TERAPIA DE EXPANSÃO PULMONAR. Modalidades de terapia respiratória destinadas a prevenir ou corrigir atelectasias.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "TERAPIA DE EXPANSÃO PULMONAR. Modalidades de terapia respiratória destinadas a prevenir ou corrigir atelectasias."

Transcrição

1 TERAPIA DE EXPANSÃO PULMONAR Modalidades de terapia respiratória destinadas a prevenir ou corrigir atelectasias. Tipos de atelectasia: 1- Atelectasia de reabsorção: Lesões ou tampões mucosos presentes nas vias aéreas bloqueiam a ventilação da região afetada. O gás distal à obstrução é absorvido pelo sangue que circula nos capilares pulmonares, o que faz com que os alvéolos não ventilados colapsem. 2- Atelectasia Passiva Causada pelo uso persistente de volumes correntes pequenos pelo paciente (anestesia geral, uso de sedativos, repouso no leito, inspiração profunda dolorosa, fraturas costais e cirurgia abdominal superior). Sinais Clínicos da atelectasia: - Aumento da FR proporcional ao acometimento - Creptações finas e no final da inspiração auscultadas na região pulmonar afetada - Ruídos pulmonares brônquicos podem estar presentes quando o pulmao se torna mais condensado pela atelectasia. - A diminuição dos ruídos respiratórios são comuns quando existem secreções excessivas bloqueando as vias aéreas e impedindo a transmissão dos ruídos respiratórios. - Taquicardia pode estar presente se a atelectasia acarretar uma hipoxemia importante. - Radiografia: região atelectásica apresenta aumento de densidade, sinais de perda de volume (deslocamento das fissuras interlobares, aglomeração dos vasos pulmonares e broncogramas aéreos. Sinais indiretos: elevação do diafragma, desvio da traquéia, do coração ou do mediastino, opacificação pulmonar, estreitamento dos espaços intercostais e hiperexpansão compensatória do pulmão circunvizinho. 1

2 2

3 TERAPIA DE EXPANSÃO PULMONAR Todos os tipos de TEP aumentam o volume pulmonar através do aumento do gradiente de pressão transpulmonar. O gradiente de pressão transpulmonar representa a diferença entre a pressão alveolar e a pressão pleural. O aumento do gradiente de pressão transpulmonar pode ser conseguido pela diminuição da pressão pleural circunvizinha ou pelo aumento da pressão alveolar. Uma inspiração espontânea profunda diminui a pressão pleural. A aplicação de pressão positiva nos pulmões aumenta a pressão no interior dos alvéolos. IPPB => aplica pressão somente durante a ins PEP e EPAP => aplica pressão somente durante a ex CPAP => aplica pressão durante a ins e a ex Métodos que diminuem a pressão pleural, como a espirometria de incentivo, são mais fisiológicos e eficazes do que os que aumentam a pressão alveolar. Posicionamento no Leito Tem por objetivo otimizar a ventilação, favorecer a mecânica diafragmática e, consequentemente, favorecer a troca gasosa. O paciente deve ser retirado do leito e colocado em posição sentada o mais rápido possível; caso não seja possível, o objetivo será elevar ao máximo a cabeceira do paciente, se não houver contra-indicação. A contração do diafragma é cefalo-caudal, ou seja, de cima para baixo. Logo, ao posicionarmos o paciente na postura sentada há um favorecimento, por meio da gravidade, na contração do diafragma. Se o paciente estiver mal posicionado, com retroversão de quadril e flexão excessiva do tórax, esse mecanismo se inverte, pois haverá um aumento na pressão abdominal, causada pelas vísceras abdominais, que dificultará a descida do diafragma. O decúbito dorsal é a pior postura do ponto de vista ventilatório, pois a modificação ocorrida na morfologia da caixa torácica, do diafragma e da pressão abdominal criam uma tendência à redução da CRF e ao acúmulo de secreção na região dependente. 3

4 Sabe-se que o pulmão dependente da ação da gravidade tende a ventilar melhor, ou seja, em DLD, o pulmão direito irá ventilar melhor. Isso ocorre porque a parte do pulmão dependente possuirá maior variação de volume durante a inspiração, já que haverá maior possibilidade de variação da pressão pleural. Não se deve confundir expansão alveolar com ventilação alveolar. A primeira refere-se à abertura alveolar de forma estática, enquanto que a ventilação é um processo dinâmico. Isto significa que um paciente em posição sentada, ventilando em repouso, sem doença pulmonar, possui maior expansão no ápices, pois a pressão pleural está mais negativa estaticamente, e maior ventilação nas bases, já que a pressão pleural possui maior variação durante a inspiração (processo dinâmico). A perfusão também é maior na área dependente, já que o sangue tem maior facilidade de seguir para regiões dependentes da ação da gravidade, devido às características da circulação pulmonar (distensibilidade e recrutamento). Como a perfusão costuma ser um pouco maior que a ventilação, de forma global, alguns autores afirmam que a V/Q normal é de aproximadamente 0,8. A relação V/Q será melhor nas áreas pulmonares dependentes da gravidade, porém maior nas áreas não dependentes. Em um paciente sem doença pulmonar, a V/Q ideal costuma aparecer nas zonas médias do pulmão, pois neste ponto a relação V/Q tende a 1. No paciente com patologia pulmonar, deve-se posicionar a região do pulmão afetada em decúbito não-dependente. A principal justificativa para essa conduta é que nesses casos deve-se manter uma boa relação V/Q para assegurar uma boa troca gasosa. Logo, ao posicionar o pulmão sadio de forma que ele esteja dependente da gravidade, asseguramos uma boa relação V/Q na área onde ela é melhor. No paciente ventilando mecanicamente, essa relação fica alterada, pois o uso da pressão positiva tende a aumentar a ventilação nas áreas pulmonares não dependentes. Isso se deve ao fato da inatividade dos núsculos ventilatórios e da caixa torácica, associados à imposição de pressão positiva nas vias aéreas. Dessa forma, nesses pacientes a ventilação será maior nas zonas pulmonares não dependentes da gravidade. Entretanto, a perfusão continuará sendo maior nas áreas dependentes, havendo alteração da relação V/Q. 4

5 Exercício diafragmático ou respiração diafragmática Neste exercício o paciente deve ser encorajado a ventilar aumentado o movimento abdominal (aumentando seu diâmetro), durante a inspiração, enquanto o tórax deve manter-se imóvel ou mover-se pouco. O paciente deve estar preferencialmente deitado ou sentado. Caso apresente dificuldade em coordenar a técnica, pede-se para o pacien te apoiar ambas as mãos em cima do abdômen e observar as mãos elevarem-se e deprimirem-se durante as incursões. Freno labial Consiste em ispirar por alguns segundo pelo nariz, com a boca fechada, e expirar lentamente com a boca (imitando um assovio, ou como se fosse um beijo) por mais de 4 a 6 segundos. O freno labial pode reduzir a FR, aliviar a dispnéia e favorecer a troca gasosa de indivíduos com DPOC moderada a grave (estáveis) com redução do calibre das VA. Sustentação Máxima da Inspiração A técnica consiste em se manter uma apneuse (pausa ao final da inspiração) por aproximadamente 5 a 10 segundos. O objetivo desta pausa é manter o ar por mais tempo nas VA, de forma a promover uma melhor ventilação pulmonar e uma melhor distribuição do fluxo aéreo por meio da interdependência alveolar e, conseqüentemente, tentar alcançar as diferentes constantes de tempo. Os alvéolos lesionados possuem maiores constantes de tempo, ou seja, levam mais tempo para se expandir. Nestes casos, a SMI deve ser mantida por mais tempo. O ideal é em torno de 10 repetições por hora. Inspiração Profunda O fisioterapeuta solicita que o paciente realize incursões ventilatórias profundas. O principal objetivo é aumentar o volume pulmonar. 5

