou de contato diário, como os colegas de trabalho; ou por afinidade, como no caso dos amigos íntimos. É um campo em que se compartilha com essas pessoas os fatos, assuntos do dia-a-dia e até mesmo segredos, mas que não extrapola esse contexto, excluindo uma publicidade mais ampla de tais acontecimentos. É oportuna a exemplificação dada pelo professor Tércio Sampaio Ferraz com vistas a aclarar tal situação: A vida privada pode envolver, pois, situações de opção pessoal (como a escolha do regime de bens no casamento), mas que, em certos momentos, podem requerer a comunicação a terceiros (na aquisição, por exemplo, de um imóvel). Por aí ela difere da intimidade, que não experimenta esta forma de repercussão. 8 O direito a intimidade e vida privada apresenta-se, assim, como o direito de que gozam as pessoas de defender e preservar um âmbito íntimo de suas vidas, tanto a esfera mais exclusiva (intimidade), como o âmbito de fatos e acontecimentos compartilhados com pessoas íntimas (vida privada), dando possibilidade ao indivíduo para que desenvolva com liberdade e plenitude sua personalidade livre da invasão ou ingerência de terceiros. 4. O Direito à Intimidade e a Vida Privada e as novas tecnologias da informação 6 FERRAZ, Tércio Sampaio. Sigilo de dados: direito à privacidade e os limites à função fiscalizadora do Estado, p PEREIRA, Marcelo. Op. cit., p FERRAZ, Tércio Sampaio. Sigilo de dados: direito à privacidade e os limites à função fiscalizadora do Estado, p. 450.

5 As novas tecnologias da informação, impulsionadas com o advento da Internet, são uma grande conquista para a humanidade e não há dúvidas de que elas possibilitaram uma ampla democratização do acesso e do fluxo da comunicação. Os serviços e recursos que se inseriram no dia-a-dia das pessoas, tais como a como , sites de busca, sites de cadastro, Orkut, Youtube etc possibilitaram uma gigantesca capacidade de acesso, acúmulo e divulgação de informações na Internet. Contudo, à medida que se amplia o número de usuários e de informações disponibilizadas na web em razão da democratização das novas tecnologias, surgem também os conflitos gerados por essa miríade de informações e a progressiva invasão na privacidade das pessoas. As informações disponibilizadas na web, muitas vezes, fornecidas ingenuamente pelo próprio usuário, circulam de forma irrestrita pela Rede. Sobre a questão explicita Pereira: No que tange à utilização da informática e da telemática no tratamento das informações pessoais, ressaltamos o volume de dados pessoais que circulam diariamente pela Internet, fato que fomenta a possibilidade de vulneração do direito à intimidade dos usuários da Rede. 9 Os dados e informações divulgados na Internet são de difícil controle, uma vez que a própria estrutura em que ela é baseada (interligação entre computadores em todas as partes do mundo) tem caráter essencialmente libertário. As informações circulam em grande velocidade e atingem um número vasto de pessoas, tornando-se, portanto, cada vez mais freqüente a divulgação de dados e de fatos que deveriam se manter circunscritos à intimidade das pessoas. Quanto à matéria do direito à intimidade e à vida privada nos dias atuais, Eduardo Akira Azuma aponta: A importância de tais direitos vai crescendo na medida em que a autonomia da vida privada é ameaçada pelas novas modalidades de invasão científica e tecnológica. A intimidade e a privacidade ganham status de grande importância em razão da valorização e comercialização de dados pessoais, ação implacável da cultura de massas, algumas ações de cunho totalitário por parte dos Estados, uso nocivo dos meios tecnológicos entre outros. 10 Observa-se, assim, que a popularização das novas tecnologias ao mesmo tempo em que possibilita a liberdade do acesso à informação, torna também cada vez mais difícil repelir-se eventuais invasões na privacidade do indivíduo, em razão da ampla liberdade de divulgação de informações possibilitada pelas novas mídias. Resta evidente a colisão de direitos fundamentais, gerando em diversas situações, o conflito entre vida privada e direito de expressão e informação. Acerca da colisão de direitos J. J. Gomes Canotilho esclarece: Considera-se existir uma colisão autêntica de direitos fundamentais quando o exercício de um direito fundamental por parte do seu titular colide com o exercício do direito fundamental por parte de outro titular [...] A colisão de direitos em 9 PEREIRA, Marcelo Cardoso. Op. cit., p AZUMA, Eduardo Akira. A intimidade e a vida privada frente às novas tecnologias da informação. Disponível em

