AULA 03 INQUÉRITO / CITAÇÃO / HABEAS CORPUS / SUJEITOS PROCESSUAIS

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1 AULA 03 INQUÉRITO / CITAÇÃO / HABEAS CORPUS / SUJEITOS PROCESSUAIS Caros alunos, Sejam bem vindos a nossa terceira aula de Processo Penal! Hoje veremos mais alguns importantes assuntos que, sem dúvida, farão diferença na hora da sua PROVA. Bons estudos! **************************************************************************************************** 1. (CESPE / Juiz Substituto / 2009) A autoridade policial pode decretar a incomunicabilidade do indiciado preso. COMENTÁRIOS: A incomunicabilidade do investigado está regulamentada no art. 21 do Código de Processo Penal nos seguintes termos: Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir. Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil 1

2 Na atualidade há uma grande divergência doutrinária quanto à recepção dessa previsão pela Constituição Federal vigente. Embora a doutrina majoritária incline-se para a inconstitucionalidade do dispositivo este artigo continua sendo exigido (e muito) em provas, pois ainda está presente no CPP. A incomunicabilidade dependerá sempre de despacho do Juiz e, portanto não pode ser determinada pela autoridade policial. 2. (CESPE / PC-RN / 2008) O valor probatório das informações e provas colhidas durante o inquérito policial, por não se submeterem ao contraditório e a ampla defesa, é nulo e, portanto, não pode o juiz, regra geral, se apoiar unicamente no inquérito para proferir uma sentença condenatória. COMENTÁRIOS: O final da questão está correto, todavia o valor probatório do inquérito é relativo, mas não nulo. Vamos compreender melhor este tema: Digamos que determinado indivíduo, durante um inquérito, confessou ao delegado de polícia a participação em um crime e tal confissão foi reduzida a termo. Será que a decisão condenatória poderia ser apoiada exclusivamente nesta confissão extrajudicial? A resposta é não, pois, segundo o STF, não se justifica sentença condenatória baseada unicamente no inquérito policial. Realmente, agora que já sabemos que o inquérito policial é um procedimento inquisitivo, não seguindo os princípios da ampla defesa e do contraditório, fica fácil entender o valor probatório relativo atribuído a tal procedimento administrativo pela Suprema Corte. 2

3 Como peça meramente informativa, destinada tão somente a autorizar o exercício da ação penal, não pode por si só servir de lastro à sentença condenatória, sob pena de se infringir o princípio do contraditório, garantia constitucional. 3. (CESPE / Analista de Controle / 2008) Os vícios existentes no inquérito policial não têm o condão de infirmar validade jurídica do subseqüente processo penal condenatório. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Os vícios do inquérito não contaminam ou ocasionam nulidades no processo. Tal fato tem por base o caráter meramente informativo da fase inquisitorial. Assim, se uma confissão foi obtida mediante tortura na fase do inquérito, esta situação não será passível de gerar a anulação da ação penal. TAMBÉM CAIU EM PROVA! 4. (CESPE / Delegado de Polícia SP/2008) Caso o inquérito policial seja eivado de vício de forma será mera irregularidade, que deverá ser sanada a qualquer tempo. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: O inquérito não é ato de manifestação do poder jurisdicional, mas mero procedimento informativo que visa fornecer dados ao titular da ação. Assim os vícios existentes no IP não ocasionam nulidades processuais. 5. (CESPE / Promotor MP-SP / 2008) O inquérito policial não é indispensável à propositura da ação penal nos crimes em que se procede mediante queixa do 3

4 ofendido. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Para se chegar à conclusão da obrigatoriedade ou não do inquérito policial basta pensar na real finalidade de tal procedimento. Se sem nenhuma investigação policial for possível a determinação da autoria e do fato, é razoável que esta fase preliminar seja dispensada. O art o, do CPP deixa claro esta não obrigatoriedade: Art. 39. [...] 5 o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias. (grifo nosso) No mesmo sentido já definiu o STF: "O inquérito policial não é imprescindível ao oferecimento de denúncia ou queixa, desde que a peça acusatória tenha fundamento em dados de informação suficiente à caracterização da materialidade e autoria da infração penal (STF, RTF 76/741; TRF 3ª Reg., HC , 1ª Turma, Rel. des. Fed. Roberto Haddad, RT 768/719)". (p. 08). 4

5 6. (CESPE / TJ-CE / 2008) A notitia criminis do fato, quando levada, por qualquer modo, ao conhecimento da autoridade policial, implica obrigatoriamente a instauração do inquérito policial, sob pena de caracterizar o crime de prevaricação. COMENTÁRIOS: Quando a autoridade policial recebe a informação de uma possível ocorrência de um delito não é obrigada a instaurar o inquérito. Deverá sim proceder uma investigação preliminar a fim de determinar se realmente o inquérito é necessário. Vamos aproveitar esta questão para relembrar/aprender importantes aspectos sobre a notitia criminis: Conforme leciona o professor Fernando Capez, dá-se o nome de notitia criminis (notícia do crime) ao conhecimento espontâneo ou provocado de um fato aparentemente criminoso. É com base nesse conhecimento que a autoridade dá início às investigações. Classifica-se a notitia criminis da seguinte forma: 1 - NOTITIA CRIMINIS DE COGNIÇÃO DIRETA OU IMEDIATA Também chamada de espontânea ou inqualificada, caracteriza-se pela inexistência de um ato jurídico formal de comunicação da ocorrência do delito Ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento direto do ilícito através de suas atividades de rotina, de jornais, pela descoberta do corpo do delito, por comunicação da polícia preventiva, por investigações da polícia judiciária etc. Nestes casos, a autoridade policial deve proceder a uma investigação preliminar, com a máxima cautela e discrição, a fim de verificar a verossimilhança da informação, 5

