APOSTILA 2015 TÉCNICAS DE REDAÇÃO. Técnicas de Redação - 3º ano

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1 APOSTILA 2015 TÉCNICAS DE REDAÇÃO Técnicas de Redação - 3º ano

2 REVISANDO A DIFERENÇA ENTRE DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO E DISSERTAÇÃO Tipos de redação ou composição Tudo o que se escreve recebe o nome genérico de redação (ou composição). Existem três tipos de redação: descrição, narração e dissertação. E importante que você consiga perceber a diferença entre elas. Leia, primeiramente, as seguintes definições: DESCRIÇÃO É o tipo de redação na qual se apontam as características que compõem um determinado objeto, pessoa, ambiente ou paisagem. NARRAÇÃO É a modalidade de redação na qual contamos um ou mais fatos que ocorreram em determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. DISSERTAÇÃO E o tipo de composição na qual expomos ideias gerais, seguidas da apresentação de argumentos que as comprovem. Veja agora três exemplos dessas modalidades: Descrição Sua estatura era alta e seu corpo, esbelto. A pele morena refletia o sol dos trópicos. Os olhos negros e amendoados espalhavam a luz interior de sua alegria de viver e jovialidade. Os traços bem desenhados compunham uma fisionomia calma, que mais parecia uma pintura. Narração Em uma noite chuvosa do mês de agosto, Paulo e o irmão caminhavam pela rua mal-iluminada que conduzia à sua residência. Subitamente foram abordados por um homem estranho. Pararam, atemorizados, e tentaram saber o que o homem queria, receosos de que se tratasse de um assalto. Era, entretanto, somente um bêbado que tentava encontrar, com dificuldade, o caminho de sua casa. Dissertação Tem havido muitos debates sobre a eficiência do sistema educacional brasileiro. Argumentam alguns que ele deve ter por objetivo despertar no estudante a capacidade de absorver informações dos mais diferentes tipos e relacioná-las com a realidade circundante. Um sistema de ensino voltado para a compreensão dos problemas socioeconômicos e que despertasse no aluno a curiosidade científica seria por demais desejável. Assim sendo, podemos elaborar o seguinte quadro: REDAÇÃO OU COMPOSIÇÃO DESCRIÇÃO NARRAÇÃO DISSERTAÇÃO Como você pode perceber, não há como confundir estes três tipos de redação. Enquanto a descrição aponta os elementos que caracterizam os seres, objetos, ambientes e paisagens, a narração implica uma Técnicas de Redação - 3º ano

3 ideia de ação, movimento empreendido pelos personagens da história. Já a dissertação assume um caráter totalmente diferenciado, na medida em que não fala de pessoas ou fatos específicos, mas analisa certos assuntos que são abordados de modo impessoal. TESE E ARGUMENTO Como vimos na Unidade 3, em um texto argumentativo, aquele que escreve apresenta uma tese (a idéia que quer defender), justificando-a com a ajuda de argumentos. Estes argumentos são interligados de maneira lógica à tese que querem justificar. Eles são igualmente ligados uns aos outros: É preciso incentivar o cinema brasileiro (tese), porque temos produções de excelente qualidade (1 a argumento) e porque sem o incentivo oficial seria esmagado pelas superproduções americanas (2 a argumento). Neste exemplo, os dois argumentos estão ligados à tese pela conjunção subordinativa "porque" (que exprime a causa), e estão coordenados pela conjunção "e". EXERCÍCIOS 1- Leia os seguintes textos: Texto 1 Qual é o sentido de escrever poemas em uma época e cultura que valorizam os bens de consumo, a cultura de massa, o mercado e a tecnologia, menosprezando os valores espirituais e a expressão artística? Para que escrever poemas numa sociedade que vive uma profunda crise de valores, distante de qualquer ideia de humanismo? A primeira resposta poderia ser muito simples: por teimosia, como resistência à barbárie. Porém, este não seria um argumento satisfatório, já que existem outras possibilidades, talvez mais eficazes, de reação, inseridas em movimentos sociais e tentativas de reconstrução de valores, como o recente diálogo entre a física, a ecologia profunda, o pacifismo e o budismo, que fazem pensar numa reordenação do pensamento, em resposta ao crescente utilitarismo de uma visão de mundo baseada no lucro e na vantagem pessoal imediata. A segunda resposta, ainda mais simplista, porém com o mérito da sinceridade, é o da satisfação sensorial. O encantamento e prazer que a poesia nos provoca. Aqui, novamente, poderia ser levantada uma objeção, pois que há muitas outras formas de satisfação, talvez mais intensas do que o trabalho com a palavra, que exige alto rigor e disciplina. DANIEL, Cláudio, Por que fazer poesia hoje? 5/5/3005, Texto 2 Quem escreve - ainda que um simples bilhete - tenta afastar-se do falar cotidiano, tenta usar uma linguagem diferente da que está habituado a usar. E escrever poemas é distanciar-se ainda mais da fala do dia-a-dia, É trabalhar a língua, é subverter a sintaxe, é falar à alma. Por isso, as primeiras manifestações literárias de um povo costumam ser em versos. Quando não havia escrita, as histórias se contavam em poemas, porque as rimas ajudavam no processo de memorização e facilitavam a transmissão da cultura.de geração a geração, A perpetuação da ficção da comunidade ágrafa e da sua cultura -essa terá sido a primeira função da poesia. [..] A poesia existe em toda parte, em todo lugar em todos os momentos. Compete ao poeta captá-la e transpô-la para o livro, ou para o filme, ou para) a televisão, ou para a música, ou para a dança, ou para o rádio... O poeta é o que vê poesia onde o comum dos mortais não vê nada, além do trivial. [...] A poesia é necessária, porque nos revela, como as lentes dos óculos de quem tem problemas visuais, um mundo de maravilhas que não saberíamos ver sem ela. CARVALHO, José Augusto. A necessidade da poesia. textos, 5/5/2005. a) Qual o primeiro argumento utilizado pelo autor do texto 1 para justificar o fato de escrever poemas? Técnicas de Redação - 3º ano

