Revolução de Do Sul para o Rio: Miguel Costa, Góis Monteiro e Getúlio Vargas na Revolução de 1930.
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- Octavio de Abreu Fidalgo
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1 Revolução de 1930 Forças oposicionistas - Aliança Liberal: Marco referencial para a entrada do Brasil no mundo capitalista de produção. A acumulação de capital, do período anterior, permitiu com que o Brasil pudesse investir no mercado interno e na produção industrial. A nova realidade brasileira passou a exigir uma mão-deobra especializada e para tal era preciso investir na educação. Do Sul para o Rio: Miguel Costa, Góis Monteiro e Getúlio Vargas na Revolução de 1930.
2 Governo Vargas: três fases Governo Provisório após a Revolução de 1930 até 1934 Presidente eleito pelo Congresso Nacional de 1934 a 1937 Estado Novo de 1937 a 1945 Duas constituições bem diferentes: o Constituição de 1934 mais democrática o Constituição de 1937 de cunho autoritário
3 Governo Provisório: uma série de instabilidades Em 1932 eclode a Revolução Constitucionalista de São Paulo. Em 1934 a nova Constituição (a segunda da República) dispõe, pela primeira vez, que a educação é direito de todos, devendo ser ministrada pela família e pelos Poderes Públicos.
4 Governo Provisório: medidas educacionais em meio a uma série de instabilidades Em 1930, foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova 1932 Ainda em 1934, por iniciativa do governador Armando Salles Oliveira, foi criada a Universidade de São Paulo. A primeira a ser criada e organizada segundo as normas do Estatuto das Universidades Brasileiras de Conflitos entre liberais e católicos: os dois grupos tentam influenciar na elaboração da nova Carta Constitucional
5 Reforma Francisco Campos Em 1931, o governo provisório sanciona decretos organizando o ensino secundário e as universidades brasileiras ainda inexistentes. O Decreto , de 11 de abril de 1931, cria o Conselho Nacional de Educação e os Conselhos Estaduais de Educação (que só vão começar a funcionar em 1934). O Decreto , de 11 de abril de 1931, institui o Estatuto das Universidades Brasileiras que dispõe sobre a organização do ensino superior no Brasil e adota o regime universitário.
6 Reforma Francisco Campos O Decreto , de 11 de abril de 1931, dispõe sobre a organização da Universidade do Rio de Janeiro. O Decreto , de 18 de abril de 1931, dispõe sobre a organização do ensino secundário. O Decreto , de 30 de julho de 1931, organiza o ensino comercial, regulamenta a profissão de contador e dá outras providências. O Decreto , de 14 de abril de 1931, consolida as disposições sobre o ensino secundário.
7 Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova Em 1932 um grupo de educadores lança à nação o documento, redigido por Fernando de Azevedo e assinado por outros conceituados educadores da época. Princípios gerais: educação como serviço público, que o Estado é chamado a realizar Concebe uma escola comum para ambos os sexos, leiga Escola primária (sete a doze anos) gratuita e obrigatória Expandir a obrigatoriedade progressivamente até os dezoito anos e a gratuidade a todos os graus. Financiamento:fundos próprios para a educação Ampliam o debate educacional no plano político e pedagógico. Influencia na Constituição de 1934
8 Constituição de 1934 esperança de mudanças Inspiração liberal Inovações importantes Acrescentou três novos títulos: da ordem econômica e social; da família, educação e cultura e da segurança nacional Dispositivos econômicos: intenções nacionalistas Dispositivos de caráter social: pluralidade e autonomia dos sindicatos, legislação trabalhista Segurança Nacional: a cargo do Conselho Superior de Segurança Nacional, com a chefia do Presidente da República Possibilita o voto feminino
9 A Constituição de 1934 e a Educação brasileira: rupturas e continuidades Conserva a estrutura anterior do Sistema Educacional: União responsável pela manutenção do ensino secundário e superior no DF e ação supletiva na obra educativa em todo país Responsabilidade da União: estabelecer as diretrizes da educação nacional, promovendo a articulação entre os diferentes sistemas Competência da União: fixar o Plano Nacional da Educação, que estabeleceu como meta o ensino primário integral e gratuito e de freqüência obrigatória, extensivo aos adultos e a tendência a gratuidade do ensino posterior ao primário Ensino religioso com freqüência facultativa Isenção tributária aos estabelecimentos de ensino particulares considerados idôneos.
