Concelho de Arcos de Valdevez

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1 Trabalho de Informática Básica criado por: Filipa Ramalho, ci05020 Licenciatura em Ciência da Informação Universidade do Porto, Faculdade de Letras/Engenharia

2 Índice ÍNDICE DE FIGURAS 2 ÍNDICE DE TABELAS 3 ÍNDICE REMISSIVO 3 HISTÓRIA E PATRIMÓNIO 4 INFORMAÇÃO GERAL 6 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA...6 CLIMA...6 FREGUESIAS...7 POPULAÇÃO...7 ACTIVIDADES ECONÓMICAS...8 ACESSIBILIDADES...8 ORGANIZAÇÕES E SERVIÇOS...8 GASTRONOMIA 9 ARTESANATO 11 CESTARIA...11 TECELAGEM...12 TAMANCARIA...12 BORDADOS...13 ROCAS...13 LENDAS 14 LENDA DA CABEÇA DA VELHA...14 LENDA DA MOIRA ENCANTADA DE GIELA...15 LENDA DA SENHORA DA PENEDA E DA PASTORINHA...16 LENDA DA VEIGA DA MATANÇA...16 LENDA DAS BODAS DO CEMITÉRIO...17 LENDA DO JUIZ DO SOAJO...18 LENDA DO MOSTEIRO DE ERMELO...19 TRADIÇÃO URBANA PROMESSAS A SEU TEOR...20 FESTAS E COSTUMES 21 BIBLIOGRAFIA 21 Índice de Figuras ILUSTRAÇÃO 1-CASA DA TORRE...4 ILUSTRAÇÃO 2 - PAÇO DE GIELA...4 ILUSTRAÇÃO 3-CÂMARA MUNICIPAL...5 ILUSTRAÇÃO 4-TRANSLADARIA...5 ILUSTRAÇÃO 5-VALETA DO RIO À NOITE...5 ILUSTRAÇÃO 6-MAPA DO CONCELHO...6 ILUSTRAÇÃO 7-PRAIA FLUVIAL NO VERÃO...6 ILUSTRAÇÃO 8-ESPIGUEIROS DO SOAJO...7 ILUSTRAÇÃO 9-PERCENTAGEM DE POPULAÇÃO POR SECTOR DE ACTIVIDADE...7 ILUSTRAÇÃO 10-CABRITINHO...9 ILUSTRAÇÃO 11-COZIDO DO MINHO...9 ILUSTRAÇÃO 12-QUEIJO...9 ILUSTRAÇÃO 13-CHARUTOS...10 ILUSTRAÇÃO 14-CESTOS...11 ILUSTRAÇÃO 15-CESTEIRO /22

3 ILUSTRAÇÃO 16-MANTA...12 ILUSTRAÇÃO 17-MANTA...12 ILUSTRAÇÃO 18-TAMANCOS...12 ILUSTRAÇÃO 19-MANTA...13 ILUSTRAÇÃO 20-ROCA...13 ILUSTRAÇÃO 21-FOLCLORE...21 ILUSTRAÇÃO 22-FOGO DE ARTIFICIO...21 Índice de tabelas TABELA 1-CIDADES MAIS PRÓXIMAS...6 TABELA 2-PERCENTAGEM DA POPULAÇÃO POR IDADES...7 TABELA 3-TAXA DE DESEMPREGO DE 4,43%...8 Índice Remissivo Afonso...14, 16, 17 amor...14, 15, 17, 18 Arcos de Valdevez...5, 6, 7, 8, 9, 16, 18, 22 Ázere...4, 7 Cabreiro...5, 7 Cendufe...4, 7 concelho...4, 5, 7, 8, 16 Concelho...6, 7 espaço...4 Giela...7, 15, 16 Lenda... 14, 15, 16, 17, 18, 19 Mas... 12, 14, 15, 16, 17, 18, 20 Miranda... 4, 7 número... 4, 5 pedra... 14, 15, 19 Queijo... 9 Soajo... 5, 7, 9, 16, 18, 19 Viana do Castelo... 6, 8 Vila Fonche... 5, 7 Vilela... 5, 7 zona... 5, 9 3/22