4 b) O que justificaria o fato de esse argumento não ser satisfatório? c) Qual o segundo argumento utilizado pelo autor do texto 1? d) Destaque a tese e o argumento presentes no último parágrafo do texto 2. COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAL A noção de texto O texto é uma mensagem, isto é, um fato do discurso: uma passagem falada ou escrita que forma um todo significativo independentemente da sua extensão. Em sentido amplo, pode-se considerar como texto uma música, uma escultura, um filme, um poema, uma fotografia etc. Em sentido estrito, o texto é o resultado de um discurso: uma mensagem construída e, portanto, ligada à situação ou ao contexto em que foi produzida. O texto forma um todo, que pode ser: uma palavra: Não, talvez, sim... uma frase: Antes tarde do que nunca. algumas ou centenas de páginas: Um ofício, um ensaio, um relatório, um livro. Coerência e coesão textual Leia os grafites escritos no muro ilustrado ao lado. Qual deles lhe parece incoerente? Porquê? Do ponto de vista gramatical, todos os textos estão bem estruturados. Porém, o último é incoerente porque, descartada a hipótese da ironia, a palavra modéstia está mal empregada. Na verdade, a "mulher maravilha" deveria ter escrito: "Desculpe a falta de modéstia..." "Desculpe a imodéstia..." ou "Modéstia à parte...! A coerência está ligada ao sentido do texto. Daí, no nosso dia-a-dia, muitas vezes ouvirmos comentários do tipo: "Isso não tem coerência" "A sua redação está incoerente" Leia agora o seguinte recorte de um texto publicitário: Técnicas de Redação - 3º ano

5 Observe os conectores quando, e, mas e porque. O conector quando introduz um fato, relacionando-o com o verbo começar e com o aspecto cronológico da mensagem. O conector e, no terceiro período, adiciona fatos que justificam a afirmação de que a empresa é uma das maiores do país. A conjunção mas assinala uma relação de contraste e porque, no final do parágrafo, introduz uma justificativa para a preocupação da empresa com o meio ambiente. Observe outros elementos coesivos: os pronomes ela e que: Hoje ela é uma companhia imprescindível... Uma companhia que já faz parte da nossa vida. Os pronomes ela e que retomam Cemig e companhia. Verifique também, no texto, a repetição da sigla Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) ou a sua substituição pelo substantivo companhia, utilizados para a coesão lexical. A coesão de um texto deve-se a uma série de elementos que permitem os encadeamentos linguísticos, à maneira como são ligados os elementos gramaticais, semânticos e discursivos do texto (a concatenação das frases). Esses e outros elementos de coesão serão estudados no próximo capítulo. A coerência de um texto deve-se à organização global do texto, assegurando um princípio, um meio e um fim, uma adequação da linguagem ao tipo de texto e a observância do sentido das palavras ou expressões empregadas e das ideias expostas. Em linhas gerais, podemos dizer que um texto é coerente quando ele não contém contradições, o vocabulário utilizado é adequado, suas afirmações são relevantes para o desenvolvimento do tema, a sequência dos fatos está bem ordenada, sem períodos muito longos ou excessivamente fragmentados e o gênero textual (informativo, legislativo, técnico, científico, argumentativo, narrativo, poético...) é adequado ao tipo de exposição. Um texto é construído de relações de sentido entre um ou vários conjuntos de vocábulos, expressões, frases (coerência) e do encadeamento linear dessas unidades linguísticas do texto (coesão). Portanto, coesão e coerência são elementos que devem estar associados para que tenhamos um texto, ainda que possamos encontrar textos destituídos de elos coesivos, sobretudo na linguagem poética. EXERCÍCIOS 1 - Leia atentamente: Ao circular pela garagem, o vigia encontrou um guarda-chuva sobre o capo de um automóvel cujo dono desconhecia. a) Quais os dois sentidos possíveis do período acima? Técnicas de Redação - 3º ano

6 b) Reescreva o período, fazendo as adaptações necessárias para eliminar a ambiguidade. 2- Explique por que uma das frases abaixo é incoerente: a) Todos aqui gostam de futebol, menos eu. b) Todo mundo foi à praia, mas eu preferi ficar em casa. c) Todo mundo viu quando a Rosângela chegou, mas eu não jantei. d) Apesar de o meu time estar perdendo, ainda tenho esperanças. e) O tomate oblongo, ou Santa Cruz, o San Marzano e o Débora são ótimos para molhos, mas duram pouco e são caros. O tomate Momotaro, saboroso, grande e crocante, é o melhor para saladas. O tomate Carmem, de longa vida, é o mais comum e o menos saboroso. 3- O jornalista Ancelmo Góis publicou, em sua coluna do jornal O Globo, a seguinte nota: Carros letrados A turma atrás do balcão do cartório do 1 Ofício de Notas, em Copacabana, acha que carro sabe ler. É o que se supõe com a placa que avisa a freguesia: "Transferência de telefones e veículos, só com a presença do próprio" Um gaiato esta semana quis saber como fazia para subir com seu Jipe ao segundo andar, onde funciona o cartório. a) Qual a verdadeira intenção de quem redigiu o texto da placa? (O Globo,19set.2002.) b) Transcreva o trecho da placa que permitiu uma reação humorística. c) Reescreva o texto da placa corrigindo o trecho que permitiu interpretá-la como um pedido absurdo. Técnicas de Redação - 3º ano

