UFSCAR E MOVIMENTOS SOCIAIS DA REGIÃO DE SOROCABA/SP - BRASIL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UFSCAR E MOVIMENTOS SOCIAIS DA REGIÃO DE SOROCABA/SP - BRASIL"

Transcrição

1 UFSCAR E MOVIMENTOS SOCIAIS DA REGIÃO DE SOROCABA/SP - BRASIL Marcos Francisco Martins Adriana Rosmaninho Caldeira de Oliveira André Cordeiro Alves dos Santos Dulcinéia de Fátima Ferreira Pereira Kelen Christina Leite Marcos Roberto Vieira Garcia Maria Carla Corrochano Rosalina Burgos Teresa Mary Pires de Castro Melo Viviane Melo de Mendonça 1 Resumo: o texto apresenta parte das relações que a UFSCar Campus Sorocaba mantém junto aos movimentos sociais da região. Articulado em quatro momentos, no primeiro há uma exposição sobre a origem e o desenvolvimento das universidades, no segundo apresenta uma caracterização das universidades como instâncias indutoras do desenvolvimento econômico, social, político e cultural, e no terceiro relata a experiência das UFSCar na construção de uma relação mais orgânica com os movimentos e organizações sociais, que se iniciou com o I Encontro UFSCar-Movimentos Sindicais e Sociais da região de Sorocaba e se consolida por meio de um Fórum Permanente. O texto é finalizado ressaltando duas questões: a necessidade de as universidades, muitas das quais estatais, se tornarem efetivamente públicas, induzindo um modelo de desenvolvimento alternativo ao do capital, e a dificuldade de os seus sujeitos manterem uma afinidade com os movimentos e organizações sociais, uma vez que essa relação não tem status na comunidade científica e o conhecimento por ela produzido não é reconhecido como de qualidade pela métrica quantitativa por ela assumida. Palavras-chave: universidades, movimentos sociais, educação, extensão. Resumen: el artículo presenta las relaciones que UFSCar Campus Sorocaba mantiene unidos los movimientos sociales de la región. Articulado en tres etapas, la primera es una exposición del origen y desarrollo de las universidades, el segundo presenta una caracterización de las universidades como instancias que inducen económica, social, política y cultural, y la tercera describe la experiencia de la construcción de un UFSCar relación más orgánica con movimientos y organizaciones sociales, que se inició con el "primer Encuentro UFSCar-sindicatos y movimientos sociales en Sorocaba" y consolidada a través de un "Foro Permanente". El texto concluye poniendo de relieve dos cuestiones: la necesidad de las universidades, muchas de las cuales el estado, convirtiéndose prácticamente en público inducir un modelo de desarrollo alternativo de la capital, y la dificultad de los sujetos siendo una afinidad con los movimientos y organizaciones sociales, ya que esta relación no tiene un estatus en la comunidad científica y el conocimiento 1 Docentes do DCHE (Departamento de Ciências Humanas e Educação), DGTH (Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades) e DBio (Departamento de Biologia) do CCTS (Centro de Ciências e Tecnologias para a Sustentabilidade) da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) Campus Sorocaba, organizadores do I Encontro UFSCar-Movimentos Sindicais e Sociais da Região de Sorocaba e participantes do Fórum Permanente dos Movimentos Sociais da Região de Sorocaba.

2 producido por ella no se reconoce como una métrica de calidad para cuantitativa asumido por ella. Palabras clave: universidades, movimientos sociales, la educación, la extensión. INTRODUÇÃO Este texto é assinado por docentes de três Departamentos da UFSCar Campus Sorocaba que articularam as seguintes atividades de extensão: o I Encontro UFSCar-Movimentos Sindicais e Sociais da Região de Sorocaba e o Fórum Permanente UFSCar-Movimentos Sindicais e Sociais da Região de Sorocaba. Os referidos I Encontro e Fórum, como atividades extensionistas, tornaram-se espaços e tempos de uma articulação da universidade com os que protagonizam as lutas sociais na região em que o Campus da UFSCar foi instalado, em O objetivo do texto é não somente expor uma experiência de articulação de ações extensionistas, das quais decorrem atividades de ensino e pesquisa, mas também, e principalmente, problematizar o conceito de universidade a partir de uma visão histórica, suas funções e sua dinâmica no contexto atual do mundo capitalista globalizado. Assim, o texto se articula em quatro momentos. No primeiro deles há uma exposição sobre as origens históricas e o desenvolvido das universidades, de cuja análise resulta a constatação, na segunda parte, de que estas não são entidades neutras, mas que, ao desenvolverem suas precípuas tarefas (ensino, pesquisa e extensão) caracterizam-se como sujeitos indutores do desenvolvimento econômico, social, político e cultural. Por sua vez, na terceira parte, há o relato da experiência da desenvolvidas pelo Campus Sorocaba da UFSCar na construção de uma relação orgânica com os movimentos e organizações sociais, que se iniciou com o I Encontro, em 2011, e se consolida, em 2013, por meio do Fórum Permanente. Nos apontamentos conclusivos, é ressaltado que as universidades brasileiras, historicamente, se caracterizaram como instituições estatais, e não públicas, porque colaboram, tornaram-se pontas de lança do processo de promoção daquilo que foi necessário ao desenvolvimento do capital, sendo um desafio a ser superado colocar as universidades brasileiras, ditas públicas, a serviço de um modelo alternativo de desenvolvimento, o que só será alcançado se se mantiver uma relação orgânica com os protagonistas das lutas sociais, os movimentos sociais, em favor da educação como bem público, e não como mercadoria. Essa estrutura textual sintetizou, com algumas alterações, dois capítulos de livro, quais sejam: o Prólogo do livro História dos movimentos sociais da região de Sorocaba, publicado em 2012 (MARTINS, 2012) e o capítulo intitulado Universidade brasileira em construção: propostas e tensões na disputa pela hegemonia, a ser publicado no livro Bacharelado interdisciplinar: a experiência da Universidade Federal de Alfenas, no Campus avançado de Poços de Caldas, organizado pelos professores Amanda Rezende Costa Xavier, Cláudio Antônio de Andrade Lima e Maria Emília Almeida da Cruz Tôrres. ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DAS UNIVERSIDADES São bastante diferentes as visões sobre a relação entre universidade e realidade social. O que se percebe historicamente, porém, é que as universidades,

3 em sua origem e desenvolvimento histórico, estão intimamente ligadas aos processos econômicos, sociais, políticos e culturais, mantendo com eles uma relação dialética e, assim, sendo palco, também, de inumeráveis contradições. Uma das hipóteses históricas sobre as origens das universidades aponta a Escola Pitagórica como sendo a primeira experiência daquilo que hoje se chama universidade. Ela funcionou entre os séculos VI e V a.c, na ilha de Crotona, ao sul da Itália. A Escola Pitagórica consistia em uma sociedade secreta que tomava o número como fundamento do ser, pois todo o cosmo, para os pitagóricos, poderia ser ordenado pelos números, além do que eles eram tidos também como base para os fenômenos físicos. As experiências da referida Escola influenciaram sobremaneira a antiguidade clássica, a Idade Média e mesmo a Renascença. Todavia, a Academia de Platão (428 ou 427 a.c., em Atenas, a 348 ou 347), recorrentemente, é citada como histórica experiência originária das universidades. Fundada em 387 no bosque de Academus (herói da Guerra de Tróia que neste local, próximo a Atenas, fundou um centro de treinamentos físicos), ela visava à promoção de estudos superiores relacionados à filosofia e à cultura em geral. Funcionou até o ano de 528 d.c., quando foi fechada por Justiniano I, que nela via ameaça à expansão do cristianismo. A moderna e ocidental visão sobre a origem daquilo que se chama hoje de universidade admite que ela tenha nascido no tempo medieval, na mesma época das Cruzadas e durante o Renascimento do século XII, sobretudo na Itália (século XI, em Bolonha) e na França (século XII, em Paris). O objetivo das experiências universitárias medievais era o de dar continuidade à tradição escolar do mundo romano, mas sob o comando da Igreja Católica e dedicando-se ao ensino de lógica, filosofia, teologia, direito, astronomia e medicina, com vistas à instituição de uma corporação socialmente organizada para formar mestres e discípulos. Tais universidades reproduziam o [...] espírito corporativo [...] medieval [...], e [a] cultura clássica para barrar a entrada das ciências experimentais e do enciclopedismo. Em suma, a universidade era vista como um aparelho ideológico do Ancien Régime. (CUNHA, 1988, p. 13) Posteriormente, as universidades se desenvolveram de diferentes formas, principalmente a partir do século XIX, momento em que verifica a superação da universidade medieval pela moderna e contemporânea, em decorrência de uma série de fenômenos sociais articulados que produziram suas condições de surgimento. Mormente três fenômenos colaboraram sobremaneira nesse processo, quais sejam: um cultural, a modificação da mentalidade medieval, consolidada pelo Iluminismo; outro sócio-político, a Revolução Francesa; e a Revolução Industrial, com severas implicações de cunho econômico. Nesse novo cenário histórico, surgiram-se e se desenvolveram, basicamente, cinco diferentes modelos universitários nos dois séculos subsequentes: o francês ou napoleônico, o alemão ou humboldtiano, o inglês ou oxbridge (Oxford e Cambridge), o norte-americano ou pragmático e o soviético. O modelo universitário francês ou napoleônico influenciou, sobretudo, o sul da Europa, tendo sido trazido ao Brasil com Dom João VI, que aqui [...] criou instituições isoladas de ensino superior para a formação de profissionais, conforme o figurino do país inimigo naquela conjuntura (França napoleônica) (CUNHA, 1988, p. 16). O modelo francês advoga a universidade como instituição do Estado e para o Estado, em substituição à Igreja Medieval, e estimula a formação de profissionais que atendam suas demandas. Surgiu na França à época do Império Napoleônico, e se expressou, principalmente, na Universidade de Paris (1806). Entres as características das universidades que seguem esse modelo, destacam-se: os profissionais que atuam nas universidades estão a serviço do Estado, mais do que a

4 serviço da sociedade; a universidade é tida como instituição laica (influência da Revolução Francesa) que se configura como parte da administração estatal, isto é, sem autonomia; volta-se à formação massiva de quadros técnicos e políticos necessários ao funcionamento do Estado, cuja gestão é autoritária, centralizada e mantém o controle ideológico, uma tradição advinda das corporações militares; o ensino é oferecido em campi universitários nos quais os docentes são orientados por currículos padronizados, que conferem ao estudante o grau necessário ao exercício da profissão. Em parte, foi contra esse modelo universitário que os jovens franceses se rebelaram em O modelo alemão ou Humboldtiana é o que advoga a universidade de pesquisa. De inspiração [...] na matriz filosófica do idealismo alemão, com sua ambigüidade liberal/autoritária (CUNHA, 1988, p. 17), foi criado na Alemanha ao final do século XVIII por Guilherme de Humboldt, fundador da Universidade de Berlim (1810). Visava a forjar um espírito nacional em resistência, no âmbito cultural, ao Império napoleônico, preponderante sob o ponto de vista político, econômico e militar. Suas características são as de uma instituição pública elitizada, que articula formação humana e investigação científica voltada à produção de conhecimentos amplos, e não conhecimentos específicos para uma finalidade qualquer, por exemplo, as definidas pelo Estado ou pela dinâmica econômica. Esse modelo, Particularmente, o messianismo universitário, a limitação da autonomia universitária pelo Estado e os princípios de organização da universidade, todos de Fichte 2, devem ter tido um papel central na formulação da doutrina da reforma educacional (Ibidem, p. 17) brasileira da década de Pode-se dizer que Para os mentores intelectuais da universidade alemã como Fichte, Schleiermacher e Humboldt a plenitude da verdade não era sua desembocadura técnico-experimental, mas espiritual-especulativa. A ciência tem sua finalidade na verdade e a verdade basta a si mesma. Privada desse centro especulativo desinteressado, a seu ver, a universidade correria o risco de dissolução ao nível dos diversos interesses que colocariam a perder sua identidade, autonomia e unidade. Seguindo esta forma de pensar a universidade alemã seria, antes de mais nada, a universidade da ciência que descansa sobre si mesma e não uma universidade do saber aplicado e das profissões. O saber não se inclina ante a instrumentalização. Tarefa da universidade será investigar a verdade através da busca desinteressada do conhecimento. Ao passo que no modelo francês a universidade se submete aos interesses do Estado, no modelo alemão é o Estado que deve orientar-se nas verdades estabelecidas nos caminhos reflexivos da razão, manejada pelo Estado. (GOERGEN, 2011, s/p.) O modelo universitário inglês, de inspiração humanística e liberal, caracterizou-se por forjar um tipo de universidade de ensino, isto é, voltada a criar e 2 A filosofia idealista de Fichte ( ) concebe a realidade como produto da atividade de um eu puro universal, absoluto e transcendental -, do qual resultam os diferentes eus empíricos, eus particulares, concretizados no tempo e no espaço, no mundo da natureza, identificados como nãoeu. A oposição entre eu e não-eu, natureza resultante do espírito, acaba por se tornar o terreno no qual são lançadas as bases para que o eu puro supere os desafios de sua própria eticidade por meio de um processo ativo, ascendente e infinito (busca de concretude dos ideais, vontade de buscar a superação dos limites que a ela são impostos), dando origem a uma metafísica imanente inspirada na razão prática kantiana. Fichte firma posição em favor da consciência e da liberdade, em oposição ao determinismo e dogmatismo muito apregoados à sua época e dos quais resultam a passividade e a aceitação.

