Lyn Heward. Acadêmicos: Wanderson Felipe Scheifer, Luiz Kadlubitski e João Uhry.

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1 Lyn Heward Acadêmicos: Wanderson Felipe Scheifer, Luiz Kadlubitski e João Uhry. Lyn Heward - É produtora executiva de projetos especiais do Cirque du Soleil. Fala cinco línguas e começou a carreira como recrutadora e coordenadora de acrobatas. Depois, tornou-se presidente de conteúdo criativo do grupo. Escreveu o livro A Reinvenção do Espetáculo, onde descreve os processos de criação da companhia. Hoje, Lyn Heward é a executiva por trás do grande alcance das apresentações do Cirque du Soleil, e defende que a criatividade - tanto nas artes quanto nos negócios - pode ser estimulada e aprendida. Nos espetáculos artísticos, criatividade é essencial A criatividade é tão importante nos negócios quanto no entretenimento. As pessoas são criativas por natureza, mas não praticamos isso com frequência. No Cirque, também precisamos cultivar a criatividade em nossos artistas, artesãos e técnicos. Temos de avaliar os candidatos segundo sua capacidade de jogar num time, compartilhar talentos, sua disposição de aprender. Estes recursos aplicam-se não só ao entretenimento, mas a todos os negócios que buscam ter sucesso. Lyn Heward apresenta algumas portas pelas quais qualquer pessoa pode ser mais criativa no dia-a-dia. A Porta 1 é a das expectativas: todos somos fundamentalmente criativos, mas temos de acreditar nisso e praticar a criatividade nas situações cotidianas. A Porta 2 é a dos estímulos: você precisa ver o mundo, experimentar coisas novas e reter o que aprendeu. A porta 3 é a da caça ao tesouro : ao observar e contratar as pessoas com as quais escolhe trabalhar, você precisa ver além dos atributos óbvios e procurar talentos ocultos. Ela leva à porta 4, do ambiente: o estímulo ao trabalho em equipe, à aceitação de riscos cria um clima favorável à produtividade, à criatividade e ao crescimento pessoal. A Porta 5 é a dos desafios. Economia, diferenças culturais e expectativas do consumidor são em geral interpretados como obstáculos à criatividade quando, na verdade, são potenciais fontes de inspiração. A Porta 6 é a aceitação de riscos: deve-se ampliar os limites do possível. E finalmente a Porta 7, de manutenção. Para manter o frescor de um produto e a equipe motivada, o líder criativo tem um papel importante. Precisa receber e processar as impressões e ideias dos empregados, ouvir e interpretar as reações do consumidor, manter pesquisas em andamento e compartilhar o sucesso e o senso de aventura com a equipe.