6 A IP pode favorecer a estimulação à produção de surfactante, já que os pneumócitos tipo II precisam de variação de volume para sua liberação. É importante enfatizar que para se conseguir os efeitos da IP, é necessária a realização de uma SMI após cada incursão ventilatória. O paciente deve ser incentivado a realizar aproximadamente 10 incursões por hora. Existem relatos de que a IP poderia aumentar o volume pulmonar, reduzir a resistência das VA, aumentar a produção de surfactante, facilitar as trocas gasosas e aumentar a SPO2. Inspiração Fracionada e Soluços Inspiratórios As duas técnicas têm o mesmo objetivo, que é aumentar o volume pulmonar. Na inspiração fracionada deve-se solicitar ao paciente que realize uma inspiração seguida de apneuse (pausa inspiratória) e assim sucessivamente até ser alcançada a capacidade pulmonar total (CPT). Nos soluços inspiratórios, o fisioterapeuta vai solicitar ao paciente que realize uma inspiração subdividida em inspirações curtas e sucessivas, sem apneuse, até alcançar a CPT. Acredita-se que, ao fracionar a inspiração, a tendência dos pacientes, principalmente aqueles com quadro álgico, é aumentar seu volume pulmonar no final da ins. Além disto, ao realizar uma pausa durante a inspiração fracionada, a ventilação colateral favorece a distribuição do fluxo gasoso e, assim, haverá possibilidade de o paciente mobilizar um volume maior de ar na próxima incursão ventilatória. Expiração Abreviada Consiste em ciclos intermitentes de inspiração nasal profunda, intercaladas com pequenas expirações orais, com objetivo de aumentar a Capacidade Pulmonar Total de forma lenta e gradativa. Técnica: 1. O paciente inspira pelo nariz suave e profundamente. Em seguida, expira uma pequena quantidade de ar. 6

7 2. Volta a inspirar profundamente a partir do término da fase 1. Expira novamente uma pequena quantidade de ar. 3. Volta a inspirar profundamente, depois expira completamente, obedecendo o critério expiratório adotado pela tosse técnica. Na expiração abreviada a relação ins-ex é igual a 3:1, razão pela qual através de volumes de ar acumulativos atingimos a reeducação da Capacidade Pulmonar Total. Exercícios Segmentares Também conhecida como respiração localizada, tem o objetivo de aumentar ventilação alveolar e a oxigenação. O terapeuta deve colocar a mão sobre a região pulmonar que necessita ser trabalhada, aplicar uma forte pressão ao início da ins (estimulação proprioceptiva) e não aplicar pressão ao final da mesma. O paciente deve ser instruído a inspirar profundamente e expirar pela boca. Espirometria de Incentivo (EI) Sua manobra básica é a inspiração máxima sustentada (inspiração profunda e lenta da CRF até a capacidade pulmonar total, seguida por uma sustentação da ins durante 5 a 10 s. Indicações: Presença de atelectasia pulmonar Presença de condições predisponentes à atelectasia (cirurgia abdominal superior,cirurgia torácica e cirurgia em pacientes com DPOC) Presença de um defeito pulmonar restritivo com quadriplegia e/ou diafragma disfuncional. Contra-indicações: Pcts inconscientes ou incapazes de cooperar Pcts que não podem utilizar adequadamente o dispositivo de EI após instrução Pcts incapazes de gerar inspiração adequada como, por ex.: CV < 10 ml/kg ou CI < 1/3 do normal predito Riscos e complicações: 7

8 Hiperventilação e alcalose respiratória (quando realiza a EI muito rapidamente) Desconforto secundário ao controle inadequado da dor Barotrauma pulmonar Hipoxemia (com a interrupção da terapia) Exacerbação do broncoespasmo Fadiga Equipamentos: Orientados pelo volume: mensuram e indicam visualmente o volume obtido durante a inspiração máxima sustentada Orientados pelo fluxo: mensuram e indicam visualmente o grau do fluxo inspiratório. Este fluxo é comparado ao volume através da avaliação da duração da inspiração ou tempo (fluxo X tempo = volume). Resultados Possíveis da Espirometria de Incentivo: Ausência ou melhora dos sinais de atelectasia: - FR - Freqüência de pulso normal - Desaparecimento dos ruídos pulmonares anormais - Radiografia torácica normal ou apresentando melhoria - Aumento da PaO2 e diminuição da P(A-a)O2 - Aumento da CV e dos fluxos expiratórios máximos - Restauração da CRF ou da CV pré-operatórias - Melhoria no desempenho dos músculos ins - Obtenção dos níveis pré-operatórios do fluxo e do volume - Aumento da Capacidade Vital Forçada (CVF) Implementação: 8

9 - O pct deve ser orientado a inspirar lenta e profundamente para maximizar a distribuição da ventilação; - A técnica correta exige respiração dafragmática com fluxos inspiratórios lentos a moderados; - O pct deve ser orientado a sustentar seu volume inspiratório máximo por 5 a 10 segundos; - Após a sustentação da inspiração, deve ocorrer uma expiração normal e deve ser dada a oportunidade para o pct repousar o tempo suficiente antes da manobra seguinte da inspiração máxima sustentada. - Um tratamento com EI deve objetivar a garantia de um mínimo de 5 a 10 manobras de inspiração máxima sustentada por hora. EPAP (Pressão Positiva Expiratória) Utilizada em pacientes ventilando espontaneamente, aplica pressão positiva expiratória final. Aparelho composto por uma máscara, uma válvula unidirecional e um gerador de PEEP. Durante a inspiração, a válvula unidirecional abre-se, de forma que não há resistência, enquanto na expiração a válvula fecha-se e a saída do ar fica limitada à válvula de PEEP, que gera uma resistência expiratória. A máscara é necessária para manter o sistema pressurizado. Durante a aplicação da técnica, o paciente deverá estar preferencialmente sentado, com seu tronco preferencialmente com seu tronco levemente inclinado para frente, apoiando seus cotovelos sobre a mesa. Os efeitos do EPAP são semelhantes aos efeitos da PEEP, aumentando a pressão intraalveolar e a capacidade residual, o recrutamento alveolar e a prevenção de aparecimento de atelectasias, assim como a redistribuição de líquido extravascular e a diminuição do shunt pulmonar. Eficaz na prevenção de atelectasia de pacientes pós-cirúrgicos. Pode ser utilizado para facilitar a administração e broncodilatadores e para auxiliar na desobstrução brônquica, as áreas mal ventiladas serão beneficiadas através da ventilação colateral. Previne o colabamento das vias aéreas ao final da ex. Técnica: - 15 min. Duas vezes ao dia; - períodos curtos (< 5min.) a cada 1 hora - PEEP: estudos falam em 3-8 ou cmh2o. O ideal é iniciar com uma PEEP baixa e ir aumentando conforme a tolerância do paciente. Respiração com Pressão Positiva Intermitente (IPPB) Aplicação de pressão positiva inspiratória a um paciente respirando espontaneamente como uma modalidade terapêutica intermitente ou de curto prazo. Os tratamentos com IPPB usualmente duram de 15 a 20 minutos. 9

