Ficha Técnica. Título: Manual de Acolhimento

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1 BEM-VINDO!

2 Ficha Técnica Título: Manual de Acolhimento Propriedade e Editor: ADCL Associação para o Desenvolvimento das Comunidades Locais Lar de Infância e Juventude Morada: Rua Padre Arieira, nº613, S. Torcato - Guimarães Telefone/Fax: (+351) Website: adcl@adcl.org.pt Concepção: Ana Catarina Silva Ana Palmeira Ana Rita Pinto Ana Sofia Macedo Ângelo Rodrigues Diogo Pinto Filomena Bordalo Gabriela Nunes Isabel Silva Jorge Nunes Leandro Almeida Ricardo Almeida Rui Pinto Sara Pinheiro Ilustração: Sandra Seixas Design: Susana Costa Tiragem 20 exemplares Data de Edição Maio 2013

3 MANUAL DE ACOLHIMENTO Olá! Este livro, ao qual chamamos manual de acolhimento é para todos os Meninos e Meninas que passam a fazer parte da nossa casa e da nossa família Lar de Infância e Juventude da Associação para o Desenvolvimento das Comunidades Locais. O manual de acolhimento foi criado com o apoio de crianças, jovens e adultos que fazem, ou fizeram parte deste Lar e nasceu para ajudar quem aqui chega a sentir-se tão bem quanto possível na sua casa nova. Por isso tem perguntas que uma criança ou jovem um dia fez, e respostas, que ajudam a perceber quem somos, como somos e como nos organizamos. Outras perguntas, outras respostas que precises, já sabes, estamos aqui, contigo! Queremos também que saibas que és bem-vindo e tens Amigos novos! A Direção da ADCL 5 MANUAL DE ACOLHIMENTO ADCL

4 Que casa é esta? É um apartamento com 4 quartos, confortável como tantos outros, que fica na bonita cidade de Guimarães, que acolhe meninos e meninas que, como tu, precisam de ajuda e esperam que as coisas lá em casa melhorem. Aqui vais encontrar um espaço pensado em ti e nos teus direitos, onde podes sempre acrescentar ideias tuas e ter o apoio de várias pessoas que vais entretanto conhecer. Ah! E já agora, sabias que tens direitos? No final deste manual poderás encontra-los. 7 MANUAL DE ACOLHIMENTO

5 De quem é esta casa? É da Associação para o Desenvolvimento das Comunidades Locais e é também a tua casa. Esta associação tem vários objectivos entre os quais garantir o respeito pelos direitos das crianças. Quem mora aqui? Nesta casa moram 8 meninos e meninas de diferentes idades (dos 0 aos 18 anos) e alguns são irmãos entre si. Esses meninos e meninas estão na mesma situação que tu e em conjunto vais conviver, brincar, aprender e crescer. Por esta casa estão sempre adultos educadores com quem também poderás falar e expor as tuas ideias e preocupações, pois eles estão todos cá para te ajudar Quem manda aqui? Quem manda aqui são todos os adultos que estejam a trabalhar e deverás respeitar as suas orientações. Todos os meninos e meninas têm um papel muito importante e têm sempre voz nos planos e decisões desta casa. Por isso também aqui a tua opinião conta sempre. Para além das pessoas que diariamente te acompanharão, podes também contar com a ajuda de uma pessoa que orienta e conduz todo o serviço à qual chamamos director(a). 9 MANUAL DE ACOLHIMENTO

6 Porque é que estou aqui? Vou ter que contar a minha história a alguém? Estás cá porque algo de grave se passou; esta cá para seres protegido, bem tratado, acarinhado, ajudado e ouvido; estas cá para seres feliz e te sentires bem sempre na procura e construção do melhor para ti. Esta cá porque alguns dos teus direitos não foram respeitados e por isso a Segurança Social, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens e ou os Tribunais trabalharam no sentido de os garantir. A tua história a ti pertence, só terás de falar dela se assim o entenderes ou achares que te alivia e com o adulto com quem te sintas mais à vontade. Se, para te ajudar a ti e a tua família, alguém precisar de te fazer algumas perguntas era bom que tivesses consciência de que as tuas respostas podem ser muito importantes para vos ajudar a ultrapassar o problema e a fase menos boa em que se encontram. 11 MANUAL DE ACOLHIMENTO