6 somente devendo instaurar o inquérito na hipótese de haver um mínimo de consistência nos dados informados. 2 - NOTITIA CRIMINIS DE COGNIÇÃO INDIRETA OU MEDIATA Também chamada de notitia criminis provocada ou qualificada. Ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento do ilícito por meio de algum ato jurídico de comunicação formal do delito. São exemplos de notitia criminis de cognição indireta: Delatio criminis simples É a comunicação por escrito ou verbal, prestada por pessoa identificada. (CPP, art. 5º, 3 o ). 3 o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito. Requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público (CPP, art. 5º, II) Requisição do Ministro da Justiça (CP, art. 7º, 3º, b) Representação do ofendido (CPP, art. 5º, 4º) 3 - NOTITIA CRIMINIS DE COGNIÇÃO COERCITIVA Ocorre no caso de prisão em flagrante. Nesta hipótese, a comunicação do crime é feita mediante a própria 6

7 apresentação de seu autor por servidor público no exercício de suas funções ou por particular. O assunto pode ser resumido através do quadro abaixo que facilita a memorização: COGNIÇÃO DIRETA OU IMEDIATA 1-ATIVIDADES ROTINEIRAS 2-JORNAIS 3-INVESTIGAÇÕES 4-CORPO DO DELITO 5-DELAÇÃO APÓCRIFA INEX XI IS ST TÊ ÊN NC CI IA DE D E UM U M ATO A O JURÍ ÍDIC CO O FO F OR RM MA AL L!!!!! NOTITIA CRIMINIS COGNIÇÃO INDIRETA OU MEDIATA 1-DELATIO CRIMINIS 2-REQUISIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO 3-REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA 4-REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO EXIS ST TÊ ÊN NC CI IA A DE D E UM U M ATO JURÍD DICO FORMAL!!! COGNIÇÃO COERCITIVA PRISÃO EM FLAGRANTE 7

8 7. (CESPE / POLÍCIA CIVIL-PB / 2008) A Notitia criminis em que o conhecimento pela autoridade policial da infração penal ocorre por meio da prisão em flagrante do acusado denomina-se notitia criminis de cognição coercitiva. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Perfeita definição da notitia criminis coercitiva. 8. (CESPE / POLÍCIA CIVIL-PB / 2008) Não se reconhece a figura da notícia anônima, sendo proibido à autoridade policial iniciar investigação com base em informações apócrifas, uma vez que a Constituição Federal veda o anonimato. COMENTÁRIOS: A delação apócrifa (denúncia anônima) é uma espécie de notitia criminis, podendo a autoridade policial utilizá-la para proceder investigações. Se não fosse assim, para que existiria o DISQUE DENÚNCIA? 9. (CESPE / TRE-GO / 2009) Nos crimes de ação penal pública incondicionada, o inquérito policial poderá ser iniciado a requerimento do ofendido. Nessa situação, caberá recurso para o chefe de polícia contra despacho que, eventualmente, indeferir o requerimento de abertura do inquérito. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: A forma de iniciar o inquérito está relacionada com a modalidade de ação penal. Vamos analisar o caso tratado pela questão: 8

9 FORMAS DE INICIAR O INQUÉRITO POLICIAL NOS CRIMES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA (CPP, art. 5º, I e II, 1º, 2º e 3º) Segundo o CPP, no caso de ação penal pública incondicionada, o inquérito pode ser iniciado das seguintes formas: 1- Portaria da autoridade policial de ofício, mediante simples notícia do crime. Art. 5 o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: I - de ofício; 2- Requisição do Ministério Público Art. 5 o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: [...] II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público 3- Requisição do juiz de Direito OBSERVAÇÃO IMPORTANTE A REQUISIÇÃO DO JUIZ E DO MINISTÉRIO PÚBLICO POSSUEM CONOTAÇÃO DE EXIGÊNCIA, DETERMINAÇÃO, RAZÃO PELA QUAL NÃO PODERÁ SER DESCUMPRIDA PELA AUTORIDADE POLICIAL. 9

10 4- Requerimento de qualquer pessoa do povo Este caso merece um comentário um pouco mais aprofundado, pois traz a resposta da questão. Observe o texto legal que garante o requerimento do ofendido como forma de iniciar o inquérito: Art. 5 o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: [...] para representá-lo. II [...] ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade 1 o O requerimento a que se refere o n o II conterá sempre que possível: a) a narração do fato, com todas as circunstâncias; b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência. (grifo nosso) Neste caso a autoridade policial não precisa cumprir o que é solicitado pelo indivíduo caso entenda descabido o requerimento. Entretanto, a fim de dar garantias ao solicitante e impedir indeferimentos arbitrários, preceitua o parágrafo 2º do art. 5º do CPP: 2 o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia. 10

