DIREITO EMPRESARIAL I

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Faculdade de Direito DIREITO EMPRESARIAL I Professor Eduardo Goulart Pimenta Carolina Paim Silva Monitoras: Maria Raquel Melo (mariamelo@gmail.com) e Ana Paula Fonseca (ana.paula.mbcf@gmail.com) Conteúdo A atividade empresarial é, atualmente, o centro da economia brasileira. O Direito Empresarial, então, estuda as normas jurídicas que disciplinam a atividade empresarial. Será estudada a Teoria Geral do Direito Empresarial. Legislação O Direito Empresarial está disciplinado no Código Civil, em seu Livro II. Lei n. 8934/94: registro público de empresas mercantis. Lei n : código da propriedade industrial. Sugestões bibliográficas Fábio Ulhoa Coelho: "Curso de Direito Comercial", vol. I e II (parte da teoria geral do direito societário); Marlon Tomazette: "Curso de Direito Empresarial", vol. I; Ricardo Negrão: "Curso de Direito Comercial e da Empresa", vol. I; Clássicos: Rubens Requião e Fran Martins; Alfredo de Assis Gonçalves Neto: "Direito de Empresa" - comentários ao livro II do Código Civil. Avaliações Primeira avaliação: 16/09 Segunda avaliação: 21/10 Terceira avaliação: 18/11 Exame especial: 25/11 1 DE 44

2 I. ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA O Direito Empresarial nasce de uma razão econômica e não metodológica. (a) Comércio É atividade econômica; É o conjunto de atividades humanas que se dedicam à intermediação de bens de natureza móvel com o intuito de gerar lucro. Todo bem tem um produtor e um consumidor, como pontos da cadeia produtiva econômica. O comércio, assim é a atividade que media a circulação dos bens dentro da cadeia produtiva. Há de se ressaltar que a definição traz apenas bens moveis já que as origens do direito empresarial remontam à Idade Média e naquela época a relação dos homens e do direito com os bens imóveis era inegavelmente diferente. Hoje, pode-se falar em comércio de bens imóveis. No comércio, há sempre o objetivo de lucro. (b) Direito Comercial É direito de origem medieval e privada. São as normas criadas que disciplinam o regime jurídico comercial e as pessoas que se dedicam ao comércio. As relações entre os membros das corporações passam a ser regidas pelos usos e costumes (direito consuetudinário) dos comerciantes. As normas civis, à época, eram muito rígidas e pouco práticas à atividade comercial, que exigia flexibilidade e agilidade. Há, então, uma cisão no direito privado entre as normas gerais (direito civil) e o direito comercial. (c) Perfil objetivo Código Comercial francês (1807): havia códigos distintos para disciplinar as normas civis e as normas comerciais, mostrando a cisão já consolidada anteriormente. Nesse texto legal, as normas se aplicariam apenas a um grupo específico de pessoas, os comerciantes. Percebe-se, portanto, que ainda há uma subjetividade - vinda do medievo - no direito comercial. Atos de comércio: substituíram o código comercial, sendo o direito comercial agora aplicado a um conjunto de atos jurídicos e não a uma classe específica de pessoas. - O direito comercial passa a ser embasado de forma objetiva e de acordo com o princípio da igualdade formal. - Os atos de comércio eram definidos legalmente e não mais pela doutrina. 2 DE 44

3 Código Comercial brasileiro (1850) - Teve grande influência da legislação comercial francesa - O termo usado pelo código brasileiro foi mercancia e não ato de comércio, por influência portuguesa, que não era definido na legislação. Regulamento 737/1850: foi editado para tratar de processo comercial (tribunais de comércio e de direito civil eram distintos). - Art. 19: definia o que vinha a ser mercancia - A doutrina e a jurisprudência brasileiras passaram a usar esse regulamento como referência de definição de atos de mercancia. - Com o fim dos tribunais de comércio, o regulamento foi revogado em 1875, mas o art. 19 permaneceu vigente como referência conceitual. (d) Empresa Código italiano (1942): - Foi o primeiro código a usar a empresa como novo centro do código comercial, que agora passaria a ser conhecido como direito empresarial. - Positivou a empresa como critério de definição do objeto das normas comerciais. Perfis da empresa (Asquini): - Subjetivo: empresa é o sujeito de direito ou agente econômico, dotado de capacidade de exercer atividades econômicas. Nesse sentido, há a pessoa física e a pessoa jurídica. - Objetivo: empresa é confundida com o complexo de bens usado pelo sujeito para praticar as atividades econômicas, configurando-se como o perfil patrimonial da empresa. - Funcional: empresa é a própria atividade praticada pelo agente econômico. - Corporativo: Código Civil brasileiro (2002): - Foi inspirado no código italiano de Vem de um projeto de Art. 966: foi fortemente influenciado pela definição de empresa trazida pela legislação italiana da década de Empresa no código civil não é sujeito de direitos, esse agente é o empresário (sendo pessoa física ou jurídica). Art Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços. - Empresa no código civil não é um complexo de bens usado na atividade econômica, que é definido como estabelecimento. Art Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, ou por sociedade empresária. - A empresa, então, é a "atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços", definição deduzida do art DE 44