7 Quanto tempo vou ficar aqui? E depois para onde vou? Será sempre o tempo necessário para solucionar a situação que te trouxe para cá e/ou encontrar a melhor resposta. Sempre de acordo com o que for melhor para ti e com as orientações da Segurança Social, da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens e ou dos Tribunais, esta casa acompanhará a tua família assumindo o objectivo de melhorar as condições e tentar minimizar alguns problemas. Nunca serás desprotegido nem só; todas as soluções vão no sentido de serem criadas as condições para te tornares cada vez mais autónomo, feliz e um cidadão pleno de direitos e deveres. Posso ir-me embora? Agora não, mas se não te sentires bem aqui, vamos conversar sobre este assunto e encontrar a melhor solução. 13 MANUAL DE ACOLHIMENTO

8 E se eu chorar de noite, quem me acalma? Terás sempre um adulto para te acalmar e te a judar a voltar a adormecer com tranquilidade. Serás sempre acompanhado por um dos adultos da casa. Se estiver doente quem vai comigo ao médico? 15 MANUAL DE ACOLHIMENTO

9 Onde é que vou dormir? Qual é a minha casa de banho? Terás o teu quarto que iras partilhar com outros meninos ou meninas e a tua própria cama. Onde ponho as minhas coisas? No teu quarto terás o teu armário e espaços onde poderás colocar as tuas coisas. Existem duas casas de banho: uma para as meninas; outra para os meninos. 17 MANUAL DE ACOLHIMENTO

10 Os meus irmãos podem ficar aqui comigo? Esta casa tem por princípio permitir que os irmãos se mantenham juntos, pelo que tudo faremos para que os teus irmãos, desde que tenham menos de 18 anos, possam ficar junto de ti. E agora vou mudar de escola? Não necessariamente é uma questão que vamos analisar de acordo com os teus interesses e necessidades.

11 Posso visitar a minha família? Claro que sim, mas vamos analisar quando e como o podemos fazer. Quem vai ajudar a minha família? A minha família pode cá vir? Claro que pode desde que seja para te apoiar e ajudar e não ponha em causa o bem estar de todos os que aqui estão. Nós e a Segurança Social e/ou a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens e os Tribunais estamos todos preocupados com a tua família e trabalharemos em conjunto no sentido de ultrapassar as dificuldades. 21 MANUAL DE ACOLHIMENTO

12 Os meus amigos podem vir cá a casa? E os meus amigos, posso estar com eles? Claro que sim, é bom que tenhas amigos e nós gostamos de os conhecer. Todas as pessoas que te querem bem podem visitar-te, desde que todas as outras crianças/jovens estejam de acordo. Temos muito gosto em conhecer os teus amigos e familiares que queiram estar próximo de ti nesta fase. Todos são bem-vindos desde que seja para te ajudar. Onde passo os meus fins-de-semana? No fim-de-semana podes participar em diversas actividades, podes ir a casa dos teus familiares e conviveres com os teus amigos, de acordo com a tua situação concreta e sempre salvaguardando o teu interesse e bem estar. 23 MANUAL DE ACOLHIMENTO

13 E como vai ser no meu aniversário? O teu aniversário é comemorado cá em casa. Podes convidar familiares, amigos e outras pessoas significativas para ti, desde que não ponham em causa o teu bem estar e o dos outros meninos. O que faço durante o dia quando não estou na escola? Quando não estás na escola podes estudar, fazer os trabalhos de casa nas tuas horas dedicadas ao estudo, ter tempo para fazer o que gostas, ter actividades extracurriculares que vão ao encontro dos teus gostos, ajudar nas actividades domésticas e de acordo com a idade e responsabilidade podes ainda conviver com os teus amigos. Posso ter actividades fora da escola? Sim, podes ter actividades fora da escola e comunitárias que promovam a tua inserção social, de acordo com os teus gostos, necessidades, capacidades e disponibilidade do Lar.

