Artéria Elástica (aorta)
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- Leonardo Silva Belém
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1 CORAÇÃO Devido á existência de grande número de fibras musculares cardíacas, anastomosadas, estriações longitudinais e núcleo central pode concluir-se tratar-se de uma preparação de coração. É um órgão oco, contráctil, reservatório central do aparelho circulatório e cujas paredes apresentam a mesma estrutura fundamental dos vasos. O coração é essencialmente constituído por 3 túnicas: o epicárdio, o miocárdio e o endocárdio. O epicárdio é a camada mais externa e representa o folheto visceral do pericárdio. É constituído por um estrato de células mesoteliais que repousa sobre uma camada delgada de tecido conjuntivo com fibras elásticas. Por meio de uma camada subepicárdica, constituída por tecido conjuntivo laxo e que contém vasos, nervos e adipócitos, conecta-se com o miocárdio em toda a sua extensão. O miocárdio é homólogo da túnica média e é a camada que apresenta um maior desenvolvimento. É constituído por fibras musculares cardíacas (são fibras musculares estriadas que se ramificam e anastomosam, formando um retículo sincicial; possuem núcleos centrais e apresentam umas formações especiais próprias os traços escaleriformes de Eberth -, as miofibrilhas dispõem-se longitudinalmente) que tomam várias direcções e se reúnem por meio de escasso tecido conjutivo. Os anéis fibrosos auriculoventriculares, o septo membranoso e o trígono fibroso representam, em conjunto o esqueleto cardíaco que serve de inserção às fibras musculares e às válvulas do coração. Na sua constituição entra tecido conjuntivo denso rico em fibras colagénias, com algumas fibras elásticas, fibroblastos e adipócitos. O endocárdio é a continuação directa da camada interna as artérias e das veias. A sua espessura é muito variável, segundo as regiões que reveste(mais volumosa nos ventrículos) e pode ser dividida em três camadas: - o endotélio: composto por uma camada única de células epiteliais achatadas, poliédricas, que se continua com o endotélio dos vasos; - uma camada de tecido conjuntivo laxo (a camada subendotelial) constituída por fibras colagénias e elásticas e fibroblastos; - uma camada mais profunda, constituída por tecido conjuntivo denso, que, por vezes, apresenta elementos elásticos e fibras musculares lisas. Sob o endotélio encontra-se uma camada subendocárdica, constituída por tecido conjuntivo laxo que une ao miocárdio. Contém vasos sanguíneos e nervos e os ramos de condução do sistema auriculoventricular ou aparelho cardionector.
2 As Fibras de Purkinge são fibras musculares cardíacas modificadas que medeiam a contracção coordenada do miocárdio durante cada bombeamento. Possui células maiores do que o miocárdio, binucleadas e com citoplasma extenso (algumas miofibrilhas dispostas irregularmente imediatamente abaixo da membrana plasmática da célula). São conectadas por desmossomas e gap junctions em vez de discos intercalares como no resto do miocárdio. A válvula do coração possui folhetos de colagénio e é revestida por uma camada fina de endotélio continuo com o dos grandes vasos que entram e saem do coração.
3 Artéria Elástica (aorta) Apresenta uma estrutura tubular cuja parede é constituída por 3 túnicas: - túnica íntima: camada interna composta por uma camada única de células epiteliais achatadas (endotélio); grande desenvolvimento da camada subendotelial colagénea, rica em fibras elásticas e dispostas de forma descontínua; - túnica média: camada particularmente espessa composta por lamelas elásticas concêntricas (coradas de preto), separadas por tecido colagéneo (corado de vermelho) e com poucas fibras musculares (coradas de amarelo) - caso o corante utilizado seja v. Gienson - túnica adventícia: camada conjuntiva pouco desenvolvida (contem pequenos vasa vasorum) Artéria Muscular (femoral) Apresenta uma estrutura tubular cuja parede é constituída por 3 túnicas: - túnica íntima: camada interna composta por uma única camada de células epiteliais achatadas (endotélio) apoiada numa camada subendotelial de tecido conjuntivo laxo, limitada externamente por uma lâmina limitante elástica interna (nãocora com H&E); - túnica média: camada espessa de músculo liso disposto circularmente, com poucas fibras elásticas; - túnica adventícia: composta de fibras de colagéneo e fibras elásticas, que constituem a lâmina limitante elástica externa (mais fina e menos definida, também não corada) Arteríolas São os ramos terminais que antecedem os capilares e apresentam uma estrutura tubular cuja parede é constituída por 3 túnicas: - túnica íntima: fina camada de células endoteliais com núcleos achatados, o tecido subendotelial muito delagado, ou pode não existir. Fina lâmina limitante elástica interna - túnica média: no máximo 6 camadas de células musculares lisas
4 - túnica adventícia: tão fina como a túnica média, funde-se com o tecido conjuntivo subjacente e não existe lâmina limitante elástica externa. Veias Asseguram o retorno do sangue, a baixa pressão, das redes capilares ao coração. São constituídas, tal como as artérias. Por três túnicas: - túnica íntima: revestimento interno constituído por uma única camada de células epiteliais achatadas endotélio sustentado por uma membrana basal e por uma fina camada conjuntiva de fibras de colagénio; - túnica média: camada muscular intermediária formada por um arranjo concêntrico de camadas de tecido muscular liso - túnica adventícia:camada externa formada por tecido conjuntivo com fibras de colagénio dispostas longitudinalmente e poucas fibras elásticas.
5 Conjunto Vásculo-Nervoso Os vasos que suprem e drenam uma determinada área tendem a seguir juntos, frequentemente acompanhados por um nervo periférico, revestido por uma condensação do tecido colagénio adjacente. A veia é constituída por três camadas, lúmen maior que a artéria do mesmo calibre: camada íntima fina (com pregas se a veia não estiver distendida pelo sangue), camada média menos espessa, em comparação com a das artérias, camada adventícia é a mais desenvolvida (composta por espessas fibras de colagénio dispostas longitudinalmente). Relativamente aos nervos: a maioria dos núcleos observados corresponde às células de Schawnn, que marcam o trajecto dos axónios, que não são facilmente visíveis nestas preparações; as fibras seguem o trajecto longitudinal em ziguezague, que permite o estiramento durante o movimento. Em maior ampliação os núcleos das células de Schawnn são paralelos ao maior eixo do nervo, mais afilados, nas pontas que os núcleos musculares.