6 sentido impróprio tem lugar quando o exercício de um direito fundamental colide com outros bens constitucionalmente protegidos. 10 Assim, quando o exercício da liberdade artística, intelectual, científica ou de comunicação (Constituição Federal, art. 5, IX) ou de acesso à informação (CF, art. 5, XIV) entra em colisão com a intimidade e a vida privada das pessoas (CF, art. 5, X), é caso de choque no exercício de direitos fundamentais, uma vez que a liberdade de comunicação, incluindo-se aí, o uso das novas tecnologias comunicacionais termina por interferir na esfera de intimidade das pessoas. Essencial salientar, ainda segundo Canotilho, sobre a existência de limites originários ou primitivos que se imporiam a todos os direitos: limites constituídos por direitos dos outros; limites imanentes da ordem social; limites eticamente imanentes 11. Conforme a lição do doutrinador supracitado constata-se que os direitos, mesmo os fundamentais, não apresentam caráter absoluto, apresentando limites ao seu exercício quando este afrontar o direito de outras pessoas ou da própria sociedade. Portanto, à liberdade de comunicação deve ser exercida tendo como balizas os limites impostos por outros direitos, no caso presente à intimidade e à vida privada. Um exemplo em que se mostra evidente a invasão no âmbito de vida privada das pessoas em face das novas tecnologias é descrita por Têmis Limberger: Fornecemos nosso endereço eletrônico a alguém em uma relação de confiança e, logo este é repassado e utilizado para fins comerciais ou até mesmo para transmitir vírus. Os dados pessoais (nome, endereço, profissão, idade, escolaridade, renda etc) hoje são colhidos sem o consentimento informado das pessoas e são armazenados e transmitidos uma infinidade de vezes e, por vezes, até vendidos. 12 Na maioria das vezes as pessoas não percebem que ao preencherem um simples questionário para se cadastrar em um site, ou para participarem de um sorteio pela Internet ou pelo simples fato de visitar determinadas páginas da web, estão fornecendo, inocentemente inúmeros dados pessoais. Esses dados são colhidos, armazenados e transmitidos uma infinidade de vezes e por vezes até vendidos. Uma vez compilados os dados pessoais, gostos e preferências de inúmeros usuários de Internet é possível traçar um perfil pessoal de cada pessoa, agrupando-a por determinados interesses e essas informações são extremamente valiosos para empresas que atuam na área de marketing e publicidade, pois assim, estarão cientes das preferências de cada público e de seus hábitos. Nada impede também que a comercialização de dados coletados na web sirva para formar verdadeira listagem para determinadas empresas, que poderão ter a sua disposição inúmeros perfis pessoais e consultá-los quando na hipótese em que necessite contratar empregados. Outro exemplo comum de invasão à intimidade também passa despercebido da maior parte dos usuários das novas tecnologias acontece com os chamados spams, que são aquelas inúmeras mensagens que abarrotam as caixas de entrada de sem que tenham sido solicitadas pelo usuário. O correio eletrônico é um serviço de caráter estritamente pessoal, o seu usuário deveria receber, em tese, mensagens somente de pessoas a quem forneceu o 1 0 CANOTILHO. J.J. Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição, p CANOTILHO. J. J. Gomes. Op. cit., p LIMBERGER, Têmis. Spam e outras invasões à intimidade. Disponível em <

7 endereço, sendo assim, um ato invasivo abrir diariamente a caixa de mensagens e ela estar abarrotada de mensagem indesejadas, que ninguém sabe ao certo de onde veio e a qual propósito, de fato, se destinam. 5. Sites de Busca, Orkut, Youtube: abuso no uso das novas tecnologias Outros serviços e tecnologias que utilizam também a Rede mundial de computadores como suporte não apresentam um controle eficaz quanto à segurança à intimidade e a vida privada. Os sites de busca facilitaram o acesso às informações disponibilizadas na rede, uma vez que fazem um apanhado do conteúdo desejado pelo usuário. É uma forma ágil e prática de se encontrar o assunto e os dados desejados. No entanto, dependendo de como se processa a busca por informações, pode haver abuso na coleta e divulgação dos dados, tal como acontece no procedimento adotado do site Google, que expõe informações sem o conhecimento do criador. Sobre eventuais invasões no campo do direito à intimidade entende-se que o site de busca Google deve ter responsabilidade sobre o assunto divulgado já que cadastra páginas da Internet através de um processo de varredura efetuado por um robô e que lista todo e qualquer site, sem a autorização dos seus criadores ou responsáveis. 