14 Se tiver duvidas na escola, quem me ajuda? És acompanhado(a) em termos escolares e terás sempre apoios ao estudo. Terás também, de acordo com as tuas necessidades, oportunidade de solicitar explicações para melhorar o teu desempenho escolar. Como faço quando tenho fome? Onde faço os trabalho de casa? Em casa onde terás horários de estudo diários, de acordo com a tua disponibilidade. São fornecidas as refeições principais tais como o pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar de acordo com a tua idade e necessidade; nos intervalos das refeições tens acesso, sob orientação, a todos os bens alimentares disponíveis. 27 MANUAL DE ACOLHIMENTO

15 Se não gostar de alguma coisa sou obrigado a comer? Posso usar o telemóvel? Não, mas vais ser incentivado a comer de tudo de modo a teres uma alimentação equilibrada. Sim! Desde que usado com moderação. Durante as refeições não é permitido fazer chamadas ou atender o telemóvel, salvo em situações excepcionais. O telemóvel tem que ser desligado às 21h30 e pode ser ligado novamente as 8h. Posso usar o telefone e internet? Sim! Sempre que necessitares de telefonar para alguém pedes ao adulto presente. A internet também pode ser usada para fins escolares e lúdicos desde que a uses com moderação. Os computadores têm que ser desligados às 21h30 salvo em situações excepcionais com autorização do adulto presente. 29 MANUAL DE ACOLHIMENTO

16 Quem cuida da minha roupa? Esta casa assegura o tratamento das roupas, mas para aprenderes a cuidar da tua roupa irás participar no tratamento da tua roupa pessoal de acordo com a tua idade. Posso sair à noite? Posso sair sozinho? De acordo com a tua idade e responsabilidade, podes dispor de tempo para conviver com os teus amigos, mesmo em horário nocturno respeitando sempre a hora de chegada a casa que te foi estabelecida. Se não cumprires o horário estabelecido, poderás ser limitado em futuras saídas. Sim com autorização, dependendo sempre da tua idade e responsabilidade. 31 MANUAL DE ACOLHIMENTO

17 Vou ter dinheiro, o que posso comprar? Onde passo as férias? Terás uma mesada definida segundo a tua idade e necessidade. Nós ajudamos-te a gerir esse dinheiro. As férias podem ser passadas em colónias de férias, acampamentos, idas à piscina, em actividades desportivas dependendo sempre das ofertas e das nossas possibilidades. 33 MANUAL DE ACOLHIMENTO

18 A que horas vou para a cama? Posso ver televisão quando quiser? Os horários de levantar e deitar vão variando com a tua idade, actividades escolares e extra escolares e ainda com as tuas necessidades. Os horários vão depender da idade e actividades; serás estimulado a ver alguns programas que tenham interesse especial para ti. 35 MANUAL DE ACOLHIMENTO

19 Para além de manteres o teu quarto e as tuas coisas arrumadas, irás participar na organização e limpeza da casa de acordo com a tua idade e capacidade. Que tarefas tenho que fazer em casa? Posso ter namorado(a)? Sim e podes contar com os adultos para te ajudarem a enfrentar as duvidas naturais decorrentes do namoro. 37 MANUAL DE ACOLHIMENTO

20 Posso entrar no quarto dos outros? Posso fumar? Não, porque prejudica a tua saúde e a das outras pessoas que estão cá em casa. Posso ter um animal de estimação? Não porque não temos condições para tratar bem dele. Para entrares no quarto dos outros tens que pedir a sua autorização. Terás de respeitar a individualidade e a privacidade de cada um dos outros; só assim verás respeitada a tua também. 38 MANUAL DE ACOLHIMENTO

