Wilma Kempinas_IBB UNESP Embriologia Humana 2013
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- Alexandre Borges Camarinho
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1 Embriologia Humana Curso de C. Biomédicas 2013 Dep.. de Morfologia IBB/UNESP Profa.. Dra. Wilma De Grava Kempinas Material para fins didáticos e de uso exclusivo dos alunos do 2º. ano do curso de C. Biomédicas do IB Botucatu UNESP. Outros usos ou reprodução não estão autorizados. Aparelho Ocular Derivado ectodérmico, mesodérmico e das células da crista neural Sequência de induções 1. Ectoderme Retina e nervo óptico se formam do cálice óptico, que é uma evaginação da ectoderme neural do diencéfalo Cristalino se forma da ectoderme epidermal 2. Mesênquima da região da cabeça forma revestimento vascular e fibroso do olho (anexos e túnicas), com 1 participação de células da crista neural 2 Desenvolvimento do Aparelho Ocular Fatores de transcrição: proliferação e diferenciação das células precursoras da retina O primórdio do olho aparece no início da 4a. semana Source: como Fitzgerald, um par M. de J. T. sulcos ópticos que se formam na linha média das extremidades and M. Fitzgerald craniais Human expandidas Embryology. das dobras neurais Bailliere Tindall (W.B. Saunders), Philadelphia. Sulco Óptico Fatores de crescimento de fibroblastos: diferenciação das células ganglionares da retina Fatores indutores 3 Neurulação (vistas dorsais) 4 1
2 Com o fechamento do tubo neural os sulcos formam A evaginações no prosencéfalo: placa da lente as vesículas ópticas, que por ves. óptica sua vez induzem a formação da placa da lente. A formação das vesículas é induzida pelo mesênquima cefálico adjacente. Source: Fitzgerald, M. J. T. and M. Fitzgerald Human Embryology. Bailliere Tindall (W.B. Saunders), Philadelphia. haste óptica diencéfalo 5 As vesículas ópticas invaginam para formar os cálices ópticos, de parede dupla A luz dos cálices vai gradualmente sendo reduzida entre as duas camadas, que formarão a retina. A placa do cristalino invagina para o interior do cálice óptico. 6 Desenvolvimento inicial do cristalino (lente) e cálice óptico A vesícula da lente se forma pela invaginação da ectoderme epidermal. Note o espessamento da camada mais interna. A retina nervosa (sensível à luz) e a retina pigmentar se formam a partir da ectoderme neural (paredes do cálice óptico). Camada pigmentar Source: Hopper, A. F. haste óptica and N. H. Hart Foundations of Animal Development. 2nd ed. Oxford Univ. Press. Camada nervosa 7 fissura óptica Sulcos lineares (fissuras ópticas) formam-se na superfície ventral do cálice e ao longo da haste óptica. O mesênquima que penetra as fissuras dá origem aos vasos hialóides (artéria e veia). Cálice Óptico e Fissura Óptica ou Fissura coróide Source: Hopper, A. F. and N. H. Hart Foundations of Animal Development. 2nd ed. Oxford Univ. Press. 8 2
3 Vasos hialóideos Artéria hialóide supre: a camada interna do cálice óptico vesícula do cristalino o mesênquima do cálice óptico Veia hialóide: recolhe o sangue dessas estruturas As porções do olho derivadas do mesênquima têm vascularização própria Com a fusão das bordas da fissura óptica os vasos hialóideos são englobados dentro do nervo óptico Lens Lumen of optic stalk Hyaloid vessels in optic fissure Inner layer of optic stalk (containing axons of ganglion cells) ves. lente vasos hialóideos A Level of section B Optic stalk B Mesenchyme córnea cálice óptico fissura óptica 9 10 As partes distais dos vasos hialóideos degeneram, mas as partes proximais não só persistem como a artéria e veia centrais da retina, como ramificam-se para irrigar a coróide. Lente Artéria e veia central da retina Nervo óptico E F Nervo óptico Artéria e veia central da retina