4 História e Património A relação histórica entre a ocupação humana dos espaços e a organização natural dos mesmos assume no caso do vale do rio Vez um papel de primordial importância. As múltiplas áreas de regadio e de terrenos férteis proporcionados pelo rio e seus afluentes e a existência de amplos anfiteatros naturais, opondo zonas de serra e de planície, favoreceram desde muito cedo o estabelecimento de comunidades humanas. Ilustração 1-Casa da Torre Da pré-história chega-nos um legado de evidente importância. O número de monumentos funerários provenientes do período neolítico (cerca de 2500 anos antes de Cristo) comunalmente designados por "mamoas" e "antas", é de cerca de uma centena, destacando-se pela sua importância o núcleo megalítico do Mezio, recentemente alvo de estudo e valorização. De igual modo relevante, quer pela sua importância patrimonial quer pela cientifica, é a estação de arte rupestre do Gião, formada por um conjunto de cerca de 100 rochas gravadas com diversos motivos esquemáticos, incluídos num fantástico anfiteatro natural, representando um vasto local de reflexão ritual para as comunidades humanas que as realizaram há cerca de 3500 anos. Ilustração 2 - Paço de Giela O período proto-histórico e de ocupação romana revela vestígios diversos, não só na toponímia local, mas sobretudo na quantidade significativa de recintos defensivos e habitacionais, os "castros", existentes por todo o concelho, e onde os casos de Ázere, Álvora e Cendufe serão, provavelmente, os mais conhecidos. A Idade Média traz consigo uma organização do território e do espaço que será também um reflexo das condicionantes naturais e da geografia. A distribuição das paróquias medievais e dos primeiros mosteiros aproveita os recursos das áreas planarias e de monte, como os casos exemplares dos mosteiros de Ermelo (cisterciense) e Santa Maria de Miranda (de base beneditina). As áreas de serrania facilitaram a fixação das populações baseadas essencialmente numa tradição de pastorícia e de uso sazonal, recuperada pelas actuais "brandas" e "inverneiras". A montanha favoreceu o desenvolvimento de recursos naturais abundantes, sobretudo de caça diversa, que 4/22

5 juntamente com a sua posição estratégica de fronteira, cedo impeliram os primeiros monarcas nacionais a visitar e a incentivar a fixação de populações nessas zonas. Espelho da importância como via de comunicação natural entre o Norte do país e a vizinha Galiza, é o número significativo de pontes de origem medieval, representadas, entre outras, em exemplares únicos como os de Vilela e Cabreiro. Ilustração 3-Câmara Municipal A sua posição estratégica natural destacou as terras de Valdevez como lugar primordial de organização militar e social, atestada já em documentação dos Séculos X e XI. Apesar de abandonado em meados do Século XIII, o castelo de Santa Cruz, em Vila Fonche, sobranceiro à actual vila, foi um dos primeiros elementos de suporte à fixação humana nesta zona precisa, solidificada pela fácil comunicação das diferentes vias que confluíam na ponte medieval do rio Vez, e favorecendo, deste modo, o desenvolvimento de um pólo urbano dinâmico e fundamental, que já em 1258 controlava uma mancha geográfica próxima da do actual concelho de Arcos de Valdevez. A importância de toda esta área como vector de evidente desenvolvimento leva D. Manuel I a conceder floral à vila em Ilustração 4-Transladaria A reforma liberal oitocentista viria a traçar os limites definitivos do actual concelho, com a introdução das áreas de Soajo, Ermelo e Gavieira. Ilustração 5-Valeta do Rio à noite 5/22

6 Informação Geral Localização Geográfica Ilustração 6-Mapa do Concelho O Concelho de Arcos de Valdevez faz parte do Distrito de Viana do Castelo, região do Alto-Minho, Norte de Portugal. São a fronteira com Espanha a Este, o Oceano Atlântico a Oeste e a proximidade dos centros urbanos do Porto, Braga, Viana do Castelo e Vigo os aspectos a realçar da localização geográfica do Concelho de Arcos de Valdevez. Viana do Castelo Braga Porto Distância 40kms 35kms 90kms População Tabela 1-cidades mais próximas Clima frios. Temperado Atlântico com Verões quente e Invernos Temperatura média anual é de 14ºC. Temperatura média anual mínima é de 1ºC. Temperatura média anual máxima é de 32ºC. Ilustração 7-Praia fluvial no Verão 6/22

