FROTAS. Gestão de. AOV ou ALD? Escolha a melhor opção para a sua empresa

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1 ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 5795 DE 6 DE NOVEMBRO DE 2013 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE Gestão de FROTAS O imposto extra que os carros a gasóleo terão de pagar em 2014, se o Orçamento de Estado for aprovado, pode ser uma oportunidade para quem fornece serviços de aliguer de veículos. Paulo Figueiredo AOV ou ALD? Escolha a melhor opção para a sua empresa Apesar de não aportar tantos riscos para as empresas, e estimar-se que possa vir a crescer, o aluguer operacional de viaturas, ou renting, tem vindo a cair desde TEXTOS DE RAQUEL CARVALHO raquel.carvalho@economico.pt Acrise pode ser uma oportunidade para o crescimento do renting, ou Aluguer Operacional de Viaturas (AOV). De acordo com Pedro Pessoa, director comercial da LeasePlan, a maior gestora de frotas nacional, o já anunciado agravamento da carga fiscal sobre o automóvel vai reforçar os benefícios do renting face a outras opções de financiamento, já que a base de incidência para efeitos de aplicação da tributação autónoma não inclui o valor residual e, sendo mais baixa, representará um encargo para as empresas mais baixo quando comparado com outros formatos de aquisição. Por isso, não tem dúvidas de que mesmo com o agravamento da fiscalidade automóvel, o renting continua a ser a melhor opção. A opinião é partilhada por Guillaume de Leobardy, director-geral da ALD Automotive que afirma que o novo regime fiscal não beneficia nenhum tipo de financiamento ou aluguer em particular, mas mantém intacta a grande vantagem do renting, o risco do valor residual permanecer na esfera da gestora de frota, num período em que a volatilidade do mercado de usados está na ordem do dia. José Madeira Rodrigues, director comercial da Arval, frisa que, mais do que nunca, as mais-valias da transferência de risco do renting foram sentidas pelas empresas, um benefício a que se junta o controlo de custos, a racionalização dos processos de escolha de viaturas e a criação de direitos e deveres associados ao usufruto das viaturas. Fonte da direcção de marketing da Locarent também assegura que na actual crise económica o renting continua cada vez mais a fa-» O que é renting e leasing O renting, ou Aluguer Operacional de Viaturas, é uma solução de financiamento automóvel através de um contrato de aluguer. O cliente usufrui de uma oferta integrada de serviços por um período e quilometragem pré- -determinados, mediante o pagamento de uma renda mensal fixa, pagando-se apenas a desvalorização dos carros. O leasing, ou Aluguer de Longa Duração é o serviço de aluguer de viaturas por um prazo que pode ir até aos 60 meses, onde se paga a quase totalidade do valor das viaturas durante o período de contrato, havendo a opção de comprar aviatura. PUB

2 II Diário Económico Quarta-feira 6 Novembro 2013 GESTÃO DE FROTAS O GRUPO PROCME tem actualmente na sua frota 588 viaturas, um número que diz estar a diminuir. A empresa privilegia o Aluguer Operacional de Veículos, por permitir dispor do produto a preços mais competitivos e disponibiizar frota nova sem problemas de manutenção, revela fonte da empresa, que, para controlar custos, equipou os carroscom GPS e GPRS e utiliza cartões de frotas.» Carros eléctricos com baixa procura A procura por veículos eléctricos tem sido escassa. Guillaume de Leobardy, director geral da ALD Automotive diz haver várias condicionantes que têm vindo a impedir o desenvolvimento da mobilidade eléctrica, como a baixa autonomia e as interrogações sobre o comportamento das baterias ao longo da vida dos veículos. José Madeira Rodrigues, da Arval, acredita que a procura de viaturas eléctricas não se apresenta ainda como uma solução solicitada pelas empresas, salvo em situações muito pontuais, não se podendo assim considerar como uma verdadeira alternativa para as frotas das empresas. zer sentido em termos de solução automóvel. Isto porque, justifica, além de não impactar em termos de financiamento às empresas, não lhes afecta o activo e garante-lhes uma prestação fixa durante todo o período do contrato. A empresa destaca ainda que o renting é um produto feito à medida, com um leque de serviços associados que se adequam ao perfil de cada cliente. Joaquim Robalo de Almeida, secretário geral da Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis Sem Condutor (ARAC), também acredita que a procura em 2014 pode aumentar, tanto a do renting, como do aluguer de curto e médio prazo porque, explica, o empresário tem uma grande flexibilidade de ajustar a frota às suas necessidades. Os produtos mais flexíveis estão aliás mais flexíveis, com as empresas de aluguer de automóveis sem condutor a alugar veículos em regime de curta, média e longa duração. O responsável garante que tanto empresas como particulares que necessitam de viaturas em períodos cada vez mais definidos e planeados, estão a concluir que não necessitam de uma frota tão numerosa e que poderão, através de um planeamento, utilizar veículos automóveis apenas quando é realmente preciso, eliminando os periodos mortos. Ramón Biarnés, director comercial para Itália, Espanha e Portugal da Avis Portugal, empresa de aluguer de automóveis, confirma esta tendência. Uma das novas práticas adoptadas pelas empresas do sector tem passado pelo prolongamento dos contratos de aluguer para além do prazo inicialmente definido, afirma, explicando que esta é uma tentativa de minimizar o impacto da quebra do valor das viaturas relativamente ao valor residual estimado, mas também uma forma pragmática que as locadoras encontraram para adiar a venda das viaturas usadas, mantendo o nível das rendas aos seus clientes. José Madeira Rodrigues, director comercial da Arval Portugal confirma uma redução no parque da frota gerida e na produção de novos contratos. Para Guillaume de Leobardy, no entanto, num futuro próximo, as gestores de frota vão tornar-se cada vez mais gestores de mobilidade e não tanto financiadores do mercado, gerindo a mobilidade global dos seus clientes. Pedro Pessoa, director comercial da Lease- Plan, frisa uma política activa dos operadores de estender os contratos existentes e destaca que as empresas estão a procurar obter alternativas de financiamento às suas tesourarias, tentando recentrar-se nas suas actividades principais. Neste cenário, não tem dúvidas de que o renting pode proporcionar uma poupança clara e permitir optimizar o prazo de utilização de um veículo. Até Setembro, o leasing automóvel adquiriu viaturas. Já o renting foi responsável pela colocação de de viaturas no mesmo periodo. Os números do sector Apesar das empresas acreditarem que o futuro pode passar pelo crescimento do renting, essanãoéarealidade actual do mercado. Todos os segmentos de aluguer de viaturas em regime de aluguer operacional registaram uma forte diminuição da procura, diz Joaquim Robalo de Almeida, secretário geral da Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis Sem Condutor (ARAC), que frisa que essa tendência se nota desde 2008 e revela-se em número de contratos celebrados e de frota em circulação, não se esperando para este ano, uma inversão. Antes pelo contrário. Os números são confirmados pela Associação Portuguesa de leasing, renting e factoring (ALF), que até Setembro de 2013, as locadoras colocaram no mercado viaturas em regime de renting, num valor de milhões de euros, menos 5% do que em período homólogo de No ano de 2012 estiveram no mercado viaturas em regime de renting, menos 41,8% que em O valor atingido neste ano foi de 355 milhões de euros, menos 43,1% que no ano anterior. Já o leasing, ou aluguer de longa duração (ALD), tinha no mercado, até Setembro, viaturas, mais 2,2% do que em 2011, segundo a ALF. Paulo Alexandre Coelho

3 Quarta-feira 6 Novembro 2013 Diário Económico III A LUIS SIMÕES gere uma frota de cerca de duas mil viaturas pesadas. A empresa renova a frota sempre que esta atinge cinco anos ou um milhão de kms, diz Dalila Tavares, directora ibérica de produção de transportes da LS, que revela que nos últimos anos a Luis Simões tem optado por dois modelos de gestão, a aquisição com opção de adquirir o veiculo no final da vida útil ou o recurso ao aluguer com manutenção e pneus incluídos. UM ESTUDO DA GOODYEAR realizado em vários países europeus revelou que a maioria das frotas inquiridas (77%), qualificou de muito important ou extremamante importante, a resistência à rodagem, que tem influência directa na eficiência do combustível. A quilometragem (76%) e a aderência em superfície molhada (75%) ficaram em segundo e terceiro lugares. Beja Amaro, ALF >> Impostos sobre gasóleo aumenta interesse Face à proposta de Lei do OE 2014 e as penalizações ao nível da fiscalidade automóvel, Beja Amaro prevê uma continuada redução na gama das viaturas adquiridas e uma eventual