4 II. EMPRESÁRIO: CARACTERIZAÇÃO (a) Sujeito de direito O empresário é antes de tudo um sujeito de direitos, caracterizado pela sua atividade profissional ("atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços" 1); Pessoa física: - Deve ser capaz; - Empresário individual: exerce a atividade empresarial em seu nome. Pessoa jurídica: - Duas ou mais pessoas fazem um contrato, criando uma sociedade e originando, consequentemente, uma pessoa jurídica; - A pessoa jurídica exerce a atividade em seu nome e não em nome de seus sócios; - A pessoa jurídica empresária exerce a atividade empresarial em forma de sociedade empresária; - Sociedades limitadas (Ltda.): não tem ações; - Sociedades anônimas (S.A.): têm ações. (b) Atividade: a empresa Objeto: "produção ou circulação de bens ou serviços" ou prestação de serviços lícita; Forma: - A constituição de uma empresa pressupõe uma organização constante, na perenidade de produção, circulação ou prestação de bens ou serviços; - Fatores de produção básicos: capital, trabalho, matéria prima e tecnologia. Finalidade: lucro; Risco econômico: a pessoa, ao exercer a empresa, assume todo o risco de sucesso ou insucesso da atividade (c) Elemento de empresa: art. 966, parágrafo único Parágrafo único, art Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Essas atividades foram afastadas do direito empresarial uma vez que todas essas atividades são de natureza personalíssima; Não há que se falar que eles não visam lucro; "Salvo se constituir elemento de empresa": se for descaracterizado o caráter personalíssimo da atividade, ela será empresa. (d) Inscrição ou registro público: art. 967 a art. 969 Todo empresário, antes mesmo do inicio da sua atividade, deve realizar sua inscrição no órgão público de Registro de Empresas Mercantis e Atividades Afins; Art É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. 1 Art DE 44

5 Local: faz-se a inscrição na Junta Comercial, que é o órgão público de Registro de Empresas Mercantis; Momento/prazo: a inscrição deve ser realizada antes do início da atividade empresarial; Efeito: figurando-se entre as exigências legais para o exercício da atividade empresarial, a ausência de registro ou inscrição é uma das formas de configurar um empresário enquanto irregular; O que torna alguém empresário não é o registro na Junta Comercial, mas sua atividade; O registro na Junta Comercial é declaratório, ou seja, é um ato de regularização da atividade do empresário e não constitutivo, ou seja, não torna ninguém empresário. (e) Empresário: art. 966 É o agente econômico, o sujeito, uma pessoa (física ou jurídica) dotada de capacidade; Alguém é caracterizado enquanto empresário pela atividade por ele exercida; Regular: aquele que exerce a atividade empresarial atendendo a todas as exigências formais feitas pela legislação; Irregular: aquele empresário que está no exercício da atividade empresarial, mas negligencia uma ou mais das exigências formais impostas pela legislação. - Exemplo: feirante que exerce sua atividade sem estar registrado na Junta Comercial; - Um empresário, mesmo que irregular, tem sua atividade regida pelo direito empresarial e não pelo direito civil; - É importante ressaltar que tanto o empresário regular quanto o irregular exercem a atividade empresarial, o que os coloca sob a regulamentação do direito empresarial, mas o empresário que é irregular, em vista de sua irregularidade, não é protegido pelo direito empresarial, ou seja, ele não pode invocar os benefícios trazidos pela lei empresarial, para ele recaem apenas os ônus. (f) Tratamento favorecido: art. 970, CC Art A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes. Microempresa: é caracterizada pelo seu faturamento bruto anual; Empresa de Pequeno Porte: também é caracterizada por um valor específico de faturamento bruto anual; É importante ressaltar que a microempresa e a empresa de pequeno porte não são tipos de empresas, mas empresas caracterizadas por um faturamento bruto anual inferior a um valor específico; A lei estipula formas mais brandas de cumprimento de obrigação para as microempresas e as empresas de pequeno porte, entendidas como um tratamento favorecido; A lei geral das microempresas veda a possibilidade de uma S.A. de ser uma microempresa, excepcionalmente. (g) Empresário rural: art. 971, CC Art O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro. 5 DE 44

6 Caracterização: aquele que faz da atividade agrícola ou pecuária 2 a sua principal atividade econômica; é o antigo "produtor rural"; Regime jurídico: o empresário rural é o único tipo de empresário que tem a prerrogativa de optar entre o direito civil e o empresarial como regime jurídico. O empresário rural só estará sob o regime jurídico empresarial se se registrar na Junta Comercial, não fazendo a inscrição, ele estará sob o regime jurídico civil; Assim, o registro no caso de empresários rurais é constitutivo e não meramente declaratório. III. EMPRESÁRIO INDIVIDUAL (a) Caracterização e capacidade: art. 972, CC É aquele empresário que é pessoa física; o sujeito que realiza as atividades empresárias em seu nome e o que responde pelos riscos é o patrimônio da própria pessoa; A capacidade empresarial é requerida para constituição de empresário individual; A capacidade empresarial é defina conforme a capacidade civil. Art Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos. - Assim, os emancipados podem ser empresários individuais (Art. 976), basta que provem sua emancipação; (b) Impedimentos: art. 973, CC Art A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas. Os impedidos não são incapazes; Impedidos são aqueles que, apesar de serem civil e empresarialmente capazes, não podem ser empresários pela incompatibilidade de suas atividades ou cargos com o exercício da atividade empresarial; - Exemplo: juízes; promotores; militares na ativa; servidores públicos. Os impedimentos devem estar expressos em lei de maneira taxativa; O código civil não elenca os impedidos, eles são elencados nas leis específicas que regulamentam cada carreira; Há impedimentos que são totais e há os que são apenas parciais, ou seja, restritos a um tipo específico de atividade empresarial; - Exemplo: o médico não pode comercializar produtos farmacêuticos. (c) Incapaz: art. 974, CC A princípio, o incapaz está fora do direito empresarial; Sócio: o incapaz pode ser sócio de uma empresa, já que nesse caso quem é empresária é a sociedade e não diretamente o sócio; Há casos, no entanto, que um incapaz pode vir a se tornar um empresário individual. É o caso de continuação da empresa: por herança ou por incapacidade superveniente. 2 Por analogia, pode-se considerar também a atividade extrativista. 6 DE 44