6 Vasos Nesta lâmina observa-se uma preparação de vasos, na qual se podem identificar diferentes estruturas como arteríolas, vénulas, veias pequenas, tecido adiposo e por vezes um nervo periférico. Nos vasos sanguíneos observam-se as três camadas comuns, sendo que a camada média é menos espessa nas vénulas do que nas arteríolas e a adventícia é maior nas vénulas. O lúmen da vénula é maior e mais irregular do que o da arteríola. As vénulas são estruturas tubulares, cuja parede é constituída por três túnicas: íntima, média e adventícia. A túnica íntima é a camada mais interna e é constituída por uma camada única de células epiteliais achatadas (endotélio), suportada por uma delgada camada subendotelial de tecido conjuntivo laxo. A túnica média é formada por uma ou poucas mais camadas de fibras musculares lisas, ou no caso de vénulas mais pequenas, por.... A túnica adventícia é a camada mais larga da parede do vaso e é composta por fibras de colagénio dispostas longitudinalmente, que se fundem com o tecido conjuntivo circundante. As veias pequenas são a continuação das vénulas, com estrutura semelhante da parede, mas com células musculares e camadas colagénias externas mais definidas. As arteríolas são também estruturas tubulares, cuja parede é constituída por três túnicas: íntima, média e adventícia. A túnica íntima é a camada mais interna e é constituída por uma única camada de células epiteliais achatadas (endotélio) suportadas por uma única camada subendotelial, ou seja, uma membrana basal nas arteríolas menores, ou uma lâmina limitante elástica internas nas arteríolas maiores. A túnica média é composta por seis camadas de fibras musculares lisas e concêntricas. A túnica adventícia continua-se com o tecido conjuntivo circundante e não tem lâmina limitante elástica externa. O nervo possui núcleos que correspondem às células de Schawnn que marcam o trajecto dos axónios.
7 Pulmão Este corte histológico demonstra que o órgão a que pertence possui um parênquima que se dispõe como um fino rendilhado; de vez em quando apresenta formações tubulosas de variado tamanho seccional, as quais, as mais volumosas, apresentam, na espessura da sua parede, placas de tecido cartilaginoso. Observando com atenção o parênquima do órgão, vemos que o aspecto rendilhado que apresenta se deve à presença de espaços poligonais de tamanho variado que se agrupam em formas diversas e separados uns dos outros por paredes muito delgadas que constituem septos medianos comuns às cavidades vizinhas. Estes espaços poliédricos irregulares correspondem aos alvéolos pulmonares; os espaços mais amplos correspondem ao corte de um canal alveolar. Examinando os canais alveolares vemos que alguns terminam não num alvéolo, mas num conjunto de alvéolos reunidos numa espécie de saco, o saco alveolar, que corresponde a uma ramificação breve, lateral ou terminal desse canal. A parede alveolar é constituída por três componentes teciduais: o epitélio superficial, o tecido de sustentação e os vasos sanguíneos. O epitélio fornece um revestimento contínuo a cada alvéolo e é constituído por células de 2 tipos. A > parte da área da superfície alveolar é constituída por grandes céls pavimentosas chamadas de pneumócitos do tipo I (cujos núcleos são raramente vistos, uma vez que o citoplasma destas células cobre uma área muito extensa). Um segundo tipo de cél epitelial, conhecido como pneumócito tipo II, representa uma > parte do revestimento epitelial, mas como as céls são de forma arredondada, ocupam uma proporção mto menor da superficie alveolar. Estas céls têm grandes núcleos arredondados com um nucléolo proeminente e citoplasma vacuolizado. O tecido de sustentação forma uma camada delgada abaixo do epitélio e circunda os vasos sanguíneos da parede alveolar. Esta camada é constituída por finas fibras reticulares, colagénias e elásticas e fibroblastos ocasionais. A elastina e o colagénio septal da parede alveolar são contínuos com os dos alvéolos adjacentes, formando um esqueleto de sustentação fibroelástico para um parênquima como um todo. Os vasos sanguíneos, sobretudo os capilares, formam um extenso plexo em torno de cada alvéolo. Na maior parte da parede alveolar, a membrana basal que sustenta o endotélio capilar está directamente aplicada à membrana basal do epitélio superficial. Nesses locais, as membranas basais fundem-se e a camada de tecido de sustentação está ausente, o que proporciona uma interface de espessura mínima entre o ar alveolar e o sangue.
8 O parênquima apresenta, como acima referido, algumas formações tubulosas de variado tamanho seccional: brônquios, bronquíolos terminais, bronquíolos respiratórios e canais alveolares. À observação detalhada de uma destas formações vemos que apresenta 3 túnicas: interna, média e externa ou adventícia. A interna ou mucosa encontra-se provida de um epitélio simples cilíndrico ciliado com células caliciformes e com vários extractos nucleares distribuídos irregularmente na sua porção basal (pseudoestratificado); a lâmina própria apresenta-se rica em fibras elásticas e mastócitos, havendo ainda a salientar uma camada de fibras musculares lisas (muscularis) e ainda glândulas serosas, mucosas e seromucosas. Mais externamente, na túnica média, encontram-se as placas de cartilagem reunidas entre si por tecido conjuntivo que também se estende à sua volta constituindo a camada externa. Próximo desses canais e qualquer que seja o seu diâmetro, encontramos sempre, envolvido por tecido conjuntivo que os rodeia, um corte de um vaso que corresponde a um ramo da artéria pulmonar, que acompanha o trajecto destas estruturas tubulosas e se ramifica com elas. Por tudo isto se considera que esta estrutura se trata de brônquio. Os bronquíolos são segmentos sem cartilagem, sem glândulas, tendo alguns epitélio simples cilíndrico ciliado (porção inicial) e outras epitélio simples cúbico. Os primeiros têm + céls caliciformes que os segundos. A lâmina própria é delgada e constituída principalmente por fibras elásticas. À mucosa segue-se uma camada muscular lisa cujas céls se entrelaçam com as fibras elásticas (músculo em espiral). Os bronquíolos terminais são idênticos aos bronquíolos, mas com epitélio simples cúbico e uma parede descontínua, o que corresponde ao início dos bronquíolos respiratórios. Não possuem céls caliciformes, têm poucos cílios e são formados maioritariamente por céls de pequenas dimensões. Os bronquíolos respiratórios são idênticos aos bronquíolos terminais, sendo as suas paredes descontínuas, devido à existência dos alvéolos. Os canais alveolares são longos, formados por ramificações dos bronquíolos respiratórios, revestidos por epitélio simples pavimentoso e são os últimos a apresentar músculo liso. Observando com atenção o parênquima do órgão, vemos que o aspecto rendilhado que apresenta se deve à presença de espaços poligonais de tamanho variado que se agrupam em formas diversas e separados uns dos outros por paredes muito delgadas que constituem septos medianos comuns às cavidades vizinhas. Estes espaços poliédricos irregulares correspondem aos alvéolos pulmonares; os espaços mais amplos correspondem ao corte de um canal alveolar. Examinando os canais alveolares vemos que alguns terminam não num alvéolo, mas num conjunto
9 de alvéolos reunidos numa espécie de saco, o saco alveolar, que corresponde a uma ramificação breve, lateral ou terminal desse canal. Pelo aspecto rendilhado do parênquima e a presença no mesmo de canais aeríferos permitem classificar este órgão como pulmão. De vez em quando observam-se infiltrações linfáticas que se podem apresentar dispersas ou constituindo acúmulos ou folículos linfáticos.
