UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FACULDADE INTEGRADA AVM

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FACULDADE INTEGRADA AVM"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FACULDADE INTEGRADA AVM A INFLUÊNCIA DA PROPAGANDA NO MERCADO FARMACÊUTICO Por: Edgar de Souza Lima Orientador Prof. Jorge Vieira Rio de Janeiro 2011

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FACULDADE INTEGRADA AVM A INFLUÊNCIA DA PROPAGANDA NO MERCADO FARMACÊUTICO Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em... Por:. Edgar S. Lima

3 3 AGRADECIMENTOS...A JESUS CRISTO, aos amigos e parentes, clientes, fornecedores, ao estágio, etc...

4 4 DEDICATÓRIA...dedica-se ao pai, mãe, amigo, cônjuge, familiar, filho,...

5 5 METODOLOGIA LIMA, Edgar de Souza. A influência da propaganda no mercado farmacêutico. Rio de Janeiro, 2011, 40p. Dissertação (Pós Graduação) Universidade Cândido Mendes. Este estudo apresenta uma análise sobre propaganda de medicamentos no Brasil. A análise baseia-se no levantamento realizado junto ao órgão governamental de saúde e entidades de defesa do consumidor, sobre as regulamentações, recomendações e outras publicações que tratam da propaganda de medicamentos. Inicialmente, são apresentados os aspectos relacionados à importância da regulamentação da promoção de medicamentos. Para o presente estudo foram analisadas as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da legislação brasileira. Um breve histórico da legislação brasileira sobre a propaganda de medicamentos apresentados, bem como aspectos relacionados à qualidade das peças publicitárias de medicamentos e a influência deste tipo de propaganda na atenção à saúde. São discutidas as especificações mais relevantes abordadas nos documentos analisados, as quais foram divididas em especificações gerais, especificações para propagandas destinadas ao público em geral e especificações para propagandas destinadas as profissionais da saúde. Ao final do trabalho, são apresentadas algumas considerações, apontando sugestões para a realidade brasileira. Sendo assim, procurou-se pontuar os aspectos considerados mais relevantes no sentido de contribuir para as discussões que visam o aprimoramento da regulamentação brasileira, norteados pelos princípios expostos na Constituição Brasileira. O presente estudo visa principalmente contribuir para o aprimoramento do trabalho em benefício dos usuários de medicamentos, contribuindo para a promoção do uso racional de medicamentos.

6 6 Palavras chave: Propaganda. Medicamentos. Saúde. Regulamentação Organização Mundial da Saúde.

7 7 SUMÁRIO METODOLOGIA LISTA DE ABREVIATURAS INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA 2.1 A legislação brasileira sobre a propaganda de medicamentos 2.2 A qualidade das peças publicitárias de medicamentos 2.3 A influência da propaganda de medicamentos na atenção à saúde 2.4 A questão da propaganda de medicamentos de venda sob prescrição veiculada diretamente ao consumidor 2.5 A regulamentação sobre a propaganda de medicamentos pela Organização Mundial da Saúde I. CONCLUSÃO II. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ÍNDICE

8 8 LISTA DE ABREVIATURAS ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária Art.: artigo CNPM: Conselho Nacional de Publicidade e Medicamentos FIIM: Federação Internacional das Indústrias de Medicamentos GPROP: Gerência de Monitoramento e Fiscalização de Propaganda, Publicidade, Promoção e Informação de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária OMS: Organização Mundial da Saúde WHO: World Health Organization

9 9 INTRODUÇÃO Promoção é um conjunto de atividades informativas e de persuasão, procedentes de empresas responsáveis pela produção e/ou manipulação, distribuição, comercialização, órgãos de comunicação e agências de publicidade, com o objetivo de induzir prescrição, dispensação, aquisição e utilização de medicamentos. (BRASIL, 2001). Propaganda e publicidade são um conjunto de técnicas utilizadas com o objetivo de divulgar conhecimentos e/ou promover adesão a princípios, idéias ou teorias, visando exercer influência sobre o público através das ações que objetivem promover determinado medicamento com fins comerciais. (BRASIL, 2001). A promoção de medicamentos é um processo complexo, envolvendo o convencimento de prescritores, dispensadores e pacientes sobre as vantagens do produto por meio de comunicação dos resultados dos estudos relacionados ao seu desenvolvimento, objetivando a sua conseqüente comercialização. Para as indústrias farmacêuticas é uma etapa essencial, considerada uma extensão do processo de pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos, sendo que para esta atividade são realizados investimentos, até duas vezes maiores do que em pesquisa e desenvolvimento. Conforme a própria definição, a publicidade influencia o julgamento de usuários e prescritores sobre os medicamentos. Vários estudos têm demonstrado que propagandas são empregadas como fonte de informação pelos prescritores, sendo consideradas determinantes da prescrição. (CHREN & LANDEFELD, 1994; MASTROIANI; GALDURÓZ, 2003; MINTZES, 2002). Existem dados que indicam que cada dólar gasto em publicidade em revistas, televisão, corresponde a um retorno $ 2.51 e $ 1.69, respectivamente. As estratégias de marketing são utilizadas muitas vezes com a finalidade de ampliar lucros em detrimento da qualidade da informação veiculada, ocultando ou diminuindo os aspectos negativos os benefícios dos medicamentos.

10 10 A promoção não ética de medicamentos é um grande problema em muitos países, pois pode gerar uso irracional, por exemplo, através de prescrições e automedicação desnecessárias. (BARROS, 1995; BARROS & JOANY, 2002; CAUDIL, 1996; LEXCHIN, 2002; MASTROIANI; GALDURÓZ; CARLINI, 2003; MINTZES, 2002; PIZZOL; SILVA; SCHENKEL, 1999). Desta forma, a regulamentação deste segmento é essencial, considerando os seus reflexos na saúde da população. Já em 1968, durante a 21ª. Assembléia Mundial de Saúde, a Organização Mundial de Saúde aprovou os Critérios Éticos e Científicos para a Propaganda Farmacêutica, salientando que a publicidade de medicamentos deveria veicular informações exatas e fidedignas, indicações, composições, efeitos terapêuticos e tóxicos, além de não difundir informações incompletas acerca do produto. Além disso, diversos documentos, tratando de critérios éticos para a promoção de medicamentos, foram elaborados por organizações internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Federação Internacional das Indústrias Farmacêuticas (FIIM) (OMS, 1988; FIIM 2000). Além disso, órgãos governamentais de saúde de diversos países criaram legislações específicas para regular o setor. No Brasil, desde a década de 1960, vários grupos que defendem o uso racional e o acesso a população a medicamentos seguros e eficazes têm discutido os problemas relacionados às práticas comerciais da indústria farmacêutica. (MACHADO, 1963, 1982; PACHECO, 1978; GIOVANNI, 1980; TEMPORÃO, 1986; LEFÉVRE, 1991; BARROS 1995,2004; SCHENKEL, 2004). Apesar dos avanços, ainda há muito que ser feito, conforme destaca a Diretora Geral da OMS à época, em pronunciamento na 49ª Assembléia Mundial de Saúde, em 1999: [...] continua havendo um desequilíbrio entre a informação sobre medicamentos produzidos comercialmente e a informação sobre medicamentos independente, comparativa, comprovada cientificamente e

11 11 atualizada, para os prescritores, os dispensadores e os consumidores [...]. (LEXCHIN, 2002, p. 18). Além disso, a globalização, incluindo o alcance e a velocidade de difusão das informações, principalmente com a Internet, traz uma discussão permanente sobre o tema, exigindo, frequentemente, a atualização e recomendações e legislações.

12 12 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 A legislação brasileira sobre a propaganda de medicamentos. A primeira regulamentação sanitária que aborda a questão da comercialização dos produtos farmacêuticos no Brasil é o Decreto nº , de 08/09/1931, posteriormente revogada pela Lei nº 5.991, de 17/12/1973 que dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências. (BRASIL, 1973). Na década de 1970, acompanhando as discussões mundiais sobre a necessidade de uma legislação mais rigorosa para o setor de medicamentos, é publicada a Lei nº 6.360, de 06/09/1976, regulamentada pelo Decreto nº de 05/01/1977, que submete ao sistema de vigilância sanitária aos medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, produtos de higiene, saneantes e outros. (BRASIL, 1976). A questão da publicidade de medicamentos é abordada no Título X, artigos 57 a 59 da Lei nº 6.360/1976 (BRASIL, 1976), sendo que o Art.57 estabelece: Art.57 O poder Executivo disporá, em regulamento, sobre a rotulagem, as bulas, os impressos, as etiquetas e os prospectos referentes aos produtos de que trata esta Lei (BRASIL, 1976b). No Art.58 da Lei 6.360/1976 ficou estabelecido que a propaganda somente poderia ser promovida após a autorização do Ministério da Saúde.

13 13 Contudo, no Decreto nº , de 05/01/1977, artigo 118, 2º, a exigência de autorização prévia foi suprimida em parte, determinando que, apenas no caso de infração, a empresa ficaria sujeita ao regime de prévia autorização previsto no Art.58 da Lei nº Vale ressaltar que esse artigo 118, 2º já foi revogado pelo Decreto 2.018, de 01/10/1996. Além disso, nos parágrafos 1º e 2º do Art.58 da Lei 6.360/1976 foi estabelecido que a propaganda de produtos de venda sob prescrição seria restrita a médicos, dentistas e farmacêuticos, e que normas específicas para os produtos de venda livre seriam dispostas em regulamento. (BRASIL, 1976). Em 1980 surge Código Brasileiro de Auto-Regulamentação Publicitária, instituído por entidades do mercado brasileiro de publicidade, recebendo, posteriormente, a adesão de outras associações relacionadas aos veículos de comunicação. O Código tem como objetivo principal a regulamentação das normas éticas aplicáveis à publicidade comercial, assim entendida como toda a atividade destinada a estimular o consumo de bens e serviços, bem como promover instituições, conceitos ou idéias (Art.8). O cumprimento do Código é controlado pelo Conselho Nacional de Auto Regulamentação Publicitária (CONAR), uma organização não governamental, fundada e mantida pelas agências de publicidade, empresas anunciantes e veículos de comunicação. (CONAR, 1980). Em 1988 a Constituição Federal definiu: Art.220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.