7 Art Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. - Representação: para concretização dessa hipóteses, o incapaz deve estar devidamente representado; - Autorização: deve haver uma autorização judicial para que a empresa continue com o incapaz. Essa autorização é prévia e revogável; Art º Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros. - Responsabilidade: há uma exceção à responsabilidade do empresário individual que é incapaz, já que, via de regra, o empresário individual responderá ilimitadamente pela atividade empresarial, mas o empresário individual incapaz tem responsabilidade limitada; Art º Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização. (d) Sociedade entre cônjuges: art. 977 Art Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória. A sociedade entre cônjuges não é possível em qualquer caso, dependerá do regime de bens do casamento; Aqueles cônjuges que são casados em separação obrigatória de bens ou comunhão universal de bens não podem ser sócios entre si, mesmo que haja outros sócios na sociedade; Se os cônjuges forem sócios em um desses dois regimes de bens, a sociedade será nula; Sócios casados em um desses regimes antes de 2003: - Tese do ato jurídico perfeito: a lei não pode afetar atos jurídicos perfeitos praticados anteriormente; - Fábio Ulhôa Coelho: o casamento não pode ser interpretado como ato jurídico perfeito, já que seus efeitos se prolongam no tempo; - O Departamento Nacional de Registros Comercial entendeu (e a jurisprudência acompanhou), por fim, que a tese mais correta seria a do ato jurídico perfeito. (e) Empresário individual casado: art. 978 Art O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real. O empresário individual casado pode alienar bens imóveis usados na atividade empresarial sem o consentimento de seu cônjuge, o que é interpretado como uma exceção à regra 7 DE 44

8 imposta pela lei civil que entende que toda alienação de bens por um cônjuge precisa de ter a ciência e consciência do outro; Isso se dá porque entende-se que os bens usados na atividade empresarial nada tem a ver com o cônjuge do empresário individual. IV. EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA (a) Lei n /2011: art. 980-A, CC Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. A lei n /2011 veio preencher uma enorme lacuna existente no Direito Empresarial, que eram as sociedades de fachadas; A lei criou, então, a figura do empresário individual de responsabilidade limitada. (b) Personalidade: art. 44 (c) Capital Mínimo: 100 vezes o salário mínimo vigente no País. (d) Nome: ao final do nome civil do investidor será acrescentada a sigla EIRELI para fins empresárias e identificação da pessoa jurídica. (e) Constituição: A EIRELI é resultado de uma manifestação unipessoal; Art. 44. São pessoas jurídicas do Direito Privado: VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. Art. 980-A. 1º. O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada. A EIRELI é constituída através do registro por parte de uma pessoa física na Junta Comercial; Entende-se que pessoas jurídicas também podem criar EIRELIs e uma liminar já foi concedida nesse sentido, entretanto o DNRC entende que apenas pessoas físicas podem criar EIRELIs, na instrução normativa 117, que ainda está em vigor; Pessoas físicas só podem criar uma EIRELI, enquanto as pessoas jurídicas poderiam criar mais de uma; Art. 980-A. 2º. A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. Se se interpreta que pessoas jurídicas podem criar EIRELIs, fica a dúvida: EIRELIs podem criar EIRELIs? Concentração: na hipótese de exclusão de um sócio, o sócio remanescente pode optar por transformar sua sociedade em uma EIRELI ao invés de reestabelecer o número mínimo de sócios novamente; Art. 980-A. 3º. A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração. 8 DE 44

9 (f) Objeto e regime jurídico: A EIRELI é só para atividades de natureza empresarial? Não, podem ser criadas EIRELIs para serviços de qualquer natureza, podendo ser artístico, intelectual, esportivo, etc. Art. 980-A. 5º. Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional. EIRELIs com fins que não empresárias são registradas no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, já que essas pessoas jurídicas serão regidas pelo Direito Civil. (g) Regras supletivas: O regime supletivo das EIRELIs é o que cabe às sociedades limitadas. Art. 980-A. 6º. Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas. V. SOCIEDADES (a) Contrato: art. 981 Art Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. Toda sociedade é um contrato e a primeira característica que se verifica em um contrato é a pluripessoalidade; Partes: as partes de um contrato de sociedade são denominadas sócios; 3 Prestações: os sócios se obrigam a contribuir com bens e ou serviços para a sociedade; Lucro Atividade econômica Bens e serviços Sócios Objeto: atividade de natureza econômica; Finalidade: partilha do lucro entre os sócios; 3 Sócio exclusivamente se serviços só é admitido excepcionalmente dentro do Direito Empresarial brasileiro. 9 DE 44