10 Hilo do Pulmão Nesta lâmina observa-se uma preparação de pulmão que é um órgão com um parênquima que se dispõe como um fino rendilhado ou que tem uma estrutura esponjosa. Como se observam brônquios primários, artérias (pulmonares e brônquicas), vasos linfáticos e veias, pode concluir-se que se trata do hilo do pulmão. O aspecto esponjoso ou rendilhado do parênquima do órgão deve-se à presença de espaços poligonais, de tamanho variado e que se agrupam em formas diversas, os alvéolos pulmonares, estando separados uns dos outros por paredes muito delgadas, os septos alveolares. Cada alvéolo é constituído por uma bolsa, aberta de um lado e revestida por células epiteliais achatadas. Em torno de cada alvéolo há uma rica rede de capilares pulmonares supridos por vasos pulmonares que seguem o trajecto geral das vias aéreas. A parede alveolar é constituída por 3 componentes teciduais: o epitélio superficial, o tecido de sustentação e os vasos sanguíneos. O epitélio fornece um revestimento contínuo a cada alvéolo e é constituído por células de dois tipos. A maior parte da área da superfície alveolar é coberta por grandes células pavimentosas chamadas de pneumócitos do tipo I, cujos núcleos são raramente vistos, uma vez que o citoplasma destas células cobre uma área muito extensa. Um segundo tipo de célula epitelial, conhecido como pneumócito do tipo II, representa uma maior parte de revestimento epitelial, mas como as células são de forma arredondada ocupam uma proporção muito menor da superfície alveolar. Estas células têm grandes núcleos arredondados com um nucléolo proeminente e citoplasma vacuolizado. O tecido de sustentação forma uma camada delgada abaixo do epitélio e circunda os vasos sanguíneos da parede alveolar. Esta camada é constituída por fibras reticulares, colagénias e elásticas e fibroblastos ocasionais. A elastina e o colagénio septal da parede alveolar são contínuos com os das alvéolos adjacentes, formando um esqueleto de sustentação fibroelástico para um parênquima pulmonar como um todo. Os vasos sanguíneos, sobretudo os capilares, formam um extenso plexo em torno de cada alvéolo. Na maior parte da parede alveolar a membrana basal que sustenta o endotélio capilar está directamente aplicada à membrana basal do epitélio superficial. Nesses locais as membranas basais fundem-se e a camada do tecido de sustentação está ausente, o que proporciona uma interface de espessura mínima entre o ar alveolar e o sangue. Os brônquios ao nível do hilo do pulmão são revestidos por epitélio pseudoestratificado ciliado a que se segue a lâmina própria que é rica em fibras elásticas, constituindo esta porção a mucosa. Segue-se à mucosa uma camada muscular lisa, formada por feixes dispostos em espiral que
11 circundam completamente o brônquio. Externamente a esta camada muscular existem glândulas do tipo mucoso ou misto cujos ductos se abrem no lúmen. As peças cartilaginosas são envolvidas por tecido conjuntivo rico em fibras elásticas. Esta camada conjuntiva denomina-se adventícia e continua-se com as fibras conjuntivas do tecido pulmonar vizinho tanto na adventícia, como na mucosa são frequentes acumulações de linfócitos. A artéria pulmonar é do tipo elástico e a sua parede é constituída por uma única camada de células epiteliais achatadas (endotélio). Verifica-se um grande desenvolvimento da camada subendotelial colagénia, rica em fibras elásticas justapostas de forma descontínua. De seguida encontra-se uma túnica média que se trata de uma camada particularmente espessa, composta por lamelas elásticas concêntricas, separadas por tecido colagénio e com poucas fibras musculares. Por fim, existe uma túnica adventícia, que se trata de uma faixa de tecido conjuntivo pouco desenvolvido e contém pequenos vaso vasorum. Esta é uma estrutura tubulosa e observam-se ainda outras artérias elásticas mais pequenas, as artérias brônquicas. Encontram-se ainda os ramos das artérias anteriores que são artérias mais pequenas, musculares constituídas por uma túnica íntima, constituída por uma única camada de células epiteliais achatadas (endoteliais), apoiadas numa camada subendotelial de tecido conjuntivo laxo, limitado externamente por uma lâmina elástica interna que a separa da túnica média. Esta consiste numa camada espessa de músculo liso disposto circularmente, com poucas fibras elásticas. Existe ainda a túnica adventícia composta por fibras de colagénio e fibras elásticas, que constituem a lâmina elástica externa. A adventícia tem vaso vasorum. Existem outras estruturas tubulosas com lúmen maior e parede menos espessa que são as veias pulmonares.
12 PLEURA VISCERAL Nesta lâmina observa-se um corte histológico no qual se identificam 5 camadas pouco definidas: 1.uma camada externa de céls mesoteliais pavimentosas; 2.uma zona estreita de tecido fibrocartilaginoso laxo sem membrana basal identificável entre esta camada e o mesotélio; 3.uma camada elástica externa irregular; 4.uma camada intersticial de estroma fibrocolagenoso laxo contendo vasos linfáticos, sanguíneos e nervos, além de algumas fibras musculares lisas; 5.uma camada elástica interna mal definida contendo fibras elásticas curtas, algumas das quais se continuam com as dos septos interalveolares dos grupos alveolares mais periféricos. Estas camadas variam acentuadamente de local para local. Por tudo isto se pode concluir que se trata de um corte de pleura visceral. PLEURA PARIETAL Nesta lâmina observa-se um corte histológico de estrutura idêntica à pleura visceral, porém + simples e geralmente com apenas uma camada de fibras elásticas. Esta repousa sobre uma camada de tecido adiposo sob a qual há uma camada de tecido fibrocolagenoso denso. Este tecido fibrocolagenoso é contínuo com o periósteo das costelas e o perimísio dos músculos intercostais. Por tudo isto se pode concluir tratar-se de uma lâmina de pleura parietal.