21 O que acontece se não cumprir as regras da casa? As regras que nesta casa estão estabelecidas visam o bem estar de todos e de cada um, se não cumprires as regras, que são do teu conhecimento, terás com certeza que arcar com as consequências por forma a não voltares a repetir o mesmo erro. Posso dizer o que penso, a minha opinião conta? Se há coisa importante para nós, é a tua opinião, que deverá ser manifestada de tal modo que não ofenda ninguém. Sempre que quiseres acrescentar alguma coisa, maneiras diferentes de fazer as coisas, comidas novas, ideias e sugestões sobre esta casa, basta falar com um dos adultos que te acompanha ou se quiseres com (o)a director(a). 39 MANUAL DE ACOLHIMENTO

22 DIREITOS DA CRIANÇA A UNICEF, inicialmente conhecida como Fundo Internacional de Emergência para as crianças, foi criada em Dezembro de 1946 para ajudar as crianças da Europa vítimas da I Grande Guerra. Quando os países europeus estavam em condições de tomar conta das suas crianças, passa a ocupar-se especialmente das crianças dos países mais pobres da África, Ásia, América Latina e Médio Oriente. Em 1953, torna-se uma agência permanente das Nações Unidas, passando a chamar-se Fundo das Nações Unidas para a Infância, mas mantendo a sigla que a tornara conhecida em todo o mundo UNICEF. Hoje em dia, a UNICEF trabalha em mais de 140 países em desenvolvimento em programas de saúde, educação, nutrição, água e saneamento que procuram melhorar a vida de muitas crianças e, quando há guerras ou catástrofes, vai em auxílio das vítimas. Todo o dinheiro que a UNICEF utiliza vem de contribuições dadas pelos governos, organizações muito diversas e do público. O Comité Português para a UNICEF recolhe fundos para aqueles programas, mas também procura informar e sensibilizar as pessoas para as necessidades e direitos de todas as crianças, onde quer que vivam. (Texto adoptado da UNICEF) ARTIGO 1º - Todas as pessoas com menos de 18 anos têm todos os seus direitos escritos nesta convenção. ARTIGO 2º - Tens todos esses direitos seja qual for a tua raça, sexo, língua ou religião. Não importa o país onde nasceste, se tens alguma deficiência, se és rico ou pobre. ARTIGO 3º - Quando um adulto tem qualquer laço familiar ou responsabilidade sobre uma criança, deverá fazer o que for melhor para ela. ARTIGO 6º - Toda a gente deve reconhecer que tens direito à vida. ARTIGO 7º - Tens direito a um nome e a ser registado, quer dizer, o teu nome, o dos teus pais e a data em que nasceste devem ser registados. Tens direito a uma nacionalidade e o direito de conheceres e de seres educado pelos teus pais. ARTIGO 8º - Deves manter a tua identidade própria, ou seja, não te podem mudar o nome, a nacionalidade e as tuas relações com a família, a menos que seja melhor para ti. Mesmo assim, deves poder manter as tuas próprias ideias. ARTIGO 9º - Não deves ser separado dos teus pais, excepto se for para o teu próprio bem, como por exemplo, no caso dos teus pais te maltratarem ou não cuidarem de ti. Se decidirem separar-se, tens de ficar a viver com um deles, mas tens o direito de contactar facilmente com os dois. ARTIGO 10º - Se os teus pais viverem em países diferentes, tens direito a regressar e viver junto deles. ARTIGO 11º - Não deves ser raptado mas, se tal acontecer, o governo deve fazer tudo o que for possível para te libertar. ARTIGO 12º - Quando os adultos tomam qualquer decisão que possa afectar a tua vida, tens o direito a dar a tua opinião e os adultos devem ouvir seriamente o que tens a dizer. ARTIGO 13º - Tens direito a descobrir coisas e dizer o que pensas através da fala, da escrita, da expressão artística, etc., excepto se, quando o fizeres, estiveres a interferir com o direito dos outros. ARTIGO 14º - Tens direito à liberdade de pensamento e a praticar a religião que quiseres. Os teus pais devem ajudar-te a compreender o que está certo e o que está errado. ARTIGO 15º - Tens direito a reunir-te com outras pessoas e a criar grupos e associações, desde que não violes os direitos dos outros. ARTIGO 16º - Tens direito à privacidade. Podes ter coisas como, por exemplo, um diário que mais ninguém tem licença para o ler. ARTIGO 17º - Tens direito a ser informado sobre o que se passa no mundo através da rádio, dos jornais, da 41 MANUAL DE ACOLHIMENTO