10 (b) Pessoa Jurídica: art. 985 Art A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150). Para se tornarem pessoas jurídicas, as sociedades devem ser registradas; Sociedades personificadas: sociedades de contrato registrado segundo as exigências do art. 985 que se tornaram, portanto, pessoas jurídicas; Sociedades não personificadas: sociedades que não foram registradas e, portanto, não foram transformadas em pessoas jurídicas; - Há dois tipos apenas de sociedades não personificadas: as sociedades em comum e as sociedades em conta de participação. (c) Classificação quanto ao objeto: art. 982 Art Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais. As sociedades só podem ser diferenciadas quanto ao seu objeto, posto que para se configurarem como sociedades, todas apresentam a mesma finalidade; Sociedade empresária: aquelas que exercem atividade empresarial, como descreve o art. 966; Art Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Sociedades simples (não empresárias): aquelas que exercem atividade não empresarial, como explicita o parágrafo único do art. 966; Art parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Há duas exceções: as sociedades anônimas e as sociedades cooperativas: - Todas as sociedades anônimas são empresárias, independentemente de seu objeto, ou seja, toda sociedade anônima é regida pelo Direito Empresarial; - Todas as sociedades cooperativas são simples, independentemente de seu objeto, ou seja, toda sociedade cooperativa é regida pelo Direito Civil; (d) Classificação quanto a responsabilidade dos sócios: art. 982 A pessoa jurídica sempre terá responsabilidade ilimitada pelas dívidas que adquire em seu nome; Sociedades ilimitadas: nessas sociedades todos os sócios garantem com seu patrimônio pessoal todas as dívidas da pessoa jurídica; - A responsabilidade dos sócios tem quatro modelos: pessoal, ilimitada, subsidiária 4, solidária; - Exemplo: sociedade em nome coletivo. 4 O sócio só responde pelas dívidas se todo o patrimônio da pessoa jurídica já tiver acabado. 10 DE 44

11 Sociedades limitadas: são as sociedades em que o patrimônio dos sócios não garante os credores da pessoa jurídica; - Exemplos: sociedades Ltda. e S.A. Sociedades mistas: há um ou mais sócios de responsabilidade limitada e um ou mais sócios de responsabilidade ilimitada; - Exemplo: sociedades comandita simples e por ações VI. REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS (a) Disciplina legal: lei nº 8934/94 É a lei que dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e dá outras providências. (b) Finalidades: art. 1º Art. 1º O Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, subordinado às normas gerais prescritas nesta lei, será exercido em todo o território nacional, de forma sistêmica, por órgãos federais e estaduais, com as seguintes finalidades: I- dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis, submetidos a registro na forma desta lei; II- cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no País e manter atualizadas as informações pertinentes; III- proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao seu cancelamento. O Registro Público visa dar publicidade aos atos das empresas; Art. 29. Qualquer pessoa, sem necessidade de provar interesse, poderá consultar os assentamentos existentes nas juntas comerciais e obter certidões, mediante pagamento do preço devido. A publicidade tem também um caráter de oponibilidade perante terceiros; O Registro Público também funciona como um grande cadastro; (c) NIRE (Número de Identificação do Registro de Empresas): art. 2º Art. 2º Os atos das firmas mercantis individuais e das sociedades mercantis serão arquivados no Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, independentemente de seu objeto, salvo as exceções previstas em lei. Parágrafo único. Fica instituído o Número de Identificação do Registro de Empresas (NIRE), o qual será atribuído a todo ato constitutivo de empresa, devendo ser compatibilizado com os números adotados pelos demais cadastros federais, na forma de regulamentação do Poder Executivo. (d) Órgãos: art. 3º Art. 3º Os serviços do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins serão exercidos, em todo o território nacional, de maneira uniforme, harmônica e interdependente, pelo Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis (Sinrem), composto pelos seguintes órgãos: I - o Departamento Nacional de Registro do Comércio, órgão central Sinrem, com funções supervisora, orientadora, coordenadora e normativa, no plano técnico; e supletiva, no plano administrativo; II - as Juntas Comerciais, como órgãos locais, com funções executora e administradora dos serviços de registro. 11 DE 44

