7 Resultados de Medições Diretas. Fundamentos de Metrologia

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "7 Resultados de Medições Diretas. Fundamentos de Metrologia"

Transcrição

1 7 Resultados de Medições Diretas Fundamentos de Metrologia

2 Motivação definição do mensurando procedimento de medição resultado da medição condições ambientais operador sistema de medição Como usar as informações disponíveis sobre o processo de medição e escrever corretamente o resultado da medição? RM = (RB ± IM) unidade

3 7.1 Medições Diretas e Indiretas

4 Medições diretas O sistema de medição jáj indica naturalmente o valor do mensurando. Exemplos: Medição do diâmetro de um eixo com um paquímetro. Medição da tensão elétrica de uma pilha com um voltímetro.

5 Medições indiretas A grandeza é determinada a partir de operações entre duas ou mais grandezas medidas separadamente. Exemplos: A área de um terreno retangular multiplicando largura pelo comprimento. Medição da velocidade média m de um automóvel dividindo a distância percorrida pelo tempo correspondente.

6 7.2 Caracterização do Processo de Medição

7 Processo de medição FONTE DE INCERTEZAS FONTE DE INCERTEZAS INCERTEZAS COMBINADAS definição do mensurando procedimento de medição resultado da medição condições ambientais operador sistema de medição FONTE DE INCERTEZAS FONTE DE INCERTEZAS FONTE DE INCERTEZAS

8 7.3 A Variabilidade do Mensurando

9 O Mensurando é considerado Invariável: vel: se seu valor permanece constante durante o período em que a medição é efetuada. Exemplo: a massa de uma jóia. j Variável: quando o seu valor não é único ou bem definido. Seu valor pode variar em função da posição, do tempo ou de outros fatores. Exemplo: a temperatura ambiente.

10 Em termos práticos Mensurando Invariável: vel: As variações do mensurando são inferiores a sua resolução. Mensurando Variável: As variações do mensurando são iguais ou superiores a sua resolução.

11 7.4 O resultado da medição de um mensurando invariável vel quando a incerteza e correção combinadas são conhecidas

12 Incertezas combinadas A repetitividade combinada corresponde à contribuição resultante de todas as fontes de erros aleatórios que agem simultaneamente no processo de medição. A correção combinada compensa os erros sistemáticos ticos de todas as fontes de erros sistemáticos ticos que agem simultaneamente no processo de medição..

13 Três casos Caso 1 Caso 2 Caso 3 Número de medições repetidas: n=1 n>1 n 1 Compensa erros sistemáticos: sim sim não

14 Caso 1 Mensurando invariável vel n = 1 Corrigindo erros sistemáticos ticos

15 Caso 1 indicação sistema de medição ±Re + C mensurando RB

16 Caso 1 indicação + C -Re + Re UMA ÚNICA MEDIÇÂO RM = I + C ± Re

17 Caso 1 - Exemplo (1000,00 ± 0,01) g g g RM = I + C ± Re RM = (-15,0) ± 3,72 RM = 999,0 ± 3,72 C = -15,0 g Re = 3,72 g RM = (999,0 ± 3,7) g

18 Caso 2 Mensurando invariável vel n > 1 Corrigindo erros sistemáticos ticos

19 Caso 2 indicação sistema de medição ±Re/ n + C mensurando RB

20 Caso 2 indicação média + C -Re / n + Re/ n MÉDIA DE n MEDIÇÕES RM = I + C ± Re / n

21 Caso 2 - Exemplo (1000,00 ± 0,01) ± 0,01) ± 0,01) g g g 111 C = -15,0 g Re = 3,72 g 1014 g g 1014 g 1015 g 1017 g 1012 g 1015 g 1018 g 1014 g 1015 g 1016 g 1013 g 1016 g 1015 g I = 1015 g RM = I + C ± Re/ n RM = ,0 ± 3,72 / 12 RM = 1000,0 ± 1,07 RM = (1000,0 ± 1,1) g

22 Caso 3 Mensurando invariável vel n 1 Não corrigindo erros sistemáticos ticos

23 Caso 3 - Erro máximo m conhecido - mensurando invariável vel indicação ou média sistema de medição -E máx + E máx RB mensurando

24 Caso 3 - Erro máximo m conhecido - mensurando invariável vel Indicação ou média -E máx + E máx UMA ÚNICA MEDIÇÂO RM = I ± E máx MÉDIA DE n MEDIÇÕES RM = I ± E máx

25 Caso 3 - Exemplo (1000,00 ± 0,01) g g g E máx = 18 g RM = I ± E máx RM = 1014 ± 18 RM = (1014 ± 18) g

26 Representação gráfica dos três resultados RM = (1014 ± 18) g RM = (999,0 ± 3,7) g RM = (1000,0 ± 1,1) g mensurando [g]

27 7.5 A Grafia Correta do Resultado da Medição

28 Algarismos Significativos (AS) Exemplos: 12 1,2 0,012 0, ,01200 Número de AS: tem dois AS tem dois AS tem dois AS tem dois AS tem quatro AS conta-se da esquerda para a direita a partir do primeiro algarismo não nulo

29 Regras de Grafia Regra 1: A incerteza da medição é escrita com até dois algarismos significativos. Regra 2: O resultado base é escrito com o mesmo número de casas decimais com que é escrita a incerteza da medição.

30 A grafia do resultado da Exemplo 1: medição RM = (319,213 ± 11,4) mm RM = (319,213 ± 11) mm REGRA 2 RM = (319 ± 11) mm REGRA 1

31 A grafia do resultado da Exemplo 2: medição RM = (18, ± 0, ) mm REGRA 1 RM = (18, ± 0,043) mm REGRA 2 RM = (18,422 ± 0,043) mm

32 7.6 O resultado da medição de um mensurando variável vel quando a incerteza e correção combinadas são conhecidas

33 Qual a altura do muro? h = média entre h 7 a h 14? h 7 h 3 h h 11 h 12 h 13 8 h 4 h 5 h h h h 1 h 6 h 2 c/2 c/2 Qual seria uma resposta honesta?

34 Respostas honestas: Varia. Varia entre um mínimo de h 1 e um máximo de h 2. h 1 h 2 Faixa de variação A faixa de variação de um mensurando variável deve fazer parte do resultado da medição.

35 Medição de mensurando variável vel Deve sempre ser medido muitas vezes, em locais e/ou momentos distintos, para que aumentem as chances de que toda a sua faixa de variação seja varrida.

36 Caso 4 Mensurando variável vel n > 1 Corrigindo erros sistemáticos ticos

37 Caso 4 faixa de variação das indicações sistema de medição ±t. u + C mensurando RB

38 Caso 4 indicação média + C - t. u + t. u u = incerteza padrão determinada a partir das várias indicações RM = I + C ± t. u

39 Caso 4 - Exemplo Temperatura no refrigerador A As temperaturas foram medidas durante duas horas, uma vez por minuto, por cada sensor. B Dos 480 pontos medidos, foi calculada a média e incerteza padrão: C I = 5,82 C u = 1,90 C D Da curva de calibração dos sensores determina-se a correção a ser aplicada: C = - 0,80 C

40 Caso 4 - Exemplo Temperatura no refrigerador RM = I + C ± t. u RM = 5,82 + (-0,80) ± 2,00. 1,90 RM = 5,02 ± 3,80 RM = (5,0 ± 3,8) C

41 Caso 5 Mensurando variável vel n > 1 Não corrigindo erros sistemáticos ticos

42 Caso 5 faixa de variação das indicações ±t. u sistema de medição -E máx + E máx RB mensurando

43 Caso 5 - Erro máximo m conhecido e mensurando variável vel indicação média -E máx + E máx - t. u + t. u RM = I ± (E máx + t. u)

44 Caso 5 - Exemplo Velocidade do vento A velocidade do vento foi medida durante 10 minutos uma vez a cada 10 segundos. Dos 60 pontos medidos, foi calculada a média e a incerteza padrão: E máx = 0,20 m/s I = 15,8 m/s u = 1,9 m/s

45 Caso 5 - Exemplo Velocidade do vento RM = I ± (E máx + t. u) RM = 15,8 ± (0,2 + 2,0*1,9) RM = (15,8 ± 4,0) m/s

46 7.7 O resultado da medição na presença a de várias v fontes de incertezas

47 Determinação da incerteza de medição em oito passos P1 Analise o processo de medição P2 Identifique as fontes de incertezas P3 Estime a correção de cada fonte de incerteza P4 Calcule a correção combinada P5 Estime a incerteza padrão de cada fonte de incertezas P6 Calcule a incerteza padrão combinada e o número de graus de liberdade efetivos P7 Calcule a incerteza expandida P8 Exprima o resultado da medição

48 P1 Analise o processo de medição 1. Compreenda todos os fenômenos envolvidos no processo de medição. 2. Busque informações complementares na bibliografia técnica, t catálogos, manuais, etc. 3. Se necessário, faça a experimentos auxiliares.