7 4- Reescreva as frases seguintes eliminando o problema da ambiguidade. a) O jogador deixou o time cansado. b) O relações-públicas da empresa atendeu o cliente nervoso. c) Vi o rapaz com o binóculo. d) Encontrei um velho conhecido. e) Homens e mulheres jovens eram vistos da janela. 5- (Unicamp-SP) No texto a seguir, há um trecho que, se tomado literalmente (ao pé da letra), leva a uma interpretação absurda. A oncocercose é uma doença típica de comunidades primitivas. Não foi desenvolvido ainda nenhum medicamento ou tratamento que possibilite o restabelecimento da visão. Após ser picado pelo mosquito, o parasita (agente da doença) cai na circulação sanguínea e passa a provocar irritações oculares até perda total da visão. a) Transcreva o trecho problemático. (Folha de S.Paulo, 2nov.1990.) b) Diga qual a interpretação absurda que se pode extrair desse trecho. c) Qual a interpretação pretendida pelo autor? d) Reescreva o trecho de forma a deixar explícita tal interpretação. 6- (ITA-SP - Adaptada) Leia o texto seguinte: Sítio Bom Jardim apresenta Forró Sertanejo com a banda Casa Nova, no dia 30 de outubro, a partir das 21 horas. Mulher acompanhada até 24 horas não paga. Venha e participe desta festa. a) Localize e copie no caderno o trecho em que há ambiguidade. (Jornal Vale ADCS, out Adaptado.) b) Aponte duas interpretações possíveis para esse trecho, considerando o contexto. 7- (Fuvest-SP - Adaptada) Rescreva as frases em que a ordem de colocação das palavras produz ambiguidade. a) Rossi pede ao STF processo por calúnia contra Motta. b) É só colocar as moedas, girar a manivela e ter a escova já com pasta embalada nas mãos. Técnicas de Redação - 3º ano

8 c) Casal procura filho sequestrado via Internet. d) Câmara torna crime porte ilegal de armas. e) Regressou a Brasília depois de uma cirurgia com cerimonial de chefe de Estado. Leia o seguinte texto: Observe que o pronome sua e o substantivo filho (Sua juventude seria..., Queria aproveitar os dons do filho..} evitam a repetição do nome Beethoven. A conjunção mas, na última oração, estabelece uma relação de oposição ou contraste. Esses são alguns dos elementos coesivos do texto. COESÃO TEXTUAL Vimos que um texto não é apenas uma soma de orações. Ele deve ter coerência e coesão. Enquanto a coerência reside na unidade do tema, a coesão é a conexão entre elementos ou partes do texto, observando-se a sua interdependência. Os recursos coesivos permitem que façamos referência às distintas partes de um texto sem a necessidade de r epetir as mesmas palavras. Além disso, permite que enlacemos as idéias por meio de palavras que servem para conectá-las, estabelecendo o tipo de relação que buscamos conforme o sentido do texto. Por exemplo: Fomos à livraria. Compramos um romance. Podemos conectar essas duas orações em um texto: coordenando-as por meio de conjunções: fomos à livraria e compramos um romance. relacionando-as temporalmente: Técnicas de Redação - 3º ano

9 RECURSOS DE COESÃO 1. Substituição ou sinonímia. É a referência a uma parte ou componente do texto já mencionado (uma personagem, um objeto, uma ação, uma qualidade etc.) por meio de sinônimos ou palavras análogas ou afins: Romário não está mais no Vasco. O atacante assinou contrato com o Fluminense, que ficará com o jogador até o final do ano. 2. Referência. Indica uma parte ou componente do texto já mencionado (uma personagem, um objeto, uma ação, um conceito etc.) por meio de pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos. A isso também se chama pronominalização. Além dos pronomes, a coesão pode realizar-se com numerais e advérbios (aqui, ali, lá, aí etc). Os livros eram muito bem encadernados, O couro utilizado, o ouro das lombadas e as gravuras coloridas despertavam em nós o desejo de tocá-los e folhear as suas páginas. Isto atraía outras crianças à biblioteca do meu avô. O salão era sóbrio, com prateleiras envernizadas e brilhantes, duas poltronas de couro marrom e a Imponente mesa de jacarandá. Ali aprendi a amar e a respeitar os livros. Aquele lugar era a porta de mundos e histórias que me fascinavam. 3. Elipse. É a omissão de palavras ou frases que o leitor pode facilmente subentender. Os rapazes estavam esfomeados. Vieram de uma longa caminhada pelos arredores da fazenda. Logo que chegaram, uns pediram muita água, outros cervejas. Observe que não é necessário repetir o substantivo rapazes e o verbo pedir, representados pelo símbolo. A reposição dos elementos é possível graças aos mecanismos de concordância conhecidos pelos falantes da língua, o que, na maioria das vezes, é um processo rápido e automático. Em longos textos teóricos ou filosóficos é possível que alguns termos elípticos forcem o leitor a retomar parágrafos anteriores para melhor compreensão do que está lendo. 4. Conectores. São palavras ou expressões que servem para ligar ideias, conforme o tipo de vinculação que se pretende estabelecer entre elas: adição, oposição, causalidade, finalidade etc. Eis alguns deles: aditivos estabelecem uma relação de coordenação e são utilizados para somar ideias: e, também, não só...mas também, tanto... como, além disso, nem (= e não) etc.: Chovia muito naquela manhã e não tínhamos um carro disponível. Além disso, Fernando não sabia com precisão o endereço da Lúcia. disjuntivos estabelecem uma oposição de ideias ou orientações discursivas diferentes: Devemos sair agora ou esperar que ele nos telefone? Muitas vezes, as derrotas nos trazem boas lições. Ou você acha que não aprendemos nada dessa vez? adversativos expressam oposição ou contraste: mas, porém, contudo, todavia etc: A autoridade precisa ser respeitada, é evidente, mas não na medida em que se avilte o cidadão. causais indicam relação de causa e efeito: Tudo começou porque um torcedor insultou a torcida adversária. (João Ubaldo Ribeiro, O Estado de S. Paulo.) Técnicas de Redação - 3º ano