redução na quantidade de viaturas nas frotas empresariais, pois as empresas já optimizaram bastante a dimensão das suas frotas. O presidente da ALF acredita que se vão esbater cada vezmaisasdiferençasentre viaturas a gasolina e gasóleo e ressalva que estas medidas impactam o sector automóvel e as formas de financiamento de igual forma, não havendo diferenças por se escolher este ou aquele produto. Para fazer face a estes problemas, Beja Amaro defende que as empresas, quer queiram adquirir uma viatura ou recorrer à gestão de frotas, devem contactar as locadoras ou as rentings que as poderão aconselhar quanto ao tipo de viatura a adquirir e respectiva fiscalidade. No que respeita ao aumento da carga fiscal nos carros a gasóleo, o responsável afirma que as penalizações fiscais têm contribuido para aumentar o interesse no renting e no leasing. Robalo de Almeida, ARAC >> Utilização de veículos por empresas será cada vez mais rigorosa Com o agravamento operado na fiscalidade incidente sobre os veículos de serviço, a utilização de veículos pelas empresas tem de ser cada vez mais rigorosa, para que a utilização seja a estritamente necessária, defende Robalo de Almeida. No fundo, as empresas terão tendência para não ter veículos que não se destinem à actividade produtiva, diz. O responsável acredita que a carga fiscal que incide nos automóveis de serviço atinge valores de tributação autónoma que se poderão tornar incomportáveis para a maioria do tecido empresarial português, pois as taxas na proposta de Orçamento de Estado para o ano 2014 variam de 15% a 35%. Daí que preveja que o número de veículos a adquirir e utilizar pelas empresas será certamente menor. A utilização do parque de viaturas será mais racional, evitando desperdícios com alugueres de duração prolongada e despejas supérfluas, acredita Robalo de Almeida, que considera lógico a empresa optar por um aluguer curto, se apenas precisar de um automóvel durante oito dias por mês. Paula Nunes

4 IV Diário Económico Quarta-feira 6 Novembro 2013 GESTÃO DE FROTAS O segmento das Peuquenas e Médias Empresas está a assumir cada vez maior importância para as empresas de gestão de frotas. Reuters Conheça as principais gestoras a operar no mercado nacional As principais gestoras de frotas têm conseguido contornar a crise, e têm nas PME as principais clientes. São muitas as empresas nacionais que se dedicam à gestão de frotas. O Diário Económico falou com algumas das principais operadoras e dá agora a conhecer as suas estratégias, visão de negócio, os seus produtos e serviço, e as suas mais recentes novidades. Leaseplan PME vão representar 75% dos clientes no final de 2013 O segmento das PME é o que tem registado maior crescimento nos últimos anos na carteira de clientes da LeasePlan que, no final de 2013, espera que a frota deste segmento tenha crescido cerca de 16% em relação a 2012 e represente 75% do total de clientes, diz Pedro Pessoa, director comercial. Um crescimento que muito deve à LeasePlan Go, a marca da LeasePlan para PME, profissionais liberais e particulares. Um produto com um simulador e uma loja online onde é Prevemos que no final de 2013, afrotado segmento PME tenha crescido cerca de 16% em relaçãoa2012, diz Pedro Pessoa, director comercial da LeasePlan. possível efectuar encomendas de automóveis (em regime de renting ) de forma fácil e rápida com o apoio permanente dos gestores LeasePlan Go, explica. Pedro Pessoa garante que, se por um lado, em termos de frota e vendas, tem sido um ano extremamente desafiante, por outro temos assistido a uma estabilização e até uma ligeira recuperação do mercado de usados, que contraria a tendência dos últimos anos e que nos fará retornar, já este ano, o caminho dos bons resultados em matéria de rentabilidade. O responsável informa ainda que a entrada de novos clientes tem compensado o downsizing das frotas que se sente sobretudo nas grandes empresas locais e multinacionais. Sobre o futuro, mostra-se confiante nas tendências que se têm verificado nos últimos meses e, acreditando na inversão do ciclo económico, estaremos numa boa posição para retomar o crescimento, prevendo que em 2014 continuem a existir ajustes nas frotas das empresas. Locarent Quotademercadoéde17% O ano de 2013 foi positivo para a Locarent, na medida em que a empresa conseguiu manter uma quota de 17%, ocupando a posição de segundo player de mercado e com um decréscimo inferior ao que se verificou no mercado