CAPÍTULO I Ilícito penal

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CAPÍTULO I Ilícito penal"

Transcrição

1 Regime processual aplicável aos crimes especiais do setor segurador e dos fundos de pensões e aplicável às contraordenações cujo processamento compete ao Instituto de Seguros de Portugal CAPÍTULO I Ilícito penal Artigo 1.º Aquisição da notícia do crime 1 A notícia do crime de prática ilícita de atos ou operações de seguros, de capitalização, de resseguros ou de gestão de fundos de pensões adquire-se por conhecimento próprio do Instituto de Seguros de Portugal, por intermédio dos órgãos de polícia criminal ou mediante denúncia. 2 Os intervenientes profissionais no mercado segurador, ressegurador ou de fundos de pensões e as autoridades judiciárias, entidades policiais ou funcionários que, no exercício da sua atividade ou função, tenham conhecimento de factos que possam vir a ser qualificados como crime de prática ilícita de atos ou operações de seguros, de capitalização, de resseguros ou de gestão de fundos de pensões informam imediatamente o Instituto de Seguros de Portugal. 3 A denúncia prevista no número anterior pode ser apresentada por qualquer meio idóneo para o efeito, sendo confirmada por escrito, a pedido do Instituto de Seguros de Portugal, sempre que este não seja o meio adotado inicialmente. 4 A pessoa ou entidade que apresente ao Instituto de Seguros de Portugal uma denúncia nos termos deste artigo fica impedida de revelar tal facto ou qualquer outra informação sobre a mesma a clientes ou a terceiros, não podendo ser responsabilizada pelo cumprimento desse dever de sigilo e pela denúncia que não seja feita de má-fé. 5 Não pode ser revelada a identidade de quem subscreve a denúncia ou fornece as informações previstas neste artigo, nem a identificação da entidade para quem essa pessoa trabalha, exceto se a quebra desse regime de segredo for determinada por juiz, nos termos previstos no Código de Processo Penal.

2 Fonte: artigo 382.º do Código dos Valores Mobiliários Artigo 2.º Averiguações preliminares 1 Obtido o conhecimento de factos que possam vir a ser qualificados como crime de prática ilícita de atos ou operações de seguros, de capitalização, de resseguros ou de gestão de fundos de pensões, pode o Instituto de Seguros de Portugal determinar a abertura de um processo de averiguações preliminares. 2 As averiguações preliminares compreendem o conjunto de diligências necessárias para apurar a possível existência da notícia de um crime de prática ilícita de atos ou operações de seguros, de capitalização, de resseguros ou de gestão de fundos de pensões. 3 As averiguações preliminares são desenvolvidas sem prejuízo dos poderes de supervisão do Instituto de Seguros de Portugal. Fonte: artigo 383.º do Código dos Valores Mobiliários Artigo 3.º Prerrogativas do Instituto de Seguros de Portugal 1 Para efeito do disposto nos artigos anteriores, o Instituto de Seguros de Portugal dispõe das seguintes prerrogativas: a) Solicitar a quaisquer pessoas ou entidades os esclarecimentos, informações, documentos, independentemente da natureza do seu suporte, e objetos necessários à averiguação da notícia de crime de prática ilícita de atos ou operações de seguros, de capitalização, de resseguros ou de gestão de fundos de pensões, as quais os devem facultar no prazo para o efeito fixado; b) Proceder, de acordo com o regime previsto no Código de Processo Penal, à apreensão de quaisquer documentos, independentemente da natureza do seu suporte, valores ou objetos na medida em que se revelem necessários à averiguação da notícia de crime de prática ilícita de atos ou operações de seguros, de capitalização, de resseguros ou de gestão de fundos de pensões; 2

3 c) Proceder, de acordo com o regime previsto no Código de Processo Penal, ao congelamento de valores, à inspeção ou à selagem de objetos não apreendidos na medida em que se revelem necessários à averiguação da notícia de crime de prática ilícita de atos ou operações de seguros, de capitalização, de resseguros ou de gestão de fundos de pensões; d) Requerer de modo devidamente fundamentado à autoridade judiciária competente que autorize a solicitação a entidades prestadoras de serviços de telecomunicações, de rede fixa ou de rede móvel, ou a operadores de serviços de Internet registos de contactos telefónicos e de transmissão de dados existentes. 2 O Instituto de Seguros de Portugal pode, para efeito do disposto no número anterior, requerer a colaboração de outras autoridades, entidades policiais e órgãos de polícia criminal. 3 Em caso de urgência ou perigo pela demora, ainda que antes de iniciadas as averiguações preliminares para os efeitos descritos no presente capítulo, o Instituto de Seguros de Portugal pode proceder à prática dos atos referidos nas alíneas b) e c) do n.º 1, incluindo a apreensão e congelamento de valores, independentemente do local ou da instituição em que os mesmos se encontrem. 4 A autorização para a obtenção dos registos referidos na alínea d) do n.º 1 é concedida no prazo de quarenta e oito horas pelo magistrado do Ministério Público competente, sendo a decisão deste obrigatoriamente comunicada ao juiz de instrução para efeitos de homologação. 5 Considera-se validada a obtenção de registos referida no número anterior se não for proferido despacho de recusa de homologação pelo juiz de instrução nas quarenta e oito horas seguintes. 6 Nos casos referidos na alínea d) do n.º 1 em que seja invocável um regime de proteção de segredo profissional, deve a autorização prévia ser diretamente promovida pelo competente magistrado do Ministério Público junto do juiz de instrução, a qual é ponderada com dispensa de quaisquer outras formalidades, considerando-se concedida se não for proferido despacho de recusa no prazo de quarente e oito horas. Fonte: artigo 385.º do Código dos Valores Mobiliários. Cf. também quanto ao n.º 1 o artigo 203.º do Decreto-Lei n.º 94- B/98, de 17 de abril 3

4 Artigo 4.º Encerramento do processo de averiguações 1 Concluído o processo de averiguações preliminares e obtida a notícia de um crime, o Instituto de Seguros de Portugal remete os elementos relevantes à autoridade judiciária competente. 2 O Instituto de Seguros de Portugal pode constituir-se assistente no âmbito dos processos penais baseados em crime de prática ilícita de atos ou operações de seguros, de capitalização, de resseguros ou de gestão de fundos de pensões. Fonte: n.º 1 - Artigo 386.º do Código dos Valores Mobiliários, n.º 2 - novo Artigo 5.º Notificação ao Instituto de Seguros de Portugal As decisões tomadas ao longo dos processos por crime de prática ilícita de atos ou operações de seguros, de capitalização, de resseguros ou de gestão de fundos de pensões são notificadas ao Instituto de Seguros de Portugal. Fonte: artigo 387.º do Código dos Valores Mobiliários Artigo 6.º Divulgação da decisão Independentemente do trânsito em julgado, as decisões judiciais relativas ao crime de prática ilícita de atos ou operações de seguros, de capitalização, de resseguros ou de gestão de fundos de pensões são divulgadas pelo Instituto de Seguros de Portugal nos termos do n.º 1 do artigo 24.º Fonte: n.º 4 do artigo 229.º-B do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril. CAPÍTULO II 4

5 Ilícitos contraordenacionais SECÇÃO I Disposições gerais Artigo 7.º Âmbito de aplicação Salvo regime especial, o presente regime aplica-se às contraordenações cujo processamento e correspondente aplicação de coimas e sanções acessórias competem ao Instituto de Seguros de Portugal. Fonte: novo, resultante da consolidação do regime processual aplicável aos ilícitos contraordenacionais cujo processamento cabe ao Instituto de Seguros de Portugal. Artigo 8.º Prerrogativas do Instituto de Seguros de Portugal 1 Quando se revele necessário às averiguações ou à instrução do processo, o Instituto de Seguros de Portugal pode solicitar a quaisquer pessoas ou entidades os esclarecimentos, informações, documentos, independentemente da natureza do seu suporte, e objetos, as quais os devem facultar no prazo para o efeito fixado. 2 Quando se revele necessário à salvaguarda da eficaz instrução do processo ou à proteção dos intervenientes no mercado segurador, ressegurador e de fundos de pensões, o Instituto de Seguros de Portugal pode determinar uma das seguintes medidas: a) Suspensão preventiva de alguma ou algumas atividades ou funções exercidas pelo agente; b) Sujeição do exercício de funções ou atividades a determinadas condições, necessárias para esse exercício; c) Apreensão de quaisquer documentos, independentemente da natureza do seu suporte e do local ou instituição em que os mesmos se encontrem; 5