4 A lente torna-se avascular e depende da difusão do humor aquoso e do humor vítreo para sua nutrição Desenvolvimento do Cálice óptico e formação da Retina Cálice óptico Camada externa: retina pigmentar Torna-se mais fina Em torno da 6a. semana apresenta grânulos de melanina Camada interna: retina sensorial Torna-se mais espessa Camadas marginal, manto e ependimária 4/5 da retina - porção óptica 1/5 da retina - porção cega, uniestratificada originaporções ciliare irídica Cones e bastonetes - porção óptica da retina adjacentes ao espaço intra-retiniano os impulsos luminosos passam pela maioria das camadas da retina antes de alcançar as células fotorreceptoras cones e bastonetes Histogênese da retina nervosa A retina madura tem 3 camadas de células nervosas 1. Células ganglionares 2. Neurônios bipolares 3. Cones e bastonetes (receptores sensíveis à luz) 3 Células ganglionares são as primeiras a se diferenciar 2 Se formam na superfície da retina Cones e bastonetes são as últimas a se diferenciar Estão localizados mais profundamente, próximos da camada pigmentar da retina
5 Lente (Cristalino) Se forma a partir da ectoderme epidermal Primórdio: placa do cristalino, por indução da vesícula óptica Próxima etapa: vesícula da lente (invaginação para o interior do cálice óptico) A vesícula da lente se fecha e desprende da ectoderme de revestimento Desenvolvimento do Aparelho Ocular na 6a. semana Células da parede posterior da vesícula da lente se alongam em direção anterior e formam longas fibras que gradualmente preenchem a luz da vesícula (fibras primárias). Desenvolvimento do Aparelho Ocular na 7a. semana À medida que as fibras da lente se diferenciam e alongam a cavidade da lente Epitélio da lente: se forma da camada externa da vesícula da lente. Source: Hopper, A. F. and N. H. Hart Foundations of Animal Development. 2nd ed. Oxford Univ. Press. desaparece. Source: Hopper, A. F. and N. H. Hart Foundations of Animal Development. 2nd ed. Oxford Univ. Press
6 Desenvolvimento das fibras do cristalino. Posteriormente o cristalino torna-se translúcido. posterior anterior Íris e Corpo Ciliar Modulaçãodaquantidadede luzque incidesobrea retina Parte anterior ou bordado cáliceóptico Epitéliodaíris - contínuocom a coroide A camada interna da írise corpociliar é contínua com a retina nervosa A camada externa, pigmentada, é contínua com a retina pigmentar Estroma da íris - deriva das cristas neurais coroide camada pigmentar da retina camada nervosa da retina corpo ciliar íris Íris Os músculos esfíncter* e dilatador da pupila** se formam no estroma (mesênquima) a partir da neuroectoderme do cálice óptico melanina somente na superfície posterior - azul melanina também no estroma da íris - castanho mesênquima O mesênquima originário a partir das cristas neurais dá origem à porção muscular do corpo ciliar Músculos ciliares alteram a tensão nos ligamentos suspensores da lente (se formam da ectoderme neural) controlando a sua curvatura, permitindo ajustes na distância de foco lente ** *
7 Câmaras Aquosas do Olho Câmara Anterior: espaço com aspecto de fenda gerado no mesênquima entre o cristalino e a córnea em formação. Câmara Posterior: espaço no mesênquima posterior à íris em formação e anterior ao cristalino em desenvolvimento. Quando a membrana iridopupilar desaparece e a pupila se forma, as câmaras passam a comunicar-se. Corpo Vítreo: entre o cristalino e a camada nervosa da retina Câmaras Aquosas do Olho Humor aquoso: preenche as câmaras anterior e posterior mesênquima produzido pelos processos ciliares mantém a pressão intra-orbitária Humor vítreo: preenche o corpo vítreo primário: células mesenquimais das cristas neurais; secundário: origem incerta (camada interna do cálice óptico) preenche o corpo vítreo - gelificado e transparente mantém a lente em suspensão A câmara anterior divide o mesênquima em membrana pupilar (ou iridopupilar) e substância própria da córnea. A membrana iridopupilar desaparece posteriormentre, estabelecendo contato entre as câmaras anterior e posterior. Lente Espaço (futura câmara anterior) Ectoderme Córnea Membrana pupilar Câmara anterior Câmara Posterior Vitreous body Tunica vasculosa lentis Ciliary body Anterior chamber Eyelids fused Cornea Conjunctival sac Lens epithelium Pigment epithelium of retina Neural layer of retina Scleral venous sinus Iris Cornea Suspensory ligament of lens A Mesoderme B C Sclera Vascular plexus of choroid Equatorial zone of lens Central artery of retina Hyaloid canal Ciliary body D