de renting, diz fonte da direcção de marketing da empresa que tem como accionistas a CGD e o BES. E se por um lado a procura diminuiu, por outro lado permitiu que a empresa se afirmasse junto de segmentos de clientes bastante apetecíveis. A mesma fonte sublinha o facto da oferta estar vocacionada para todo o tipo de empresas, mas frisa que as PME têm vindo a assumir-se como um segmento cada vez mais relevante na nossa carteira de clientes. De frisar a percepção de uma tendência na racionalização de frotas, o que leva as empresas a ser cada vez mais exigentes procurando parceiros que sejam competentes, próximos e flexíveis em face das necessidades prementes. Nesse sentido, a direcção de marketing»

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6 VI Diário Económico Quarta-feira 6 Novembro 2013 GESTÃO DE FROTAS OPINIÃO PEDRO SALDANHA Director de Desenvolvimento de Negócios da Prio.E Opção eléctrica mais viável José Manuel Ribeiro / Reuters» da empresa garante que a Locarent conta com um leque alargado de parcerias que lhe permitem corresponder as necessidades que o mercado tem vindo a apresentar. Avisflex permite alugueres curtos A Avis não é uma gestora de frotas, mas disponibiliza um produto que se traduz numa alternativa flexível às soluções tradicionais de aluguer operacional. O AvisFlex permite que o cliente possa contratar uma viatura apenas de acordo com as suas necessidades reais, explica Ramón Biarnés, director comercial para Itália, Espanha e Portugal da Avis Portugal. ComoAvisflex,ocliente pode definir um prazo de aluguer mais curto (alguns meses), pode optimizar operíodo do aluguer (devolvendo a viatura nas férias), e pode trocar a sua viatura actual, por uma maior ou menor, conforme as necessidades do momento, destaca o responsável, que frisa ainda a procura crescente pelas soluções de rent-a-car. ALD Automotive Empresa regista crescimento de 55,9% A ALD Automotive tem apostado no mercado português e a procura tem sido crescente. Nos primeiros nove meses do ano registou um crescimento de 55,9% nas vendas, através de renting, comparativamente ao período homólogo de 2012, tendo uma quota de mercado de 13,2%. No que se refere à frota instalada, a empresa é o terceiro operador no ranking, já com uma quota de 12,1% do mercado total. Guillaume de Leobardy, director geral da empresa, regista mudanças comportamentais relativas ao conceito de mobilidade e de posse do veículo. Diz acreditar que num futuro próximo, as gestores de frota vão tornar-se cada vez mais gestores de mobilidade e não tanto financiadores do mercado, gerindo a mobilidade global dos seus clientes. Além disso, crê que será cada vez mais comum a utilização de novas tecnologias e novas funcionalidades de geo-referenciação, na gestão das frotas. É neste contexto que a ALD Automotive acaba de lançar o ALD mobile, uma aplicação que permite a localização da rede de parceiros através de um Smartphone. O principal objectivo desta aplicação é permitir a qualquer condutor a pesquisa imediata do parceiro mais próximo da sua localização, dentro da rede, e por diferente tipo de serviço, explica. Muito procurada pelas suas soluções de renting, os principais clientes da ALD Automotive são as empresas de media e grande dimensão. No entanto, na carteira de clientes já residem muitas empresas de pequena dimensão e mesmo particulares, assegura Guillaume de Leobardy, que frisa que a solução de renting para o sector empresarial continua a ser o produto estrela da empresa. Arval Aposta em aconselhamento especializado A Arval está focada em gerir frotas e dar aconselhamento especializado, sendo procurada por empresas com sistemas de gestão mais maduros, que sabem medir as vantagens de não andarem elas próprias a negociar preços de aquisição de viaturas quando têm especialistas que o podem fazer, diz José Maria Rodrigues, director comercial. O responsável garante que os clientes reconhecem a vantagem de ter um parceiro a quem podem delegar os sistemas internos de controlo de custos, procurando propostas de outsourcing da gestão da frota que tragam vantagens. Sublinha que a empresa não quer ser reduzida a só mais uma forma de aquisição de viaturas e frisa que a Arval oferece, independentemente do segmento e modelo de negócio, capacidade técnica e uma equipa muito experiente que nos permite oferecer soluções customizadas e completas de gestão de frota. Perante a crise, José Maria Rodrigues diz que a empresa não cruzou