ESTRATÉGIAS DE REPARO EMPREGADAS NA PRODUÇÃO DAS AFRICADAS POR CRIANÇAS COM DESVIO FONOLÓGICO

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1 ESTRATÉGIAS DE REPARO EMPREGADAS NA PRODUÇÃO DAS AFRICADAS POR CRIANÇAS COM DESVIO FONOLÓGICO Repair strategies employed in the production of affricates by children with speech disorders Silvana Pereira Pegoraro 1, Fabieli Thaís Backes 2, Vanessa Pires Costa 3, Fernanda Marafiga Wiethan 4, Roberta Michelon Melo 5, Helena Bolli Mota 6 RESUMO Objetivo: investigar a ocorrência e os tipos de estratégias de reparo empregadas por crianças com desvio fonológico na produção das africadas, comparando-as entre si e quanto às variáveis faixa etária e gravidade do desvio. Método: critérios de inclusão: idade entre 4:0 e 7:11; autorização para participar da pesquisa; diagnóstico de desvio fonológico e não ter adquirido os alofones [ts] e/ou [dz] [dz], utilizando estratégias de reparo com porcentagem igual ou superior a 40%. De 197 crianças, atenderam aos critérios da pesquisa 34. Analisou-se a primeira avaliação fonológica e determinou- -se a gravidade do desvio fonológico por meio do Cálculo do Percentual de Consoantes Corretas- Revisado. Resultados: não houve diferença estatística em relação aos tipos de estratégias de reparo predominantes para a africada [ts]. Contudo, essa diferença ocorreu para [dz], sendo a dessonorização mais frequente. Quanto ao emprego de estratégias de reparo, em todos os cruzamentos realizados, percebeu-se uma tendência no predomínio do uso de estratégias para a africada [dz]. Não foi encontrada relação significante na comparação do emprego de estratégias de reparo entre os graus do desvio fonológico e faixas etárias. Conclusão: a ocorrência de estratégias de reparo para os alofones africados é baixa, sendo o alofone sonoro mais acometido do que seu par surdo, o que também foi encontrado na relação com a gravidade do desvio fonológico e as faixas etárias, porém sem significância estatística. DESCRITORES: Desenvolvimento Infantil; Desenvolvimento da Linguagem; Fala; Distúrbios da Fala; Fonoterapia (1) Acadêmica do curso de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Santa Maria UFSM Santa Maria, RS, Brasil. (2) Acadêmica do curso de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Santa Maria UFSM Santa Maria, RS, Brasil. (3) Fonoaudióloga; Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade Federal de Santa Maria UFSM, Santa Maria, RS, Brasil; Bolsista CAPES. (4) Fonoaudióloga; Mestre e Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana pela Universidade Federal de Santa Maria UFSM, Santa Maria, RS, Brasil. (5) Fonoaudióloga; Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana pela Universidade Federal de Santa Maria UFSM, Santa Maria, RS, Brasil. (6) Fonoaudióloga; Professora do Curso de Fonoaudiologia e do Programa de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade Federal de Santa Maria INTRODUÇÃO O componente fonológico da língua geralmente é estabelecido pelas crianças na fase inicial da UFSM, Santa Maria, RS, Brasil; Doutora em Linguística Aplicada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Trabalho realizado no Centro de Estudos em Linguagem e Fala CELF dos cursos de Graduação em Fonoaudiologia e Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade Federal de Santa Maria UFSM, Santa Maria, RS, Brasil. Fonte de auxílio: CNPq (Bolsa de Iniciação Científica PIBIC/ UFSM) e CAPES (Bolsa do Programa de Demanda Social). Conflito de interesses: inexistente

2 Pegoraro SP, Backes FT, Costa VP, Wiethan FM, Melo RM, Mota HB aquisição da linguagem e é formado por um sistema de fonemas contrastivos 1. Sabe-se que os fonemas são unidades capazes de distinguir significado entre itens lexicais de uma língua, enquanto os alofones são variantes dos fonemas que não alteram o significado das palavras 2. Em alguns dialetos do Português Brasileiro, as plosivas /t/ e /d/ diante da vogal /i/ e do glide /j/, sofrem a regra de palatalização, ou seja, são produzidas como africadas ([ts] e [dz]) que são variações alofônicas desses fonemas 3. Não há consenso entre os autores sobre a idade de aquisição dos alofones africados. Um autor afirma que eles surgem logo após o domínio das plosivas, entre 2:2 e 2:3 (anos:meses) 4. Para a produção das africadas, inicialmente os articuladores realizam a obstrução completa da