11 Mas quem é o chefe de polícia? Para a PROVA de vocês é o SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA. 10. (CESPE / TRE-GO / 2009) Nos crimes de ação penal pública condicionada, a representação não é necessária para dar início ao inquérito policial, mas apenas à propositura da ação penal respectiva. COMENTÁRIOS: Nos crimes de ação penal pública condicionada, a representação é necessária tanto para a instauração do inquérito quanto para o início da ação (como já estudamos). Vamos aprofundar esta forma de dar início ao inquérito: FORMAS DE INICIAR O INQUÉRITO POLICIAL NOS CRIMES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA (CPP, art. 5º, 4º) 1- Mediante REPRESENTAÇÃO do ofendido ou de seu representante legal Art. 5º [...] 4 o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado. Relembrando: 11

12 Por representação, também conhecida como delatio criminis postulatória, compreende-se a manifestação pela qual a vítima ou seu representante legal autoriza o Estado a desenvolver as providências necessárias à investigação e apuração judicial nos crimes que a requerem. Nada impede que a representação esteja incorporada na comunicação de ocorrência policial e neste sentido já se manifestou, por diversas vezes, o STJ. Observe o julgado: HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. PENAL. ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. MENOR DE QUATORZE ANOS. VIOLÊNCIA PRESUMIDA. AUMENTO DE PENA. CORRETA APLICAÇÃO DO ART. 9 DA LEI N MISERABILIDADE DA VÍTIMA E DE SUA FAMÍLIA. LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO. INEXISTÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. ORDEM DENEGADA. A representação nos crimes de ação penal condicionada pública prescinde de qualquer formalidade, sendo necessário apenas a vontade inequívoca da vítima ou de seu representante legal, mesmo que realizada na fase policial. Precedentes desta Corte e do STF. (STJ, HC, Nº RJ) 2- Mediante requisição do ministro da justiça. Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça[...]. Como estudamos, existem alguns delitos que, por questões de política, necessitam da manifestação do Ministro da Justiça para que possam ser investigado. Como exemplo 12

13 podemos citar os crimes cometidos por estrangeiro fora do País e os crimes contra a honra cometidos contra o Presidente da República. TAMBÉM CAIU EM PROVA! 11. (CESPE / MPE-SE 2009) O inquérito policial pode ser iniciado de ofício, ainda que se trata de crime de ação penal pública condicionada. COMENTÁRIOS: A ação penal pública condicionada depende da representação do ofendido ou representante legal, não podendo ter início ex officio. TAMBÉM CAIU EM PROVA! 12. (CESPE / Procurador Municipal /2007) Considere a seguinte situação hipotética. Um indivíduo, deliberadamente, feriu um desafeto, produzindo-lhe lesões corporais de natureza leve. A autoridade policial, ao tomar conhecimento do fato, instaurou o competente procedimento, cuidando, porém, de colher previamente a manifestação da vítima no sentido de ver processado o autor do delito. Nessa situação, atuou corretamente a autoridade policial, pois a representação do ofendido em casos como esse é condição de procedibilidade para a persecução penal. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: A lesão corporal leve é um delito que dá ensejo à ação penal pública condicionada, sendo necessária a manifestação da vítima ou seu representante legal para a instauração do inquérito. 13

14 TAMBÉM CAIU EM PROVA! 13. (CESPE / TRE-MA / 2009) Tratando-se de crime de ação penal pública condicionada à representação, a autoridade policial não pode se recusar a instaurar inquérito, se houver requerimento do ofendido. COMENTÁRIOS: Como vimos nos delitos de ação penal pública condicionada a autoridade policial NÃO É OBRIGADA a iniciar o inquérito após a representação. O Delegado avaliará a representação dando início ao inquérito CASO realmente haja indícios de que tenha ocorrido um crime. 14. (ESAF / AFC / 2008) Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: A autoridade policial, nos crimes de ação penal privada, dependerá da manifestação de vontade do ofendido para poder iniciar o inquérito. Vamos compreender: FORMAS DE INICIAR O INQUÉRITO POLICIAL NOS CRIMES DE AÇÃO PENAL PRIVADA (CPP, art. 5º, 5º) 14

15 1- Mediante requerimento escrito ou verbal, reduzido a termo neste último caso, do ofendido ou de seu representante legal. Art. 5º [...] 5 o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. TAMBÉM CAIU EM PROVA! 15. (TJ-SP / Magistratura SP / 2008) Nos crimes de ação penal privada, o inquérito policial pode iniciar-se por representação do ofendido ou seu representante legal. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Segundo o CPP no seu Art. 5º, parágrafo 5º, nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder o inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. 16. (FCC / BACEN / 2004) Nos crimes de ação penal pública, a autoridade policial somente poderá proceder à instauração de inquérito mediante representação do ofendido ou de seu representante legal. COMENTÁRIOS: Quando a ação penal for pública incondicionada não há necessidade de representação para que seja possível a instauração do inquérito. 15

