A VULNERABILIDADE ETÁRIA NOS CRIMES SEXUAIS PREVISTOS NOS ARTS. 217-A E 218-B DO CÓDIGO PENAL

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1 A VULNERABILIDADE ETÁRIA NOS CRIMES SEXUAIS PREVISTOS NOS ARTS. 217-A E 218-B DO CÓDIGO PENAL Carolina da Motta Bergler 1 Débora Cristina Freytag Scheinkmann 2 SUMÁRIO Resumo; Introdução; 1 Dos crimes sexuais praticados contra vulnerável 1.1. Estupro de vulnerável 1.2. Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual contra vulnerável; 2 Conceito de vulnerabilidade 2.1. Vulnerabilidade pela saúde mental 2.2. Vulnerabilidade pelas condições de resistência reduzidas 2.3. Vulnerabilidade etária; 3 A vulnerabilidade etária nos crimes específicos arts. 217-A e 218-B; Considerações Finais; Referência das fontes citadas; RESUMO O artigo científico em estudo tem como objeto a vulnerabilidade etária nos crimes sexuais. O objetivo específico é analisar o art. 217-A, que prevê o Estupro de Vulnerável e o art. 218-B, que prevê o Favorecimento da Prostituição ou outra forma de Exploração Sexual de Vulnerável, ambos do Código Penal, bem como o entendimento doutrinário acerca da lacuna deixada pelo legislador quando se refere ao conceito de vulnerável e ressaltar aos leitores a confusão conceitual criada pela falta de técnica legislativa, vez que não está claro quem é considerado vulnerável, se o menor de 14 (catorze) anos ou o menor de 18 (dezoito) anos. Palavras-Chave: Crimes Sexuais. Vítimas Vulneráveis. Confusão Conceitual. 1 2 Acadêmica do Curso de Direito do 8º Período Professora e Advogada Especialista em Direito Penal e Processual Penal 71

2 INTRODUÇÃO A Lei nº /09 alterou o Título VI, do Código Penal, intitulando-o Dos Crimes contra a Dignidade Sexual, harmonizando, assim, uma parte do Código com a Constituição de 1988, que traz como direito fundamental a dignidade da pessoa humana (art. 1º, inciso III). Com a alteração do Título, os seus Capítulos também tiveram nova configuração. O Capítulo II (Dos Crimes Sexuais Contra Vulnerável) centra seu mecanismo de proteção na exploração de vítimas vulneráveis. No entanto, muito embora toda reforma possua, invariavelmente, acertos e erros, algumas delas, infelizmente, carregam muitos equívocos e acabam por prejudicar a aplicação da lei no caso concreto. É o caso da Lei nº /09, que teve a preocupação de introduzir na legislação penal a dignidade da pessoa humana como bem jurídico tutelado, mas criou uma figura jurídica denominada vulnerável, sem definir em que consiste tal designação. Desse modo, o aplicador do direito, para compreender a que se refere a lei quando utiliza a palavra vulnerável, precisa passar os olhos pelos diversos dispositivos legais em busca de elementos capazes de desvendar tal mistério, o que, inevitavelmente, se transforma em uma enorme confusão conceitual. Para tratar acerca do tema, o presente trabalho discorrera, primeiramente, sobre os crimes sexuais praticados contra vulnerável. Na continuidade, será abordado o conceito de vulnerabilidade de forma ampla, para melhor compreensão da matéria. No último subtítulo será discorrido acerca da vulnerabilidade prevista nos tipos penais dos arts. 217-A e 218-B, ambos do Código Penal, por trazerem diferentes conceitos sobre a idade vulnerável. 72