13 Acerca das informações que existem na Internet sem nenhum controle, pertinente colocação aponta Rodrigues: Relevante é conhecer o direito à intimidade com sua manifestação positiva: não apenas proteger-se da intromissão, mas direito de o indivíduo controlar as informações que existam sobre si próprio. Ou ainda: o direito de não ter as informações sobre si próprio acessadas para uma finalidade que não aquela para a qual foi originariamente colhida. Difícil, porém útil: todos os órgãos públicos e os grandes órgãos privados devem desenvolver uma política de clara de privacidade (e, de preferência, cumpri-la). 14 Outros serviços disponíveis na Rede também costumam estar envoltos em polêmica, visto que muitas vezes dá-se a utilização desses de forma abusiva, como é caso do site de relacionamentos Orkut. O site surgiu com a idéia de formar uma grande comunidade virtual em que em as pessoas, a partir da construção de perfis pessoais pudessem interagir com outros usuários, trocando mensagens, discutindo assunto de interesses comuns etc. Mesmo tendo como premissa coibir o abuso realizado por muitos usuários e de não permitir que menores de idade participem do site, o que se vê na realidade é uma verdadeira falta de controle no conteúdo do material vinculado e qual uso é feito desse conteúdo. Por conseguinte é comum encontrar-se pessoas que ao exporem suas vidas no Orkut, ficam sujeitas a especulação alheia e ao mau uso que podem fazer dessas informações. 15 É flagrante o desrespeito a intimidade dos usuários que se utilizam desse serviço, que peca pela exposição acentuada e pela vulnerabilidade do controle que é exercido sobre o seu 1 3 Revista Visão Jurídica. Edição nº 01. Editora Escala, p RODRIGUEZ, Víctor Gabriel. O caso Google e o direito à intimidade: da imprensa ao controle de informações sobre si mesmo. Disponível em < 1 5 ALVAREZ, Ana Maria Torres. Comunidades virtuais: intercâmbio de conhecimentos x privacidade. Disponível em <

8 conteúdo. O fato tem feito muitas pessoas cancelarem seus perfis, parte significativa delas por terem sido vítimas de intromissão e devassa na sua vida privada. Outra tecnologia que veio revolucionar a maneira de interação e comunicação através da Internet foi o site de vídeos Youtube. Na página, é possível que qualquer usuário cadastrado no serviço disponibilize vídeos e esses podem ser acessados por qualquer pessoa com computador conectado a web. É um recurso que possibilita a divulgação de um número infindável de vídeos, disponibilizando desde fatos noticiosos de conhecimento geral até imagens capturadas em qualquer lugar com uma câmara acoplada ao aparelho celular. A questão é que essa tecnologia, uma vez usada de forma abusiva, pode acarretar acentuados danos à intimidade e à vida privada das pessoas, afinal quando menos se imagina imagens captadas sem a autorização dos envolvidos podem estar sendo transmitidas por toda a Rede e acessadas por milhões de pessoas. 6. Casos concretos e os Tribunais brasileiros Os conflitos gerados a partir do confronto entre a liberdade de comunicação e a violação da intimidade e da vida privada em face das novas tecnologias da informação têm chegado ao Judiciário brasileiro. É cada vez maior o número de pessoas que ingressam com ações buscando a tutela jurisdicional para repelir a invasão em suas vidas em face do abuso na utilização dessas tecnologias. Poucos casos ganharam tanta notoriedade no país como o vídeo disponibilizado no Youtube com cenas de uma gravação feita com a modelo Daniela Cicarelli e seu namorado à época, Renato Malzoni Filho, trocando carícias na praia espanhola de Cádiz, em setembro de 2006 e mantendo relações sexuais dentro do mar. A modelo e o namorado não autorizaram a gravação, tampouco a sua divulgação na web, o que fez com que o casal ingressasse com uma ação perante à Justiça paulista alegando violação do direito à intimidade e à imagem do casal. Azuma coloca que: O caso da modelo brasileira é um exemplo de como o uso da Internet pode ser potencialmente ofensivo à imagem do cidadão. É salutar que exista a devida proteção jurídica para casos semelhantes e o fato de tratar-se de uma pessoa pública não torna legítimo que impere apenas uma espécie de ditadura das massas. 