12 SINREM: Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis - DREI: Departamento de Registro de Empresas e Integração ~ Departamento e atribuições: art. 4º ~ As atribuições do DREI são as do antigo DNRC: de orientação, de normatização e de fiscalização; ~ Lei n /11: acabou com o DNRC e criou o DREI. - Juntas Comerciais: ~ Atuação: art. 5º ~ Subornidação: art. 6º Art. 4º O Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC), criado pelos arts. 17, II, e 20 da Lei nº 4.048, de 29 de dezembro de 1961, órgão integrante do Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo, tem por finalidade: I - supervisionar e coordenar, no plano técnico, os órgãos incumbidos da execução dos serviços de Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; II - estabelecer e consolidar, com exclusividade, as normas e diretrizes gerais do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; III - solucionar dúvidas ocorrentes na interpretação das leis, regulamentos e demais normas relacionadas com o registro de empresas mercantis, baixando instruções para esse fim; IV - prestar orientação às Juntas Comerciais, com vistas à solução de consultas e à observância das normas legais e regulamentares do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; V - exercer ampla fiscalização jurídica sobre os órgãos incumbidos do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, representando para os devidos fins às autoridades administrativas contra abusos e infrações das respectivas normas, e requerendo tudo o que se afigurar necessário ao cumprimento dessas normas; VI - estabelecer normas procedimentais de arquivamento de atos de firmas mercantis individuais e sociedades mercantis de qualquer natureza; VII - promover ou providenciar, supletivamente, as medidas tendentes a suprir ou corrigir as ausências, falhas ou deficiências dos serviços de Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; VIII - prestar colaboração técnica e financeira às juntas comerciais para a melhoria dos serviços pertinentes ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; IX - organizar e manter atualizado o cadastro nacional das empresas mercantis em funcionamento no País, com a cooperação das juntas comerciais; X - instruir, examinar e encaminhar os processos e recursos a serem decididos pelo Ministro de Estado da Indústria, do Comércio e do Turismo, inclusive os pedidos de autorização para nacionalização ou instalação de filial, agência, sucursal ou estabelecimento no País, por sociedade estrangeira, sem prejuízo da competência de outros órgãos federais; XI - promover e efetuar estudos, reuniões e publicações sobre assuntos pertinentes ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins. Art. 5º. Haverá uma junta comercial em cada unidade federativa, com sede na capital e jurisdição na área da circunscrição territorial respectiva. Art. 6º As juntas comerciais subordinam-se administrativamente ao governo da unidade federativa de sua jurisdição e, tecnicamente, ao DNRC, nos termos desta lei. 12 DE 44

13 ~ Desconcentração: art. 7º Art. 7º As juntas comerciais poderão desconcentrar os seus serviços, mediante convênios com órgãos públicos e entidades privadas sem fins lucrativos, preservada a competência das atuais delegacias. ~ Atribuições: art. 8º Art. 8º Às Juntas Comerciais incumbe: I - executar os serviços previstos no art. 32 desta lei; II - elaborar a tabela de preços de seus serviços, observadas as normas legais pertinentes; III - processar a habilitação e a nomeação dos tradutores públicos e intérpretes comerciais; IV - elaborar os respectivos Regimentos Internos e suas alterações, bem como as resoluções de caráter administrativo necessárias ao fiel cumprimento das normas legais, regulamentares e regimentais; V - expedir carteiras de exercício profissional de pessoas legalmente inscritas no Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; VI - o assentamento dos usos e práticas mercantis. (e) Atos de registro: art. 32, lei n /94 Matrícula: inscrição dos funcionários que são doutrinariamente chamados de "auxiliares do comércio" para que exerçam regularmente suas atividades; Art. 32. O registro compreende: I - a matrícula e seu cancelamento: dos leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns-gerais; Arquivamento: diz respeito à função da Junta Comercial enquanto banco de dados; Art. 32. O registro compreende: II - O arquivamento: a) dos documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e extinção de firmas mercantis individuais, sociedades mercantis e cooperativas; b) dos atos relativos a consórcio e grupo de sociedade de que trata a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976; c) dos atos concernentes a empresas mercantis estrangeiras autorizadas a funcionar no Brasil; d) das declarações de microempresa; e) de atos ou documentos que, por determinação legal, sejam atribuídos ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins ou daqueles que possam interessar ao empresário e às empresas mercantis; - Criação, alteração e dissolução de empresas e empresários (individuais, sociedades e EIRELI's); - 5 Atos jurídicos que criam grupos de sociedade ou consórcios ; - Atos jurídicos relativos a empresas estrangeiras; - Qualquer ato concernente a microempresas. Autenticação: declaração da veracidade de determinados documentos. Art. 32. O registro compreende: III - a autenticação dos instrumentos de escrituração das empresas mercantis registradas e dos agentes auxiliares do comércio, na forma de lei própria. 5 Não se confundem com os contratos de consórcios. 13 DE 44