49 P2 Identifique as fontes de incerteza definição do mensurando procedimento de medição incertezas no resultado da medição condições ambientais operador sistema de medição Atribua um símbolo para cada fonte de incertezas considerada

50 processo de medição BALANÇO O DE INCERTEZAS unidade: fontes de incertezas símbolo descrição efeitos sistemáticos ticos efeitos aleatórios correção a distribuição u ν C c u c U correção combinada incerteza combinada incerteza expandida normal normal

51 processo de medição BALANÇO O DE INCERTEZAS unidade: fontes de incertezas símbolo descrição efeitos sistemáticos ticos efeitos aleatórios correção a distribuição u ν S1 S2 S3 S4 S5 descrição 1 descrição 2 descrição 3 descrição 4 descrição 5 C c u c U correção combinada incerteza combinada incerteza expandida normal normal

52 P3 Estime a correção de cada fontes de incertezas 1. Analise o fenômeno associado 2. Reúna informações pré-existentes 3. Se necessários realize experimentos 4. Pode ser conveniente estimar a correção para um bloco de fontes de incertezas cuja separação seria difícil ou inconveniente. 5. Estime o valor da correção a ser aplicada para as condições de medição e expresse-o o na unidade do mensurando.

53 processo de medição BALANÇO O DE INCERTEZAS unidade: fontes de incertezas símbolo descrição efeitos sistemáticos ticos efeitos aleatórios correção a distribuição u ν S1 S2 S3 S4 S5 descrição 1 descrição 2 descrição 3 descrição 4 descrição 5 C1 C2 C3 C4 C5 C c u c U correção combinada incerteza combinada incerteza expandida normal normal

54 P4 Calcule a correção combinada A correção combinada é calculada pela soma algébrica das correções individualmente estimadas para cada fonte de incertezas: C = C + C + C c C n

55 processo de medição BALANÇO O DE INCERTEZAS unidade: fontes de incertezas símbolo descrição efeitos sistemáticos ticos efeitos aleatórios correção a distribuição u ν S1 S2 S3 S4 S5 descrição 1 descrição 2 descrição 3 descrição 4 descrição 5 C1 C2 C3 C4 C5 C c u c U correção combinada incerteza combinada incerteza expandida Ccomb normal normal

56 P5 Estime a incerteza padrão de cada fonte de incertezas 1. Determinação através s de procedimentos estatísticos sticos (tipo( A): A A incerteza padrão pode ser estimada a partir de um conjunto de n medições repetidas por: n k = 1 u( I) = ( I k I n 1 ) 2 ν = n 1

57 P5 Estime a incerteza padrão de cada fonte de incertezas 1. Determinação através s de procedimentos estatísticos sticos (tipo( A): A Quando o mensurando é invariável e é determinado pela média de m medições repetidas, a incerteza padrão da média é estimada por: u( I ) = u( I) m ν = n 1

58 P5 Estime a incerteza padrão de cada fonte de incertezas 1. Determinação através s de procedimentos estatísticos sticos (tipo( A): A Quando o mensurando é variável e é determinado a partir da média de m medições repetidas, sua incerteza padrão é estimada por: u ( I ) = u( I) ν = n 1

59 P5 Estime a incerteza padrão de cada fonte de incertezas 2. Determinação através s de procedimentos não estatísticos sticos (tipo( B): B Dedução através s da análise do fenômeno Informações históricas e pre-existentes existentes Experiência de especialistas Informações extraídas de catálogos técnicos t e relatórios rios de calibrações

60 P5 Estime a incerteza padrão de cada fonte de incertezas 2. Determinação através s de procedimentos não estatísticos sticos (tipo( B): B Normalmente assume-se se que a distribuição de probabilidades é perfeitamente conhecida. O número n de graus de liberdade associado a uma distribuição de probabilidades perfeitamente conhecida é sempre infinito

61 P5 Estime a incerteza padrão distribuição retangular f(x) u = a 3 -a + a

62 Incerteza devido à resolução indicação R mensurando R/2 erro -R/2

63 P5 Estime a incerteza padrão distribuição triangular f(x) u = a 6 -a + a

64 P5 Estime a incerteza padrão distribuição gaussiana f(x) 95,45% u a = u = 2 a = σ 2 2σ 2σ -a + a

65 P5 Estime a incerteza padrão distribuição em U f(x) u = a 2 -a + a

66 processo de medição BALANÇO O DE INCERTEZAS unidade: fontes de incertezas símbolo descrição efeitos sistemáticos ticos efeitos aleatórios correção a distribuição u ν S1 descrição 1 C1 a1 tipo 1 u1 ν1 S2 descrição 2 C2 a2 tipo 2 u2 ν2 S3 descrição 3 C3 a3 tipo 3 u3 ν3 S4 descrição 4 C4 a4 tipo 4 u4 ν4 S5 descrição 5 C5 a5 tipo 5 u5 ν5 C c correção combinada Ccomb u c incerteza combinada normal U incerteza expandida normal

67 P6 Incerteza padrão combinada e o número de graus de liberdade efetivos O quadrado da incerteza padrão combinada é normalmente calculado pela soma dos quadrados das incertezas padrão de cada fonte de incertezas: u c = u1 + u2 + u un

68 P6 Incerteza padrão combinada e o número de graus de liberdade efetivos O número n de graus de liberdade efetivo é calculado pela equação de Welch-Satterthwaite Satterthwaite: u ν 4 c ef = u ν u ν u ν 4 n n Se um número n não inteiro for obtido, adota- se a parte inteira. Por exemplo: se ν ef = 17,6 adota-se 17.

69 processo de medição BALANÇO O DE INCERTEZAS unidade: fontes de incertezas símbolo descrição efeitos sistemáticos ticos efeitos aleatórios correção a distribuição u ν S1 descrição 1 C1 a1 tipo 1 u1 ν1 S2 descrição 2 C2 a2 tipo 2 u2 ν2 S3 descrição 3 C3 a3 tipo 3 u3 ν3 S4 descrição 4 C4 a4 tipo 4 u4 ν4 S5 descrição 5 C5 a5 tipo 5 u5 ν5 C c correção combinada Ccomb u c incerteza combinada normal ucomb νef U incerteza expandida normal

70 P7 Calcule a incerteza expandida Multiplique a incerteza combinada pelo coeficiente de Student correspondente ao número de graus de liberdade efetivo: U = t. ef u (95,45%, v ) c

71 processo de medição BALANÇO O DE INCERTEZAS unidade: fontes de incertezas símbolo descrição efeitos sistemáticos ticos efeitos aleatórios correção a distribuição u ν S1 descrição 1 C1 a1 tipo 1 u1 ν1 S2 descrição 2 C2 a2 tipo 2 u2 ν2 S3 descrição 3 C3 a3 tipo 3 u3 ν3 S4 descrição 4 C4 a4 tipo 4 u4 ν4 S5 descrição 5 C5 a5 tipo 5 u5 ν5 C c correção combinada Ccomb u c incerteza combinada normal ucomb νef U incerteza expandida normal Uexp

72 P8 Exprima o resultado da medição Calcule o compatibilize os valores. Use sempre o SI RM = ( I + C ± U ) unidade c Não esqueça: Conhecimento + Honestidade + Bom Senso

73 7.8 Problemas Resolvidos

74 7.8.a Incerteza de calibração de uma balança a digital

75 massa-padrão 20 20,16 g Resolução da balança: 0,02 g Temperatura ambiente: (20,0 ± 1,0) C Dados da massa padrão: Valor nominal: 20,000 g Correção: -0,005 g Incerteza da correção: 0,002 g 5 medições N Indicação 1 20, , , , ,18 Média 20,140 s 0,0316

76 P1 Análise do processo de medição 1. Mensurando: : massa padrão. Bem definida e com certificado de calibração. 2. Procedimento: : ligar, limpar, aguardar 30 min, regular zero, medir 5 vezes e média. m 3. Ambiente: : de laboratório. rio. Temperatura de (20,0 ± 1,0) C C e tensão elétrica estável. 4. Operador: : exerce pouca influência. Indicação digital e sem força a de medição. 5. O sistema de medição ão: é o próprio prio objeto da calibração.