2 Talento individual Quando o diretor pergunta para uma pessoa quem é você? ele esta tentando descobrir o talento individual da pessoa. Pois as vezes o talento não é revelado nos seis primeiros meses. Pode-se levar dois ou três anos para se encontrar o talento individual. Alguns revelam o talento de cara, e é incorporado nos shows. Caso o individuo não conseguir se adequar em um espetáculo, esse é designado para outro show em que ele se identifique, até achar o espetáculo adequado para o individuo. Aprendendo com os erros O Cique du Soleil não utiliza a palavra fracasso, mas sim erro. Fracasso tem a ideia de finitude. E erro significa algo que pode ser corrigido, você pode trabalhar em cima daquilo. Cada espetáculo tinha um erro quando estreou, mas com persistência, paixão e determinação conseguiram corrigir os erros ou substituí-los por outras coisas. Qualquer um que se arrisque tem chance de cometer um erro. E todos que se arriscam não estão necessariamente fadados ao Ufracasso. Sabendo aplicar corretamente esse erro pode-se transformar em sucesso. Case Cirque du Soleil Cirque du Soleil é uma companhia com sede no Québec reconhecida em todo o mundo pelo entretenimento artístico de alta qualidade. Desde a sua fundação em 1984, Cirque du Soleil procurou sempre evocar a imaginação, invocar os sentidos e provocar emoções em pessoas de todo o mundo. Em 1984, 73 pessoas trabalhavam para o Cirque du Soleil. Atualmente, a empresa tem 5000 funcionários em todo o mundo, incluindo mais de 1300 artistas. Só na sede internacional de Montréal trabalham cerca de 2000 funcionários. Existem mais de 100 tipos de cargos no Cirque. Os artistas da companhia representam cerca de 50 nacionalidades e falam 25 idiomas diferentes. Mais de 100 milhões de espectadores assistiram a um espectáculo do Cirque du Soleil desde Cerca de 15 milhões de pessoas assistirão a um espectáculo do Cirque du Soleil em Cirque du Soleil não recebe quaisquer patrocínios do sector público ou privado desde Não importa para onde você olhe, o Cirque du Soleil é um grande sucesso. Em pouco mais de 20 anos ( a Companhia foi criada em 1984), conquistou uma posição única na indústria do entretenimento, visitou cidades em todo o mundo e recebeu críticas espetaculares. O Cirque também está muito bem financeiramente: seus ganhos estão estimados em US$ 1 bilhão, as vendas anuais de ingressos ultrapassaram US$ 450 milhões. Os valores e as profundas convicções do Cirque du Soleil baseiam-se na audácia, na criatividade e na imaginação de nossa gente: a mola mestra de nosso sucesso. Para o Cirque du Soleil a criatividade é o cerne de todos os seus esforços para explorar uma infinidade de possibilidades. Por este motivo, o desafio criativo é de enorme importância para cada novo projeto, seja ele um espetáculo ou qualquer outra atividade inovadora. O sonho do Cirque du Soleil também é parte integrante de sua filosofia: levar a aventura

3 ainda mais longe, além dos sonhos e, acima de tudo, acreditar que nossa equipe é o motor de nossa empresa. O Cirque du Soleil oferece aos seus artistas e criadores a liberdade necessária para imaginar e realizar os sonhos mais incríveis. A Sede internacional localizada em Montreal representa um laboratório multiétnico de criatividade, onde as melhores mentes criativas, artesãos, especialistas em diversas áreas e artistas entre os melhores do mundo podem colaborar em projetos de criação. Ao assumir a função de catalisador e unificador, o Cirque du Soleil é capaz de se reinventar a cada novo capítulo de sua história. Cada figurino e acessório feito sob medida para cada artista dos espetáculos do Cirque du Soleil é criado nos ateliês da Sede Internacional em Montreal. Todos os tipos de especialistas em suas áreas (sapatos, tecidos, chapéus, confecção de figurino, fabricação de rendas, marcenaria, etc.) trabalham de maneira meticulosa para desenvolver e produzir estes elementos de um espetáculos. Inaugurada no começo de 2001, a seção de Ateliês da Sede Internacional abriga escritórios e ateliês de produção, inclusive um enorme ateliê de fantasias, assim como de sapatos, chapéus, acessórios, design de figurino e provadores. Os diversos ateliês do Cirque du Soleil contam com mais de 400 artesãos que deram vida a mais de elementos para os 20 espetáculos do Cirque du Soleil apresentados em A equipe responsável pelo design do figurino usa, anualmente, cerca de 130 quilômetros de tecidos variados, sendo que 80% desses materiais são tratados e tingidos no local por nossa equipe de design têxtil. A equipe de criação do Estúdio faz muito mais que promover o treinamento de artistas do Cirque du Soleil. O Estudio também é o centro de desenvolvimento de novos equipamentos e técnicas acrobáticas para todos os projetos da empresa, um local de pesquisa permanente, conduzida por uma equipe experiente de treinadores e montadores. Quando necessário, o Estúdio contrata engenheiros e especialistas nas áreas de tecnologia avançada para auxiliar na pesquisa e no desenvolvimento. Cirque du Soleil ensina 'gestão com malabarismos' a empresários Em palestras, circo é usado como exemplo de administração. Competição interna, diz executiva Lyn Heward, é chave para a inovação. Grandes somas de dinheiro em jogo, uma equipe de profissionais renomados e em constante competição. As características de uma multinacional se aplicam também à trupe responsável por encher os olhos do público de todo o mundo com o Cirque du Soleil. Três mil artistas, todos profissionais renomados e 'top de linha' no que fazem, competem pela atenção do público usando a arma número um de toda a companhia líder de mercado: a inovação. Por isso, usando metáforas do mundo do espetáculo, a executiva do Cirque du Soleil, Lyn Heward, viaja o mundo dando palestras a empresários e mostrando que, para conquistar o sucesso nos negócios, é necessário ter a capacidade de fazer malabarismos. À frente da gestão do Cirque du Soleil, a executiva lida com grandes somas de dinheiro - só o patrocínio do governo

