PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DE MATO GROSSO DO SUL INFORMATIVO Nº 115. Este informativo não representa o endosso da AMPASUL para nenhum produto ou marca.

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1 PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DE MATO GROSSO DO SUL RELATÓRIO DE 01 A 13 DE JULHO DE 2015 INFORMATIVO Nº 115 1

2 Núcleo 1 Chapadão do Sul Eng. Agr. Danilo Suniga de Moraes A primeira quinzena do mês de julho iníciou com precipitações que trouxeram preocupações para os cotonicultores pois antes da tais precipitações as amostras que estavam sendo classificadas pela Ampasul estavam mantendo uma média de algodão tipo 41.4 as quais agora passaram a ser classificadas como 51.4, Josias Lúcio classificador visual da Ampasul diz que a diferença depois da chuva é basicamente a diminuição do brilho da pluma e que a tendência é que com a fim das precipitações e dias ensolarados o tipo já volta para Outro problema que ocorre quando temos a diminuição de temperatura e luminosidade no período em que o algodoeiro esta em fase de maturação é o atraso na abertura das maçãs pois estes fatores influem decisivamente na quantidade de celulose depositada, a qual esta ligada ao grau de maturação da fibra do algodão. Já as caracteristicas intrinsecas da fibra não sofreram alterações como cita o Gerente José L. Matos do Laboratório Instrumental de Fibras da Ampasul. A previsão para os proximos dias é que não tenhamos mais precipitações e também ocorra um pequeno aumento na temperatura média como podemos verificar na imagem abaixo. Imagem 01. Previsão do tempo para os próximos dias em Chapadão do Sul. (fonte: Mesmo com as condições climáticas pouco favorável para a colheita do algodão em algumas áreas ocorreu tal operação, e as médias de produtividades alcançadas são satisfatórias até o momento variando de 280 a 330@/ha as quais tendem a aumentar com a evolução da colheita. É importante lembrar de sempre usar inseticidas para controle do bicudo tanto no processo de desfolha e maturação como também na destruição de soqueira que pode ser após a roçagem e ou na destruição química, principalmente nas áreas onde foram identificadas grande populações de bicudo no decorrer da safra. Outro ponto é 2

3 manter o transporte do algodão em caroço até as usinas de beneficiamento com qualidade minimizando perdas e disseminação de plantas involuntárias de algodão ás margens das rodovias e estradas vicinais. Núcleo 2 Costa Rica e Alcinópolis Eng. Agr. Robson Carlos dos Santos Na região de Costa Rica e Alcinópolis, noventa por cento das propriedades já iniciaram a colheita do algodão safra. O ritmo da colheita segue lento, principalmente neste período, onde houve ocorrência de precipitações interrompendo o processo de colheita e queda significativa na temperatura e em todo Núcleo, devido as condições climáticas adversas, os cotonicultores da região suspenderam as aplicações de maturadores e desfolhantes. Entretanto a maioria dos produtores já começaram a realizar o processo de desfolha do algodão. Essas precipitações são atípicas nesta época do ano na região, situação que gera um desconforto aos cotonicultores, pois além de prolongar o ciclo da cultura na lavoura, interfere no aspecto visual da pluma do algodoeiro. Foto 1. Algodão safra pronto pra ser colhido na região de Costa Rica. Em relação ao controle e manejo do bicudo do algodoeiro, todos os cotonicultores da região estão empenhados em reduzir a população de bicudo de final de safra. Em algumas áreas mais novas semeadas com algodão safra ainda está sendo realizado o combate localizado do inseto, ações como adicionar inseticida para controle do bicudo no momento da desfolha e no momento da destruição da soqueira e colheita rápida e bem feita, são pontos crucias para a redução do inseto. 3