77 P2 Fontes de incertezas 1. Repetitividade natural da balança. a. (Re) 2. Limitações da massa padrão. (MP) 3. Resolução limitada da balança. a. (R)

78 P3 + P4 Estimativa da correção: 1. A repetitividade natural da balança a e a resolução limitada trazem apenas componentes aleatórias. 2. A massa padrão possui uma correção C MP = - 0,005 g, que foi transcrita para a tabela. 3. A correção da massa padrão coincide com a correção combinada: C c = C MP

79 BALANÇO O DE INCERTEZAS processo de medição Calibração de uma balança a digital ponto 20 g unidade: g fontes de incertezas símbolo descrição efeitos sistemáticos ticos efeitos aleatórios correção a distribuição u ν Re MP R repetitividade natural - massa padrão -0,005 resolução limitada - C c u c U correção combinada -0,005 incerteza combinada incerteza expandida normal normal

80 P5 Incertezas padrão 1. Repetitividade: Estimada experimentalmente através s das 5 medições repetidas. A média m das 5 medições será adotada 0,0316 ure = u = = 0,0141 ν = 4 Re 5 5

81 P5 Incertezas padrão 2. Massa padrão: Incerteza expandida disponível no certificado de calibração. A incerteza padrão é calculada dividindo a incerteza expandida pelo coeficiente de Student,, cujo menor valor possível é 2, o que corresponde a infinitos graus de liberdade: u MP U 2 = MP = 0,002 2 = 0,001 ν MP =

82 P5 Incertezas padrão 3. Resolução limitada: O valor da resolução é 0,02 g. Sua incerteza tem distribuição retangular com a = R/2 = 0,01 g. Logo: u R = a 3 = R / 2 3 = 0,01 3 = 0,00577 ν R =

83 BALANÇO O DE INCERTEZAS processo de medição Calibração de uma balança a digital ponto 20 g unidade: g fontes de incertezas símbolo descrição efeitos sistemáticos ticos efeitos aleatórios correção a distribuição u ν Re MP R repetitividade natural - - normal 0, massa padrão -0,005 0,002 normal 0,0010 resolução limitada - 0,01 retang 0,00577 C c u c U correção combinada -0,005 incerteza combinada incerteza expandida normal normal

84 P6 Incerteza combinada u = u + u + c 2 Re 2 MP u 2 R u c = 2 2 ( 0,0141) + (0,0010) + (0,00577) 2 u c = (198, ,3).10 6 = 0, 0153 g

85 P6 Graus de liberdade efetivos u ν 4 c ef = 4 u ν Re Re u + ν 4 MP MP u + ν 4 R R (0,0153) ν ef 4 = (0,0141) (0,0010) 4 + (0,00577) 4 ν ef = 5,49 usar ν ef = 5

86 P7 Incerteza expandida U = t. uc = 2,649.0,0153 = 0, 0405 g

87 BALANÇO O DE INCERTEZAS processo de medição Calibração de uma balança a digital ponto 20 g unidade: g fontes de incertezas símbolo descrição efeitos sistemáticos ticos efeitos aleatórios correção a distribuição u ν Re MP R repetitividade natural - - normal 0, massa padrão -0,005 0,002 normal 0,0010 resolução limitada - 0,01 retang 0,00577 C c u c U correção combinada -0,005 incerteza combinada incerteza expandida normal 0, normal 0,0405

88 P8 Expressão do resultado CB = ( MP + CC ) I ± U C B = 20,000 + ( 0,005) 20,140 ± 0,0405 C B = ( 0,15 ± 0,04) g Para este ponto de calibração, a correção a ser aplicada na balança a em condições de laboratório rio é de -0,15 g, conhecida com uma incerteza expandida de 0,04 g.

89 7.8.b Incerteza da medição de uma jóia j por uma balança a digital

90 19,94 19,92 19,98 19,96 19,90 19,94 20,00 19,94 19,94 19,96 19,92 20,00 Média 19,950 s 0, ,94 g Temperatura ambiente: (25 ± 1) C Dados da calibração Indic. C U 0 0,00 0,03 5-0,04 0, ,08 0, ,12 0, ,15 0, ,17 0, ,17 0, ,15 0, ,13 0, ,10 0, ,07 0,05 Resolução: 0,02 g Deriva térmica: 0,008 g/k Deriva temporal: ± 0,010 g/mês

91 P1 Análise do processo de medição 1. Mensurando: : massa de uma jóia. j Invariável vel e bem definida. 2. Procedimento: : ligar, limpar, aguardar 30 min, regular zero, medir 12 vezes e média. m 3. Ambiente: : Temperatura de (25,0 ± 1,0) C, diferente da de calibração. 4. Operador: : exerce pouca influência. Indicação digital e sem força a de medição. 5. O sistema de medição ão: : correções conhecidas porém m de 5 meses atrás.

92 P2 Fontes de incertezas 1. Repetitividade natural da balança a (Re) 2. Resolução limitada da balança a (R) 3. Correção da balança a levantada na calibração (C( Cal ) 4. Deriva temporal (D( Temp ) 5. Deriva térmica t (D( Ter )

93 P3 Estimativa da correção: 1. A repetitividade natural da balança a e a resolução limitada trazem apenas componentes aleatórias. 2. A correção da balança a possui componente sistemática tica de C CCal = -0,15 g 3. Não é possível prever a componente sistemática tica da deriva temporal. 4. A deriva térmica t possui componente sistemática: tica:

94 probabilidade temperatura ( C) probabilidade 0,000 0,016 0,032 0,048 erro (g) 0,040 C DTer = -0,040 g

95 P4 Correção combinada 1. Calculada pela soma algébrica das correções estimadas para cada fonte de incertezas: C c = C Re + C R + C CCal +C DTemp + C DTer C c = 0,00 + 0,00 + (-0,15) + 0,00 + (-0,04) C c = -0,19 g

96 BALANÇO O DE INCERTEZAS processo de medição medição da massa de uma pedra preciosa unidade: g fontes de incertezas símbolo descrição efeitos sistemáticos ticos efeitos aleatórios correção a distribuição u ν Re R C Cal D Temp D Ter repetitividade natural - resolução do mostrador - correção da calibração -0,15 deriva temporal - deriva térmicat -0,04 C c u c U correção combinada -0,19 incerteza combinada incerteza expandida normal normal

97 P5 Incertezas padrão 1. Repetitividade: Estimada experimentalmente através s das 12 medições repetidas. A média m das 12 medições será adotada u 0,0313 ure = = = 0, 0090 g ν Re =

98 P5 Incertezas padrão 2. Resolução limitada: O valor da resolução é 0,02 g. Sua incerteza tem distribuição retangular com a = R/2 = 0,01 g. Logo: u R = a 3 = R / 2 3 = 0,01 3 = 0,00577 ν R =

99 P5 Incertezas padrão 3. Correção da balança Incerteza expandida disponível no certificado de calibração. A incerteza padrão é calculada dividindo a incerteza expandida pelo coeficiente de Student,, cujo menor valor possível é 2, o que corresponde a infinitos graus de liberdade: u CCal U = CCal 2 = 0,04 2 = 0,02 ν MP =

100 P5 Incertezas padrão 4. Deriva temporal A balança a degrada cerca de ± 0,010 g/mês Após s 5 meses, a degradação é de ± 0,050 g Assume-se se distribuição retangular: u DTemp = 0,050 3 = 0,0033 ν DTemp = - 0,05 g + 0,05 g

101 probabilidade Deriva térmicat temperatura probabilidade 0,008 g erro 0,000 0,016 0,032 0,048 u DTer = a 3 = 0,008 3 = 0,0046 ν DTer =

102 BALANÇO O DE INCERTEZAS processo de medição medição da massa de uma pedra preciosa unidade: g fontes de incertezas símbolo descrição efeitos sistemáticos ticos efeitos aleatórios correção a distribuição u ν Re R C Cal D Temp D Ter repetitividade natural - normal 0, resolução do mostrador - 0,01 retang 0,00577 correção da calibração -0,15 0,04 normal 0,0200 deriva temporal - 0,05 retang 0,0033 deriva térmicat -0,04 0,008 retang 0,00461 C c u c U correção combinada -0,19 incerteza combinada incerteza expandida normal normal

103 P6 Incertezas padrão combinada Combinando tudo: u = u + u + u + u + c 2 Re 2 R 2 CCal 2 DTmp u 2 DTer u c = ( 0,0090) + (0,00577) + (0,020) + (0,0033) + (0,0046) 2 u c = (81+ 33, ,9 + 21,1).10 6 = 0,0234 g

104 Participação percentual de cada fonte de incertezas 80% 70% 73.2% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 14.8% 6.1% 3.9% 2.0% Ccal Re R Dter Dtemp

105 P6 Graus de liberdade efetivos u ν 4 c ef 4 u = ν Re Re u + ν 4 R R u + ν 4 CCal CCal + u ν 4 DTmp DTmp u + ν 4 DTer DTer (0,0234) ν ef 4 = (0,0090) (0,00577) 4 + (0,020) 4 + (0,0033) 4 + (0,0046) 4 ν ef = 503

106 P7 Incerteza expandida U = t. uc = 2,00.0,0234 = 0, 047 g

107 BALANÇO O DE INCERTEZAS processo de medição medição da massa de uma pedra preciosa unidade: g fontes de incertezas símbolo descrição efeitos sistemáticos ticos efeitos aleatórios correção a distribuição u ν Re R C Cal D Temp D Ter repetitividade natural - normal 0, resolução do mostrador - 0,01 retang 0,00577 correção da calibração -0,15 0,04 normal 0,0200 deriva temporal - 0,05 retang 0,0033 deriva térmicat -0,04 0,008 retang 0,00461 C c u c U correção combinada -0,19 incerteza combinada incerteza expandida normal 0, normal 0,047

108 P8 Expressão do resultado RM = I + C U C ± RM = 19,95 + ( 0,19) ± 0, 047 RM = ( 19,76 ± 0,05) g Nestas condições é possível afirmar que o valor da massa da pedra preciosa está dentro do intervalo (19,76 ± 0,05) g.