6 d) Apreensão e congelamento de valores independentemente do local ou instituição em que os mesmos se encontrem; e) Apreensão, inspeção ou selagem de objetos, independentemente do local ou instituição em que os mesmos se encontrem; f) Publicitação, pelos meios adequados, da identificação de pessoas singulares ou coletivas que não estão legalmente habilitadas a exercer atividades supervisionadas pelo Instituto de Seguros de Portugal. 3 A aplicação das medidas cautelares a que se refere o número anterior deve ser precedida da audição do agente, o qual dispõe, para o efeito, de cinco dias úteis após ter sido notificado pelo Instituto de Seguros de Portugal. 4 Os valores apreendidos nos termos da alínea d) do n.º 2 garantem o pagamento da coima e das custas em que vier a ser condenado o arguido. 5 As buscas e apreensões domiciliárias são objeto de mandado judicial, a requerer pelo Instituto de Seguros de Portugal. 6 Não há lugar à audição prevista no n.º 3 quando: a) A decisão seja urgente; b) Seja razoavelmente de prever que a diligência possa comprometer a execução ou a utilidade da decisão. 7 As medidas previstas nas alíneas a) e b) do n.º 2 vigoram, consoante os casos: a) No termo do prazo estipulado pelo Instituto de Seguros de Portugal; b) Até à revogação pelo Instituto de Seguros de Portugal ou por decisão judicial; c) Até ao início do cumprimento de sanção acessória de efeito equivalente. 8 A determinação da suspensão preventiva pode ser publicada. 9 Quando, nos termos da alínea a) do n.º 2, seja determinada a suspensão total das atividades ou das funções exercidas pelo agente e este venha a ser condenado, no mesmo processo, em sanção acessória que consista em interdição ou inibição do exercício das mesmas atividades ou funções, é descontado no cumprimento da sanção acessória o tempo de duração da suspensão preventiva. 6

7 Fontes: n.º 4 do artigo 217.º do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril, n.º 3 do artigo 81.º e artigo 84.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de julho, artigos 215.º e 216.º do RGICSF, n.º 2 do artigo 408.º e artigo 412.º do CVM e artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 57/2008, de 26 de março. Artigo 9.º Colaboração com o Instituto de Seguros de Portugal No decurso da averiguação ou da instrução, o Instituto de Seguros de Portugal pode solicitar às entidades policiais e a quaisquer outros serviços públicos ou autoridades a colaboração ou auxílio necessário para a realização das finalidades do processo. Fontes: n.º 5 do artigo 217.º do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril, n.º 4 do artigo 81.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de julho, n.º 3 do artigo 213.º do RGICSF e n.º 2 do artigo 408.º do CVM. Artigo 10.º Suspensão do processo 1 Quando a infração constitua irregularidade sanável, não lese significativamente nem ponha em perigo iminente e grave os interesses dos tomadores de seguros, segurados ou beneficiários de contratos de seguros, dos portadores ou subscritores de operações de capitalização, ou dos associados, participantes ou beneficiários de fundos de pensões, nem cause prejuízos importantes ao sistema financeiro ou à economia nacional, o Instituto de Seguros de Portugal pode suspender o processo, advertindo o agente para, no prazo que lhe fixar, sanar a irregularidade em que incorreu. 2 A falta de sanação no prazo fixado determina o prosseguimento do processo de contraordenação. 3 Sanada a irregularidade, o processo é arquivado e a advertência torna-se definitiva, como decisão condenatória, precludindo a possibilidade de nova apreciação dos factos imputados como contraordenação. Fontes: artigo 218.º do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril, artigo 82.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de julho, artigo 214.º do RGICSF e artigo 413.º do CVM. 7

8 Artigo 11.º Conclusão das averiguações Concluídas as averiguações, é deduzida acusação nos termos do artigo seguinte, determinada a aplicação de processo sumaríssimo nos termos do artigo 13.º ou, se não tiverem sido recolhidos indícios suficientes de ter sido cometida contraordenação, arquivado o processo. Fontes: artigo 221.º do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril, artigo 86.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de julho, artigo 219.º do RGICSF e artigo 414.º do CVM. Artigo 12.º Acusação e defesa 1 Na acusação são identificados os arguidos, os factos que lhe são imputados e as respetivas circunstâncias de tempo e lugar, bem como a lei que os proíbe e pune. 2 A acusação é notificada ao arguido e às entidades que, nos termos da lei, podem responder solidária ou subsidiariamente pelo pagamento da coima, sendo-lhes designado, pelo instrutor do processo, um prazo, entre 10 e 30 dias úteis, tendo em atenção o lugar da residência, sede ou estabelecimento permanente do arguido e a complexidade do processo, para, querendo, identificarem o seu defensor, apresentarem, por escrito, a sua defesa e oferecerem ou requererem meios de prova. 3 O Instituto de Seguros de Portugal pode exigir a apresentação em suporte informático das peças processuais apresentadas em suporte de papel. 4 Cada uma das entidades referidas no n.º 2 não pode arrolar mais de cinco testemunhas por cada contraordenação. Fontes: artigo 221.º do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril, artigo 86.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de julho, artigo 219.º do RGICSF e artigo 414.º do CVM. N.º 4 é novo. Artigo 13.º Processo sumaríssimo 8

9 1 Quando a natureza da infração, a intensidade da culpa e as demais circunstâncias o justifiquem, pode o Instituto de Seguros de Portugal, antes da acusação e com base nos factos averiguados, notificar o arguido da possibilidade de aplicação de uma sanção reduzida, nos termos e condições constantes dos números seguintes. 2 A sanção aplicável é uma admoestação, nos termos do regime geral do ilícito de mera ordenação social, ou uma coima cuja medida concreta não exceda o triplo do limite mínimo da moldura abstratamente prevista para a contraordenação dolosa. 3 A notificação prevista no n.º 1 é feita mediante comunicação escrita da qual devem constar: a) A descrição dos factos imputados; b) A especificação das normas violadas e das contraordenações praticadas; c) A sanção ou sanções a aplicar; d) A indicação, se for caso disso, do comportamento que o arguido deve adotar em cumprimento do dever violado e do prazo de que dispõe para o efeito; e) A informação sobre as consequências respetivas da aceitação e da recusa da sanção. 4 Recebida a notificação prevista no n.º 1, o arguido dispõe do prazo de 15 dias úteis para remeter ao Instituto de Seguros de Portugal declaração escrita de aceitação da sanção nos termos notificados ou requerimento de pagamento da coima aplicada. 5 Se o arguido aceitar a sanção ou proceder ao pagamento da coima aplicada e se adotar o comportamento que lhe tenha sido eventualmente notificado, a decisão do Instituto de Seguros de Portugal torna-se definitiva, como decisão condenatória e preclude a possibilidade de nova apreciação dos factos imputados como contraordenação. 6 Se o arguido recusar a aplicação da sanção nos termos notificados ou não se pronunciar no prazo estabelecido, ou se, tendo sido aplicada uma coima, esta não tiver sido paga no prazo devido, ou ainda se requerer qualquer diligência complementar ou não adotar o comportamento devido, a notificação feita nos termos do n.º 3 fica sem efeito e o processo de contraordenação continua sob a forma comum, cabendo ao Instituto de Seguros de Portugal 9

10 realizar as demais diligências instrutórias e deduzir acusação, sem que esta seja limitada pelo conteúdo da referida notificação. 7 As decisões proferidas em processo sumaríssimo são irrecorríveis. Fontes: artigo 229.º-A do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril, artigo 227.º-A do RGICSF e artigo 414.º do CVM. Artigo 14.º Notificações 1 A notificação ao arguido da acusação ou de outro ato processual que lhe impute a prática de contraordenação, bem como da decisão que lhe aplique coima, sanção acessória ou alguma medida cautelar, é feita por carta registada com aviso de receção, endereçada à sede ou ao domicílio do arguido, ou pessoalmente, se necessário através de autoridades policiais. 2 Na impossibilidade de se cumprir o número anterior, o Instituto de Seguros de Portugal promove a publicação da notificação em jornal da localidade da sede ou da última residência conhecida do arguido, ou no caso de aí não haver jornal, de não ser conhecida sede ou residência, ou de o arguido não ter sede ou residência no País, em jornal diário de larga difusão nacional. 3 As demais notificações podem ser feitas por telecópia ou correio eletrónico. Fontes: artigo 219.º do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril, artigo 83.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de julho, artigo 217.º do RGICSF e artigo 411.º do CVM. O n.º 3 é novo. Artigo 15.º Dever de comparência 1 Às testemunhas e aos peritos que não comparecerem no dia, hora e local designados para uma diligência do processo nem justificarem a falta nos cinco dias úteis imediatos, é aplicada pelo Instituto de Seguros de Portugal uma sanção pecuniária até 10 unidades de conta. 2 O pagamento é efetuado no prazo de 10 dias úteis a contar da notificação, sob pena de execução da mesma. 10