10 A IPPB reverte os gradientes de pressão espontânea normal. A pressão positiva na abertura das vias aéreas cria o gradiente de pressão necessário para provocar o fluxo gasoso no interior dos pulmões. As pressões alveolares aumentam durante a fase ins da IPPB quando há um fluxo das vias aéreas para os alvéolos. Como na respiração espontânea, a força de retração do pulmão e da parede torácica, armazenada como energia potencial durante a ins com pressão positiva, causa um expiração passiva. Indicações: Atelectasia não responsiva a outras terapias como EI e fisioterapia torácica; Pcts com alto risco de atelectasia e não capazes de cooperar com técnicas mais simples como a EI; Lembrar da importância da higiene brônquica quando indicado antes da utilização da IPPB. O tto com IPPB administrado corretamente deve fornecer volumes correntes maiores ao paciente, obtidos com um mínimo esforço O padrão respiratório ideal para reinsuflar as unidades pulmonares colapsadas com IPPB consiste de inspirações lentas e profundas que são sustentadas ou mantidas no final da ins. Este tipo de manobra inspiratória aumenta a distribuição do gás inspirado para as áreas pulmonares com baixa complacência, especificamente, as áreas atelectásicas. Contra-indicações: Pneumotórax de tensão Pressão Intracraniana (PIC) > 15 mmhg Instabilidade Hemodinâmica Hemoptise ativa (expectoração sanguínea ou sanguinolenta através da tosse, proveniente de hemorragia na árvore respiratória) Fístula traqueoesofágica Cirurgia esofágica recente Tuberculose ativa não tratada Evidências radiográficas de bolhas Cirurgia facial, oral ou craniana recente Singultação (soluços) Deglutição de ar Náuseas Riscos e Complicações: Aumento da resistência das vias aéreas Barotrauma pulmonar Infecção nosocomial (infecção adquirida em meio hospitalar) Alcalose respiratória Hiperoxia (com O2 como gás fonte) 10

11 Comprometimento do retorno venoso Distensão gástrica Aprisionamento de ar, auto-peep, hiperdistensão Dependência Psicológica A auto-peep é conceituada como a persistência de uma pressão alveolar positiva, ao final da expiração, não intencional, devido à presença de um volume pulmonar expiratório final maior do que a capacidade residual funcional prevista Resultados no paciente com atelectasia pós-operatória: Capacidade inspiratória espontânea de 70% da capacidade inspiratória predita Melhoria da radiografia torácica Remissão dos sinais auscultatórios de atelectasia (crepitações finas no final da ins) Redução da FR espontânea para < 25/min. Implementação: 1. Posicionamento do Pct: posição semi-fowler 2. Aplicação Inicial: O uso de máscaras é cheio de riscos e somente é sugerido para pcts conscientes e cooperativos que são incapazes de realizar o tratamento sem vazamento do sistema. O aparelho deve ser regulado de modo que a inspiração possa ser iniciada com esforço mínimo. Um nível de sensibilidade ou de disparo de 1 a 2 cmh2o é adequado para a maioria dos pacientes. Inicialmente, a pressão do sistema é ajustada entre 10 a 15 cmh2o 11

12 Se o dispositivo possuir um controle de fluxo, começar o tto com um fluxo baixo a moderado e ajustá-lo de acordo com o padrão respiratório do pct. Geralmente, o objetivo é o estabelecimento de um padrão respiratório que consiste em aproximadamente 6 respirações/min., com um tempo ex três a quatro vezes mais longo do que a ins (relação I:E de 1:3 a 1:4). 3. Ajuste dos parâmetros: A pressão e o fluxo devem ser individualmente ajustados e monitorizados segundo os objetivos da terapia. A terapia com IPPB deve ser orientada pelo volume quando utilizada no tratamento da atelectasia. Um volume corrente alvo deve ser estabelecido para cada pct e a terapia deve ser liberada baseando-se nesses alvos (10 a 15 ml/kg). Se os volumes iniciais são inferiores ao volume alvo e o paciente puder tolerar, a pressão é gradualmente aumentada até o alvo ser atingido. Pressões de 30 a 35 cmh2o podem ser necessárias para se atingir esse objetivo quando a complacência pulmonar está reduzida. Para se obter volumes inspiratórios maiores durante a IPPB, o pct deve ser estimulado a respirar ativamente durante a respiração com pressão positiva. Os tratamentos com IPPB tipicamente duram 15 a 20 minutos. Se a pressão do sistema cair após o início da ins ou não aumentar até o final da ins do aparelho, o problema é um fluxo muito baixo. Um fluxo muito elevado pode fazer com que o aparelho deixe de ciclar prematuramente. O aparelho de IPPB também pode deixar de ciclar prematuramente quando o fluxo aéreo for obstruído. Na presença de escapes, um aparelho de IPPB ciclado a pressão não atinge a sua pressão de ciclagem preestabelecida e por isso não deixa ciclar. Este problema é evidente quando a ins continua muito além do tempo esperado. CPAP Técnica que promove a manutenção de pressão positiva nas vias aéreas, tanto na fase inspiratória quanto na expiratória. O paciente em respiração espontânea recebe auxílio na fase inspiratória através da variação de fluxo, e na fase expiratória o sistema é mantido pressurizado por um nível de PEEP pré-ajustado. A CPAP mantém uma pressão positiva das vias aéreas durante a ins e a ex. A CPAP eleva e mantém as pressões alveolar e das vias aéreas elevadas durante todo o ciclo respiratório. Isto aumenta o gradiente de pressão transpulmonar tanto durante a ins quanto durante a ex. Desconhece-se exatamente como a CPAP auxilia na resolução da atelectasia. No entanto, provavelmente, os seguintes fatores contribuem com seus efeitos benéficos: (1) o recrutamento de alvéolos colapsados através de um aumento na CRF, (2) uma 12

13 diminuição do trabalho respiratório em razão do aumento da complacência ou abolição do auto-peep, (3) uma melhor distribuição da ventilação através dos canais colaterais e (4) um aumento da eficácia da remoção de secreções. A maioria dos riscos e complicações associados ao CPAP são causados pelo aumento da pressão ou pelo equipamento. O aumento do trabalho respiratório causado pelo aparelho pode levar à hipoventilação e à hipercapnia. Além disso, como o CPAP não aumenta a ventilação espontânea, oss pacientes com insuficiência respiratória concomitante podem hipoventilar durante a aplicação. O barotrauma é risco potencial da CPAP e apresenta maior probabilidade de ocorrer no paciente com enfisema e bolhas. A distensão gástrica pode ocorrer especialmente se forem necessárias pressões de CPAP superiores a 15 cmh2o. Isso pode acarretar vômitos e aspiração no paciente com reflexo de vômito inadequado. Fontes: PRESTO, B.; DAMÁZIO, L. ;Fisioterapia Respiratória. Rio de Janeiro: Elsevier, SCANLAN, C. L.; WILKINS, R. L.; STOLLER, J. K. (orgs.) Fundamentos da Terapia Respiratória de Egan. 7ª edição, São Paulo: Manole, SILVA, T. DE J.; MORENO JR. R. Curso: Fisioterapia em UTI material didático

Lígia Maria Coscrato Junqueira Silva Fisioterapeuta HBP/SP

Lígia Maria Coscrato Junqueira Silva Fisioterapeuta HBP/SP Ventilação Não Invasiva Lígia Maria Coscrato Junqueira Silva Fisioterapeuta HBP/SP Introdução Indicações Exacerbação da IRpA com ph 45mmHg e FR>25rpm Desconforto respiratório com uso da

Leia mais

Princípios básicos de Reeducação Respiratória pós-avc

Princípios básicos de Reeducação Respiratória pós-avc Teleformação em Reabilitação I Curso de E-learning Enfermeiros não especialistas CSP ULS Castelo Branco Princípios básicos de Reeducação Respiratória pós-avc Formadores Catarina Freitas Enfª Chefe do Serviço

Leia mais

VENTILAÇÃO MECÂNICA. Profª Enfª Luzia Bonfim

VENTILAÇÃO MECÂNICA. Profª Enfª Luzia Bonfim VENTILAÇÃO MECÂNICA Profª Enfª Luzia Bonfim Assistência ventilatória: manutenção da oxigenação e ou da ventilação em pacientes, de maneira artificial até que estes estejam capacitados a assumi-la. Garante

Leia mais

Relação Ventilação/Perfusão e Função Respiratória

Relação Ventilação/Perfusão e Função Respiratória A diferença entre ventilação e respiração Normalmente, quando dizemos que um indivíduo está respirando, estamos querendo dizer, na verdade, que está ocorrendo o processo de ventilação. Isto porque, o termo