109 P8 Expressão do resultado Se os erros sistemáticos ticos não fossem corrigidos, o valor absoluto da correção combinada Cc Cc = 0,19 g deveria ser algebricamente somado à incerteza de medição: RM = I ± ( U + C ) C RM = 19,95 ± (0,047 + RM = ( 19,95 ± 0,24) 0,19) Assim, sem que nenhum erro sistemático tico seja compensado, é possível afirmar que o valor da massa da pedra preciosa está dentro do intervalo (19,95 ± 0,24) g. g

110 7.8.c Incerteza da medição de um mensurando variável vel por uma balança a digital

111 Dados da calibração Média 20,202 s 0,242 20,20 g Temperatura ambiente: (25 ± 1) C Indic. C U 0 0,00 0,03 5-0,04 0, ,08 0, ,12 0, ,15 0, ,17 0, ,17 0, ,15 0, ,13 0, ,10 0, ,07 0,05 Resolução: 0,02 g Deriva térmica: 0,008 g/k Deriva temporal: ± 0,010 g/mês

112 P1 Análise do processo de medição 1. Mensurando: : massa de um conjunto de parafusos. Variável. 2. Procedimento: : ligar, limpar, aguardar 30 min, regular zero, medir uma vez cada parafuso, calcular média m e desvio padrão. 3. Ambiente: : Temperatura de (25,0 ± 1,0) C, diferente da de calibração. 4. Operador: : exerce pouca influência. Indicação digital e sem força a de medição. 5. O sistema de medição ão: : correções conhecidas porém m de 5 meses atrás.

113 P2 Fontes de incertezas 1. Repetitividade natural da balança a (Re) combinada com a variabilidade do processo. 2. Resolução limitada da balança a (R) 3. Correção da balança a levantada na calibração (C( Cal ) 4. Deriva temporal (D( Temp ) 5. Deriva térmica t (D( Ter )

114 P3 Estimativa da correção: 1. A repetitividade natural da balança a e a resolução limitada trazem apenas componentes aleatórias. 2. A correção da balança a possui componente sistemática tica de C CCal = -0,15 g 3. Não é possível prever a componente sistemática tica da deriva temporal. 4. A deriva térmica t possui componente sistemática: tica:

115 P4 Correção combinada 1. Calculada pela soma algébrica das correções estimadas para cada fonte de incertezas: C c = C Re + C R + C CCal +C DTemp + C DTer C c = 0,00 + 0,00 + (-0,15) + 0,00 + (-0,04) C c = -0,19 g

116 BALANÇO O DE INCERTEZAS processo de medição medição da massa de uma pedra preciosa unidade: g fontes de incertezas símbolo descrição efeitos sistemáticos ticos efeitos aleatórios correção a distribuição u ν Re R C Cal D Temp D Ter repetitividade natural - resolução do mostrador - correção da calibração -0,15 deriva temporal - deriva térmicat -0,04 C c u c U correção combinada -0,19 incerteza combinada incerteza expandida normal normal

117 P5 Incertezas padrão 1. Repetitividade: Estimada experimentalmente através s da medição dos 50 parafusos. Será adotada a repetitividade das indicações e não da média: m u = s = 0, 242 g 49 Re ν Re = 2. As contribuições das demais fontes de incerteza permanecem as mesmas do exemplo anterior.

118 BALANÇO O DE INCERTEZAS processo de medição medição da massa de uma pedra preciosa unidade: g fontes de incertezas símbolo descrição efeitos sistemáticos ticos efeitos aleatórios correção a distribuição u ν Re R C Cal D Temp D Ter repetitividade natural - normal 0, resolução do mostrador - 0,01 retang 0,00577 correção da calibração -0,15 0,04 normal 0,0200 deriva temporal - 0,05 retang 0,0033 deriva térmicat -0,04 0,08 retang 0,0461 C c u c U correção combinada -0,19 incerteza combinada incerteza expandida normal normal

119 P6 Incertezas padrão combinada Combinando tudo: u = u + u + u + u + c 2 Re 2 R 2 CCal 2 DTmp u 2 DTer u c = ( 0,242) + (0,00577) + (0,020) + (0,0033) + (0,0046) 2 u c = ( , ,9 + 21,1).10 6 = 0,243 g

120 Participação percentual de cada fonte de incertezas 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 99.2% 0.7% 0.1% 0.0% 0.0% Re Ccal R Dter Dtemp

121 P6 Graus de liberdade efetivos u ν 4 c ef 4 u = ν Re Re u + ν 4 R R u + ν 4 CCal CCal + u ν 4 DTmp DTmp u + ν 4 DTer DTer (0,243) ν ef 4 = (0,242) (0,00577) 4 + (0,020) 4 + (0,0033) 4 + (0,0046) 4 ν ef = 50

122 P7 Incerteza expandida U = t. uc = 2,051.0,243 = 0, 498 g

123 BALANÇO O DE INCERTEZAS processo de medição medição da massa de uma pedra preciosa unidade: g fontes de incertezas símbolo descrição efeitos sistemáticos ticos efeitos aleatórios correção a distribuição u ν Re R C Cal D Temp D Ter repetitividade natural - normal 0, resolução do mostrador - 0,01 retang 0,00577 correção da calibração -0,15 0,04 normal 0,0200 deriva temporal - 0,05 retang 0,0033 deriva térmicat -0,04 0,08 retang 0,0461 C c u c U correção combinada -0,19 incerteza combinada incerteza expandida normal 0, normal 0,498

124 P8 Expressão do resultado RM = I + C U C ± RM = 20,202 + ( 0,19) ± 0, 498 RM = ( 20,0 ± 0,5) g Nestas condições é possível afirmar as massas dos parafusos produzidos está dentro da faixa (20,0 ± 0,5) g.

Esclarecimento: VARIÁVEL: as variações do mensurando são maiores que a incerteza expandida do SM

Esclarecimento: VARIÁVEL: as variações do mensurando são maiores que a incerteza expandida do SM Esclarecimento: VARIÁVEL: as variações do mensurando são maiores que a incerteza expandida do SM INVARIÁVEL: as variações do mensurando são inferiores à incerteza expandida do SM O resultado da medição

Leia mais

05/08/2014. RM = (RB ± IM) unidade. Como usar as informações disponíveis sobre o processo de medição e escrever corretamente o resultado da medição?

05/08/2014. RM = (RB ± IM) unidade. Como usar as informações disponíveis sobre o processo de medição e escrever corretamente o resultado da medição? 6 Resltados de Medições Diretas Fndamentos da Metrologia Científica e Indstrial Slides do livrofmci Motivação definição do mensrando procedimento de medição resltado da medição condições ambientais operador

Leia mais

Incerteza da medição de uma jóia por uma balança digital

Incerteza da medição de uma jóia por uma balança digital Incerteza da medição de uma jóia por uma balança digital 19,94 19,9 19,98 19,96 19,90 19,94 0,00 19,94 19,94 19,96 19,9 0,00 19,94 g Resolução: 0,0 g Média 19,950 g s 0,0313 Dados da calibração CERTIFICADO

Leia mais

AULA 9. TMEC018 Metrologia e Instrumentação.