14 - Exemplos de documentos autenticados: livros contábeis, que só tem validade se avaliados pela Junta Comercial. (f) Procedimento Prazo: art. 36 Art. 36. Os documentos referidos no inciso II do art. 32 deverão ser apresentados a arquivamento na junta, dentro de 30 (trinta) dias contados de sua assinatura, a cuja data retroagirão os efeitos do arquivamento; fora desse prazo, o arquivamento só terá eficácia a partir do despacho que o conceder. Análise: art A junta não faz análise de mérito, mas da admissibilidade formal dos documentos; - Deferimentos: efeitos Os efeitos do arquivamento são retroativos (ex tunc) até a data da assinatura, desde que formalmente perfeitos. - Vícios formais: Vícios insanáveis: são indeferidos de plano; Vícios sanáveis: são colocados em exigência por um prazo de 30 dias. Obs.: quando os prazos não são respeitados, os efeitos serão ex nunc. (g) Processo decisório Art. 40. Todo ato, documento ou instrumento apresentado a arquivamento será objeto de exame do cumprimento das formalidades legais pela junta comercial. Art º Verificada a existência de vício insanável, o requerimento será indeferido; quando for sanável, o processo será colocado em exigência. Art. 40 2º As exigências formuladas pela junta comercial deverão ser cumpridas em até 30 (trinta) dias, contados da data da ciência pelo interessado ou da publicação do despacho. 3º O processo em exigência será entregue completo ao interessado; não devolvido no prazo previsto no parágrafo anterior, será considerado como novo pedido de arquivamento, sujeito ao pagamento dos preços dos serviços correspondentes. Singular: art. 42 (é a regra); Art. 42. Os atos próprios do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, não previstos no artigo anterior, serão objeto de decisão singular proferida pelo presidente da junta comercial, por vogal ou servidor que possua comprovados conhecimentos de Direito Comercial e de Registro de Empresas Mercantis. Colegiado: art. 41 Art. 41. Estão sujeitos ao regime de decisão colegiada pelas juntas comerciais, na forma desta lei: I - o arquivamento: a) dos atos de constituição de sociedades anônimas, bem como das atas de assembléias gerais e demais atos, relativos a essas sociedades, sujeitos ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; b) dos atos referentes à transformação, incorporação, fusão e cisão de empresas mercantis; c) dos atos de constituição e alterações de consórcio e de grupo de sociedades, conforme previsto na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976; II - o julgamento do recurso previsto nesta lei. 14 DE 44

15 - São 3 servidores; - Os documentos que passam por colegiado são enumerados taxativamente no art. 41, já que esse procedimento é de caráter excepcional. (h) Processo revisional: art. 44 Art. 44. O processo revisional pertinente ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins dar-se-á mediante: I - Pedido de Reconsideração; II - Recurso ao Plenário; III - Recurso ao Ministro de Estado da Indústria, do Comércio e do Turismo. Pedido de reconsideração: art. 45 Art. 45. O Pedido de Reconsideração terá por objeto obter a revisão de despachos singulares ou de Turmas que formulem exigências para o deferimento do arquivamento e será apresentado no prazo para cumprimento da exigência para apreciação pela autoridade recorrida em 3 (três) dias úteis ou 5 (cinco) dias úteis, respectivamente. - Objeto: vício sanável (art. 42, 2º); - Prazo: o mesmo prazo para sanar a exigência (30 dias); - Decreto 1.800/90: o pedido de reconsideração suspende a contagem do prazo do processo de exigência. Recurso ao plenário: art. 46 Art. 46. Das decisões definitivas, singulares ou de turmas, cabe recurso ao plenário, que deverá ser decidido no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar da data do recebimento da peça recursal, ouvida a procuradoria, no prazo de 10 (dez) dias, quando a mesma não for a recorrente. - Objeto: pedidos de reconsideração frustrados e vícios insanáveis; - Prazo: art. 50 (10 dias) Art. 50. Todos os recursos previstos nesta lei deverão ser interpostos no prazo de 10 (dez) dias úteis, cuja fluência começa na data da intimação da parte ou da publicação do ato no órgão oficial de publicidade da junta comercial. - Composição: 11 a 23 vogais Requisitos: art. 11; Art. 11. Os Vogais e respectivos suplentes serão nomeados, no Distrito Federal, pelo Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e nos Estados, salvo disposição em contrário, pelos governos dessas circunscrições, dentre brasileiros que satisfaçam as seguintes condições: I - estejam em pleno gozo dos direitos civis e políticos; II - não estejam condenados por crime cuja pena vede o acesso a cargo, emprego e funções públicas, ou por crime de prevaricação, falência fraudulenta, peita ou suborno, concussão, peculato, contra a propriedade, a fé pública e a economia popular; III - sejam, ou tenham sido, por mais de cinco anos, titulares de firma mercantil individual, sócios ou administradores de sociedade mercantil, valendo como prova, para esse fim, certidão expedida pela junta comercial; IV - estejam quites com o serviço militar e o serviço eleitoral. Parágrafo único. Qualquer pessoa poderá representar fundadamente à autoridade competente contra a nomeação de vogal ou suplente, contrária aos preceitos desta lei, no prazo de quinze dias, contados da data da posse. 15 DE 44