7 Freguesias O concelho de Arcos de Valdevez é constituído por 51 freguesias e são elas: Rio Frio, Aguiã, Padreiro (Sta. Cristina), Aboim das Choças, Padreiro (Salvador), Cabana Maior, Parada, Arcos (S. Paio), Senherei, Alvora, Rio Cabrão, Cendufe, Arcos (Salvador), Jolda (S.Paio), Padroso, Couto, Rio de Moinhos, Vilela, Ázere, Távora (S.Vicente), Cabreiro, Sistelo, Távora (Sta. Maria), Prozelo, S. Jorge, Jolda (Sta. Maria), Jolda (Madalena), Vale, Soajo, Ermelo, Eiras, Carracolva, Paçô, Tabaçô, Gondoriz, Oliveira, Miranda, Mei, Santar, Grade, Portela, Guilhadeses, Monte Redondo, S. Cosme e S. Damião, Gavieira, Giela, Sabadim, Souto, Loureda, Vila Fonche e Sá. Ilustração 8-Espigueiros do Soajo População A superfície do Concelho é de cerca de 450kms² e tem cerca de Habitantes, dos quais activos. A densidade Populacional é de cerca de 59Hab/Km². Dos 0 aos 14 anos de idade 19,9% Dos 15 aos 24 anos de idade 13,2% Dos 25 aos 64 anos de idade 44,8% Mais de 65 anos de idade 22,1% Tabela 2-percentagem da população por idades Ilustração 9-Percentagem de população por sector de actividade 7/22

8 Actividades Económicas Desde cedo existiram fortes actividades no concelho, mas ao longo dos tempos as actividades aumentaram, principalmente a nível da Indústria. Assim as principais actividades económicas em Arcos de Valdevez são: Agricultura, Comércio e Hotelaria, Construção Civil, Indústria Alimentar, Indústria da Madeira, e Indústria da Fabricação de Produtos Metálicos. < 25 anos de idade 1,86% Entre anos de idade 2,13% > 50 anos de idade 0,44% Tabela 3-taxa de desemprego de 4,43% Acessibilidades A partir da sede do concelho temos a auto-estrada A3 Porto-Braga a 40kms com o novo nó de Ponte de Lima a 15kms. As estradas EN 101, EN 202, EN 303 e ainda a IC 28 (Orense/Madalena/Viana do Castelo a 10kms) também são um bom acesso. Se optarmos por as linhas ferroviárias temos a de Viana do Castelo a 40kms e a de Braga a 35kms. Por fim temos ainda como acessos os Portos Marítimos de Viana do Castelo a 40kms, o de Leixões a 90kms e o de Vigo também a 90kms; e ainda os aeroportos Francisco Sá Carneiro a 90kms, o de Vigo a 90kms e o de Santiago de Compostela a 105kms. Organizações e serviços Em Arcos de Valdevez a nível de estabelecimentos de ensino podemos contar com 6 jardins-de-infância, 63 escolas primárias, 2 escolas preparatórias, 1 escola secundária, 1 escola profissional; depois temos a Universidade do Minho, em Braga a 35kms, o Instituto Politécnico de Viana do Castelo a 40kms e o Instituto Fernando Pessoa, em Ponte de Lima a 21kms. A nível de serviços de saúde temos 1 centro de saúde com duas extensões e o Hospital distrital de Viana do Castelo. A nível da formação encontramos o Centro de Emprego de Arcos de Valdevez e Centro de Formação Profissional Agrícola de Monte Redondo. Por fim, a nível empresarial temos a Valima, a Associação Comercial e Industrial de Arcos de Valdevez (ACIAV), e a Cooperativa Agrícola dos Agricultores de Arcos de Valdevez (A densidade empresarial no concelho é de 2,6 empresas por km²). 8/22