3 Nas considerações finais, a autora destacará a sua opinião sobre o tema, justificando qual o motivo de posicionar-se contra ou a favor da referida diferenciação. Por se tratar de um tema bastante polêmico, fundamental é proceder a sua análise, propiciando aos operadores do direito um material elucidativo para uma melhor interpretação e aplicação da lei penal. 1. DOS CRIMES SEXUAIS PRATICADOS CONTRA VULNERÁVEL Com o advento da Lei nº /09, o Título VI da Parte Especial do Código Penal passou a ter nova nomenclatura - Dos crimes contra a dignidade sexual -, sendo dividido em 7 (sete) capítulos, quais sejam: Capítulo I: Dos crimes contra a liberdade sexual: arts. 213 a 216-A; Capítulo II: Dos crimes sexuais contra vulnerável: arts. 217-A a 218-B; Capítulo III: revogado pela Lei nº /05; Capítulo IV: Disposições gerais: arts. 225 e 226; Capítulo V: Do lenocínio e do tráfico de pessoa para fim de prostituição ou outra forma de exploração sexual: arts. 227 a 231-A; Capítulo VI: Do ultraje público ao pudor: arts. 233 e 234; Capítulo VII: Disposições Gerais: arts. 234-A e 234-B. O Capítulo II, que trata dos crimes contra vulnerável, tema do presente trabalho, está dividido em 4 (quatro) tipos penais: a) estupro de vulnerável; b) corrupção de menores; c) satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente; d) favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável. Para Masson 3, referido Capítulo [...] tem em vista a integridade de determinados indivíduos, fragilizados em face da pouca idade ou de condições específicas, resguardando-as do início antecipado ou abusivo na vida sexual. 3 MASSON. Cleber. Direito Penal. Parte Especial. Esquematizado. São Paulo: Método p

4 O autor leciona, ainda, que: Para a caracterização destes crimes é irrelevante o dissenso da vítima. A lei despreza o consentimento dos vulneráveis, pois estabeleceu critérios para concluir pela ausência de vontade penalmente relevante emanada de tais pessoas. Conseqüentemente, o aperfeiçoamento dos delitos independe do emprego de violência, grave ameaça ou fraude. Em síntese, o sistema jurídico impede o relacionamento sexual ilícito com vulneráveis. Em outras palavras, Damásio 4 ressalta: [...] Busca-se defender a intangibilidade sexual de determinado grupo de pessoas, consideradas em sua condição de fragilidade, pondo-as a salvo do ingresso precoce ou abusivo na vida sexual. Para a configuração dos delitos tipificados neste Capítulo é desnecessária a existência do dissenso da vítima, que se considera, por força de disposição legal, irrelevante. Após um apanhado geral do Capítulo que trata dos Crimes Sexuais Contra Vulnerável, prioriza-se, a partir de agora, uma análise em separado dos crimes de estupro de vulnerável (art. 217-A) e favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável (art. 218-B), ambos do Código Penal, por trazerem, em seus artigos de lei, diferentes conceitos de vulnerabilidade Estupro de Vulnerável Prevê o art. 217-A do Código Penal: Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: Pena reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. 1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. 4 DE JESUS. Damásio. Direito Penal. Parte Especial. 20ª ed. São Paulo: Saraiva p

5 2º (vetado) 3º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: Pena reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. 4º Se da conduta resulta morte: Pena reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. Quanto ao sujeito ativo, aquele que pratica o ato, e sujeito passivo, contra quem se pratica o ato, Greco 5 orienta: Tanto o homem quanto a mulher podem figurar como sujeito ativo do delito de estupro de vulnerável, com a ressalva de que, quando se tratar de conjunção carnal, a relação deverá, obrigatoriamente, ser heterossexual; nas demais hipóteses, ou seja, quando o comportamento for dirigido a praticar outro ato libidinoso, qualquer pessoa poderá figurar nessa condição. Sujeito passivo será a pessoa menor de 14 (catorze) anos, ou acometida de enfermidade ou deficiência mental, que não tenha o discernimento necessário para a prática do ato, ou que, por outra causa, não possa oferecer resistência. (grifei) Nota-se, portanto, que os menores de 14 (catorze) anos são considerados um dos agentes passivos do crime em estudo Favorecimento de prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável Prevê o art. 218-B do Código Penal: Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiver o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: Pena reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. 1º Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. 2º Incorre nas mesmas penas: I quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo; 5 GRECO. Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Especial. 7ª ed. Rio de Janeiro: Impetus p