os braços. Prevendo a diminuição de actividade, fizemos um upgrade ao sistema informático, que permitir-nos- -á fornecer um serviço de ainda maior qualidade e abrangência. O ambiente económico mudou, originando novas atitudes em relação a temas como a mobilidade. Também as alterações fiscais que o orçamento 2014 irá trazer, aumentando a carga fiscal dos veículos a gasóleo, tornam a mobilidade eléctrica cada vez mais atractiva. Ainda há algum desconhecimento por parte dos agentes económicos em relação às opções eléctricas, pelo que, aliado a um preço mais elevado, tornam a penetração deste segmento imitada. Não obstante, existeumaofertacadavezmaiordeste tipo de veículos quer no segmento de duas rodas, quer no de quatro rodas que servem perfeitamente algumas necessidades face à opção convencional de combustão. Se pensarmos que 80% das deslocações diárias se situam abaixo dos 50 km, a opção eléctrica acaba por ser a mais favorável em termos de custo total por km, apesar do custo de aquisição superior. Do ponto de vista profissional, a opção eléctrica pode ser mais vantajosa em algumas áreas. O segmento táxi (no caso de funcionar a um ou dois turnos) ou serviços de entregas são os melhores exemplos. No primeiro, para utilizações urbanas e diárias que não excedam os 200 km, é a solução mais rentável. Se pensarmos que o custo do combustível é superior a 30% dos custos de operação, a redução drástica deste factor produtivo pode originar forte incremento da rentabilidade diária: um táxi que funcione 12 horas pode reduzir a actividade a oito para a mesma rentabilidade. No caso de frotas dedicadas a entregas em motorizadas no espaço urbano, autonomias superiores a 60 km são hoje um standard recorrendo a baterias de lítio. Apesar do custo de aquisição ser superior ao de uma scooter normal, pode ser possível opção de financiamento cuja mensalidade seja equiparável ao custo mensal de combustível e manutenção de uma scooter/moto convencional. Ainda existe pouca ofertaporpartedasempresasdegestão de frota automóvel, que ainda se mostram cépticas e solicitam um prémio de risco elevado. Mas assim que a procura aumentar e o mercado de usados se tornar mais líquido, acabarão por também por oferecer soluções de financiamento competitivas.

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8 VIII Diário Económico Quarta-feira 6 Novembro 2013 GESTÃO DE FROTAS Vendas de carros de frotas caem em leilões Nos últimos anos, as gestoras de frotas têm vindo a criar os seus próprios canais de venda. Asvendasdecarrosprove- nientes das gestoras de frotas estão a perder peso no negócio dos leilões em Portugal. Essa a tendência sentida por algumas leiloeiras contacadas pelo Diário Económico. Na BCA Europe, os automóveis oriundos de frotas representam, actualmente, apenas 24% dos leilões organizados. Mário Claro, director-geral da leiloeira, diz que o valor tem vindo a diminuir, porque, desde 2009 que as gestoras de frota têm estado a investir em canais próprios de venda das viaturas, reduzindo o volume no canal leilão. Mário Claro acredita que esta opção é mais estratégica do que economicista porque, justifica, bem feitas as contas, os custos de operaçãoeamenor competitividade dos valores de venda, quando comparados com o potencial de valorização nos leilões da BCA, não compensam adoptar este modelo. Também na Manheim o peso caiu. Há cinco anos chegaram a ter um peso de 60% nas nossas vendas, mas no final deste ano, o peso das gestoras deve rondar os 30% das vendas, diz Nuno Castel-Branco, director regional da Manheim para a Europa e Turquia. Porém, acredita que será tendência a aumentar nos próximos anos porque num novo ciclo económico de crescimento as gestoras de frota vão voltar a apostar no outsourcing dos serviços de venda ao comércio. Na Autorola o peso dos carros provenientes de frotas não desceu, nem subiu. Miguel Vassalo, director-geral da leiloeira, revela que actualmente ronda os 32% dos veículos colocados em leilão, e explica que este valor dos 30% tem-se mantido estável e é expectável que o peso se mantenha, diz, acrescentando: apesar de esperarmos um crescimento no número de unidades, a percentagem relativa irá manter-se devido ao crescimento do volume proveniente de outros sectores. O director geral da Autorola acredita também que o facto das principais gestoras de frotas estarem a investir com sucesso nas suas próprias plataformas online, pode estar a levar a uma estabilização ou