11 Fontes: artigo 220.º do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril, artigo 85.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de julho, artigo 218.º do RGICSF e artigo 409.º do CVM. Artigo 16.º Revelia A revelia do arguido não obsta, em fase alguma do processo, a que este siga os seus termos e seja proferida decisão final. Fontes: artigo 222.º do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril, artigo 87.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de julho, artigo 221.º do RGICSF e artigo 410.º do CVM. Artigo 17.º Decisão 1 Realizadas, oficiosamente ou a requerimento, as diligências pertinentes em consequência da apresentação da defesa, o processo, acompanhado de parecer sobre a matéria de facto e de direito, é apresentado ao conselho diretivo do Instituto de Seguros de Portugal, órgão ao qual cabe a decisão. 2 Quando a reduzida gravidade da infração e da culpa o justifiquem, pode o conselho diretivo do Instituto de Seguros de Portugal decidir aplicar a sanção de admoestação, nos termos do regime geral do ilícito de mera ordenação social. 3 A decisão é notificada ao arguido e da mesma é dada conhecimento ao denunciante ou reclamante, se o houver, mas apenas na parte relacionada com o objeto da denúncia ou reclamação e sem menção de factos cobertos pelo dever de segredo profissional do Instituto de Seguros de Portugal. Fontes: artigo 223.º do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril, artigo 88.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de julho e artigo 220.º do RGICSF. O n.º 2 é novo, bem como a parte final do n.º 3. Artigo 18.º Requisitos da decisão condenatória 11

12 1 A decisão condenatória contém: a) A identificação do arguido e dos eventuais comparticipantes; b) A descrição do facto imputado e das provas obtidas, bem como das normas segundo as quais se pune e a fundamentação da decisão; c) A sanção ou sanções aplicadas, com indicação dos elementos que contribuíram para a sua determinação; d) A indicação dos termos em que a condenação pode ser impugnada judicialmente e se torna exequível; e) A indicação de que, em caso de impugnação judicial, o juiz pode decidir mediante audiência ou, se o arguido, o Ministério Público e o Instituto de Seguros de Portugal não se opuserem, mediante simples despacho; f) A indicação de que não vigora o princípio da proibição da reformatio in pejus. 2 A notificação contém, além dos termos da decisão, a advertência de que a coima deve ser paga no prazo de 15 dias úteis após o termo do prazo para a impugnação judicial, sob pena de se proceder à sua execução, nos termos previstos no n.º 4 do artigo 22.º Fontes: artigo 224.º do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril, artigo 89.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de julho, artigo 222.º do RGICSF e artigo 416.º do CVM. Artigo 19.º Suspensão da execução da sanção 1 O Instituto de Seguros de Portugal pode suspender, total ou parcialmente, a execução da sanção, quando a contraordenação não tenha lesado significativamente ou colocado em perigo grave os interesses dos tomadores de seguros, segurados ou beneficiários de contratos de seguros, dos portadores ou subscritores de operações de capitalização, ou dos associados, participantes ou beneficiários de fundos de pensões, ou causado prejuízos importantes ao sistema financeiro ou à economia nacional 2 A suspensão, a fixar entre dois e cinco anos a contar da data em que se esgotar o prazo da impugnação judicial da decisão condenatória, pode ser sujeita a injunções, 12

13 designadamente as consideradas necessárias para a regularização de situações ilegais, a reparação de danos ou a prevenção de perigos. 3 A suspensão não abrange as custas. 4 Se decorrer o período de suspensão sem que o arguido tenha sido condenado por crime de prática ilícita de atos ou operações de seguros, de capitalização, de resseguros ou de gestão de fundos de pensões ou por contraordenação cujo processamento compita ao Instituto de Seguros de Portugal e sem ter violado as obrigações que lhe tenham sido impostas, fica a condenação sem efeito, procedendo-se, no caso contrário, à execução imediata da sanção aplicada. Fontes: artigo 225.º do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril, artigo 90.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de julho, artigo 223.º do RGICSF e artigo 415.º do CVM. Artigo 20.º Pagamento das coimas 1 O pagamento da coima e das custas é efetuado no prazo de 15 dias úteis, contados a partir da data em que a decisão se tornar definitiva ou transitar em julgado. 2 Salvo disposição legal em contrário, o montante das coimas aplicadas pelo Instituto de Seguros de Portugal reverte em seu favor. Fontes: alínea b) do n.º 1 do artigo 36.º da Lei-quadro das entidades reguladoras. Artigo 21.º Responsabilidade pelo pagamento 1 As pessoas coletivas, ainda que irregularmente constituídas, e as associações sem personalidade jurídica respondem solidariamente pelo pagamento da coima e das custas em que sejam condenados pela prática de contraordenações cujo processamento compete ao Instituto de Seguros de Portugal os membros dos seus órgãos sociais, quem exerça funções de mandatário geral, os diretores de topo e demais pessoas que dirijam efetivamente a empresa, a fiscalizam ou são responsáveis por uma função-chave, os restantes trabalhadores ou quem as represente. 13

14 2 Os titulares dos órgãos de administração das pessoas coletivas, ainda que irregularmente constituídas, e das associações sem personalidade jurídica que, podendo fazê-lo, não se tenham oposto à prática da contraordenação respondem individual e subsidiariamente pelo pagamento da coima e das custas em que aquelas sejam condenadas, ainda que à data da condenação tenham sido dissolvidas ou entrado em liquidação, salvo se provarem que não foi por culpa sua que o património da pessoa coletiva se tornou insuficiente para a satisfação de tais créditos. Fontes: artigo 227.º do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril e artigo 92.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de julho, artigo 226.º do RGICSF e n.º 1 do artigo 406.º do CVM. Artigo 22.º Exequibilidade da decisão 1 Sem prejuízo do disposto no número seguinte, a decisão torna-se exequível se não for judicialmente impugnada. 2 A decisão que aplique sanções acessórias de inibição, interdição ou suspensão do exercício de funções, atividades ou atos torna-se, quanto a ela, imediatamente exequível e a sua exequibilidade só termina com a decisão judicial que definitivamente a revogue. 3 O disposto no número anterior aplica-se igualmente às decisões tomadas nos termos do n.º 2 do artigo 8.º 4 A execução das coimas e das custas segue os termos do processo de execução fiscal previsto no Código de Procedimento e de Processo Tributário, emitindo o Instituto de Seguros de Portugal certidão para esse efeito. Fontes: artigo 228.º do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril; quanto aos n. os 2 e 3 adapta-se formulação do n.º 2 do artigo 227.º do RGICSF. O n.º 4 é novo. Artigo 23.º Divulgação da decisão 14

15 1 Sem prejuízo de outros meios de divulgação previstos legalmente, decorrido o prazo de impugnação judicial, a decisão do Instituto de Seguros de Portugal que condene o arguido pela prática de contraordenação é divulgada, por extrato ou na íntegra, e por um prazo de cinco anos, no sítio do Instituto de Seguros de Portugal na Internet, mesmo que tenha sido requerida a sua impugnação judicial, sendo, neste caso, feita expressa menção desse facto. 2 A decisão judicial que confirme, altere ou revogue a decisão condenatória do Instituto de Seguros de Portugal ou do tribunal da concorrência, regulação e supervisão é comunicada de imediato ao Instituto de Seguros de Portugal e obrigatoriamente divulgada nos termos do número anterior. 3 O disposto nos números anteriores pode não ser aplicado no processo sumaríssimo, quando tenha havido suspensão da sanção ou quando a sanção for uma admoestação, bem como quando a ilicitude do facto e a culpa do agente sejam diminutas ou quando o Instituto de Seguros de Portugal considere que a divulgação da decisão pode ser contrária aos interesses dos tomadores de seguros, segurados ou beneficiários de contratos de seguros, dos portadores ou subscritores de operações de capitalização, ou dos associados, participantes ou beneficiários de fundos de pensões, ou causar danos concretos, a pessoas ou entidades envolvidas, manifestamente desproporcionados em relação à gravidade dos factos imputados. Fontes: artigo 229.º-B do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril e artigo 227.º-B do RGICSF. Artigo 24.º Registo de contraordenações 1 O Instituto de Seguros de Portugal organiza e mantém atualizado um registo de sanções aplicadas em processo de contraordenação, no qual se faz menção das contraordenações cometidas, do estado de execução das sanções aplicadas, da data de cumprimento do dever violado, quando for o caso, e ainda da eventual impugnação das decisões e da decisão proferida no respetivo recurso. 15