14 14 3º -- Compete à lei federal II estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art.22, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente. 4º - A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias estarão sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e conterá, sempre que necessário, advertência sobre os malefícios decorrentes de seu uso. Art.221 A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios. IV respeito aos valore éticos e sociais da pessoa e da família. (BRASIL, 1988). Com as disposições constitucionais de 1988, prevendo a liberdade de expressão da atividade intelectual, artística, científica e a de comunicação, independente de censura ou licença, a autorização prévia antes prevista na Lei 6.360/1976 e suprimida em parte pelo Decreto /1977 foi derrogada. Ainda, a lei prevista na Constituição originária, com a Lei 9.294/1976, estabeleceu disposições sobre a propaganda de medicamentos, para que as indústrias farmacêuticas, munidas de um instrumento legal, se orientassem na elaboração das peças publicitárias.

15 15 Em 1994 foi promulgada a Lei nº de 11/09/1990, que dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências, conhecida como o Código de Defesa do Consumidor (BRASIL, 1990), estabelecendo: Art.6 -São direitos básicos do consumidor: III -informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificações correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobreo os riscos que apresentem; VI -proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou deleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços. (BRASIL, 1990). O Art.37, da Seção III, do Capítulo V desta legislação trata especificamente da propaganda, proibindo a publicidade enganosa ou abusiva. O Art.55 do Código estabelece ainda, que a União, os Estados, o Distrito Federal, em caráter concorrente e nas suas respectivas áreas de atuação administrativa, devem baixar normas relativas à produção, industrialização, distribuição e consumo de produtos e serviços. Os parágrafos 1º e 3º deste artigo estabelecem, ainda: 1º- A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios fiscalizarão e controlarão a produção, a industrialização, distribuição, a publicidade de produtos e serviços e o mercado de consumo, no interesse da preservação da vida, as

16 16 saúde, da segurança, da informação e o bem-estar do consumidor, baixando as normas que se fizerem necessárias. 3º- Os órgãos federais, estados, do Distrito Federal e Municípios com atribuições para fiscalizar e controlar o mercado de consumo manterão comissões permanentes para elaboração, revisão e atualização das normas referidas no 1º, sendo obrigatória a participação dos consumidores e fornecedores. (BRASIL, 1990). Conforme previsto na Constituição, em 1996 foi promulgada a Lei nº 9.294, de 15/07/1996, regulamentada pelo Decreto nº 2.018, de 01/10/1996, que dispõe sobre as restrições ao uso e a à propaganda de produtos fumígenos, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do 4º do Art.220 da Constituição. (BRASIL, 1996). As questões dos medicamentos e terapias são abordadas no Decreto 2.018/1996, Capítulo IV, artigos 10 a 16, de forma semelhante aos artigos 117 a 119 do Decreto nº , de 05/01/1977, os quais foram revogados. O Decreto nº 2.018/1996 explicita a questão da responsabilização, não só das empresas farmacêuticas, como também das agências publicitárias e veículos de comunicação, estabelecendo no Art.22, 3º: Art.22-3º Consideram-se infratores, para efeitos deste artigo, os responsáveis pelo produto, pela peça publicitária e pelo veículo de comunicação utilizado, na medida de sua responsabilidade. (BRASIL, 1996).

17 17 Até o final da década de 1990, o Brasil, apesar da existência de legislação pertinente, não possuía a regulamentação necessária para subsidiar a fiscalização das propagandas de medicamentos por parte do órgão de vigilância sanitária, conforme previsto em lei. Assim, em 1999, a regulamentação de propaganda, prevista na Lei nº 6.360/1976, foi submetida a Consulta Pública nº 5, objetivando sua construção democrática. (BRASIL, 1976). Esta discussão resultou na RFC 0102/ANVISA de 30/11/2000, republicada em 1º de junho de 20012, que aprova o regulamento sobre as propagandas, mensagens publicitárias e promocionais e outras práticas cujo objeto seja a divulgação, promoção ou comercialização de medicamentos de produção nacional ou importada. (BRASIL, 2000). Esta Resolução teve o único do artigo 8º, alterado pela RDC 133/ANVISA, de 12/07/2001 e, posteriormente, o próprio artigo 8º foi revogado pela RDC 199, de 17/08/2004, que trata a informação de preços dos medicamentos aos cidadãos. (BRASIL, 2004). Em 2002, a Resolução RDC 83 foi publicada e trouxe a proibição de veiculação de propaganda/publicidade/promoção, em todo o território nacional, de medicamentos que contenham o princípio ativo ácido acetilsalicílico e utilizam expressões que façam referências aos sintomas de outras patologias que se assemelham aos sintomas da dengue. Dispôs também que ficam excluídas dessa proibição às propaganda/publicidade/promoções que incluam mensagens ressaltando que o medicamento é contra-indicado em caso de suspeita de dengue. Também em 2000, com a aprovação do Regimento Interno da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), foi criada a Gerência de Controle e Fiscalização de Medicamentos e Produtos, que entre diversas competências relacionadas à fiscalização de medicamentos e produtos, inclusive o comércio, ficou responsável também pelo acompanhamento e fiscalização da propaganda desses produtos, subordinada à Gerência-geral de Inspeção e Controle de Medicamentos e Produtos. (BRASIL, 2000).

18 18 Em 2004, o Regimento Interno da ANVISA foi reformulado, sendo criada a Gerência de Monitoramento e Fiscalização de Propaganda, Publicidade, Promoção e Informação de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária GPROP, por meio da Portaria 123, de 09/02/2004. (BRASIL, 2004). Esta Gerência, cujas competências são apresentadas no Quadro 1, possui duas unidades: a Unidade de Monitoramento, Fiscalização de Propaganda, Publicidade e Promoção de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária e a Unidade de Projetos Estratégicos. Gerência de Monitoramento e Fiscalização de Propaganda, Publicidade, Promoção e Informação de Produto Sujeitos à Vigilância Sanitária - GPRO I. Avaliar, fiscalizar, controlar e acompanhar, a propaganda, a publicidade, a promoção e a informação de produtos sujeitos à vigilância sanitária. II. Coordenar as atividades de apuração das infrações à legislação de vigilância sanitária, instaurar processo administrativo para apuração de infrações à legislação sanitária federal, em sua área de competência. III. Formular, regulamentar, planejar, coordenar, avaliar, executar e propor as diretrizes para implantação de um módulo de propaganda de produtos sujeitos à vigilância sanitária dentro do Sistema de Informação em Vigilância Sanitária, visando o aprimoramento do desempenho das ações de vigilância sanitária. IV. Articular-se com órgãos afins da administração federal, estadual, municipal e do Distrito Federal visando a cooperação mútua e a integração de atividades de modo a incorporar o controle de propaganda, publicidade, promoção e informação como uma ação de vigilância sanitária em todos os níveis de governo. Quadro 1: Algumas das competências da Gerência de Monitoramento e Fiscalização de Propaganda, Publicidade, Promoção e Informação de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária (GPROP) (BRASIL, 2004).

19 19 A criação desta Gerência representa um grande avanço e o reconhecimento da importância do trabalho de monitoramento e fiscalização das atividades publicitárias, como uma ação de vigilância sanitária. Este fato vem ao encontro das recomendações internacionais, especialmente da OMS que, já em 1968, havia estabelecido critérios éticos e científicos para a promoção de medicamentos. (Resolução WHA21.41). Em 1988, a 39ª Assembléia Mundial de Saúde aprovou a Resolução WHA39.27, estabelecendo os Critérios Éticos para a Promoção de Medicamentos (OMS, 1988). A importância desta Resolução e a necessidade de adoção de medidas reguladoras por parte dos países signatários no sentido de coibir a promoção inadequada de medicamentos, foi reforçada em documentos posteriores. (WHO,1992). 2.2 A qualidade das peças publicitárias de medicamentos De acordo com o tipo de medicamento, pode-se dizer que as ações da indústria farmacêutica, no que diz respeito à propaganda, estão de voltadas para os prescritores, para os pontos de dispensação, ou seja, as farmácias e/ou para os consumidores. Independente da estratégia adotada, a qualidade da informação veiculada é essencial, no sentido de evitar o uso irracional de medicamentos e, consequentemente, danos à saúde e à economia. Diversos estudos visando à análise da qualidade de peças publicitárias, em diferentes veículos de comunicação, têm sido realizados considerando as regulamentações e recomendações internacionais. Todas as propagandas devem ser arquivadas na agência responsável pelo controle das mesmas, e as propagandas direcionadas ao público em geral são revisadas previamente à divulgação.