AULA 9. TMEC018 Metrologia e Instrumentação. AULA 9 TMEC018 Metrologia e Instrmentação www.metrologia.fpr.br Incerteza da medição de ma jóia por ma balança digital 19,9 19,9 19,98 19,96 19,90 19,9 0,00 19,9 19,9 19,96 19,9 0,00 Resolção: 0,0 g 19,9

Leia mais

definição do mensurando condições ambientais

definição do mensurando condições ambientais Motivação definição do mensurando procedimento de medição resultado da medição condições ambientais operador sistema de medição Como usar as informações disponíveis sobre o processo de medição e escrever

Leia mais

Incerteza da medição de uma jóia por uma balança digital

Incerteza da medição de uma jóia por uma balança digital Incerteza da medição de ma jóia por ma balança digital 19,94 19,9 19,98 19,96 19,90 19,94 0,00 19,94 19,94 19,96 19,9 0,00 19,94 g Resolção: 0,0 g Média 19,950 g s 0,0313 Dados da calibração CERTIFICADO

Leia mais

ENG Medidas Elétricas

ENG Medidas Elétricas ENG3500 - Medidas Elétricas Aula 4 Resultados de Medidas Diretas e Indiretas Prof. Raffael Costa de Figueiredo Pinto Conteúdo orginalmente criado pela Prof.ª Fabrícia Neres Resultados de medidas diretas

Leia mais

O resultado da medição na presença de várias fontes de incertezas

O resultado da medição na presença de várias fontes de incertezas O resltado da medição na presença de várias fontes de incertezas Determinação da incerteza de medição em oito passos P1 Analise o processo de medição P Identifiqe as fontes de incertezas P3 Estime a correção

Leia mais

TURMA Diurno

TURMA Diurno TURMA 2018 1 - Diurno Forma de Avaliação: I) Avaliação dos Conceitos Teóricos adquiridos: Datas previstas para as provas: PROVA 1: 29 de maio PROVA 2: 19 de junho II) Avaliação Prática : A) Relatório de

Leia mais

Metrologia e Controle Geométrico Aula 3 PROF. DENILSON J. VIANA

Metrologia e Controle Geométrico Aula 3 PROF. DENILSON J. VIANA Metrologia e Controle Geométrico Aula 3 PROF. DENILSON J. VIANA Medição direta É aquela em que o sistema de medição já indica naturalmente o valor do mensurando. Tipos de acordo com a variabilidade do

Leia mais

Metrologia 1ª lista de exercícios

Metrologia 1ª lista de exercícios 1. Cite as três classes de aplicações onde é importante medir. Dê exemplos de situações presentes na sua vida de cada uma das classes. 2. Da definição de medir: "... é o procedimento experimental através

Leia mais

AULA 6. TMEC018 Metrologia e Instrumentação.

AULA 6. TMEC018 Metrologia e Instrumentação. AULA 6 TMEC018 Metrologia e Instrumentação www.metrologia.ufpr.br Motivação definição do mensurando procedimento de medição resultado da medição condições ambientais operador sistema de medição Posso

Leia mais

4 O Erro de Medição. Erro de Medição. Fundamentos de Metrologia. sistema de medição. mensurando. erro de medição

4 O Erro de Medição. Erro de Medição. Fundamentos de Metrologia. sistema de medição. mensurando. erro de medição 4 O Erro de Medição Fundamentos de Metrologia Erro de Medição sistema de medição mensurando indicação erro de medição valor verdadeiro 1 Um exemplo de erros... Teste de precisão de tiro de canhões: Canhão

Leia mais

3 O Erro de Medição. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial.

3 O Erro de Medição. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial. 3 O Erro de Medição Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial www.posmci.ufsc.br Erro de Medição sistema de medição mensurando indicação erro de medição valor verdadeiro Fundamentos da Metrologia

Leia mais

05/08/2014. sistema de medição. mensurando. Erro de Medição. Slides do livro FMCI - Professor Armando Albertazzi

05/08/2014. sistema de medição. mensurando. Erro de Medição. Slides do livro FMCI - Professor Armando Albertazzi O Erro de Medição Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial Slides do livro FMCI - Professor Armando Albertazzi Erro de Medição sistema de medição mensurando indicação erro de medição valor verdadeiro

Leia mais

As sete unidades de base do SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES (SI)

As sete unidades de base do SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES (SI) As sete unidades de base do SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES (SI) http://www.inmetro.gov.br/inovacao/publicacoes/si_versao_final.pdf A grafia correta Grafia dos nomes das unidades Quando escritos por

Leia mais

Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial Calibração Indireta de Voltímetro Digital

Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial Calibração Indireta de Voltímetro Digital Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial Calibração Indireta de Voltímetro Digital 1. Apresentação Quatro elementos estão disponíveis no ambiente virtual: Voltímetro digital a ser calibrado Voltímetro

Leia mais

Instrução de Trabalho

Instrução de Trabalho Instrução para Cálculo de Incerteza de Medição IT - 002 04 1 de 5 SUMÁRIO 1 OBJETIVO 2 REFERÊNCIAS 3 DEFINIÇÕES 4 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES 5 REGISTROS 6 RESPONSABILIDADES 7 CONTROLE DE ALTERAÇÕES 8 ANEXOS

Leia mais

4 ABORDAGENS METROLÓGICAS

4 ABORDAGENS METROLÓGICAS 4 4 ABORDAGENS METROLÓGICAS Neste capitulo são apresentados os termos metrológicos utilizados neste documento. Estes conceitos foram selecionados do Vocabulário Internacional de termos fundamentais e gerais

Leia mais

Metrologia e Controle Geométrico Aula 2 PROF. DENILSON J. VIANA

Metrologia e Controle Geométrico Aula 2 PROF. DENILSON J. VIANA Metrologia e Controle Geométrico Aula 2 PROF. DENILSON J. VIANA Erro de Medição É a diferençaentre o valor medido de uma grandeza e um valor de referencia (valor verdadeiro) E=I-VV E=Erro de medição I=Indicação

Leia mais

CÁLCULO DA INCERTEZA

CÁLCULO DA INCERTEZA CÁLCULO DA INCERTEZA O resultado de uma medição é somente um valor aproximado ou uma estimativa do Mensurando. ele é completo somente quando acompanhado do valor declarado de sua incerteza. A incerteza

Leia mais

TMEC018 Metrologia e Instrumentação. Prof. Alessandro Marques

TMEC018 Metrologia e Instrumentação. Prof. Alessandro Marques TMEC018 Metrologia e Instrumentação Prof. Alessandro Marques (amarques@ufpr.br) www.metrologia.ufpr.br Erro de Medição Erro de Medição sistema de medição mensurando indicação valor verdadeiro erro de medição

Leia mais

ERROS DE MEDIÇÃO. Vocabulário; Erros de Medição; Calibração.

ERROS DE MEDIÇÃO. Vocabulário; Erros de Medição; Calibração. ERROS DE MEDIÇÃO Vocabulário; Erros de Medição; Calibração. CALIBRAÇÃO Imaginando o caso da balança, após estabelecer os erros sistemáticos e aleatórios, poderíamos conviver com os erros efetuando um fator

Leia mais

3. Dê um exemplo onde a indicação direta seja diferente da indicação propriamente dita.

3. Dê um exemplo onde a indicação direta seja diferente da indicação propriamente dita. 1. Cite as três classes de aplicações onde é importante medir. Dê exemplos de situações presentes na sua vida de cada uma das classes. 2. Da definição de medir: "... é o procedimento experimental através

Leia mais

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS PONTA GROSSA METROLOGIA II

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS PONTA GROSSA METROLOGIA II METROLOGIA II Professor: Eng. PAULO ROBERTO CAMPOS ALCOVER JUNIOR Curso de Tecnologia em Fabricação Mecânica 2 Período - Definição ; ; ; ; ;. 2 Definição: sistema de medição mensurando indicação erro de

Leia mais

08/12/97 Luiz Feijó Jr.

08/12/97 Luiz Feijó Jr. Cálculo da Incerteza da medição guia prático A Medição A palavra medição tem múltiplos significados: pode ser o processo de quantificação pode ser o número resultante Resultado de uma medição Para um leigo:

Leia mais

Em Laboratório de Física Básica fenômenos ou propriedades físicas são estudados à luz de grandezas

Em Laboratório de Física Básica fenômenos ou propriedades físicas são estudados à luz de grandezas 1 Em Básica fenômenos ou propriedades físicas são estudados à luz de grandezas físicas mensuráveis (comprimento, tempo, massa, temperatura etc.) obtidas através de instrumentos de medida. Busca-se o valor

Leia mais

Instrumentação Industrial. Fundamentos de Instrumentação Industrial: Introdução a Metrologia Incerteza na Medição

Instrumentação Industrial. Fundamentos de Instrumentação Industrial: Introdução a Metrologia Incerteza na Medição Instrumentação Industrial Fundamentos de Instrumentação Industrial: Introdução a Metrologia Incerteza na Medição Introdução a Metrologia O que significa dizer: O comprimento desta régua é 30cm. A temperatura

Leia mais

27/03/2009 INCERTEZA DE APLICADA AO USO DO GÁS NATURAL. Esp.Henrique Diniz. Objetivos. Abordar os aspectos práticos sobre Incerteza de Medição

27/03/2009 INCERTEZA DE APLICADA AO USO DO GÁS NATURAL. Esp.Henrique Diniz. Objetivos. Abordar os aspectos práticos sobre Incerteza de Medição INCERTEZA DE APLICADA AO USO DO GÁS NATURAL Esp.Henrique Diniz Objetivos Abordar os aspectos práticos sobre Incerteza de Medição 1 Bibliografia para Consulta Guia para Expressão da Incerteza nas Medições