8 Anexos ou Túnicas do Olho córnea esclera Anexos ou Túnicas do Olho Esclera (tecido fibroso que envolve o olho) mesênquima proteção (comparável à dura-máter) fibrosa, molda o globo ocular e permite adesão firme aos músculos que movimentam os olhos esclera córnea coroide 29 Anexos ou Túnicas do Olho Córnea ectoderma epidermal e mesênquima contínua com a esclera, sobre a lente e íris indução pela vesícula da lente auxilia o cristalino enfocar os raios luminosos sobre a retina posteriormente torna-se transparente Anexos ou Túnicas do Olho Coroide (camada vascular interna) mesênquima (principalmente de origem das cristas neurais) induzido pelo cálice óptico. Compara-se à pia-máter do SNC importante para a nutrição da retina pigmentada - presença de melanócitos forma parte da íris e corpo ciliar esclera córnea córnea esclera coroide 32 8
9 Anexos ou Túnicas do Olho Coroide Córnea Esclera Estruturas acessórias do olho Pálpebras: pregas ectodérmicas com uma porção central mesenquimatosa 6a. semana - início do desenvolvimento 10a. a 28a. semanas (2o. ao 7o. meses) - pálpebras aderidas saco conjuntival conjuntiva (recobre internamente a pálpebra) músculos e tecido conjuntivo: mesênquima Cílios e glândulas: ectoderme glândulas lacrimais: brotos maciços de ectoderme na região superior das órbitas ao nascimento são pequenas e não funcionam plenamente até o 2o. mês de vida as lágrimas não estão presentes com o choro até 1 a 3 meses 34 Início do desenvolvimento das pálpebras (6 semanas) Desenvolvimento do Olho (11 semanas) Source: Hopper, A. F. and N. H. Hart Foundations of Animal Development. 2nd ed. Oxford Univ. Press. 35 Conjuntiva Source: Hopper, A. F. and N. H. Hart Foundations of Animal Development. 2nd ed. Oxford Univ. Press. Saco conjuntival 36 9
10 Feto humano Origem embrionária das estruturas oculares Neuroectoderme do Prosencéfalo Retina, fibras do nervo óptico, músculos e epitélio da íris, Dobras palpebrais Córnea Câmara anterior Lente Camada nervosa da retina Camada pigmentar da retina Esclera Espaço intra-retiniano corpo ciliar Ectoderme na borda do cálice óptico: músculos esfíncter e dilatador da íris Ectoderme epidermal: cristalino, epitélio das glândulas lacrimais, pálpebras, conjuntiva e córnea Futura região da íris Corpo vítreo Origem embriológica das estruturas oculares Mesênquima: músculos oculares (exceção aos músculos da íris), tecido conjuntivo e vascular da córnea, íris, corpo ciliar, coroide e esclera. Células da crista neural: contribuem para a formação da coroide, esclera e endotélio da córnea. Neuroplasticidade e o Aparelho Ocular Plasticidade neuronal e cortical, mesmo em indivíduos adultos Diminuição da progressão da miopia através do uso gradual de lentes adicionais e drogas oftalmológicas Ambliopia ( olho preguiçoso ) início do uso de óculos, mesmo em idades mais tardias É possível alterar algumas disfunções visuais, com o uso de lentes apropriadas Retina criada a partir de células-tronco
11 Neuroplasticidade e o Aparelho Ocular Neuroplasticidade e o Aparelho Ocular Pesquisa ainda pequena na área Melhora das funções cerebrais através de alimentos funcionais Passado: óleo de fígado de bacalhau Presente: ácidos graxos ômega 3 efeitos sistêmicos positivos e sobre os olhos Medicamentos que podem aumentar a neuroplasticidade Antidepressivos: fluoxetina, tianeptina Hormônio glicoproteico: eritropoietina L-arginina: precursor da síntese de creatinina Malformações do Aparelho Ocular Período crítico: do 22o. ao 50o. dias Anoftalmia - ausência de olho Microftalmia - olho atrófico Catarata congênita - opacidade do cristalino Coloboma da íris - persistência da fenda coróide Coloboma palpebral Coloboma da retina Glaucoma congênito - problema de drenagem do humor aquoso Ptose congênita - queda das pálpebras Persistência da artéria hialóidea Descolamento congênito da retina Afacia congênita - ausência do cristalino Ciclopia - fusão total ou parcial dos esboços oculares 43 Ciclopia associada a um apêndice em forma de probóscide Onfalocele 44 11
12 Coloboma bilateral da íris Catarata congênita bilateral em virtude do vírus da rubéola
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