23 televisão, dos livros, etc. Os adultos devem ter a preocupação de que compreendes a informação que recebes. ARTIGO 18º - Os teus pais devem educar-te, procurando fazer o que é melhor para ti. ARTIGO 19º - Ninguém deve exercer sobre ti qualquer espécie de maus tratos. Os adultos devem proteger-te contra abusos, violência e negligência. Mesmo os teus pais não têm o direito de te maltratar. ARTIGO 20º - Se não tiveres pais, ou se não for seguro que vivas com eles, tens direito a protecção e ajuda especiais. ARTIGO 21º - Caso tenhas de ser adoptado, os adultos devem procurar ter o máximo de garantias de que tudo é feito da melhor maneira para ti. ARTIGO 22º - Se fores refugiado (se tiveres de abandonar os teus pais por razões de segurança), tens direito a protecção e ajuda especiais. ARTIGO 23º - No caso de seres deficiente, tens direito a cuidados e educação especiais, que te ajudem a crescer do mesmo modo que as outras crianças. ARTIGO 24º - Tens direito à saúde. Quer dizer que, se estiveres doente, deves ter acesso a cuidados médicos e medicamentos. Os adultos devem fazer tudo para evitar que as crianças adoeçam, dando-lhes uma alimentação conveniente e cuidando bem delas. ARTIGO 27º - Tens direito a um nível de vida digno. Quer dizer que os teus pais devem procurar que não te falte comida, roupa, casa, etc. Se os pais não tiverem meios suficientes para estas despesas, o governo deve ajudar. ARTIGO 28º - Tens direito à educação. O ensino básico deve ser gratuito e não deves deixar de ir à escola. Também deves ter possibilidade de frequentar o ensino secundário. ARTIGO 29º - A educação tem como objectivo desenvolver a tua personalidade, talentos e aptidões mentais e físicas. A educação deve, também, preparar-te para seres um cidadão informado, autónomo, responsável, tolerante e respeitador dos direitos dos outros. ARTIGO 30º - Se pertenceres a uma minoria, tens o direito de viver de acordo com a tua cultura, praticar a tua religião e falar a tua própria língua. ARTIGO 31º - Tens direito a brincar. ARTIGO 32º - Tens direito a protecção contra a exploração económica, ou seja, não deves trabalhar em condições ou locais que ponham em risco a tua saúde ou a tua educação. A lei portuguesa diz que nenhuma criança com menos de 16 anos deve estar empregada. ARTIGO 33º - Tens direito a ser protegido contra o consumo e tráfico de droga. ARTIGO 34º - Tens o direito a ser protegido contra abusos sexuais. Quer dizer que ninguém pode fazer nada contra o teu corpo como, por exemplo, tocar em ti, fotografar-te contra a tua vontade ou obrigar-te a dizer ou a fazer coisas que não queres. ARTIGO 35º - Ninguém te pode raptar ou vender. ARTIGO 37º - Não deverás ser preso, excepto como medida de último recurso e, nesse caso, tens direito a cuidados próprios para a tua idade e visitas regulares da tua família. ARTIGO 38º - Tens direito a protecção em situação de guerra. ARTIGO 39º - Uma criança vítima de maus tratos ou negligência, numa guerra ou em qualquer outra circunstância, tem direito a protecção e cuidados especiais. ARTIGO 40º - Se fores acusado de ter cometido algum crime, tens direito a defender-te. No tribunal, a polícia, os advogados e os juízes devem tratar-te com respeito e procurar que compreendas o que se está a passar contigo. ARTIGO 42º - Todos os adultos e crianças devem conhecer esta Convenção. Tens direito a compreender os teus direitos e os adultos também.