O Dispêndio Privado em P&D

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1 Fórum Mundial de Ciência o Encontro Preparatório 30 de agosto de 2012 O Dispêndio Privado em P&D Pedro Wongtschowski 1 >

2 Agenda Introdução Investimento privado em P&D - o Brasil e o mundo Suporte público ao investimento privado no Brasil O futuro do investimento privado 2 >

3 Introdução 3 >

4 Inovação: vantagem competitiva Depósitos anuais de patentes nos principais escritórios do mundo Depósitos de patentes no Brasil Japão EUA China EPO Brasil Coréia do Sul Ano Patentes depositadas Fonte: 2011 World Intellectual Property Indicators, WIPO (2011) Fonte: INPI 4 >

5 P&D industrial no processo de inovação Características da Ciência e da Inovação Ciência Inovação Baseada em Idéias Coisas Desenvolvida na Universidade Empresa Avaliada por Comunidade Mercado Recompensa o desenvolvedor Prêmios Vendas Desenvolvida por Homo Cientificus Homo Economicus Fonte: Knowledge Driven Entrepreneurship The key to Social and Economic Transformation, T. Anderson, M. Curley, P. Formica, Springer New York, >

6 O processo de inovação O Vale da Morte Investimentos Pesquisa básica Invenção Pesquisa aplicada Inovação GAP de Financiamento Riscos tecnológicos Pesquisa básica Invenção & Prova de Conceito Demonstração & Escalonamento pré-competitivo Desenvolvimento do produto Exploração Comercial 6 >

7 O Quadrante de Pasteur Pesquisa Básica Pura Pesquisa Básica Inspirada pelo Uso Sim Busca de entendimento fundamental? Quadrante de Bohr Quadrante de Pasteur Pesquisa Aplicada Pura Não Quadrante do Homem Comum Quadrante de Edison Não Considerações de uso? Sim Fonte: Stokes, Donald E.; O quadrante de Pasteur: A ciência básica e a inovação tecnológica 7 >

8 Balança comercial por intensidade tecnológica - Brasil 60 Indústria e Serviços Tecnológicos (US$ Bilhões) Alta Tecnologia Média - Alta Tecnologia Média - Baixa Tecnologia Baixa Tecnologia Serviços Tecnológicos Déficit tecnológico oculto na balança comercial brasileira Superávits totais decorrem da exportação de bens não industriais Redução do peso da indústria na economia brasileira Serviços tecnológicos: royalties & licenças, computação & informação e aluguel de equipamentos Fonte: PROTEC - IEDI 8 >

9 Indústria de transformação Produtividade do trabalho brasileira comparada com a americana (em %) ,0 37, ,0 24, , Fonte: Nassif A., Feijó C., Araujo E. - Structural change and economic development:: is Brazil catching up or falling behind? Agosto/ >

10 Investimento privado em P&D o Brasil e o mundo 10 >

11 Investimentos em P&D no mundo Intensidade de investimento em P&D no mundo (% PIB) 2009 Fonte: Global Investments in R&D UNESCO Institute for Statistics (UIS) Fact Sheet, August, 2011, N >

12 % de Pesquisadores nas Empresas Demografia brasileira de pesquisadores 90 Alemanha % 56% 54% 51% 45% 48% 48% 49% 47% 41% 40% 39% 36% 37% 38% 35% 33% 31% 28% Estados Unidos Coreia China Alemanha Espanha Brasil Estado de São Paulo % Brasil 2010 Fontes: Organization for Economic Co-operation and Development, Main Science and Technology Indicators, 2011/2 Brasil: Coordenação-Geral de Indicadores (CGIN) - ASCAV/SEXEC (MCTI) Estado de São Paulo - FAPESP 12 >

13 Perfil tecnológico do Brasil segundo a OECD % da população entre anos com terceiro grau Investimento total em P&D (% PIB) Investimento Privado em P&D (% PIB) % de engenheiros e cientistas com relação aos novos graduados Brasil Patentes da tríade (EPO/USPTO/JPO) por milhão de habitantes Pesquisadores por mil empregos totais Artigos científicos por milhão de habitantes % de empresas com atividade em P&D Média OECD % de empresas realizando inovação não tecnológica % de empresas com produtos inovadores Fonte: OECD Science,Technology and Industry Outlook >

14 Dispêndios empresariais em P&D - Brasil ,58% Valor (R$ milhões) % do PIB 0,56% 0,55% 0,56% 0,53% 0,54% ,51% 0,52% 0,52% ,49% 0,50% 0,48% 0,46% ,44% Fonte: IBGE 14 >