16 2 Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, o registo das contraordenações fica sujeito ao regime de sigilo profissional aplicável ao Instituto de Seguros de Portugal, salvo no que respeita a informações solicitadas pelas autoridades de investigação criminal e por qualquer tribunal. Fonte: artigo 279.º do RGICSF. SECÇÃO II Impugnação judicial Artigo 25.º Impugnação judicial 1 O recurso de impugnação judicial de decisão condenatória deve ser interposto junto do Instituto de Seguros de Portugal no prazo de 15 dias úteis a partir do seu conhecimento pelo arguido. 2 Recebido o recurso de impugnação judicial, o Instituto de Seguros de Portugal remete os autos, no prazo de 15 dias úteis, ao magistrado do Ministério Público junto do tribunal da concorrência, regulação e supervisão. 3 O Instituto de Seguros de Portugal pode juntar alegações, informações ou elementos que considere relevantes para a correta decisão da causa, bem como oferecer meios de prova, tanto no momento de remessa aos autos, como em momento posterior, até ao encerramento da audiência de julgamento. 4 Toda a prova produzida na fase administrativa do processo de contraordenação e constante dos respetivos autos deve ser tomada em consideração pelo tribunal, independentemente de se realizar audiência de julgamento. Fontes: artigo 230.º do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril, artigo 93.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de julho, artigo 228.º do RGICSF e n. os 1 e 2 do artigo 416.º do CVM. Os n. os 3 a 5 são novos. Artigo 26.º Tribunal competente 16

17 O tribunal da concorrência, regulação e supervisão é o tribunal competente para conhecer o recurso, a revisão das decisões ou de quaisquer outras medidas legalmente suscetíveis de impugnação tomadas pelo Instituto de Seguros de Portugal em processo de contraordenação. Fonte: artigo 231.º do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril e artigo 94.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de julho. Artigo 27.º Decisão judicial por despacho O juiz pode decidir por despacho quando não considere necessária a audiência de julgamento e o arguido, o Ministério Público e o Instituto de Seguros de Portugal não se oponham a esta forma de decisão. Fontes: artigo 232.º do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril, artigo 95.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de julho, artigo 229.º do RGICSF e n.º 3 do artigo 416.º do CVM. Artigo 28.º Intervenção do Instituto de Seguros de Portugal na fase contenciosa 1 O Instituto de Seguros de Portugal pode participar, por meio de um representante, na audiência de julgamento, para a qual é notificado. 2 A desistência da acusação pelo Ministério Público depende da concordância do Instituto de Seguros de Portugal. 3 O Instituto de Seguros de Portugal tem legitimidade para recorrer das decisões proferidas no processo de impugnação e que admitam recurso, bem como para responder a recursos interpostos. Fontes: artigo 233.º do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril, artigo 96.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de julho, artigo 231.º do RGICSF e n. os 5 a 7 do artigo 416.º do CVM. SECÇÃO III Direito subsidiário 17

18 Artigo 29.º Aplicação subsidiária do regime geral Em tudo o que não estiver especialmente previsto no presente capítulo, aplica-se o regime geral do ilícito de mera ordenação social. Fontes: artigo 234.º do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril, artigo 75.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de julho, artigo 232.º do RGICSF e artigo 407.º do CVM. 18

ANEXO II. (a que se refere o artigo 3.º) CAPÍTULO I. Ilícito penal. Artigo 1.º. Aquisição da notícia do crime

ANEXO II. (a que se refere o artigo 3.º) CAPÍTULO I. Ilícito penal. Artigo 1.º. Aquisição da notícia do crime ANEXO II (a que se refere o artigo 3.º) Regime processual aplicável aos crimes especiais do setor segurador e dos fundos de pensões e aplicável às contraordenações cujo processamento compete à Autoridade

Leia mais

Lei n.º 28/2009 de 19 de Junho

Lei n.º 28/2009 de 19 de Junho Não dispensa a consulta do diploma publicado em Diário da República. Lei n.º 28/2009 de 19 de Junho Revê o regime sancionatório no sector financeiro em matéria criminal e contra-ordenacional A Assembleia

Leia mais

Inspeções e contraordenações

Inspeções e contraordenações Inspeções e contraordenações A empresa pode ser objeto de inspeções e da aplicação de contraordenações. Depois de ser notificada da aplicação destas, a sua resposta pode variar em função do tipo de infração

Leia mais

ORIENTAÇÃO NORMATIVA nº 02/2004 de 20/02/2004

ORIENTAÇÃO NORMATIVA nº 02/2004 de 20/02/2004 ORIENTAÇÃO NORMATIVA nº 02/2004 de 20/02/2004 Nº PAUTA: 210.1 ASSUNTO: PROCEDIMENTO DISCIPLINAR ENQUADRAMENTO CONVENCIONAL E LEGAL: Código do Trabalho REVOGAÇÕES: Orientação Normativa nº.21/2000, de 20/11/2000

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 97/XIII. Exposição de Motivos

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 97/XIII. Exposição de Motivos Proposta de Lei n.º 97/XIII Exposição de Motivos O financiamento colaborativo constitui um importante instrumento de empreendedorismo colaborativo que, por um lado, permite aos cidadãos apoiar projetos

Leia mais

PARTE I Da contra-ordenação e da coima em geral

PARTE I Da contra-ordenação e da coima em geral PARTE I Da contra-ordenação e da coima em geral CAPÍTULO I Âmbito de vigência Definição... 1º 19 Princípio da legalidade... 2º 31 Aplicação no tempo... 3º 36 Aplicação no espaço... 4º 38 Momento da prática

Leia mais

ÍNDICE. prefácio da 10ª edição 7 prefácio da 1ª edição 9 abreviaturas 11

ÍNDICE. prefácio da 10ª edição 7 prefácio da 1ª edição 9 abreviaturas 11 ÍNDICE prefácio da 10ª edição 7 prefácio da 1ª edição 9 abreviaturas 11 PRINCÍPIOS 1. Princípio da oficialidade 13 2. Princípio da legalidade 14 3. Princípio da acusação 16 4. Princípio do inquisitório

Leia mais

Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro [1] Código da Estrada ª Edição. Atualização nº 1

Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro [1] Código da Estrada ª Edição. Atualização nº 1 Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro [1] Código da Estrada 2015 8ª Edição Atualização nº 1 1 [1] Código do Trabalho CÓDIGO DA ESTRADA Atualização nº 1 ORGANIZAÇÃO BDJUR BASE DE DADOS JURÍDICA EDITOR EDIÇÕES

Leia mais

Contraordenações Rodoviárias Advogados

Contraordenações Rodoviárias Advogados Francisco Marques Vieira Santa Maria da Feira 18 de setembro de 2015 Contraordenações Rodoviárias Advogados Defesa do Arguido Impugnação Judicial Recurso 2 Dinâmica do Processo Fiscalização Auto de notícia

Leia mais

PERGUNTAS FREQUENTES

PERGUNTAS FREQUENTES PERGUNTAS FREQUENTES (CONTRAORDENAÇÕES) Documento elaborado pelos trabalhadores José Samuel Bagão e Helena Maria Pádua do Serviço de Contraordenações e Execuções Fiscais. DAO/SCOEF/JB/HP 1/11 PERGUNTAS

Leia mais

Regime Contraordenacional

Regime Contraordenacional Ficha Técnica Título Autor de Segurança Social Regime Contraordenacional Conceção gráfica Edição Direção de Serviços de Instrumentos de Aplicação http://www.seg-social.pt/dgss-direccao-geral-da-seguranca-social

Leia mais

Estatuto do Aluno e Ética Escolar (EAEE) PROCEDIMENTO DISCIPLINAR

Estatuto do Aluno e Ética Escolar (EAEE) PROCEDIMENTO DISCIPLINAR Estatuto do Aluno e Ética Escolar (EAEE) Lei n.º 51/2012, de 5 de setembro 1 PROCEDIMENTO DISCIPLINAR Não dispensa a leitura da Lei. FASES (O QUÊ?) QUEM COMO EM QUE SITUAÇÕES QUANDO/ QUANTO PARTICIPAÇÃO*

Leia mais

DECRETO N.º 379/X. Artigo 1.º Alteração à Lei n.º 57/98, de 18 de Agosto

DECRETO N.º 379/X. Artigo 1.º Alteração à Lei n.º 57/98, de 18 de Agosto DECRETO N.º 379/X Procede à terceira alteração à Lei n.º 57/98, de 18 de Agosto, adaptando o regime de identificação criminal à responsabilidade penal das pessoas colectivas A Assembleia da República decreta,