mesmo diminuição do peso nas vendas de leilões. Contudo, destaca que isso não tem prejudicado o negócio da empresa, que tem conseguido um aumento si- Vantagens das viaturasdefrotas BCA, Manheim e Autorola referem como grande vantagem de se comprar um carrodegestorasdefrotas, o histórico de manutenção detalhado e o IVA discriminado. Miguel Vassalo refere ainda o acesso a um número alargado de viaturas, a facilidade e economia de tempo, dinheiro e esforço. Mário Claro alerta, porém, para a quilometragem a mais, devido ao prolongamento de contratos das viaturas, e o facto de serem mais caras,poisasgestoras tentam proteger os seus valores residuais.. Já Nuno Branco garante que, em relação à manutenção, as diferenças estão cada vez mais esbatidas. O peso da venda de carros provenientes de gestoras de frotas já chegou a ser de 60%. Hoje, em geral, ronda os 30%. gnificativo das transacções nas suas plataformas Finlog, dedicada à gestão de frotas, e Guerin, especializada em rent-a-car. Também Mário Claro, director-geral da BCA diz que a leiloeira tem produtos que compelementam essa estratégia, nomeadamente o BCA markertprice, que permite às gestoras de frotas aceitar retomas de viaturas nas suas plataformas de venda a particulares. Fala ainda da aposta da leiloeira num mix de vendedores equilibrado e portanto tem sofrido menos com esta alteração. A alternativa tem sido substituir por outros vendedores, como as concessões e grandes grupos automóveis. Perfil dos clientes Miguel Vassalo não tem dúvidas que quem mais compra este tipo de carros são os profissionais compradores que valorizam algumas das características específicas da tipologia. Mário Claro garante haver grande procura por carros de frotas pelas concessões de marca, justificando que estas se abastecem nas gestoras de frotas porque as marcas têm vindo a redescobrir a importância dos usados para a sua operação global. Esclarece ainda que a compra de viaturas por comerciantes de carros usados é feita com base na oportunidade de venda ao particular. Já Nuno Branco afirma que nos leilões automóveis as viaturas de gestoras são o pão e manteiga da oferta pois é um produto muito padronizado em termos de danos, idade, quilómetros, marcas/versões, cores e extras. Frisa ainda que a oferta tem sempre uma procura base no mercado e outras fontes garantem uma maior diversidade. Mick Tsikas / Reuters

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10 X Diário Económico Quarta-feira 6 Novembro 2013 GESTÃO DE FROTAS Cartões de frota ajudam empresas a controlar toda a gestão operacional É possível aceder a todas as transacções em tempo real, o que permite gerir de forma eficaz os custos. GALP ENERGIA BP PORTUGAL REPSOL CEPSA Galp disponibiliza três cartões para três perfis de empresas Número de clientes do BP Plus cresce 9% ao ano Cartões Solred Clássico e DKV facilitam pagamentos Cepsa com cartões aceites em 11 mil postos de 18 países europeus São três os cartões de frota da Galp. O Galp Frota Business, lançado em Outubro de 2012, tem hoje clientes. E o Galp Frota Corporate, lnçado em Setembro de 2013, já tinha empresas aderentes. Outro dos cartões da Galp é o Frota Profissional, destinado a empresas de transporte de mercadorias e passageiros, que permite racionalizar gastos nas estradas e postos ibéricos e receber facturação líquida do IVA dos produtos comercializados e portagens em empresas já são clientes do cartão Galp Frota Corporate, lançado em Setembro deste ano. Espanha. Este produto faz ainda uma gestão das multas, minimizando os tempos de paralização e facilitando o processo de gestão administrativa. Permite a desmobilização e desloqueio de veículos, e recuperar o imposto sobre o gasóleo profissional em Espanha. Já o cartão Galp Frota Business é ideal para empresas com frotas de pequena ou média dimensão. É utilizado em 700 postos em Portugal, dando descontos imediatos no combustível. A adesão, emissão e reemissão pode ser feita onlinesemcustos.seaempresatem consumos superiores a nove mil litros ano, o cartão de crédito Galp Frota Corporate oferece vantagens em Portugal e Espanha, dentro e fora dos postos de combustível parceiros automatizados e com aceitação electrónica do cartão, que autoriza o pagamento a crédito de combustíveis, produtos, serviços e portagens. O talão comprovativo é emitido automaticamente. Existem três tipos de cartões: empresa, pessoal e veículo. São os clientes do BP Plus, um cartão de frota com