20 20 As propagandas direcionadas a profissionais da saúde são analisadas a posterior e. de cerca de 9000 documentos analisados por ano, menos de 1% são proibidas. Os problemas mais comuns são encontrados em especialidades de cardiologia e doenças infecciosas (50%), seguidas de oncologia, neuropsicofarmacologia, dermatologia, reumatologia e pneumologia. As infrações mais freqüentes são, falta de exatidão no resumo das características do produto, apresentações não objetivas e parciais e uso de estudos metodologicamente incorretos. Nos EUA, um estudo realizado com o objetivo de avaliar os argumentos empregados na propaganda de medicamentos de venda sob prescrição veiculada para os consumidores demonstrou que cerca de 48% das peças publicitárias utilizava apelos emocionais e em 26% os consumidores eram estimulados a considerarem que seus problemas de distúrbios tratáveis por medicamentos. (WOLOSHIN, 2001). Analisaram as referências bibliográficas apresentadas em 264 anúncios de anti-hipertensivos e a anti-lipêmicos veiculados em seis periódicos médicos em Os autores investigaram se os dados sobre eficácia, segurança, conveniência e custo justificavam as informações promocionais. Das referências, 18% eram de monografias e dados não publicados, 63% de artigos publicados em periódicos com alto índice de impacto e 82% de ensaios clínicos randomizados. Contudo, para 44% das pelas publicitárias foiconsiderado que os dados constantes nas referências não justificavam o apelo promocional. Frequentemente, o anúncio recomendava o medicamento para um grupo ppulacional diferente daquele incluído no estudo clínico. Também foram constatadas generalizações de resultados obtidos com grupos de alto risco para toda a população, extrapolação de resultados de ensaios em animais e células, supervalorização de resultados de eficácia, declarações não demonstradas pela análise estatísticas total de relação entre a propaganda e o estudo.

21 21 O trabalho constatou que 40% dos estudos referenciados haviam sido patrocinados por empresas e outros 21%, co-patrocionados. Os autores finalizam o artigo discutindo a necessidade de precaução na leitura de propagandas que anunciam maior eficácia, segurança ou conveniência, mesmo que estas apresentem referências bibliográficas de estudos clínicos randomizados publicados em revistas médicas qualificadas, bem como aquelas que empregam a expressão medicina baseada em evidências. (VILLANUEVA, 2003). Internacionalmente, várias organizações têm demonstrado há muito tempo preocupação com as peças publicitárias de medicamentos, divulgando informações independentes sobre medicamentos, bem como estudos discussões sobre propaganda. No Brasil, em um estudo publicado em 1998, de 250 peças publicitárias referentes a 28 produtos, veiculadas nas principais rádios do Rio Grande do Sul, 96% não apresentaram nome genérico, 89% não apresentaram dados quanto à composição, em 89% faltaram os dados da posologia e em 82% não foram apresentados os dados do laboratório fabricante. Em 100% das peças publicitárias não foram apresentadas as contraindicações, os cuidados ou as advertências quando ao uso, como o agravante de que em 39% das peças foi mencionado explicitamente sem contraindicação ou não tem contra-indicação. (HEINECK, 1998). Desde 2002, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) vem desenvolvendo um projeto em colaboração com universidades brasileiras para monitoramento da qualidade das peças publicitárias de medicamentos. Segundo os dados parciais do projeto, no período compreendido entre outubro de 2002 e maio de 2003 foram captadas peças publicitárias, sendo de medicamentos de venda isenta de prescrição e de venda sob prescrição. Das peças recebidas até maio de 2003, 68% encontram-se em análise, 21% foram autuadas, 8& arquivadas e 3% notificadas. (FAGUNDES, GONÇALVES, SILVA JÚNIOR. 2003).

22 22 A revisão na literatura mostra claramente a necessidade de regulamentação e monitoramento da qualidade das peças publicitárias. Os relatóirios da ANVISA apontam avanços na qualidade da propaganda de medicamentos no Brasil, contudo, comparando com dados de países desenvolvidos, ainda existem diferenças significativas muitas vezes para um mesmo produto. (BRASIL, 2004). A Política Nacional de Medicamentos preconiza a reorientação da assistência farmacêutica, de modo que esta não se restrinja apenas à aquisição e à distribuiçã de medicamentos, mas contribua para a transformação do modelo de atenção, priorizando o caráter preventivo das ações de promoção, de proteção e de recuperação da saúde. (SCHENKEL, 2004). Considerando que os principais problemas detectados nas peças publicitárias dizem respeito às informações inadequadas sobre os riscos associados a um exagero dos benefícios, a propaganda pode acarretar riscos à saúde, sendo necessárias medidas preventivas. 2.3 A influência da propaganda de medicamentos na atenção à saúde Um outro aspecto ainda pouco investigado no Brasil, diz respeito à influência da propaganda na atenção à saúde. A influência da propaganda de medicamentos na atenção à saúde é muito maior do que a maioria dos profissionais de saúde percebe. (LEXCHIN, 2002). Habitualmente, os médicos não admitem que sua atividade de prescrição tenha influência, em maior ou menor grau, das atividades promocionais. Contudo, diversos estudos têm demonstrado que a propaganda de medicamentos interfere na prescrição levando, frequentemente, à utilização de

23 23 medicamentos mais modernos e geralmente mais caros, mas não necessariamente mais eficazes. Um estudo realizado por Prosser e Walley (2003) procurou investigar alguns fatores que influenciam a prescrição de novos medicamentos por parte de médicos ingleses. Os autores mostram que a percepção de ineficácia e os efeitos adversos decorrentes da terapia que vinha sendo utilizada são os principais fatores que levam à alteração da prescrição. Contudo, as principais fontes para a escolha de uma nova terapia são as empresas farmacêuticas, especialmente os seus representantes, literatura de menor qualidade (sem revisão pelos pares), a mídia e, em menor extensão, os colegas. Literatura científica ou fontes independentes de informação foram citadas por apenas 1% dos entrevistados. Um outro estudo realizado por Glass e Rosenthal (2004) sobre os fatores que influenciam a prescrição de novos medicamentos, procurou avaliar também algumas características específicas dos profissionais, concluindo que os médicos jovens são mais propensos a prescrever novos medicamentos. A especialidade médica e a participação do médico nos estudos de fase três também são fatores importantes na decisão. A influência da propaganda de medicamentos sobre os médicos jovens, especialmente os residentes, em sido motivo de preocupação em várias publicações. (BRODY, 2005; HEMMINKI, 2004; KEIM; MAYS; GRANT, 2004; STEINMAN; SHLIPAK; McPHEE, 2001). Um estudo sobre a visão e aceitação por parte de médicos residentes, de presentes ofertados por representantes de indústrias farmacêuticas, empregando questionário, demonstrou que a maioria dos residentes considera a maior parte dos tipos de presente apropriada. Todos consideram presentes caros não apropriados e a maioria considera que o presente deve ter valor educativo. Conforme determina o guia da Sociedade Americana de Medicina: qualquer presente deve trazer benefício ao pacientem estar relacionado com a atividade profissional do médico e não deve ter alto valor comercial. Quanto à

24 24 influência que este tipo de promoção causa, 61% acham que a oferta e a aceitação de presentes não influencia na prescrição. No entanto, a maioria acredita que outros médicos são influenciados. (STEINMAN; SHLIPAK; McPHEE, 2001). Outro resultado foi a constatação de que mesmo considerando certos presentes inapropriados, esses são aceitos. Os autores discutem a influência do exemplo de outros médicos, que recebem presentes, sobre os estudantes, o que implicitamente significa que este tipo de conduta é socialmente aceita. A indústria farmacêutica gasta bilhões de dólares todos os anos em propagandas direcionadas aos médicos, portanto, é possível imaginar que esses profissionais talvez subestimem a influência da propaganda sobre a sua própria conduta. Os autores salientam a importância de que as universidades discutam as questões éticas envolvidas na atividade de representantes e de que os programas de residência tenham normas que regulem a interação entre residentes e representantes, além de propiciar discussões sobre a análise crítica das promoções oferecidas pela indústria farmacêutica. (STEINMAN; SHLIPAK; McPHEE, 2001). 2.4 A questão da propaganda de medicamentos de venda sob prescrição veiculada diretamente ao consumidor. Outra questão polêmica, frequentemente discutida na literatura, diz respeito à propaganda de medicamentos de venda sob prescrição veiculada diretamente ao consumidor. Atualmente, este tipo de propaganda só é permitido nos Estados Unidos da América e na Nova Zelândia.

25 25 A União Européia, mesmo sob forte pressão da indústria farmacêutica, manteve a recomendação de que os países membros proíbam a propaganda de medicamentos de venda sob prescrição ao público em geral. Mesmo nos países onde este tipo de propaganda é aceito, a sua influência tem sido frequentemente questionada. Estudos têm demonstrado que poucas pessoas lêem e compreendem o resumo das informações sobre o medicamento, que é parte obrigatória das propagandas direcionadas ao público em geral. (AIKIN, 2003; WOLOSHIN, 2001). Em estudo realizado nos EUA foi constatado que, apesar da maior parte dos pacientes achar que as informações constantes nas propagandas auxiliam nas discussões com o médico, os mesmos consideram que as propagandas fazem os medicamentos parecerem melhores do que eles realmente são e que as propagandas não dispensam a participação de um médico na escolha. Os pacientes citaram que as principais fontes de informações são os médicos (89%) e os farmacêuticos (51%), mas chama a atenção o crescimento da busca de informações na Internet, que aumentou de18% em 1999 para 38% em (AIKIN, 2003). Em relação à opinião dos médicos, dentre aqueles que apontaram problemas neste tipo de propaganda, o mais citado foi o tempo despendido para corrigir informações erradas ou equivocadas. Além disso, foram citados a relação risoc/benefício confusa, o entendimento por consumidores de que o medicamento é melhor do que ele realmente é, o paciente desejar o medicamento apresentado em propaganda, inclusive quando da existência de medicamentos mais baratos. (AIKIN, 2003). Outros trabalhos têm procurado avaliar a influência destas propagandas nas prescrições médicas, na relação médico-paciente e na atenção à saúde. (MINTZES, 2002;MURRAY, 2004; WEISSMAN, 2003; ZACHRY; DALEN; JACKSON, 2003). Existem de duas correntes de opinião sobre a propaganda de medicamentos de venda sob prescrição veiculada diretamente ao consumidor por um lado a indústria farmacêutica e os grupos ligados a ela, que defendem a