9 Gastronomia Ilustração 10-cabritinho Na zona de Castro Laboreiro, os pratos típicos incluem Carne de Cabrito de Castro Laboreiro, Bifes de Presunto, Presunto de Castro Laboreiro, Enchidos, Broa Centeia e Broa Milha. Há também dois doces típicos: Bucho Doce e Sopa Seca de Pão Duro. O vinho é o Alvarinho. O fumeiro tradicional de Fiães abrange todo o tipo de enchidos produzidos nesta zona. Ilustração 11-cozido do Minho Na zona da serra do Soajo/Amarela, são muitos os pratos típicos confeccionados, mas salientam-se as Papas de Sarrabulho, os Rojões, o Cozido à Portuguesa e a Lampreia. Na doçaria regional incluem-se Charutos de Ovos-moles, Rebuçados dos Arcos, e Doçaria Sortida. O queijo típico da zona é o Queijo da Cachena. Este bovino pasta livremente na serra, aproveitando os pastos naturais e abundantes. A sua alimentação é, por vezes, complementada com alimentos produzidos nas explorações agrícolas da região, o que permite a recolha de um leite puro e de características únicas. O queijo produzido é gordo, de pasta semi-mole, e apresenta uma cor amarelo palha natural. O tempo de cura médio é de 45 dias e deve ser consumido num prazo máximo de 60 dias após a cura. É comercializado pela Cooperativa Agrícola de Arcos de Valdevez e apresenta-se ao público em embalagens cilíndricas de 400g e 1kg. Ilustração 12-Queijo 9/22

10 Ilustração 13-charutos 10/22

11 Artesanato Cestaria A cestaria era uma actividade tradicional bastante implantada que servia de suporte financeiro a inúmeras famílias. Divide-se em cestaria tradicional e de junco, com a produção de vestuário para proteger os pastores do frio e da chuva. A sua técnica reverte-se para a colagem das «tiras» (nome atribuído à madeira cortada e tratada), umas na vertical e outras na horizontal, em quantidade variável e de acordo com o artigo pretendido. Estes produtos são feitos com madeira de mimosa, salgueiro, amieiro, freixo, carvalho e castanheiro. Ilustração 14-cestos A sua técnica reverte-se para a colagem das «tiras» (nome atribuído à madeira cortada e tratada), umas na vertical e outras na horizontal, em quantidade variável e de acordo com o artigo pretendido. Estes produtos são feitos com madeira de mimosa, salgueiro, amieiro, freixo, carvalho e castanheiro. Esta actividade tem vindo a desaparecer, devido à concorrência dos plásticos, mas ainda subsiste em regiões onde o artesão foi capaz de se adaptar às novas circunstâncias, passando a ter uma função essencialmente decorativa. O cesteiro fazia todo o tipo de cestas e cestos necessários às várias tarefas agrícolas e do quotidiano: o canastro, o cesto vindimeiro, a cesta da feira, etc. Nas freguesias de Ermida, Germil e Entre-Ambos-os-Rios, surge um cesto de forma única: quadrado do fundo até meia altura, alarga-se depois, tomando uma forma arredondada. Ilustração 15-cesteiro Quanto à cestaria de junco, os seus principais produtos são a croça (capa colocada sobre os ombros), o croço (croça sem capucho) e o corucho (protecção para a cabeça). Estes produtos faziam parte do vestuário das zonas serranas, visto que constituíam uma protecção eficaz para o frio e a chuva. Em quase todas as povoações, existia um artesão mais habilidoso que fornecia os vizinhos. Também estas peças perderam a sua função original, ganhando actualmente uma função decorativa. 11/22

12 Tecelagem A tecelagem em linho também conhecida por tecelagem tradicional, possui características próprias, utilizando um tear manual. A tecelagem em lã numa paisagem agreste e de altitude, com um coberto vegetal pobre, a criação de gado ovino e caprino surge naturalmente. Ilustração 16-manta A ovelha e a cabra não só asseguravam um rendimento mais ou menos seguro, pela venda de crias, como abasteciam as famílias de leite e carne. Mas numa região de Invernos rigorosos e de actividades económicas que obrigavam a percorrer os cumes das serras com vento, chuva e neve, a ovelha fornecia ainda uma importante matéria-prima: a lã. A pisoada (batida num engenho de forma a tornar-se mais resistente e maleável) ou apenas tecida, a lã dava resposta a quase todas as necessidades de vestuário da população: capas, calças, meias, calções, gorros, mantas, cobertores, etc. Ilustração 17-manta Desvalorizadas por alguns, dada a sua rusticidade, a verdade é que estas peças são manufacturadas com uma lã pura e segundo técnicas tradicionais. Tamancaria Ilustração 18-tamancos Os «tamancos», «socos» ou «chancas» eram o calçado tradicional de quem habitava nas zonas rurais, particularmente nas aldeias minhotas. Os tamancos podem ser abertos ou fechados, divergindo no tamanho ou feitio. Hoje em dia, ainda são objectos utilitários, mas a sua função é cada vez mais decorativa. Um exemplo disso mesmo é os tamancos em miniatura ou mesmo com um tipo de tamanco aberto que serve de suporte para as garrafas. 12/22