16 No entanto, no presente caso, observa-se que o judiciário não usou de razoáveis critérios de proporcionalidade para garantir a satisfação do pedido dos autores, uma vez que a decisão da 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou o bloqueio do Youtube para os assinantes do provedor de acesso à Internet Brasil Telecom, Telefônica e Embratel. Ainda sobre a questão, Azuma posiciona-se: Neste aparente conflito de direitos fundamentais, a medida adotada de bloquear o site Youtube é questionável sob vários aspectos. O primeiro deles é que, se o bloqueio ao site é motivado pela necessidade de se proibir o acesso ao vídeo da 1 6 AZUMA, Eduardo Akira. Cicarelli vs. Youtube: novos desafios para o direito. Disponível em <

9 modelo, além do excesso e da desproporcionalidade da medida (conforme visto alhures, atinge mais de 5 milhões de usuários), também parte do equivocado pressuposto de que as pessoas que acessam o site o fazem exclusivamente para ver o conteúdo referente às cenas da modelo. 17 Assim, restava claro o direito de o casal ver cessar a situação de flagrante violência à intimidade e à vida privada. A situação evidenciou, de fato, os danos que o mau uso das novas tecnologias pode causar às pessoas. Entretanto, por se revelar uma demanda social extremamente recente e por se fundar também numa colisão de direitos fundamentais, alguns magistrados agem com desproporcionalidade ao efetivar a tutela. Frente à complexidade da questão, o tribunal paulista acabou por conceder medida liminar que bloqueou por várias horas o acesso de milhões de pessoas ao site, impedindo que milhões de usuários completamente indiferentes ao vídeo da modelo, não tivessem acesso ao restante do conteúdo do Youtube. Outro caso que chegou à Justiça brasileira e que ganhou espaço nos sites e publicações direcionadas para o público jurídico é o que envolveu uma advogada de Porto Alegre e site Google. O nome da autora constava no resultado da busca efetuado no site associado à pornografia e práticas sexuais ligadas à zoofilia, isso porque ao se fazer uma consulta com o nome da advogada, o resultado ligava-a ao nome de uma garota de programa que ganhou notoriedade com um livro me que detalhava sua vida sexual. Em dezembro de 2005, a autora entrou com uma ação visando que a Justiça gaúcha determinasse que o site criasse um filtro para corrigir o erro que fazia a ligação de seu nome às informações que em nada diziam respeito à sua vida, além de um pedido de indenização pelos danos sofridos. O juiz da 3ª Vara Cível de Porto Alegre julgou procedente o pedido, entendendo claro o dano por ela suportado em razão do erro do site que culminou por trazer-lhes prejuízos de cunho moral e à sua vida privada. A empresa foi condenada a pagar a indenização no valor de 10,8 mil salários mínimos. Vê-se, assim, que na presente situação, a decisão do magistrado mostrou-se pautada por critérios de razoabilidade, uma vez que não seria justo o buscador Google não ser responsabilizado por essa associação sem sentido. Nas palavras do magistrado grande peso teve na decisão o fato de o nome da vítima ter estado associado a materiais de cunho vulgar e depreciativo à sua honra, agregado ao alcance mundial da lesão, provocando dano gravíssimo e irreparável à esfera pessoal da autora A proteção jurídica da intimidade frente às novas tecnologias No que é pertinente à proteção jurídica da intimidade e da vida privada em face da Internet e das novas tecnologias, duas correntes doutrinárias já se apresentam a fim buscar soluções ao conflito existente. Para a primeira não há necessidade de criação de um novo direito para a proteção da intimidade e, em especial, para a proteção de dados pessoais, ante o uso das novas tecnologias, tendo em vista que o bem jurídico protegido segue sendo o mesmo, qual seja, a intimidade AZUMA. Op. Cit. 1 8 Revista Consultor Jurídico. Nomes trocados: Google é condenado por ligar advogada com Surfistinha. Disponível em < 1 9 PEREIRA, Marcelo Cardoso, Op. cit., 148.

