Laboratório Estereosseletividade ESTEREOSSELETIVIDADE
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- Brenda Candal Canário
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1 1 ESTERESSELETIVIDADE
2 Importância da quiralidade A maioria dos compostos nos organismos vivos são quirais, incluindo o DNA, enzimas, anticorpos e hormônios. Cada enantiômero tem características diferentes. LIMNEN é um exemplo clássico: enquanto que a forma R apresenta o odor de laranja, a forma S apresenta odor de limão R-(+)-Limoneno S-(-)-Limoneno A atividade de fármacos também depende da quiralidade: a TALIDMIDA, por exemplo, causou a má formação de milhares de fetos, quando administrada, na década de 1960, a várias gestantes. Descobriu-se que apenas um dos enantiômeros, entretanto, causava a má formação congênita, enquanto que o outro era sedativo e não era prejudicial N N Talidomida Laboratório
3 Podemos citar outras moléculas orgânicas quirais que são importantes, tanto do ponto de vista biológico como econômico: Fármacos modernos, inseticidas, reguladores de crescimento de plantas, cristais líquidos, etc A estereoquímica também tem efeito importante na reatividade dos compostos Ex: oxidação de álcoois Velocidade relativa de oxidação dos estereoisômeros de 4-t-butilcicloexanol Cr 3 Ac vel. relativa = 3,23 Estereoisômeros possuem o mesmo esqueleto carbônico e os substituintes tem regioquímica idêntica; porém os estereoisômeros diferem no arranjo espacial dos átomos na molécula Cr 3 Ac vel. relativa = 1 em cis com a terc-butila Laboratório
4 4 Compostos com n estereocentros terá no máximo 2 n estereoisômeros n o máximo de estereoisômeros: 2 n 2 C C 2 2 C C 2 2 C C 2 (+)-R,R-tartaric acid (-)-S,S-tartaric acid meso-tartaric acid Reações Estereoespecíficas Algumas reações químicas demandam um decurso estérico específico (único) reações estereoespecíficas EX: I Na (S)-2-iodoheptane (R)-heptan-2-oI Uma reação S N 2 envolve o deslocamento concertado de um bom grupo abandonador por um nucleófilo via ataque estereoespecífico pela retaguarda, resultando na inversão de configuração do centro estereogênico.
5 5 Síntese estereoespecífca de 1,2-diois oxidação estereoespecífica m-cpba s 4 oxidação estereoespecífica ataque da agua pela retaquarda + / 2 epóxido s 2 ester osmato hidrólise idrólise -s trans diol cis diol
6 6 Síntese estereoespecífca de 1,2-diois xidação envolvendo Iodo-acetato de prata: I 2 I + : - Ac ataque do acetato pela retaquarda I +
7 7 decurso estérico da reação depende criticamente da presença ou ausência de água: diois cis ou trans podem ser seletivamente preparados por reações estereoespecíficas Condições Úmidas (reação de Woodward) + : / 2 ( - + ) cis (Woodward) Condições Anidras (reação de Prevost) + : - Ac Ac Ac + / 2 trans (Prevost)
8 8 Reações Estereosseletivas São reações cujos mecanismos oferecem caminhos alternativos, de tal forma que a reação pode proceder pelo caminho mais favorecido (controle cinético) ou que leva ao estereoisômero mais estável como produto majoritário (controle termodinâmico). Normalmente esse tipo de seletividade é conseguida pela presença de uma barreira física, que impede a formação de um dos isômeros (impedimento estérico). Esse tipo de controle é conseguido mais facilmente em sistemas cíclicos: Ex: adição conjugada estereosseletiva C 3 2 CuLi then + / 2 + C 3 C 3 C 3 C 3 98% 2%