5 difundir o espírito moral e intelectual liberal 3. Expressou-se, mormente, em Oxford e Cambridge, instituições destinadas à formação do gentleman (elite burguesa), isto é, de indivíduos cujo caráter e ação orientam-se pelo liberalismo. Segundo esse modelo, as universidades comprometem-se com o aspecto cognitivo e com a transmissão do saber universal, da cultura geral, e não imediatamente com a formação profissional. O objetivo dessas instituições era o de formar as lideranças burguesas aptas a consolidar a liderança inglesa na economia e no cenário político mundial. O modelo norte-americano, de inspiração pragmática, admite como critério de verdade a utilidade do saber. Originou-se no final do século XIX. Entre suas características estão a abertura da gestão para a comunidade, já que se pretende como instituição à serviço do país, ou melhor, de seu desenvolvimento econômico. Nela, ensina-se o que se necessita imediatamente, com a organização compromissada com a diversidade e multiplicidade local, atendida por um tipo de saber que se apresenta como instrumento de ação, e não de diletantismo. Daí ser facilmente adaptável às transformações do mundo e apta a atender ao mercado. Esse modelo pragmático inspirou reformas educacionais no Brasil (cf. BATTISTUS e LIMBERGER, 2006), e particularmente A reforma do ensino superior após as manifestações de descontentamento de 1968 e justamente para a sua contenção (CUNHA, 1977, p. 240) pela Ditadura Civil-Militar 4, o que propiciou o desenvolvimento das universidades brasileiras em outros moldes 5. Na verdade, 3 A Universidade Inglesa é mais inspirada no tipo humanístico. Segundo Ribeiro (3), este modelo é tipicamente voltado para o ensino, principalmente para o ensino das elites. Visa, principalmente, formar o homem elegante, de fino trato, com uma cultura geral e humanística, que possa ocupar posições de destaque na vida social, particularmente na vida pública. Tem como referências maiores as Universidades de Oxford e Cambridge. (REINERT, s/d, p. 2) 4 Foi durante esse período que tomou forma a doutrina da reforma da universidade brasileira, expressa em dois decretos-lei e na Lei nº 5540, de novembro de (CUNHA, 1988, p. 17) Na década de 1960, várias medidas [...] oficiais são adotadas em relação à universidade. Três delas merecem destaque: o plano de assistência técnica estrangeira, consubstanciado pelos acordos MEC/USAID; o Plano Atcon (1966) e o Relatório Meira Mattos (1968). Concebida como estratégia de hegemonia, a intervenção da USAID na América Latina se processa de modo integrado, nos anos 60, em várias áreas e sob três linhas de atuação: assistência técnica; assistência financeira, traduzida em recursos para financiamento de projetos e compra de equipamentos nos EUA, além da assistência militar, concretizada pela vinda de consultores militares norteamericanos ao Brasil e do treinamento de militares brasileiros nos Estados Unidos, assim como do fornecimento de equipamentos militares. [...] Em fins de 1967, preocupado com a subversão estudantil, o Governo cria, por meio do Decreto nº , comissão especial, presidida pelo General Meira Mattos [...]. Do relatório final [...] algumas recomendações também vão ser absorvidas pelo Projeto de Reforma Universitária: fortalecimento do princípio de autoridade e disciplina nas instituições de ensino superior; ampliação de vagas; implantação do vestibular unificado; criação de cursos de curta duração e ênfase nos aspectos técnicos e administrativos. Com a proposta de fortalecer o princípio de autoridade dentro das instituições de ensino, pretendiam Meira Mattos e os membros da Comissão instaurar no meio universitário o recurso da intimidação e da repressão. Tal recurso é implementado plenamente com a promulgação do Ato Institucional nº 5 (AI-5), de 13 de dezembro de 1968, e com o Decreto-lei nº 477, de 26 de fevereiro de 1969, que definem infrações disciplinares praticadas por professores, alunos e funcionários ou empregados de estabelecimentos públicos ou particulares e as respectivas medidas punitivas a serem adotadas nos diversos casos. [...] Entre as medidas propostas pela Reforma, com o intuito de aumentar a eficiência e a produtividade da universidade, sobressaem: o sistema departamental, o vestibular unificado, o ciclo básico, o sistema de créditos e a matrícula por disciplina, bem como a carreira do magistério e a pós-graduação. (FÁVARO, 2006, p. 30 a 32) 5 O ensino superior privado que surgiu após a Reforma de 1968 tende a ser qualitativamente distinto, em termos de natureza e objetivos, do que existia no período precedente. Trata-se de outro sistema, estruturado nos moldes de empresas educacionais voltadas para a obtenção de lucro econômico e para o rápido atendimento de demandas do mercado educacional. Esse novo padrão, enquanto tendência, subverteu a concepção de ensino superior ancorada na busca da articulação entre ensino

6 Não se tratava de fazer tabula rasa do ensino superior existente no Brasil, mas de promover a sua modernização na direção do modelo norteamericano, pelo menos da direção de certos aspectos desse modelo, devidamente selecionados pelos dirigentes do aparelho educacional. (CUNHA, 1988, p. 19) O modelo soviético, por sua vez, comprometeu-se com o desenvolvimento do regime socialista e com a consecução de seu planejamento econômico e social. Sua origem remonta à constituição da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) e tem como característica a educação monopolizada pelo Estado, destinada à promoção da economia nacional, com bases na ideologia e na cultura socialista. Visava a formar quadros aptos a desenvolverem o planejamento do Estado Soviético. Pode ser considerada como uma vertente do modelo francês, mas desenvolvido em outro contexto e com outras finalidades. No final do século XIX e início do século XX, no contexto da Revolução Russa e do fim da Primeira Guerra Mundial, a América Latina conheceu as oportunas palavras da rebeldia estudantil expressas no Manifesto de Córdoba (cf.: < contra o [...] modelo de universidade tradicional existente na América Latina que, não seria exagero dizer, ainda dependente de um paradigma colonial de organização da educação superior (OLIVEIRA e AZEVEDO, s/d, p. 69). O movimento estudantil que se levantou em Córdoba Argentina, em greve geral a partir de 31 de março de 1918, [...] prosseguiu pelos meses seguintes: os estudantes em greve geral e a administração querendo conter os ímpetos reformistas. O bispo de Córdoba chegou a emitir uma Carta Pastoral condenando a mobilização estudantil que ganhava adeptos externos à Universidade. No mês de julho, realizouse o I Congresso Nacional de Estudantes Argentinos. Reunidos em Córdoba, definiram de forma mais consistente o que havia sido apresentado no Manifesto de 21 de junho. A reivindicação pode ser sintetizada nos seguintes pontos: coparticipação dos estudantes na estrutura administrativa; participação livre nas aulas; periodicidade definida e professorado livre das cátedras; caráter público das sessões e instâncias administrativas; extensão da Universidade para além dos seus limites e difusão da cultura universitária; assistência social aos estudantes; autonomia universitária; universidade aberta ao povo. Em 7 de agosto o reitor Nores renunciou. Em 9 de setembro, os estudantes tomaram a direção e o controle da Universidade e reabriram a instituição. O governo de Yrigoyen designou como interventor o próprio ministro da Educação, José Salinas, que foi recebido em outubro com apoio dos estudantes. Salinas levou a cabo o projeto de reforma universitária tal como reivindicado pelos estudantes, assegurando o triunfo do movimento universitário que se espalhou por toda América Latina e estabeleceu as bases para o funcionamento das universidades do continente. (FREITAS NETO, s/d, p. 64 e 65) De fato, o movimento de Córdoba de 1918 ressoou na América Latina à época e ainda hoje faz eco 6, tendo se tornado exemplar da defesa da e pesquisa, na preservação da autonomia acadêmica do docente, no compromisso com o interesse público, convertendo sua clientela em consumidores educacionais. (MARTINS, 2009, p. 17) 6 Veja-se, por exemplo, que o tema do 14º Conselho Nacional das Entidades de Base (CONEB) da UNE (União Nacional dos Estudantes), realizado entre os dias 18 a 21 de janeiro de 2013 no Recife/Pernambuco-Brasil, foi Reforma Universitária: do Manifesto de Córdoba aos nossos dias (cf.: <

7 democratização do ensino superior 7 e na articulação dessa agenda específica a uma agenda maior, que diz respeito ao modelo de desenvolvimento econômico, social, político e cultural das nações latino-americanas. Atualmente, percebe-se que as universidades estão se reorganizando no que concerne à sua forma e conteúdo, princípios e finalidades. Esse processo tem sido inspirado por três articulados fenômenos que se desenvolveram desde a segunda metade do século XX até estes primeiros anos do século XXI, quais sejam: um fenômeno sócio-político, o neoliberalismo; um fenômeno cultural, a pósmodernidade; e um fenômeno econômico, chamado de produção enxuta ou flexível, ou ainda simplesmente de toyotismo. Eles têm impactado significativamente a realidade global, interferindo em todas as suas dinâmicas constitutivas e constituintes, inclusive na educação formal, particularmente nas universidades. Pelo que se observa, este mundo liberal pós-moderno [...] converte pesquisa em produção, constrangendo-se à pressa e à produtividade quantificada do conhecimento, adaptando-se à obsolescência permanente das revoluções técnicas, promovidas pelas inovações industriais segundo a lógica do lucro. A temporalidade do mercado confisca o tempo da reflexão [...] Seu discurso não diz mais o "universal" e se limita a formulações técnicas, perdendo-se o sentido do conhecimento e seus fins últimos [...] não lida mais com as "grandes narrativas" nem busca a fundamentação do conhecimento e seus primeiros princípios. Como o mercado, se pauta pela mudança incessante de métodos e pesquisas. Nada aprofunda, produzindo uma cultura da incuriosidade, imune ao maravilhamento. Em sua pulsão antigenealógica, acredita que tudo o que nela se desenvolve deve a si mesma, não reconhecendo nenhuma dívida simbólica com as gerações passadas. Essa circunstância, por sua vez, pode ser compreendida no âmbito da massificação da cultura e da universidade. [...] Para isso, a graduação retoma o ensino médio, a pósgraduação a graduação, o doutorado o mestrado, cuja continuidade é o pós-doutorado, tudo culminando na ideia da "formação continuada" e de avaliações permanentes. [...] Massificada a cultura, proliferaram [...] a privatização do ensino e seu barateamento, as universidades particulares - salvo as exceções de praxe - prometendo ascensão social e acesso ao "ensino superior" e decepcionando suas promessas. [...] Na sociedade pósmoderna, o consenso é produzido pela mídia e suas pesquisas de opinião, através da eficiência persuasiva da televisão, que primeiramente cria a opinião pública e depois pesquisa o que ela própria criou. Razão pela qual massificação significa perda da qualidade do conhecimento produzido e transmitido, adaptado às exigências de massas educadas pela televisão, com dificuldade de atenção e treinadas para a dispersão, mimadas por uma educação que se conforma a seu último ethos. [...] A cultura pós-moderna é a da "desvalorização de todos os valores". Sua noção de igualdade é abstrata, homóloga à do mercado onde tudo se equivale. Em meio à revolução liberal pós-moderna, a universidade presta serviços e se adapta à sociedade de mercado e ao estudante, convertido em cliente e consumidor, como o atesta a ideologia do controle dos docentes por seus alunos. (MATOS, 2011, s/p.) 7 A chamada Reforma de Córdoba de 1918 é um marco histórico incontornável para se compreender os demais processos de reforma universitária, ocorridos em outros países latinoamericanos, tais como: Peru, Cuba, Uruguay, Chile e outros, o que a torna referência obrigatória em qualquer debate que tenha por objeto a democratização da universidade e a defesa de princípios tais como: a) autonomia universitária; b) eleição dos dirigentes pela comunidade acadêmica; c) concursos para a provisão de cargos docentes; e) docência livre; f) assistência livre; g) gratuidade do ensino; h) renovação dos métodos de ensino e aprendizagem; i) assistência social para permanência dos estudantes e democratização do acesso j) extensão universitária; k) integração e unidade latinoamericana. (OLIVEIRA e AZEVEDO, s/d, p. 69)