10 A segunda corrente é favorável ao reconhecimento de um novo direito específico para a proteção de dados e informações pessoas na Internet. Pereira explicita os argumentos que amparam essa outra corrente doutrinária: A insuficiência dos instrumentos de tutela jurídica do clássico direito à intimidade para a proteção dos indivíduos frente aos avanços tecnológicos; e a particularidade do bem jurídico protegido pela concepção clássica do direito à intimidade, que não corresponderia com bem jurídico protegido por esse novo direito. 20 Essa segunda corrente, portanto, propõe uma tutela específica para a intimidade frente às novas tecnologias, uma vez que a proteção dada tradicionalmente ao referido direito não seria suficiente ao caso em tela, propondo assim o nascimento de um direito novo, que fosse gerado especialmente com vista à pacificação desse novo conflito social, dado maior proteção ao indivíduo. Acredita-se que é fundamental uma atualização da legislação a fim de adequá-la ao novo contexto social que já está inserido no cotidiano das pessoas. Vários países que compõe a União Européia, tais como Espanha, Alemanha e França contam com dispositivos legais que visam a proteger a intimidade de seus cidadãos em face das invasões geradas pelo advento de novas tecnologias. O Brasil, como país inserido no mercado global, não pode se esquivar de adotar medidas semelhantes que visem a coibir os abusos causados pelo uso da Internet e os recursos dela decorrentes. Alessandra de Azevedo Domingues também aponta interessante questão acerca da matéria: Sob este ponto de vista a Internet torna-se, especialmente, perigosa, pois se apresenta como um veículo de comunicação sem fronteiras, podendo as informações e publicidades que nela navegam atingir uma pessoa em qualquer parte do globo, ou mesmo à população de todo o mundo. Por isso, as disposições legais que possam ser aplicadas, analogicamente, a tudo que envolve a Internet, especialmente aquilo que se relacione à informação, à publicidade, assim deve ser, enquanto não houver adaptação legislativa, daquilo se fizer necessário, ou a criação de normas específicas. 21 Portanto, faz-se necessário que a opinião pública e o debate político fomentem a discussão sobre o tema, com o escopo de se estabelecer garantias que protejam os cidadãos das constantes agressões à sua intimidade e à vida privada, especialmente no tocante à utilização massiva das tecnologias da informática. 8. Conclusão Observa-se, assim, que o direito à intimidade e à vida privada encontra-se consagrado nas cartas constitucionais da maioria dos países que se sustentam numa ordem democrática, incluindo-se o Brasil, contudo, esses direitos têm sofrido contínuo desrespeito à medida que cresce o desenvolvimento de novas tecnologias da informação, especialmente a Internet. 2 0 PEREIRA, Marcelo Cardoso, Op. cit., DOMINGUES, Alessandra de Azevedo. Responsabilidade Civil e Direitos de Liberdade. Disponível em <

11 Surge a partir dessa situação uma colisão de direitos fundamentais, uma vez que o direito à liberdade de expressão e de informação afronta-se diretamente com a intimidade dos indivíduos, visto que as novas tecnologias apresentam caráter libertário, já que qualquer pessoa pode ser emissora ou receptora de informações. A divulgação de dados pessoais e de informações que interferem diretamente na vida intima das pessoas e até mesmo a veiculação de vídeos não autorizados são situações que se tornam cada vez mais comuns no chamado espaço virtual. Cabe ao Judiciário adequar-se a essas situações, aperfeiçoando o processo de ponderação de direitos a ser aplicado nos casos concretos a ele apresentados, a fim de se evitarem prejuízos excessivos às partes litigantes. É fundamental se destacar que o advento das novas tecnologias requer uma mudança de comportamentos, inclusive dos próprios usuários da Internet, pois esses deverão ter precaução ao disponibilizar informações ou dados pessoais junto a serviços oferecidos na web, uma vez que o fim a