9 Adição regiosseletiva 1,4 em eteres oxímicos: cuprato se adiciona preferencialmente em trans ao eter de sílicio levando à formação de uma enamina, que pode reagir com eletrófilos (preferencialmente em trans) para levar a produtos di-alquilados (Reação Tandem). N LiCN.Cu (C 2 ) 4 C 3 N TBDMS eter oxima -insaturado PhC 3-78ºC TBDMS BF 3.Et 2 TBDMS (C 2 ) 4 C 3 TBDMS MPA,Et 3 N I 3 C 2 Several steps N 3 (C 2 ) 4 C 3 TBDMS TBDMS Prostaglandin PGE 2 Laboratório
10 10 Reações Estereosseletivas: moléculas acíclicas estereocontrole em moléculas acíclicas é muito mais difícil de se conseguir do que para moléculas cíclicas, devido a maior flexibilidade desses compostos. Um caso em que se pode prever o decurso estérico é a adição de nucleófilos em cetonas acíclicas. A adição de Nu em cetonas não simétricas leva a uma mistura racêmica. MgBr + 1 : 1
11 11 Se o carbono em ao grupo carbonílico for um centro estereogênico, então as duas faces da carbonila não serão mais equivalentes. Nesse caso, a adição de Nu ocorre de maneira diastereosseletiva: A adição de um Nu na face si ou re da carbonila não será mais estatístico e uma mistura de diastereoisômeros será formada. Quando a adição de um Nu é reversível (não é o caso abaixo), é provável que o produto termodinâmico (mais estável) seja formado preferencialmente. A adição de organometálicos (Grignard, organolítio ou hidretos) em compostos carbonílicos é essencialmente irreversível e o produto cinético será formado preferencialmente. MgBr + syn minor product anti major product
12 12 Vários modelos tem sido formulados para racionalizar o decurso estérico dessas reações. Embora o modelo de Cram seja frequentemente citado, o modelo de Felkin-Ahn é agora preferido. Modelo de Cram R G G R G R M P P M P M M = médio P = pequeno G = grande Regra de Cram modelo empírico: Quando uma reação de adição gera um centro estereogênico adjacente a um centro estereogênico já existente, a ligação dupla, no estado de transição, estará cercada pelos 2 substituintes menos volumosos e o nucleófilo atacante se aproximará pelo lado menos impedido da ligação dupla.
13 13 No modelo de Felkin-Ahn está previsto componentes orbitalares, inclusive leva em consideração o ângulo de ataque do Nu na carbonila (107 º, ângulo de Burgi-Dunitz). A trajetória de 107 º aproxima, no estado de transição, o Nu dos substituintes
14 14 Aplicação do modelo de Felkin-Ahn Nomeando os grupos, Et e ligados ao carbono L S M S = smallest group M = medium size group L = largest group
15 15 Aplicação do modelo de Felkin-Ahn dois dos possíveis confôrmeros Nu - : M Et L S or M L Nu - : S Et Colocar o maior grupo perpendicular a carbonila na projeção de Newman Disfavoured Favoured M Nu S M Nu S Nu Et L L Et produto majoritário MgBr + syn minor product anti produto majoritário
16 16 Modelo Quelado Quando um grupo coordenante (metoxi, nitrogênio) está presente em alfa à cetona, o decurso estérico pode ser diferente RMgBr : - R Mg + Br + / 2 R Adição nucleofílica em cetonas controlada por quelação Nesse caso, a quelação do contra-ion (Magnésio no caso do reagente de Grignard) mantém a molécula em uma forma cíclica. grupo volumoso bloqueia uma das faces da carbonila (nesse caso a face Re), predominando o ataque na face Si. utro contra-ion que quela bem é o Zn.
17 17 Exercícios: Ph Ph from Ph Ph from TBDMS from TBDMS Ph Ph Ph Li Forneça os produtos diastereoisoméricos majoritários e minoritários para essa reação (use projeções de Newman para os modelos de Cram e Felkin-Ahn: os dois modelos levariam ao mesmo diastereoisômero majoritário?)
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