8 Foi esse novo contexto que inspirou, entre outros eventos na área das reformas universitárias, a Declaração de Bolonha (DECLARAÇÃO DE BOLONHA, 1999). Firmada em por 29 ministros de nações européias reunidas na cidade de Bolonha, teve a finalidade de adaptar o modelo universitário europeu ao novo contexto global, com vista a construir o sistema europeu de ensino superior para melhorar a empregabilidade e a competitividade. Sugeriu uma didática interdisciplinar, com a formação em ciclos por meio de sistemas comuns de créditos transferíveis, facilitando a mobilidade entre instituições cooperadas e, assim, forjando as bases de um novo paradigma para as universidades européias. Caracteriza-se pela facilitação à interferência do mercado na dinâmica universitária e colabora com o processo de fragmentação e mercantilização da educação, fato que deu origens a protestos estudantis em várias partes da Europa. Tal modelo tem tido grande influência no Brasil, sobretudo orientando processos de reestruturação curricular de instituições universitárias tradicionais de ensino superior e mesmo pautando a criação de novas instituições e campi, principalmente nos sistemas públicos de educação. Em que pese a situação universitária presente, ainda é possível dizer que as instituições de ensino superior guardam longa tradição histórica de compromisso com o respeito à diversidade de idéias e opiniões, e devem assim se manter, fazendo de seu espaço um ambiente plural, suscetível às divergências, mas comprometidas com o desenvolvimento econômico, social, político e cultural das relações sociais. Nesse sentido, se reconhece aqui as divergências quanto à caracterização da universidade, mas, na mesma medida, advoga-se o direito de reafirmar o compromisso da universidade de, ao desenvolver suas precípuas atribuições, apresentar-se como um dos sujeitos sociais indutores do desenvolvimento econômico, social, político e cultural, traduzido no esforço coletivo de construção de um novo padrão civilizatório que seja superador do status quo capitalista vigente. CARACTERIZAÇÃO DAS UNIVERSIDADES COMO INSTÂNCIAS INDUTORAS DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, SOCIAL, POLÍTICO E CULTURAL No Brasil, os modelos universitários efetivados na Europa e nos EUA reverberam também, e sempre articulados às situações econômicas, sociais, políticas e culturais vigentes. Veja-se, por exemplo, que a criação da universidade no Brasil (Universidade do Brasil, em 1920, no Rio de Janeiro, e da Universidade de São Paulo, em 1934) atendeu aos interesses e necessidades dos grupos e classes sociais dominantes sob o ponto de vista econômico e dirigente ético-política, cultural e ideologicamente, completamente alienado dos interesses populares. Nos períodos subsequentes, o processo se repetiu, mas atendendo a outras realidades, como é o caso da industrialização e urbanização nacional, nas décadas de 1940 a 1960, e o da autoritária e pragmática versão universitária da ditadura civil-militar, nos anos 1960 e 1980, período no qual Com a ditadura dos anos 1960 no Brasil, a universidade pública moderna concebida de início para formar as elites governantes, a partir do ideário de universidade cultural, científica e com suas áreas técnicas começa sua desmontagem, o que resulta em sua massificação. (MATOS, 2011b, p. 4) Ou seja, no período seguinte ao da ditadura civil-militar passa-se a conviver no Brasil com a realidade da imposta modernização nacional, orientada pelo modelo capitalista neoliberal, sobretudo, com a expansão do ensino privado, como o visto

9 entre as décadas de 1990 a 2000 (cf. MINTO, 2012), bem como com o sucateamento das universidades públicas, mormente as federais, por meio, por exemplo, da não reposição de seu quadro docente e de servidores administrativos, nem mesmo em caso de aposentadoria, além da imposição de um amplo processo de terceirização de atividades e do achatamento dos salários dos servidores. Pelo que se percebe da retrospectiva histórica do desenvolvimento das universidades é que elas têm uma profunda articulação com a vida social, com a qual mantém uma relação de tipo dialético, ou melhor, a dinâmica social de uma determinada localidade geográfica e em uma determinada época exige uma instituição de nível superior formadora dos indivíduos e de grupos sociais, e os indivíduos e grupos sociais, por sua vez, encontram na universidade a forma de se incluírem na totalidade da vida social vigente, segundo seus parâmetros objetivos (como é caso da profissionalização) e subjetivos (formação moral, visão de mundo, etc.). Em outros termos, se pode dizer que a Universidade sintetiza em suas particularidades e em suas precípuas funções, as características, os perfis da sociedade na qual ela está inserida, servindo-lhe como elemento indutor de determinado tipo de desenvolvimento social. As normas legais e supra-legais brasileiras informam que a universidade caracteriza-se por ser uma instituição cuja atribuição fundamental é a de desenvolver três tipos de funções indissociáveis: ensino, pesquisa e extensão, que podem ou não estar a serviço do desenvolvimento de novas relações sociais, isto é, constitui-se como reprodutora das relações sociais ou pode ser um dos sujeitos indutores de sua superação. O ensino caracteriza-se pela socialização, por diferentes meios, de saberes, de valores e de fazeres produzidos historicamente. Nos dias atuais, diversas práticas de ensino de graduação restringem-se a formar quadros para o mercado de trabalho, mas é necessário que elas promovam a elevação do nível cultural da comunidade acadêmica e de sua respectiva atuação sociopolítica, isto é, que formem integralmente homens e mulheres aptos a se tornarem protagonistas no processo de transformação do modo de vida social (cf. SAVIANI, 1983). Se cabem críticas ao ensino desenvolvido em muitas universidades brasileiras, públicas e privadas, é porque parte delas deixou de lado a formação humana e dedicam-se exclusivamente à formação técnico-profissional para o mercado, que é inumano, imediatista e utilitarista. A pesquisa, por seu turno, é a atividade cujo objetivo é produzir conhecimentos. É isso o que se faz, por exemplo, nas universidades, os grupos de pesquisa e os que estão vinculados aos programas de Mestrado e Doutorado. Nesse caso, também, apresenta-se o dilema em atender imediatamente as demandas do mercado ou desenvolver autonomamente pesquisas que tenham repercussão humana e social para além dele, de seus fundamentos, métodos, perspectivas e interesses. Portanto, o processo de pesquisa não passa imune aos dilemas e contradições econômicas, sociais, políticas e culturais (cf. KUHN, 2000), muito embora haja paradigmas científicos, como o positivismo, que advoguem o mito da neutralidade científica (cf. JAPIASSU, 1975). A extensão compõe-se de um conjunto de atividades com o objetivo de levar os saberes, valores e fazeres que circulam no interior das universidades para a comunidade. O atendimento a demandas sociais, como os cursos gratuitos de educação de jovens e adultos, é exemplo típico de atividades de extensão, assim como, também, parcerias entre as universidades e corporações do mercado. O processo extensionista pode ocorrer, basicamente, de duas formas distintas: como uma imposição dos sábios que saem dos seus castelos de conhecimento e se apresentam em um patamar superior aos ignorantes que vivem alhures e que são

10 tomados como objeto, como coisa, processo que se constitui, na verdade, como uma invasão cultural (cf. FREIRE, 1983); ou na forma de dialógico educativo, como apregoa Freire, do qual podem resultar recíprocas aprendizagens entre os sujeitos em comunicação 8 recíproca, que é co-participativa, com vistas à conscientização libertadora. Assim entendida suas atribuições, a universidade ganha um papel relevante no que concerne ao desenvolvimento da sociedade, pois ao desempenhar adequadamente suas funções (ensino, pesquisa e extensão), pode se tornar um dos sujeitos indutores do desenvolvimento econômico, sociopolítico e cultural, seja no sentido da reiteração das relações sociais vigentes, seja no de colaborar com a construção, criativa e reflexivamente, de novas relações sociais. Dessa maneira, é possível melhor entender os motivos que levam ao encontro das universidades com as empresas e instituições que atuam no mercado, o que tem sido cada vez mais recorrente, e também a articulação das universidades com os movimentos sociais, muitos deles sujeitos dos processos de construção dos direitos e da conquista das condições básicas de vida digna, que visam a orientar, com sua práxis, a realidade a um determinado rumo histórico: o que aponta para o fim das explorações econômicas, da alienação e das exclusões sociais, políticas e culturais que são marcas típicas do desenvolvimento da vida social capitalista. Ocorre que, no processo concreto de constituição das universidades atuais, na dinâmica que se estabelece entre optar por caminhos que sejam indutores da reiteração ou por outros que busquem trilhar a superação das relações sociais, abrem-se muitos espaços e tempos de contradição, que podem ser utilizados por sujeitos que compõem a comunidade acadêmica ou a ela externos para, numa disputa nem sempre consciente e refletida, estabelecer os rumos do desenvolvimento universitário articulado aos demais processos econômicos, sociais, políticos e culturais. Em outras palavras, é possível dizer que a universidade caracteriza-se por ser uma instituição, pública ou privada, destinada a desenvolver a pesquisa, o ensino e a extensão, voltada para a formação de nível terciário (graduação) ou quaternário (pós-graduação), que deve se apresentar como indutora do desenvolvimento econômico, social, político e cultural. Malgrado a posição de neutralidade de muitos integrantes das comunidades universitárias, inspirados pelo positivismo, a universidade se caracteriza, de fato, como uma organização que participa ativamente do processo de orientação ou reorientação dos rumos sociais, ou seja, é um aparelho de disputa pela hegemonia 9. Nas palavras de Cunha, temos que 8 Para um aprofundamento da relação universidade-comunidade por via da extensão, confira-se o texto de Paulo Freire intitulado Extensão ou comunicação?. 9 O termo hegemonia aqui é tomado em seu sentido gramsciano, isto é, refere-se à capacidade de direção e domínio que um grupo social tem sobre os demais em uma determinada formação econômica e social. Essa capacidade se manifesta tanto no âmbito da estrutura material, na base econômica, como também na superstrutura social, interferindo nas concepções de mundo vigentes, bem como nos processos de conhecimento e nas normas para a ação pelas quais os sujeitos sociais, individuais e coletivos, lançam mão na vida cotidiana e ao longo do desenvolvimento histórico. Por esse conceito, Gramsci entende que a conquista e consolidação do poder por um grupo social em uma formação econômica e social, sobretudo naquelas mais desenvolvidas, chamadas por ele de sociedades ocidentais, é um complexo processo, repleto de mediações objetivas e subjetivas. Desse modo, o comunista revolucionário italiano opôs-se tanto as interpretações mecanicistas do legado marxiano, quanto à sua leitura idealista, ao afirmar que entre a base econômica e as superestruturas jurídico-políticas, ideológicas e culturais há uma relação dialética, e não a superposição mecânica da estrutura sobre a suprestrutura (como afirmavam os materialistas vulgares) ou mesmo uma determinação desta sobre aquela (tese dos idealistas). Assim, para Gramsci, o destino histórico de determinada formação social é definido pelo resultado da correlação

11 A universidade, eu a entendo como Gramsci, aparelho de hegemonia, que tem sua especificidade na formação de intelectuais [...] Enquanto aparelho de hegemonia, a universidade encontra-se sujeita ela própria a uma luta hegemônica que se desenvolve em seu próprio seio, o que explica muitas das crises de identidade desse aparelho. (CUNHA, 1988, p. 10) Considerar as universidades como um aparelho de hegemonia significa que elas, ao lidarem com o ensino, a pesquisa e a extensão, não se caracterizam por serem instituições neutras ética e politicamente, apresentando-se como completamente isoladas das contradições dos processos econômicos. Pelo contrário, significa que se originam, desenvolvem-se e se consolidam na articulação dialética com a realidade econômica, social, política e cultural, encerrando muitas contradições. Esse entendimento leva à afirmação de que as universidades são também protagonistas na constituição de visões de mundo e de normas para a ação que orientam os indivíduos e grupos sociais na trama que se desdobra na realidade concreta, isto é, interferem na prática social global, ao mesmo tempo em que sofrem também influências dos demais fenômenos presentes nessa prática, que ao olhar do senso comum lhes são estranhos, apartados, completamente externos, isolados das universidades. Todavia, identificar as universidades como partícipes da disputa pela hegemonia não implica em que elas devem deixar de cumprir suas precípuas funções. Pelo contrário, exatamente ao desenvolver suas atribuições relacionadas ao ensino, à pesquisa e à extensão, de maneira indissociável, as universidades ajudam a forjar processos sociais reiterativo das relações sociais globais ou processos críticos a elas. Nesse sentido, devem ser transparentes e, assim, superar o engodo da neutralidade e efetivamente trabalhar de acordo com os objetivos e compromissos publicamente assumidos. UNIVERSIDADE E MOVIMENTOS SOCIAIS: A EXPERIÊNCIA DA UFSCAR COM OS MOVIMENTOS SOCIAIS DA REGIÃO DE SOROCABA/SP - BRASIL Foi com vista a atender a uma concepção de universidade que se assuma como indutora de certo tipo de desenvolvimento, isto é, indutora de processos que sejam superadores do padrão civilizatório capitalista que se articulou I Encontro UFSCar-Movimentos Sindicais e Sociais da Região de Sorocaba, realizado entre os dias 01 e 02 de julho de Promovido por professores e alunos da UFSCarcampus Sorocaba e 40 organizações e movimentos regionais, o I Encontro contou com a participação de 234 pessoas integrantes dos movimentos sociais e sindicais da região de Sorocaba. Após as quatro reuniões iniciais internas à UFSCar, realizadas apenas entre professores e alunos, foram convidados representantes dos movimentos sindicais e sociais para, conjuntamente, articularem o evento. Foram seis reuniões preparatórias, nas quais se definiram o conteúdo do evento e sua forma de realização, que contou com atividades culturais realizadas pelos integrantes dos movimentos sociais e da comunidade interna da UFSCar, uma abertura realizada no campus da UFSCar-Sorocaba na noite do dia , e no dia subsequente, as das forças estruturais e superestruturais que nela atuam e que, para tanto, constituem blocos históricos que, por meio da força e do consenso, direcionam a coletividade social.