26 26 liberação da propaganda destes medicamentos ao público em geral em outros países e do outro lado, os grupos preocupados com a saúde pública, contrários à sua liberação, por não ter sido demonstrado benefício, a não ser para as indústrias, deste tipo de propaganda. (MINTZES, 2002). No Quadro 2, são transcritos os argumentos favoráveis e desfavoráveis, apresentados por Mintzes (2002) a respeito. Argumentos contra a publicidade direta ao consumidor os medicamentos de prescrição não são iguais a outros produtos; Mesmo quando utilizados corretamente podem causar danos. as pessoas quando estão enfermas são mais vulneráveis. a finalidade da publicidade é estimular as vendas e não proporcionar informação imparcial e objetiva. a publicidade aumenta os custos dos medicamentos de prescrição e o Argumentos a favor da publicidade direta ao consumidor as pessoas desejam e necessitam informações sobre medicamentos. a publicidade ajudará as pessoas a obter a atenção médica mais prococemente. os anúncios conduzirão a uma melhor adesão ao tratamento. a prescrição médica continua necessária, portanto, o paciente estará protegido. custo da atenção total à saúde. Quadro 2: Argumentos favoráveis e desfavoráveis à propaganda de medicamentos de venda sob prescrição veiculada diretamente ao consumidor, segundo Mintzes (2002). No Brasil, apesar da legislação proibir a venda destes medicamentos sujeitos à prescrição sem a apresentação da prescrição médica, sabe-se que esta prática existe. Portanto, este tipo de propaganda apresenta riscos maiores em nossa realidade. Contudo, apesar da RDC 102/ANVISA/2000 proibir a propaganda direta ao consumidor de medicamentos de venda sob prescrição, as empresas utilizam outros recursos para burlar a lei, utilizando-se de matérias em revistas sobre determinadas doenças e indicando no texto o nome comercial dos medicamentos que as combatem (CAMARGO DE JESUS, 2003; PESSONI; JERÔNIMO, 2003) ou por programas de grande audiência, como nas novelas,

27 27 onde os atores se referem ao medicamento pelas suas características (cor, formato, indicação). Os fatos mostram que, além de um arcabouço legal, é necessária uma estrutura de monitoramento e fiscalização adequada. Um estudo promovido pela OMS conclui que a falta de pessoal qualificadom em muitos países, é maior problema enfrentado pelas autoridades reguladoras. Os recursos financeiros, também são cruciais, mas não são definitivos. A participação ativa dos consumidores no processo, tanto de desenvolvimento da regulamentação quanto no controle de propagandas, também é importante. (WHO, 2003). Os trabalhos realizados pelos diversos pesquisadores, bem como, os dados obtidos até o momento no Projeto de Monitoração de Propaganda e Publicidade de Medicamentos permitiram a definição de indicadores importantes sobre a qualidade das peças publicitárias captadas em todo o país. Estes dados, associados aos resultados de diversas pesquisas indicando a influência da propaganda de medicamentos na atenção à saúde das pessoas mostram que ainda existe um longo caminho a ser percorrido. O quadro delineado à partir dos estudos realizados no Brasil, indica a necessidade de uma comparação entre a legislação brasileira e regulamentações de outros países ou comunidades supracionais sobre a propaganda de medicamentos, sendo importante a organização de um banco de informações contendo as regulamentações de propaganda de medicamentos de diferentes países ou comunidades supracionais. 2.5 A regulamentação sobre propaganda de medicamentos pela Organização Mundial da Saúde. As ações da OMS em relação à propaganda de medicamentos remontam à Assembléia Mundial de Saúde de 1967, onde foi manifestada a

28 28 preocupação com a veiculação de propagandas consideradas inadequadas. (WHO, 1994). Em 1968, durante a 21ª Assembléia Mundial de Saúde, foram estabelecidos os Critérios Éticos e Cientifícos para a Propaganda Farmacêutica. (Resolução WHA21.41). Estes critérios foram revistos e ampliados, e em 1988, a Assembléia Mundial da Saúde aprovou os Critérios Éticos para a Promoção de Medicamentos. (Resolução WHA41.17)(OMS, 1988). Nos documentos elaborados pela OMS, promoção refere-se a todas as atividades informativas e de persuasão de iniciativa de fabricantes e distribuidores, com o objetivo de induzir a prescrição, o abastecimento, a aquisição ou a utilização de medicamentos. (OMS, 1988). Em 1992 a Assembléia Mundial de Saúde constatou que não existiam informações suficientes sobre a adoção de medidas de controle da propaganda de medicamentos com base nos critérios éticos. À partir desta Assembléia foi publicada a Resolução WHA47.16, a qual menciona que muitos países ainda não haviam implantado regulamentações sobre o assunto. Foi recomendado que os Estados-membros intensificas sem esforços para envolver agências governamentais e de propaganda, fabricantes, distribuidores, profissionais da saúde, universidades, associações profissionais, grupos de pacientes e consumidores no processo de implantação de medidas de controle de propaganda de medicamentos considerando os critérios éticos. (WHO, 1992). Dois anos após, em 1994, na Resolução WHA51.9, foi reafirmado que a regulamentação de medicamentos deve assegurar não apenas a segurança, eficácia e qualidade, mas também a exatidão na informação fornecida; que pacientes, farmacêuticos e prescritores devem ter acesso a informações apropriadas sobre medicamentos e seus efeitos adversos; que a propaganda deve ser exata, confiável e objetiva, e estar em conformidade em requerimentos legaise padrões de ética; que as informações a pacientes e prescritores devem ser fornecidas também aos países para onde medicamentos forem exportados.

29 29 Este documento recomenda que os Estados-membros disseminem os Critérios Éticos e sua experiência na promoção de medicamentos, desenvolvam material educacional e métodos para monitorar a implantação e realizem estudos sobre as atuais práticas promocionais. É destacada a importância do envolvimento de universidades e outras instituições educacionais no desenvolvimento de programas educacionais. A OMS também recomenda que os países estabeleçam regulamentações no sentido de controlar e fiscalizar a publicidade de medicamentos. (WHO, 1994). É importante salientar que os Critérios Éticos para a Promoção de Medicamentos são princípios de caráter geral, não constituem obrigações jurídicas e podem ser adaptados pelos governos à situação política, econômica, cultural, social, educativa, cientifíca e técnica, às suas leis e regulamentos, ao perfil de morbidade, às tradições terapêuticas e ao grau de desenvolvimento do sistema de saúde. (OMS, 1988). No presente estudo, para cada item avaliado, foram analisadas as recomendações pertinentes, constantes dos documentos de 1988 e (OMS, 1988;WHO, 1994).

30 30 I. CONCLUSÃO No presente trabalho procuramos apresentar os aspectos mais relevantes relacionados à regulamentação da publicidade de medicamentos, abrangendo as análises referentes a Organização Mundial da Saúde e a da legislação brasileira. No Brasil, foram encontradas especificações relacionadas à publicidade de medicamentos em leis, decretos, resoluções, portarias e instruções normativas. Sendo assim, procurou-se focar mais a questão ligada a propaganda de medicamentos, em vista do grande número de níveis de detalhamento existentes na legislação. Apesar dessa dificuldade, considerando que a análise visa contribuir para o aprimoramento da regulamentação brasileira e para sua melhor compreensão, procuramos pontuar as principais informações, independente do tipo de instrumento regulatório. Independente das limitações, o estudo mostra uma preocupação com os efeitos das propagandas de medicamentos sobre pacientes/usuários, prescritores, dispensadores, e o próprio sistema de saúde. Todos os documentos apontam para a necessidade de que as informações divulgadas sejam precisas, claras e fidedignas, a fim de evitar danos à saúde e à economia. Para proteger a saúde, é necessário estabelecer sistemas regulatórios fortes com estrutura organizacional sólida, autoridade e recursos adequados para cumprir sua obrigação legal. O arcabouço legislativo é um dos aspectos essenciais para o controle da publicidade abusiva, contudo, é preciso que o país adote meios de fiscalização e controle efetivos, bem como, sistemas administrativos e jurídicos eficientes. Contudo, estes aspectos dificilmente podem ser avaliados na análise documental, uma vez que dependem de características estruturais e sócioculturais do país.