Leia mais

PRINCÍPIOS BÁSICOS DE VENTILAÇÃO MECÂNICA. (Baseado nos consensos e diretrizes brasileiras de VM)

PRINCÍPIOS BÁSICOS DE VENTILAÇÃO MECÂNICA. (Baseado nos consensos e diretrizes brasileiras de VM) PRINCÍPIOS BÁSICOS DE VENTILAÇÃO MECÂNICA (Baseado nos consensos e diretrizes brasileiras de VM) Karla Monique Andolfato Camille Caleffi José Mohamud Vilagra Os ventiladores mecânicos atuais se baseiam

Leia mais

Outras funções: Manutenção do ph plasmático. Produção e metabolização de substâncias vasoativas. Fonação/Olfação. Defesa contra agentes agressores

Outras funções: Manutenção do ph plasmático. Produção e metabolização de substâncias vasoativas. Fonação/Olfação. Defesa contra agentes agressores Fisiologia Respiratória Organização do sistema respiratório O SISTEMA RESPIRATÓRIO FUNÇÃO BÁSICA: TROCAS GASOSAS Suprir o organismo com O 2 e dele remover CO 2 Outras funções: Manutenção do ph plasmático

Leia mais

Fisiologia do Trato Respiratório

Fisiologia do Trato Respiratório Universidade Federal de Ouro Preto Instituto de Ciências Exatas e Biológicas ICEB Departamento de Ciências Biológicas DECBI Fisiologia II (CBI-198) Fisiologia do Trato Respiratório Profª: Franciny Paiva

Leia mais

26/04/2014. Sobre O Surgimento. O que é: Aprendizado baseado em Casos:

26/04/2014. Sobre O Surgimento. O que é: Aprendizado baseado em Casos: Sobre O Surgimento Aprendizado baseado em Casos: O que é: Não responde Possui Pulso Central Não respira Spo2: 78% Sem AO ou Fc: 134 bpm resposta ao PA: 240x120 est. De dor 01 insuflação /6s Outros: Anisocoria.

Leia mais

Envelhecimento do Sistema Respiratório

Envelhecimento do Sistema Respiratório Envelhecimento do Sistema Respiratório Introdução Alterações decorrentes do envelhecimento afetam desde os mecanismos de controle até as estruturas pulmonares e extrapulmonares que interferem no processo

Leia mais

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA RICARDO LUIZ PACE JR.

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA RICARDO LUIZ PACE JR. FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA RICARDO LUIZ PACE JR. Esta aula foi retirada do Cap. 12 do livro: Fisiologia do Exercício Energia, Nutrição e Desempenho 5ª edição William D. McArdle Frank I. Katch Victor L. Katch

Leia mais

Jose Roberto Fioretto

Jose Roberto Fioretto Jose Roberto Fioretto jrf@fmb.unesp.br Professor Adjunto-Livre Docente Disciplina de Medicina Intensiva Pediátrica Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP 1988 Ventilação Pulmonar Mecânica Objetivos Fisiológicos

Leia mais

DISFUNÇÃO PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)

DISFUNÇÃO PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) DISFUNÇÃO PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) Angélica Ferreira do Amaral Anna Gessyka Bernardo Monteiro Iraneide Araújo Silva Irismar Barros Maria Lúcia Lopes de Lima Tiago dos Santos Nascimento 1. INTRODUÇÃO

Leia mais

Biofísica da Respiração

Biofísica da Respiração Biofísica da Respiração Estrutura e função do aparelho respiratório Mecânica da respiração Trocas gasosas Biofísica Medicina Veterinária FCAV/UNESP/Jaboticabal Funções do aparelho respiratório Respiração:

Leia mais

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA REVISÃO

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA REVISÃO FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA REVISÃO Fisioterapia FMRPUSP Paulo Evora Revisão Anatômica O sistema respiratório consiste no nariz, faringe, laringe, traquéia, brônquios e pulmões. A pleura visceral cobre a superfície

Leia mais

Fisiologia Respiratória

Fisiologia Respiratória Fisiologia Respiratória Via Aérea Alta Faringe Orofaringe Nasofaringe Laringofaringe Via aérea Baixa Traquéia Brônquios Bronquíolos Alvéolos pulmonares Via Aérea Baixa A traquéia se bifurca dando origem

Leia mais

TRAUMA DE TÓRAX. Prof.ª Leticia Pedroso

TRAUMA DE TÓRAX. Prof.ª Leticia Pedroso TRAUMA DE TÓRAX Prof.ª Leticia Pedroso TRAUMA DE TÓRAX Responsáveis por 1 em cada quatro mortes de trauma. Ferimentos penetrantes de 15 a 30% requerem cirurgia. A maioria necessitam apenas de procedimentos

Leia mais

Fisiologia do Trato Respiratório

Fisiologia do Trato Respiratório Universidade Federal de Ouro Preto Instituto de Ciências Exatas e Biológicas ICEB Departamento de Ciências Biológicas DECBI Fisiologia II (CBI-198) Fisiologia do Trato Respiratório Profª: Franciny Paiva

Leia mais

FISIOLOGIA HUMANA UNIDADE V: SISTEMA RESPIRATÓRIO

FISIOLOGIA HUMANA UNIDADE V: SISTEMA RESPIRATÓRIO FISIOLOGIA HUMANA UNIDADE V: SISTEMA RESPIRATÓRIO Funções Troca de gases com o ar atmosférico; Manutenção da concentração de oxigênio; Eliminação da concentração de dióxido de carbônico; Regulação da ventilação.

Leia mais

ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA NA GRAVIDEZ DE RISCO. Apostila 07

ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA NA GRAVIDEZ DE RISCO. Apostila 07 ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA NA GRAVIDEZ DE RISCO Apostila 07 ORIENTAÇÕES E PRECAUÇÕES Todo programa de exercício p/ população de alto risco devem ser estabelecidos individual/te, com base: - no diagnóstico;

Leia mais

PROTOCOLO MÉDICO VENTILAÇÃO MECÂNICA EM PEDIATRIA NO SDRA E LPA

PROTOCOLO MÉDICO VENTILAÇÃO MECÂNICA EM PEDIATRIA NO SDRA E LPA Página: 1 de 8 1.Introdução: A SDRA (Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo) caracteriza-se por processo inflamatório que leva à quebra da barreira alvéolo-capilar com desenvolvimento de edema intersticial

Leia mais

Recursos manuais da Fisioterapia Respiratória

Recursos manuais da Fisioterapia Respiratória Recursos manuais da Fisioterapia Respiratória (aula 2) AVALIAÇÃO INICIAL DA NECESSIDADE DA TERAPIA DE HB AVALIAR: Prontuário médico (HMA e HMP). Pctes c/ indicação de cirurgia abdominal alta ou torácica,

Leia mais

Prof. Dr. José Roberto Fioretto UTI - Pediátrica - Botucatu - UNESP

Prof. Dr. José Roberto Fioretto UTI - Pediátrica - Botucatu - UNESP 1988 Prof. Dr. José Roberto Fioretto UTI - Pediátrica - Botucatu - UNESP Ventilação Pulmonar Mecânica Objetivos Fisiológicos Promover trocas gasosas pulmonares Aumentar volume pulmonar Reduzir trabalho

Leia mais

FISIOTERAPIA NA FIBROSE CÍSTICA DANIELLE BERNINI PERES 2016

FISIOTERAPIA NA FIBROSE CÍSTICA DANIELLE BERNINI PERES 2016 FISIOTERAPIA NA FIBROSE CÍSTICA DANIELLE BERNINI PERES 2016 A DOENÇA PULMONAR CRÔNICA Estabilidade da doença (acompanhamento ambulatorial) Reagudização da doença pulmonar (intensificação da assistência)

Leia mais

8. Shunt pulmonar se refere a áreas pulmonares 2 A) mal ventiladas e com perfusão sanguínea ausente. B) mal ventiladas e com perfusão sanguínea preser