13 TRAQUEIA Nesta lâmina observa-se um corte transversal de um órgão tubuloso, cuja parede, percorrida do lúmen para a periferia apresenta 3 camadas. Na camada média observa-se uma peça cartilaginosa, constituída por uma substância fundamental hialina, contendo no seu seio numerosas cavidades ovóides ocupadas por céls, os condroblastos. A peça cartilaginosa não apresenta um círculo completo, apresentando-se como um segmento de anel, de cujo extremo livre partem fibras musculares, que se estendem transversalmente de um ao outro extremo. Internamente a esta camada, encontra-se uma túnica mucosa, a túnica interna (túnica respiratória ou mucos respiratória), que se subdivide nas seguintes camadas: 1.epitélio de revestimento-formado por céls altas, que se depreende pela franja citoplasmática supranuclear. Uma observação mais atenta leva-nos a visualizar, no ápice celular, cílios, assim como espaços descorados que correspondem a céls caliciformes. O epitélio apresenta núcleos dispostos em várias alturas, mas uma observação + atenta permite-nos ver que a porção basal das céls assenta na membrana basal, pelo que podemos classificar este epitélio como epitélio pseudoestratificado ciliado com céls caliciformes ou do tipo respiratório. 2.lâmina própria-camada de tecido conjuntivo laxo, com fibroblastos, dos quais se distinguem os núcleos, com riqueza de fibras elásticas (nota-se uma rede de fibras elásticas, + escura, entre a lâmina própria e a submucosa) e colagéneas e alguns vasos. 3.camada submucosa-constituída por gls. acinosas serosas (intensamente coradas) e mucosas (pouco coradas); as primeiras apresentam os seus ácinos formados por céls piramidais, basófilas, com núcleos esféricos situados na base destas, que delimitam um lúmen pequeno ou até virtual; as segundas apresentam ácinos constituídos por céls com núcleo achatado e basal, dispostas circularmente de modo a delimitares um lúmen central pequeno (sempre existente); tb existem ácinos mistos. Ainda nesta camada podem observar-se formações constituídas por um aglomerado de núcleos pequenos, corados mto intensamente e com pouco citoplasma nódulos linfáticos. Esta submucosa funde-se com o pericôndrio dos anéis de cartilagem hialina subjacentes ou com o tecido fibroelástico denso entre os anéis de cartilagem. Por fora do anel cartilaginoso observa-se uma camada de tecido conjuntivo laxo, sem limites precisos e na qual abundam céls adiposas, vasos e nervos: é a túnica externa ou adventícia do órgão. Por tudo isto se pode concluir tratar de uma preparação de traqueia.
14 LÁBIO Nesta lâmina observa-se uma estrutura em corte longitudinal, sendo constituída por um eixo central, uma face interna e uma face externa. A superfície externa é coberta por uma pele pilosa que apresenta um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado e nela distinguem-se folículos pilosos e gls sebáceas e sudoríparas. Os folículos pilosos são invaginações cilíndricas do epitélio superficial revestidas por tecido rico em colagénio e são estruturas tubulares que consistem em camadas concêntricas de céls epiteliais com uma expansão bulbar na base. As gls sebáceas têm a forma acinar ramificada e são uma massa de céls arredondadas preenchidas com vacúolos lipídicos que são removidos durante a preparação da lâmina e daí que o citoplasma fique pouco corado. O eixo da preparação é constituído por tecido muscular estriado esquelético em corte transversal, com céls poligonais com 1 ou 2 núcleos na periferia, e corresponde ao músculo orbicular dos lábios, responsável pela abertura e encerramento do orifício oral. A mucosa oral que reveste a superfície interna tem um epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado espesso, com um sistema papilar pouco desenvolvido, uma lâmina própria constituída por tecido colagenoso denso, e uma submucosa subjacente que contém numerosas gls salivares acessórias do tipo seroso, mucoso e mistas. Por vezes as gls sebáceas abrem-se na mucosa Pontes de Fordyce em vez de o fazerem nos folículos pilosos (sendo que estes são + comuns junto às comissuras). A transição entre a superfície externa e a mucosa oral é constituída pelo Vermilion (banda) que tem uma cor muito avermelhada devido à sua rica vascularização da derme, que tem uma fina camada de queratina. Esta zona é mto sensitiva devido à sua abundante enervação. É uma zona sem gls sebáceas, mas com evaginações do epitélio papilas), que requer molhagem de saliva para não romper. Por tudo isto se pode concluir tratar-se de um corte longitudinal de lábio.
15 LÍNGUA Nesta lâmina observa-se um corte longitudinal de um órgão constituído por uma porção central, uma face dorsal e uma face ventral. A superfície é revestida por um epitélio estratificado pavimentoso ligeiramente queratinizado e nela identificam-se elevações provenientes da lâmina própria que correspondem a papilas. Podem identificar-se papilas filiformes, que são as mais numerosas, altas, finas, com tecido de suporte denso e superfície de projecção muito queratinizada. Apesar de (não) se observarem, existem papilas circunvaladas ou calciformes, que são as maiores, menos comuns, globulosas e circundadas por uma fenda na qual se abrem gls serosas chamadas gls Von Ebner s. Estas secretam um fluído que dissolve os constituintes da comida. O epitélio estratificado que recobre a parede da papila na fenda contém numerosas papilas gustativas. Finalmente, as papilas fungiformes que são globulares, pequenas, vermelhas, com um epitélio fino, não queratinizado e um tecido de suporte muito vascularizado. A lâmina própria apresenta numerosas gls salivares acessórias dispersas que podem ser mucosas, aparecendo pouco coradas, ou serosas, corando fortemente. Estas gls atingem tb a camada muscular. A lâmina própria colagénia densa é contínua com o epimísio dos músculos. A musculatura compreende um padrão complexo de fibras musculares esqueléticas, correndo em faixas longitudinais, verticais, transversais e oblíquas, com uma quantidade variável de tecido adiposo entre elas. Por tudo isto se pode afirmar tratar-se de uma preparação de língua. Esta possui um sulco em forma de V, o V lingual, que separa os dois terços anteriores do terço posterior e que nesta lâmina não é observado. Estas 2 porções têm características diferentes. Nesta lâmina, por não se observar tecido linfóide por baixo das papilas, pode afirmar-se que o corte pertence a uma porção anterior ao V lingual.