13 Bordados Nesta actividade são utilizadas matérias já produzidos ou em produção, ou seja, existe uma complementaridade entre as actividades artesanais. Qualquer artigo pode ser concluído com um pequeno bordado. Noutros casos, o bordado é executado em tecidos que não sofreram qualquer tipo de actividade artesanal anteriormente. Ilustração 19-manta Rocas Nos dias de hoje, as Rocas assumem uma função essencialmente decorativa. Trata-se de um instrumento necessário para a fiação do linho, uma das matérias-primas utilizadas na tecelagem. Ilustração 20-roca 13/22

14 Lendas Lenda da Cabeça da Velha Era uma vez uma jovem chamada Leonor, de rara beleza e dona de fartos haveres. Órfã de pais, vivia com um tio, D. Bernardo, num pequeno lugar situado na Serra da Peneda, no Norte português, junto às terras da Galiza. D. Bernardo, também ele abastado, tinha a sobrinha em muita estima e desejava, para ela, um casamento feliz mas tardio, para poder beneficiar, até ao fim da sua vida, que prometia ser longa, pois o fidalgo era, em extremo, robusto e saudável, dos cuidados e carinhos de Leonor. A jovem, porém já se havia enamorado de um seu primo, D. Afonso, moço belo e inteligente, com nobre solar na região. Conhecia Leonor os propósitos egoístas de D. Bernardo. Mas o coração negava-se-lhe a acatar-lhe decisão tão cruel. E, não resistindo ao sentimento que nutria pelo primo, passou a encontrar-se com ele, no mais rigoroso segredo. Tinha uma cúmplice, em tais arrebatados encontros. Era Marta, uma velha serviçal do tio, que, havendo-a criado de menina, tinha por fiel confidente. Marta alegrava-se de poder apadrinhar o amor dos dois primos, que a enternecia. Temendo, no entanto, que a criada, pela fraqueza da velhice, alguma ocasião caísse em revelar ao amo aquela paixão proibida, Leonor lembrou-se, gravemente, o mal que atingiria os três, se D. Bernardo soubesse da desobediência da sobrinha. Marta indignou-se. A sua lealdade estava acima de qualquer suspeita. E afirmou a Leonor: - Minha ama: se alguma vez vos trair, ou for obrigada a trair-vos, que me transforme em pedra, como essas dos cabeços, frias e rudes! Um dia, D. Afonso esperou por Marta, no recato de um ermo, para lhe entregar uma carta dirigida a Leonor, a rogar-lhe que fugisse com ele, numa noite próxima, libertando-a da tirania do tio. E, na carta, indicava o lugar aprazado para o encontro dos dois fugitivos. Ele levá-la-ia para o seu solar e lá casariam na capela que, como em todas as grandes moradias fidalgas, se lhe avultava à ilharga, sempre florida e cuidada. Marta recebeu a carta e regressou a casa. Mas, de repente, saiu-lhe ao caminho, vindo do interior de uma mata, onde se entretinha a caçar, a figura do amo. Estranhou ele a presença da serva naquele local tão distante do solar. E logo uma forte desconfiança lhe assaltou o espírito ao ver, na mão da velha criada, a carta secreta. Com voz autoritária, exigiu que ela lha entregasse. Marta procurou resistir àquela ordem que iria fazer a desgraça dos dois jovens e a sua própria. Mas D. Bernardo teve artes de lha arrancar, lendo-a de seguida, com as feições transtornadas pela revelação desse amor que ignorava. Devolvendo, calado, a carta ao terror de Marta, afastou-se num passo incerto. Marta pasmou daquele silêncio, supondo, porém, que D. Bernardo, pela muita estima em que tinha Leonor, aceitara, resignado, os sentimentos dos sobrinhos. E correu a entregar a carta comprometedora à sua querida ama, ocultando-lhe, todavia, o encontro com D. Bernardo e a sua estranha atitude. Na noite combinada, Leonor, embuçada numa capa escura e comprida, escapou-se do solar do tio, não sem um olhar húmido de saudade, para procurar os braços de D. Afonso e o desejado enlace. Na sombra, umas sombras seguiam-na ao largo. Procurando por todas as salas desertas do solar a presença de D. Bernardo e dos criados, Marta compreendeu, por fim, que o amo não perdoara aos sobrinhos e se dispunha a castigá-los, numa emboscada vingativa. Correu, então, quanto podiam as suas pernas cansadas da idade, por desvios, por atalhos a avisar Leonor e D. Afonso da cilada de D. Bernardo. Chegou a tempo. Sem atenção, D. Afonso sentou Leonor na garupa do seu cavalo, e, num galope alucinado, afastou-se da perseguição do tio e dos seus criados bem armados. Ao 14/22