16 17. (CESPE / MPE-SE / 2009) O inquérito policial tem rito próprio e taxativamente definido. COMENTÁRIOS: O CPP define as linhas mestras para o inquérito, todavia cada crime é diferente do outro. Por tratar-se de um procedimento administrativo, cabe ao Delegado a prerrogativa de determinar a melhor forma de atingir o objetivo da investigação. Vamos compreender: Imaginemos um inquérito policial para apurar um homicídio duplamente qualificado e outro para averiguar um furto de galinhas no quintal do vizinho. O inquérito será exatamente igual? Ou melhor, será que seria possível definir um rito procedimental exato a ser executado pela autoridade policial em qualquer situação? É claro que a resposta é negativa, e o que encontramos no art. 6º do CPP é uma série de procedimentos que, via de regra, deverão ser executados, entretanto para cada caso será uma ritualização diferente, conveniente e oportuna. Observe o disposto: Art. 6 o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; IV - ouvir o ofendido; 16

17 V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. Agora resumindo o que importa para sua PROVA: O inciso I do supracitado artigo nos traz que a autoridade policial deverá dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e a conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais. Para esta regra existe uma exceção na lei nº /73 que nos diz que para acidentes de trânsito a autoridade ou o agente policial que primeiro tomar conhecimento do fato poderá autorizar a imediata remoção dos feridos, bem como dos veículos se estiverem prejudicando o tráfego. Seguindo no artigo 6º, a autoridade deverá apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais. Esta busca e apreensão poderá ocorrer: 17

18 1- No local do crime 2- Em domicílio 3- Na própria pessoa CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL A autoridade policial ouvirá o ofendido e o indiciado, que poderão ser conduzidos coercitivamente para prestar esclarecimentos caso não atendam às intimações. Poderão ser realizadas acareações e o reconhecimento de pessoas e coisas. Deverá ser determinada a realização do exame de corpo de delito sempre que a infração deixar vestígios. 18. (CESPE / Juiz Substituto / 2008) A reprodução simulada dos fatos ou reconstituição do crime pode ser determinada durante o inquérito policial, caso em que o indiciado é obrigado a comparecer e participar da reconstituição, em prol do princípio da verdade real. COMENTÁRI- OS: Reza o art. 7º do CPP: Art. 7 o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública. A reprodução simulada é um instrumento importante de que dispõe a autoridade policial para elucidar um crime. 18

19 Desde que não contrarie a moralidade ou a ordem pública, todos os passos do delito podem ser refeitos com acompanhamento de peritos, possibilitando um maior número de informações para o inquérito. O indiciado poderá ser forçado a comparecer, mas não a participar da reconstituição, pois, segundo a Constituição Federal, ninguém é obrigado a produzir prova contra si. 19. (CESPE / Promotor MP-SP / 2008) Como regra geral, não deve a autoridade policial determinar o indiciamento do autor da infração se este já se identificou civilmente. COMENTÁRIOS: O fato de já haver se identificado civilmente o autor não encontra relação direta com a possibilidade de se iniciar ou não um inquérito. Esclarecendo: Datiloscopia é o processo de identificação humana por meio das impressões digitais. O art. 6 o, VIII do CPP trata da identificação datiloscópica, dizendo que a autoridade policial deverá determiná-la. Aqui há um ponto importantíssimo que precisa ser deixado bem claro: Dispõe a súmula 568 do STF que a identificação criminal não constitui constrangimento ilegal, ainda que o indiciado já tenha sido identificado civilmente. Entretanto, tal dispositivo foi editado pela Suprema Corte em 1977 e encontra-se superado pela Constituição de 1988 que traz expressamente no art. 5º LVIII o seguinte texto: 19

20 Art. 5º [...] LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; Isso quer dizer então que NUNCA o civilmente identificado será submetido à identificação criminal? A resposta é negativa, pois o próprio texto constitucional deixa claro que salvo nas hipóteses previstas em lei. Como exemplo, podemos citar a lei nº /2009, que enumera situações em que o civilmente identificado será submetido à identificação criminal. 20. (CESPE / MPE-SE / 2009) O inquérito policial deverá terminar no prazo de dez dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: O art. 10 do CPP assim dispõe: Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. 20

21 A partir deste artigo podemos definir a seguinte regra geral para a conclusão do inquérito: INDICIADO PRESO 10 DIAS. INDICIADO SOLTO 30 DIAS. O parágrafo 3º do supracitado artigo admite a prorrogação do prazo quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto: 3 o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz. Tal prorrogação não encontra um limite definido no CPP, entretanto, segundo entendimento doutrinário e jurisprudencial deve ser razoável à elucidação dos fatos. Conforme enfatizado, o previsto no art. 10 do CPP é a regra e esta é excepcionada por algumas leis especiais que fixam outros prazos. Observe: a) Polícia Federal (art. 66 da lei nº 5.010/66): I) Indiciado preso 15 dias; II) Indiciado solto 30 dias. Obs.: podem ser prorrogados. b) Lei de drogas (art. 51 da lei nº /06): I) Indiciado preso 30 dias; 21