31 31 Algumas especificações poderiam ser abordadas de forma mais detalhada, principalmente em um instrumento tipo de Resolução. As regulamentações diferenciam promoção dirigida a profissionais de saúde daquela direcionada ao público em geral, sendo que esta última é restrita aos medicamentos de venda isenta de prescrição. Se por um lado, é proibida toda a publicidade dos medicamentos de venda sob prescrição ao público em geral, por outro lado, a publicidade dos medicamentos de venda livre também pode ser direcionada para os profissionais de saúde. Sendo assim, considerou-se a apresentação dos requisitos exigidos nas regulamentações, segundo o público-alvo da publicidade mais adequada. Os documentos da OMS subdividem os itens em: requisitos gerais, requisitos para propagandas direcionadas ao público em geral, requisitos para propagandas direcionadas aos profissionais de saúde, requisitos para a visita de representantes, distribuição de amostras gratuitas e patrocínio de eventos. Considerando que no Brasil não há análise prévia da publicidade, mas que o texto das bulas é analisado no processo de registro, as informações constantes nas peças publicitárias deveriam limitar-se àquelas constantes na bula. Este tipo de restrição, embora implícita na proibição de divulgação de propriedades não aprovadas no processo de registro, contribuiria para minimizar o abuso nas recomendações ou indicações do produto, tendo em vista a atual dificuldade de acesso aos documentos de registro. Além disso, as bulas poderiam servir ao público, como um termo de comparação para a verificação das informações da propaganda. Outra determinação que auxiliaria a monitorização das propagandas seria a obrigatoriedade, por parte das empresas anunciantes, do envio de cópia de todo material promocional à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, material esse que passaria a constituir documentação processual, nos casos de evidência de infração à legislação. Em relação à propaganda direcionada aos usuários, a legislação brasileira, através da RDC 102/ANVISA/2000 determina como obrigatórias

32 32 apenas as informações: nome comercial do medicamento; número de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária e nome dos princípios ativos segundo a DCB e na sua falta a DCI, cbem como advertências quanto ao seu abuso, conforme indicado pela autoridade classificatória, além da contraindicação principal. No entanto, não têm sido determinadas pela ANVISA as advertências quanto ao abuso de medicamentos específicos, o que gera, untamente com a exigência de que apenas a contra-indicação principal deva ser divulgada, falta de dados sobre segurança ao usuário, podendo levar o mesmo à conclusão de que alguns medicamentos não apresentam riscos. Sobre este aspecto, entendemos que seria interessante avaliar os principais problemas detectados no Projeto de Monitoração de Propaganda e Publicidade de Medicamentos, verificando-se mensagens que seriam adequadas à realidade brasileira. Quanto à frase obrigatória qiue consta na legislação brasileira, esta tem recebido críticas, como sendo um estímulo à automedicação. Considerando que esta recomendação é estabelecida no Decreto nº 2.018/1996 em seu Art.15: Toda a propaganda de medicamentos conterá, obrigatoriamente, advertência indicando que, a persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado. Uma alternativa seria a introdução de uma advertência adicional, Este produto é um medicamento. Procure o conselho de um profissional da saúde e leia a bula. Em propagandas direcionadas a profissionais da saúde, sugere-se a inclusão de informações adicionais: composição quantitativa dos ingredientes ativos, nome de todos os outros ingredientes, propriedades farmacológicas essenciais, conforme as indicações terapêuticas; data em que a propaganda foi estabelecida ou revisada. Outro aspecto que poderia ser aprimorado na regulamentação brasileira diz respeito ao respaldo científico das informações, sendo necessário um maior detalhamento sobre o assunto.

33 33 Em relação às propagandas direcionadas aos profissionais da saúde, seria importante estabelecer que a promoção ficasse restrita às citações de estudos clínicos ou não clínicos no processo de registro, pois foram esses estudos que embasaram as indicações, contra-indicações e restrições de uso aprovadas. Em relação aos representantes dos laboratórios e à distribuição de amostras gratuitas, bem como ao patrocínio de eventos científicos, a regulamentação brasileira necessita uma discussão maior visando o seu detalhamento. Existe uma preocupação crescente em relação à possibilidade de conflito de interesse entre as atividades de profissionais da saúde, o patrocínio de eventos científicos e as atividades promocionais, principalmente quanto à sua influência no hábito de prescrição. A regulamentação brasileira referente à distribuição de amostras gratuitas, em alguns aspectos é controversa. É preciso estabelecer critérios objetivos quanto ao tamanho, conteúdo e quantidade de amostras a serem distribuídas. O objetivo da amostra gratuita é promover junto aos prescritores, os quais entregarão o medicamento a seus pacientes. Se a quantidade não corresponder ao tratamento, o paciente será obrigado a comprar o restante e, considerando que, em tese, as embalagens comerciais devem corresponder, minimamente, a um tratamento, essa prática contribui para a sobre de medicamentos. Um outro aspecto dis respeito aos medicamentos novos, onde a distribuição de amostras gratuitas representa um incentivo à experimentação de novas terapias e, portanto, deveria ser acompanhada de um sistema adequado de informação e de notificação. Ou seja, a distribuição de amostras gratuitas é um item que requer maior atenção, do ponto de vista ético e de saúde. Além disso, é preciso analisar com maior profundidade o real papel desta atividade promocional. Considerando o aspecto social e o econômico, incluindo a influência do seu custo no custo do produto final.

34 34 Um aspecto não diretamente relacionado ao controle da propaganda de medicamentos, mas fundamental para a saúde pública, é a necessidade de formação crítica por parte dos profissionais de saúde. É fundamental que os profissionais da saúde sejam capazes de analisar criticamente publicações científicas e propagandas, tenham consciência da possibilidade de conflitos de interesse na divulgação de informações sobre medicamentos por parte das próprias empresas produtoras ou de profissionais por elas patrocinados. Assim como os profissionais da saúde, também os usuários deveriam ser eslcarecidos sobre as limitações da obtenção de informações através de propagandas e sobre como os mesmos poderiam contribuir com as atividades de vigilância sanitária. Em todos os aspectos é importante ampliar as discussões a respeito dos reflexos da atividade promocional na atenção à saúde. É preciso que os atores deste processo tenham real noção do alcance das informações, bem como a clareza de suas responsabilidades. Assim, cientes do direito legítimo de usuários, prescritores e dispensadores em receber informações sobre os recursos terapêuticos disponíveis é preciso considerar, também, que estas informações devem ser completas e verdadeiras, incluindo os aspectos econômicos e os reflexos gerais na atenção à saúde.

35 35 II. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Política vigente para a regulamentação de medicamentos no Brasil Disponível em: Acesso em: 09/02/2006. BARROS, J.A.C. DE A. Informação sobre medicamentos: o duplo padrão de conduta das empresas farmacêuticas. Rio de Janeiro: Cadernos de Saúde Pública, volume 16, n.2, p , BARROS, J.A.C; JOANY, S. Anúncios de medicamentos em revistas médicas: ajudando a promover a boa prescrição? Rio de Janeiro: Ciência & Saúde Coletiva, volume 7, n.4, p , BEKELMAN, J.E; LI,Y; GROSS,C.P. Scope and Impact of financial conflict of interest in biomedical research: a systematic review. Journal of the Amercian Medical Association, volume 289, n.4, p , BERMUDEZ, J.A.Z; BONFIM, J.R.A. Medicamentos e a reforma do setor saúde. São Paulo: Hucitec; Sobravime, BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em % htm. Acewsso em: 14/02/ Decreto nº 2.018, de 01 de outubro de Regulamenta a Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996, que dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígenos, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do 4º do artigo 220 da Constituição. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 2 out Disponível em: Acesso em: 07/01/ Decreto nº 3.181, de 23 de setembro de Regulamenta a Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999, que dispõe sobre a Vigilância Sanitária, estabelece o medicamento genérico, dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 24 set Disponível em: http//elegis.bvs.br/leisref/public/showact.php?id=7192. Acesso em: 10/03/2006.

36 36. Decreto nº , de 5 de janeiro de Regulamenta a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, que submete a sistema de vigilância sanitária os medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, produtos de higiene, saneantes e outros. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 7 jan Disponível em: http//e-legis.bvs.br/leisref/public/showact.php?id=933. Acesso em 07/01/ Lei nº 6.360, de 23 de setembro de Dispõe sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 24 set Disponível em: http//elegis.bvs.br/leisref/public/showact.php?id=178. Acesso em: 07/01/ Lei nº 6.437, de 20 de agosto de Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 ago Disponível em: : http//elegis.bvs.br/leisref/public/ssearch.php. Acesso em: 10/03/ Lei nº 8.078, de 11 de setembro de Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12 set Disponível em: : http//planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm. Acesso em: 07/01/ Lei nº 9.294, de 15 de julho de Dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígenos, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do 4º do artigo 220 da Constituição Federal. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 16 jul Disponível em: Acesso em: 07/01/2006. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 47, de 28 de março de Determina que os medicamentos genéricos registrados ou que vierem a ser registrados junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, devem ter, para facilitar a sua distinção, em suas embalagens externas, o logotipo que identifica o medicamento genérico, de acordo com as instruções desta Resolução. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 30 mar Disponível em: Acesso em: 10/03/ Resolução RDC nº 102, de 30 de novembro de Aprova o Regulamento sobre propagandas, mensagens publicitárias e promocionais e outras práticas cujo objeto seja a divulgação, promoção ou comercialização de medicamentos de produção nacional ou importados, quaisquer que sejam as formas de sua veiculação, incluindo

A Propaganda de Medicamentos no Brasil

A Propaganda de Medicamentos no Brasil A Propaganda de Medicamentos no Brasil As principais propagandas de medicamentos no Brasil tiveram início ainda na década de 80 do século XIX. Desde então, o que se constatou foi um crescimento contínuo

Leia mais

RDC 60. Perguntas e Respostas. RDC nº 60, RDC 60 - PERGUNTAS E RESPOSTAS

RDC 60. Perguntas e Respostas. RDC nº 60, RDC 60 - PERGUNTAS E RESPOSTAS Regulamentação SOBRE AMOSTRAS GRÁTIS DE MEDICAMENTOS RDC 60 Perguntas e Respostas RDC nº 60, de 26 de NOVEmbro de 2009 1 Regulamentação SOBRE AMOSTRAS GRÁTIS RDC 60 Perguntas e Respostas RDC nº 60, de

Leia mais

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. EMENDAS DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 4.385, DE 1994. (Do Senado Federal)