4 brasileiro para o último show da trupe foi superior a R$ 9 milhões - e milhares de funcionários (a "família" do Cirque, segundo Lyn, tem 3 mil pessoas). Criatividade 'militar' Lyn Heward: a executiva do Cirque du Soleil que dá palestras a executivos do mundo todo. Embora a criatividade seja a locomotiva do Cirque du Soleil, cada espetáculo exige que toda a equipe siga uma rotina bastante rígida, quase militar. Nós temos que entregar um show no lugar certo e na hora certa. E há um forte senso de disciplina no Cirque du Soleil, diz Lyn, que participou nesta terça-feira (24) do Fórum Mundial da Inovação, promovido pela HSM, em São Paulo. A executiva chegou ao Cirque em 1992, após trabalhar com a equipe de ginástica do Canadá até as Olimpíadas daquele ano. Em pouco tempo, deixou a função de recrutadora de talentos e se tornou presidente da área de conteúdo criativo da empresa. Hoje, ela viaja por vários países fazendo palestras para dirigentes de empresas e explicando o sucesso do circo mais rentável do mundo. As palestras são baseadas no seu livro, "Cirque du Soleil: A Reinvenção do Espetáculo" (Editora Campus). União e competitividade Mesmo entre artistas, o recrutamento de pessoal exige um olho vivo para o perfil de cada profissional. Ela explica que, entre os membros do Cirque du Soleil que participam dos seis espetáculos fixos, em cidades como Las Vegas e Nova York, é mais fácil estabelecer uma rotina, com parentes sempre por perto e crianças indo para a escola. Já as equipes que trabalham nos espetáculos itinerantes costumam ser formadas por pessoas mais jovens, que querem viajar e descobrir o mundo. Segundo ela, mesmo nesses casos, o importante é pensar que sempre se está em um mesmo grande grupo. Só que a sua família é mais ampla. Não são apenas quatro pessoas, diz. Mesmo se definindo como uma "família", o Cirque du Soleil é acima de tudo uma empresa, onde cada pessoa busca seu espaço. Para Lyn, a competição entre os artistas é saudável e contribui para melhorar a performance de cada espetáculo. Além disso, a expectativa para ver quem será o primeiro a superar uma determinada barreira faz com que o circo possa ir cada vez mais longe nos seus desafios. Prioridade para o show Embora a executiva insista que o Cirque du Soleil "é uma empresa como qualquer outra", Lyn afirma que, entre o dinheiro e o espetáculo, o circo tem conseguido optar pelo último. Cada show é criado em pequenas células, divididas entre criação, parte técnica e artística. Essas células recebem apoio de uma pessoa do segmento administrativo da empresa. Mas a meta do Cirque é a arte, e não o marketing e as finanças - essas áreas participam, mas não influenciam, o resultado final do espetáculo. A meta deve ser o show e não o orçamento.

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