22 II) Indiciado solto 90 dias. Obs.: podem ser duplicados. c) Crimes contra a economia popular (art. 10 da lei nº 1.521/51): I) Indiciado preso 10 dias; II) Indiciado solto 10 dias. Obs.: improrrogáveis. d) Inquérito Policial Militar (art. 20 do DL 1.002/69): I) Indiciado preso 20 dias; II) Indiciado solto 40 dias. Obs.: podem ser prorrogados por mais 20 dias. OBSERVAÇÃO: CONTAGEM DO PRAZO O prazo para o término do inquérito segue a regra do art º do CPP, ou seja, despreza-se o dia inicial e inclui-se o dia final. Como exemplo, se determinado inquérito teve início no dia 15 de fevereiro às 16:00h, completará a contagem do primeiro dia às 24:00 do dia 16. É importante ressaltar que para a contagem do prazo do inquérito não há que se falar em sábados, domingos e feriados, pois a Polícia Judiciária possui expediente em tempo integral. 21. (CESPE / TJ-CE / 2008) O inquérito policial, uma vez instaurado, deve ser concluído no prazo de 10 dias, se o réu estiver preso, ou de trinta dias, se responder solto, podendo esse prazo ser prorrogado, em caso de necessidade, pela própria autoridade que presidir o inquérito, quando se tratar de casos de alta complexidade ou houver pluralidade de indiciados. 22

23 COMENTÁRIOS: Cabe ao juiz decidir pela prorrogação e não à autoridade policial. Observe o que dispõe o CPP: Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. [...] 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz. A prorrogação é possível e deve der solicitada AO JUIZ, não podendo ser determinada de ofício pela autoridade policial. A prorrogação pode, dentre várias situações, ser solicitada no caso de alta complexidade ou quando houver pluralidade de indiciados. 22. (CESPE / Polícia Federal / 2009) O término do inquérito policial é caracterizado pela elaboração de um relatório e por sua juntada pela autoridade policial responsável, que não pode, nesse relatório, indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas. COMENTÁRIOS: Concluídas as investigações, a autoridade policial deverá fazer um 23

24 relatório detalhado de tudo o que foi apurado no inquérito, indicando, se necessário, as testemunhas que não foram ouvidas e as diligências não realizadas. Art. 10 [...] 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente. 2º No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas. Observe que a questão contraria o art. 10 2o do CPP, pois esse dispositivo prevê a possibilidade de a autoridade indicar testemunhas. Complementando o assunto: A autoridade não deve emitir opiniões ou qualquer juízo de valor sobre os fatos narrados, os indiciados, ou qualquer outro aspecto relativo ao inquérito ou à sua conclusão. Concluído o relatório, os autos do inquérito serão remetidos ao juiz competente, acompanhados dos instrumentos do crime e dos objetos que interessam à prova. Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, acompanharão os autos do inquérito. 24

25 Deverá também a autoridade policial enviar informações relativas ao inquérito ao Instituto de Identificação e Estatística, nos termos do art. 23 do CPP. Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade policial oficiará ao Instituto de Identificação e Estatística, ou repartição congênere, mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado. 23. (TJ-MG / Juiz Substituto TJ-MG / 2008) No inquérito policial a autoridade policial poderá mandar arquivar autos de inquérito por falta de base para a denúncia. COMENTÁRIOS: A autoridade policial não pode mandar arquivar o inquérito 24. (CESPE / Promotor MP-SP / 2008) Da decisão judicial que determina o arquivamento de autos de inquérito policial, a pedido do Ministério Público, cabe oposição por parte da autoridade policial. COMENTÁRIOS: A autoridade policial não pode se opor à determinação judicial. Deve sim cumpri-la. 25

26 TAMBÉM CAIU EM PROVA! 25. (CESPE / TRE-GO / 2009) A autoridade policial mandará arquivar os autos de inquérito, quando o fato evidentemente não constituir infração penal ou quando tiver sido praticado em situação que exclua a antijuridicidade. COMENTÁRIOS: Mais uma vez!!! AUTORIDADE POLICIAL NÃO PODE MANDAR ARQUIVAR OS AUTOS DE INQUÉRITO!!! 26. (CESPE / TJ-PA / 2009) No caso do Promotor de Justiça requerer o arquivamento do inquérito policial por entender ausente a justa causa para a instauração da ação penal, havendo discordância do Juiz, este deverá remeter os autos à consideração do Procurador- Geral de Justiça. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 28 do CPP, se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. 26

27 27. (CESPE / Promotor de Justiça / 2008) Considere a seguinte situação hipotética. Foi instaurado inquérito policial contra Sérgio, visando apurar a prática de crime contra as relações de trabalho. O inquérito foi encaminhado ao promotor de justiça, que promoveu o arquivamento do feito, considerando que o fato em apuração não era típico, argumentação que foi acolhida pelo juiz. Posteriormente, o fato foi levado a conhecimento do procurador da República, que entendeu ter-se configurado crime, sendo a competência da justiça federal, uma vez que teria havido ofensa a direitos coletivos do trabalho. Assim sendo, ofereceu denúncia contra Sérgio. Nessa situação, a denúncia deverá ser recebida, uma vez que o arquivamento foi determinado por juiz absolutamente incompetente. COMENTÁRIOS: Independentemente da competência ou não da autoridade judicial, se a atipicidade foi levantada pelo titular da ação, no caso o Ministério Público, não é possível o desarquivamento. Vamos aprender / relembrar alguns importantes pontos sobre o tema: Dispõe o art. 18 do CPP: Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. Perceba que a autorização é SOMENTE para a realização de novas pesquisas, se surgirem NOVAS PROVAS. Embora tal artigo trate especificamente da autoridade policial, o STF, na súmula 524, amplia a abrangência consolidando a jurisprudência: 27