Leia mais

COMISSÃO NACIONAL DE ESTÁGIO E FORMAÇÃO PROGRAMA

COMISSÃO NACIONAL DE ESTÁGIO E FORMAÇÃO PROGRAMA ORDEM DOS ADVOGADOS COMISSÃO NACIONAL DE ESTÁGIO E FORMAÇÃO PRÁTICA PROCESSUAL PENAL PROGRAMA I DO INÍCIO DO PROCESSO (o crime e sua natureza) 1 - Crimes públicos, semi-públicos e particulares; 1.1 - Queixa,

Leia mais

Breviário de funções do secretário de justiça

Breviário de funções do secretário de justiça Breviário de funções do secretário de justiça Centro de Formação de Funcionários de Justiça Direção-geral da Administração da Justiça Breviário PADRONIZAÇÃO de funções DAS do CUSTAS secretário JUDICIAIS

Leia mais

Medidas de Protecção de Menores no Caso de Recrutamento para Profissões ou Exercício de Funções que Envolvam Contacto com Crianças

Medidas de Protecção de Menores no Caso de Recrutamento para Profissões ou Exercício de Funções que Envolvam Contacto com Crianças CÓDIGOS ELECTRÓNICOS DATAJURIS DATAJURIS é uma marca registada no INPI sob o nº 350529 Medidas de Protecção de Menores no Caso de Recrutamento para Profissões ou Exercício de Funções que Envolvam Contacto

Leia mais

DECRETO N.º 327/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.

DECRETO N.º 327/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1. DECRETO N.º 327/XII Vigésima segunda alteração ao Código de Processo Penal, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 78/87, de 17 de fevereiro, primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 299/99, de 4 de agosto, que regulamenta

Leia mais

TÍTULO VIII. Do processo CAPÍTULO I. Competência. Artigo 169.º. Competência para o processamento e aplicação das coimas

TÍTULO VIII. Do processo CAPÍTULO I. Competência. Artigo 169.º. Competência para o processamento e aplicação das coimas TÍTULO VIII Do processo CAPÍTULO I Competência Artigo 169.º Competência para o processamento e aplicação das coimas 1 - O processamento das contra-ordenações rodoviárias compete à Direcção Geral de Viação.

Leia mais

Regime Contraordenacional

Regime Contraordenacional Ficha Técnica Título Autor de Segurança Social Regime Contraordenacional Conceção gráfica Edição Direção de Serviços de Instrumentos de Aplicação http://www.seg-social.pt/dgss-direccao-geral-da-seguranca-social

Leia mais

O Regulamento n.º 668-A/2015, publicado no Diário da República, s.2, n.º 194 (1.º suplemento), de 5 de Outubro de ORDEM DOS ADVOGADOS

O Regulamento n.º 668-A/2015, publicado no Diário da República, s.2, n.º 194 (1.º suplemento), de 5 de Outubro de ORDEM DOS ADVOGADOS O Regulamento n.º 668-A/2015, publicado no Diário da República, s.2, n.º 194 (1.º suplemento), de 5 de Outubro de 2015. ORDEM DOS ADVOGADOS Regulamento n.º668-a / 2015 Por deliberação do plenário do Conselho

Leia mais

1. A Empresa tem poder disciplinar sobre os trabalhadores que se encontrem ao seu serviço, enquanto vigorarem os contratos de trabalho.

1. A Empresa tem poder disciplinar sobre os trabalhadores que se encontrem ao seu serviço, enquanto vigorarem os contratos de trabalho. ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 4/2009 12 de Outubro de 2009 ASSUNTO: PROCEDIMENTO DISCIPLINAR. ENQUADRAMENTO CONVENCIONAL E LEGAL: Código do Trabalho REVOGAÇÕES: Orientação Normativa nº.2/2004, de 20/02/2004

Leia mais

Direção-geral da Administração da Justiça

Direção-geral da Administração da Justiça Centro de Formação de Funcionários de Justiça Direção-geral da Administração da Justiça Introdução Constitui contraordenação todo o facto ilícito e censurável que preencha um tipo legal no qual se comine

Leia mais

Sanções laborais aplicáveis à empresa

Sanções laborais aplicáveis à empresa Sanções laborais aplicáveis à empresa São de vários tipos as sanções aplicáveis às empresas, decorrentes da violação de regras que impõem comportamentos em matéria laboral. A violação de direitos ou o

Leia mais

DECRETO-LEI Nº 131/95, DE 6 DE JUNHO [1] Código do Trabalho ª Edição. Atualização nº 2

DECRETO-LEI Nº 131/95, DE 6 DE JUNHO [1] Código do Trabalho ª Edição. Atualização nº 2 DECRETO-LEI Nº 131/95, DE 6 DE JUNHO [1] Código do Trabalho 2017 10ª Edição Atualização nº 2 1 [1] DECRETO-LEI Nº 131/95, DE 6 DE JUNHO CÓDIGO DO TRABALHO UNIVERSITÁRIO Atualização nº 2 ORGANIZAÇÃO BDJUR

Leia mais

Código de Processo Penal Disposições relevantes em matéria de Comunicação Social

Código de Processo Penal Disposições relevantes em matéria de Comunicação Social Código de Processo Penal Disposições relevantes em matéria de Comunicação Social Artigo 86. o Publicidade do processo e segredo de justiça 1. O processo penal é, sob pena de nulidade, público a partir

Leia mais

DECRETO N.º 458/XII. Décima quarta alteração ao Código da Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 114/94, de 3 de maio

DECRETO N.º 458/XII. Décima quarta alteração ao Código da Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 114/94, de 3 de maio DECRETO N.º 458/XII Décima quarta alteração ao Código da Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 114/94, de 3 de maio A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição,

Leia mais

REGULAMENTO DE VENDA AMBULANTE DE LOTARIAS

REGULAMENTO DE VENDA AMBULANTE DE LOTARIAS UNIÃO DAS FREGUESIAS DAS CALDAS DA RAINHA- NOSSA SENHORA DO PÓPULO, COTO E SÃO GREGÓRIO REGULAMENTO DE VENDA AMBULANTE DE LOTARIAS Aprovado em reunião do Órgão Executivo de 31/03/2016 PROJETO DE REGULAMENTO

Leia mais

Código de Processo Penal

Código de Processo Penal Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro [1] Código de Processo Penal 2018 19ª Edição Atualização nº 3 1 [1] Código do Trabalho CÓDIGO DE PROCESSO PENAL Atualização nº 3 EDITOR EDIÇÕES ALMEDINA, S.A. Rua Fernandes

Leia mais

Lei n. o 5/

Lei n. o 5/ Lei n. o 5/2002 11-01-2002 Diploma consolidado Assunto: Estabelece medidas de combate à criminalidade organizada e económico-financeira e procede à segunda alteração à Lei n.º 36/94, de 29 de setembro,

Leia mais

Deliberação ERC/2016/106 (OUT-I-PC)

Deliberação ERC/2016/106 (OUT-I-PC) Deliberação ERC/2016/106 (OUT-I-PC) Processo Contraordenacional ERC/10/2014/726 - Participação contra Jornal O Mirante por falta do livro de reclamações no jornal Lisboa 4 de maio de 2016 Conselho Regulador

Leia mais

Códigos Penal e Processo Penal Col. Legislação

Códigos Penal e Processo Penal Col. Legislação COLEÇÃO LEGISLAÇÃO Atualizações Online orquê as atualizações aos livros da COLEÇÃO LEGISLAÇÃO? No panorama legislativo nacional é frequente a publicação de novos diplomas legais que, regularmente, alteram

Leia mais

Título Direção-Geral da Administração da Justiça Direção-Geral da Administração da Justiça

Título Direção-Geral da Administração da Justiça Direção-Geral da Administração da Justiça Direção-Geral Direção-Geral da Administração da da Justiça - 2013 da Justiça DAS MEDIDAS DE COAÇÃO E DE GARANTIA PATRIMONIAL AS MEDIDAS DE COAÇÃO SÃO RESTRIÇÕES ÀS LIBERDADES DAS PESSOAS EM FUNÇÃO DE EXIGÊNCIAS

Leia mais

Regulamento de Exercício da Atividade de Arrumador de Automóveis

Regulamento de Exercício da Atividade de Arrumador de Automóveis Regulamento de Exercício da Atividade de Arrumador de Automóveis 30-12-2013 Junta de Freguesia de Espinho Preâmbulo Com a entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 75/2013, de 12 de Setembro, foram transferidas

Leia mais

Regulamento de funcionamento do Provedor do Cliente

Regulamento de funcionamento do Provedor do Cliente Regulamento de funcionamento do Provedor do Cliente ARTIGO 1º - Provedor do Cliente da INTER PARTNER ASSISTANCE 1. A Inter Partner Assistance S.A.- Sucursal Portugal, designa pelo prazo de um ano, renovável,