10 condicionais introduzem a condição sem a qual alguma coisa não poderá ser realizada: Se você salgar mais a comida, ela ficará intragável. conclusivos introduzem enunciados conclusivos: Trabalhava de dia e estudava à noite, logo chegava cansado em casa. conformativos conectam duas orações em que se mostra a conformidade do conteúdo de uma com algo expresso na outra: A equipe jogou conforme o técnico havia determinado. finais introduzem uma oração que traduz a finalidade de uma ação: Ele não poupou esforços para satisfazer os convidados. temporais indicam uma relação de simultaneidade, anterioridade ou posterioridade, estabelecendo conexões entre ações, eventos, estado de coisas ou determinando a ordem em que se teve percepção ou conhecimento deles: Mal o aluno chegou, o professor lhe entregou o exame. Depois que os exames terminaram, discutimos algumas questões. Enquanto fazíamos os exames, o professor lia o jornal. Quando o aluno chegou, o professor já havia distribuído os exames. A concordância verbal e nominal, a regência verbal e nomina e a ordem dos vocábulos na oração são outros elementos de coerência e coesão. Não é de grande proveito restringir o trabalho sobre os mecanismos de coerência e coesão ao estudo dos nomes e definições de cada mecanismo. Além disso, é grande a variedade de termos para nomear os tipos de r elações estabelecidas por eles. O mais importante é trabalhar a produção de textos coerentes e coesos. EXERCÍCIOS 1- Relacione as seguintes orações empregando procedimentos de coesão para formar um texto: Nos museus é proibido fotografar com flash. A luz disparada pelas câmaras é muito intensa. Isso acaba adulterando a própria cor das pinturas. 2- Relacione as seguintes orações empregando procedimentos de coesão para formar um texto: A febre funciona como um alarme. Alguma infecção está atacando o organismo. A febre dá um sinal para o organismo. O organismo acelera a produção dos anticorpos. Os anticorpos vão combater a doença. A produção de anticorpos é uma atividade intensa. Essa atividade mais intensa aumenta a temperatura do organismo. Técnicas de Redação - 3º ano

11 3-.No trecho abaixo, o termo destacado tem função anafórica já que retoma elemento anteriormente expresso. Os primeiros canhões eram dispositivos rudimentares. Feitos de madeira e reforçados com cintas de ferro. Um século depois, a parecera m os modelos de metal fundido, mais seguros, que mudaram a história das guerras. Identifique a opção que apresenta o elemento anteriormente expresso: a) canhões b) dispositivos rudimentares c) modelos de metal fundido mais seguros d) cintas de ferro 4 - Na oração a seguir, o pronome ela tem função catafórica A função catafórica ocorre quando o pronome se refere a um nome que vem expresso depois dele. Indique o nome ao qual o pronome se refere: Elas são em número mais elevado do que os homens solteiros, porque muitas mães solteiras engravidam na relação com homens casados. 5- (Fuvest-SP) Nas frases abaixo, há falta de paralelismo sintático. Reescreva-as, mantendo seu sentido e fazendo apenas as alterações necessárias para que se estabeleça o paralelismo. a) Funcionários cogitam uma nova greve e isolar o governador. b) Essa reforma agrária, por um lado, fixa o homem no campo, mas não lhe fornece os meios de subsistência e de produzir. 6- (UFPR - Adaptada) Leia o texto abaixo: A referência a Xuxa, além de providencial, é pertinente. Ela é pioneira nesse fenômeno tão característico do Brasil de hoje, que é a erotização das crianças. Faz anos que, consciente ou inconscientemente, lhes dá aulas de sedução. Outras a seguiram na TV entre louras que a imitam e reboladoras profissionais, mas Xuxa detém a palma do pioneirismo. Merece ser considerada um símbolo da permissividade da televisão brasileira. (Veja, 18/8/1999.) Identifique e copie no caderno a(s) alternativa(s) em que todas as expressões são apropriadas para substituir as expressões em negrito, sem prejuízo para o sentido do texto. a) menção - apropriada - interrompe - da licenciosidade b) convocação - irritante - conserva - da abertura c) observação - relevante - possui - da liberdade d) menção - apropriada - conserva - da falta de limites e) saudação - obrigatória - interrompe - do vale-tudo f) alusão - relevante - ostenta - da liberalidade Técnicas de Redação - 3º ano

12 A DISSERTAÇÃO DIFERENÇA ENTRE TEMA E TÍTULO Fazer uma dissertação consiste em defender uma ideia. Para organizá-la, convém seguir certas instruções que iremos fornecer-lhe agora. O primeiro passo, antes de começar, é reconhecer a diferença entre um tema e um título. O tema é o assunto sobre o qual você irá escrever, ou seja, a ideia que será defendida ao longo de sua composição. Por outro lado, o título é a expressão, geralmente curta, colocada no início do trabalho; ele é, na verdade, apenas uma vaga referência ao assunto que você abordará. Observe a diferença entre eles nos exemplos abaixo: Título O jovem e a política. Título A cidade e seus problemas. Tema Ultimamente temos notado um enorme interesse dos jovens em participar da vida política desta nação. Tema A cidade de São Paulo enfrenta atualmente grandes problemas.. Título A importância da Península Arábica. Título As contradições na era da comunicação. Tema Entendemos que a comunidade internacional deva preocupar-se com os acontecimentos que envolvam a Península Arábica, já que grande parte do petróleo que o mundo consome sai desta região.. Tema A cidade de São Paulo enfrenta Vivendo a era da comunicação, o homem contemporâneo está cada vez mais só.. E evidente que para cada um dos títulos poderiam caber inúmeros outros temas diferentes dos que foram apresentados na página anterior. Da mesma forma, para cada um dos temas também poderiam ser criados outros títulos. Por exemplo: para o título O jovem e a política poderíamos, caso preferíssemos, estabelecer um outro tema bastante divergente do anterior, como: "Infelizmente constatamos que o jovem não só não se interessa pela política, mas também desconhece totalmente os mecanismos que conduzem ao poder e que determinam os rumos da nação". A partir dos exemplos apresentados anteriormente, constatamos que existem as seguintes diferenças entre tema e título: Título Tema EXERCÍCIOS 1- E uma referência vaga a um assunto. 2 - Ê uma expressão mais curta que o tema. 3 - Na maioria das vezes, não contém um verbo. 1 - E uma afirmação sobre deter minado assunto, em que se percebe uma tomada de posição. 2 - E uma oração que apresenta um começo, meio e final. 3 - Por ser uma oração, deve apresentar ao menos um verbo. 1- Agora vamos treinar. Sugerimos cinco temas para os quais você deverá compor títulos (um para cada um deles). Lembre-se de que este título deve ser bem menor que o tema dado: Técnicas de Redação - 3º ano