Leia mais

FÍSICA EXPERIMENTAL C ( )

FÍSICA EXPERIMENTAL C ( ) FÍSICA EXPERIMENTAL C (4323301) REPRESENTAÇÃO DE INCERTEZAS EM RESULTADOS EXPERIMENTAIS Medida, erro e incerteza Qualquer medida física possui sempre um valor verdadeiro, que é sempre desconhecido, e um

Leia mais

Instrumentação Industrial. Fundamentos de Instrumentação Industrial: Caracterização Estática

Instrumentação Industrial. Fundamentos de Instrumentação Industrial: Caracterização Estática Instrumentação Industrial Fundamentos de Instrumentação Industrial: Caracterização Estática Caracterização Estática de Instrumentos Definição: determinação da relação entre a entrada e a saída do instrumento,

Leia mais

Aula II Estatística Aplicada à Instrumentação Industrial -Avaliação da Incerteza de Medição

Aula II Estatística Aplicada à Instrumentação Industrial -Avaliação da Incerteza de Medição Aula II Estatística Aplicada à Instrumentação Industrial -Avaliação da Incerteza de Medição Universidade Federal da Bahia Escola Politécnica Disciplina: Instrumentação e Automação Industrial I(ENGF99)

Leia mais

Tratamento de dados e representação das incertezas em resultados experimentais

Tratamento de dados e representação das incertezas em resultados experimentais Tratamento de dados e representação das incertezas em resultados experimentais Medida, erro e incerteza Qualquer medida física sempre possui um valor verdadeiro, que é sempre desconhecido e um valor medido.

Leia mais

EXPERIMENTO I MEDIDAS E ERROS

EXPERIMENTO I MEDIDAS E ERROS EXPERIMENTO I MEDIDAS E ERROS Introdução Na leitura de uma medida física deve-se registrar apenas os algarismos significativos, ou seja, todos aqueles que a escala do instrumento permite ler mais um único

Leia mais

Guia RELACRE CÁLCULO DA INCERTEZA NA CALIBRAÇÃO DE CONTADORES DE ÁGUA PELO MÉTODO VOLUMÉTRICO

Guia RELACRE CÁLCULO DA INCERTEZA NA CALIBRAÇÃO DE CONTADORES DE ÁGUA PELO MÉTODO VOLUMÉTRICO Guia RELACRE 6 CÁLCULO DA INCERTEZA NA CALIBRAÇÃO DE CONTADORES DE ÁGUA PELO MÉTODO VOLUMÉTRICO FICHA TÉCNICA TÍTULO: Guia RELACRE 6 Cálculo da Incerteza na Calibração de Contadores de Água pelo Método

Leia mais

Incertezas de Medição

Incertezas de Medição Incertezas de Medição Prof. Marcos Antonio Araujo Silva Dep. de Física "I can live with doubt and uncertainty and not knowing. I think it is much more interesting to live not knowing than to have answers

Leia mais

Física Geral. Incertezas em Medidas Diretas

Física Geral. Incertezas em Medidas Diretas Física Geral Incertezas em Medidas Diretas Experimento Simples Medidas diretas: valores resultantes de medições de uma mesma grandeza, realizadas por um mesmo experimentador, com o mesmo instrumento de

Leia mais

Medições e incertezas associadas

Medições e incertezas associadas Medições e incertezas associadas Adaptado pelo Prof. Luís Perna Medições diretas e indiretas Quais são as diferenças entre medir, medição e medida de uma grandeza? Medir é comparar uma grandeza com uma

Leia mais

4 Resultados de Calibração, Medição e Incerteza de Medição

4 Resultados de Calibração, Medição e Incerteza de Medição 90 4 Resultados de Calibração, Medição e Incerteza de Medição 4.1. Resultados da calibração do padrão de transferência Os resultados da calibração do padrão de transferência (item 3.4.2) realizado no Laboratório

Leia mais

Medidas em Laboratório

Medidas em Laboratório Medidas em Laboratório Prof. Luis E. Gomez Armas Lab. de Física Unipampa, Alegrete 1 o Semestre 2014 Sumário O que é fazer um experimento? Medidas diretas e indiretas Erros e sua classificação Algaritmos

Leia mais

Laboratório de Física I TEORIA DE ERROS Prof. Dr. Anderson André Felix Técnico do Lab.: Vinicius Valente

Laboratório de Física I TEORIA DE ERROS Prof. Dr. Anderson André Felix Técnico do Lab.: Vinicius Valente Laboratório de Física I TEORIA DE ERROS Prof. Dr. Anderson André Felix Técnico do Lab.: Vinicius Valente aa.felix@unesp.br vinicius.valente@unesp.br www.iq.unesp.br/laboratoriodefisica Número 1 Grandeza

Leia mais

Medição e Erro. Luciano Lettnin Março/2013

Medição e Erro. Luciano Lettnin Março/2013 Medição e Erro Luciano Lettnin Março/2013 Definição: o O processo de medição, envolve a utilização de um instrumento como meio físico para determinar uma grandeza ou o valor de uma variável. o O procedimento

Leia mais

5 O Sistema de Medição. Fundamentos de Metrologia

5 O Sistema de Medição. Fundamentos de Metrologia 5 O Sistema de Medição Fundamentos de Metrologia Neste texto: Definições Instrumento de medição tem sido preferido para medidores pequenos, portáteis teis e encapsulados em uma única unidade. Sistemas

Leia mais

CAPÍTULO 6. Incerteza de Medição. 6.1 Introdução

CAPÍTULO 6. Incerteza de Medição. 6.1 Introdução CAPÍTULO 6 Incerteza de Medição 6.1 Introdução O VIM define o mensurando como a grandeza específica submetida à medição, e o valor verdadeiro como sendo o valor de uma grandeza compatível com a definição

Leia mais

Universidade Federal do Paraná - Engenharia Mecânica DEMEC Prof. Alessandro Marques Disciplina: Sistemas de Medições 1 (Exercícios)

Universidade Federal do Paraná - Engenharia Mecânica DEMEC Prof. Alessandro Marques Disciplina: Sistemas de Medições 1 (Exercícios) 1) Um manômetro foi construído com estes módulos: a) Transdutor extensométrico Faixa de medição: 0 a 20 bar Sensibilidade: 2 mv/bar Incerteza Expandida (U TE ): ± 0,02 mv b) Amplificador Faixa de medição:

Leia mais

METROLOGIA E ENSAIOS

METROLOGIA E ENSAIOS METROLOGIA E ENSAIOS MEDIÇÃO E ERRO Prof. Alexandre Pedott pedott@producao.ufrgs.br Medição É o conjunto de operações que têm por objetivo determinar o valor de uma grandeza. Grandeza é o atributo de um

Leia mais

Física Geral - Laboratório. Aula 3: Estimativas e erros em medidas diretas (I)

Física Geral - Laboratório. Aula 3: Estimativas e erros em medidas diretas (I) Física Geral - Laboratório Aula 3: Estimativas e erros em medidas diretas (I) 1 Experimentos: medidas diretas Experimento de medidas diretas de uma grandeza: Aquisição de um conjunto de dados através de

Leia mais

Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva

Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva Introdução ao curso de Física Experimental I Cronograma do curso Método de avaliação Método para confecção dos relatórios Horário de atendimento aos alunos Disponibilização

Leia mais

Avaliação e Expressão de Medições e de Suas Incertezas

Avaliação e Expressão de Medições e de Suas Incertezas Avaliação e Expressão de Medições e de Suas Incertezas INTRODUÇÃO A Física assim como todas as outras ciências é baseada em observações e medições quantitativas. A partir de observações e dos resultados

Leia mais

Metrologia VIM - Vocabulário Internacional de Metrologia

Metrologia VIM - Vocabulário Internacional de Metrologia VIM - Vocabulário Internacional de Metrologia Como a metrologia possui interferência em quase todas as áreas da sociedade, torna-se imperativo que exista uma linguagem comum em todas elas, de forma que

Leia mais

4 O Sistema de Medição

4 O Sistema de Medição 4 O Sistema de Medição Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial www.posmci.ufsc.br Definições Neste texto: Instrumento de medição tem sido preferido para medidores pequenos, portáteis e encapsulados

Leia mais

CAPÍTULO 4 O ERRO DE MEDIÇÃO

CAPÍTULO 4 O ERRO DE MEDIÇÃO CAPÍTULO 4 O ERRO DE MEDIÇÃO 4.1 A Convivência com o Erro O erro de medição é caracterizado como a diferença entre o valor da indicação do SM e o valor verdadeiro o mensurando, isto é: E = I - VV (4.1)