6 II o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo; 3º Na hipótese do inciso II do 2º, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento. Referente aos sujeitos do tipo penal em análise, Marcão e Gentil 6 destacam: Sujeito ativo é qualquer pessoa, de ambos os sexos. Sujeito passivo é o menor de dezoito anos, de qualquer sexo ou idade [...] É também sujeito passivo o indivíduo, de qualquer idade, acima ou abaixo dos dezoito anos, que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato [...] O dispositivo em estudo não menciona como vítima aquele que por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, ou que tenha impedida ou dificultada a livre manifestação de vontade, como fazem os arts. 217-A e 215 ao definirem respectivamente os crimes de estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude. (grifei) Já referente ao tipo penal acima exposto, a vítima, em determinadas situações, é a pessoa menor de 18 (dezoito) anos. 2. CONCEITO DE VULNERABILIDADE Visando uma melhor compreensão dos crimes sexuais contra vulnerável, é mister uma abordagem conceitual acerca do conceito de pessoa vulnerável a que a lei faz referência. Estefam 7 assevera que a expressão já se encontra em outras leis penais, caso do Código Penal Espanhol, para o qual a pena do crime de agressões sexuais será agravada quando cometido contra vítima especialmente vulnerável. Com o advento da Lei nº /09, a respectiva expressão foi inserida no Código Penal Brasileiro, que conceitua vulnerável como sendo o menor de MARCÃO. Renato. GENTIL. Plínio. Crimes Contra a Dignidade Sexual. Comentários ao Título VI do Código Penal. São Paulo: Saraiva p. 237/238. ESTEFAM. André. Crimes Sexuais. Comentários à Lei nº / ª ed. São Paulo: Saraiva p

7 (catorze) anos, e também as pessoas que, por enfermidade ou deficiência mental, não têm o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não podem oferecer resistência. Em análise ao parágrafo antecedente, insta salientar o posicionamento de Cabette 8 : O intérprete, para compreender a que se refere a lei quando utiliza a palavra vulnerável, precisa perambular pelos diversos dispositivos à cata de elementos que possam orientá-lo no deslinde desse fabuloso mistério. Finalmente, após venturosa exploração, pode-se chegar à conclusão de que o legislador se refere àquelas pessoas que outrora ensejavam a chamada presunção de violência, nos termos do revogado art. 224, a a c, CP. Referido dispositivo revogado previa 3 (três) hipóteses em que se presumia a violência para configuração dos crimes sexuais: a) se a vítima não fosse maior de 14 (catorze) anos; b) fosse alienada ou débil mental e o agente conhecia essa circunstância; c) não pudesse, por qualquer outra causa, oferecer resistência. Verifica-se, portanto, que o legislador optou por englobar essas hipóteses e criar um Capítulo específico no Código Penal, fruto da Lei nº /2009, o que pareceu conveniente, não fosse a confusão conceitual criada acerca do que venha a ser pessoa vulnerável, consistente em diferentes interpretações. Segundo Nucci 9, vulnerável é: [...] o incapaz de consentir validamente para o ato sexual [...]. Para Estefam 10, pessoas vulneráveis são: que não têm, por qualquer causa, capacidade de resistir. 8 9 CABETTE. Eduardo Luiz Santos. Crimes Contra a Dignidade Sexual. Temas Relevantes. 22ª ed. Curitiba: Jaruá p. 31. NUCCI. Guilherme de Souza. Crimes Contra a Dignidade Sexual. Comentários à Lei nº , de 7 de agosto de São Paulo: Revista dos Tribunais p. 34/35 10 ESTEFAM. André. Crimes Sexuais. Comentários à Lei nº / p

8 De modo geral, a vulnerabilidade está ligada ao agente passivo incapaz de se defender, seja pela baixa idade, saúde mental afetada e/ou condições de resistência reduzidas, requisitos os quais serão expostos a seguir: 2.1. Vulnerabilidade pela saúde mental Este requisito encontra-se presente nos dos crimes em comento. Masson 11 explica: A enfermidade ou deficiência mental pode ser permanente ou temporária, congênita ou adquirida. O fundamental é acarretar a eliminação do discernimento para a prática do ato. Em razão disso, exige-se perícia médica para demonstrar tanto sua existência (enfermidade ou deficiência mental) como seus efeitos (exclusão do discernimento para a prática do ato) [...] Não é suficiente, para caracterização da vulnerabilidade, a existência da enfermidade ou deficiência mental, ainda que o agente conheça essa circunstância. É imprescindível o aproveitamento dessa situação pelo sujeito. Em consonância, Greco 12 ressalta: É importante ressaltar que não se pode proibir que alguém acometido de uma enfermidade ou deficiência mental tenha uma vida sexual normal, tampouco punir aquele que com ele teve algum tipo de ato sexual consentido. O que a lei proíbe é que se mantenha conjunção carnal ou pratique outro ato libidinoso com alguém que tenha alguma enfermidade ou deficiência mental que não possua o necessário discernimento para a prática do ato sexual. Existem pessoas que são portadoras de alguma enfermidade ou deficiência mental que não deixaram de constituir família. Assim, mulheres portadoras de enfermidades mentais, por exemplo, podem, tranqüilamente, engravidar, serem mães, cuidarem de suas famílias, de seus afazeres domésticos, trabalharem, estudarem etc Vulnerabilidade por condições de resistência reduzidas 11 MASSON. Cleber. Direito Penal. Parte Especial. Esquematizado p GRECO. Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Especial p