13 a) Alguns segmentos da produção agrícola voltam-se atualmente para o mercado externo, alcançando considerável sucesso. b) Os conflitos que ocorrem entre judeus e algumas nações da Península Arábica contribuem para abalar ainda mais a frágil estabilidade daquela região. c) Neste país seria necessário que promovessem a alfabetização de adultos, para que eles se sentissem mais integrados à comunidade. d) Os movimentos grevistas são fruto da insatisfação de uma grande parcela de nossos trabalhadores. e) A construção de uma sociedade democrática é dever de todo cidadão brasileiro. 2- Neste segundo exercício, você deverá compor temas para os títulos fornecidos. Não se esqueça de que eles devem ser orações completas (incluindo ao menos um verbo), nas quais você fará uma afirmação, como já foi mostrado anteriormente: a) O vestibular e o despreparo da maioria dos jovens b) O trabalho e a realização pessoal c) A inflação d) A importância do lazer e) Nossa nação e a dívida externa OBSERVAÇÃO: Quando você estiver sendo avaliado em algum exame em que lhe seja solicitado fazer alguma dissertação, o examinador tanto pode fornecer-lhe um título quanto um lema. Se ele lhe fornecer um tema, você deverá compor um título; se, por outro lado. ele lhe fornecer um título, você deve imediatamente compor um tema. Não se esqueça de que o título é colocado logo na primeira linha de sua redação; deve vir sublinhado com um único traço e nele não se devem colocar aspas. Pule duas linhas antes de começar sua dissertação. Não se esqueça também de que na folha definitiva você não deve escrever a palavra título, isto é, não esclareça o óbvio. Exemplificando: se lhe foi solicitada uma dissertação sobre a inflação, não inicie seu trabalho escrevendo "Título: A inflação". Quanto ao tema, veja como desenvolvê-lo nos próximos capítulos. O ESQUEMA BÁSICO DA DISSERTAÇÃO Imagine que você queira dissertar sobre o seguinte tema: Tema Chegando ao terceiro milênio, o homem ainda não conseguiu resolver graves problemas que preocupam a todos.. Sua primeira providência deve ser copiar este tema em uma folha de rascunho e fazer a pergunta: POR QUÊ? Técnicas de Redação - 3º ano

14 Ao iniciar sua reflexão sobre o tema proposto e sobre uma possível resposta para a questão, procure recordar-se do que já leu ou ouviu a respeito dele. E quase certo que você tenha ao menos uma noção acerca de qualquer tema que lhe vier a ser apresentado. O ideal, para que sua dissertação explore suficientemente o assunto, é que você obtenha duas ou três "respostas" para a questão formulada; estas "respostas" chamam-se argumentos. Vejamos agora que argumentos poderíamos encontrar para este tema. Uma possibilidade é pensar que um dos sérios problemas que o homem não consegue resolver é o da miséria. Assim, já teríamos o primeiro argumento: 1 Existem populações imersas em completa miséria. Pensando um pouco mais nos problemas que enfrentamos, poderíamos formular o segundo argumento: 2 A paz é interrompida frequentemente por conflitos internacionais. Refletindo um pouco mais sobre as questões que afligem a humanidade, logo lembramos do desequilíbrio ecológico, que pode ser nosso terceiro argumento: 3 O meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico. Viu como foi fácil? Os argumentos selecionados são exaustivamente noticiados qualquer meio de comunicação. Dessa maneira, obtemos o seguinte quadro: Você pode encontrar outros argumentos além destes apresentados acima que justifiquem a afirmação proposta pelo tema. A única exigência é que eles se relacionem com o assunto sobre o qual está escrevendo. Uma vez estabelecido o tema e os três argumentos, você já dispõe do necessário para, agora, na folha definitiva, começar a redigir sua dissertação. Ela deverá constar de três partes fundamentais: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. Vamos agora redigir o primeiro parágrafo, ou seja, a Introdução, baseando-nos no quadro acima. Para compô-la, basta que você copie o tema e a ele acrescente os três argumentos, assim como aparecem no quadro. Veja como poderia ser: Chegando ao terceiro milênio, o homem ainda não conseguiu resolver graves problemas que preocupam TEMA a todos, pois ARGUMENTO 1 existem populações imersas em completa miséria, a paz é interrompida frequentemente ARGUMENTO 2 por conflitos internacionais e, além do mais, o meio ambiente encontra-se ARGUMENTO 3 ameaçado por sério desequilíbrio ecológico. Observe que, na Introdução, os argumentos são apenas mencionados. Neste primeiro parágrafo informamos o assunto de que a dissertação vai tratar; cada argumento será convenientemente desenvolvido nos parágrafos seguintes. Repare nas palavras pois e além do mais, colocadas neste texto para ligar as diferentes partes da Introdução. São elas que reúnem o tema aos argumentos. Depois de Técnicas de Redação - 3º ano

15 terminado o parágrafo da Introdução, você poderá passar ao Desenvolvimento, explicando cada um dos argumentos expostos acima. Assim, no próximo parágrafo, escreva tudo o que souber sobre o fato de existirem populações miseráveis. Embora o planeta disponha de riquezas incalculáveis estas, mal distribuídas, quer entre Estados, quer entre indivíduos, encontramos legiões de famintos em pontos específicos da Terra. Nos países do Terceiro Mundo, sobretudo em certas regiões da África, vemos, com tristeza, a falência da solidariedade humana e da colaboração entre as nações. Como você pode perceber, convém, vez por outra, lançar mão de certos exemplos para comprovar suas afirmações. No parágrafo seguinte desenvolve-se o segundo argumento: Além disso, nestas últimas décadas, temos assistido, com certa preocupação, aos inúmeros conflitos internacionais que se sucedem. Muitos trazem na memória a triste lembrança das guerras do Vietnã e da Coréia, as quais provocaram grande extermínio. Em nossos dias, testemunhamos conflitos na antiga Iugoslávia, em alguns países membros da Comunidade dos Estados Independentes, sem falar da Guerra do Golfo, que tanta apreensão nos causou. Note a presença da expressão Além disso no início do parágrafo, que estabelece a ligação com o parágrafo anterior. Ela deve ser colocada para evidenciar o fato de que os parágrafos se relacionam entre si. Falemos agora do terceiro argumento: Outra preocupação constante é o desequilíbrio ecológico, provocado pela ambição desmedida de alguns, que promovem desmatamentos desordenados e poluem as águas dos rios. Tais atitudes contribuem para que o meio ambiente, em virtude de tantas agressões, acabe por se transformar em local inabitável. Observe a expressão Outra preocupação constante, colocada no início deste parágrafo. Ela é o elemento de ligação com o parágrafo anterior do Desenvolvimento. Estabelece a conexão entre os argumentos apresentados. Para que sua dissertação fique completa, falta apenas elaborar um último parágrafo que se denomina Conclusão. Para isso, é preciso que analisemos suas partes constitutivas. A Conclusão pode iniciar-se com uma expressão que remeta ao que foi dito nos parágrafos anteriores (expressão inicial). A ela deve seguir-se uma reafirmação do tema proposto no início da redação. No final do parágrafo, é interessante colocar uma observação, fazendo um comentário sobre os fatos mencionados ao longo da dissertação. Com base nessa orientação, já podemos redigir o parágrafo final, ou seja, a Conclusão. Em virtude dos fatos mencionados, expressão inicial levados a acreditar que o homem somos está muito longe de solucionar os graves problemas que afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e indiretamente a qualquer reafirmação do tema pessoa consciente e solidária. É desejo de todos nós que algo seja feito no sentido de conter essas forças ameaçadoras, para podermos suportar as adversidades e construir um mundo que, por ser justo e pacífico, será mais facilmente habitado pelas gerações vindouras. Observação final Técnicas de Redação - 3º ano