Leia mais

Física Geral (2013/1) Aula 3: Estimativas e erros em medidas diretas (I)

Física Geral (2013/1) Aula 3: Estimativas e erros em medidas diretas (I) Física Geral (2013/1) Aula 3: Estimativas e erros em medidas diretas (I) 1 Experimentos: medidas diretas Experimento de medidas diretas de uma grandeza: Aquisição de um conjunto de dados através de medições

Leia mais

Introdução às Ciências Experimentais Curso de Licenciatura em Física. Prof. Daniel Micha CEFET/RJ campus Petrópolis

Introdução às Ciências Experimentais Curso de Licenciatura em Física. Prof. Daniel Micha CEFET/RJ campus Petrópolis Introdução às Ciências Experimentais Curso de Licenciatura em Física Prof. Daniel Micha CEFET/RJ campus Petrópolis AULA 2 Tomada de dados e estimativa de incertezas Propagação de incertezas Atividades

Leia mais

TM247 - Sistemas de Medição. Prof. Alessandro Marques

TM247 - Sistemas de Medição. Prof. Alessandro Marques TM247 - Sistemas de Medição Prof. Alessandro Marques amarques@ufpr.br www.metrologia.ufpr.br Módulos básicos de um SM sistema de medição mensurando transdutor e/ou sensor unidade de tratamento do sinal

Leia mais

3. CONFIABILIDADE METROLÓGICA

3. CONFIABILIDADE METROLÓGICA 3. CONFIABILIDADE METROLÓGICA A Confiabilidade Metrológica é, como o próprio nome indica, uma confiança ou uma certeza nos resultados de ensaios, análises e medições. A conformidade de produtos a um certo

Leia mais

Erros e Medidas. Professor: Carlos Alberto Disciplina: Física Geral e Experimental. Profº Carlos Alberto

Erros e Medidas. Professor: Carlos Alberto Disciplina: Física Geral e Experimental. Profº Carlos Alberto Erros e Medidas Professor: Carlos Alberto Disciplina: Física Geral e Experimental Medindo grandezas Físicas Medir é comparar duas grandezas sendo uma delas previamente definida como padrão e a outra desconhecida.

Leia mais

Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva

Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva Medidas de grandezas físicas Valor numérico e sua incerteza, unidades apropriadas Exemplos: - Velocidade (10,02 0,04) m/s - Tempo (2,003 0,001) µs - Temperatura (273,3

Leia mais

ERROS DE MEDIÇÃO. Vocabulário; Erros de Medição; Calibração.

ERROS DE MEDIÇÃO. Vocabulário; Erros de Medição; Calibração. ERROS DE MEDIÇÃO Vocabulário; Erros de Medição; Calibração. VOCABULÁRIO EM METROLOGIA Medir é comparar com um padrão Mensurando: É o objeto de Medição (Peça) Sistema de Medição(SM): Instrumento/Máquina

Leia mais

Incerteza de medição simplificada na análise da conformidade do produto

Incerteza de medição simplificada na análise da conformidade do produto Incerteza de medição simplificada na análise da conformidade do produto Paulo Henrique Incerpi (UNIFEI) incerpi@unifei.edu.br José Leonardo Noronha (UNIFEI) jln@unifei.edu.br Luiz Fernando Barca (UNIFEI)

Leia mais

ERRO E TRATAMENTO DE DADOS ANALÍTICOS

ERRO E TRATAMENTO DE DADOS ANALÍTICOS Universidade Federal de Juiz de Fora Instituto de Ciências Exatas Departamento de Química Introdução a Analise Química - I sem/2013 Profa Ma Auxiliadora - 1 Disciplina QUIO94 - Introdução à Análise Química

Leia mais

01/09/15. Medidas Elétricas Aula 4 Sistemas de Medição. Métodos de Medição. Método de Comparação. Método de Comparação. Método de Indicação

01/09/15. Medidas Elétricas Aula 4 Sistemas de Medição. Métodos de Medição. Método de Comparação. Método de Comparação. Método de Indicação 1/9/15 Introdução ao Sistema de Medição Ê Métodos básicos de medição; Medidas Elétricas ula 4 Sistemas de Medição Prof. Fabricia Neres Métodos de Medição Ê Comparação (zeragem); Método de Comparação Ê

Leia mais

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Departamento de Ciências Eatas e Naturais 1 Teoria dos Erros Física I Ferreira 1 ÍNDICE 1. Elaboração de relatórios; 2. Introdução à teoria dos Erros; 3. Classificação

Leia mais

Física Geral - Laboratório. Aula 2: Organização e descrição de dados e parâmetros de dispersão e correlação

Física Geral - Laboratório. Aula 2: Organização e descrição de dados e parâmetros de dispersão e correlação Física Geral - Laboratório Aula 2: Organização e descrição de dados e parâmetros de dispersão e correlação 1 Física Geral - Objetivos Ao final do período, o aluno deverá ser capaz de compreender as principais

Leia mais

Experimento 4 Forças Centrais

Experimento 4 Forças Centrais Experimento 4 Forças Centrais Neste experimento, mediremos a energia mecânica e o momento angular de um corpo em movimento, no qual age uma força central elástica. O objetivo do experimento é interpretar

Leia mais

UFPR - Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Mecânica TM Laboratório de Engenharia Térmica Data : / / Aluno :

UFPR - Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Mecânica TM Laboratório de Engenharia Térmica Data : / / Aluno : UFPR - Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Mecânica TM-58 - Laboratório de Engenharia Térmica Data : / / Aluno : Tabela de controle de presença e entrega de relatórios Data Assinatura Entrega

Leia mais

Laboratório de Física I. Prof. Paulo Vitor de Morais

Laboratório de Física I. Prof. Paulo Vitor de Morais Laboratório de Física I Prof. Paulo Vitor de Morais Introdução Inicialmente vamos abordar: Grandezas físicas e o Sistema Internacional de Unidades (SI); Conceito de exatidão e precisão; Algarismos significativos;

Leia mais

Jalusa A. de Léo Palandi

Jalusa A. de Léo Palandi Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPE Laboratório Associado à Combustão e propulsão - LCP Laboratório de Análise de Propelentes Líquidos - LAPL Avaliação da Incerteza em Química Analítica. Jalusa

Leia mais

METROLOGIA APLICADA AO USO DO GÁS NATURAL

METROLOGIA APLICADA AO USO DO GÁS NATURAL METROLOGIA APLICADA AO USO DO GÁS NATURAL Esp.Henrique Diniz METROLOGIA APLICADA AO USO DO GÁS NATURAL Esta disciplina tem como objetivo formar profissionais com base metrológica para análise de sistemas

Leia mais

IMPLANTAÇÃO DE PROCEDIMENTO PARA CALIBRAÇÃO DE PAQUÍMETROS E MICRÔMETROS UTILIZADOS NA MONTAGEM E INTEGRAÇÃO DE SATÉLITES DO INPE/LIT

IMPLANTAÇÃO DE PROCEDIMENTO PARA CALIBRAÇÃO DE PAQUÍMETROS E MICRÔMETROS UTILIZADOS NA MONTAGEM E INTEGRAÇÃO DE SATÉLITES DO INPE/LIT IMPLANTAÇÃO DE PROCEDIMENTO PARA CALIBRAÇÃO DE PAQUÍMETROS E MICRÔMETROS UTILIZADOS NA MONTAGEM E INTEGRAÇÃO DE SATÉLITES DO INPE/LIT RELATÓRIO FINAL DE PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (PIBIC/CNPq/INPE)

Leia mais

Conceitos introdutórios

Conceitos introdutórios Erros Grosseiros: erros cujo acompanhamento só pode envolver a repetição do ensaio (fáceis de detectar) (ex.: derrame de uma solução); Erros Sistemáticos: afectam a proximidade dos resultados em relação

Leia mais

CARACTERÍSTICAS ESTÁTICAS DE SISTEMAS DE MEDIÇÃO

CARACTERÍSTICAS ESTÁTICAS DE SISTEMAS DE MEDIÇÃO DETERMINAÇÃO DA DERIVA DO ZERO: ENSAIO: Manter P o = 0 e variar a temperatura T dentro da faixa de temperaturas ambientes [T max, T min ] previstas para uso do SM. Os ensaios feitos em CÂMARA de temperatura

Leia mais

5 Avaliação de desempenho do divisor

5 Avaliação de desempenho do divisor 5 Avaliação de desempenho do divisor Para avaliar o desempenho do divisor foram realizados ensaios de tipo e de rotina no divisor completo e em partes deste, com o objetivo de avaliar sua suportabilidade

Leia mais

ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS E TRATAMENTO DE DADOS

ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS E TRATAMENTO DE DADOS ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS E TRATAMENTO DE DADOS 1.0 Objetivos Utilizar algarismos significativos. Distinguir o significado de precisão e exatidão. 2.0 Introdução Muitas observações na química são de natureza