28 SÚMULA 524: Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas. Assim, podemos concluir que o despacho que arquivar o inquérito é irrecorrível, sendo excetuada tal regra somente nos casos de crime contra a economia popular, onde cabe recurso oficial e no caso das contravenções penais previstas nos art. 58 e 60 do Decreto-Lei nº /44, quando caberá recurso em sentido estrito. TAMBÉM CAIU EM PROVA! 28. (CESPE / Juiz Substituto / 2008) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. GABARITO: CERTA OBSERVAÇÕES: 1- Não existe número máximo de desarquivamentos, mas, por ser evidente, se ocorrer a prescrição, decadência ou outra causa extintiva da punibilidade, não será possível o desarquivamento. 2- Quando o arquivamento é determinado em virtude da atipicidade do fato, não é possível o desarquivamento constituindo, excepcionalmente, coisa julgada material. 28

29 3- O Juiz não pode arquivar o inquérito sem a manifestação neste sentido do titular da ação. 4- Segundo o STJ, o Juiz não pode desarquivar o inquérito policial de ofício, ou seja, se o IP foi arquivado a requerimento do Ministério Público, e este não concorda com a reabertura, a autoridade judicial não poderá reabri-lo para determinar novas diligências. 29. (CESPE / Polícia Federal / 2009) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial não poderá proceder novas pesquisas se de outras provas tiver notícia, salvo com expressa autorização judicial. COMENTÁRIOS: Contraria o artigo 18 que afirma que a autoridade policial PODERÁ proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. Veja: Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. 30. (CESPE / Polícia Federal / 2009) No inquérito policial, o ofendido ou seu representante legal e o indiciado poderão requerer qualquer diligência que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. GABARITO: CERTA 29

30 COMENTÁRIOS: Reprodução exata do disposto no artigo 14 do CPP. Veja: Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. 31. (CESPE / Agente Penitenciário RO / 2008) Os autos de inquérito policial, uma vez relatados e encaminhados a Juízo, não poderão mais ser devolvidos, exceto a requerimento do Promotor para diligências imprescindíveis ao oferecimento da denúncia. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: A questão exige do candidato o conhecimento do art. 16 que dispõe: Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia. 32. (CESPE / Juiz Substituto TJ-MG / 2008) O inquérito policial não acompanhará a denúncia ou queixa quando servir de base a uma ou outra. COMENTÁRIOS: Contraria o art. 12 do CPP: Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. 30

31 33. (CESPE / TRE-BA / 2010) A autoridade que preside o IP assegurará o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. Dessa forma, o advogado do indiciado não terá acesso ao IP, em nenhuma hipótese, quando a autoridade competente declarar seu caráter sigiloso. COMENTÁRIOS: Consideram-se atos instrutórios do inquérito policial aqueles resultantes da redução a termo das investigações realizadas pela autoridade policial, aos quais não se pode negar acesso ao advogado constituído ou ao próprio indiciado, em respeito à norma do art. 7º, XIV da Lei n.º 8.906/94, bem como ao direito de defesa, previsto no art. 5º, LV da Constituição Federal (STJ, /RS, DJ ). 34. (CESPE / TJ-DFT/ 2008) Considere a seguinte situação hipotética. Utilizando uma chave de fenda, Ana riscou toda a lataria do veículo de Geraldo, fato que foi presenciado por Felisberto. Nessa situação, se Felisberto levar esse fato ao conhecimento da autoridade policial competente, esta deverá imediatamente instaurar o inquérito policial. COMENTÁRIOS: A delatio criminis não gera para autoridade policial o dever de dar início ao inquérito. Assim, tomando o delegado o conhecimento da ocorrência de um possível delito, deve iniciar uma análise preliminar para verificar o cabimento ou não do inquérito. 31

32 35. (CESPE / TJ-DFT/ 2008) Entre as providências que a autoridade policial poderá tomar logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, encontra-se a reprodução simulada dos fatos, que somente deverá ser efetivada se não contrariar a moralidade ou a ordem pública. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: A questão enuncia regra prevista no art. 7º do CPP. Veja: Art. 7 o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública. (grifei). 36. (CESPE / Procurador / 2006) Sendo o inquérito policial, por sua natureza, inquisitório, diante do texto constitucional, que garante a mais ampla defesa, fica autorizada a presença do advogado de defesa nessa fase pré-processual, produzindo e indicando provas. COMENTÁRIOS: Durante o inquérito é garantido ao advogado o acesso aos autos, todavia, por se tratar de um procedimento inquisitorial, não há que se falar em autorização para a produção ou indicação de provas. O que prevê o CPP no seu art. 14 é que o ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. 32