concessão de crédito para pagar combustível, produtos e serviços de apoio e que pode ser utilizado em 325 postos em Portugal e em 18 mil em toda a Europa. O número de novas empresas clientes tem vindo a crescer 9% ao ano, informa Jorge Gonçalves, responsável comercial pelo Negócio das Frotas da BP Portugal. Os utilizadores têm acesso a vários serviços. A plataforma online BP Plus e a ferramenta de gestão BP FleetReporter oferecem vários benefícios. Através da plataforma é possível gerir quase 100% os cartões em tempo real, personalizar os serviços de acordo com as necessidades de cada operador, pedir ou cancelar cartões e enviar alertas para prevenir potenciais fraudes, diz. Pode-se plafonar os cartões de BP O BP FleeMove é um novo serviço que dá acesso a informação que tornará a gestão operacional mais eficiente. acordo com o perfil do utilizador e aceder em tempo real às transacções efectuadas e relatórios. Verificar os quilómetros percorridos e saber o consumo exacto de cada veículo, para uma gestão mais rigorosa do custo do combustível. Pode definir-se antecipadamente os produtos e serviços a adquirir por cada condutor, seleccionando previamente o local, os dias e as horas das transacções, sendo que tudo é feito através de um PIN. Com o BP Fleet Reporter as empresas optimizam processos e poupam nos custos administrativos e combustível. O cartão serve para pagar portagens, em assistência em viagens, lavagens e recuperação do IVA no estrangeiro. A Solred é a marca da Repsol dedicada à gestão de meios de pagamento e de fidelização. Lançados em 1996, são dois os cartões disponíveis: o clássico, desenhado para profissionais e empresas com frota própria e com necessidades de abastecimento em Portugal, Espanha e Andorra. E o Solred DKV, destinado a profissionais de transporte, dando acesso a mais de 54 mil pontos de venda em 42 países da Europa e norte de África. Ambos permitem o pagamento de portagens, túneis, ferries, reparação do veículo em mais de 365 Através do cartão Solred, os clientes podem usufruir de assistência técnica 24 horas durante 365 dias oficinas, multasouparaum cash advance em caso de necessidade. São muitas as vantagens: Pode- -se guardar os recibos das transacções, ficando a informação disponível na factura mensal, através do portal web Solred Directo. É possível pré-definir os vários tipos de transacções e ter um único cartão para todo o tipo de compras que este autorizar, com total controlo das transacções. Há ainda a possibilidade de se definir limites de utilização de cada cartão e receber por , informação sobre a facturação. As transacções têm um nível máximo de segurança, visto a validação obrigar à introdução de um PIN e o pagamento das facturas ser efectuado por débito automático na conta do cliente. É igualmente possível restringir o tipo de produto a abastecer e as datas nas quais esses abastecimentos serão permitidos. Outra vantagem é a concessão de crédito sem custos e a existência de descontos competitivos. Os três cartões de frota da Cepsa têm um evoluído sistema de facturação que permite o controlo em detalhe das transações, frisa Telmo Inácio, responsável cartões e fidelização da empresa. O Cepsa Star, Cepsa Star Frotas, e Cepsa Star Eurotrafic, têm, no seu conjunto, clientes e são, na sua essência cartões de pagamento de combustíveis, muito seguros e com condições especiais que oferecem um conjunto de serviços em 270 postos em Portugal, em Espanha e 11 mil em 18 países europeus e Marrocos, três mil dos quais preparados para veículos pesados de longo curso, explica empresas são clientes dos três cartões de frota da Cepsa, aceites em270postosem Portugal e 1500 em Espanha. Podem ser usados como cartões de crédito, sendo enviada depois a factura, e como cartões de desconto, e destinam-se a empresas de transportes de mercadorias ou passageiros, ou que possuam frotas. Os serviços associados variam consoante o cartão, mas podem ir desde a simples autorização para abastecimento de um combustível em Portugal até à permissão em abastecer qualquer tipo combustível por toda a Europa e Norte de África, pagar portagens, pontes, Eurotúnel, produtos de loja, assistência em viagem 24/24h, recuperar o IVA do combustível e pagar multas, diz Telmo Inácio. De frisar o Cepsa Star Direct, lançado em 2012 veio dar resposta a um leque importante de pequenas e médias frotas nacionais, associando serviços de frota a condições de desconto preferenciais, informa.