12 Mesas de Debates 10 e a plenária final no Núcleo de Educação, Tecnologia e Cultura da UFSCar-Sorocaba. Foram três os objetivos do I Encontro: a) promover o encontro da comunidade da UFSCar-Sorocaba com os movimentos sindicais e sociais; b) resgatar a história, as conquistas e apontar os desafios dos movimentos sindicais e sociais; e c) viabilizar parcerias entre os movimentos e deles com a UFSCar nos âmbitos de ensino, pesquisa e extensão. Os dois primeiros objetivos relatados foram plenamente atingidos, mas o terceiro ainda encontra-se em processo de consecução, devendo assim permanecer dada sua natureza perene. As resoluções do I Encontro apontaram a direção correta da relação que deve haver entre a UFSCar-Sorocaba e os movimentos sociais da região, bem como estimularam parcerias salutares, muitas das quais em consecução desde o segundo semestre de 2011 até os dias atuais. Eis as Resoluções do referido evento: I RESOLUÇÃO GERAL: a) criação do Fórum Permanente dos Movimentos e Organizações Sociais da Região de Sorocaba: * objetivos: - manter a articulação entre os movimentos e organizações sociais da região de Sorocaba e a UFSCar; - consolidar o espaço dialógico criado a partir do I Encontro UFSCar- Movimentos Sindicais e Sociais da Região de Sorocaba; - mesmo considerando e reafirmando as diferenças existentes entre os movimentos e organizações, construir unidade a partir das identidades, sobretudo no que se refere às lutas pela transformação da realidade econômica, social, política e cultural; [...] II - PARCERIAS ENTRE OS MOVIMENTOS E ORGANIZAÇÕES: a) entre as organizações e movimentos que se articulam em torno da problemática do MEIO AMBIENTE: 1. criação do Observatório Sócio-ambiental Regional [...] b) entre as organizações e movimentos que se articulam em torno da problemática da CULTURA: 1. criação do Fórum Regional de Cultura 2. criação da Incubadora de Empreendedores Culturais; 3. criação de um Estúdio Comunitário para a viabilizar as produções culturais regionais; 4. criação de um canal de Rádio e de TV (este, preferencialmente utilizando o espaço existente e legalmente instituído na rede de TV a Cabo); 5. criação de uma União de ONG s da área Cultural (obs: a UNIONG existente, que articula principalmente entidades de assistência, manifestouse durante o I Encontro favorável a acolhida das organizações e movimentos relacionados à cultura em seus espaços e em sua dinâmica); 6. participação nas Oficinas Pedagógicas da APEOESP (Rasgada Coletiva, APEOESP e Associações de Quilombolas); 7. Apropriação do Espaço Urbano com performances artísticas, culturais e educativas; c) entre as organizações e movimentos que se articulam em torno da problemática da ASSISTÊNCIA: 1. luta em favor da construção de um albergue para acolher pessoas de rua; 10 Foram nove as Mesas de debates, que se articularam por temas que caracterizam a atuação dos movimentos sociais, quais sejam: Relações de trabalho; Saúde; Educação; Meio ambiente; Cultura e comunicação; Movimento estudantil e juventude; diversidade e igualdade racial; Luta por moradia e questão fundiária; Direitos humanos e assistência.

13 d) entre as organizações e movimentos que se articulam em torno da problemática da JUVENTUDE: 1. criação de um Coletivo Regional da Juventude para articular os movimentos e organizações com vistas a identificar lutas coletivas e otimizá-las; 2. criação de ferramentas de comunicação, informação e socialização de conteúdos relacionados à juventude (site e/ou blog); e) entre as organizações e movimentos que se articulam em torno da problemática dos DIREITOS HUMANOS: 1. por ocasião do aniversário da cidade de Sorocaba (354 anos, no próximo dia 15 de agosto), propõe-se a realização de manifestação pública-cultural, reunindo entidades/movimentos na reivindicação do direito ao uso/apropriação de espaços da cidade para exercício pleno dos direitos humanos (discussão sobre o "direito à cidade", pautado no Estatuto da Cidade e rediscussão do Plano Diretor Municipal); f) entre as organizações e movimentos que se articulam em torno da problemática LGBT: 1. participação na Conferência Municipal LGBT de Sorocaba: ; 2. participação nas atividades contra a homofobia no Centro Cultural Quilombinho; g) entre as organizações e movimentos que se articulam em torno da problemática EDUCAÇÃO: 1. parceria Centro Cultural Quilombinho com a Oficina Pedagógica-DE Sorocaba; 2. apoio ao 3º Encontro Regional de Educação da APEOESP; 3. participação e colaboração das entidades e grupos presentes deste grupo temático do I Encontro de Movimentos Sociais da UFSCar-Sorocaba nas duas Reuniões de Representantes de Escolas da APEOESP a ocorrer no segundo semestre de 2011; 4. Apropriação do Espaço Urbano com performances artísticas, culturais e educativas; 5. Fórum de discussão dos movimentos sindicais e sociais de Sorocaba e região para articulação e criação de um plano municipal de educação; 6. parceria entre o grupo Rasgada Coletiva e a Oficina Pedagógica-DE Sorocaba, com o objetivo de desenvolver trabalho cultural e social entre os grêmios estudantis das escolas públicas de Sorocaba; 7. curso de formação de educadores do Centro Cultural Quilombinho em parceria com a APEOESP; Oficina Pedagógica DE-Sorocaba e USFSCar; 8. A UFSCar se dispõem a verificar a possibilidade de os professores das redes públicas se matricularem como alunos ouvintes nas licenciaturas; 9. cursos de formação aos alunos do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docente, do qual participam vários alunos da UFSCar) oferecidos pelos movimentos e grupos sociais e culturais presentes no I Encontro; 10. criação de uma rede de apoio de trocas de experiências e pesquisas relativas à educação, cultura e movimentos sociais, não só virtual; 11. retomada do Fórum de Desenvolvimento Regional Sustentável, abrangendo questões relativas à educação, cultura e movimentos sociais e ambientais; 12. articular uma proposta de publicação de cadernos de educação que priorize a produção acadêmica de educadores da rede pública e dos movimentos sociais. Essa publicação poderia ser virtual, com possibilidades de impressão e distribuição gratuita ou a preço de custo; 13. apoio à iniciativa de Formação Itinerante da APEOESP; 14. apoio dos sindicatos e movimentos sociais presentes ao I Encontro da UFSCar, mesa 3 Educação, à organização do ciclo de comemorações dos 90 anos de Paulo Freire na UFSCar-campus Sorocaba; h) fortalecimento do Encontro Negros, Povos Indígenas e Universidades (UNISO + UFSCar) : i) participação efetiva de todos os movimentos e organizações sociais nos Conselhos Municipais das cidades da região:

14 III PARCERIAS ENTRE OS MOVIMENTOS E ORGANIZAÇÕES E A UFSCAR NOS ÂMBITOS DO ENSINO, DA PESQUISA E DA EXTENSÃO: a) extensão: 1. curso para a formação política aos militantes; 2. curso para a formação de gestores para o Terceiro Setor; 3. curso para a habilitação de militantes para atuarem com a comunicação social comunitária; 4. capacitação para os agricultores do Quilombo dos Camargo (Salto de Pirapora e Votorantim), preferencialmente pelo curso de Engenharia Florestal e Biologia; 5. cursos de extensão aos professores que atuam na rede pública estadual b) pesquisa: 1. pesquisa sobre o perfil do trabalhador da região de Sorocaba a partir dos diferentes setores econômicos; 2. pesquisa sobre a mortalidade de jovens na região de Sorocaba; 3. pesquisa sobre o perfil da população jovem da região de Sorocaba; 3. pesquisa sobre a mortalidade que atinge a população negra na região de Sorocaba; 4. pesquisa para identificar os indicadores econômicos relacionados à população negra da região de Sorocaba; 5. pesquisa sobre o perfil da população LGBT da região de Sorocaba (pretende-se utilizar na coleta de dados dessa pesquisa os mesmos instrumentos aplicados em pesquisas similares que estão sendo realizadas em outras cidades e Estados brasileiros); 6. pesquisa de desenvolvimento de tecnologia para o aproveitamento de material reciclável; 7. pesquisa sobre direito à moradia (questão fundiária urbana e agrária); 8. pesquisa e debate (promovidos pelo curso de Pedagogia da UFSCar) acerca do uso que será dado ao espaço da antiga Fábrica Cianê [...] para o qual há previsão da construção de mais um shopping center [...]; 9. participação dos militantes dos movimentos e organizações sociais já graduados nos grupos de pesquisa existentes na UFSCar-Sorocaba [...]; c) ensino: 1. participação de graduados que atuam nos movimentos e organizações sociais nas disciplinas oferecidas pelos cursos de graduação da UFSCar- Sorocaba; 2. apoio dos estudantes de graduação da UFSCar-Sorocaba às atividades desenvolvidas nos Quilombos; 3. levar aos cursos de licenciatura da UFSCar o debate sobre "a Escola em tempo integral", e promover parcerias escola-entidades do terceiro setor / movimentos sociais, nas atividades a serem desenvolvidas nas escolas; d) outros: 1. produção de um documentário sobre o I Encontro UFSCar-Movimentos Sindicais e Sociais da Região de Sorocaba a partir dos registros realizados (fotos, filmes e gravações); 2. nominar o campus da UFSCar-Sorocaba de José Joaquim de Camargo [...]; 3. dar continuidade ao blog e ao site do I Encontro, mas agora tornando um espaço do Fórum Permanente dos Movimentos e Organizações Sociais da Região de Sorocaba; 4. Luta por espaços físicos permanentes para entidades ligadas aos movimentos sociais, a exemplo da "Associação Nacional de Capoeira", dentre outros que não possuem sede própria, em parceria com Secretarias e Programas/Projetos Municipais e a Universidade. Importa destacar que um dos desdobramentos mais significativos desse processo de articulação da UFSCar Campus Sorocaba/SP com os movimentos sociais da região foi a publicação do livro intitulado História dos movimentos sociais da região de Sorocaba (MARTINS, 2012). Ele registra parte da história, os desafios presentes e as perspectivas dos movimentos e organizações sociais da região de Sorocaba a partir dos relatos colhidos nas Mesas temáticas do I Encontro.

15 Além disso, entre os anos de 2011 e 2013, as Resoluções do I Encontro foram sendo implementadas na medida das condições dos docentes e discentes da UFSCar e dos movimentos sociais da região. O processo de implementação das Resoluções passou a contar com um espaço e tempo específico ao debate e encaminhamento das propostas, qual seja o Fórum Permanente de Movimentos e Organizações Sociais da Região de Sorocaba. Até julho de 2013, o Fórum realizou 10 (dez) reuniões, das quais participam integrantes dos movimentos sociais e da UFSCar, docentes e discentes. Nas reuniões foram encaminhadas algumas Resoluções do I Encontro e outras novas demandas dos movimentos sociais. Além de parcerias entre os próprios movimentos e organizações sociais, docentes e discentes da UFSCar têm se integrado às diversas ações formativas (cursos 11, palestras, seminários, congressos etc. 12 ) e às diferentes mobilizações dos movimentos sociais da região. Contudo, uma contribuição singular da UFSCar tem sido dada com a produção de conhecimento sobre a situação econômica, social, política e cultural regional, o que tem servido de subsídios para políticas públicas e para a mobilização dos movimentos e organizações sociais. Nesse sentido, algumas pesquisas foram e estão sendo realizadas. Entre elas, sob a responsabilidade de docentes e discentes da UFSCar, destacam-se as seguintes: - Perfil dos participantes da Parada LGBT de Sorocaba-2011, com o objetivo de conhecer e analisar o perfil dos participantes da Parada LGBT da cidade de Sorocaba, que aconteceu em 2011; a pesquisa foi realizada durante a referida Parada, envolvendo alguns militantes LGBT, três docentes do DCHE-UFSCar, vinte estudantes de vários cursos de graduação; aplicou-se um questionário a mais de 400 participantes, cujos resultados tabulados apontam para várias questões que podem subsidiar ações na área de políticas públicas, na área de educação, saúde e na luta contra a homofobia; - Conhecimento e atuação de professores da rede pública da região de Sorocaba sobre a história e a cultura afro-brasileira : a pesquisa originou-se de uma demanda apresentada pela comunidade negra aos docentes e discentes da UFSCar durante o I Encontro UFSCar-Movimentos Sindicais e Sociais da região de Sorocaba, com o objetivo de produzir subsídios para políticas públicas voltadas à adequada implantação do que reza a Lei 10639/03: [...] o ensino sobre História e Cultura Afro- 11 Entre os diferentes cursos promovidos em parceria da UFSCar Campus Sorocaba com os movimentos sociais da região destaque-se os dois seguintes: a) Relações Étnico-raciais e Educação : desenvolvido no segundo semestre de 2012, esse curso nasceu como uma demanda do movimento negro da Região de Sorocaba apresentada no I Encontro e constituiu-se como um espaço de formação dos profissionais da educação para a adequada inclusão obrigatória de conteúdos programáticos sobre História da África e Cultura Afro-brasileira nos currículos escolares, bem como a adoção de políticas educacionais e estratégias pedagógicas de valorização da diversidade étnicocultural, considerando as diretrizes da Lei Federal , de 10 de março de 2008; o conteúdo do curso, que foi desenvolvido por especialistas na temática relações étnico-raciais e educação e por lideranças da comunidade negra da região, será publicado em formato de livro, o qual está sendo editado e cuja publicação está prevista para o primeiro semestre de 2014; b) Introdução à Pesquisa em Educação : criado sob demanda da APEOESP (Sindicato dos Professores da Rede de Ensino Oficial do Estado de São Paulo), o curso procurou formar entre os profissionais da rede pública de ensino estadual de São Paulo e educadores que atuam junto aos movimentos e organizações sociais pessoas habilitadas a fazerem pesquisa de caráter acadêmico e com critérios científicos no âmbito da educação. 12 Confira-se, por exemplo, a iniciativa em curso para se criar a Rádio Universitária UFSCar- Sorocaba : tem como objetivo a implantação de uma Rádio Universitária no Campus Sorocaba da UFSCar; a demanda desse veículo de comunicação veio do Fórum Permanente UFSCar Movimentos Sociais da Região de Sorocaba e se constitui como um projeto de extensão do Campus que reúne organizações da região dedicadas às questões sociais.