16 ESÓFAGO SUPERIOR Nesta lâmina observa-se um corte transversal de um órgão tubular, de paredes grossas, com contorno circular e lúmen estrelado. A parede é constituída por 4 camadas, que são, do lúmen para a periferia: mucosa, submucosa, muscular e adventícia. A mucosa é composta por um epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado (zona basal- céls cúbicas, núcleo arroxeado, citoplasma sem glicogénio; zona apical- céls maiores, + achatadas à medida que se aproxima do lúmen), com uma lâmina própria e muscular da mucosa associados. A lâmina própria consiste em fibras de colagénio e fibroblastos imersos numa matriz acelular de glicosaminoglicanos, com um nº normal de agregados linfóides e eosinófilos distribuídos nela, assim como mastócitos e plasmócitos ocasionais. Esta camada é desprovida de glândulas. A muscular da mucosa é desorganizada, descontínua e mto reduzida. No estado de relaxamento, a mucosa é muito pregueada, o que permite a distensão acentuada durante a passagem do bolo alimentar. A submucosa é ampla e contém gls seromucosas que agregam mucinas ácidas, irregularmente distribuídas. Cada glândula possui 2 a 5 lóbulos que drenam para um ducto curto, revestido por epitélio estratificado cilíndrico. O ducto penetra na muscular da mucosa, lâmina pp e camada epitelial, abrindo-se no lúmen. Os linfócitos, plasmócitos e eosinófilos são particularmente comuns ao redor das gls e seus ductos. A submucosa é constituída por tecido conjuntivo laxo, caracterizado pela presença de fibras colagénicas, fibras elásticas e elementos celulares próprios. É uma camada de fraca consistência, permitindo o deslizamento da mucosa sobre o plano muscular profundo relativamente rígido. A submucosa é tb particularmente rica em vasos sanguíneos e linfáticos. A camada muscular é constituída por fibras dispostas em 2 planos: umas + internas, circulares, e outras externas, longitudinais. Pela forma poligonal que estes feixes evidenciam ao corte, pela intensidade com que coram pela eosina e pela disposição periférica dos seus núcleos, constata-se que são fibras musculares estriadas. Entre as 2 camadas musculares, interna e externa, existe uma camada delgada de tecido conjuntivo, na qual é possível observar cortes de vasos e nervos. Externamente, observa-se uma camada de tecido conjuntivo laxo, rico em céls adiposas, vasos e nervos a adventícia. Por tudo isto se pode concluir que esta é uma preparação de porção superior de esófago.
17 ESÓFAGO MÉDIO Nesta lâmina observa-se um corte transversal de um órgão tubular, de paredes grossas, com contorno circular e lúmen estrelado. A parede é constituída por 4 camadas, que são, do lúmen para a periferia: mucosa, submucosa, muscular e adventícia. A mucosa é composta por um epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado (zona basal- céls cúbicas, núcleo arroxeado, citoplasma sem glicogénio; zona apical- céls maiores, + achatadas à medida que se aproxima do lúmen), com uma lâmina própria e muscular da mucosa associados. A lâmina própria consiste em fibras de colagénio e fibroblastos imersos numa matriz acelular de glicosaminoglicanos, com um nº normal de agregados linfóides e eosinófilos distribuídos nela, assim como mastócitos e plasmócitos ocasionais. Esta camada é desprovida de glândulas. A muscular da mucosa é desorganizada, descontínua e mto reduzida. No estado de relaxamento, a mucosa é muito pregueada, o que permite a distensão acentuada durante a passagem do bolo alimentar. A submucosa é ampla e contém gls mucosas que agregam mucinas ácidas, irregularmente distribuídas. Cada glândula possui 2 a 5 lóbulos que drenam para um ducto curto, revestido por epitélio estratificado cilíndrico. O ducto penetra na muscular da mucosa, lâmina pp e camada epitelial, abrindose no lúmen. Os linfócitos, plasmócitos e eosinófilos são particularmente comuns ao redor das gls e seus ductos. A submucosa é constituída por tecido conjuntivo laxo, caracterizado pela presença de fibras colagénicas, fibras elásticas e elementos celulares próprios. É uma camada de fraca consistência, permitindo o deslizamento da mucosa sobre o plano muscular profundo relativamente rígido. A submucosa é tb particularmente rica em vasos sanguíneos e linfáticos. A camada muscular é constituída por fibras dispostas en 2 planos: umas internas, circulares, e outras externas, longitudinais. Trata-se de tecido muscular estriado e liso, visto nesta porção se verifica uma transição gradual de músculo estriado, característico do terço superior, para músculo liso, característico do terço inferior, coexistindo assim, no terço medo, os dois tipos de fibras. Entre as 2 camadas musculares, interna e externa, existe uma camada delgada de tecido conjuntivo, na qual é possível observar cortes de vasos e nervos. Externamente, observa-se uma camada de tecido conjuntivo laxo, rico em céls adiposas, vasos e nervos a adventícia. Por tudo isto se pode concluir que esta é uma preparação de porção média de esófago.
18 ESÓFAGO INFERIOR Nesta lâmina observa-se um corte transversal de um órgão tubular, de paredes grossas, com contorno circular e lúmen estrelado. A parede é constituída por 4 camadas, que são, do lúmen para a periferia: mucosa, submucosa, muscular e adventícia. A mucosa é composta por um epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado (zona basal- céls cúbicas, núcleo arroxeado, citoplasma sem glicogénio; zona apical- céls maiores, + achatadas à medida que se aproxima do lúmen), com uma lâmina própria e muscular da mucosa associados. A lâmina própria consiste em fibras de colagénio e fibroblastos imersos numa matriz acelular de glicosaminoglicanos, com um nº normal de agregados linfóides e eosinófilos distribuídos nela, assim como mastócitos e plasmócitos ocasionais. Esta camada possui pequenas gls mucosas tubulo-acinosas, as glândulas cárdicas. A muscular da mucosa é organizada, formando camadas longitudinais e circulares. No estado de relaxamento, a mucosa é mto pregueada, o que permite a distensão acentuada durante a passagem do bolo alimentar. A submucosa é ampla e contém gls mucosas que agregam mucinas ácidas, irregularmente distribuídas. Cada glândula possui 2 a 5 lóbulos que drenam para um ducto curto, revestido por epitélio estratificado cilíndrico. O ducto penetra na muscular da mucosa, lâmina pp e camada epitelial, abrindose no lúmen. Os linfócitos, plasmócitos e eosinófilos são particularmente comuns ao redor das gls e seus ductos. A submucosa é constituída por tecido conjuntivo laxo, caracterizado pela presença de fibras colagénicas, fibras elásticas e elementos celulares próprios. É uma camada de fraca consistência, permitindo o deslizamento da mucosa sobre o plano muscular profundo relativamente rígido. A submucosa é tb particularmente rica em vasos sanguíneos e linfáticos. A camada muscular é composta inteiramente por tecido muscular liso, disposto em 2 camadas, uma interna circular e outra externa longitudinal, contínuas com as camadas de músculo liso do estômago. Entre as duas camadas musculares existe uma camada delgada de tecido conjuntivo, na qual é possível observar cortes de vasos e nervos. Externamente, observa-se uma camada de tecido conjuntivo laxo, rico em céls adiposas, vasos e nervos a adventícia. Por tudo isto se pode concluir que esta é uma preparação de porção inferior de esófago.