15 Dispêndios em P&D Indústria de Transformação Distribuição do gasto em P&D na indústria de transformação Brasil Espanha Coréia Alemanha EUA Alimentos e Bebidas 4,2% 5,2% 1,5% 0,8% 2,0% Refino de petróleo e nuclear 13,6% 1,7% 1,0% 0,2% 0,9% Química (exclusive farmacêutica) 9,0% 6,6% 6,1% 8,6% 5,1% Farmacêutica 4,0% 17,6% 2,1% 9,8% 21,9% Máquinas e equipamentos 4,9% 10,8% 5,1% 12,0% 5,4% Máquinas e materiais elétricos 5,2% 5,4% 2,2% 3,3% 1,5% Eletrônica e equip. de comunicações 7,5% 4,3% 53,7% 9,5% 18,6% Automotiva 23,8% 14,4% 16,9% 33,3% 10,1% Outros equip. transporte 10,5% 12,9% 2,3% 6,5% 12,5% Outros 17,3% 21,1% 9,1% 16,0% 22,0% Fonte: Pacheco, >

16 Taxa de inovação na indústria Percentual de empresas da indústria de transformação que implementaram produtos ou processos novos no período de 2006 a 2008 Alemanha 73,4 Irlanda 54,2 Portugal 47,9 Itália 44,2 França 40,6 Brasil 38,4 Espanha 34, Fonte: IBGE. Pesquisa de Inovação Tecnológica, 2008; Eurostat ( 16 >

17 Suporte público ao investimento privado no Brasil 17 >

18 Linhas de financiamento para inovação Apoio à inovação empresarial: R$ 2,6 bilhões R$ 1,4 bilhões Programa FUNTEC: projetos R$ 92,8 milhões projetos R$ 88,6 milhões Fontes: Apoio à Inovação BNDES XII Congressos ANPEI Jun/12 Fernando Tavares, BNDES 18 >

19 Linhas de financiamento para inovação Contratação em 2011 R$ 2,9 bilhões (74,5% maior que 2010) Demanda em carteira - mai/12 R$ 5,8 bilhões (167 projetos) Crédito reembolsável: R$ 1,7 bilhões R$ 1,2 bilhões Crédito não reembolsável: R$ 1,5 bilhões R$ 2,1 bilhões Programa PAISS: Programa Inova Petro: Programa TI Maior: R$ 1 bilhão ( ) Açúcar & álcool R$ 3,6 bilhões ( ) Petróleo & Gás R$ 486 milhões ( ) Softwares & Serviços de TI Fontes: FINEP 45 anos XII Congresso ANPEI Jun/12, FINEP 19 >

20 Linhas de financiamento para inovação FINEP - Evolução dos desembolsos das operações reembolsáveis 2000 Valores em R$ milhões correntes Fonte: FINEP / Relatório de gestão >

21 Linhas de financiamento para inovação Participação dos desembolsos da FINEP no dispêndio empresarial em P&D Fonte: FINEP Relatório de gestão >

22 Linhas de financiamento para inovação Pesquisa Inovadora na Pequena Empresa PIPE Apoia o desenvolvimento de pesquisas inovadoras a serem realizadas por pequenas empresas sediadas no Estado de São Paulo. Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica PITE Destina-se a financiar projetos de pesquisa em instituições acadêmicas ou institutos de pesquisa, desenvolvidos em cooperação com pesquisadores de centros de pesquisa de empresas e co-financiados por estas. Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas PAPPE Programa do MCTI, realizado pela FINEP em parceria com as Fundações de Amparo à Pesquisa Estaduais, aplicável a pesquisadores que atuem diretamente ou em cooperação com empresas de base tecnológica. 22 >

23 Linhas de financiamento para inovação Investimento em Inovação - FAPESP Valor concedido em programas PIPE e PITE* * Inclui CONSITEC Fonte: Brito Cruz, C.H. 23 >

24 O futuro do investimento privado 24 >

25 O papel do empreendedorismo Empreendedorismo, Empresas de Base Tecnológica, Angel Investors, Venture Capital Fontes: Rede de Anjos XII Congresso ANPEI - Jun/ >

26 Modelo de financiamento da inovação Diferentes atores requeridos em cada estágio Pesquisa fundamental Pesquisa aplicada Desenvolvimento da Tecnologia (aumento de escala) Comercialização Desenvolvimento do mercado Exploração Comercial Intensidade de financiamento Gap Pré IPO Governo Políticas especiais Bancos Vale da Morte Venture Capital Indústria Indústria Anjo Fonte: Adaptado a partir da referência The funding gap 2012 Sustainable Development Technology Canada 26 >