4 Foto 2. Roçagem das plantas de algodão após colheita. O algodão safrinha apresenta bom desenvolvimento e bom potencial produtivo até o momento, o controle de insetos como bicudo, mosca branca e pulgão segue rigorosamente na região. Em relação a doenças a macha de ramulária é a principal doença da cultura, exigindo maior demanda de intervenções químicas, porém tem-se observado um aumento significativo no número de plantas com sintomas de mofo branco (Sclerotinia Sclerotiorum), principalmente nas áreas semeadas com algodão de segunda safra com o espaçamento reduzido. Outra doença que vem aumentando é o Botrytis cinerea, essa doença é causada por um fungo e seu sintoma típico é o aparecimento de um mofo com aspecto acinzentado, no algodoeiro os sintomas são mais nítidos nas estruturas reprodutivas da planta. Foto 3 e 4. Estruturas reprodutiva com sintomas de doenças fungicas. Mofo branco (Esquerda) e Botrytis a (direita). 4

5 Núcleo 3 Centro (São Gabriel do Oeste). Eng. Agr. Robson C. dos Santos Em São Grabriel do Oeste, o algodão apresenta bom desenvolvimento e bom potencial produtivo, apesar de ter alguns talhões que já estarem na fase final de seu ciclo, outros ainda estão em fase de enchimentos de maçãs apresentando boa sanidade vegetal. Materiais que apresentam tolerância a mancha de ramularia, tem contribuído e auxiliado no manejo sanitário dessas plantas. As precipitações ocorrentes neste período foi de fundamental importância para garantir a formação das maçãs do ponteiro dos últimos talhões semeados com algodão. O bicudo do algodoeiro está presente, porém em pontos isolados, onde o controle vem sendo realizado semanalmente para que o inseto não disperse para outras áreas. Porém a grande preocupação da região é com a mosca branca que vem sendo necessária realizar a intervenção química desde a emergência das primeiras plantas. Isso se deve pela forte pressão de mosca branca que estava na soja, e após ser colhida migrou para a cultura do algodoeiro. Foto 5. Algodão de segunda safra com bom potencial produtivo em são Gabriel do Oeste. Núcleo 4 Sul (Sidrolândia e Aral Moreira). Eng. Agr. Danilo S. Moraes Nos municípios do núcleo todo o algodão safra já foi colhido e a destruição de soqueira realizada. 5

6 ANEXO I Procedimentos para uma Colheita com Qualidade e Segurança Não adiantar muito a desfolha para evitar o rebrote que poderá manchar a pluma. Após a abertura do algodão colher o mais rápido possível. Atenção ao horário de colheita! Não colher com umidade, pois compromete a qualidade da fibra. Efetuar as regulagens e limpeza das colhedeiras (limpeza de fusos, dutos, escovinhas e cestos a cada fardo colhido). Evitar amarrar as lonas dos fardos com corda sisal, pois poderá contaminar amostras. Fazer limpeza das prensas, evitando a presença de óleo, pedaços de mangueira e outros objetos estranhos. Não colocar o fundo dos fardos sujos misturados com algodão que está sendo colhido. Colher, enfardar e identificar separadamente para o beneficiamento, o algodão colhido em bordaduras, bem como as faixas que apresentem contaminação de plantas invasoras. Evitar molhamento dos fardos na lavoura, mantendo lonas em perfeitas condições de uso. Impedir a contaminação com restos de comida, plásticos, marmitex e outros objetos estranhos no meio dos fardos. Evitar usar sempre mesmo caminho com Bass Boy. Providenciar o equipamento de bombeiro. NÃO fumar próximo ao local de colheita. Ficar atento a focos de incêndio. Em caso de incêndio vascular rapidamente o algodão no chão. Adotar boas práticas de transporte da lavoura até o beneficiamento, evitando queda de algodão na beira das estradas e rodovias. 6

7 ANEXO II Visite nossa página no facebook ( e nosso site ( Redação: Eng. Agr. Danilo Suniga de Moraes (Coordenador Técnico da AMPASUL) e Eng. Agr. Robson Santos (Monitor Técnico da AMPASUL) 7