19 Transição Esófago-Gástrica Nesta lâmina observa-se uma preparação de transição esófago-gástrica, na qual se pode identificar a porção terminal do esófago e a porção inicial do estômago. Distinguem-se 4 camadas histológicas que são, indo do lúmen para a periferia: mucosa, submucosa, muscular e adventícia. A mucosa, na região do esófago é constituída por epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado de protecção que sofre uma transição no estômago para uma mucosa secretora glandular densamente povoada com um epitélio simples cilíndrico. Na lâmina própria do esófago encontram-se ácinos glandulares mucosos que correspondem às glândulas cárdicas e no estômago encontram-se as glândulas tubulosas (glândulas mucosas > glândulas cárdicas). A muscular da mucosa é contínua, embora seja observada com menor facilidade após a transição, uma vez que se localiza sob a base das glândulas gástricas. A submucosa é constituida por tecido conjuntivo laxo caracterizado pela presença de fibras colagénicas e elementos celulares próprios. É uma camada de fraca consistência, permitindo o deslizamento da mucosa sobre o plano muscular profundo, relativamente rígido. Na região anterior à transição encontram-se as glândulas mucosas esofágicas que protegem o esfíncter, neutralizando a acidez da secreção gástrica que pode refluir para o esófago. São também particularmente evidentes os agregados linfóides para defesa imunitária. A camada muscular é composta por tecido muscular liso disposto em 2 camadas, circular interna e longitudinal externa, tanto no estômago como no esófago. No estômago observa-se ainda uma terceira camada a reforçar a camada interna, a camada oblíqua. A camada muscular não forma um esfíncter espesso, mas, em vez deste, há um mecanismo esfincteriano fisiológico. A adventícia é uma camada de tecido conjuntivo laxo para fora das restantes camadas. No estômago é ainda revestida por um mesotélio constituindo uma serosa.
20 Estômago Nesta lâmina observa-se uma preparação de estômago, orgão cuja parede é constituída por 4 camadas que são, do lúmen para a periferia: mucosa, submucosa,muscular e adventícia. A mucosa possui um epitélio simples cilíndrico com os núcleos próximos da face basal das células. Apresenta-se com pregas proeminentes, as rugas, e é constituída por glândulas gástricas que se estendem ao nível da camada muscular da mucosa para se abrirem no lúmen do estômago por fossetas gástricas ou fovéolas. As glândulas tubulares rectas sintetizam e segregam o suco gástrico, que é uma secreção aquosa contendo ácido clorídrico e a enzima digestiva pepsina, que hidroliza as proteínas em fragmentos polipeptídicos. As secreções são produzidas por 3 tipos celulares diferentes: células mucosas, parietais e principais. Existe também uma população de células neuroendócrinas e uma população de células precursoras, a partir das quais os outros tipos celulares derivam. As células mucosas são de 2 tipos: células mucosas superficiais e células mucosas do colo. As primeiras são altas e colunares, com núcleos basais e citoplasma luminal de coloração clara distendido por numerosos vacuolos de mucina, os quais são descarregados no lúmen do estômago por exocitose. Estas células segregam iões de bicabornato protectores, directamente dentro das camadas profundas do revestimento mucoso superficial e cobrem a superfície luminal do estômago, revestindo as fossetas gástricas. As células mucosas do colo estão situadas entre as células parietais no colo e na base das glândulas gástricas. Em relação às células mucosas superficiais, têm grânulos secretores maiores, mais polirribossomas, vacuolos distribuídos por todo o citoplasma e são menores e de forma menos regular, principalmente porque estão comprimidas e distorcidas pelas células adjacentes. As células produtoras de ácido, parietais, são distribuidas ao longo do comprimento da glândula, mas tendem a ser mais numerosas no istmo. São células piramidais grandes, com núcleos centrais e citoplasma eosinófilo claro, devido à abundância em mitocôndrias (produtoras de factor intrínseco), e aparecem geralmente vacuolarizadas, particularmente ao redor do núcleo. As células produtoras de enzimas, principais ou peptídicas, estão localizadas em direcção à base das glândulas gástricas e são reconhecidas pelos seus núcleos condensados, localizados basalmente e pelo citoplasma granular fortemente basófilo que reflecte o seu grande conteúdo de ribossomas. Estas células existem em maior abundância do que as células parietais. As células precursoras ou stem cells originam todas as células epiteliais da mucosa gástrica e são células pequenas, com núcleos basais, ovais. Encontram-se sobretudo, no colo das glândulas e não são facilmente identificadas. As células neuroendócrinas são muito dificilmente observadas, encontram-se na base das glândulas gátricas e são células pequenas e arredondadas, com um núcleo arredondado, central, de coloração escura, e uma margem de citoplasma claro.