16 OBSERVAÇÃO: Caso você deseje, é possível que a Conclusão seja formada apenas pelo final, dispensando o início, constituído pela expressão inicial e reafirmação < eles atuam apenas como reforço, como ênfase ao problema abordado. Agora, reunindo todos os parágrafos escritos, temos a dissertação completa, da de um título: Terra: uma preocupação constante Chegando ao terceiro milênio, o homem ainda não conseguiu resolver graves problemas que preocupam a todos, pois existem populações imersas em completa miséria, a paz é interrompida frequentemente por conflitos internacionais e, além do mais, o meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico. Embora o planeta disponha de riquezas incalculáveis estas, mal distribuídas, quer entre Estados, quer entre indivíduos encontramos legiões de famintos em pontos específicos da Terra. Nos países do Terceiro Mundo, sobretudo em certas regiões da África, vemos, com tristeza, a falência da solidariedade humana e da colaboração entre as nações. Além disso, nestas últimas décadas, temos assistido, com certa preocupação, aos inúmeros conflitos internacionais que se sucedem. Muitos trazem na memória a triste lembrança das guerras do Vietnã e da Coréia, as quais provocaram grande extermínio. Em nossos dias, testemunhamos conflitos na antiga Iugoslávia, em alguns países membros da Comunidade dos Estados Independentes, sem falar da Guerra do Golfo, que tanta apreensão nos causou. Outra preocupação constante é o desequilíbrio ecológico, provocado pela ambição desmedida de alguns, que promovem desmatamentos desordenados e poluem as águas dos rios. Tais atitudes contribuem para que o meio ambiente, em virtude de tantas agressões, acabe por se transformar em local inabitável. Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar que o homem está muito longe de solucionar os grandes problemas que afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidária. É desejo de todos nós que algo seja feito no sentido de conter essas forças ameaçadoras, para podermos suportar as adversidades e construir um mundo que, por ser justo e pacífico, será mais facilmente habitado pelas gerações vindouras. Caso você deseje fazer uma dissertação um pouco menor, basta usar dois argumentos em vez de três. Resumindo todos os procedimentos que utilizamos para construir essa dissertação, chegamos a este esquema: Técnicas de Redação - 3º ano

17 O esquema acima pode ser utilizado para redigir qualquer dissertação. Ele lhe será útil para que você possa estruturar satisfatoriamente os argumentos; garantirá ainda organização e coerência à sua composição. Observando essas orientações, você usará o número de parágrafos adequado, certificandose de que cada um deles corresponda a uma nova ideia e de que, sobretudo, os diferentes parágrafos evidenciem as partes componentes de sua dissertação. Não se esqueça do seguinte: este é apenas um dos modelos de dissertação que iremos apresentar ao longo do livro. Ê, no entanto, o mais geral e pode ser usado para desenvolver qualquer tema dissertativo. EXERCÍCIOS 1- Faça agora um exercício para que você possa perceber se compreendeu bem o modelo de dissertação acima. Agora você verá uma outra composição que foi escrita com base nesse esquema. Leia a redação A qualidade de vida na cidade e no campo e: a) indique quais são os parágrafos da Introdução, Desenvolvimento e Conclusão; b) no primeiro parágrafo, aponte o tema; transcreva os argumentos 1, 2 e 3; c) assinale em que parágrafo está o desenvolvimento do argumento 1; d) aponte o parágrafo em que está desenvolvido o argumento 2; e) localize o parágrafo no qual se encontra o desenvolvimento do argumento 3; f) no último parágrafo, aponte: a expressão inicial; o trecho onde se encontra a reafirmação do terna; e, por fim, a observação final. A PERSUASÃO Fedro [...] "Sócrates: - Visto que a força da eloquência consiste na capacidade de guiar as almas, aquele que deseja tornar-se orador deve necessariamente saber quantas formas existem na alma. Elas são em certo número e têm as suas respectivas qualidades. É por isso que os homens têm caracteres diferentes. Depois de classificar as almas desse modo, deverá distinguir, também, cada espécie de discurso em suas diferentes qualidades. Desse modo há homens que serão persuadidos por certos discursos enquanto que os mesmos argumentos serão de fraca ação na alma de outros. É mister que o orador que aprofundou suficientemente os seus conhecimentos seja capaz de discernir rapidamente na prática da vida o momento exato em que é azado usar uma ou outra forma de argumentação. [...] Quando estiver apto a dizer por que espécie de discurso pode-se levar a persuasão às mais diferentes almas, quando, posto à frente de um indivíduo, ele souber ler no seu coração. [...] Quando souber aplicar a esse homem o discurso apropriado, quando possuir todos esses conhecimentos, quando souber distinguir as ocasiões em que deve calar-se ou falar, quando souber empregar ou evitar o estilo conciso ou despertar com amplificações grandiosas e dramáticas a paixão, só então a sua arte será consumada" PLATÃO. Diálogos I: Ménon, Banquete, Fedro. Rio de Janeiro: Ediouro, A construção de um texto persuasivo Quando expressamos nosso ponto de vista, procuramos a adesão de nosso interlocutor. Assim, não basta organizar logicamente nossas ideias; temos de fazer muito mais do que isso: temos de pensar no processo comunicativo como um todo. Processo comunicativo? Sim, mais uma vez, a observação de elementos como a situação, o meio e, especialmente, o interlocutor vai determinar a configuração de nosso texto. Um produtor de textos eficiente tem de saber adequar seus textos segundo as variáveis do Técnicas de Redação - 3º ano