16 Brasileira, foi reiterada pela Lei 11645/08, ampliando-o para a história e cultura indígena. Participaram da construção do instrumento de coleta de dados (questionário) e sua aplicação alunos e alunas do curso de Graduação e Pedagogia da UFSCar Campus Sorocaba, professores da rede pública da região e militantes dos movimentos sociais negros, os quais foram integrantes do curso de extensão intitulado Relações Étnico-Raciais e Educação (cf. nota de rodapé 10); os resultados serão publicados em forma de artigos científicos e, também, no livro que está sendo editado com o conteúdo do curso ministrado. - Filosofia da educação não escolar: uma análise da práxis educativa desenvolvida pelos movimentos sociais da região de Sorocaba-SP : pesquisa financiada pelo Programa Bolsa de Produtividade em Pesquisa - PQ - do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e que se encontra em andamento; - Organizações Sociais em Sorocaba: redes e comunicação comunitária : pretende cartografar a rede de comunicação entre os Movimentos Sociais da região de Sorocaba que participam do Fórum UFSCar e Movimentos Sociais; constituindo-se em uma pesquisa piloto, seguindo diretrizes do FSM (Fórum Social Mundial), ela poderá ser ampliada para outras organizações e movimentos sociais, com o objetivo de potencializar sua comunicação e integração; - Levantamento de indicadores sobre os manicômios de Sorocaba e região : foi desenvolvida em parceria como grupo FLAMAS (Fórum da Luta Antiomanicomial de Sorocaba) e visou a contribuir com elementos para a realização de um diagnóstico sobre a saúde mental da região de Sorocaba, que tem a maior concentração de leitos psiquiátricos do país pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Para tanto, foi feito um histórico da criação e desenvolvimento dos manicômios na região, o levantamento de sua situação financeira, do número de funcionários, de pacientes indocumentados e do número e causas de óbitos de pacientes. Foram utilizados os bancos de dados disponíveis no DATASUS (S: Banco de dados do Sistema Único de Saúde), incluindo o CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde), o SIH (Sistema de Informações Hospitalares) e o SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade). Além disso, foram trabalhados os dados que constam no Censo Psicossocial dos Moradores em Hospitais Psiquiátricos do Estado de São Paulo e nos Diários Oficiais do estado e do Município de Sorocaba; - Perfil da população jovem em situação de rua de Sorocaba e vulnerabilidade ao HIV/AIDS: aspectos socioeconômicos, sexualidade e uso de drogas : esta pesquisa, que está em andamento, é de interesse direto de organizações sociais que trabalham como populações em situação de rua, pois tem o objetivo geral de elaborar o perfil dos jovens adultos em situação de rua de Sorocaba, incluindo os aspectos socioeconômicos (escolaridade, histórico profissional, constituição familiar, etc.) e os relacionados à sexualidade e ao uso de álcool e outras drogas, que compõem os diferentes planos que determinam a vulnerabilidade ao HIV/AIDS (individual, programático e social).. No momento da escrita deste texto (última semana de junho de 2013), está em curso, ainda, um evento articulado pelo Fórum Permanente. Chamado de Vamos contar as histórias não contadas das lutas sociais da região de Sorocaba, será realizado na semana do aniversário da cidade de Sorocaba-SP, de 12 a 16 de agosto de O evento terá um momento central no dia 15 de agosto, no qual diferentes movimentos e organizações sociais apresentarão relatos de seu processo de origem e de suas lutas sociais, os quais não se encontram registrados em fontes da história oficial. Dessa forma, a concepção da universidade como indutora do desenvolvimento econômico, social, político e cultural tem sido implantada na

17 UFSCar Campus Sorocaba, em parceria com os movimentos e organizações sociais. ALGUNS APONTAMENTOS CONCLUSIVOS Neste momento conclusivo, entre outras questões a serem realçadas, serão destacadas duas delas, que são decorrentes do debate sobre a origem e o desenvolvimento das universidades e seu papel como instância indutora do desenvolvimento econômico, social, político e cultual: uma relativa a qual modelo de desenvolvimento as universidade poderão colaborar e outra, de menor impacto social, mas relevante academicamente, que trata do status das atividades extensionistas na dinâmica da carreira docente. Em relação às opções de modelo de desenvolvimento que as universidades têm diante de si e os quais poderão induzir por meio das atividades de ensino, pesquisa e extensão, em geral, eles podem ser reiterativos ao modo de vida social presente ou alternativos a ele. De fato, não há mais espaço para advogar a neutralidade da universidade em relação à sociedade e seu desenvolvimento econômico, social, político e cultural, pois se ela fosse realmente neutra, isto é, se não interferisse na vida social, o capital e seus agentes não se interessariam tanto por elas, tensionando-as, recorrente, a reformas que atendem aos seus interesses e necessidades. No caso dos que advogam que a universidade pública deve participar do processo de consolidação do modo de vida afeito aos interesses e necessidades do capital, basta deixar as coisas como estão, porque como estão são os agentes do capital, muitas vezes instalados em postos universitários ou de governo, e sua própria lógica de funcionamento (caracterizada pela eficiência e eficácia em busca da maior produtividade, aferida por métricas tangíveis à quantificação, e que se constituiu como um sistema que transforma sujeitos em objetos e os orienta a pensar, a sentir e a fazer) que estão a definir qual rumo a universidade pública brasileira deve seguir, orientada pela concepção da educação como serviço, como mercadoria, e não como direito. Pode-se até mesmo, nesse caso, o sujeito esconder-se por de trás da abstrata e famigerada alegação de que a universidade deve ser neutra, distante, alienada dos dilemas sociais, devendo promover, apenas, a sua função técnica de ensino para a formação de profissionais para o mercado e para o Estado. Nesse caso, a universidade poderá continuar sendo estatal, mas será não pública, porque, apesar de estar sob a gestão do governo federal ou estadual, servirá a interesses privados. Nas palavras de Sanfelice, empregadas ao avaliar a questão do público e do privado na história da educação brasileira, temos que O fato definitivo é a constatação de que a educação escolar estatal nunca foi pública e não poderia sê-lo em uma sociedade assentada na preservação da propriedade privada dos meios de produção. Nesse sentido não houve uma problemática do público e do privado, mas a problemática é a ausência de uma educação de interesse público. (SANFELICE, 2005, p. 184) Contudo, àqueles que pretendem alterar os rumos da educação superior nacional tendo como princípio a concepção da educação como bem público, como direito, a tarefa é bem mais árdua, pois se terá que fazer com que a atual universidade estatal se transforme, verdadeiramente, em universidade pública, porque laica, gratuita e de qualidade social. Entre as principais urgências para a consecução dessa intencionalidade, destaca-se o esforço para que as universidades públicas brasileiras superem a exclusiva e enviesada função técnica de formação

18 profissional e encampem três outras por meio do desenvolvimento indissociável do ensino, da pesquisa e da extensão: a) a tarefa filosófico-científica, que consiste em propiciar as condições aos estudantes para que possam compreender a realidade natural e social vivida, forjando sobre ela uma visão de mundo; b) a tarefa educativa-cultural, expressa no processo que resultará na necessária socialização da visão de mundo produzida, para que tanto a comunidade universitária interna, como a que lhe é externa, possam ter outro patamar de compreensão do que se apresenta ao seu redor; c) e a tarefa sociopolítica, que é aquela por meio da qual se procura articular as forças sociais em torno da visão de mundo produzida e socializada, atuando na disputa pela hegemonia no sentido de favorecer as forças sociais comprometidas com a superação do modo de vida social que tem como demiurgo o mercado e como centro de referência o capital. Para tanto, será preciso, entre outros desafios, resistir ao processo de perda da autonomia das universidades públicas para o mercado, e consolidar de alguma forma o diálogo com os grupos e movimentos sociais, não permitindo que apenas as empresas, seus interesses e necessidades orientem a dinâmica acadêmicocientífica. Uma forma para promover isso é cuidar da tão importante, porém, desprestigiada extensão, mas extensão não vista como soberba imposição do conhecimento científico às comunidades, mas como real diálogo (cf. FREIRE, 1983), tendo por objetivo a superação de problemas cuja solução é urgente e que devem ser identificados coletivamente. Sobre essa perspectiva de extensão, diz Santos que A área de extensão vai ter no futuro próximo um significado muito especial. No momento em que o capitalismo global pretende funcionalizar a universidade e, de fato, transformá-la numa vasta agência de extensão ao seu serviço, a reforma universitária deve conferir uma nova centralidade às atividades de extensão (com implicações no curriculum e na carreira dos docentes) e concebê-las de modo alternativo ao capitalismo global, atribuindo às universidades uma participação ativa na construção da coesão social, no aprofundamento da democracia, na luta contra a exclusão social e a degradação ambiental, na defesa da diversidade cultural. [...] Para que a extensão cumpra este papel é preciso evitar que ela seja orientada para atividades rentáveis com o intuito de arrecadar recursos extraorçamentários. Nesse caso, estaremos perante uma privatização discreta (ou não tão discreta) da universidade pública. Para evitar isso, as atividades de extensão devem ter como objetivo prioritário, sufragado democraticamente no interior da universidade, o apoio solidário na resolução dos problemas da exclusão e da discriminação sociais e de tal modo que nele se dá voz aos grupos excluídos e discriminados. (SANTOS, 2010, p. 53 e 54) Para além dessa ação extensionista mais pontual 13, estrategicamente a extensão das universidades públicas também deve construir e efetivar, solidariamente, projetos societários alternativos aos do capital, projetos humanizantes por meio dos quais se produzam as condições para superar a exploração econômica, a alienação e as injustiças sociais. Destaque-se que, nesse processo, a pesquisa também deverá sofrer alteração radical, pois terá que resgatar sua autonomia em relação à lógica da eficiência e da eficácia produtivista que a tem orientado, cuja métrica é única e exclusivamente expressa pelo que é tangível à quantificação (veja, por exemplo, a 13 Um espaço a ser ocupado preferencialmente pelos projetos de extensão assim concebidos é o da escola pública, com a qual o sistema nacional de ensino superior público poderia colaborar sobremaneira para superar suas históricas deficiências tão largamente propaladas nos dias atuais no Brasil.

19 aferição da qualidade científica pelo fator de impacto ) e cujo tempo é expresso pelo imediatismo das relações econômicas orientada pelo capital que, com cada vez mais urgência em se reproduzir, determina à dinâmica da ciência uma condenável precipitação, aceleração, expressa, entre outros fenômenos, no publicismo, no citacionismo e no lema publicar ou perecer. (cf. TULESKI, 2012) Em oposição à dinâmica atual, a pesquisa deverá ter seus processos e produtos guiados pelas necessidades humanas das comunidades onde as universidades estão instaladas, aferidas qualitativamente, bem como as que atingem nacionalmente a nação e sua região no globo. Se, como foi dito, as reformas em curso nas universidades brasileiras não se consolidaram definitivamente, há espaços para disputar seus rumos, até mesmo porque a vacilação governamental atual entre um e outro projeto de universidade indica que é necessário pressioná-lo, como faz o bloco social identificado como o mercado. Para tanto, as universidades públicas e seus sujeitos poderiam contribuir na luta solidária com outros setores, grupos e movimentos sociais identificados com a concepção da educação como bem público e com sua urgente democratização, expressa na expansão do acesso a vagas, principalmente destinadas a setores sociais explorados economicamente e historicamente discriminados no Brasil, com qualidade social, não tangível por processos métricos quantitativos. Por sua vez, uma segunda questão deve ser reiterada nesta conclusão, qual seja o desprestígio que as atividades extensionistas têm na comunidade científica, mesmo sendo tais atividades o elo fundamental de ligação das universidades com as demandas e as contradições vividas pela comunidade, seus movimentos e organizações sociais. Veja-se, por exemplo, que a lógica do capital capturou a dinâmica da produção acadêmico-científica e fez do fator de impacto o elemento tangível a definir da qualidade da produção do conhecimento. Contudo, as atividades de extensão não são e não podem ser medidas quantitativamente, o que torna o trabalho do docente que nelas investe um profissional com carência de status na comunidade científica e com problemas de reconhecimento do conhecimento que produz, resultando em dificuldades de acesso aos financiamentos a projetos de pesquisa. Além disso, torna-se muito difícil para a comunidade científica atual levar em consideração as atividades de extensão desenvolvidas junto aos movimentos e organizações sociais porque eles se caracterizam por ações locais, no máximo regionais (leia-se: em um conjunto de cidades conurbadas, por exemplo). Contudo, o espaço da ciência contemporânea se alargou, e ganhou a universalidade planetária, assim como ocorreu com o desenvolvimento do capital. Como, então, valorizar atividades cujo impacto é local em uma instância (as universidades) cuja dinâmica acadêmico-científica cobra que as atividades docentes e discentes tenham impacto global? Eis um desafio aos que pensam e se dedicam à tarefa de articular as universidades e os movimentos sociais. REFERÊNCIAS BATTISTUS, Cleci Terezinha e LIMBERGER, Cristiane. Estado Militar e reformas educacionais. Revista Educere et Educare. Vol. I, nº 1, jan./jun. 2006, p Disponível em: < parte_3.pdf>. Acessado em CUNHA, Luis Antônio. Educação e desenvolvimento social no Brasil. 2ª edição. Rio de Janeiro: Francisco Alves, (Coleção Educação em questão)