16 Nomeação: art. 12 (nomeados pelo governador); Mandato de 4 anos (art. 16). Recurso ao ministro: art Prazo: art. 50 (10 dias); - A DREI é subordinada ao ministério do comércio e, dessa forma, o ministro é sua a autoridade máxima. VII. ESCRITURAÇÃO (a) Função: Art. 12. Os vogais e respectivos suplentes serão escolhidos da seguinte forma: I - a metade do número de vogais e suplentes será designada mediante indicação de nomes, em listas tríplices, pelas entidades patronais de grau superior e pelas Associações Comerciais, com sede na jurisdição da junta; II - um Vogal e respectivo suplente, representando a União, por nomeação do Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; III quatro vogais e respectivos suplentes representando a classe dos advogados, a dos economistas, a dos contadores e a dos administradores, todos mediante indicação, em lista tríplice, do Conselho Seccional ou Regional do Órgão Corporativo dessas categorias profissionais; IV - os demais vogais e suplentes serão designados, no Distrito Federal, por livre escolha do Ministro de Estado da Indústria, do Comércio e do Turismo; e, nos Estados, pelos respectivos governadores. Art. 16. O mandato de vogal e respectivo suplente será de 4 (quatro) anos, permitida apenas uma recondução. Art. 47. Das decisões do plenário cabe recurso ao Ministro de Estado da Indústria, do Comércio e do Turismo, como última instância administrativa. Se realiza em duas partes: o devido preenchimento dos livros contábeis obrigatórios e elaboração periódica de balanços contábeis; Os livros contábeis permitem que o empresário tenha um controle periódico do resultado econômico da sua atividade, ou seja, são a memória econômica do empresário; O exame dos livros contábeis permite o acompanhamento e fiscalização do poder público sobre a atividade de cada empresário; Uniformidade temporal: a escrituração deve ser feita mediante um método contábil uniforme em todo o decurso temporal.; Fidelidade: a escrituração deve corresponder à realidade que apresenta, garantindo sua confiabilidade. Nesse sentido, a lei proíbe rasuras, espaços em branco, entrelinhas ou borrões nos livros. (b) Obrigatoriedade: art Art O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. 1º Salvo o disposto no art , o número e a espécie de livros ficam a critério dos interessados. 2º É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art DE 44

17 O Código exige o preenchimento de livros contábeis, a fim de montar um sistema de contabilidade da empresa; Além disso, são exigidos os balanços patrimoniais a e de resultado econômico da empresa; O micro-empresário é dispensado dessa obrigação, ou seja, a sua escrituração é simplificada, mas ela existe; O não preenchimento dos livros obrigatórios tem como conseqüência jurídica a irregularidade da empresa, colocando-a apenas sob o efeito dos ônus do direito empresarial e não mais dos bônus. (c) Livros contábeis: O livro contábil é físico, apesar dos avanços tecnológicos; Os livros contábeis são equiparados a documentos públicos para efeitos penais; Obrigatórios: exigidos pela lei. - Comum: é aquele, em regra, exigido de todos, a não ser que haja uma exceção feita pelo próprio Código, ou seja, são sempre supostos como obrigatórios; ~ Livro Diário: art ~ Conteúdo do Diário: art Especiais: são aqueles que não são obrigatórios a não ser que o Código exija, ou seja, são sempre supostos como não obrigatórios. Só são obrigatórios em casos específicos. Os livros especiais são obrigatórios apenas para certos empresários, seja em função da especialidade da atividade empresarial que exerce ou em função da forma da atividade empresarial exercida. ~ Lei n /76: lei das Sociedades Anônimas. Seu art. 100 dispõe sobre todos os livros obrigatórios exigidos das S/A's. ~ Lei n /68: lei das duplicatas. Exige do empresário que emite duplicatas um livro de registro de duplicatas, em seu art. 17. Facultativos: não são exigidos pela lei, mas são geralmente usados pelos empresários como prova a seu favor, usando como documento do que foi praticado. (d) Livros não empresariais: são livros contábeis obrigatórios exigidos não pelo Direito Empresarial, mas por obrigações de outra natureza. Inclusive, a exigência desses livros está especificada nos códigos e leis específicas de outros ramos do Direito, como, por exemplo o Direito do Trabalho. Inclusive, as eventuais sanções são previstas nesses outros ramos jurídicos. Art Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica. Art No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todas as operações relativas ao exercício da empresa. (e) Preenchimento: art , 2º e art Art º. Serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o de resultado econômico, devendo ambos ser assinados por técnico em Ciências Contábeis legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária. Art Sem prejuízo do disposto no art , a escrituração ficará sob a responsabilidade de contabilista legalmente habilitado, salvo se nenhum houver na localidade. 17 DE 44

18 Os livros contábeis ficam com o empresário, mas devem ser preenchidos por um contador; (f) Formalidades: Para que tenham valor probatório, sendo obrigatórios ou não, os livros contábeis devem cumprir com todas as exigências formais juridicamente colocadas; Extrínsecas (art ): dizem respeito ao aspecto exterior do livro Art Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis. Intrínsecas (art ): dizem respeito aos aspectos internos do livro Art A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens. (g) Princípio da inviolabilidade dos livros Art Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei. Esse princípio existe pelo conteúdo presente nos livros contábeis; Não é um princípio absoluto, há exceções: (1) Agentes administrativos: art Art As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da escrituração, em parte ou por inteiro, não se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos termos estritos das respectivas leis especiais. Os agentes administrativos são conhecidos genericamente como fiscais e o código os denomina como agentes fazendários; Os agentes são autorizados a quebrar a inviolabilidade dos livros com o intuito de fiscalizar as atividades praticadas pela empresa; O exame dos livros contábeis deve preencher a alguns requisitos: 6 - Autorização legal : apenas os agentes determinados em lei tem a prerrogativa de quebrar a inviolabilidade dos livros contábeis; - Sigilo funcional: o agente é obrigado a manter o sigilo funcional dos dados que ele tem acesso, ou seja, ele não pode divulgar as informações que ele extrai dos livros contábeis (a não ser que isso faça parte do estrito cumprimento de sua função ou atividade); - Pontos de interesse: o agente fiscal só tem acesso aos livros contábeis que contem as informações e os documentos que tem direta ligação com as 7 obrigações que ele se prestou a fiscalizar ; (2) Exibição judicial: art Art O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência. 6 Constam no CTN, lei 8.112, etc. 7 Esse requisito foi construído pela jurisprudência e não é expressamente previsto em lei. 18 DE 44