27 Benefícios FINEP Evolução do Modelo Institucional Agilidade Operacional e Capacidade Ampliada de Atuação Agência de Fomento + Gestora de Recursos Modelo Atual Agência de Fomento Ampliação da atuação em fundos Possibilidade de captação de no mercado Regularização perante BC Manutenção da operação dos instrumentos atuais Transformação menos complexa Complexidade da Transformação Fontes: Ernst & Young Terco / FINEP 45 anos XII Congresso ANPEI 12 - Jun/ >

28 Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) Criada em 2009 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) Objetivo principal é fazer da inovação um tema permanente da direção das empresas brasileiras Meta: Dobrar o número de empresas inovadoras em quatro anos ( ) Diálogo permanente com o governo: BNDES / MCTI / FINEP / MDIC / ABDI / SEBRAE Agenda de 10 pontos da MEI Atração de Centros de P&D de empresas internacionais Internacionalização de empresas brasileiras Propriedade intelectual Recursos Humanos ênfase em engenharia, ciências duras e ensino técnico Melhoria do marco regulatório da inovação Apoio a projetos estruturantes e P&D de larga escala Apoio ao P&D pré-competitivo Inovação nas pequenas e médias empresas Articulação entre inovação e comércio exterior Programas setoriais de inovação 28 >

29 Investidores -Anjo e fundos de capital semente no Brasil 1 o grupo organizado em 2004: Gávea Angels com origem no laboratório NEP Gênesis da PUC - RJ Investidores-Anjo Anjos do Brasil (DF, MS, RS, SP) Astella Investimentos (SP) Bahia Angels (BA) C2i Anjos (PR) Floripa Angels (SC) Fractal Participações (SP) Gávea Angels (RJ) HBS Alumni Anjos do Brasil (SP) Jacard Investimentos (SC) Fundos de capital semente CONFRAPAR (PR, RJ, RS, SP) CRIATEC (financiados pelo BNDES) FIR Capital (MG) Fundo Pitanga (SP) Fundos SC (SC) Inovar Semente (financiados pela FINEP) Inseed Investimentos (SP) Performa Investimentos (SP) SP Anjos (SP) 29 >

30 Fomentar empreendedores O país tem 400 incubadoras e 29 Parques Tecnológicos em operação com cerca de empresas residentes. Estima-se que o Brasil tenha investidores-anjo investindo R$ 450 milhões (EUA tem investidores anjo, investindo US$ 20 bilhões). O BNDES vai publicar edital do CRIATEC II, valor de R$ 170 milhões, para aporte em 36 empresas inovadoras. Os 23 fundos de Venture Capital apoiados pela FINEP têm patrimônio total de R$ 3,4 bilhões (dos quais R$ 375 milhões supridos pela FINEP). Há 88 empresas apoiadas pelo fundo. O programa PAPPE Programa de Apoio à Pesquisa a Micro e Pequenas Empresas. Edital recente investirá R$ 30 milhões (R$ 15 milhões FINEP, R$ 15 milhões FAPESP) com recursos de R$ a R$ para cada projeto. O programa PIPE Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas ( FAPESP para empresas de até 250 empregados). Valor a ser investido segundo edital recente: R$ 20 milhões. Auxílios de R$ para Fase 1 (demonstração de viabilização tecnológica), R$ 1 milhão para Fase 2. O Programa São Paulo Inova aplicará R$ 250 milhões em três linhas: FUNCET (empresas com receita até R$ 3,6 milhões/ano), Incentivo à Inovação (receitas de R$ 3,6 milhões a R$ 90 milhões), e Incentivo à Tecnologia (receitas de $ 360 mil a R$ 300 milhões), administrado pela Agência de Desenvolvimento Paulista. 30 >

31 Investimento privado em inovação - Sumário Ausência de cultura de inovação (1) Pouca competição Baixa qualidade da administração Precária gestão da inovação Importação de tecnologia Instrumentos de apoio à inovação insuficientes Lei do Bem Investimento pré-competitivo Financiamentos insuficientes Ambiente econômico adverso (1) Instabilidade econômica Câmbio, juros e carga tributária adversos Infraestrutura deficitária Empresas de base tecnológica Papel das incubadoras Empreendedorismo Angel investors / Venture capital Baixa qualificação de mão-de-obra Regulação pouco propícia à inovação (1) Inspirado em Pacheco, >

32 Fórum Mundial de Ciência o Encontro Preparatório 30 de agosto de 2012 O Dispêndio Privado em P&D Pedro Wongtschowski 32 >