20 . A universidade reformada. Rio de Janeiro: Francisco Alves, (Coleção Educação em questão) DECLARAÇÃO DE BOLONHA Disponível em: < a_declaration_portuguese.pdf >. Acessado em: FÁVARO, Maria de Lourdes de Albuquerque. A Universidade no Brasil: das origens à Reforma Universitária de Educar, Curitiba-PR, Editora UFPR, nº 28, p. 17 a 36, Disponível em: < Acessado em FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação? 8ª edição. Trad. de Rosisca Darcy de Oliveira e prefácio de Jacques Chonchol. Rio de Janeiro: Paz e Terra, (Col. O Mundo, Hoje; v. 24) FREITAS NETO, José Alves de. A reforma universitária de Córdoba (1918): um manifesto por uma universidade latino-americana. Revista Ensino Superior. Campinas-SP, Unicamp, S/d. Disponível em: < Acessado em: 20 de maio de GOERGEN, Pedro. A universidade em tempos de transformação. Disponível em: < Acessado em: JAPIASSU, Hilton. O mito da neutralidade científica. Rio de Janeiro: Imago, 1975 KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. 5ª edição. São Paulo: Editora Perspectiva, MARTINS, Carlos Benedito. A reforma universitária de 1968 e a abertura para o ensino superior privado no Brasil. Educação e & Sociedade, Campinas-SP, v. 30, nº 106, p. 15 a 35, jan./abr Disponível em: < Acessado em : MARTINS, Marcos Francisco (org.). História dos movimentos sociais da região de Sorocaba. Holambra-SP: Editora Setembro, Acessado em: 20/06/2013. Disponível em: < s_sociais_da_regi%c3%a3o_de_sorocaba_-_marcos_francisco_martins_(org.).pdf> MATOS, Olgária. O crepúsculo dos sábios. Jornal O Estado de São Paulo. Disponível em: < Acessado em MATOS, Olgaria. Contrastes do período pós-moderno no país - Educação superior cede aos interesses do mercado e adapta-se à fragilidade do ensino básico. Jornal da UNESP - edição especial PDI, maio de 2011, p. 4. Acesso em: 25 de outubro de Disponível em: < MINTO, Lalo Watanabe. Educação superior e movimentos sociais: sentido histórico e questões atuais. In: RODRIGUES, Fabiana C.; NOVAES, Henrique T.; e BATISTA, Eraldo L. (orgs.). Movimentos sociais, trabalho associado e educação para além do capital. São Paulo, Outras Expressões, OLIVEIRA, Dalila Andrade e AZEVEDO, Mário Luiz Neves de. A atualidade dos ensinamentos da Reforma de Córdoba (1918): ou qual a herança de Córdoba nas reformas atuais? s/d. Disponível em: < >. Acessado em: 20 de maio de PAULA, Maria de Fátima Costa de. USP e UFRJ: a influência das concepções alemã e francesa em suas fundações. Tempo Social Revista de Sociologia da USP, São Paulo, nº 14 (2), p. 147 a 161, outubro de 2002.

DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO

DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO ROSINALDO PANTOJA DE FREITAS rpfpantoja@hotmail.com DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO RESUMO: Este artigo aborda o Projeto político pedagógico e também

Leia mais

ATUAÇÃO DO MACROCAMPO PARTICIPAÇÃO ESTUDANTIL EM SOCIOLOGIA NO SEVERINO CABRAL

ATUAÇÃO DO MACROCAMPO PARTICIPAÇÃO ESTUDANTIL EM SOCIOLOGIA NO SEVERINO CABRAL ATUAÇÃO DO MACROCAMPO PARTICIPAÇÃO ESTUDANTIL EM SOCIOLOGIA NO SEVERINO CABRAL PRISCYLLA K. O. SILVA (UFCG), JOSÉ WILTON DE FREITAS RAMOS (UFCG), SILMARA S. ALVES (UFCG), SUZIANE S. ALBUQUERQUE (UFCG).

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

1.3. Planejamento: concepções

1.3. Planejamento: concepções 1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência

Leia mais

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI Grupo Acadêmico Pedagógico - Agosto 2010 O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) expressa os fundamentos filosóficos,

Leia mais

Resgate histórico do processo de construção da Educação Profissional integrada ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA)

Resgate histórico do processo de construção da Educação Profissional integrada ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) Resgate histórico do processo de construção da Educação Profissional integrada ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) Mário Lopes Amorim 1 Roberto Antonio Deitos 2 O presente

Leia mais

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO VIÇOSA/ALAGOAS PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGCIO

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO VIÇOSA/ALAGOAS PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGCIO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO VIÇOSA/ALAGOAS PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGCIO Texto:Ângela Maria Ribeiro Holanda ribeiroholanda@gmail.com ribeiroholanda@hotmail.com A educação é projeto, e, mais do que isto,

Leia mais

José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE

José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE Cabe a denominação de novas diretrizes? Qual o significado das DCNGEB nunca terem sido escritas? Educação como direito Fazer com que as

Leia mais

PROGRAMA ULBRASOL. Palavras-chave: assistência social, extensão, trabalho comunitário.

PROGRAMA ULBRASOL. Palavras-chave: assistência social, extensão, trabalho comunitário. PROGRAMA ULBRASOL Irmo Wagner RESUMO Com a intenção e o propósito de cada vez mais fomentar e solidificar a inserção da Universidade na Comunidade em que encontra-se inserida, aprimorando a construção

Leia mais

II. Atividades de Extensão

II. Atividades de Extensão REGULAMENTO DO PROGRAMA DE EXTENSÃO I. Objetivos A extensão tem por objetivo geral tornar acessível, à sociedade, o conhecimento de domínio da Faculdade Gama e Souza, seja por sua própria produção, seja

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR: PERIÓDICOS NACIONAIS 1982-2000

ADMINISTRAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR: PERIÓDICOS NACIONAIS 1982-2000 ADMINISTRAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR: PERIÓDICOS NACIONAIS 1982-2000 Marta Luz Sisson de Castro PUCRS O Banco de Dados Produção do conhecimento na área de Administração da Educação: Periódicos Nacionais 1982-2000

Leia mais

EDUCAÇÃO SUPERIOR, INOVAÇÃO E PARQUES TECNOLÓGICOS

EDUCAÇÃO SUPERIOR, INOVAÇÃO E PARQUES TECNOLÓGICOS EDUCAÇÃO SUPERIOR, INOVAÇÃO E PARQUES TECNOLÓGICOS Jorge Luis Nicolas Audy * A Universidade vem sendo desafiada pela Sociedade em termos de uma maior aproximação e alinhamento com as demandas geradas pelo

Leia mais

EDUCAÇÃO E PROGRESSO: A EVOLUÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA ESTADUAL ELOY PEREIRA NAS COMEMORAÇÕES DO SEU JUBILEU

EDUCAÇÃO E PROGRESSO: A EVOLUÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA ESTADUAL ELOY PEREIRA NAS COMEMORAÇÕES DO SEU JUBILEU 1 EDUCAÇÃO E PROGRESSO: A EVOLUÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA ESTADUAL ELOY PEREIRA NAS COMEMORAÇÕES DO SEU JUBILEU Resumo Rodrigo Rafael Pinheiro da Fonseca Universidade Estadual de Montes Claros digasmg@gmail.com

Leia mais

DIREITOS HUMANOS, JUVENTUDE E SEGURANÇA HUMANA

DIREITOS HUMANOS, JUVENTUDE E SEGURANÇA HUMANA DIREITOS HUMANOS, JUVENTUDE E SEGURANÇA HUMANA FARIAS, Maria Lígia Malta ¹ SOUSA, Valéria Nicolau de ² TANNUSS, Rebecka Wanderley ³ Núcleo De Cidadania e Direitos Humanos/ PROEXT RESUMO O Projeto de Extensão

Leia mais

A UNIVERSIDADE BRASILEIRA É BRASILEIRA? C A R L O S A L B E R T O S T E I L D E P A R T A M E N T O D E A N T R O P O L O G I A / U F R G S

A UNIVERSIDADE BRASILEIRA É BRASILEIRA? C A R L O S A L B E R T O S T E I L D E P A R T A M E N T O D E A N T R O P O L O G I A / U F R G S A UNIVERSIDADE BRASILEIRA É BRASILEIRA? C A R L O S A L B E R T O S T E I L D E P A R T A M E N T O D E A N T R O P O L O G I A / U F R G S INTRODUÇÃO Identidade: não é um propriedade das coisas, mas das

Leia mais

MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO RESOLUÇÃO Nº 02/2010 Estabelece Normas Operacionais Complementares em conformidade com o Parecer CNE/CEB nº 06/2010, Resoluções CNE/CEB nº 02/2010

Leia mais

PRÁTICA PROFISSIONAL INTEGRADA: Uma estratégia de integração curricular

PRÁTICA PROFISSIONAL INTEGRADA: Uma estratégia de integração curricular PRÁTICA PROFISSIONAL INTEGRADA: Uma estratégia de integração curricular Daiele Zuquetto Rosa 1 Resumo: O presente trabalho objetiva socializar uma das estratégias de integração curricular em aplicação

Leia mais

EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA

EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA Autores: FIGUEIREDO 1, Maria do Amparo Caetano de LIMA 2, Luana Rodrigues de LIMA 3, Thalita Silva Centro de Educação/

Leia mais

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRABALHO REALIZADO PELO SERVIÇO SOCIAL NO CENTRO PONTAGROSSENSE DE REABILITAÇÃO AUDITIVA E DA FALA (CEPRAF) TRENTINI, Fabiana Vosgerau 1

Leia mais

AS NOVAS DIRETRIZES PARA O ENSINO MÉDIO E SUA RELAÇÃO COM O CURRÍCULO E COM O ENEM

AS NOVAS DIRETRIZES PARA O ENSINO MÉDIO E SUA RELAÇÃO COM O CURRÍCULO E COM O ENEM AS NOVAS DIRETRIZES PARA O ENSINO MÉDIO E SUA RELAÇÃO COM O CURRÍCULO E COM O ENEM MARÇO/ABRIL/2012 Considerações sobre as Novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio Resolução CNE/CEB

Leia mais

FACULDADES INTEGRADAS TERESA D ÁVILA NÚCLEO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA. Formulário para Registro de Projetos de Extensão Universitária

FACULDADES INTEGRADAS TERESA D ÁVILA NÚCLEO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA. Formulário para Registro de Projetos de Extensão Universitária FACULDADES INTEGRADAS TERESA D ÁVILA NÚCLEO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA Formulário para Registro de Projetos de Extensão Universitária Ano 2015 Título do Projeto: Observatório Juventudes Tipo de Projeto:

Leia mais

Chamada para proposta de cursos de Mestrado Profissional

Chamada para proposta de cursos de Mestrado Profissional Chamada para proposta de cursos de Mestrado Profissional A Capes abrirá, nos próximos dias, uma chamada para proposição de cursos de Mestrado Profissional, em várias áreas do conhecimento. Os requisitos

Leia mais

Katia Luciana Sales Ribeiro Keila de Souza Almeida José Nailton Silveira de Pinho. Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos)

Katia Luciana Sales Ribeiro Keila de Souza Almeida José Nailton Silveira de Pinho. Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos) Katia Luciana Sales Ribeiro José Nailton Silveira de Pinho Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos) Universidade Estadual de Montes Claros / UNIMONTES abril / 2003 Katia Luciana Sales Ribeiro José Nailton

Leia mais

FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE DOCENTES NO ENSINO SUPERIOR

FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE DOCENTES NO ENSINO SUPERIOR FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE DOCENTES NO ENSINO SUPERIOR As transformações sociais no final do século passado e início desse século, ocorridas de forma vertiginosa no que diz respeito aos avanços tecnológicos

Leia mais

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO MESTRADO SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO Justificativa A equipe do mestrado em Direito do UniCEUB articula-se com a graduação, notadamente, no âmbito dos cursos de

Leia mais

Fórum Nacional de Diretores de Faculdades/Centros/Departamentos de Educação das Universidades Públicas Brasileiras (FORUMDIR)

Fórum Nacional de Diretores de Faculdades/Centros/Departamentos de Educação das Universidades Públicas Brasileiras (FORUMDIR) Fórum Nacional de Diretores de Faculdades/Centros/Departamentos de Educação das Universidades Públicas Brasileiras (FORUMDIR) I ENCONTRO NACIONAL DE COORDENADORES DE CURSO DE PEDAGOGIA DAS UNIVERSIDADES

Leia mais

OS PROCESSOS DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL EM UM DESENHO CONTEMPORÂNEO

OS PROCESSOS DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL EM UM DESENHO CONTEMPORÂNEO OS PROCESSOS DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL EM UM DESENHO CONTEMPORÂNEO Karen Ramos Camargo 1 Resumo O presente artigo visa suscitar a discussão acerca dos processos de trabalho do Serviço Social, relacionados

Leia mais

VICE-DIREÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO REGIMENTO INTERNO DA COORDENAÇÃO DE EXTENSÃO

VICE-DIREÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO REGIMENTO INTERNO DA COORDENAÇÃO DE EXTENSÃO VICE-DIREÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO REGIMENTO INTERNO DA COORDENAÇÃO DE EXTENSÃO Da Concepção e Objetivos Art.1º A extensão acadêmica é um processo educativo, cultural, que se articula ao ensino

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO PARA TUTORES - PCAT

PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO PARA TUTORES - PCAT 1 RESOLUÇÃO CONSU 2015 04 de 14/04/2015 PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO PARA TUTORES - PCAT Campus Virtual 2 A. JUSTIFICATIVA A vida universitária tem correspondido a um período cada vez mais

Leia mais

Ementas aprovadas nos Departamentos (as disciplinas obrigatórias semestrais estão indicadas; as demais são anuais)

Ementas aprovadas nos Departamentos (as disciplinas obrigatórias semestrais estão indicadas; as demais são anuais) UFPR SETOR DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA EMENTAS DAS DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS Ementas aprovadas nos Departamentos (as disciplinas obrigatórias semestrais estão indicadas; as demais são anuais) 1º ANO

Leia mais

A CONTEE a Reforma Universitária e o Programa Universidade Para Todos.

