VII Congresso de Direito Tributário em Questão

Transcrição

1 VII Congresso de Direito Tributário em Questão As alterações do processo de civil e a execução fiscal PGFN, junho de 2008

2 Novo sistema da Lei , de 2006 Confere maior prerrogativa ao credor Favorece a efetividade na cobrança do crédito Promove maior flexibilidade para os atos de execução Favorece primazia da boa-fé e lealdade na condução da execução

3 O cotejo das leis: especialidade e generalidade A Lei de Execução Fiscal já prevê a aplicação subsidiária do Código de Processo Civil Buscar a maior efetividade do aperfeiçoamento do sistema jurídico: o objetivo maior fixado no regramento geral não pode ser reduzido em face do que dispõe a regra especial

4 HANS KELSEN Hans Kelsen Esta determinação nunca é, porém, completa. A norma do escalão superior não pode vincular em todas as direcções (sob todos os aspectos) o acto através do qual é aplicada. Tem sempre que ficar uma margem,ora maior ora menor, de livre apreciação, de tal forma que a norma do escalão superior tem sempre, em relação ao acto de produção normativa ou de execução que a aplica,o carácter de um quadro ou moldura a preencher por este acto. Simplesmente, a indeterminação do acto jurídico pode também ser a consequência não intencional da própria constituição da norma jurídica que deve ser aplicada pelo acto em questão. Aqui temos em primeira linha a pluralidade de significações de uma palavra ou de uma sequência de palavras em que a norma se exprime: o sentido verbal de uma verbal de uma norma não é unívoco...

5 Necessidade de penhora e efeito suspensivo Em face da disciplina expressa da LEF, ainda persiste na execução fiscal a necessidade de garantia do juízo para apresentação dos embargos à execução, contudo, uma vez ajuizados, não possuem o condão de suspender os atos executivos imediatamente, dependendo para tal de decisão expressa do juiz a respeito, nos termos do CPC.

6 Alienação por iniciativa particular Não optando a Fazenda Nacional pela adjudicação dos bens, direito conferido no art. 24 da LEF, poderá ser pleiteada a alienação por iniciativa particular, seja através do próprio procurador que atua no feito, seja mediante corretor credenciado perante a autoridade judiciária.

7 Indicação dos bens na inicial Nada impede que a Fazenda Pública, já na sua petição inicial, forneça ao magistrado a relação de bens que pretende ver penhorados. Caso o executado não ofereça outros bens em garantia, deverá ser considerada pelo magistrado a lista apresentada pela Exeqüente, sem prejuízo da aplicação do art. 10 da LEF, na hipótese de nenhum dos litigantes apresentarem bens

8 Adjudicação dos bens A LEF, no seu art. 24, confere apenas à Fazenda Pública a possibilidade de adjudicar os bens penhorados, não vedando, todavia, que outros o façam, razão pela qual plenamente possível que se suscite a aplicação das regras dos parágrafos do art. 685-A do CPC ao executivo fiscal

9 Proposta de Novo Modelo de Execução Fiscal

10 Estoque de Créditos da União (visão geral) R$ 624 Inscritos na Dívida Ativa Créditos Bilhões Tributários R$ 649 Não-Inscritos na Dívida Ativa Bilhões R$ 43 Créditos Não-Tributários Bilhões Valor Total dos Créditos da União R$ Bilhões Baixo recebimento Cobrança judicial (em 2007) Depósito judicial(em 2007) Elevada Quantidade de Processos R$ 3 Bilhões R$ 10 Bilhões 11,6 milhões

11 Execução Fiscal Administrativa Hipóteses de Execução Extrajudicial Liquidação Extrajudicial de Instituição Financeira Lei 6.024, de 1974 Penhor Legal CC, art e Apreensão e arrematação de bens pela fiscalização tributária Princípio da auto-executoriedade dos atos administrativos

12 Projeto de Lei de Execução Fiscal Transferir para o âmbito administrativo os atos preparatórios da execução fiscal (penhora, notificação do contribuinte). Instituição do Sistema Nacional de Informações Patrimoniais dos Contribuintes (SNIPC), mediante integração e colaboração com Estados e Municípios (CF, 37, XXII). Concentração de todas as execuções fiscais e ações em matéria tributária em Varas Especializadas da Justiça Federal. Ajuizamento das execuções mediante a identificação dos bens suscetíveis à satisfação do crédito inscrito em dívida ativa. Admissão de instrumentos que permitam de forma mais eficiente a revisão administrativa dos créditos suscetíveis às restrições de préexecutividade.

13 À Fazenda Pública compete: Execução Fiscal Administrativa Principais Pontos do Projeto Notificar o contribuinte da inscrição em Dívida Ativa Acatar a impugnação do contribuinte e arquivar a execução Promover a constrição preparatória da execução O Contribuinte pode: Requerer a transação nos termo de Lei Geral, pede parcelamento ou paga o débito Embargar a execução, no prazo de 60 dias, perante o Juiz da área tributária Apresentar razões de pré-executividade perante a Fazenda Pública Ao Juiz compete: Conhecer e julgar os embargos à execução Promover o processo de execução após a constrição preparatória, convertendo o ato da administração em penhora ou suspendendo-o. Suspender de forma fundamentada o processo de execução

14 Jean-Jacques Rousseau...quanto mais as contribuições públicas se distanciam de sua fonte, tanto mais se tornam onerosas. Não é pela quantidade de imposições que se deve medir essa carga, mas pelo caminho a ser feito por elas a fim de regressarem às mãos de que saíram.

15 Obrigado.