33 37. (CESPE / Analista Judiciário TJ-CE / 2008) O inquérito policial será nulo, não havendo possibilidade de que o MP, com base nas informações nele contidas, ofereça a denúncia, se a autoridade policial tiver atuado fora dos limites da sua circunscrição. COMENTÁRIOS: A atuação da autoridade policial fora dos limites de sua circunscrição não invalida o inquérito e, consequentemente, não impede a proposição de denúncia por parte do Ministério Público. 38. (CESPE / Analista Judiciário TJ-CE / 2008) O inquérito policial, uma vez instaurado, deve ser concluído no prazo de dez dias, se o réu estiver preso, ou de trinta dias, se responder solto, podendo esse prazo ser prorrogado, em caso de necessidade, pela própria autoridade que presidir o inquérito, quando se tratar de casos de alta complexidade ou houver pluralidade de indiciados. COMENTÁRIOS: A prorrogação do prazo de conclusão de um inquérito deve ser decidida pelo Juiz e não pela autoridade que presidir-lo. 39. (CESPE / Analista Judiciário / 2008) A citação ficta não encontra amparo no ordenamento jurídico brasileiro. COMENTÁRIOS: A doutrina classifica a citação em dois tipos: a real, também chamada pessoal, e a ficta. A primeira é a regra, a segunda, a exceção. 33

34 Dá-se a citação real quando o ato é feito diretamente à pessoa do acusado. Já a citação ficta ocorre quando, esgotados todos os meios possíveis para a citação pessoal, a ciência do conteúdo do ato é feita indiretamente ao acusado, por meio de editais, presumindo-se, por ficção normativa, que o mesmo tenha tido conhecimento da imputação. Trata-se, esta última, de uma exceção à regra geral da citação pessoal, devendo ser utilizada subsidiariamente. No direito processual brasileiro, a citação pessoal é feita por meio de mandado, expedido, via de regra, pelo juiz da causa. Diz-se via de regra, pois pode a citação ser levada a termo por carta precatória (art. 353, CPP), rogatória (art. 368) e de ordem (prevista nas leis de organização judiciária e regimentos internos dos tribunais), resultando de um ato de cooperação jurisdicional. 40. (CESPE / PM-DF / 2010) A citação é ato de comunicação processual por meio do qual se dá ciência ao réu da ação ajuizada, para que ele venha integrar a relação jurídica processual e nesta produza a sua defesa. Se verificar que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça deverá certificar a ocorrência e proceder à citação com hora certa, nos termos da legislação processual civil. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: A citação é o ato processual que tem por finalidade dar conhecimento ao réu da existência da ação penal, do teor da acusação, bem como cientificá-lo do prazo para apresentação de resposta escrita. Nos termos do art. 393 do CPP, o processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado. Art O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado 34

35 Do exposto, podemos perceber que o início da questão está correto. Vamos agora analisar a segunda parte da afirmativa apresentada pela banca que trata da citação com hora certa: Com a alteração introduzida pela lei /08, o Código de Processo Penal passa a contar com uma nova figura: a citação por hora certa. O novo artigo 362 do CPP dispõe: Art Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei n o 5.869, de 11 de janeiro de Código de Processo Civil. Parágrafo único. Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. Desse modo, conforme os referidos dispositivos do Código de Processo Civil: Art Quando, por três vezes, o oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da família, ou em sua falta a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que designar. Art No dia e hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou residência do citando, a fim de realizar a diligência. 35

36 1 o Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca. 2 o Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com pessoa da família ou com qualquer vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome. Art Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu carta, telegrama ou radiograma, dando-lhe de tudo ciência. 41. (CESPE / OAB / 2009) O oficial de justiça, ao verificar que o réu se oculta para não ser citado, deve certificar a ocorrência e proceder à citação com hora certa, na forma estabelecida no CPC. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Verificando que o réu se oculta para não ser citado, deverá o oficial de justiça proceder a citação por hora certa nos termos dos arts. 227 a 229 do CPC. De acordo com esses dispositivos, é necessário, inicialmente, que o oficial de justiça tenha procurado o réu em seu domicílio ou residência por pelo menos três vezes, sem o encontrar. 42. (CESPE / TRE-GO / 2009) Comparecendo o oficial de justiça por três vezes na residência do réu sem o encontrar e constatando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial poderá intimar qualquer pessoa da família ou, na falta desta, qualquer vizinho, cientificando-o de que no dia seguinte, voltará para efetuar a citação, marcando a hora para isso. Comparecendo na hora designada, o oficial poderá dar por feita a citação, ainda que o citando não esteja em sua residência. 36

37 GABARITO: CERTA CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL COMENTÁRIOS: A questão apresentada pela banca resume de forma correta a citação por hora certa. 43. (CESPE / OAB / 2007) São formas de citação do réu no processo penal: por mandado, por edital e por hora certa. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Essa questão, na época, foi considerada errada, pois a citação por hora certa, até 2008, só era cabível na esfera civil. Hoje, com a introdução da citação por hora certa no artigo 362 do CPP, podemos afirmar que a questão está correta. 44. (FCC / MPU Analista Processual / Adaptada) A citação far-se-á por hora certa quando se verificar que o réu se oculta para não ser citado. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Questão presente na última prova para Analista Processual do MPU. Na época foi considerada incorreta, todavia, com a edição da lei nº /2008 que incluiu a citação por hora certa no Código de Processo Penal, podemos afirmar que a questão está correta. 45. (CESPE / DPE-AL / 2009) No mandado de segurança impetrado pelo MP contra decisão proferida em processo penal, é obrigatória a citação do réu como litisconsorte passivo. GABARITO: CERTA 37