A CONTEE a Reforma Universitária e o Programa Universidade Para Todos. A CONTEE a Reforma Universitária e o Programa Universidade Para Todos. A CONTEE, depois de uma trajetória de mais de uma década de permanente debate interno e sintonia com as entidades filiadas, se encontra

Leia mais

PLANO DE TRABALHO CAMPUS DE FRANCISCO BELTRÃO QUATRIÊNIO 2016-2019

PLANO DE TRABALHO CAMPUS DE FRANCISCO BELTRÃO QUATRIÊNIO 2016-2019 PLANO DE TRABALHO CAMPUS DE FRANCISCO BELTRÃO QUATRIÊNIO 2016-2019 Candidato Gilmar Ribeiro de Mello SLOGAN: AÇÃO COLETIVA Página 1 INTRODUÇÃO Considerando as discussões realizadas com a comunidade interna

Leia mais

PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES Regina Luzia Corio de Buriasco * UEL reginaburiasco@sercomtel.com.br Magna Natália Marin Pires* UEL magna@onda.com.br Márcia Cristina de Costa Trindade Cyrino*

Leia mais

Fragmentos do Texto Indicadores para o Desenvolvimento da Qualidade da Docência na Educação Superior.

Fragmentos do Texto Indicadores para o Desenvolvimento da Qualidade da Docência na Educação Superior. Fragmentos do Texto Indicadores para o Desenvolvimento da Qualidade da Docência na Educação Superior. Josimar de Aparecido Vieira Nas últimas décadas, a educação superior brasileira teve um expressivo

Leia mais

A Educação Bilíngüe. » Objetivo do modelo bilíngüe, segundo Skliar:

A Educação Bilíngüe. » Objetivo do modelo bilíngüe, segundo Skliar: A Educação Bilíngüe Proposta de educação na qual o bilingüismo atua como possibilidade de integração do indivíduo ao meio sociocultural a que naturalmente pertence.(eulália Fernandes) 1 A Educação Bilíngüe»

Leia mais

GRADUAÇÃO INOVADORA NA UNESP

GRADUAÇÃO INOVADORA NA UNESP PROGRAMA GRADUAÇÃO INOVADORA NA UNESP 2014 PROGRAMA GRADUAÇÃO INOVADORA NA UNESP INTRODUÇÃO A Pró-reitoria de graduação (PROGRAD), a Câmara Central de Graduação (CCG), o Núcleo de Educação à Distância

Leia mais

No Brasil, a Shell contratou a ONG Dialog para desenvolver e operar o Programa, que possui três objetivos principais:

No Brasil, a Shell contratou a ONG Dialog para desenvolver e operar o Programa, que possui três objetivos principais: PROJETO DA SHELL BRASIL LTDA: INICIATIVA JOVEM Apresentação O IniciativaJovem é um programa de empreendedorismo que oferece suporte e estrutura para que jovens empreendedores de 18 a 30 anos desenvolvam

Leia mais

REFORMA UNIVERSITÁRIA: contribuições da FENAJ, FNPJ e SBPJor. Brasília, outubro de 2004

REFORMA UNIVERSITÁRIA: contribuições da FENAJ, FNPJ e SBPJor. Brasília, outubro de 2004 REFORMA UNIVERSITÁRIA: contribuições da FENAJ, FNPJ e SBPJor Brasília, outubro de 2004 FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS FENAJ http://www.fenaj.org.br FÓRUM NACIONAL DOS PROFESSORES DE JORNALISMO - FNPJ

Leia mais

A FORMAÇÃO DE SUJEITOS CRÍTICOS NO ENSINO SUPERIOR: UM POSSÍVEL CAMINHO PARA A TRANSFORMAÇÃO SOCIAL. Marijara de Lima Monaliza Alves Lopes

A FORMAÇÃO DE SUJEITOS CRÍTICOS NO ENSINO SUPERIOR: UM POSSÍVEL CAMINHO PARA A TRANSFORMAÇÃO SOCIAL. Marijara de Lima Monaliza Alves Lopes A FORMAÇÃO DE SUJEITOS CRÍTICOS NO ENSINO SUPERIOR: UM POSSÍVEL CAMINHO PARA A TRANSFORMAÇÃO SOCIAL Marijara de Lima Monaliza Alves Lopes FACULDADE ALFREDO NASSER INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO III PESQUISAR

Leia mais

QUALIFICAÇÃO DA ÁREA DE ENSINO E EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: FORMAÇÃO PEDAGÓGICA PARA PROFISSIONAIS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

QUALIFICAÇÃO DA ÁREA DE ENSINO E EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: FORMAÇÃO PEDAGÓGICA PARA PROFISSIONAIS DE SERVIÇOS DE SAÚDE QUALIFICAÇÃO DA ÁREA DE ENSINO E EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: FORMAÇÃO PEDAGÓGICA PARA PROFISSIONAIS DE SERVIÇOS DE SAÚDE Há amplo consenso nas categorias profissionais da saúde, em especial na categoria

Leia mais

ASPECTOS HISTÓRICOS: QUANTO A FORMAÇÃOO, FUNÇÃO E DIFULCULDADES DO ADMINISTRADOR.

ASPECTOS HISTÓRICOS: QUANTO A FORMAÇÃOO, FUNÇÃO E DIFULCULDADES DO ADMINISTRADOR. 1 ASPECTOS HISTÓRICOS: QUANTO A FORMAÇÃOO, FUNÇÃO E DIFULCULDADES DO ADMINISTRADOR. Rute Regina Ferreira Machado de Morais Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG Este texto visa refletir sobre o papel

Leia mais

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL Prof. José Junior O surgimento do Serviço Social O serviço social surgiu da divisão social e técnica do trabalho, afirmando-se

Leia mais

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas.

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas. SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas. SANTOS, Silvana Salviano silvanasalviano@hotmail.com UNEMAT Campus de Juara JESUS, Lori Hack de lorihj@hotmail.com UNEMAT

Leia mais

SUA ESCOLA, NOSSA ESCOLA PROGRAMA SÍNTESE: NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA

SUA ESCOLA, NOSSA ESCOLA PROGRAMA SÍNTESE: NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA SUA ESCOLA, NOSSA ESCOLA PROGRAMA SÍNTESE: NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA Resumo: O programa traz uma síntese das questões desenvolvidas por programas anteriores que refletem sobre o uso de tecnologias

Leia mais

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Setembro/2013 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 1. O que são unidades de conservação (UC)?

Leia mais

NÚCLEO DE APOIO DIDÁTICO E METODOLÓGICO (NADIME)

NÚCLEO DE APOIO DIDÁTICO E METODOLÓGICO (NADIME) NÚCLEO DE APOIO DIDÁTICO E METODOLÓGICO (NADIME) Palmas 2010 1. Apresentação O Núcleo de Apoio Didático e Metodológico NADIME é o órgão da Faculdade Católica do Tocantins responsável pela efetivação da

Leia mais

A Parceria UNIVIR / UNIGLOBO- Um Case Focado no Capital Intelectual da Maior Rede de TV da América Latina

A Parceria UNIVIR / UNIGLOBO- Um Case Focado no Capital Intelectual da Maior Rede de TV da América Latina A Parceria UNIVIR / UNIGLOBO- Um Case Focado no Capital Intelectual da Maior Rede de TV da América Latina Blois, Marlene Montezi e-mail: mmblois@univir.br Niskier, Celso e-mail: cniskier@unicarioca.edu.br

Leia mais

RELATÓRIO DE TRABALHO DOCENTE OUTUBRO DE 2012 EREM JOAQUIM NABUCO

RELATÓRIO DE TRABALHO DOCENTE OUTUBRO DE 2012 EREM JOAQUIM NABUCO UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO PIBID PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA CÍCERO WILLIAMS DA SILVA EMERSON LARDIÃO DE SOUZA MARIA DO CARMO MEDEIROS VIEIRA ROBERTO GOMINHO DA SILVA

Leia mais

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios Autor: Dominique Turpin Presidente do IMD - International Institute for Management Development www.imd.org Lausanne, Suíça Tradução:

Leia mais

Núcleo de educação a distância - NEAD/UNIFRAN UNIVERSIDADE DE FRANCA

Núcleo de educação a distância - NEAD/UNIFRAN UNIVERSIDADE DE FRANCA Educação conceito permeado por valores e finalidades Educação e Sociedade:algumas visões no século XX Universidade de Franca Pedagogia EAD Sociologia Geral e da Educação Profa. Lucimary Bernabé Pedrosa

Leia mais

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE Bruna Cardoso Cruz 1 RESUMO: O presente trabalho procura conhecer o desempenho profissional dos professores da faculdade

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE ALMEIDA 1, Leonardo Rodrigues de SOUSA 2, Raniere Lima Menezes de PEREIRA

Leia mais

MATRIZES CURRICULARES MUNICIPAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA - MATEMÁTICA: UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA EM MOGI DAS CRUZES

MATRIZES CURRICULARES MUNICIPAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA - MATEMÁTICA: UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA EM MOGI DAS CRUZES MATRIZES CURRICULARES MUNICIPAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA - MATEMÁTICA: UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA EM MOGI DAS CRUZES Marcia Regiane Miranda Secretaria Municipal de Educação de Mogi das Cruzes marcia.sme@pmmc.com.br

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

OBJETIVO Reestruturação de dois laboratórios interdisciplinares de formação de educadores

OBJETIVO Reestruturação de dois laboratórios interdisciplinares de formação de educadores OBJETIVO Reestruturação de dois laboratórios interdisciplinares de formação de educadores Laboratório Multidisciplinar de Ensino de Ciências e Matemática (LabMEC), vinculado ao Instituto de Ciências Exatas:

Leia mais

DIRETRIZES CURRICULARES PARA OS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UTFPR

DIRETRIZES CURRICULARES PARA OS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UTFPR Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional DIRETRIZES CURRICULARES PARA OS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UTFPR APROVADO PELA RESOLUÇÃO

Leia mais

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias outubro/2007 página 1 EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Moysés Kuhlmann :A educação da criança pequena também deve ser pensada na perspectiva de

Leia mais

e-mail: simoneperes2@yahoo.com.br 1 CONCEPÇÕES DE CURRÍCULO e-mail: simoneperes2@yahoo.com.br 2 CONVERSANDO SOBRE CURRÍCULO Diferentes concepções Conteúdos e competências Sobre aprendizagens Projetos alternativos

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Orientações para a elaboração do projeto escolar

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Orientações para a elaboração do projeto escolar MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO MÉDIA E TECNOLÓGICA Coordenação-Geral de Ensino Médio Orientações para a elaboração do projeto escolar Questões norteadoras: Quais as etapas necessárias à

Leia mais

Teoria Geral da Administração II

Teoria Geral da Administração II Teoria Geral da Administração II Livro Básico: Idalberto Chiavenato. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7a. Edição, Editora Campus. Material disponível no site: www..justocantins.com.br 1. EMENTA

Leia mais

Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum

Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum 1. O direito constitucional à educação é concretizado, primeiramente, com uma trajetória regular do estudante, isto é, acesso das crianças e jovens a

Leia mais

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL Prof. Dr. José Alberto Carvalho dos Santos Claro Mestrado em Gestão de Negócios Universidade

Leia mais

Princípios, valores e iniciativas de mobilização comunitária. Território do Bem - Vitória/ES

Princípios, valores e iniciativas de mobilização comunitária. Território do Bem - Vitória/ES Princípios, valores e iniciativas de mobilização comunitária. Território do Bem - Vitória/ES O Ateliê de Idéias é uma organização social, sem fins lucrativos, fundada em 2003, que tem como missão desenvolver

Leia mais

CONSELHO DE CLASSE DICIONÁRIO

CONSELHO DE CLASSE DICIONÁRIO CONSELHO DE CLASSE O Conselho de Classe é um órgão colegiado, de cunho decisório, presente no interior da organização escolar, responsável pelo processo de avaliação do desempenho pedagógico do aluno.