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. EMENDAS DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 4.385, DE 1994. (Do Senado Federal) COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR EMENDAS DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 4.385, DE 1994. (Do Senado Federal) Dá nova redação ao artigo 15 da Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o

Leia mais

Resumo das Interpretações Oficiais do TC 176 / ISO

Resumo das Interpretações Oficiais do TC 176 / ISO Resumo das Interpretações Oficiais do TC 176 / ISO Referência RFI 011 Pergunta NBR ISO 9001:2000 cláusula: 2 Apenas os termos e definições da NBR ISO 9000:2000 constituem prescrições da NBR ISO 9001:2000,

Leia mais

Ivo Bucaresky CONBRAFARMA. Diretor ANVISA. Agosto de 2015

Ivo Bucaresky CONBRAFARMA. Diretor ANVISA. Agosto de 2015 Ivo Bucaresky Diretor ANVISA CONBRAFARMA Agosto de 2015 1 PROGRAMA DE MELHORIA DO PROCESSO DE REGULAMENTAÇÃO Diretrizes: Fortalecimento da capacidade institucional para gestão em regulação Melhoria da

Leia mais

Manual de Apoio a Consultas ao Portal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA

Manual de Apoio a Consultas ao Portal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA COORDENADORIA DE TECNOLOGIA EM SAÚDE, ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E APOIO DIAGNÓSTICO COORDENAÇÃO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Manual de Apoio a Consultas ao Portal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 276, DE 2015

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 276, DE 2015 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 276, DE 2015 Altera a Lei nº 11.903, de 14 de janeiro de 2009, para aumentar os prazos de implantação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos. O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Leia mais

RESOLUÇÃO - RDC Nº 23, DE 4 DE ABRIL DE 2012

RESOLUÇÃO - RDC Nº 23, DE 4 DE ABRIL DE 2012 RESOLUÇÃO - RDC Nº 23, DE 4 DE ABRIL DE 2012 Dispõe sobre a obrigatoriedade de execução e notificação de ações de campo por detentores de registro de produtos para a saúde no Brasil. A Diretoria Colegiada

Leia mais

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

CHECK - LIST - ISO 9001:2000 REQUISITOS ISO 9001: 2000 SIM NÃO 1.2 APLICAÇÃO A organização identificou as exclusões de itens da norma no seu manual da qualidade? As exclusões são relacionadas somente aos requisitos da sessão 7 da

Leia mais

Programa Nacional de Controle do Tabagismo AMBIENTE LIVRE DO TABACO

Programa Nacional de Controle do Tabagismo AMBIENTE LIVRE DO TABACO Programa Nacional de Controle do Tabagismo AMBIENTE LIVRE DO TABACO Coordenação de Vigilância em Saúde do Trabalhador Gerência de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador Superintendência de

Leia mais

Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital Preservar para garantir o acesso

Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital Preservar para garantir o acesso Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital Preservar para garantir o acesso Considerando que a informação arquivística, produzida, recebida, utilizada e conservada em sistemas informatizados,

Leia mais

DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO

DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO ROSINALDO PANTOJA DE FREITAS rpfpantoja@hotmail.com DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO RESUMO: Este artigo aborda o Projeto político pedagógico e também

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2010

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2010 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2010 Institui diretrizes para a promoção da alimentação saudável nas escolas de educação infantil, fundamental e de nível médio das redes pública e privada, em âmbito nacional.

Leia mais

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Setembro/2013 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 1. O que são unidades de conservação (UC)?

Leia mais

CHECK LIST DE AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES Divisão:

CHECK LIST DE AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES Divisão: 4.2.2 Manual da Qualidade Está estabelecido um Manual da Qualidade que inclui o escopo do SGQ, justificativas para exclusões, os procedimentos documentados e a descrição da interação entre os processos

Leia mais

RESOLUÇÃO RDC Nº 59, DE 10 DE OUTUBRO DE 2014. Dispõe sobre os nomes dos medicamentos, seus complementos e a formação de famílias de medicamentos.

RESOLUÇÃO RDC Nº 59, DE 10 DE OUTUBRO DE 2014. Dispõe sobre os nomes dos medicamentos, seus complementos e a formação de famílias de medicamentos. RESOLUÇÃO RDC Nº 59, DE 10 DE OUTUBRO DE 2014 Dispõe sobre os nomes dos medicamentos, seus complementos e a formação de famílias de medicamentos. A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância

Leia mais

Desafios para a Comunicação Efetiva em Farmacovigilância no Brasil

Desafios para a Comunicação Efetiva em Farmacovigilância no Brasil IX Encontro Internacional de Farmacovigilância das Américas Painel: Comunicação do Risco em Farmacovigilância: o que fazer para a informação chegar a quem interessa? Desafios para a Comunicação Efetiva

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

BIBLIOTECA ARTIGO Nº 48

BIBLIOTECA ARTIGO Nº 48 BIBLIOTECA ARTIGO Nº 48 MUITO BARULHO POR NADA - COMO COMPLICAR A EXPLICAÇÃO Autores - Marcos Lobo De Freitas Levy e Silvia V. Fridman A ANVISA prevê a elaboração de uma nova resolução para permitir a

Leia mais

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que ANEXO II Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui registro em base de patentes brasileira. Também serão considerados caráter inovador para este Edital os registros de patente de domínio público

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Diário Oficial da União Seção 1 DOU 11 de dezembro de 2013 [Páginas 76-77]

Diário Oficial da União Seção 1 DOU 11 de dezembro de 2013 [Páginas 76-77] *Este texto não substitui o publicado do Diário Oficial da União* Diário Oficial da União Seção 1 DOU 11 de dezembro de 2013 [Páginas 76-77] RESOLUÇÃO - RDC Nº 54, DE10 DE DEZEMBRO DE 2013 Dispõe sobre

Leia mais

adota a seguinte Consulta Pública e eu, Diretor Presidente, determino a sua publicação:

adota a seguinte Consulta Pública e eu, Diretor Presidente, determino a sua publicação: Consulta Pública nº 34, de 28 de junho de 2011. A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe confere o inciso IV do art. 11 e o art. 35 do Regulamento

Leia mais

PARECER Nº, DE 2015. RELATOR: Senador MARCELO CRIVELLA I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE 2015. RELATOR: Senador MARCELO CRIVELLA I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2015 Da COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, em decisão terminativa, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 533, de 2013, do Senador Sérgio Souza, que estabelece a obrigatoriedade de as farmácias

Leia mais

2. Conforme exigido no Anexo II, item 1.4 do edital os produtos devem atender às Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e emprego.

2. Conforme exigido no Anexo II, item 1.4 do edital os produtos devem atender às Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e emprego. Ilmo. Sr. Dr. Pregoeiro SESI/BA Pregão Eletrônico 20/2012 Objeto: Razões de Recurso IMUNOSUL DISTRIBUIDORA DE VACINAS E PRODUTOS MÉDICOS HOSPITALARES LTDA, já qualificada, em face do Pregão Presencial

Leia mais

A Avaliação Ética da Investigação Científica de Novas Drogas:

A Avaliação Ética da Investigação Científica de Novas Drogas: Unidade de Pesquisa Clínica A Avaliação Ética da Investigação Científica de Novas Drogas: A importância da caracterização adequada das Fases da Pesquisa Rev. HCPA, 2007 José Roberto Goldim Apresentado

Leia mais

POLÍTICA DE DESCARTE DE MEDICAMENTOS NA FARMÁCIA ENSINO DO SAS

POLÍTICA DE DESCARTE DE MEDICAMENTOS NA FARMÁCIA ENSINO DO SAS POLÍTICA DE DESCARTE DE MEDICAMENTOS NA FARMÁCIA ENSINO DO SAS CABRAL, Mayara da Nóbrega CHAVES, Antônio Marcos Maia CHAVES, Maria Emília Tiburtino JALES, Silvana Teresa Lacerda MEDEIROS, Leanio Eudes

Leia mais

NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS. INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT]

NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS. INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT] NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT] 1. Os Tribunais de Contas somente podem realizar suas tarefas quando são independentes da entidade auditada e são protegidos

Leia mais

MMX - Controladas e Coligadas

MMX - Controladas e Coligadas POLITICA CORPORATIVA PC. 1.16.01 Política de Meio Ambiente Emissão: 02/10/06 1 Objetivo: Estabelecer diretrizes visando proteger os recursos naturais e o meio ambiente em todas das unidades operacionais.

Leia mais

MEDICAMENTOS GENÉRICOS

MEDICAMENTOS GENÉRICOS MEDICAMENTO GENÉRICO Uma importante conquista para a saúde pública no Brasil 15 anos 15 anos , 15 ANOS DE BENEFÍCIOS PARA A SOCIEDADE BRASILEIRA. Ao completar 15 anos de existência no país, os medicamentos

Leia mais

Genéricos - Guia Básico. Autor: Cesar Roberto CRF-RJ: 7461

Genéricos - Guia Básico. Autor: Cesar Roberto CRF-RJ: 7461 Autor: Cesar Roberto CRF-RJ: 7461 Versão 3.00 2001 Introdução: Este guia visa a orientar o profissional farmacêutico sobre os genéricos, e como este deve proceder na hora de aviar uma receita nesta nova

Leia mais

Guia do Professor. Esta atividade poderá ser realizada, satisfatoriamente, em uma aula de 50 minutos.

Guia do Professor. Esta atividade poderá ser realizada, satisfatoriamente, em uma aula de 50 minutos. Caro Professor, O principal objetivo do projeto RIVED é oferecer aos professores do Ensino Médio novos recursos didáticos, em forma de módulos, para a melhoria da aprendizagem dos alunos em sala de aula.