21 As glândulas gástricas assentam sobre a muscularis mucosa, que claramente as separa da submucosa subjacente. A muscularis mucosa pode projectar finas lâminas de células contrácteis para a mucosa para facilitar a libertação das secreções das glândulas. A submucosa é constituída por tecido conjuntivo laxo, onde abundam fibras elásticas e colagéneo, é distensível. Contém um grande número de arteríolas, plexos venosos e vasos linfáticos, bem como os corpos celulares e fibras nervosas do plexo de Meissner. A camada muscular compreende as camadas usuais de tecido muscular liso: circular interna e longitudinal externa. No entanto, a camada circular interna é reforçada por uma camada oblíqua interna adicional para ajudar na complexa acção de agitação necessária para a mistura cuidadosa do alimento com as secreções da mucosa gástrica. ( a contracção da camada muscular está sob a acção dos plexos nervosos autónomos localizados entre as camadas musculares) A adventícia é constituída por tecido conjuntivo laxo revestido pelo mesotélio, constituindo uma serosa. As glândulas vão ter constituições diferentes consoante a região do estômago: Cárdia: glândulas tubulares e ramificadas, sendo constituidas predominantemente por células mucosas (com poucas células produtoras de ácido e células endócrinas). Corpo e Grande Tuberosidade: glândulas tubulares simples e longas, com células produtoras de ácido e células produtoras de enzimas e algumas células endócrinas. Piloro: glândulas ramificadas e sinuosas, sendo constituído por células mucosas e por células endócrinas.
22 Transição Gastro-Duodenal Nesta lâmina observa-se uma preparação de transição gastro-duodenal na qual se identifica a porção terminal do estômago e a porção inicial do duodeno. Distinguem-se 4 camadas que são, do lúmen para a periferia: mucosa, submucosa, muscular e adventícia. A mucosa é constituída, na região do estômago, por epitélio simples cilindrico, numa disposição glandular que sofre uma transição no duodeno para uma disposição vilosa característica de todo o intestino delgado. Estão presentes vilosidades intestinais, projecções em forma de dedo que se extendem na profundidade da mucosa até alcançarem a muscular da mucosa. A muscular da mucosa é contínua. As glândulas pilóricas possuem fossetas gástricas mais profundas, extendendo-se até cerca de metade da profundidade da mucosa; possuem um lúmen maior e são muito ramificadas. A submucosa é constituida por tecido conjuntivo laxo caracterizado pela presença de fibras colagénias e elementos celulares próprios. É particularmente rica em vasos sanguíneos e linfáticos. Após a transição, o duodeno distingue-se facilmente pela presença de numerosas glândulas secretoras de muco fracamente coradas, ou glândulas de Brunner (citoplasma claro, núcleo basal), encontradas predominantemente na submucosa, mas frequentemente estendendo-se para dentro da mucosa. A camada muscular compreende as camadas usuais de tecido muscular liso: circular interno e longitudinal externo, mas no estômago, a camada circular interna é reforçada por uma camada oblíqua interna adicional. Assim, ao nível da transição gastro-duodenal, ou seja, do esfíncter pilórico, verifica-se um espessamento externo da túnica circular, de modo a compensar o desaparecimento da camada oblíqua no duodeno. A adventícia é uma camada de tecido conjuntivo laxo ao nível do duodeno, sendo revestida ao nível do estômago por um mesotélio, constituindo uma serosa.
23 Duodeno Nesta lâmina observa-se uma preparação de duodeno que representa a primeira porção do intestino delgado e, como tal, apresenta mucosa e submucosa disposta em pregas, as válvulas de Kerkring (não estão presentes nas porções mais altas do duodeno, e tornam-se mais distintas quando o duodeno se aproxima do jejuno). A área absortiva é também aumentada pela presença de vilosidades intestinais, projecções da mucosa em forma de dedo que cobrem toda a superfície do intestino delgado. As vilosidades extendem-se em profundidade na mucosa formando criptas que terminam na muscularis mucosa as criptas de Lieberkuhn. Na parede do duodeno distinguem-se 4 camadas que são, do lúmen para a periferia: mucosa, submucosa, muscular e adventícia. A mucosa possui um epitélio simples cilíndrico, constituído por enterócitos, células caliciformes goblet cells -, células de Paneth, células precurssoras e células enteroendócrinas. As vilosidades são largas e curtas (em forma de folha). Os enterócitos são o tipo mais numeroso e a principal célula de absorção. São células colunares altas, com núcleos arredondados ou ovais no terço inferior da célula. A superfície luminal é altamente especializada para a bsorção, apresentando numerosas microvilosidades que, em MO estão representadas pelo prato estriado. As microvilodidades estão revestidas por glicoproteinas, cujo conjunto constitui o glicocálice, que fornece protecção contra a autodigestão e actua como sitio de adsorção de enzimas pancreáticas. As células caliciformes encontram-se principalmente nos 2/3 superiores das criptas, mas células ocasionais estão dispostas entre os enterócitos. Possuem um domínio apical em forma de cúpula cujo citoplasma contém grandes grânulos de muco que é expelido na superfície luminal quando o citoplasma está completamente expandido. O seu domínio basal está aderente à lâmina basal e contém o RER que produz a porção proteica do muco. Estas células produzem mucina para a lubrificação do conteúdo intestinal e protecção do epitélio contra a autodigestão, sendo pouco abundantes no duodeno uma vez que o quimo ainda se encontra líquido. As células de Paneth são encontradas no terço inferior das criptas e possuem uma forma piramidal, com nucleo basal; a região apical contém grânulos proteicos (eosinófilos) muito grandes. As células precursoras ou stem cells encontram-se no terço inferior das criptas e dividem-se continuamente para substituir os restantes tipos de células. As células enteroendócrinas são muito dificilmente observadas, encontram-se no terço inferior das criptas e são células pequenas e arredondadas, com um núcleo arredondado central de coloração escura e uma margem de citoplasma claro. A lâmina própria estende-se entre as criptas e para dentro do cerne de cada vilosidade e contém uma rica rede vascular e linfática, para dentro da qual os produtos digestivos são absorvidos. É composta por colagéneo, fibras reticulares, fibroblastos e
24 glicosaminoglicanos da matriz. A muscular da mucosa extende-se até alcançar o fundo das criptas. A submucosa é constituída por tecido conjuntivo laxo e contém vasos sanguíneos e linfáticos, o plexo submucoso de nervos e células ganglionares. Encontra-se também uma extensa massa de glândulas tubuloacinares ramificadas e enoveladas, produtoras de muco, as glândulas de Brunner. Os seus ductos dirigem-se para o lúmen através da muscularis mucosa para se abrirem dentro das criptas, entre as vilosidades da mucosa. As células cilíndricas altas das glêndulas de Brunner possuem o citoplasma cheio de mucigénio mal corado e nucleo localizado basalmente. A presença do quimo no duodeno estimula as glândulas de Brunner a segregarem um muco fino alcalino que ajuda a neutralizar o quimo ácido e protege a mucosa duodenal contra a autodigestão. A camada muscular compreende as camadas usuais de tecido muscular circular interna e longitudinal externa, responsáveis pela actividade peristáltica constante do intestino delgado. A adventícia é uma camada de tecido conjuntivo laxo para fora das restantes camadas que permite fazer a separação do duodeno.