9 Este tipo de vulnerabilidade, por condições de resistência reduzidas, encontra-se inserida apenas no art. 217-A, CP. Damásio 13 exemplifica: Finalmente, a vulnerabilidade dar-se-á quando a vítima não puder, por qualquer causa, oferecer resistência. Pouco importa que a causa seja obra do agente ou não. É necessário, entretanto, que seja provada a impossibilidade completa de resistência. Exs: enfermidade, paralisia dos membros, idade avançada, excepcional esgotamento, sono mórbido, síncope, desmaio, estado de embriaguez alcoólica, delírio, estado de embriaguez ou inconsciência decorrente de ingestão ou ministração de entorpecentes, suporíferos etc [...] Deve-se verificar a situação do ofendido: se nula sua capacidade de resistência, terá sido vítima de estupro de vulnerável (art. 217-A); se reduzida, haverá o crime de violação sexual mediante fraude (art. 215). Greco 14 relata sobre o tema de forma mais profunda: Os meios de comunicação, incluindo, aqui, também, a Internet, tem divulgado, infelizmente com freqüência, casos de abusos por parte de médicos, e de outras pessoas ligadas à área da saúde, em pacientes que, de alguma forma, são incapazes de oferecer resistência, inclusive mostrando cenas chocantes e deprimentes. Vale recordar algumas situações em que uma pessoa, em estado de coma, engravidou, supostamente, de um enfermeiro encarregado de prestar os cuidados necessários à manutenção de sua vida vegetativa; ou ainda daquele cirurgião plástico que, depois de anestesiar suas pacientes, fazendo-as dormir, mantinha com elas conjunção carnal; ou daquele terapeuta que abusava sexualmente de crianças e adolescentes depois de ministrar-lhes algum sedativo. Não importa que o próprio agente tenha colocado a vítima em situação que a impossibilitava de resistir ou que já a tenha encontrado nesse estado. Em ambas as hipóteses deverá ser responsabilizado pelo estupro de vulnerável Vulnerabilidade Etária 13 DE JESUS. Damásio. Direito Penal. Parte Especial. 20ª ed. São Paulo: Saraiva p. 160/ GRECO. Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Especial p

10 Não há discussão quanto as vítimas possuidoras de enfermidade ou deficiência mental, ou aquelas impossibilitadas de oferecer resistência. A problemática diz respeito à vulnerabilidade etária nos crimes sexuais, que ora contempla os menores de 14 (catorze) anos, ora os menores de 18 (dezoito) anos. Na ótica de Nucci 15, devem existir, aparentemente, duas espécies de vulnerabilidade, uma vulnerabilidade absoluta e outra relativa, ligadas diretamente aos crimes previstos nos arts. 217-A e 218-B do Código Penal, os quais serão expostos no subtítulo seguinte. 3. A VULNERABILIDADE ETÁRIA NOS CRIMES ESPECÍFICOS PREVISTOS NOS ARTS. 217-A E 218-B DO CÓDIGO PENAL Verifica-se, que, num mesmo Capítulo, existe um conceito de vulnerabilidade etária de duas formas distintas. Em um primeiro momento, tem-se a impressão de que o legislador atribuiu a condição de idade vulnerável somente ao menor de catorze anos (art. 217-A). No entanto, no art. 218-B, a adjetivação de vulnerável compreende outra faixa etária, qual seja, o menor de dezoito anos, sem qualquer justificativa razoável. Para Nucci 16, trata-se de vulnerabilidade absoluta aquela representada pelos menores de 14 (catorze) anos e relativa aquela contemplada pelos menores de 18 (dezoito) anos. Além disso, o autor ressalta que: O sujeito passivo, no crime do art. 218-B, é o menor de 18 anos e maior de 14 anos, por entender que qualquer exploração sexual que envolva menor de 14 anos configura o crime previsto no art. 217-A (estupro de vulnerável), ainda que na forma de participação. 15 NUCCI. Guilherme de Souza. Crimes Contra a Dignidade Sexual. Comentários à Lei nº , de 7 de agosto de p. 54/55 16 NUCCI. Guilherme de Souza. Crimes Contra a Dignidade Sexual. Comentários à Lei nº , de 7 de agosto de p