8. Shunt pulmonar se refere a áreas pulmonares 2 A) mal ventiladas e com perfusão sanguínea ausente. B) mal ventiladas e com perfusão sanguínea preser 1 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL CONCURSO PÚBLICO Nº 001/2009 SECRETARIA DA SAÚDE Cód. 44 Fisioterapeuta Especialista em Fisioterapia Respiratória 1. Bradipnéia corresponde A) frequência respiratória

Leia mais

Anatomia e fisiologia respiratória. Ms. Roberpaulo Anacleto

Anatomia e fisiologia respiratória. Ms. Roberpaulo Anacleto Anatomia e fisiologia respiratória Ms. Roberpaulo Anacleto Fisiologia Respiratória FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA Metabolismo e Objetivo Anatomia funcional do sistema respiratório Vias aéreas Ventilação pulmonar

Leia mais

Ventilação Mecânica. Profa. Ms. Vanessa Dias

Ventilação Mecânica. Profa. Ms. Vanessa Dias Ventilação Mecânica Profa. Ms. Vanessa Dias Objetivos da aula Descrever o tratamento de enfermagem para pacientes em ventilação mecânica; Descrever os cuidados de enfermagem para um paciente com tubo endotraqueal

Leia mais

FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATORIO

FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATORIO FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATORIO VENTILAÇÃO PULMONAR Mecânica da ventilação pulmonar Compreende os movimentos de subida e descida do diafragma, elevação e depressão das costelas. A entrada cíclica de

Leia mais

Retirada do Suporte Ventilatório DESMAME

Retirada do Suporte Ventilatório DESMAME Retirada do Suporte Ventilatório DESMAME Sete Estágios do Desmame Pré-desmame Preditores Extubação Reintubação Suspeita Tentativas VNI pósextubação Admissão Alta Desmame Processo gradual Deve ser iniciado

Leia mais

VENTILAÇÃO MECÂNICA (RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL) Enfº Esp. Diógenes Trevizan

VENTILAÇÃO MECÂNICA (RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL) Enfº Esp. Diógenes Trevizan VENTILAÇÃO MECÂNICA (RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL) Enfº Esp. Diógenes Trevizan Ventilação mecânica Método no suporte de pacientes críticos em terapia intensiva, não constituindo, uma terapia curativa. O emprego

Leia mais

PRINCÍPIOS DA VENTILAÇÃO MECÂNICA. Profa Dra Carolina Fu Depto de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional Faculdade de Medicina-USP

PRINCÍPIOS DA VENTILAÇÃO MECÂNICA. Profa Dra Carolina Fu Depto de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional Faculdade de Medicina-USP PRINCÍPIOS DA VENTILAÇÃO MECÂNICA Profa Dra Carolina Fu Depto de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional Faculdade de Medicina-USP HISTÓRICO Vesalius 1555 Hook 1667 Hunter 1766 O Dwyer - 1887

Leia mais

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM Disciplina - Fisiologia Fisiologia Respiratória (Parte I) Prof. Wagner de Fátima Pereira Departamento de Ciências Básicas Faculdade de Ciências

Leia mais

Int In e t rpre rpr t e a t ç a ã ç o ã da Prov Pr a ov de função funç Pulmonar (PFP ( )

Int In e t rpre rpr t e a t ç a ã ç o ã da Prov Pr a ov de função funç Pulmonar (PFP ( ) Interpretação da Prova de função Pulmonar (PFP) Espirometria DEFINIÇÃO Spiro = respirar Metrum = medida - Medida da entrada e saída de ar dos pulmões. -registro gráfico da espirometria i espirografia -

Leia mais

Introdução à Ventilação Mecânica Neonatal

Introdução à Ventilação Mecânica Neonatal Introdução à Ventilação Mecânica Neonatal Marinã Ramthum do Amaral R3 UTIP Orientação: Dr Jefferson Resende UTI neonatal HRAS www.paulomargoto.com.br 30/7/2008 Introdução O uso da ventilação pulmonar mecânica

Leia mais

FISIOTERAPIA NA FIBROSE CÍSTICA

FISIOTERAPIA NA FIBROSE CÍSTICA FISIOTERAPIA NA FIBROSE CÍSTICA FIBROSE CÍSTICA Doença com comprometimento sistêmico, e que também acomete o pulmão. Causa acúmulo de secreção pulmonar devido a alteração genética, e resulta em processo

Leia mais

TENSÃO E ESTRESSE ALVEOLAR - PAPEL DA PRESSÃO DE CONDUÇÃO. Werther Brunow de Carvalho

TENSÃO E ESTRESSE ALVEOLAR - PAPEL DA PRESSÃO DE CONDUÇÃO. Werther Brunow de Carvalho TENSÃO E ESTRESSE ALVEOLAR - PAPEL DA PRESSÃO DE CONDUÇÃO Werther Brunow de Carvalho werther.brunow@hc.fm.usp.br VENTILAÇÃO PULMONAR MECÂNICA & DEFORMAÇÃO PULMONAR Estresse: força por unidade de uma área

Leia mais

FUNÇÃO assegurar as trocas gasosas (oxigénio e dióxido de carbono) entre o organismo e o ar da atmosfera.

FUNÇÃO assegurar as trocas gasosas (oxigénio e dióxido de carbono) entre o organismo e o ar da atmosfera. FUNÇÃO assegurar as trocas gasosas (oxigénio e dióxido de carbono) entre o organismo e o ar da atmosfera. Pulmões, onde se realizam as trocas gasosas. Vias respiratórias, estabelecem a comunicação entre

Leia mais

BÁSICO EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ESTÁGIO SUPERVISIONADO PROF. SERGIO CORREA DE GODOI

BÁSICO EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ESTÁGIO SUPERVISIONADO PROF. SERGIO CORREA DE GODOI BÁSICO EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ESTÁGIO SUPERVISIONADO PROF. SERGIO CORREA DE GODOI introdução Assistência ventilatória pode ser entendida como a manutenção da oxigenação e/ou da ventilação dos pacientes

Leia mais

SISTEMA RESPIRATÓRIO PROF. JAIR

SISTEMA RESPIRATÓRIO PROF. JAIR SISTEMA RESPIRATÓRIO PROF. JAIR Fisiologia do Sistema Respiratório A respiração pode ser interpretada como um processo de trocas gasosas entre o organismo e o meio, ou como um conjunto de reações químicas

Leia mais

Prof. Claudia Witzel DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

Prof. Claudia Witzel DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DPOC Desenvolvimento progressivo de limitação ao fluxo aéreo ( parte não reversível) É progressiva Associada a uma resposta inflamatória anormal do pulmão, a partículas

Leia mais

FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA NO AVE FT RAFAELA DE ALMEIDA SILVA APAE-BAURU

FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA NO AVE FT RAFAELA DE ALMEIDA SILVA APAE-BAURU FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA NO AVE FT RAFAELA DE ALMEIDA SILVA APAE-BAURU INTERNAÇÃO HOSPITALAR Toda pessoa com quadro suspeito de AVE deve ser levada imediatamente ao serviço de urgência para avaliação

Leia mais

VMNI na Insuficiência Respiratória Hipercápnica

VMNI na Insuficiência Respiratória Hipercápnica VMNI na Insuficiência Respiratória Hipercápnica Ricardo Goulart Rodrigues rgourod@uol.com.br Ventilação não invasiva com pressão positiva Suporte ventilatório sem intubação Ventilação não invasiva com

Leia mais

VNI. Indicações. Introdução

VNI. Indicações. Introdução VNI Introdução O fornecimento de suporte ventilatório por pressão positiva sem tubo endotraqueal foi estudado pela primeira vez na década de 1930 e agora é conhecido como ventilação não invasiva (VNI),

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CONCURSO PÚBLICO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CONCURSO PÚBLICO UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CONCURSO PÚBLICO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALCIDES CARNEIRO DIA - 20/12/2009 CARGO: FISIOTERAPEUTA RESPIRATÓRIO C O N C U R S O P Ú B L I C O - H U A C / 2 0 0 9 Comissão

Leia mais

Doenças Pleurais. Doenças pleurais. Pleuras - Anatomia. Pleuras - Fisiologia. Derrame pleural. Empiema. Pneumotórax. Hemotórax.