18 processo comunicativo; um produtor de textos argumentativos cujo objetivo é atingir seu interlocutor, leitor/ouvinte de seu texto, não pode deixar de considerar as características do outro. Como já sabemos, o produtor de um texto argumentativo procura expor ao leitor/ouvinte, seu interlocutor, uma determinada posição ou mesmo levantar elementos para uma possível análise ou reflexão. Para tanto, trabalha com uma relação lógica de argumentos, que fundamentam e solidificam sua tese ou posição final. Mas será que isso é suficiente? Um texto argumentativo tem de ter mais do que ideias logicamente encadeadas; tem de atrair o leitor, cativá-lo e transmitir-lhe convicção. Aí entra em cena a persuasão: o enunciador deve construir um texto sedutor a partir da manipulação adequada dos recursos linguísticos. Estratégico? Pois é, o texto argumentativo é estratégico e sedutor. Afinal, a intenção é ganhar a adesão do outro, que o outro nos ouça/leia e se identifique com nossa posição (ou, ao menos, a considere!). A persuasão, então, está por trás de todo bom texto argumentativo. Para que ela seja efetiva, é fundamental observar principalmente as características do interlocutor-alvo e da situação comunicativa em que acontecerá a interação. Após essa análise e em função desses fatores, trabalham-se as ideias e os recursos estruturais da língua. EXERCÍCIO Leia a seguinte tirinha: Responda: a) Jon foi persuasivo? Por quê? b) Haveria uma maneira mais persuasiva de Jon se expressar? PRATICANDO Texto para as questões de 1 a 3. O mundo para todos Durante debate recente, nos Estados Unidos, fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para uma resposta minha. De fato, como brasileiro, eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade. Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Técnicas de Redação - 3º ano

19 Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da Humanidade. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar que esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas reuniam o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa. BUARQUE, Cristovam. In: O Globo, 23 out (UERJ) Cristovam Buarque, ao revelar os interesses ocultos na defesa da internacionalização da Amazônia, utiliza um recurso argumentativo conhecido como "redução ao absurdo". Esse recurso consiste na aceitação inicial de uma proposição para dela extrair decorrências absurdas ou inaceitáveis. O trecho que melhor exemplifica o uso deste recurso, em relação à proposta de internacionalização, é: a) "Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação." b) "Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano." c) "Não se pode deixar que esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país." d) "Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA." 2- (UERJ) No parágrafo de conclusão, o autor responde, de maneira indireta, ao jovem que lhe fez a pergunta no primeiro parágrafo. Essa resposta de Cristovam Buarque, presente no último parágrafo, está melhor explicitada em: a) Internacionalista é antes aquele que defende o patrimônio da Humanidade. b) Brasileiro é antes aquele que luta para que a Amazônia seja nossa e só nossa. c) Humanista é antes aquele que defende a internacionalização de todo o mundo. d) Patriota é antes aquele que luta por todas as pátrias e por todos os seres humanos. Técnicas de Redação - 3º ano

20 3- (UERJ) O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. O objetivo da fala do jovem, ao solicitar que Cristovam Buarque se comportasse como humanista, está corretamente descrito em: a) ressaltar a inteligência e a cultura patriótica do interlocutor. b) fazer um questionamento e um protesto dirigido ao debatedor. c) demonstrar consciência e tolerância ante a pluralidade de opiniões. d) desvalorizar o ponto de vista e a posição do brasileiro acerca do assunto. Leia, com atenção, os fragmentos abaixo selecionados, com adaptação, do texto "Literatura e subdesenvolvimento", de Antônio Cândido, publicado em A educação pela noite e outros ensaios (São Paulo: Ática, 1987, pp ). [...] 2 Se pensarmos nas condições materiais de existência da literatura, o fato básico talvez seja o analfabetismo, que nos países de cultura pré-colombiana adiantada é agravado pela pluralidade linguística ainda vigente, com as diversas línguas solicitando o seu lugar ao sol. Com efeito, ligam-se ao analfabetismo as manifestações de debilidade cultural: falta de meios de comunicação e difusão (editoras, bibliotecas, revistas, jornais); inexistência, dispersão e fraqueza dos públicos disponíveis para a literatura, devido ao pequeno número de leitores reais (muito menor que o número já reduzido de alfabetizados); impossibilidade de especialização dos escritores em suas tarefas literárias, geralmente realizadas como tarefas marginais ou mesmo amadorísticas; falta de resistência ou discriminação em face de influências e pressões externas. O quadro dessa debilidade se completa por fatores de ordem econômica e política, como os níveis insuficientes de remuneração e a anarquia financeira dos governos, articulados com políticas educacionais ineptas ou criminosamente desinteressadas. Salvo no tocante aos três países meridionais que formam a "América branca" (no dizer dos europeus), tem sido preciso fazer revoluções para alterar as condições de analfabetismo predominante, como foi o caso lento e incompleto do México e o caso rápido de Cuba. Os traços apontados não se combinam mecanicamente e sempre do mesmo modo, havendo diversas possibilidades de dissociação e agrupamento entre eles. O analfabetismo não é sempre razão suficiente para explicar a fraqueza de outros setores, embora seja o traço básico do subdesenvolvimento no terreno cultural. [...] Nas metrópoles que ainda hoje têm áreas subdesenvolvidas (Espanha e Portugal), a literatura foi e continua sendo um bem de consumo restrito, em comparação com os países plenamente desenvolvidos, onde os públicos podem ser classificados pelo tipo de leitura que fazem, e tal classificação permite comparações com a estratificação de toda a sociedade. Mas tanto na Espanha e em Portugal quanto em nossos países cria-se uma condição negativa prévia, o número de alfabetizados, isto é, os que podem eventualmente constituir os leitores das obras. Esta circunstância faz com que os países latino-americanos estejam mais próximos das condições virtuais das antigas metrópoles do que, em relação às suas, os países subdesenvolvidos da África e da Ásia, que falam idiomas diferentes dos falados pelo colonizador e enfrentam o grave problema de escolher o idioma em que deve manifestar-se a criação literária. [...] Isto é dito para mostrar que são maiores as possibilidades de comunicação do escritor latinoamericano no quadro do Terceiro Mundo, apesar da situação atual, que reduz muito os seus públicos eventuais. No entanto, é também possível imaginar que o escritor latino-americano esteja condenado a ser sempre o que tem sido: um produtor de bens culturais para minorias, embora no caso estas não signifiquem grupos de boa qualidade estética, mas simplesmente os poucos grupos dispostos a ler. Com efeito, não esqueçamos que os modernos recursos audiovisuais podem motivar uma tal mudança nos processos de criação e nos meios de comunicação, que quando as grandes massas chegarem finalmente à instrução, quem sabe irão buscar fora do livro os meios de satisfazer as suas necessidades de ficção e poesia. Dizendo de outro modo: na maioria dos nossos países há grandes massas ainda fora do alcance da literatura erudita, mergulhando numa etapa folclórica de comunicação oral. Quando alfabetizadas e absorvidas pelo processo de urbanização, passam para o domínio do rádio, da televisão, da história em quadrinhos, constituindo a base de uma cultura de massa. Daí a alfabetização não aumentar proporcionalmente o número de leitores da literatura, como a concebemos aqui; mas atirar os alfabetizados, junto com os analfabetos, diretamente da fase folclórica para essa espécie de folclore urbano Técnicas de Redação - 3º ano