10 Governo constitucional 1934 a 1937 Em 1935 o Secretário de Educação do Distrito Federal, Anísio Teixeira, cria a Universidade do Distrito Federal, com uma Faculdade de Educação na qual se situava o Instituto de Educação. Em função da instabilidade política deste período, Getúlio Vargas, num golpe de estado, instala o Estado Novo e proclama uma nova Constituição, também conhecida como "Polaca".
11 Constituição de 1937: a Carta do Estado Novo Fase da ditadura Inspirada nas constituições de regimes facistas europeus Disposições finais e transitórias - outorgava poderes irrestritos ao presidente da República: o o o o o confirmar ou não os governadores eleitos, nomear interventores, dissolver o Parlamento, assembléias estaduais e Câmaras municipais, aposentar ou demitir funcionários civis ou militares, no interesse do serviço público ou por conveniência do regime cassar os direitos civis garantidos pela Constituição, governar mediante decretos-lei
12 A Constituição de 1937 e a centralização da educação Retrocessos na educação: reforçou a dualidade entre a escola de ricos e pobres Competência da União não apenas traçar diretrizes para a educação, mas fixar as bases e determinar os quadros da educação Mantém a liberdade de ensino Dever do Estado em segundo plano: para aqueles a quem faltarem recursos necessários Não se refere a gratuidade do ensino posterior ao primário Ensino religioso ganha maior espaço Primeiro dever do Estado: ensino pre-vocacional e profissional
13 Reforma Gustavo Capanema - Leis Orgânicas do Ensino Lei Orgânica do Ensino Industrial Decreto-Lei n de janeiro de 1942 Lei Orgânica do Ensino Secundário Decreto-Lei n de abril de 1942 Lei Orgânica do Ensino Comercial Decreto-Lei n de dezembro de 1943 Criação do SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial por meio do Decretolei 4.048, de janeiro de 1942
14 Após a Queda de Vargas Lei Orgânica do Ensino Primário Decreto- Lei n de janeiro de 1946 Lei Orgânica do Ensino Normal Decreto- Lei n de janeiro de 1946 Lei Orgânica do Ensino Agrícola Decreto- Lei n de agosto de 1946 Instituído o SENAC Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, pelos Decretosleis e de janeiro de 1946
15 Leis Orgânicas do Ensino Industrial Ensino técnico profissional dois ciclos (média entre sete a oito anos de duração): Ciclo 1 - Industrial básico com 4 anos mais Mestria com 2 anos Ciclo 2- Técnico - de 3 a 4 anos Curso de formação de professores 1 ano Cursos de curta duração: treinamentos rápidos Curso de aprendizagem: no ambiente de trabalho
16 Leis Orgânicas do Ensino Comercial Ensino técnico profissional dois ciclos (média entre sete a oito anos de duração): Ciclo 1 Comercial básico com 4 anos Ciclo 2- Técnicos - de 3 anos (Contabilidade, comércio, estatística, propaganda e secretariado)
17 Significado ideológico e social da Reforma Capanema Falta de articulação entre os níveis e ramos do ensino profissional, inviabilizando a mudança de curso por parte do aluno Dificultava o ingresso no ensino superior Naturalizava as diferenças sociais: ensino secundário para as elites e ensino profissional para as massas Acentua o dualismo na educação brasileira
18 Saldos numéricos da Era Vargas No início do Governo Vargas, 2/3 da população em idade escolar estava excluída da escola e o analfabetismo atingia 65% da população maior de 15 anos Educação passou a ocupar o sexto lugar das despesas no âmbito da União e o segundo, dos Estados Ampliação do número de escolas e de matrículas Aperfeiçoamento no âmbito administrativo No período de , as matrículas no ensino fundamental passam de para No ensino médio, passam de para Em 1940, o analfabetismo caiu para 56% Incapaz de eliminar a seletividade da educação brasileira e romper com a contradição entre trabalho manual e intelectual
19 Bibliografia VIEIRA, S. L. e FREITAS, I. M. S. de. Política Educacional no Brasil. Brasília: Plano Editora, p SHIROMA, Eneida Oto; MORAES, Maria Célia M. de & EVANGELISTA, Olinda. Política educacional. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2002.
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