Doenças Pleurais. Doenças pleurais. Pleuras - Anatomia. Pleuras - Fisiologia. Derrame pleural. Empiema. Pneumotórax. Hemotórax. Doenças pleurais Doenças Pleurais Derrame pleural Empiema Pneumotórax Hemotórax Prof. Carlos Cezar I. S. Ovalle Quilotórax Pleuras - Anatomia Pleura visceral recobre a superfície externa do pulmões Pleura

Leia mais

D.P.O.C. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

D.P.O.C. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica D.P.O.C. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Prof. João Luiz V Ribeiro Introdução Bronquite Crônica e Enfisema Pulmonar Coexistência Mesma síndrome funcional Hábito do tabagismo como principal fator etiopatogênico

Leia mais

DOENÇAS PULMONARES OCUPACIONAIS

DOENÇAS PULMONARES OCUPACIONAIS DOENÇAS PULMONARES OCUPACIONAIS Objetivos da aula Rever aspectos da prova de função pulmonar (PFP) Identificar principais parâmetros da PFP usados em Pneumologia Ocupacional Fornecer subsídios para a discussão

Leia mais

EXAMES COMPLEMENTARES GASOMETRIA GASOMETRIA ARTERIAL EQUILÍBRIO ÁCIDO - BÁSICO EQUILÍBRIO ÁCIDO - BÁSICO

EXAMES COMPLEMENTARES GASOMETRIA GASOMETRIA ARTERIAL EQUILÍBRIO ÁCIDO - BÁSICO EQUILÍBRIO ÁCIDO - BÁSICO GASOMETRIA ARTERIAL EXAMES COMPLEMENTARES GASOMETRIA A gasometria arterial é um exame invasivo que mede as concentrações de oxigênio, a ventilação e o estado ácido-básico. Prof. Carlos Cezar I. S. Ovalle

Leia mais

ANATOMIA HUMANA. Faculdade Anísio Teixeira Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto

ANATOMIA HUMANA. Faculdade Anísio Teixeira Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto ANATOMIA HUMANA Faculdade Anísio Teixeira Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto Basicamente a respiração é a absorção pelo organismo de oxigênio e a eliminação do gás carbônico resultante do

Leia mais

Fisiopatologia Respiratória na Obesidade Mórbida. Implicações Perioperatorias

Fisiopatologia Respiratória na Obesidade Mórbida. Implicações Perioperatorias Introdução A obesidade constitui um dos problemas de saúde mais importantes das sociedades desenvolvidas Na Espanha os custos econômicos com a obesidade representam 6,9% do gasto sanitário O índice de

Leia mais

Embolia Pulmonar. Profº. Enf.º Diógenes Trevizan Especialização em urgência e Emergência

Embolia Pulmonar. Profº. Enf.º Diógenes Trevizan Especialização em urgência e Emergência Embolia Pulmonar Profº. Enf.º Diógenes Trevizan Especialização em urgência e Emergência Embolia Pulmonar - Conceito Entre os agravos respiratórios que apresentam elevados índices de morbidade destaca-se

Leia mais

Programação. Sistema Respiratório e Exercício. Unidade Funcional. Sistema Respiratório: Fisiologia. Anatomia e Fisiologia do Sistema Respiratório

Programação. Sistema Respiratório e Exercício. Unidade Funcional. Sistema Respiratório: Fisiologia. Anatomia e Fisiologia do Sistema Respiratório Sistema Respiratório e Exercício Programação Anatomia e Fisiologia do Sistema Respiratório Volumes e Capacidades Pulmonares ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA E SAÚDE Asma BIE DPOC Aula Prática (Peak Flow) Profa.

Leia mais

4 o Simpósio de asma, DPOC e tabagismo

4 o Simpósio de asma, DPOC e tabagismo 4 o Simpósio de asma, DPOC e tabagismo Sérgio Leite Rodrigues Universidade de Brasília 1 1 VNI na DPOC Sérgio Leite Rodrigues Universidade de Brasília 2 2 Porque, ainda, falar de VNI na DPOC? 3 88 hospitais,

Leia mais

Fisiologia - Estudo Dirigido - Respiratório

Fisiologia - Estudo Dirigido - Respiratório Fisiologia - Estudo Dirigido - Respiratório - 2016-2 ESTUDO DIRIGIDO - FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA Prof. Mariana Abreu PERGUNTAS 1. Conceitue: Eupnéia, Taquipnéia, Bradipnéia, Hiperpnéia, Hipopnéia, Hiperventilação,

Leia mais

Ventilação Mecânica Invasiva. Profa Ms. Cláudia Lunardi

Ventilação Mecânica Invasiva. Profa Ms. Cláudia Lunardi Ventilação Mecânica Invasiva Profa Ms. Cláudia Lunardi claulunardi@uol.com.br Histórico da Ventilação Mecânica O Dwyer Intubação traqueal em 1887 para tratamento de difteria Histórico da Ventilação Mecânica

Leia mais

Biologia. Identidade dos Seres Vivos. Sistema Respiratório Humano. Prof.ª Daniele Duó

Biologia. Identidade dos Seres Vivos. Sistema Respiratório Humano. Prof.ª Daniele Duó Biologia Identidade dos Seres Vivos Prof.ª Daniele Duó Fisiologia do Sistema Respiratório Pode ser interpretada como um processo de trocas gasosas entre o organismo e o meio, ou conjunto de reações químicas

Leia mais

Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente. Enf.º Roberto Mendes

Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente. Enf.º Roberto Mendes Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente Enf.º Roberto Mendes Monitorizar CIPE Determinar: escrutinar em ocasiões repetidas ou regulares, alguém ou alguma coisa. Cada doente necessita de uma monitorização

Leia mais

Tabela I - Artigos selecionados para o estudo. Autor/Data Objetivo Método Resultados Ungern-Sternberg et al. (2007) [21]

Tabela I - Artigos selecionados para o estudo. Autor/Data Objetivo Método Resultados Ungern-Sternberg et al. (2007) [21] Tabela I - Artigos selecionados para o estudo. Autor/Data Objetivo Método Resultados Ungern-Sternberg et al. (2007) [21] Silva et al. (2008) [22] Felcar et al. (2008) [12] Caracterizar fatores que contribuem

Leia mais

CAPÍTULO 18 EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS. Na maior parte do mundo, o trauma ocupa a primeira causa de morte na infância; daí sua grande importância.