passagem da corrente aérea e o véu palatino encontra-se elevado, assim como na produção das oclusivas. Na fase final dessa obstrução ocorre uma fricção decorrente da passagem central da corrente de ar, assim como nas fricativas 5. Durante a aquisição fonológica, as crianças apresentam substituições para qualquer classe de sons que, para elas, são de difícil produção. Essas substituições são chamadas de estratégias de reparo ou processos fonológicos e podem ser percebidas tanto no desenvolvimento típico, quanto no desviante, porém, com diferenças cronológicas, já que na presença do DF, essas perduram por mais tempo 3,6,7. Com os alofones não é diferente, pois, mesmo sendo adquiridos precocemente, são passíveis de substituições ou omissões. A substituição por oclusiva alveolar (/t/ e /d/), por sibilante alveopalatal (/s/ e /z/) ou por africada alveolar ([ts] e [dz]), além de apagamento, sonorização e dessonorização, são algumas das estratégias de reparo que podem ser utilizadas na produção das africadas À medida que a criança aprende sua língua, espera-se que tais estratégias sejam superadas. Porém, quando essas ainda estão presentes após os quatro anos de idade, na ausência de quaisquer fatores que justifiquem essa dificuldade, têm-se o desvio fonológico (DF) 11. Assim, esse transtorno linguístico ocorre na ausência de fatores etiológicos como: dificuldade geral de aprendizagem, déficit intelectual, desordem neuromotora, distúrbios psiquiátricos, problemas otológicos e/ou fatores ambientais 12. A fim de sanar essa dificuldade, deve-se realizar uma avaliação criteriosa dos sistemas fonológico e fonético da criança, considerando a presença ou ausência dos segmentos, assim como o grau de gravidade do DF, para que, posteriormente, seja realizada a melhor escolha do modelo e dos alvos para a terapia 13. O desenvolvimento do presente estudo justifica- -se pela escassez de trabalhos sobre estratégias de reparo empregadas aos alofones africados ([ts] e [dz]). Considerando-se que é de suma importância o conhecimento amplo dos sistemas fonético e fonológico de crianças com DF, espera-se que os resultados deste estudo forneçam subsídios para futuras pesquisas, assim como, contribuam para a prática clínica. Tendo por base o exposto, o objetivo deste estudo foi investigar a ocorrência e os tipos de estratégias de reparo empregadas na produção das africadas por crianças com DF, comparando- -as entre si e quanto às variáveis faixa etária e gravidade do DF. MÉTODO Este estudo foi realizado por meio da análise de amostras de fala provenientes de um banco de dados permanente de uma instituição de ensino superior. Para participar da pesquisa os sujeitos deveriam atender aos seguintes critérios: ter idade entre 4:0 e 7:11; não ter realizado terapia fonoaudiológica prévia; apresentar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pelo responsável, autorizando a participação da criança na pesquisa e permitindo a utilização dos dados para posteriores pesquisas; apresentar o diagnóstico de DF, definido após a realização de avaliações fonoaudiológicas e complementares, sendo descartados outros comprometimentos além das trocas na fala de ordem fonológica; e não ter adquirido os alofones [ts] e/ou [dz], com uma porcentagem de produção correta da africada de até 39%. Contrariamente deveria fazer uso de alguma estratégia de reparo durante a produção desses alofones, com porcentagem igual ou superior a 40%. Uma produção correta do alofone, acima ou igual dessa porcentagem, sugeriria que o fone investigado estaria adquirido ou parcialmente adquirido. Tal parâmetro foi adotado, fazendo-se uma analogia à aquisição dos fonemas no sistema fonológico, proposta em outro estudo 14. Analisou-se a primeira Avaliação Fonológica da Criança (AFC) 9 realizada com cada sujeito, anteriormente ao início da terapia fonológica. Assim, a partir da análise contrastiva, identificou-se a utilização e a porcentagem de uso das estratégias de reparo empregadas na produção dos alofones africados [ts] e/ou [dz]. Além disso, pôde-se determinar a gravidade do DF, por meio do Cálculo do Percentual de Consoantes Corretas-Revisado PCC-R 15, que não considera as distorções produzidas na contagem dos erros fonológicos e baseia-se no cálculo do Percentual de