Leia mais

CÓDIGO PENAL CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

CÓDIGO PENAL CÓDIGO DE PROCESSO PENAL LEI E PROCESSO CÓDIGO PENAL CÓDIGO DE PROCESSO PENAL 2018 6ª Edição Atualização nº 2 CÓDIGO PENAL CÓDIGO DE PROCESSO PENAL Atualização nº 2 EDITOR EDIÇÕES ALMEDINA, S.A. Rua Fernandes Tomás nºs 76, 78,

Leia mais

Realização de Acampamentos Ocasionais

Realização de Acampamentos Ocasionais Capítulo 470 Realização de Acampamentos Ocasionais MR.470.01.Vers.1.0.b Página 1 de 11 Conteúdo PREÂMBULO... 3 CAPÍTULO I - ÂMBITO DE APLICAÇÃO... 4 Artigo 1.º Lei habilitante... 4 Artigo 2.º Âmbito e

Leia mais

Regime Contraordenacional

Regime Contraordenacional Ficha Técnica Autor: (DGSS) - Divisão dos Instrumentos Informativos - Direção de Serviços da Definição de Regimes Editor: DGSS Conceção Gráfica: DGSS / Direção de Serviços de Instrumentos de Aplicação

Leia mais

APROVADO EM ASSEMBLEIA A 9 DE MARÇO DE 2014 PARTIDO LIVRE

APROVADO EM ASSEMBLEIA A 9 DE MARÇO DE 2014 PARTIDO LIVRE REGULAMENTO DISCIPLINAR DO LIVRE APROVADO EM ASSEMBLEIA A 9 DE MARÇO DE 2014 PARTIDO LIVRE Parte I Disposições Gerais Artigo 1 o Responsabilidade disciplinar Os membros do LIVRE são disciplinarmente responsáveis

Leia mais

DIREITO ELEITORAL. Processo penal eleitoral Parte 2. Prof. Roberto Moreira de Almeida

DIREITO ELEITORAL. Processo penal eleitoral Parte 2. Prof. Roberto Moreira de Almeida DIREITO ELEITORAL Processo penal eleitoral Parte 2 Prof. Roberto Moreira de Almeida Competência Regra geral A competência da Justiça Eleitoral, inclusive a criminal, nos termos do caput do art. 121 da

Leia mais

Regulamento Interno. RI04 Disciplinar. Elaborado por: Conselho Geral. Aprovado por: Conselho Geral

Regulamento Interno. RI04 Disciplinar. Elaborado por: Conselho Geral. Aprovado por: Conselho Geral Regulamento Interno Disciplinar Elaborado por: Conselho Geral Aprovado por: Conselho Geral Edição 2 ÍNDICE HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES... 3 DOCUMENTOS E REGISTOS ASSOCIADOS... 4 RESPONSABILIDADES... 4 ARTIGO

Leia mais

Lei n.º 130/2015 De 4 de Setembro

Lei n.º 130/2015 De 4 de Setembro Lei n.º 130/2015 De 4 de Setembro Lei Anterior Lei Atualizada Artigo 1.º Objeto A presente lei procede à vigésima terceira alteração ao Código de Processo Penal e aprova o Estatuto da Vítima, transpondo

Leia mais

Licenciamento da Atividade de Arrumador de Automóveis

Licenciamento da Atividade de Arrumador de Automóveis Capítulo 465 Licenciamento da Atividade de Arrumador de Automóveis MR.465.01.Vers.1.0.b Página 1 de 13 Conteúdo PREÂMBULO... 4 CAPÍTULO I - ÂMBITO DE APLICAÇÃO... 5 Artigo 1.º Lei habilitante... 5 Artigo

Leia mais

Aprovado por Deliberação n.º /2010 ANTEPROJECTO DE LEI SOBRE OS ACTOS PRÓPRIOS DOS ADVOGADOS E SOLICITADORES ASSEMBLEIA NACIONAL. Lei n.

Aprovado por Deliberação n.º /2010 ANTEPROJECTO DE LEI SOBRE OS ACTOS PRÓPRIOS DOS ADVOGADOS E SOLICITADORES ASSEMBLEIA NACIONAL. Lei n. Aprovado por Deliberação n.º /2010 ANTEPROJECTO DE LEI SOBRE OS ACTOS PRÓPRIOS DOS ADVOGADOS E SOLICITADORES ASSEMBLEIA NACIONAL Lei n.º /2010, de de Na sequência da aprovação e entrada em vigor da Lei

Leia mais

Código de Processo Penal

Código de Processo Penal Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro [1] Código de Processo Penal 2017 18ª Edição Atualização nº 3 1 [1] Código do Trabalho CÓDIGO DE PROCESSO PENAL Atualização nº 3 EDITOR EDIÇÕES ALMEDINA, S.A. Rua Fernandes

Leia mais

REGULAMENTO DISCIPLINAR. CAPÍTULO I Princípios fundamentais. Artigo 1º Âmbito de aplicação

REGULAMENTO DISCIPLINAR. CAPÍTULO I Princípios fundamentais. Artigo 1º Âmbito de aplicação REGULAMENTO DISCIPLINAR CAPÍTULO I Princípios fundamentais Artigo 1º Âmbito de aplicação 1. O presente Regulamento Disciplinar é aplicável aos estudantes da Universidade Católica Portuguesa. 2. A perda

Leia mais

ORGANIZAÇÃO, FUNCIONAMENTO E PROCESSO DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL Lei n.o 28/82, (*) de 15 de Novembro (Excertos)

ORGANIZAÇÃO, FUNCIONAMENTO E PROCESSO DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL Lei n.o 28/82, (*) de 15 de Novembro (Excertos) ORGANIZAÇÃO, FUNCIONAMENTO E PROCESSO DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL Lei n.o 28/82, (*) de 15 de Novembro (Excertos) A Assembleia da República decreta, nos termos do artigo 244.o da Lei Constitucional n.o

Leia mais

REGULAMENTO DISCIPLINAR DA ORDEM DOS FARMACÊUTICOS CAPÍTULO I. Princípios Fundamentais. Artigo 1.º

REGULAMENTO DISCIPLINAR DA ORDEM DOS FARMACÊUTICOS CAPÍTULO I. Princípios Fundamentais. Artigo 1.º REGULAMENTO DISCIPLINAR DA ORDEM DOS FARMACÊUTICOS CAPÍTULO I Princípios Fundamentais Artigo 1.º Poder Disciplinar 1 A Ordem dos Farmacêuticos, adiante designada por Ordem, exerce o poder disciplinar sobre

Leia mais

DECRETO N.º 36/X. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea d) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.

DECRETO N.º 36/X. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea d) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1. DECRETO N.º 36/X AUTORIZA O GOVERNO A LEGISLAR EM MATÉRIA DE DIREITOS DOS CONSUMIDORES DE SERVIÇOS FINANCEIROS, COMUNICAÇÕES COMERCIAIS NÃO SOLICITADAS, ILÍCITOS DE MERA ORDENAÇÃO SOCIAL NO ÂMBITO DA COMERCIALIZAÇÃO

Leia mais

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA. Decreto-Lei n.º 98/2006 de 6 de Junho

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA. Decreto-Lei n.º 98/2006 de 6 de Junho MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA Decreto-Lei n.º 98/2006 de 6 de Junho O artigo 144.º do Código da Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 114/94, de 3 de Maio, na última redacção que lhe foi conferida

Leia mais

(Não dispensa a consulta do original publicado em Diário da República) TÍTULO VIII. Crimes e ilícitos de mera ordenação social.