CAPÍTULO 18 EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS. Na maior parte do mundo, o trauma ocupa a primeira causa de morte na infância; daí sua grande importância. CAPÍTULO 18 EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS 1. Introdução Na maior parte do mundo, o trauma ocupa a primeira causa de morte na infância; daí sua grande importância. Consideramos criança traumatizada aquela na

Leia mais

DISFUNÇOES RESPIRATÓRIAS

DISFUNÇOES RESPIRATÓRIAS DISFUNÇOES RESPIRATÓRIAS A DPOC se caracteriza por alterações progressivas da função pulmonar, resultando em obstrução ao fluxo aéreo. É constituída pelo enfisema, bronquite e asma. ENFISEMA É uma doença

Leia mais

Estágio - Santa Cassa de Maceió de julho de Domingo Prova de Fisioterapia Hospitalar

Estágio - Santa Cassa de Maceió de julho de Domingo Prova de Fisioterapia Hospitalar 1- A percussão do tórax do paciente é uma importante ferramenta na clínica fisioterapêutica. A percussão do pulmão normal emite som: a) sibílico b) maciço c) timpânico d) submaciço e) claro pulmonar 2

Leia mais

Objetivos da Respiração. Prover oxigênio aos tecidos Remover o dióxido de carbono

Objetivos da Respiração. Prover oxigênio aos tecidos Remover o dióxido de carbono Anatomia e Fisiologia pulmonar Objetivos da Respiração Prover oxigênio aos tecidos Remover o dióxido de carbono PatologiasRespiratórias Mais Comuns Patologias Respiratórias Mais Comuns Insuficiência Respiratória

Leia mais

A FISIOTERAPIA NOS PALIATIVOS. Jaqueline Spoldari Diniz

A FISIOTERAPIA NOS PALIATIVOS. Jaqueline Spoldari Diniz A FISIOTERAPIA NOS CUIDADOS PALIATIVOS Jaqueline Spoldari Diniz Ciência aplicada que tem por objeto de estudos o movimento humano em todas as suas formas de expressão e potencialidades, tanto nas alterações

Leia mais

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA SISTEMA RESPIRATÓRIO PARTE 1 SISTEMA RESPIRATÓRIO: ESTRUTURA E FUNÇÃO Anatomia do Sistema Respiratório Pressão Pleural e Alveolar Compliância dos Pulmões: FE, TS e Surfa Volumes

Leia mais

Atividade Física, sistema respiratório e saúde

Atividade Física, sistema respiratório e saúde Atividade Física, sistema respiratório e saúde Prof. Dr. Ismael Forte Freitas Júnior ismael@fct.unesp.br Sistema Respiratório Formado por órgãos e tecidos que levam O 2 para a célula e removem CO 2 para

Leia mais

VENTILAÇÃO MECÂNICA POR VOLUME. israel figueiredo junior

VENTILAÇÃO MECÂNICA POR VOLUME. israel figueiredo junior VENTILAÇÃO MECÂNICA POR VOLUME israel figueiredo junior VANTAGENS VC fornecido varia pouco quando a complacência e/ou resistência se alteram Variações no PIP gerada alertam para alterações na mecânica

Leia mais

Princípios da Ventilação Mecânica. Funcionamento. Profa Dra Carolina Fu Depto de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional- FMUSP

Princípios da Ventilação Mecânica. Funcionamento. Profa Dra Carolina Fu Depto de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional- FMUSP Princípios da Ventilação Mecânica Princípios de Funcionamento Profa Dra Carolina Fu Depto de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional- FMUSP OBJETIVOS DA VENTILAÇÃO MECÂNICA Alivio total ou

Leia mais

Imagem da Semana: Radiografia

Imagem da Semana: Radiografia Imagem da Semana: Radiografia Imagem 01. Radiografia de tórax e abdome em AP Recém-nascido (RN), a termo, sexo masculino e parto vaginal. Foi reanimado na sala de parto devido a apneia e frequência cardíaca

Leia mais

Porque terapia de aerosol?

Porque terapia de aerosol? Terapia aerosol Porque terapia de aerosol? Tipo de terapia respiratória utilizada em hospitais, em cuidados intensivos e de longo período. Provê umidificação ao trato respiratório, afim de mobilizar e

Leia mais

Pneumonia Associada à Assistência à saúde. Enfª Viviane Canêdo

Pneumonia Associada à Assistência à saúde. Enfª Viviane Canêdo Pneumonia Associada à Assistência à saúde Enfª Viviane Canêdo Relato de uma esposa: Não consigo entender o que os médicos tentam me explicar! Meu marido internou para fazer uma cirurgia cardíaca e agora

Leia mais

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA Clínica Médica e Cirúrgica I INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA João Adriano de Barros Disciplina de Pneumologia Universidade Federal do Paraná Objetivos da Aula... Importância da IRA devido a sua alta mortalidade

Leia mais

VMNI no pós operatório e em procedimentos

VMNI no pós operatório e em procedimentos VMNI no pós operatório e em procedimentos Ricardo Goulart Rodrigues rgourod@uol.com.br Cenário Atual Cada ano são realizadas aprox. 234 milhões de cirurgias com anestesia geral ou raqui. Complicações pulmonares

Leia mais

Profª Allana dos Reis Corrêa Enfermeira SAMU BH Mestranda em Enfermagem UFMG

Profª Allana dos Reis Corrêa Enfermeira SAMU BH Mestranda em Enfermagem UFMG Gasometria Arterial Profª Allana dos Reis Corrêa Enfermeira SAMU BH Mestranda em Enfermagem UFMG Gasometria arterial Por quê a Gasometria se temos o Oxímetro de pulso e Capnógrafo? Gasometria Arterial

Leia mais

Sistema Respiratório. Profª Karin

Sistema Respiratório. Profª Karin Sistema Respiratório Profª Karin Respiração: Ventilação Pulmonar Troca gasosa: absorção de O2 e eliminação do CO2. Transporte de O2 e CO2. Anatomia: Caixa torácica Sistema Respiratório Trajeto do Ar:

Leia mais

Medidas precoces para prevenção de lesões pulmonares nas primeiras 24 horas

Medidas precoces para prevenção de lesões pulmonares nas primeiras 24 horas Medidas precoces para prevenção de lesões pulmonares nas primeiras 24 horas Walusa Assad Gonçalves-Ferri Professora Doutora da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP. Pesquisadora colaboradora do

Leia mais

Mecânica da Ventilação. MSc. Bruna Gazzi de Lima Seolin

Mecânica da Ventilação. MSc. Bruna Gazzi de Lima Seolin Mecânica da Ventilação MSc. Bruna Gazzi de Lima Seolin Para que respirar? Para que respirar? Fotossíntese CO 2 Energia armazenada nas biomoléculas + O 2 N 2 + H 2 0 Para que respirar? Energia Fotossíntese

Leia mais

BMB 110 INTEGRADO SISTEMA RESPIRATÓRIO - Turma Noturna

BMB 110 INTEGRADO SISTEMA RESPIRATÓRIO - Turma Noturna BMB 110 INTEGRADO 2 2016 SISTEMA RESPIRATÓRIO - Turma Noturna 10/8 Introdução /Ventilação Pulmonar 12/8 Trocas gasosas e Transporte de Gases 17/8 - Controle da Respiração / Seminários (videos) 24/8 PROVA

Leia mais

Reconhecendo os agravos clínicos em urgência e emergência. Prof.º Enfº. Diógenes Trevizan

Reconhecendo os agravos clínicos em urgência e emergência. Prof.º Enfº. Diógenes Trevizan Reconhecendo os agravos clínicos em urgência e emergência Prof.º Enfº. Diógenes Trevizan Cuidando do cliente com agravos respiratórios em urgência e emergência Introdução Em atenção às urgências, a insuficiência

Leia mais

Residência Saúde Fisioterapia DISCURSIVA C COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO ACADÊMICO D A. wwww.cepuerj.uerj.br ATIVIDADE DATA LOCAL 31/10/2011

Residência Saúde Fisioterapia DISCURSIVA C COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO ACADÊMICO D A. wwww.cepuerj.uerj.br ATIVIDADE DATA LOCAL 31/10/2011 HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO C COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO ACADÊMICO D A Fisioterapia DISCURSIVA Residência Saúde 2012 ATIVIDADE DATA LOCAL Divulgação do gabarito - Prova Discursiva 31/10/2011

Leia mais

Objetivo: Estudar os mecanismos fisiológicos responsáveis pelo controle da ventilação pulmonar

Objetivo: Estudar os mecanismos fisiológicos responsáveis pelo controle da ventilação pulmonar Cláudia Herrera Tambeli CONTROLE DA VENTILAÇÃO E TRANSPORTE DE GASES Objetivo: Estudar os mecanismos fisiológicos responsáveis pelo controle da ventilação pulmonar Roteiro: 1. Controle da ventilação 1.1.