38 COMENTÁRIOS: Presente os requisitos, qualquer ato que não comporte recurso poderá ser impugnado por via do Mandado de Segurança, que também se aplica para, havendo recurso e o mesmo não possuindo o condão de suspender a decisão impugnada, fornecer-se, ope judice, tal efeito, fundamentando-se em dano de difícil ou impossível reparação para a parte, se o recurso interposto possuir efeito meramente devolutivo. A Legitimidade Ativa é da pessoa que encontra seu direito liquido e certo violado pelo ato, podendo tanto ser o Acusado, o Ofendido, o Ministério Público ou algum terceiro estranho á relação processual penal, mas que fora de modo reflexo atingido por um ato decisório nele proferido. Ressalte-se que a parte deverá ter capacidade postulatória, ou seja: não se tratando do Ministério Público, quando seu membro possui capacidade postulatória, deverá o Mandado de Segurança ser subscrito por Advogado devidamente constituído e inscrito perante a OAB, à diferença do Habeas Corpus onde qualquer individuo poderá fazê-lo. Já a Legitimidade Passiva é da Autoridade Coatora, necessariamente pessoa jurídica de direito público(a Administração) ou particular investida no poder público(quem lhe faça às vezes), porquanto vedado à impetração do MS contra ato de particular. Tal determinação em sede de processo penal não traz demais dificuldades, ante a exclusividade estatal na persecutio criminis, pois em todas as fases da mesma estarão sob o comando de uma autoridade pública; Existindo, também, deve figurar na condição de litisconsorte passivo, a parte com a qual o impetrante litiga no processo penal, porquanto salvo raríssimas exceções, a procedência do mandamus representará inexoravelmente um gravame á situação da parte adversa. Existe, inclusive súmula recente do Pretório Excelso, de número 701 que dispõe de modo peremptório que: 38

39 "No Mandado de Segurança impetrado pelo Ministério Público contra decisão proferida em sede de processo penal, é obrigatória a citação do réu como litisconsorte passivo. Tal disposição tem por fim a observância do principio constitucional do contraditório, pois na maioria das vezes, a parte mais interessada na improcedência do Mandado de Segurança não é a autoridade tida por Coatora, mas sim a parte adversária do impetrante. Como exemplo temos o Mandado de Segurança impetrado pelo Ministério Público visando à concessão do efeito suspensivo do recurso interposto ante decisão favorável ao Acusado, como uma concessão de liberdade provisória ou livramento condicional. É obvio que em se julgando procedente o MS, impor-se-á uma derrota ao Acusado e nada mais justo que sua faculdade de contestar tal pretensão adversária. 46. (CESPE / OAB / 2009) Tratando-se de processo penal, é absoluta a nulidade por falta de intimação da expedição de precatória para inquirição de testemunha. COMENTÁRIOS: Nos termos da súmula 155 do STF, é relativa a nulidade do processo criminal por falta de intimação da expedição de precatória para inquirição de testemunha. 47. (FCC / MPE-SE / 2009) NÃO constitui nulidade o julgamento de habeas corpus em segunda instância, sem prévia intimação ou publicação de pauta. GABARITO: CERTA 39

40 COMENTÁRIOS: Nos termos da súmula 431 do STF, é nulo o julgamento de causa penal, em segunda instância, sem prévia intimação, ou publicação da pauta, salvo em habeas corpus. 48. (FCC / DP-SP / 2009) Com relação aos efeitos da citação no processo penal, a citação válida A) induz litispendência, torna prevento o juízo, faz litigioso o fato imputado e completa a formação do processo. A prescrição é interrompida pelo recebimento da denúncia ou queixa. B) torna litigioso o fato imputado. Prevenção, litispendência, interrupção da prescrição e a formação da relação processual não dependem da citação. C) completa a formação do processo. Litispendência, prevenção, interrupção da prescrição e litigiosidade não dependem da citação. D) interrompe a prescrição. O fato é sempre litigioso. A litispendência e a prevenção são definidas na distribuição. A relação processual se completa com o recebimento da denúncia ou queixa. E) torna prevento o juízo. A formação da relação processual, a litispendência, prescrição e litigiosidade não dependem da citação. GABARITO: C COMENTÁRIOS: Nos temos do art. 363 do CPP, o processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado. A prevenção do juízo, no processo penal, ocorre antes da citação, com a prática de ato processual anterior à denúncia ou queixa. Nos termos do art. 117 do Código Penal, a citação não interrompe a prescrição. 40

41 Art O curso da prescrição interrompe-se: I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; II - pela pronúncia; III - pela decisão confirmatória da pronúncia; IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; VI - pela reincidência. Para a litispendência, o ato relevante é o da propositura da ação, e não o da citação. Por fim, a litigiosidade pode ocorrer anteriormente à citação. Um exemplo é o habeas corpus interposto contra o recebimento da denúncia. 49. (CESPE / Juiz Substituto / 2008) A citação válida torna prevento o juízo criminal, interrompe o curso do prazo prescricional e causa litispendência. COMENTÁRIOS Como vimos, a citação válida não encontra relação direta com a prevenção, interrupção do curso do prazo prescricional e litispendência. 50. (CESPE / OAB / 2007) Nos processos penal, é efeito da citação válida a interrupção da prescrição. 41

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