11 Marcão e Gentil 17 não concordam com tal teoria: Não é possível concordar com a opinião de Guilherme de Souza Nucci, para quem o menor de catorze anos, quando vítima da conduta descrita no art. 218-B, será vítima de estupro de vulnerável, delito do qual o sujeito ativo seria partícipe. É que a pessoa induzida não é aquela que praticará ato libidinoso com o menor, mas sim o próprio menor [...] que concorre parcialmente para o fato com a sua própria deliberação. Por isso a conduta é menos grave do que a do crime de estupro, incorrendo, se a finalidade for a prostituição da vítima, na figura do art. 218-B. Aliás, é bom lembrar que o dispositivo legal que serviu de modelo para a sua redação, que foi o art. 244-A da Lei nº 8.069/90 (ECA), não fazia qualquer distinção entre vítimas menores ou maiores de catorze anos, importando apenas que fossem menores de dezoito. Bitencourt 18 adotou o mesmo posicionamento de Nucci ao admitir que o legislador, embora não tenha sido expresso, trabalhou com duas modalidades de vulnerabilidade, uma absoluta (menores de catorze anos) e outra relativa (menores de dezoito), manifestando-se, ainda: Inegavelmente, o legislador ampliou o conceito de vulnerabilidade que define satisfatoriamente a condição do menor de catorze anos para alcançar, incompreensivelmente, o menor de dezoito anos. Os aplausos quanto ao acerto legislativo em relação à primeira hipótese, não se repetem relativamente à segunda, especialmente considerando-se a evolução da moral sexual na sociedade contemporânea, a maioridade civil aos dezoito anos, a juventude se casando a partir dos dezesseis anos, vivendo juntos, votando aos dezesseis anos, além da independência e da maturidade que adquiriu neste início de milênio. Com efeito, esses atributos todos demonstram a absoluta desnecessidade de presunções e ficções jurídicas para criminalizar comportamentos morais com pesadas sansões penais privativas de liberdade. Apresenta-se ainda mais paradoxal essa presunção de 17 MARCÃO. Renato. GENTIL. Plínio. Crimes Contra a Dignidade Sexual. Comentários ao Título VI do Código Penal. São Paulo: Saraiva p BITENCOURT. Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. Parte Especial 4. Dos Crimes Contra a Dignidade Sexual até dos Crimes Contra a Fé Pública. 5ª ed. São Paulo: Saraiva p

12 vulnerabilidade, assumida pelo legislador, em relação ao menor de dezoito se compararmos os usos e costumes e, particularmente, a moral sexual contemporânea com a dos idos da década de Cabette 19 apresenta posicionamento diverso daqueles já mencionados: Há inclusive quem procure dividir a vulnerabilidade em absoluta (menores de 14 anos) e relativa (menores de 18, mas maiores de 14 anos). Frisa-se, porém, que tal plasticidade certamente não é a melhor técnica, especialmente tratando-se de matéria penal, a qual exige extrema clareza semântica na terminologia empregada e deve ser avessa ao emprego de palavras ou expressões equívocas. [...] Desta maneira, talvez a melhor solução seja mesmo crer que o art. 218-B, CP, ao mencionar os menores de 18 anos tenha se referido, na verdade, aos menores de 18 anos que sejam também menores de 14 anos. Isto porque o tipo penal se encontra incrustado no Capítulo que trata dos crimes sexuais contra vulnerável, sendo estes, no aspecto etário, apenas os menores de 14 anos. A dicção legal fazendo referência aos menores de 18 anos configuraria erro material do legislador. Entretanto, a matéria é polêmica e as primeiras manifestações doutrinárias sobre os crimes sexuais contra vulnerável parecem não vislumbrar a possibilidade de erro material no art. 218-B, CP, imprimindo-lhe uma interpretação literal que não deixa de ser problemática. Enfim, sobre o aspecto etário, quem é o vulnerável, os menores de 14 (catorze) anos ou todos os menores de 18 (dezoito) anos? Tocante às práticas sexuais com menores de 14 (catorze) anos, a questão não é reconhecer se houve consentimento da vítima, mas protegê-la do ingresso precoce e violento na vida sexual. No entanto, para Estefam 20 pode haver indivíduos que: apesar de não terem atingido a idade citada, possuem consciência e maturidade sexual. 19 CABETTE. Eduardo Luiz Santos. Crimes Contra a Dignidade Sexual. Temas Relevantes. 22ª ed. Curitiba: Jaruá p. 32/ ESTEFAM. André. Crimes Sexuais. Comentários à Lei nº / p