3 Estratégias de reparo nas africadas Consoantes Corretas PCC 16. O PCC é calculado dividindo-se o número de consoantes produzidas corretamente pelo número de consoantes totais produzidas. Então, multiplica-se o valor encontrado por 100 e classifica-se o desvio em Desvio Grave (DG) (PCC < 50%), Desvio Moderado-Grave (DMG) (51% < PCC < 65%), Desvio Leve-Moderado (DLM) (66% < PCC < 85%) e Desvio Leve (DL) (86% < PCC < 100%). Das 197 crianças que fazem parte do banco de dados analisado, 34 atenderam aos critérios da pesquisa. Sendo que três crianças realizaram estratégias de reparo apenas para o alofone [ts], 19 apenas para o [dz] e 12 para ambos. Em relação a faixa etária, sete crianças estavam na faixa etária de 4:0 a 4:11, doze na faixa de 5:0 a 5:11, nove na faixa de 6:0 a 6:11 e seis na faixa de 7:0 a 7:11. Quanto à gravidade do DF, quatro apresentavam DL, doze DML, onze DMG e sete DG. Este estudo obteve aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da instituição de origem sob o registro 052/04. Após serem tabelados, os dados foram submetidos à analise estatística descritiva e inferencial. Para análise da proporção de cada variável foi utilizado o teste de hipótese para proporção, por meio da distribuição de probabilidade Binomial. Para estudar a relação entre as variáveis categóricas foram utilizados o teste Qui-Quadrado ou, quando necessário, o teste exato de Fisher (na presença de valores esperados menores que cinco, ou seja, quando menos de cinco sujeitos empregavam determinada estratégia de reparo na categoria analisada). O nível de significância adotado para os testes estatísticos foi de 5% (p<0.05). RESULTADOS Na Tabela 1 observou-se que os percentuais entre os tipos de estratégias de reparo empregadas para a africada [ts] foram equilibrados. No entanto, para o alofone [dz], a estratégia de dessonorização foi a mais frequente. Tabela 1 Percentual de uso das estratégias de reparo empregadas para [ts] e [dz] Alofone Estratégias de reparo Porcentagem Valor de p Não ocorrência de estratégias 55.88% Desafricação 17.65% Glotalização 2.94% Plosivização 14.71% p=0.882 Sonorização 5.88% Substituição por africada alveolar 2.94% Não ocorrência de estratégias 8.82% Desafricação 23.53% Dessonorização 47.06% p<0.001* Dessonorização e ubstituição 2.94% por africada alveolar Plosivização 17.65% Teste estatístico utilizado: teste de hipótese para proporção, com nível de significância fixado em 5% (p<0,05). O asterisco indica os valores de p com significância estatística. As figuras 1 e 2, mesmo ao realizarem comparações distintas entre o emprego das estratégias de reparo para a produção dos alofones africados, apresentaram uma tendência no predomínio do uso de estratégias para a africada [dz]. Por último, não foi encontrado relação significante entre o emprego de estratégias de reparo para os alofones africados e os diferentes graus do DF e faixas etárias (Tabela 2). DISCUSSÃO Foi consideravelmente baixo o número de crianças que realizaram estratégias de reparo para a produção dos alofones africados. Um estudo, cujo objetivo foi investigar a aquisição fonológica em uma população de crianças com desenvolvimento fonológico típico, também revelou que um número pequeno de crianças apresentou alterações na produção dos alofones [ts] e [dz] 17.

4 Pegoraro SP, Backes FT, Costa VP, Wiethan FM, Melo RM, Mota HB Teste estatístico utilizado: teste de hipótese para proporção, com nível de significância fixado em 5% (p<0,05). [ts] (p=0.493); [dz] ( p<0.001) Figura 1 Emprego de estratégias de reparo para os alofones africados. Teste estatístico utilizado: teste de hipótese para proporção, com nível de significância fixado em 5% (p<0,05). p=0.493 Figura 2 Comparação entre o percentual de emprego de estratégias de reparo para [ts], [dz] e, [ts] e [dz] concomitantemente Em outro trabalho, observou-se que tais sons são adquiridos em fase bastante inicial, já que as crianças da faixa etária de dois anos já produziam as africadas em sílaba tônica 18. Já outros autores 17, analisaram a aquisição fonológica em crianças de classe econômica alta e, baseados nos resultados desse estudo, afirmaram que os alofones africados [ts] e [dz] são adquiridos na faixa etária de três anos de idade, apesar de ter sido observada grande variabilidade de produção entre as crianças. Assim, pode-se inferir que a baixa ocorrência de estratégias de reparo encontrada no presente estudo, esteja relacionada à aquisição precoce desses segmentos.