25 Jejuno Nesta lâmina observa-se uma preparação de jejuno parte integrante do intestino delgado, apresentando a mucosa e submucosa dispostas em pregas, as válvulas de Kerkring evaginação da mucosa e submucosa. A mucosa está ainda pregueada formando projecções digitiformes, as vilosidades, com criptas de Lieberkuhn entre elas que correspondem a invaginações da mucosa e que se extendem até à muscularis mucosa. Esta porção do intestino delgado apresenta um desenvolvimento um desenvolvimento notável das pregas e das vilosidades, sendo as vilosidades mais longas e finas em comparação com as existentes no duodeno. Na parede do jejuno distinguem-se 4 camadas ue são, do lúmen para a periferia: mucosa, submucosa, muscular e adventícia. A mucosa possui um epitélio simples cilíndrico. As células do epitélio são os enterócitos, células caliciformes, células de Paneth, células precurssoras ou stem cells e células enteroendócrinas. Os enterócitos são o tipo mais numeroso e a principal célula de absorção. São células colunares altas, com núcleos arredondados ou ovais no terço inferior da célula. A superfície luminal é altamente especializada para a bsorção, apresentando numerosas microvilosidades que, em MO estão representadas pelo prato estriado. As microvilodidades estão revestidas por glicoproteinas, cujo conjunto constitui o glicocálice, que fornece protecção contra a autodigestão e actua como sitio de adsorção de enzimas pancreáticas. As células caliciformes são mais abundantes do que no duodeno, encontrando-se principalmente nos 2/3 superiores das criptas, mas células ocasionais estão dispostas entre os enterócitos. Possuem um domínio apical em forma de cúpula cujo citoplasma contém grandes grânulos de muco que é expelido na superfície luminal quando o citoplasma está completamente expandido. O seu domínio basal está aderente à lâmina basal e contém o RER que produz a porção proteica do muco. Estas células produzem mucina para a lubrificação do conteúdo intestinal e protecção do epitélio contra a autodigestão, sendo pouco abundantes no duodeno uma vez que o quimo ainda se encontra líquido. As células de Paneth são encontradas no terço inferior das criptas e possuem uma forma piramidal, com nucleo basal; a região apical contém grânulos proteicos (eosinófilos) muito grandes. As células precursoras ou stem cells encontram-se no terço inferior das criptas e dividem-se continuamente para substituir os restantes tipos de células. As células enteroendócrinas são muito dificilmente observadas, encontram-se no terço inferior das criptas e são células pequenas e arredondadas, com um núcleo arredondado central de coloração escura e uma margem de citoplasma claro. A lâmina própria estende-se entre as criptas e para dentro do cerne de cada vilosidade e contém uma rica rede vascular e linfática, para dentro da qual os produtos digestivos são absorvidos. É composta por colagéneo, fibras reticulares, fibroblastos e
26 glicosaminoglicanos da matriz. A muscular da mucosa extende-se até alcançar o fundo das criptas. A submucosa é constituida por tecido conjuntivo laxo contendo vasos sanguíneos e linfáticos, o plexo nervoso submucoso e células ganglionares. Não possui glândulas de Brunner. A camada muscular compreende as camadas usuais de tecido muscular circular interna e longitudinal externa, responsáveis pela actividade peristáltica constante do intestino delgado. A adventícia é uma camada de tecido conjuntivo laxo revestido por um mesotélio, constituindo uma serosa.
27 Íleon Nesta lâmina observa-se uma preparação de íleon, parte integrante do intestino delgado, apresentando a mucosa e submucosa dispostas em pregas, as válvulas de Kerkring evaginação da mucosa e submucosa, embora vão sendo cada vez menos proeminentes à medida que o íleon se aproxima do cólon. A mucosa está ainda pregueada formando projecções digitiformes, as vilosidades, mais curtas em comparação com as do jejuno e com criptas de Lieberkuhn entre elas que correspondem a invaginações da mucosa e que se extendem até à muscularis mucosa. Na parede do íleon distinguem-se 4 camadas ue são, do lúmen para a periferia: mucosa, submucosa, muscular e adventícia. A mucosa possui um epitélio simples cilíndrico. As células do epitélio são os enterócitos, células caliciformes, células de Paneth, células precurssoras ou stem cells e células enteroendócrinas. Os enterócitos são o tipo mais numeroso e a principal célula de absorção. São células colunares altas, com núcleos arredondados ou ovais no terço inferior da célula. A superfície luminal é altamente especializada para a bsorção, apresentando numerosas microvilosidades que, em MO estão representadas pelo prato estriado. As microvilodidades estão revestidas por glicoproteinas, cujo conjunto constitui o glicocálice, que fornece protecção contra a autodigestão e actua como sitio de adsorção de enzimas pancreáticas. As células caliciformes encontram-se principalmente nos 2/3 superiores das criptas, mas células ocasionais estão dispostas entre os enterócitos. Possuem um domínio apical em forma de cúpula cujo citoplasma contém grandes grânulos de muco que é expelido na superfície luminal quando o citoplasma está completamente expandido. O seu domínio basal está aderente à lâmina basal e contém o RER que produz a porção proteica do muco. Estas células produzem mucina para a lubrificação do conteúdo intestinal e protecção do epitélio contra a autodigestão, sendo particularmente abundantes no íleon uma vez que o quimo se vai solidificando. As células de Paneth são encontradas no terço inferior das criptas e possuem uma forma piramidal, com nucleo basal; a região apical contém grânulos proteicos (eosinófilos) muito grandes. As células precursoras ou stem cells encontram-se no terço inferior das criptas e dividem-se continuamente para substituir os restantes tipos de células. As células enteroendócrinas são muito dificilmente observadas, encontram-se no terço inferior das criptas e são células pequenas e arredondadas, com um núcleo arredondado central de coloração escura e uma margem de citoplasma claro. A lâmina própria estende-se entre as criptas e para dentro do cerne de cada vilosidade e contém uma rica rede vascular e linfática, para dentro da qual os produtos digestivos são absorvidos. É composta por colagéneo, fibras reticulares, fibroblastos e glicosaminoglicanos da matriz. A lâmina própria caracteriza-se pela abundância de folículos linfóides - placas de Peyer que podem alcançar a muscularis mucosa,
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