13 Pode-se afirmar, portanto, diante dos diferentes posicionamentos aqui abordados, que o legislador utilizou-se de um método ultrapassado para elaboração dos ilícitos penais envolvendo pessoas vulneráveis, ignorando, sobremaneira, a evolução da sociedade. CONSIDERAÇÕES FINAIS A primeira ideia acerca do que venha a ser vulnerável encontra-se no art. 217-A, CP, que passa a tipificar o chamado Estupro de vulnerável, tendo como agente passivo, no que diz respeito a idade vulnerável, os menores de 14 (catorze) anos. No entanto, no art. 218-B do CP, a lei que trouxe nova redação aos crimes sexuais, criou o delito de Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável, o qual incrimina não somente o favorecimento à prostituição dos menores de 14 anos, mas de todos os menores de 18 anos. Verifica-se que o legislador, ao não dar uma definição segura do que seja pessoa vulnerável, ensejou uma grande confusão conceitual, graças a sua falta de técnica legislativa, que mais uma vez ficou caracterizada. Opina-se, com base no que foi explanado, em favor da doutrina minoritária, que acredita que a melhor solução é crer que houve erro material por parte do legislador, ou seja, que no artigo de lei onde inseriu o menor de 18 (dezoito) anos como vulnerável, na realidade, queria grafar 14 (catorze) anos, pois, diante da realidade em que vivemos, onde meninas com idade inferior a 12 (doze) anos já são inseridas na vida sexual, engravidando e desejando morar fora de casa com seus parceiros, elevar a vulnerabilidade etária aos 18 (dezoito) anos é, sem dúvida alguma, desdenhar do ordenamento jurídico, incriminando pessoas inocentes. Nos tempos atuais não é difícil aceitar, mesmo que cause espanto e desesperança, que em certas ocasiões a própria vítima facilite a sua violação 83

14 sexual, quer agindo de modo a sugerir tal procedimento por pura vaidade, quer mantendo-se inerte diante da completa ausência de referências afetivas. Na realidade, a influência desse cotidiano louco que hoje se vivência, com grande permissibilidade, sem freios, onde não se respeita mais o indivíduo na sua essência, e onde o amor já não mais predomina nos lares e nos corações dos indivíduos, como então exigir que menores sobrevivam a essa desordem? É mister o resgate dos valores éticos e morais nas relações humanas. Assim, o conceito de vulnerabilidade não pode ser absoluto, problema que deverá ser sanado frente às circunstâncias de cada caso concreto. REFERÊNCIAS DAS FONTES CITADAS BITENCOURT. Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. Parte Especial 4. Dos Crimes Contra a Dignidade Sexual até dos Crimes Contra a Fé Pública. 5ª ed. Sâo Paulo: Saraiva, CABETTE. Eduardo Luiz Santos. Crimes Contra a Dignidade Sexual. Temas Relevantes. 22ª ed. Curitiba: Jaruá, CAPEZ. Fernando. Curso de Direito Penal. Parte Especial. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, DE JESUS. Damásio. Direito Penal. Parte Especial. 19ª ed. São Paulo: Saraiva, DE JESUS. Damásio. Direito Penal. Parte Especial. 20ª ed. São Paulo: Saraiva, ESTEFAM. André. Crimes Sexuais. Comentários à Lei nº /2009. São Paulo: Saraiva, 2009 GOMES. Luiz Flávio. CUNHA. Rogério Sanches. MAZZUOLI. Valério de Oliveira. Comentários à reforma criminal de 2009 e à Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados. São Paulo: Revista dos Tribunais, GRECO. Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Especial. 7ª ed. Rio de Janeiro: Impetus MARCÃO. Renato. GENTIL. Plínio. Crimes Contra a Dignidade Sexual. Comentários ao Título VI do Código Penal. São Paulo: Saraiva,

15 MASSON. Cleber. Direito Penal. Parte Especial. Esquematizado. vol 3. São Paulo: Método, NUCCI. Guilherme de Souza. Crimes Contra a Dignidade Sexual. Comentários à Lei nº , de 7 de agosto de São Paulo: Revista dos Tribunais,

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