5 Estratégias de reparo nas africadas Tabela 2 Emprego de estratégias de reparo para os alofones africados de acordo com a gravidade do DF e a faixa etária Alofone Graus do DF Faixa etária (s) DL DLM DMG DG 4a 5a 6ª 7a 0% 16.67% 9.09% 0% 0% 8.33% 0% 33.33% 0% 58.33% 63.64% 71.43% 71.43% 50.00% 66.67% 33.33% e 100% 25.00% 27.27% 28.57% 28.57% 41.67% 33.33% 33.33% n = p=0.156 p=0.549 Legenda: DL = desvio leve; DLM = desvio levemente moderado; DMG = desvio moderadamente grave; DG = desvio grave; n = número de crianças; % = porcentagem. Testes estatísticos utilizados: teste Qui-Quadrado ou, quando necessário, o teste exato de Fisher (na presença de valores esperados menores que 5), com nível de significância fixado em 5% (p<0,05). Quanto à diferença entre o emprego de estratégias de reparo para [ts] e para [dz], houve um percentual significantemente maior para produções inadequadas do alofone sonoro [dz]. Uma pesquisa indica que os fonemas surdos são adquiridos antes dos fonemas sonoros, por serem mais fáceis de a criança produzir, com exceção da classe das fricativas 19. Além disso, o valor negativo para o traço [voz] é menos marcado na língua portuguesa do que o valor positivo, portanto, os fonemas sonoros teriam sua produção dificultada 12. Isso ocorre devido ao fato de que para uma adequada produção desses segmentos, o falante deve aprender a produzir todos os gestos glóticos e supraglóticos necessários e coordená-los em um intervalo de tempo bastante preciso, sugerindo maior dificuldade de superação da estratégia Ressalta-se que a estratégia de reparo mais utilizada pela amostra foi a dessonorização, alteração que envolve o traço [+voz], confirmando as dificuldades de produção citadas anteriormente. Um trabalho que buscou traçar um percurso de aquisição das africadas alveopalatais no Português Brasileiro, encontrou como estratégias de reparo aplicadas a essas, substituição pelas oclusivas /t/ e /d/, por sibilantes e por africadas alveolares ([ts] e [dz]) e, ainda, o cancelamento (ou omissão). Dessas, a mais empregada foi a substituição por oclusivas, ou plosivização 8. Estudos encontraram que os alofones africados e os fonemas fricativos são os mais acometidos por tal estratégia 23,24. Esses dados divergem do presente estudo, o qual mostrou predomínio de dessonorização para a africada sonora e de desafricação para a africada surda. Quanto à ocorrência de estratégias de reparo para os alofones africados nas diferentes faixas etárias, percebeu-se predomínio no emprego de estratégias para [dz] na maioria das faixas analisadas (quatro, cinco e seis anos). Diferentemente, da faixa etária de sete anos, a qual apresentou um equilíbrio entre o emprego de estratégias para [ts], [dz] e, [ts] e [dz] concomitantemente. Visto que as crianças mais jovens empregaram mais estratégias para o alofone [dz] e a estratégia de dessonorização foi a mais utilizada nesse caso, o presente trabalho pode ser relacionado com um estudo 25 sobre tal estratégia, no qual se encontrou que as faixas etárias mais altas apresentaram percentuais mais baixos de dessonorização. Quanto à gravidade do DF, pode-se observar que na maioria dos graus houve predomínio do emprego de estratégias de reparo para o [dz], provavelmente devido às dificuldades de produção do traço [+voz], já mencionadas anteriormente 12, Além disso, mesmo na ausência de resultados significantes, pode-se inferir que os graus intermediários do DF, DLM e DMG, apresentam, homogeneamente, um maior número de crianças com dificuldade na produção dos alofones africados, contrariamente ao observado no DL. Pouco se tem investigado a respeito das estratégias de reparo empregadas na produção dos alofones africados. Os resultados aqui expostos pretendem fornecer aos fonoaudiólogos mais subsídios para a adequada caracterização das alterações de fala das crianças. CONCLUSÃO A partir dos resultados, pôde-se concluir que a ocorrência de estratégias de reparo para os alofones africados é baixa, sendo o alofone sonoro mais acometido do que seu par surdo, o que também foi encontrado na relação com a gravidade do DF e as faixas etárias, porém sem significância estatística. A grande maioria das pesquisas de Fonologia Clínica dedicam-se ao estudo dos fonemas e de seus traços distintivos, todavia, durante a rotina fonoaudiológica também são identificadas alterações