Leia mais

Análise dos dados da Pesquisa de Clima Relatório

Análise dos dados da Pesquisa de Clima Relatório Recursos Humanos Coordenação de Gestão de Pessoas Pesquisa de Clima Análise dos dados da Pesquisa de Clima Relatório Introdução No dia 04 de Agosto de 2011, durante a reunião de Planejamento, todos os

Leia mais

Mestrado em Educação Superior Menção Docência Universitária

Mestrado em Educação Superior Menção Docência Universitária Apresentação Mestrado em Educação Superior Menção Docência Universitária A Vice-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pósgraduação da Universidad Arturo Prat del Estado de Chile, ciente da importância dos estudos

Leia mais

DEMOCRACIA, ÉTICA E RENOVAÇÃO

DEMOCRACIA, ÉTICA E RENOVAÇÃO PLANO DE GESTÃO CANDIDATURA A DIREÇÃO GERAL DO IFSC CÂMPUS CHAPECÓ ROBERTA PASQUALLI DIRETORA GERAL LUIS FERNANDO POZAS DIRETOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO ELIANDRO LUIZ MINSKI DIRETOR DE ADMINISTRAÇÃO

Leia mais

Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é:

Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é: Atividade extra Fascículo 3 Sociologia Unidade 5 Questão 1 Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é: a. Isolamento virtual b. Isolamento físico c.

Leia mais

NÍVEIS DE ENSINO DICIONÁRIO

NÍVEIS DE ENSINO DICIONÁRIO NÍVEIS DE ENSINO Estruturas verticais hierárquicas que compõem a educação escolar. Atualmente, a educação escolar brasileira está organizada em dois níveis de ensino: a educação básica e a educação superior.

Leia mais

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT Proposta do CDG-SUS Desenvolver pessoas e suas práticas de gestão e do cuidado em saúde. Perspectiva da ética e da integralidade

Leia mais

Sobre a Universidade Banco Central do Brasil (UniBacen)

Sobre a Universidade Banco Central do Brasil (UniBacen) Sobre a Universidade Banco Central do Brasil (UniBacen) Histórico A UniBacen é um departamento vinculado diretamente ao Diretor de Administração do Banco Central do Brasil (BCB), conforme sua estrutura

Leia mais

EMATER RS. Seminário. A Extensão Rural Pública e Seus Impactos no Desenvolvimento Municipal Sustentável

EMATER RS. Seminário. A Extensão Rural Pública e Seus Impactos no Desenvolvimento Municipal Sustentável Seminário A Extensão Rural Pública e Seus Impactos no Desenvolvimento Municipal Sustentável e Mário Augusto Ribas do Nascimento Presidente da EMATER/RS Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA. Local de atuação: Brasília/DF com disponibilidade para viagens em todo o território nacional.

TERMO DE REFERÊNCIA. Local de atuação: Brasília/DF com disponibilidade para viagens em todo o território nacional. TERMO DE REFERÊNCIA Denominação: Consultor(a) especializado(a) para atuação na área de suporte técnico e avaliação das políticas de fortalecimento da agricultura familiar, com enfoque nos princípios da

Leia mais

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS Daniel Silveira 1 Resumo: O objetivo desse trabalho é apresentar alguns aspectos considerados fundamentais para a formação docente, ou

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DOS FUNCIONÁRIOS NO PROCESSO EDUCATIVO NAS ESCOLAS

A IMPORTÂNCIA DOS FUNCIONÁRIOS NO PROCESSO EDUCATIVO NAS ESCOLAS A IMPORTÂNCIA DOS FUNCIONÁRIOS NO PROCESSO EDUCATIVO NAS ESCOLAS Carine Ferreira Machado Virago 1 Carla Cristiane Costa 2 Resumo: A nova conjuntura educacional, voltada especialmente a uma educação integral

Leia mais

O papel educativo do gestor de comunicação no ambiente das organizações

O papel educativo do gestor de comunicação no ambiente das organizações O papel educativo do gestor de comunicação no ambiente das organizações Mariane Frascareli Lelis Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho UNESP, Bauru/SP e-mail: mariane_lelis@yahoo.com.br;

Leia mais

CURSO PREPARATÓRIO PARA PROFESSORES. Profa. M. Ana Paula Melim Profa. Milene Bartolomei Silva

CURSO PREPARATÓRIO PARA PROFESSORES. Profa. M. Ana Paula Melim Profa. Milene Bartolomei Silva CURSO PREPARATÓRIO PARA PROFESSORES Profa. M. Ana Paula Melim Profa. Milene Bartolomei Silva 1 Conteúdo: Concepções Pedagógicas Conceitos de Educação; Pedagogia; Abordagens Pedagógicas: psicomotora, construtivista,

Leia mais

CENTRO DE ESTUDO DE PÓS-GRADUAÇÃO PROPOSTA DE CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

CENTRO DE ESTUDO DE PÓS-GRADUAÇÃO PROPOSTA DE CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU CENTRO DE ESTUDO DE PÓS-GRADUAÇÃO PROPOSTA DE CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 2013 INTRODUÇÃO: O presente trabalho apresenta a relação de Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu a serem reorganizados no

Leia mais

!"#$% #!$%&'()(*!#'+,&'(-.%'(.*!/'0.',1!,)2-(34%5! 6,-'%0%7.(!,!#'%8(34%! &#'(%)*%+,-.%

!#$% #!$%&'()(*!#'+,&'(-.%'(.*!/'0.',1!,)2-(34%5! 6,-'%0%7.(!,!#'%8(34%! &#'(%)*%+,-.% !"#$% #!$%&'()(*!#'+,&'(-.%'(.*!/'0.',1!,)2-(34%5! 6,-'%0%7.(!,!#'%8(34%! &#'(%)*%+,-.%! https://sites.google.com/site/grupouabpeti/ ISBN: 978-972-674-744-4! "! DIRETORES DE CURSO: PERSPETIVAS E CARACTERIZAÇÃO

Leia mais

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM Resumo Gisele Gomes Avelar Bernardes- UEG 1 Compreendendo que a educação é o ponto chave

Leia mais

A ARTE NA FORMAÇÃO CONTÍNUA DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL: EM BUSCA DE UMA PRAXE TRANSFORMADORA

A ARTE NA FORMAÇÃO CONTÍNUA DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL: EM BUSCA DE UMA PRAXE TRANSFORMADORA A ARTE NA FORMAÇÃO CONTÍNUA DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL: EM BUSCA DE UMA PRAXE TRANSFORMADORA Sumaya Mattar Moraes Mestranda na Área de Linguagem e Educação da FEUSP Esta pesquisa coloca em pauta

Leia mais

Pedagogia Estácio FAMAP

Pedagogia Estácio FAMAP Pedagogia Estácio FAMAP # Objetivos Gerais: O Curso de Graduação em Pedagogia da Estácio FAMAP tem por objetivo geral a formação de profissionais preparados para responder às diferenciadas demandas educativas

Leia mais

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4 CAMPUS CARAGUATUBA CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4 PROFESSOR: ANDRESSA MATTOS SALGADO-SAMPAIO ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A PRÁTICA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO CURSO

Leia mais

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997 RESOLUÇÃO Nº 119-COU/UNICENTRO, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2013. ALTERADA A NOMENCLATURA DESSE CURSO PARA LICENCIATURA EM PSICOLOGIA COMPLEMENTAÇÃO, CONFORME RESOLUÇÃO Nº 182/2014-GR/UNICENTRO. Aprova o Projeto

Leia mais

Curso de Graduação. Dados do Curso. Administração. Contato. Modalidade a Distância. Ver QSL e Ementas. Universidade Federal do Rio Grande / FURG

Curso de Graduação. Dados do Curso. Administração. Contato. Modalidade a Distância. Ver QSL e Ementas. Universidade Federal do Rio Grande / FURG Curso de Graduação Administração Modalidade a Distância Dados do Curso Contato Ver QSL e Ementas Universidade Federal do Rio Grande / FURG 1) DADOS DO CURSO: COORDENAÇÃO: Profª MSc. Suzana Malta ENDEREÇO:

Leia mais

O Marketing Educacional aplicado às Instituições de Ensino Superior como ferramenta de competitividade. Xxxxxx Xxxx Xxxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxxxxx

O Marketing Educacional aplicado às Instituições de Ensino Superior como ferramenta de competitividade. Xxxxxx Xxxx Xxxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxxxxx O Marketing Educacional aplicado às Instituições de Ensino Superior como ferramenta de competitividade Xxxxxx Xxxx Xxxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxxxxx Araçatuba SP 2012 O Marketing Educacional aplicado às Instituições

Leia mais

O ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS: CONTRIBUIÇÕES PARA UM DEBATE

O ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS: CONTRIBUIÇÕES PARA UM DEBATE 689 O ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS: CONTRIBUIÇÕES PARA UM DEBATE Ana Paula Reis de Morais 1 Kizzy Morejón 2 RESUMO: Este estudo traz os resultados de uma pesquisa de campo realizada em uma escola pública

Leia mais

Curso de Engenharia de Produção NORMAS DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Curso de Engenharia de Produção NORMAS DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES Curso de Engenharia de Produção NORMAS DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES Viçosa, Minas Gerais 2014 1 INTRODUÇÃO As atividades complementares, inseridas no projeto pedagógico, têm por finalidade proporcionar

Leia mais

Dra. Margareth Diniz Coordenadora PPGE/UFOP

Dra. Margareth Diniz Coordenadora PPGE/UFOP Dra. Margareth Diniz Coordenadora PPGE/UFOP Pela sua importância destacam-se aqui alguns dos seus princípios: Todos/as os/ssujeitos, de ambos os sexos, têm direito fundamental à educação, bem como a oportunidade

Leia mais

Bacharelado em Humanidades

Bacharelado em Humanidades UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO COORDENAÇÃO DE ENSINO COORDENAÇÃO DE CURSO Bacharelado em Humanidades 1. Perfil do Egresso Em consonância

Leia mais

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Lei n o 9.795, de 27 de Abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso

Leia mais

1. O pensamento marxista e o contexto contemporâneo

1. O pensamento marxista e o contexto contemporâneo Prof. Dr. Elydio dos Santos Neto AS CONTRIBUIÇÕES DE ANTONIO GRAMSCI PARA COMPREENDER A ESCOLA E O PROFESSOR NA ESTRUTURA DA SOCIEDADE CAPITALISTA 1. O pensamento marxista e o contexto contemporâneo No

Leia mais

Movimento Nossa São Paulo Outra Cidade. Gestão Democrática

Movimento Nossa São Paulo Outra Cidade. Gestão Democrática Movimento Nossa São Paulo Outra Cidade Gestão Democrática Diagnóstico Em agosto de 2002, o Fórum de Educação da Zona Leste promoveu o 2º seminário Plano Local de Desenvolvimento Educativo. Realizado no

Leia mais

AS REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES SOBRE A DOCENCIA COMO PROFISSÃO: UMA QUESTÃO A SE PENSAR NOS PROJETOS FORMATIVOS.

AS REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES SOBRE A DOCENCIA COMO PROFISSÃO: UMA QUESTÃO A SE PENSAR NOS PROJETOS FORMATIVOS. AS REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES SOBRE A DOCENCIA COMO PROFISSÃO: UMA QUESTÃO A SE PENSAR NOS PROJETOS FORMATIVOS. Prof. Dr. Isauro Beltrán Nuñez Prof. Dr. Betania Leite Ramalho INTRODUÇÃO A pesquisa que

Leia mais

GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO DO CURRICULO ANO 2 - APROFUNDAMENTO

GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO DO CURRICULO ANO 2 - APROFUNDAMENTO ESTRUTURA GERAL DOS ROTEIROS DE ESTUDOS QUINZENAL Os roteiros de estudos, cujo foco está destacado nas palavras chaves, estão organizados em três momentos distintos: 1º MOMENTO - FUNDAMENTOS TEÓRICOS -

Leia mais

AS CONTRIBUIÇÕES DO CENTRO DE APOIO POPULAR ESTUDANTIL DO TOCANTINS PARA A SOCIEDADE PORTUENSE

AS CONTRIBUIÇÕES DO CENTRO DE APOIO POPULAR ESTUDANTIL DO TOCANTINS PARA A SOCIEDADE PORTUENSE AS CONTRIBUIÇÕES DO CENTRO DE APOIO POPULAR ESTUDANTIL DO TOCANTINS PARA A SOCIEDADE PORTUENSE Cleudimar Pereira Dias Benvinda Barros Dourado (Orientadora) O Centro de Apoio Popular Estudantil do Tocantins

Leia mais

Audiência Pública no Senado Federal

Audiência Pública no Senado Federal Audiência Pública no Senado Federal Comissão de Educação, Cultura e Esporte Brasília DF, 7 de maio de 2008 1 Audiência Pública Instruir o PLS n o 026 de 2007, que Altera a Lei n o 7.498, de 25 de junho

Leia mais

REFERENCIA INSTITUCIONAL:

REFERENCIA INSTITUCIONAL: TITULO: Programa de Integração Docente Assistencial entre a Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP e a Secretaria Municipal de Saúde de Diadema - PIDA-DIADEMA EIXO: Extensão, Docência e Investigação

Leia mais