Leia mais

PARADA CARDIO- RESPIRATÓRIA EM PEDIATRIA

PARADA CARDIO- RESPIRATÓRIA EM PEDIATRIA PARADA CARDIO- RESPIRATÓRIA EM PEDIATRIA SUPORTE DE VIDA EM PEDIATRIA CAUSAS DE PCR RN: INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA LACTENTE: DOENÇAS RESPIRATÓRIAS, OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS, SUBMERSÃO, SEPSE E DOENÇAS

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Acerca da anatomia do sistema cardiorrespiratório, julgue os itens subsequentes. 41 Os poros de Kohn são aberturas que fazem conexões de alvéolo a alvéolo nas paredes alveolares.

Leia mais

III Congresso de Pesquisa e Extensão da FSG I Salão de Extensão & I Mostra Científica

III Congresso de Pesquisa e Extensão da FSG I Salão de Extensão & I Mostra Científica III Congresso de Pesquisa e Extensão da FSG I Salão de Extensão & I Mostra Científica http://ojs.fsg.br/index.php/pesquisaextensao ISSN 2318-8014 PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS NO PÓS OPERATÓRIO

Leia mais

Prova de Fisioterapia

Prova de Fisioterapia 1- Bradipnéia corresponde a) frequência respiratória < ou igual a 20 movimentos por minuto. b) frequência respiratória > que 20 movimentos por minuto. c) frequência respiratória < 10 movimentos por minuto.

Leia mais

Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata

Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata 1- Na porção respiratória, até qual região é encontrado músculo liso? té os alvéolos b. Até os bronquíolos respiratórios c. Até os bronquíolos terminais d. Até os ductos alveolares 2- Qual é o tipo de

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI DISCIPLINA: FISIOLOGIA HUMANA E FISIOLOGIA DOS SISTEMAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI DISCIPLINA: FISIOLOGIA HUMANA E FISIOLOGIA DOS SISTEMAS UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI DISCIPLINA: FISIOLOGIA HUMANA E FISIOLOGIA DOS SISTEMAS DEPARTAMENTO CIÊNCIAS BÁSICAS/ FCBS PROF.: WAGNER DE FÁTIMA PEREIRA/ CRISTIANE ROCHA F.

Leia mais

ESTOU DE OLHO EM VOCÊS

ESTOU DE OLHO EM VOCÊS ESTOU DE OLHO EM VOCÊS SISTEMA RESPIRATÓRIO - A respiração pulmonar consiste nas trocas gasosas que ocorrem entre o pulmão e ambiente - As funções do sistema respiratório são: prover o oxigênio necessário

Leia mais

PROTOCOLO DE TERAPIA COM PRESSÃO POSITIVA por máscara FISIOTERAPIA CTI

PROTOCOLO DE TERAPIA COM PRESSÃO POSITIVA por máscara FISIOTERAPIA CTI Data 07/2012 1- CONSIDERAÇÕES GERAIS A utilização da pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) tem sido indicada para o tratamento de hipoxemia decorrente de alguns quadros clínicos, como por exemplo,

Leia mais

TÍTULO: COMPORTAMENTO DA OXIGENAÇÃO E HEMODINÂMICA EM RECÉM-NASCIDOS DURANTE A FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA

TÍTULO: COMPORTAMENTO DA OXIGENAÇÃO E HEMODINÂMICA EM RECÉM-NASCIDOS DURANTE A FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA TÍTULO: COMPORTAMENTO DA OXIGENAÇÃO E HEMODINÂMICA EM RECÉM-NASCIDOS DURANTE A FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FISIOTERAPIA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE

Leia mais

DESCRITOR: Síndrome do desconforto respiratório aguda, SDRA, SARA Página: 1/11 Revisão: agosto Emissão: setembro Indexação:

DESCRITOR: Síndrome do desconforto respiratório aguda, SDRA, SARA Página: 1/11 Revisão: agosto Emissão: setembro Indexação: Página: 1/11 1. INTRODUÇÃO A Sindrome de Desconfoto Respiratório é frequente entre os pacientes critícos estando associada a alta morbiletalidade. Estudos recentes tem mostrado que a forma de ventilar

Leia mais

PROTOCOLO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA (VMNI) UNIDADE DE CUIDADOS ESPECIAIS - UCE

PROTOCOLO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA (VMNI) UNIDADE DE CUIDADOS ESPECIAIS - UCE Página: 1/7 1- CONSIDERAÇÕES GERAIS O uso da ventilação mecânica não invasiva com pressão positiva (VMNI) para o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada foi, certamente,

Leia mais

REANIMAÇÃO DO RN 34 SEMANAS EM SALA DE PARTO - Direitos autorais SBP PRÉ E PÓS-TESTE. Local (Hospital e cidade)

REANIMAÇÃO DO RN 34 SEMANAS EM SALA DE PARTO  - Direitos autorais SBP PRÉ E PÓS-TESTE. Local (Hospital e cidade) PRÉ E PÓS-TESTE Data / / PRÉ-TESTE PÓS-TESTE Curso Médico Curso Profissional de Saúde Local (Hospital e cidade) Nome do aluno 01. Quais situações abaixo indicam maior possibilidade de o recém-nascido (RN)

Leia mais

Desobstrução das Vias Aéreas

Desobstrução das Vias Aéreas Módulo 6 Introdução Desobstrução das Vias Aéreas Mapa do Módulo Adultos/Crianças: Obstrução Parcial Adultos/Crianças: Obstrução Total Adultos/Crianças: Situações Especiais Lactentes: Obstrução Parcial

Leia mais

Aula 6: Sistema respiratório

Aula 6: Sistema respiratório Aula 6: Sistema respiratório Sistema respiratório Tem início no nariz e na boca e continua através das vias aéreas até os pulmões, onde ocorre a troca dos gases. Sistema respiratório - Funções Condução

Leia mais

DOENÇAS PULMONARES PULMONARE OBSTRUTIVAS ASMA

DOENÇAS PULMONARES PULMONARE OBSTRUTIVAS ASMA DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS ASMA DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS Extremamente comuns. Caracterizadas por resistência aumentada ao fluxo de ar nas vias aéreas. DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS ASMA ENFISEMA

Leia mais

Função Pulmonar. Função Pulmonar OBJETIVOS. Fisiologia do Esforço Fisiopatologia Treinamento Físico AVALIAÇÃO FUNCIONAL RESPIRATÓRIA

Função Pulmonar. Função Pulmonar OBJETIVOS. Fisiologia do Esforço Fisiopatologia Treinamento Físico AVALIAÇÃO FUNCIONAL RESPIRATÓRIA Função Pulmonar Celso R F Carvalho FM - USP OBJETIVOS Função Pulmonar Fisiologia do Esforço Fisiopatologia Treinamento Físico AVALIAÇÃO FUNCIONAL RESPIRATÓRIA Testes clínicos que visam fornecer dados referentes

Leia mais

ESTADO DE CHOQUE HEMORRAGIA & CHOQUE 002

ESTADO DE CHOQUE HEMORRAGIA & CHOQUE 002 ESTADO DE CHOQUE HEMORRAGIA & CHOQUE 002 ESTADO DE CHOQUE CONCEITO CAUSAS TIPOS DE CHOQUE SINAIS & SINTOMAS GERAIS DO CHOQUE ESTADO DE CHOQUE CONCEITO CONCEITO FALÊNCIA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO INCAPACIDADE

Leia mais

Sistema respiratório. Funções. Anatomia do sistema respiratório. Brônquios, bronquíolos e alvéolos. Promover troca de gases circulantes: Vocalização

Sistema respiratório. Funções. Anatomia do sistema respiratório. Brônquios, bronquíolos e alvéolos. Promover troca de gases circulantes: Vocalização Funções Sistema respiratório Promover troca de gases circulantes: suprir oxigênio e remover o dióxido de carbono Vocalização Anatomia do sistema respiratório Nariz Faringe Laringe Traquéia Brônquios Pulmões

Leia mais