19 Ela se dá perante um juiz perante um processo ou ação judicial, já que o livro contábil pode funcionar como meio de prova no curso de um processo; Modalidades: - Total: quando todos os livros contábeis são exibidos em juízo, ou seja, são colocados à disposição do Poder Judiciário no curso de um processo. Há quatro casos - em que é necessária uma visão ampla da situação patrimonial do empresário - de possibilidade de exibição total da escrituração: ~ Sucessão: é necessário que se tenha acesso a todo o patrimônio do empresário, nesse caso, para que seja feita a sucessão com êxito; ~ Sociedade: no caso, por exemplo, de necessidade de devolução de cotas mediante a saída de um dos sócios; ~ Gestão: questionamento dos atos praticados pelo empresário por um indivíduo que é parte da empresa; ~ Falência: há a necessidade de analisar por completo o patrimônio da empresa. - Parcial: quando apenas pontos da escrituração são disponibilizados em juízo. ~ Como é menos invasiva, não há limite de hipótese no caso da exibição parcial dos livros contábeis. Requerimento: a exibição parcial dos livros contábeis pode ser feita de ofício, ou seja, não é necessário que ele aguarde a um requerimento de qualquer das partes. No caso de exibição total, há, no entanto, a necessidade de requerimento de uma das partes do processo em curso; Posse: o empresário perde a posse dos livros na hipótese de exibição total dos livros contábeis. Já na exibição parcial, não há perda de posse e nesse caso podese abrir uma audiência para exibição dos livros ou se pode nomear um perito que examinará o livro; Recusa: art Apreensão: o juiz, na hipótese de recusa de exibição total dos livros contábeis, ordenará a busca e apreensão dos livros; - Presunção: o juiz, na hipótese de recusa da exibição parcial dos livros contábeis, presumirá a veracidade das alegações da parte contrária que seriam provadas (ou não) com a exibição da escrituração. A presunção é relativa, já que são admitidas outras formas em sentido contrário que não o livro contábil. (h) Balanços contábeis Finalidade: resumir ou colocar esquematicamente o conteúdo presente nos livros contábeis; Modalidades: Art Recusada a apresentação dos livros, nos casos do artigo antecedente, serão apreendidos judicialmente e, no do seu 1o, ter-se-á como verdadeiro o alegado pela parte contrária para se provar pelos livros. - Balanço patrimonial: art Ele contrapõe o ativo (bens e direitos da sociedade) e o passivo (as obrigações da sociedade) do patrimônio da sociedade; Art O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da empresa e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis especiais, indicará, distintamente, o ativo e o passivo. 19 DE 44

20 - Balanço de resultado econômico: art , Ele contrapõe as entradas e as saídas no patrimônio da sociedade, ou seja, as receitas e as despesas, quanto foi a faturação e o gasto em um período determinado da empresa. Livro "Balancetes Diários e Balanços": art É um livro obrigatório; - Diário: art Periodicidade: o balanço deve ser feito a cada exercício social (período de um ano, que não necessariamente coincide com o início e término do ano civil); Publicação: são necessariamente publicados apenas os livros das sociedades anônimas abertas, no restante das sociedades vigora o princípio da inviolabilidade. VII. ESTABELECIMENTO (art a 1.149) (a) Definição: art O estabelecimento é o complexo de bens destinado à atividade da empresa; O estabelecimento é objeto de direito e nunca sujeito de direitos, já que está sob a titularidade do empresário; Composição: o estabelecimento é composto por bens corpóreos, móveis e imóveis (ou seja, que tem existência física) e incorpóreos, como a marca e o título; Estabelecimento em sentido amplo: todos os bens do empresário usados no exercício da atividade empresarial, é a única significação usada pelo Código Civil; Estabelecimento em sentido estrito: cada unidade autônoma de produção. Esse sentido não é encontrado no Código Civil. (b) Alienação: art Art O balanço de resultado econômico, ou demonstração da conta de lucros e perdas, acompanhará o balanço patrimonial e dele constarão crédito e débito, na forma da lei especial. Art O livro Balancetes Diários e Balanços será escriturado de modo que registre: I - a posição diária de cada uma das contas ou títulos contábeis, pelo respectivo saldo, em forma de balancetes diários; II - o balanço patrimonial e o de resultado econômico, no encerramento do exercício. Art Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. Art Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza. Sendo um conjunto de bens, o estabelecimento pode ser alienado, ou seja pode ser transferido; Contrato de trespasse: contrato de transferência da titularidade do estabelecimento, ou seja, dispõe sobre a sua alienação; A venda de cotas da sociedade não caracteriza trespasse, já que não há transferencia de titularidade do estabelecimento, que se encontra sob a titularidade da mesma pessoa jurídica; A venda de um estabelecimento em sentido estrito não caracteriza trespasse, apenas a venda completa dos bens do empresário, ou seja, o estabelecimento em sentido amplo. 20 DE 44

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