6 Pegoraro SP, Backes FT, Costa VP, Wiethan FM, Melo RM, Mota HB quanto aos alofones africados. Acredita-se que o presente trabalho ao se deter na análise das estratégias de reparo das africadas [ts] e [dz] no DF, possibilita a seleção de práticas terapêuticas mais eficazes nesses casos. Já que, à medida que se conhece um problema em profundidade, podem-se encontrar soluções para o mesmo de maneira mais rápida e efetiva. ABSTRACT Purpose: to investigate the occurrence and the types of repair strategies employed by children with speech disorders in the production of affricates, comparing them with each other and variables such as age and speech disorder severity. Method: inclusion criteria: age from 4:0 to 7:11; authorization for participating in the research; diagnosis of speech disorder and not having acquired allophones [ts] and [dz], using repair strategies with percentage equal or greater than 40%. Out of 197 children, 34 met the research criteria. The first phonological evaluation was analyzed and the speech disorder severity was defined through the Percentage of Correct Consonants-Revised. Results: no statistical significance was found concerning the types of repair strategy predominant by the affricate [ts]. However, this difference was statistical significant for [dz], being the devoicing more frequent. Regarding the employment of repair strategies, in all performed crossings, we noticed a trend to the prevalence of repair strategies to use the affricate [dz]. No statistical significance was found in the comparison of the repair strategies among the severity degrees of phonological disorder and ages. Conclusion: the occurrence of repair strategies to the affricate allophones is low, being the voiced allophone more affected than its voiceless pair. That occurrence was also found in the relationship with the phonological disorder severity and ages, however without statistical significance. KEYWORDS: Child Development; Language Development; Speech; Speech Disorders; Speech Therapy REFERÊNCIAS 1. Attoni TM, Albiero JK, Berticelli A, Keske-Soares M, Mota HB. Onset complexo pré e pós-tratamento de desvio fonológico em três modelos de terapia fonológica. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2010;15(3): Matzenauer CLB, Miranda ARM. Aquisição de fonemas e alofones: bottom-up ou top-down? Veredas (UFJF). 2008; Psicol Refl ex Crit. (2): Lamprecht RR. (Org.). Aquisição fonológica do português: perfil de desenvolvimento e subsídios para terapia. Porto Alegre:Artmed; Ilha SE. O desenvolvimento fonológico do português em crianças com idades entre 1:8 e 2:3 [dissertação]. Porto Alegre: PUCRS Instituto de Letras e Artes; Cristófaro-Silva T. Fonética e fonologia do português: roteiro de estudos e guia de exercícios. 4. ed. São Paulo:Contexto; Wertzner HF, Alves RR, Ramos ACO. Análise do desenvolvimento das habilidades diadococinéticas orais em crianças normais e com transtorno fonológico. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2008;13(2): Ghisleni MRL, Keske-Soares MK, Mezzomo CL. O uso das estratégias de reparo, considerando a gravidade do desvio fonológico evolutivo. Rev CEFAC. 2010;12(5): Guimarães DMLO. Aquisição segmental do português: uma abordagem dinâmica. Fórum Lingüístico. 2008;5(1): Yavas M, Hernandorena CLM, Lamprecht RR. Avaliação fonológica da criança: reeducação e terapia. Porto Alegre:Artes Médicas; Othero G. Processos fonológicos na aquisição da linguagem pela criança. Rev Virtual de Estudos da Linguagem. 2005;3(5): Spíndola RA, Payão LMC, Bandini HHM. Abordagem fonoaudiológica em desvios fonológicos fundamentada na hierarquia dos traços distintivos e na consciência fonológica. Rev CEFAC. 2007;2(9): Mota HB. Aquisição segmental do português: um modelo implicacional de complexidade de traços [tese]. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Letras; 1996.

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