Leia mais

A Resolução CFM nº 1.974/2011

A Resolução CFM nº 1.974/2011 A Resolução CFM nº 1.974/2011 A Resolução CFM nº 1.974/2011 Publicada no Diário Oficial da União em 19/8/2011. Entra em vigor 180 dias após sua publicação. Ementa: Estabelece os critérios norteadores da

Leia mais

WALDILÉIA DO SOCORRO CARDOSO PEREIRA

WALDILÉIA DO SOCORRO CARDOSO PEREIRA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO E ENSINO DE CIÊNCIAS NO AMAZONAS MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE CIÊNCIAS NO AMAZONAS WALDILÉIA DO SOCORRO CARDOSO PEREIRA PROPOSTAS

Leia mais

PROJETO DE LEI N o 3.763, DE 2008 (Apenso o PL 6.225, de 2009)

PROJETO DE LEI N o 3.763, DE 2008 (Apenso o PL 6.225, de 2009) COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA PROJETO DE LEI N o 3.763, DE 2008 (Apenso o PL 6.225, de 2009) Dispõe sobre a comercialização de óculos e lentes de contato. Autor: Deputado VITAL DO RÊGO FILHO

Leia mais

A SECRETARIA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, no uso de suas atribuições legais, e

A SECRETARIA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, no uso de suas atribuições legais, e PORTARIA SSST Nº 11, de 13/10/1994 "Publica a minuta do Projeto de Reformulação da Norma Regulamentadora nº 9 - Riscos Ambientais com o seguinte título: Programa de Proteção a Riscos Ambientais". A SECRETARIA

Leia mais

COMBATE À FALSIFICAÇÃO E FRAUDE DE MEDICAMENTOS E PRODUTOS FARMACÊUTICOS NO BRASIL

COMBATE À FALSIFICAÇÃO E FRAUDE DE MEDICAMENTOS E PRODUTOS FARMACÊUTICOS NO BRASIL COMBATE À FALSIFICAÇÃO E FRAUDE DE MEDICAMENTOS E PRODUTOS FARMACÊUTICOS NO BRASIL Antônio Carlos da Costa Bezerra ANVISA - BRASIL VII EAMI - Cancun / México M - 15 a 17 de Outubro de 2008 Lei nº. 9.782,

Leia mais

ROTEIRO PARA A ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA - CEUA

ROTEIRO PARA A ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA - CEUA ROTEIRO PARA A ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA - CEUA Estrutura do Projeto de Pesquisa CAPA FOLHA DE ROSTO SUMÁRIO 1. RESUMO 2. PROBLEMA DE PESQUISA OU INTRODUÇÃO 3. REFERENCIAL TEÓRICO (REVISÃO DE

Leia mais

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 Está em andamento o processo de revisão da Norma ISO 9001: 2015, que ao ser concluído resultará na mudança mais significativa já efetuada. A chamada família ISO 9000

Leia mais

Modelo de Plano de Ação

Modelo de Plano de Ação Modelo de Plano de Ação Para a implementação da Estratégia Multimodal da OMS para a Melhoria da Higiene das Mãos Introdução O Modelo de Plano de Ação é proposto para ajudar os representantes de estabelecimentos

Leia mais

DECLARAÇÕES EUROPEIAS DA FARMÁCIA HOSPITALAR

DECLARAÇÕES EUROPEIAS DA FARMÁCIA HOSPITALAR DECLARAÇÕES EUROPEIAS DA FARMÁCIA HOSPITALAR As páginas que se seguem constituem as Declarações Europeias da Farmácia Hospitalar. As declarações expressam os objetivos comuns definidos para cada sistema

Leia mais

Implicações Legais Relacionadas ao Processamento de Artigos que RE 2605/2606

Implicações Legais Relacionadas ao Processamento de Artigos que RE 2605/2606 Implicações Legais Relacionadas ao Processamento de Artigos que Constam da Lista de Proibições RE 2605/2606 Luciana Pereira de Andrade Especialista em Regulação e Vigilância Sanitária Gerência Geral de

Leia mais

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000)

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) Ao longo do tempo as organizações sempre buscaram, ainda que empiricamente, caminhos para sua sobrevivência, manutenção e crescimento no mercado competitivo.

Leia mais

FACULDADE PROCESSUS REGULAMENTO DOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

FACULDADE PROCESSUS REGULAMENTO DOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FACULDADE PROCESSUS REGULAMENTO DOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 0 ÍNDICE NATUREZA E FINALIDADE 2 COORDENAÇÃO DOS CURSOS 2 COORDENAÇÃO DIDÁTICA 2 COORDENADOR DE CURSO 2 ADMISSÃO AOS CURSOS 3 NÚMERO

Leia mais

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA PROJETO DE LEI N o 6.036, DE 2013 Dispõe sobre a restrição do uso de agentes aromatizantes ou flavorizantes em bebidas alcoólicas e da outras providências. Autora:

Leia mais

FACULDADE MORAES JÚNIOR MACKENZIE RIO REGULAMENTO DO PROGRAMA DE NIVELAMENTO CAPÍTULO I DA NATUREZA

FACULDADE MORAES JÚNIOR MACKENZIE RIO REGULAMENTO DO PROGRAMA DE NIVELAMENTO CAPÍTULO I DA NATUREZA FACULDADE MORAES JÚNIOR MACKENZIE RIO REGULAMENTO DO PROGRAMA DE NIVELAMENTO CAPÍTULO I DA NATUREZA Art. 1º. A Faculdade Moraes Júnior Mackenzie Rio FMJ Mackenzie Rio, proporcionará aulas de Nivelamento

Leia mais

NORMATIZAÇÃO DE ESTÁGIO PARA OS CURSOS TÉCNICOS E SUPERIORES DO IFSULDEMINAS

NORMATIZAÇÃO DE ESTÁGIO PARA OS CURSOS TÉCNICOS E SUPERIORES DO IFSULDEMINAS MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUL DE MINAS GERAIS NORMATIZAÇÃO DE ESTÁGIO PARA OS CURSOS TÉCNICOS E SUPERIORES

Leia mais

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006. Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006. Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração Coleção Risk Tecnologia SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006 Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração RESUMO/VISÃO GERAL (visando à fusão ISO 31000

Leia mais

Decreto 8077 14/08/2013 - REGULAMENTA CONDIÇÕES FUNCIONAMENTO EMPRESAS SUJEITAS LICENCIAMENTO SANITÁRIO, Publicado no DO em 15 ago 2013

Decreto 8077 14/08/2013 - REGULAMENTA CONDIÇÕES FUNCIONAMENTO EMPRESAS SUJEITAS LICENCIAMENTO SANITÁRIO, Publicado no DO em 15 ago 2013 Decreto 8077 14/08/2013 - REGULAMENTA CONDIÇÕES FUNCIONAMENTO EMPRESAS SUJEITAS LICENCIAMENTO SANITÁRIO, Publicado no DO em 15 ago 2013 Regulamenta as condições para o funcionamento de empresas sujeitas

Leia mais

Farmácia Universitária

Farmácia Universitária Universidade Federal de Alfenas UNIFAL-MG Faculdade de Ciências Farmacêuticas Farmácia Universitária Regimento Interno Título I Da Farmácia Universitária Art. 1o A Farmácia Universitária da UNIFAL-MG,

Leia mais

FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃODE RECURSOS HUMANOS DA ANTT

FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃODE RECURSOS HUMANOS DA ANTT FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃODE RECURSOS HUMANOS DA ANTT Quadro de Servidores SITUAÇÃO 2008 2009 Abril 2010 CARGOS EFETIVOS (*) 429 752 860 Analista Administrativo 16 40 41 Especialista em Regulação 98 156 169

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 11.438, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2006. Dispõe sobre incentivos e benefícios para fomentar as atividades de caráter desportivo e

Leia mais

RESOLUÇÃO CFP N.º 25/2001

RESOLUÇÃO CFP N.º 25/2001 RESOLUÇÃO CFP N.º 25/2001 Define teste psicológico como método de avaliação privativo do psicólogo e regulamenta sua elaboração, comercialização e uso. O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso das atribuições

Leia mais

Perguntas F requentes Relacionadas à Inscrição de Entidades de Assistência Social nos Conselhos Municipais de Assistência Social e do Distrito Federal

Perguntas F requentes Relacionadas à Inscrição de Entidades de Assistência Social nos Conselhos Municipais de Assistência Social e do Distrito Federal Perguntas F requentes Relacionadas à Inscrição de Entidades de Assistência Social nos Conselhos Municipais de Assistência Social e do Distrito Federal 1. Onde localizar os procedimentos para inscrição

Leia mais

Primo Schincariol Indústria de Cerveja e Refrigerantes S.A.