21 que é a cultura massificada. No tempo da catequese os missionários coloniais escreviam autos e poemas, em língua indígena ou em vernáculo, para tornar acessíveis ao catecúmeno os princípios da religião e da civilização metropolitana, por meio de formas literárias consagradas, equivalentes às que se destinavam ao homem culto de então. Em nosso tempo, uma catequese às avessas converte rapidamente o homem rural à sociedade urbana, por meio de recursos comunicativos que vão até à inculcação subliminar, impondo-lhe valores duvidosos e bem diferentes dos que o homem culto busca na arte e na literatura. Aliás, este problema é um dos mais graves nos países subdesenvolvidos, pela interferência maciça do que se poderia chamar o know-how cultural e dos próprios materiais já elaborados de cultura massificada, provenientes dos países desenvolvidos. Por este meio, tais países podem não apenas difundir normalmente os seus valores, mas atuar anormalmente através deles para orientar a opinião e a sensibilidade das populações subdesenvolvidas no sentido dos seus interesses políticos. É normal, por exemplo, que a imagem do herói de far west se difunda, porque, independente dos juízos de valor, é um dos traços da cultura norteamericana incorporado à sensibilidade média do mundo contemporâneo. Em países de larga imigração japonesa, como o Peru e sobretudo o Brasil, está-se difundindo de maneira também normal a imagem do samurai, sobretudo por meio do cinema. Mas é anormal que tais imagens sirvam de veículo para inculcar nos públicos dos países subdesenvolvidos atitudes e ideias que os identifiquem aos interesses políticos e econômicos dos países onde foram elaboradas. Quando pensamos que a maioria dos desenhos animados e das histórias em quadrinhos são de copyright norte-americano, e que grande parte da ficção policial e de aventura vem da mesma fonte, ou é decalcada nela, é fácil avaliar a ação negativa que podem eventualmente exercer, como difusão anormal junto a públicos inermes. A este respeito convém assinalar que na literatura erudita o problema das influências pode ter um efeito estético bom, ou deplorável; mas só por exceção repercute no comportamento ético ou político das massas, pois atinge um número restrito de públicos restritos. Porém, numa civilização massificada, onde predominem os meios não-literários, paraliterários ou subliterários, como os citados, tais públicos restritos e diferenciados tendem a se uniformizar até o ponto de se confundirem com a massa, que recebe a influência em escala imensa. E, o que é mais, por meio de veículos onde o elemento estético se reduz ao mínimo, podendo confundir-se de maneira indiscernível com desígnios éticos ou políticos, que, no limite, penetram na totalidade das populações. [...] 4- (UFJF-MG) O trecho selecionado do texto "Literatura e subdesenvolvimento", de Antônio Cândido, apresenta uma tese sobre a cultura de massa, a) Identifique a tese. 5 - (UFJF-MG) Leia novamente o fragmento selecionado abaixo, para responder à questão. [...] Daí a alfabetização não aumentar proporcionalmente o número de leitores da literatura, como a concebemos aqui; mas atirar os alfabetizados, junto com os analfabetos, diretamente da fase folclórica para essa espécie de folclore urbano que é a cultura massificada. No tempo da catequese os missionários coloniais escreviam autos e poemas, em língua indígena ou em vernáculo, para tornar acessíveis ao catecúmeno os princípios da religião e da civilização metropolitana, por meio de formas literárias consagradas, equivalentes às que se destinavam ao homem culto de então. Em nosso tempo, uma catequese às avessas converte rapidamente o homem rural à sociedade urbana, por meio de recursos comunicativos que vão até à inculcação subliminar, impondo-lhe valores duvidosos e bem diferentes dos que c homem culto busca na arte e na literatura. [...] a) O autor afirma que o aumento no número de alfabetizados no Brasil não se refletirá, obrigatoriamente, no aumento do número de leitores da literatura. Explique, de maneira concisa, uma possível contradição na afirmação destacada. b) Antônio Cândido utiliza o termo "catequese" em dois contextos, conforme destacado no fragmento. Explique o significado do termo nos dois contextos. Técnicas de Redação - 3º ano

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