que se destinam muitas vezes é incerto e pode trazer conseqüências gravosas à sua intimidade e vida privada. No entanto, algo se mostra extremamente importante em todo o contexto apresentado é a necessidade de uma inovação legislativa com o fim de garantir ao cidadão o respeito a direitos fundamentais que são constantemente violados em face das novas tecnologias. O Direito deve acompanhar a evolução social, tutelando situações que, se outrora pareciam pacificadas, hoje ganharam novos contornos e carecem, pois de uma proteção especifica, como é caso da intimidade frente às novas tecnologias da informação. Mesmo cercado de todos os cuidados possíveis, o cidadão ainda continua vulnerável a lesões, já que o processo informático encontra-se, hoje, amplamente utilizado nas relações sociais e profissionais. Muitos países já implementaram reformas em seu ordenamento jurídico no sentido de dar maior proteção aos dados e informações que circulam na Internet. O Direito à intimidade e à vida privada ganhou novos contornos e o Brasil não pode ficar alijado desse processo de modernização legislativa. Os institutos jurídicos existentes não são mais suficientes para dirimir os conflitos surgidos com as inúmeras inovações tecnológicas. RESUMEN El presente trabajo analisa el contexto actual del derecho a la intimidad y a la vida privada com el advenimiento de las nuevas tecnologias de la información, especialmente la internet. La discusión acerca del tema se demuestra muy pertinente ya que muchos problemas surgen a partir del choque entre la proteción de la intimidade y el derecho de expresión e información por medio del uso de los nuevos medios tecnológicos. Se analizan diversas situaciones en que el malo uso de los servicios y recursos accesibles en la internet pueden causar lesiones a la privacidad del individuo. El estudio se sostiene en el análisis de los institutos jurídicos pertinentes, con sus evoluciones históricas y teorías, así como la exposición y análisis de casos concretos que fueron analizados por la Justicia brasileña. Se concluye por la necesidad de creación de nuevas leyes que puedan proteger los ciudadanos en esa nueva realidad y que controlen la actual situacíon del derecho a la intimidad y a la vida privada ante las nuevas tecnologias. Palabras llave: Derecho, Intimidad, Vida Privada, Nuevas Tecnologias, Internet.

12 REFERÊNCIAS AIETA, Vânia Siciliano. A Garantia da Intimidade como Direito Fundamental. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, ALVAREZ, Ana Maria Torres. Comunidades virtuais: intercâmbio de conhecimentos x privacidade. Disponível em < Acesso em 30 março AZUMA, Eduardo Akira. A intimidade e a vida privada frente às novas tecnologias da informação. Artigo disponível em Acesso em: 11 junho Cicarelli vs. Youtube: novos desafios para o direito. Disponível em < Acesso em 30 março CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 4 a Coimbra: Almedina, ed. DOMINGUES, Alessandra de Azevedo. Responsabilidade Civil e Direitos de Liberdade. Disponível em < Acesso em: 22 junho FARIAS, Edilsom Pereira. Colisão de Direitos. 2 a ed. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris Editor, FERRAZ, Tércio Sampaio. Sigilo de dados: direito à privacidade e os limites à função fiscalizadora do Estado. Revista da Faculdade de Direito de São Paulo, vol. 88, LIMBERGER, Têmis. O direito à intimidade na era da informática: a necessidade de proteção dos dados pessoais. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, Spam e outras invasões à intimidade. Disponível em < Acesso em: 21 junho MARCONI, Marina de Andrade, LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do Trabalho Científico. 6 a ed. São Paulo: Atlas, PEREIRA, Marcelo Cardoso. Direito à Intimidade na Internet. Curitiba: Juruá Editora, RODRIGUEZ, Víctor Gabriel. O caso Google e o direito à intimidade: da imprensa ao controle de informações sobre si mesmo. Disponível em < l. Acesso em 27 março 2008.

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