Leia mais

6 Referências Bibliográficas

6 Referências Bibliográficas 6 Referências Bibliográficas ABNT/INMETRO, Guia para Expressão da Incerteza de Medição, Brasil, 2003. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Tolerâncias de Montagem de Unidade Hidrelétricas Verticais

Leia mais

Física Geral - Laboratório (2015/2) Estimativas e erros em medidas diretas (I)

Física Geral - Laboratório (2015/2) Estimativas e erros em medidas diretas (I) Física Geral - Laboratório (2015/2) Estimativas e erros em medidas diretas (I) 1 Experimentos: medidas diretas Experimento de medidas diretas de uma grandeza: Aquisição de um conjunto de dados através

Leia mais

Introdução e conceitos

Introdução e conceitos ZEB1048 - Instrumentação Introdução e conceitos Prof. Dr. Rubens Tabile tabile@usp.br FZEA - USP O QUE É INSTRUMENTAÇÃO Instrumentação é muito mais do que se sugere. Instrumentação é a ciência que desenvolve

Leia mais

Introdução às Medidas em Física 3 a Aula *

Introdução às Medidas em Física 3 a Aula * Introdução às Medidas em Física 3 a Aula * http://fge.if.usp.br/~takagui/fap015_011/ Marcia Takagui Ed. Ala 1 * Baseada em Suaide/ Munhoz 006 sala 16 ramal 6811 1 Experiência II: Densidade de Sólidos!

Leia mais

3. Conceitos Introdutórios. Qualidade em Análise Química

3. Conceitos Introdutórios. Qualidade em Análise Química 3. Conceitos Introdutórios 0 3.1 - Objectivo do controlo da qualidade dos ensaios 3.2 - Definições e terminologia - Exactidão - Veracidade - Erro sistemático - Precisão - Repetibilidade - Reprodutibilidade

Leia mais

05/08/2014. Slides baseados no livro FMCI - Professor Armando Albertazzi. Slides baseados no livro FMCI - Professor Armando Albertazzi

05/08/2014. Slides baseados no livro FMCI - Professor Armando Albertazzi. Slides baseados no livro FMCI - Professor Armando Albertazzi O Sistema de Medição Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial Slides baseados no livro FMCI - Professor Armando Albertazzi Definições Neste teto: Instrumento de medição tem sido preferido para

Leia mais

Física Geral - Laboratório. Estimativas e erros em medidas diretas (I)

Física Geral - Laboratório. Estimativas e erros em medidas diretas (I) Física Geral - Laboratório Estimativas e erros em medidas diretas (I) 1 Experimentos: medidas diretas Experimento de medidas diretas de uma grandeza: Aquisição de um conjunto de dados através de medições

Leia mais

ERROS DE MEDIÇÃO. Vocabulário; Erros de Medição; Calibração.

ERROS DE MEDIÇÃO. Vocabulário; Erros de Medição; Calibração. ERROS DE MEDIÇÃO Vocabulário; Erros de Medição; Calibração. Imaginando o caso da balança, após estabelecer os erros sistemáticos e aleatórios, poderíamos conviver com os erros efetuando um fator de correção

Leia mais

AULA 4. Metrologia e Instrumentação. Prof. Alessandro Marques

AULA 4. Metrologia e Instrumentação. Prof. Alessandro Marques AULA 4 Metrologia e Instrumentação Prof. Alessandro Marques (amarques@ufpr.br) www.metrologia.ufpr.br Módulos básicos de um SM sistema de medição mensurando transdutor e/ou sensor unidade de tratamento

Leia mais

MNPEF. Laboratório: introdução e Conceitos básicos.

MNPEF. Laboratório: introdução e Conceitos básicos. MNPEF Laboratório: introdução e Conceitos básicos. Medidas e Incertezas Medir é um procedimento experimental em que o valor de uma grandeza é determinado em termos do valor de uma unidade definida através

Leia mais

Profa Marcia Saito. Prof Osvaldo Canato

Profa Marcia Saito. Prof Osvaldo Canato Profa Marcia Saito marciasaito@gmail.com Prof Osvaldo Canato canatojr@ifsp.edu.br Atrasos Equipamentos: o lab é de todos Organização da sala: início e fim Limpeza da sala: início e fim Por que é tão importante

Leia mais

Estimativa da Incerteza de Medições Por Laboratórios de Calibração e Especificação da Calibração e Capacidade de Medição em Tabelas de Acreditação

Estimativa da Incerteza de Medições Por Laboratórios de Calibração e Especificação da Calibração e Capacidade de Medição em Tabelas de Acreditação Estimativa da Incerteza de Medições Por Laboratórios de Calibração e Especificação da Calibração e Capacidade de Medição em Tabelas de Acreditação Preparado por: Director Técnico Aprovado por: Director

Leia mais

Capítulo I Noções básicas sobre incertezas em medidas

Capítulo I Noções básicas sobre incertezas em medidas Capítulo I Noções básicas sobre incertezas em medidas Verdadeiro valor de uma grandeza Erros de observação: erros sistemáticos e acidentais Precisão e rigor Algarismos significativos e arredondamentos

Leia mais

Prof. Paulo Vitor de Morais

Prof. Paulo Vitor de Morais Física Experimental I Prof. Paulo Vitor de Morais paulovitordmorais91@gmail.com Cronograma de práticas P1 tem 19 dias letivos; P2 tem 17 dias letivos; Serão aproximadamente 11 experimentos; A princípio

Leia mais

Apostila de Metrologia (parcial)

Apostila de Metrologia (parcial) Apostila de Metrologia (parcial) Introdução A medição é uma operação muito antiga e de fundamental importância para diversas atividades do ser humano. As medições foram precursoras de grandes teorias clássicas

Leia mais

2 Medida de Incertezas: Fundamentos

2 Medida de Incertezas: Fundamentos 2 Medida de Incertezas: Fundamentos 2. Introdução O resultado de um processo de medição fornece uma determinada informação que usualmente é chamada de conhecimento. A fim de quantificar quão completo é

Leia mais

Física Geral - Laboratório. Erros sistemáticos Limites de erro em instrumentos de medida (Multímetros analógicos e digitais)

Física Geral - Laboratório. Erros sistemáticos Limites de erro em instrumentos de medida (Multímetros analógicos e digitais) Física Geral - Laboratório Erros sistemáticos Limites de erro em instrumentos de medida (Multímetros analógicos e digitais) 1 Incertezas do Tipo A e incertezas do Tipo B Até agora, nos preocupamos em estimar

Leia mais

Profa. Dra. Suelí Fischer Beckert

Profa. Dra. Suelí Fischer Beckert Profa. Dra. Suelí Fischer Beckert 2 Disponível em: http://www.bipm.org/en/publications/ guides/ 3 INMETRO. Vocabulário Internacional de Metrologia: conceitos fundamentais e gerais e termos associados (VIM

Leia mais

Universidade Federal do ABC Engenharia de Gestão. ESZG Metrologia

Universidade Federal do ABC Engenharia de Gestão. ESZG Metrologia Universidade Federal do ABC Engenharia de Gestão ESZG030-13 Metrologia Prof. Dr. Erik Gustavo Del Conte Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas - CECS Fone +55 11 4996-8286 - Bloco

Leia mais

Introdução às Medidas em Física a Aula. Nemitala Added Prédio novo do Linac, sala 204, r. 6824

Introdução às Medidas em Física a Aula. Nemitala Added Prédio novo do Linac, sala 204, r. 6824 Introdução às Medidas em Física 4300152 3 a Aula Nemitala Added nemitala@dfn.if.usp.br Prédio novo do Linac, sala 204, r. 6824 Experiência I: Medidas de Tempo e o Pêndulo Simples Objetivos: Realizar medidas

Leia mais

Como se pode atenuar a precisão do resultado de medições?

Como se pode atenuar a precisão do resultado de medições? Medições e incertezas associadas 2ª Parte Adaptado pelo Prof. Luís Perna Como se pode atenuar a precisão do resultado de medições? Média aritmética ou valor mais provável Em termos de probabilidades, o

Leia mais

1- Medidas Simples e Diretas

1- Medidas Simples e Diretas 1- Medidas Simples e Diretas Três regras básicas: 1) A incerteza (ou erro) associada a uma medida simples e direta é dada por: a) metade da menor divisão da escala do instrumento de medida, quando esta

Leia mais

Noções de Exatidão, Precisão e Resolução

Noções de Exatidão, Precisão e Resolução Noções de Exatidão, Precisão e Resolução Exatidão: está relacionada com o desvio do valor medido em relação ao valor padrão ou valor exato. Ex : padrão = 1,000 Ω ; medida (a) = 1,010 Ω ; medida (b)= 1,100

Leia mais