11 Quarta-feira 6 Novembro 2013 Diário Económico XI Rebecca Cook / Reuters OPINIÕES Uma solução integrada que responda à crise O custo mensal fixo e a inclusão de seviços são as razões apontadas para as empresas recorrerem ao AOV. Asituação económica que o País atravessa tem reflexos no sector automóvel. De acordo com os dados do último Corporate Vehicle Observatory apresentado pela Arval, a maior parte dos gestores de frota portugueses respondem que os principais motivos para optarem pelo aluguer operacional/ renting são o custo mensal fixo e a inclusão dos serviços. O facto de ser uma solução integrada e com flexibilidade contratual é, segundo o mesmo estudo, apontada como a principal ajuda às empresas em tempos de crise. No contexto económico actual, em que o decisor procura soluções para melhorar a eficiência da sua empresa, a forma como gerem as suas frotas, como afectam as suas estruturas ou como adquirem as suas viaturas deverá ser questionada, na medida em que a ausência de uma gestão eficiente resultará em custos evitáveis. Sugere- -se, assim, que falem com uma empresa especializada na gestão de frotas. AArval é uma empresa do grupo BNP Paribas, 100% dedicada à gestão de frotas, posicionando-se como líder em consultadoria e desenvolvimento de soluções eficientes nesta área, tendo como um dos pilares da sua orientação um serviço de elevada qualidade, com um índice médio de satisfação do cliente de 95% nas 12 áreas chave da gestão da frota. Com larga experiência internacional, a Arval tem uma estrutura orgânica inovadora, designada de account teams, que permite gerir qualquer processo com elevada rapidez, oferecendo, com um simples contacto, o acesso a todos os serviços necessários à operacionalidade da sua frota. Por outro lado, a Arval investe muito na criação e desenvolvimento de soluções customizadas, beneficiando o cliente de uma equipa experiente que lhe assegura proximidade, acompanhando-o desde o tratamento das situações operacionais mais simples ao diagnóstico, avaliação e desenvolvimento de soluções apresentadas com a máxima transparência e deixando os nossos clientes libertos para a sua actividade. Dentro dos seus compromissos, a Arval promove igualmente política de responsabilidade social e ambiental, apresentando-se como um parceiro de confiança e com uma solução de outsourcing total para agestãodefrota. JOSÉ MADEIRA RODRIGUES Arval Palavra chave que traduz o aluguer operacional de veículos: eficiência. O facto de ser uma solução integrada e com flexibilidade contratual é, segundo o mesmo estudo, apontada como a principal ajuda às empresas em tempos de crise. Quatro perguntas e quatro respostas sobre AOV A lógica do renting numa altura de crise como a que vivemos é uma lógica de eficiência. Qual o ponto de situação do Mercado de renting /AOV em Portugal? O renting tem uma quota de mercado de cerca de 17%, um valor que fica claramente abaixo dos países pioneiros neste negócio. Logo aí, nota-se que há espaço para crescer. Por outro lado, não obstante haver uma quebra em termos de produção, estamos a atrair cada vez mais clientes novos, captando um novo universo de clientes que outrora não estavam afectos ao renting. Temos também a noção de que, num quadro macroeconómico como este, a lógica do renting é uma lógica de eficiência. Dada a especificidade do modelo de negócio da Locarent, beneficiando de uma rede com mais de mil pontos de venda, através dos balcões da CGD e do BES, acreditamos que o renting ainda não chegou aonde pode chegar. Quais são as vantagens competitivas que o renting tem perante as outras formas de financiamento? O renting não é um crédito, é um serviço que colocamos ao dispor do cliente, não afectando os rácios financeiros da empresa e permitindo-lhes reduzir custos de estrutura. Outra das mais-valias do renting é que se adapta às condições da empresa em cada momento, possibilitando que o contrato possa ser ajustado consoante a evolução das necessidades da instituição. O cliente não recorre ao renting só para financiar a aquisição de um carro: além dessa componente, há uma gama de serviços acoplados, sendo que o cliente conta com um especialista que gere todos esses serviços. Falamos de seguros, pneus, portagens, cartão de combustível, viatura de substituição no caso de imobilização, manutenção, pagamento de impostos e cumprimento das obrigações institucionais, entre outros. Depois há ainda outra questão:a comodidade e o conforto, já que o cliente tem, à distância de um telefonema, 24 horas, sete dias por semana, 365 dias por ano, tanto toda a parte de gestão operacional, como um gestor que melhora e optimiza aquilo que é a gestão de frota ao longo do período de vida útil da viatura. As PME têm permitido o crescimento do renting? O enfoque da Locarent sempre foram as PME, além daquilo que são as frotas de grandes empresas, porque temos dois bancos de retalho como accionistas que permitem que este seja o nosso ambiente natural. Quais são os objectivos da Locarent para 2013? O nosso principal objectivo é manter a quota de mercado de 17%. Daí pretendermos manter a nossa base de clientes, investir em instrumentos de apoio, informação e valências junto da nossa equipa comercial e operacional, no sentido de incrementar a fidelização dos nossos clientes e optimizar a qualidade de serviço. JOSÉ ANTÓNIO PORTUGUÊS E MAURÍCIO MARQUES Direcção de Marketing da Locarent O renting não é um crédito, é um serviço que colocamos ao dispor do cliente, não afectando os rácios financeiros da empresa e permitindo- -lhes reduzir custos de estrutura.

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