Primo Schincariol Indústria de Cerveja e Refrigerantes S.A. São Paulo, 14 de maio 2013 À Primo Schincariol Indústria de Cerveja e Refrigerantes S.A. A/C Sr. Luiz Cláudio Taya de Araújo Diretor de Marketing Av. Primo Schincariol, 2300 Itu São Paulo 13312-900 Ref.:

Leia mais

CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E LIMITAÇÕES. 1. Conclusões e Recomendações

CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E LIMITAÇÕES. 1. Conclusões e Recomendações 153 CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E LIMITAÇÕES 1. Conclusões e Recomendações Um Estudo de Caso, como foi salientado no capítulo Metodologia deste estudo, traz à baila muitas informações sobre uma

Leia mais

SISTEMA REGULATÓRIO PARA A AEB. 1 - Introdução

SISTEMA REGULATÓRIO PARA A AEB. 1 - Introdução SISTEMA REGULATÓRIO PARA A AEB 1 - Introdução O objetivo deste documento é apresentar e justificar o sistema regulatório para o desenvolvimento da missão institucional da AEB. 2 Missão, Objetivos e Metas

Leia mais

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004 Sistemas de Gestão O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 Material especialmente preparado para os Associados ao QSP. QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004

Leia mais

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988 TÍTULO VIII DA ORDEM SOCIAL CAPÍTULO II DA SEGURIDADE SOCIAL Seção II Da Saúde Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante

Leia mais

Sistema de Gestão da Qualidade

Sistema de Gestão da Qualidade Sistema de Gestão da Qualidade Coordenadora Responsável Mara Luck Mendes, Jaguariúna, SP, mara@cnpma.embrapa.br RESUMO Em abril de 2003 foi lançado oficialmente pela Chefia da Embrapa Meio Ambiente o Cronograma

Leia mais

Processo de Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade

Processo de Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade 3 Processo de Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade Não existe um jeito único de se implementar um sistema da qualidade ISO 9001: 2000. No entanto, independentemente da maneira escolhida,

Leia mais

Código de Ética do IBCO

Código de Ética do IBCO Código de Ética do IBCO Qua, 14 de Novembro de 2007 21:00 O papel do consultor de organização, no desempenho de suas atividades, é o de assistir aos clientes na melhoria do seu desempenho, tanto nos aspectos

Leia mais

Programa de Capacitação em Gestão do PPA Curso PPA: Elaboração e Gestão Ciclo Básico. Elaboração de Planos Gerenciais dos Programas do PPA

Programa de Capacitação em Gestão do PPA Curso PPA: Elaboração e Gestão Ciclo Básico. Elaboração de Planos Gerenciais dos Programas do PPA Programa de Capacitação em Gestão do PPA Curso PPA: Elaboração e Gestão Ciclo Básico Elaboração de Planos Gerenciais dos Programas do PPA Brasília, abril/2006 APRESENTAÇÃO O presente manual tem por objetivo

Leia mais

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C Mídias sociais como apoio aos negócios B2C A tecnologia e a informação caminham paralelas à globalização. No mercado atual é simples interagir, aproximar pessoas, expandir e aperfeiçoar os negócios dentro

Leia mais

Ministério da Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária RESOLUÇÃO - RDC Nº 38, DE 12 DE AGOSTO DE 2013

Ministério da Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária RESOLUÇÃO - RDC Nº 38, DE 12 DE AGOSTO DE 2013 ADVERTÊNCIA Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União Ministério da Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária RESOLUÇÃO - RDC Nº 38, DE 12 DE AGOSTO DE 2013 Aprova o regulamento

Leia mais

Acompanhamento de preços de produtos para a saúde é desnecessário e prejudicial ao mercado

Acompanhamento de preços de produtos para a saúde é desnecessário e prejudicial ao mercado Acompanhamento de preços de produtos para a saúde é desnecessário e prejudicial ao mercado * Rodrigo Alberto Correia da Silva O mercado brasileiro de produtos para a saúde sofre por conta da publicação

Leia mais

O Papel da ANVISA na Regulamentação da Inovação Farmacêutica

O Papel da ANVISA na Regulamentação da Inovação Farmacêutica O Papel da ANVISA na Regulamentação da Inovação Farmacêutica Renato Alencar Porto Diretor 22 de junho de 2015 Bases legais para o estabelecimento do sistema de regulação Competências na Legislação Federal

Leia mais

A contribuição do Controle Social para Promoção do Uso Racional de Medicamentos

A contribuição do Controle Social para Promoção do Uso Racional de Medicamentos A contribuição do Controle Social para Promoção do Uso Racional de Medicamentos II Seminário Multiprofissional sobre o Uso Racional de Medicamentos Maceió - 2014 Medicamentos e Uso Racional 1975 28ª Assembleia

Leia mais

POLÍTICA DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE (SMS) Sustentabilidade

POLÍTICA DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE (SMS) Sustentabilidade POLÍTICA DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE (SMS) Sustentabilidade POLÍTICA DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE (SMS) A CONCERT Technologies S.A. prioriza a segurança de seus Colaboradores, Fornecedores,

Leia mais

LEI 11.438, DE 29 DE DEZEMBRO DE

LEI 11.438, DE 29 DE DEZEMBRO DE LEI 11.438, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2006 Dispõe sobre incentivos e benefícios para fomentar as atividades de caráter desportivo e dá outras providências. * V. Dec. 6.180/2007 (Regulamenta a Lei 11.438/2006).

Leia mais

18/06/2009. Quando cuidar do meio-ambiente é um bom negócio. Blog: www.tudibao.com.br E-mail: silvia@tudibao.com.br.

18/06/2009. Quando cuidar do meio-ambiente é um bom negócio. Blog: www.tudibao.com.br E-mail: silvia@tudibao.com.br. Marketing Ambiental Quando cuidar do meio-ambiente é um bom negócio. O que temos visto e ouvido falar das empresas ou associado a elas? Blog: www.tudibao.com.br E-mail: silvia@tudibao.com.br 2 3 Sílvia

Leia mais

Ministério da Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 36, DE 25 DE JULHO DE 2013.

Ministério da Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 36, DE 25 DE JULHO DE 2013. ADVERTÊNCIA Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União Ministério da Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 36, DE 25 DE JULHO DE

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA Nº 2517 PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA CONSULTOR POR PRODUTO DATA DE CRIAÇÃO: 29/07/2013

TERMO DE REFERÊNCIA Nº 2517 PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA CONSULTOR POR PRODUTO DATA DE CRIAÇÃO: 29/07/2013 Impresso por: RODRIGO DIAS Data da impressão: 07/08/2013-18:06:16 SIGOEI - Sistema de Informações Gerenciais da OEI TERMO DE REFERÊNCIA Nº 2517 PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA CONSULTOR POR PRODUTO DATA

Leia mais

Farmacêutica Priscila Xavier

Farmacêutica Priscila Xavier Farmacêutica Priscila Xavier A Organização Mundial de Saúde diz que há USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS: quando pacientes recebem medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses adequadas às

Leia mais

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS PLANOS DE CONTINGÊNCIAS ARAÚJO GOMES Capitão SC PMSC ARAÚJO GOMES defesacivilgomes@yahoo.com.br PLANO DE CONTINGÊNCIA O planejamento para emergências é complexo por suas características intrínsecas. Como

Leia mais

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO... 3 2. OBJETIVO... 3 3. ABRANGÊNCIA... 3 4. ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DO RISCO... 4 5. GERENCIAMENTO DO RISCO... 5 6. ATIVIDADES PROIBITIVAS E RESTRITIVAS... 6 7. ANÁLISE DE CRÉDITO...

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2008

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2008 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2008 Altera a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, que dispõe sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos

Leia mais

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS 24 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS Os mercados de capitais na Europa e no mundo exigem informações financeiras significativas, confiáveis, relevantes e comparáveis sobre os emitentes de valores mobiliários.

Leia mais

Política de Gerenciamento de Risco Operacional

Política de Gerenciamento de Risco Operacional Política de Gerenciamento de Risco Operacional Departamento Controles Internos e Compliance Fevereiro/2011 Versão 4.0 Conteúdo 1. Introdução... 3 2. Definição de Risco Operacional... 3 3. Estrutura de

Leia mais

PROCESSO SELETIVO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO SANITÁRIO ANO 2010 PRORROGAÇÃO DE PRAZO DE INCRIÇÕES

PROCESSO SELETIVO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO SANITÁRIO ANO 2010 PRORROGAÇÃO DE PRAZO DE INCRIÇÕES PROCESSO SELETIVO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO SANITÁRIO ANO 2010 PRORROGAÇÃO DE PRAZO DE INCRIÇÕES A Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul, por meio da Escola de Saúde Pública, em parceira

Leia mais

Relatório de Pesquisa de monitoramento de resultados de ações conjuntas ABDI -ANVISA SEBRAE

Relatório de Pesquisa de monitoramento de resultados de ações conjuntas ABDI -ANVISA SEBRAE Relatório de Pesquisa de monitoramento de resultados de ações conjuntas ABDI -ANVISA SEBRAE Dezembro -2012 2012 - Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial - ABDI Relatório de Pesquisa de monitoramento

Leia mais

Normas de regulamentação para a certificação de. atualização profissional de títulos de especialista e certificados de área de atuação.

Normas de regulamentação para a certificação de. atualização profissional de títulos de especialista e certificados de área de atuação. Normas de regulamentação para a certificação de atualização profissional de título de especialista e certificado de área de atuação Em decorrência do convênio celebrado entre a Associação Médica Brasileira

Leia mais

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR A PRODUTOS ALIMENTARES GOURMET

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR A PRODUTOS ALIMENTARES GOURMET INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR A PRODUTOS ALIMENTARES GOURMET BRASIL ABRIL de 2015 Matriz Cultural do Mercado O Brasil é grande consumidor de produtos gourmet, porém existe logicamente um processo seletivo destes

Leia mais

Manual de Implantação e Roteiro para Auditoria do Critérios para Auditoria SISTEMA DE GESTÃO DO PROGRAMA ATUAÇÃO RESPONSÁVEL

Manual de Implantação e Roteiro para Auditoria do Critérios para Auditoria SISTEMA DE GESTÃO DO PROGRAMA ATUAÇÃO RESPONSÁVEL Manual de Implantação e Roteiro para Auditoria do Critérios para Auditoria SISTEMA DE GESTÃO DO PROGRAMA ATUAÇÃO RESPONSÁVEL É proibida a reprodução total ou parcial deste documento por quaisquer meios

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 11.438, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2006. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte

Leia mais