(Não dispensa a consulta do original publicado em Diário da República) TÍTULO VIII. Crimes e ilícitos de mera ordenação social. (Não dispensa a consulta do original publicado em Diário da República) TÍTULO VIII Crimes e ilícitos de mera ordenação social CAPÍTULO I Crimes SECÇÃO I Crimes contra o mercado Artigo 378. Abuso de informação

Leia mais

Projeto de Regulamento de Uso da Marca Lourinhã

Projeto de Regulamento de Uso da Marca Lourinhã Projeto de Regulamento de Uso da Marca Lourinhã Artigo 1.º Legitimidade e Titularidade 1. O Município da Lourinhã é o legítimo e único titular do logótipo da Marca Lourinhã, registada no INPI Instituto

Leia mais

Lei n.º 5/2002, de 11 de Janeiro *

Lei n.º 5/2002, de 11 de Janeiro * Lei n.º 5/2002, de 11 de Janeiro * CAPÍTULO I Artigo 1.º Âmbito de aplicação 1 - A presente lei estabelece um regime especial de recolha de prova, quebra do segredo profissional e perda de bens a favor

Leia mais

Título. Direção-Geral da Administração da Justiça

Título. Direção-Geral da Administração da Justiça Direção-Geral da Administração da Justiça Direção-Geral da Administração da Justiça - 2013 DO ARGUIDO (artigo 57.º CPP) Assume a qualidade de arguido todo aquele contra quem for deduzida acusação ou requerida

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 336/XII. Exposição de Motivos

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 336/XII. Exposição de Motivos Proposta de Lei n.º 336/XII Exposição de Motivos A presente proposta de lei destina-se a alterar o Código da Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 114/94, de 3 de maio, implementando o regime da carta

Leia mais

índice 5 nota introdutória à 2ª edição 13

índice 5 nota introdutória à 2ª edição 13 índice 5 nota introdutória à 2ª edição 13 A. Ação Administrativa 15 I. Petições Iniciais 17 1. Petição inicial de reconhecimento de direito 19 2. Petição inicial para adoção ou abstenção de comportamentos

Leia mais

Código de Processo Penal

Código de Processo Penal Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro [1] Código de Processo Penal 2019 19ª Edição Atualização nº 4 1 [1] Código do Trabalho CÓDIGO DE PROCESSO PENAL Atualização nº 4 EDITOR EDIÇÕES ALMEDINA, S.A. Rua Fernandes

Leia mais

Regulamento Disciplinar

Regulamento Disciplinar Regulamento Disciplinar Artigo 1º A existência do Regulamento Disciplinar constitui uma obrigação em conformidade com o disposto no Artigo 13º dos Estatutos. Artigo 2º Objeto O presente Regulamento estabelece

Leia mais

REGULAMENTO DE ARRUMADORES DE AUTOMÓVEIS

REGULAMENTO DE ARRUMADORES DE AUTOMÓVEIS UNIÃO DAS FREGUESIAS DE CALDAS DA RAINHA_ NOSSA SENHORA DO PÓPULO, COTO E SÃO GREGÓRIO REGULAMENTO DE ARRUMADORES DE AUTOMÓVEIS Aprovado em reunião do Órgão Executivo de 31/03/2016 PROJETO DE REGULAMENTO

Leia mais

DIREITO ELEITORAL. Processo Penal Eleitoral. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues

DIREITO ELEITORAL. Processo Penal Eleitoral. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues DIREITO ELEITORAL Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues Código Eleitoral Art. 355. As infrações penais definidas neste Código são de ação pública. Ac.-TSE 21295/2003: cabimento de ação penal privada subsidiária

Leia mais

SECÇÃO III Poder disciplinar

SECÇÃO III Poder disciplinar SECÇÃO III Poder disciplinar Artigo 328.º Sanções disciplinares 1 - No exercício do poder disciplinar, o empregador pode aplicar as seguintes sanções: a) Repreensão; b) Repreensão registada; c) Sanção

Leia mais

PROJETO DE REGULAMENTO N.º---/SRIJ/2015 (REGISTO E CONTA DE JOGADOR)

PROJETO DE REGULAMENTO N.º---/SRIJ/2015 (REGISTO E CONTA DE JOGADOR) PROJETO DE REGULAMENTO N.º---/SRIJ/2015 (REGISTO E CONTA DE JOGADOR) O Regime Jurídico dos Jogos e Apostas Online (RJO), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 66/2015, de 29 de abril, determina no n.º 10 do artigo

Leia mais

Regulamento Disciplinar

Regulamento Disciplinar Regulamento Disciplinar CAPÍTULO I Disposições gerais Artigo 1º Âmbito de Aplicação O presente Regulamento Disciplinar é aplicável aos estudantes da ESE Almeida Garrett/Escola Superior de Educação Almeida

Leia mais

CAPÍTULO I. Âmbito de aplicação. Artigo 1.º Objeto e âmbito

CAPÍTULO I. Âmbito de aplicação. Artigo 1.º Objeto e âmbito Documento que estabelece as Regras do procedimento de acreditação/renovação da acreditação de entidades candidatas à avaliação e certificação de manuais escolares estabelecidas pela Direção-Geral da Educação

Leia mais

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS REFERÊNCIA E DURAÇÃO 90 MINUTOS

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS REFERÊNCIA E DURAÇÃO 90 MINUTOS 1. O direito de explorar os jogos de fortuna ou azar em Portugal é reservado ao Estado. a) Esta afirmação é verdadeira. b) Esta afirmação é parcialmente verdadeira, porque esse direito é também reservado

Leia mais

Lei nº 5/2002, de 11 de Janeiro

Lei nº 5/2002, de 11 de Janeiro Lei nº 5/2002, de 11 de Janeiro Estabelece medidas de combate à criminalidade organizada e económicofinanceira e procede à segunda alteração à Lei nº 36/94, de 29 de Setembro, alterada pela Lei nº 90/99,

Leia mais

PODER E PROCEDIMENTO DISCIPLINAR

PODER E PROCEDIMENTO DISCIPLINAR PODER E PROCEDIMENTO DISCIPLINAR Na normal execução de qualquer tipo de contrato de trabalho, com o objectivo de assegurar a organização do trabalho, a promoção pessoal e profissional dos trabalhadores

Leia mais

Título. Direção-Geral da Administração da Justiça

Título. Direção-Geral da Administração da Justiça Direção-Geral da Administração da Justiça Direção-Geral da Administração da Justiça - 2013 DO JULGAMENTO Recebendo a acusação, o juiz designa dia, hora e local para a audiência, não devendo decorrer mais

Leia mais

A REVERSÃO FISCAL A REVERSÃO FISCAL

A REVERSÃO FISCAL A REVERSÃO FISCAL Os direitos e as garantias dos Contribuintes e as prerrogativas da Administração Fiscal A REVERSÃO FISCAL A REVERSÃO FISCAL Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas Lisboa e Faro 13 e 14 de Julho de 2007

Leia mais

Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro [1] Códigos Tributários ª Edição. Atualização nº 9

Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro [1] Códigos Tributários ª Edição. Atualização nº 9 Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro [1] Códigos Tributários 2017 19ª Edição Atualização nº 9 1 [1] Código do Trabalho CÓDIGOS TRIBUTÁRIOS Atualização nº 9 ORGANIZAÇÃO BDJUR BIBLIOTECA DIGITAL JURÍDICA EDITOR

Leia mais

REGULAMENTO DISCIPLINAR DOS ESTUDANTES PREÂMBULO

REGULAMENTO DISCIPLINAR DOS ESTUDANTES PREÂMBULO REGULAMENTO DISCIPLINAR DOS ESTUDANTES PREÂMBULO Considerando o disposto nos números 3 e 4 do artigo 143.º do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), aprovado pela Lei n.º 62/2007,

Leia mais

SANTA CASA DA MISERICÓRDA DE FREIXO DE ESPADA À CINTA REGULAMENTO DISCIPLINAR IRMANDADE DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA

SANTA CASA DA MISERICÓRDA DE FREIXO DE ESPADA À CINTA REGULAMENTO DISCIPLINAR IRMANDADE DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA SANTA CASA DA MISERICÓRDA DE FREIXO DE ESPADA À CINTA REGULAMENTO DISCIPLINAR IRMANDADE DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA PROJETO DE REGULAMENTO DISCIPLINAR APRECIADO PELA MESA ADMINISTRATIVA EM 7 DE OUTUBRO

Leia mais

Artigo 1.º. Objeto do Regulamento

Artigo 1.º. Objeto do Regulamento Artigo 1.º Objeto do Regulamento O presente regulamento define o estatuto do Provedor do Cliente da ACP Mobilidade Sociedade de Seguros de Assistência, SA. ( Sociedade ) e as regras de funcionamento daquele

Leia mais

Estatuto do Aluno e Ética Escolar (EAEE) MEDIDAS DISCIPLINARES CORRETIVAS E SANCIONATÓRIAS

Estatuto do Aluno e Ética Escolar (EAEE) MEDIDAS DISCIPLINARES CORRETIVAS E SANCIONATÓRIAS Estatuto do Aluno e Ética Escolar (EAEE) Lei n.º 51/2012, de 5 de setembro MEDIDAS DISCIPLINARES CORRETIVAS E SANCIONATÓRIAS 1 Não dispensa a leitura da Lei. MEDIDA DESCRIÇÃO AGENTE TRAMITAÇÃO PROCESSUAL

Leia mais

CNEF FASE DE FORMAÇÃO INICIAL SUMÁRIOS DE PRÁTICA PROCESSUAL PENAL. Proposta de programa a desenvolver em sumários:

CNEF FASE DE FORMAÇÃO INICIAL SUMÁRIOS DE PRÁTICA PROCESSUAL PENAL. Proposta de programa a desenvolver em sumários: CNEF FASE DE FORMAÇÃO INICIAL SUMÁRIOS DE PRÁTICA PROCESSUAL PENAL Proposta de programa a desenvolver em sumários: I Do inicio do processo o crime e sua natureza. - Crimes públicos, semi-públicos e particulares;

Leia mais

DECRETO N.º 237/XIII

DECRETO N.º 237/XIII DECRETO N.º 237/XIII Aprova medidas de promoção da igualdade remuneratória entre mulheres e homens por trabalho igual ou de igual valor e procede à primeira alteração à Lei n.º 10/2001, de 21 de maio,

Leia mais

Procedimento por Prévia Qualificação com Seleção. Caderno de Encargos. para celebração de contrato de. Empreitada do Centro de Saúde da Nazaré

Procedimento por Prévia Qualificação com Seleção. Caderno de Encargos. para celebração de contrato de. Empreitada do Centro de Saúde da Nazaré Procedimento por Prévia Qualificação com Seleção Caderno de Encargos para celebração de contrato de Empreitada do Centro de Saúde da Nazaré Página 1! de! 6 Capítulo I Disposições gerais Cláusula 1.ª -

Leia mais

Título Direção-Geral da Administração da Justiça Direção-Geral da Administração da Justiça

Título Direção-Geral da Administração da Justiça Direção-Geral da Administração da Justiça Direção-Geral Direção-Geral da Administração da da Justiça - 2013 da Justiça DOS ASSISTENTES (artigo 68.º e segs): O assistente é um colaborador do Ministério Público com vista à investigação dos factos

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Execução de Sentença e Incidentes de Execução Parte 4 Prof. Pablo Cruz DO INDULTO, DA COMUTAÇÃO DA PENA E DA ANISTIA Requerimento Art 643. O indulto e a comutação da pena

Leia mais

Regulamento do Provedor Académico da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra

Regulamento do Provedor Académico da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra Regulamento do Provedor Académico da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra Nos termos do artigo 51.º dos Estatutos da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra,

Leia mais

Estatuto Disciplinar dos Estudantes

Estatuto Disciplinar dos Estudantes SECÇÃO II Estatuto Disciplinar dos Estudantes SUBSECÇÃO I Princípios fundamentais Artigo 99.º Âmbito de aplicação 1 O presente Estatuto Disciplinar é aplicável aos estudantes do Instituto. 2 A perda temporária

Leia mais

NOVOS PODERES DA AdC E MECANISMOS DE CONTROLO

NOVOS PODERES DA AdC E MECANISMOS DE CONTROLO NOVOS PODERES DA AdC E MECANISMOS DE CONTROLO Gonçalo Anastácio IDEFF / FDL Gulbenkian 11 de Maio de 2012 Lei n.º 19/2012, de 8 de Maio dota a AdC de poderes e de instrumentos de investigação ao nível

Leia mais

FAQ s de Contra-ordenações

FAQ s de Contra-ordenações FAQ s de Contra-ordenações O que é uma contra-ordenação? Constitui contra-ordenação todo o facto ilícito, típico, culposo, punível com coima. Para se estar perante uma contra-ordenação é necessário que

Leia mais

FAQ s de Contraordenações

FAQ s de Contraordenações FAQ s de Contraordenações 0D.21.00 Índice O que é uma contraordenação?... 2 O que distingue uma coima de uma multa?... 2 Qual a legislação aplicável aos processos de contraordenação?... 2 O que dá origem

Leia mais

3. Como requerer a dispensa de segredo profissional? Prazo, fundamentação e documentação

3. Como requerer a dispensa de segredo profissional? Prazo, fundamentação e documentação 1. Quem está sujeito ao segredo profissional? Todos os associados da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução (OSAE) estão obrigados a manter reserva sobre quaisquer matérias que lhes estejam

Leia mais

Alterações ao Código da Estrada

Alterações ao Código da Estrada Alterações ao Código da Estrada Decreto-Lei nº 116/2015, de 28 de Agosto, publicada no Diário da República nº 168, Iª Série A Décima quarta alteração ao Código da Estrada aprovado pelo Decreto-Lei n.º

Leia mais

REGULAMENTO DO PROCEDIMENTO DE ACREDITAÇÃO/RENOVAÇÃO DA ACREDITAÇÃO DE ENTIDADES CANDIDATAS À AVALIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE MANUAIS ESCOLARES CAPÍTULO I

REGULAMENTO DO PROCEDIMENTO DE ACREDITAÇÃO/RENOVAÇÃO DA ACREDITAÇÃO DE ENTIDADES CANDIDATAS À AVALIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE MANUAIS ESCOLARES CAPÍTULO I REGULAMENTO DO PROCEDIMENTO DE ACREDITAÇÃO/RENOVAÇÃO DA ACREDITAÇÃO DE ENTIDADES CANDIDATAS À AVALIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE MANUAIS ESCOLARES CAPÍTULO I Âmbito de aplicação Artigo 1.º Objeto e âmbito 1 O

Leia mais

Provedoria do Cliente. Regulamento de Funcionamento

Provedoria do Cliente. Regulamento de Funcionamento Provedoria do Cliente Regulamento de Funcionamento Provedoria do Cliente da Abarca - Companhia de Seguros, SA Regulamento de Funcionamento Artigo 1.º - Objecto 1. O presente documento tem por objecto definir

Leia mais

Anexo IV -Modelo de Declaração de Inexistência de Impedimentos para a participação em procedimentos de contratação pública

Anexo IV -Modelo de Declaração de Inexistência de Impedimentos para a participação em procedimentos de contratação pública Anexo IV -Modelo de Declaração de Inexistência de Impedimentos para a participação em procedimentos de contratação pública Declaração de inexistência de impedimentos a que se refere a alínea 4) nº 1.2

Leia mais

Direito Penal. Lei nº /2006. Violência doméstica e Familiar contra a Mulher. Parte 3. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Lei nº /2006. Violência doméstica e Familiar contra a Mulher. Parte 3. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Lei nº 11.340/2006. Violência doméstica e Familiar contra a Mulher. Parte 3. Prof.ª Maria Cristina TÍTULO IV - DOS PROCEDIMENTOS CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 13. Ao processo, ao julgamento

Leia mais

XXIII EXAME DE ORDEM PROCESSO PENAL PROF CHRISTIANO GONZAGA

XXIII EXAME DE ORDEM PROCESSO PENAL PROF CHRISTIANO GONZAGA XXIII EXAME DE ORDEM PROCESSO PENAL PROF CHRISTIANO GONZAGA Princípios Devido Processo Legal Juiz Natural PRINCÍPIOS IMPORTANTES Ampla Defesa Presunção de Inocência Aplicação da lei processual Art. 2º,

Leia mais

Exame de Prática Processual Penal

Exame de Prática Processual Penal Exame de Prática Processual Penal I No dia 20/02/06 António foi surpreendido na sua caixa do correio com uma notificação do Tribunal ali colocada nesse dia que, recebendo a acusação que contra si era deduzida

Leia mais

Código de Processo Civil

Código de Processo Civil Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro [1] Código de Processo Civil 2017 31ª Edição Atualização nº 1 1 [1] Código do Trabalho CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Atualização nº 1 ORGANIZAÇÃO BDJUR BASE DE DADOS JURÍDICA

Leia mais

SECÇÃO III - Prestação de trabalho a favor da comunidade e admoestação

SECÇÃO III - Prestação de trabalho a favor da comunidade e admoestação Código Penal Ficha Técnica Código Penal LIVRO I - Parte geral TÍTULO I - Da lei criminal CAPÍTULO ÚNICO - Princípios gerais TÍTULO II - Do facto CAPÍTULO I - Pressupostos da punição CAPÍTULO II - Formas

Leia mais

REGULAMENTO DE GESTÃO DE RECLAMAÇÕES

REGULAMENTO DE GESTÃO DE RECLAMAÇÕES Artigo 1.º - Conceito de Reclamação 1. Nos termos legais e regulamentares em vigor, entende-se por reclamação qualquer manifestação de discordância em relação a uma posição assumida pela AIG, ou de insatisfação

Leia mais

Título. Direção-Geral da Administração da Justiça

Título. Direção-Geral da Administração da Justiça Direção-Geral da Administração da Justiça Direção-Geral da Administração da Justiça - 2013 DO ARGUIDO (artigo 57.º CPP) Assume a qualidade de arguido todo aquele contra quem for deduzida acusação ou requerida

Leia mais