15 olharem, porém, para trás, para agradecerem a Marta aquela prova de lealdade que lhes salvara a vida e o amor, apenas distinguiram a rijeza de uma pedra, onde se esculpia a face rugosa da velha criada: o seu nariz adunco, a saliência do queixo. A jura de Marta havia-se cumprido. Feita pedra, a velha parecia despedir-se de Leonor e de Afonso, a cavalgarem já longe, com os seus olhos cegos, que um manto de musgo começava a cobrir, macio e piedoso. Lenda da Moira Encantada de Giela Era uma vez um rei moiro, cujo nome se perdeu na memória dos tempos. Viera d além-mar, com outros reis e guerreiros da sua raça, levando de vencida o povo cristão até as montanhas das Astúrias, onde este encontrou reduto e alcançou coragem para expulsar, por fim, o invasor e o inimigo da fé. O rei habitava um esplêndido palácio, rodeado de conforto e de riqueza, com os seus pátios rendilhados e as suas fontes jorrando frescura, com os seus jardins aromáticos de flores, num lugar altaneiro, chamado Giela, avistando a paz de um vale, por onde desliza, entre salgueirais, manso e transparente, o rio Vez. Tinha o monarca uma filha muito famosa, que mantinha encerrada nas salas e aposentos do seu palácio, longe das vistas dos seus vizires e cavaleiros, reservando-a para um casamento com algum califa vizinho que lhe aumentasse a fortuna e o território. Não lhe permitia, mesmo, assomar a uma janela para contemplar a paisagem que as aias e os criados lhe diziam ser maravilhosa. Um dia, porém, a princesa conseguiu que a obediência e simpatia dos seus servos lhe ajaezassem um dos cavalos do pai e, ao raiar de um dia calmo de Verão, cavalgou, livre, sozinha, até às margens do Vez. É difícil de imaginar o seu contentamento e o seu encantamento! Desmontando do veloz ginete e descalçando a delicadeza das suas babuchas bordadas a oiro, mergulhou a perfeição dos pés morenos na claridade da corrente. Súbito, ao erguer os olhos para a margem oposta, viu sair do bosque que a circundava um jovem cavaleiro revestido de uma armadura prateada, montado num soberbo cavalo branco, de compridas crinas oscilando à brisa matutina. Era decerto um guerreiro cristão, perdido do seu exército. Trazia na mão, coberta por um guante de ferro, um altivo pendão, desenrolando a heráldica de um brasão, onde se enguia um castelo de oiro em fundo vermelho. O cavalo branco curvou o pescoço elegante para beber, a largos haustos, a água límpida do rio. Então, os olhos azuis do cavaleiro, como um céu muito puro, mergulharam nos olhos da princesa, negros como as trevas da noite. E dir-se-ia que uma flecha de amor atravessou, silvando, ambos os corações. Nesse exacto momento, surgiram, por detrás da princesa, duas dezenas de soldados moiros que, respeitosamente, a convidaram a regressar ao palácio, onde o pai a esperava, numa preocupação. Mas, vendo, na outra margem, o cavaleiro cristão, atravessaram o rio, com grande restolhar de água, para lhe dar combate. Ante o desespero da princesa, foi breve o entrechoque das armas, tão desigual! Feridos pela espada do cavaleiro, alguns soldados ficaram por terra, sangrando e gemendo. Mas os restantes, em altos brados, foram em perseguição do jovem inimigo, que se embrenhou na mata, sem possibilidade de despedaçar, um por um, aquele numeroso grupo de infiéis. Lamentando um amor tão cedo desaparecido, a princesa voltou aos braços do pai, jurando, no entanto, jamais conceder a mão de esposa senão àquele cavaleiro dos olhos azuis que lhe arrebatara o coração. E, na esperança de o reencontrar, descia constantemente até ao Vez, e ali ficava carpindo-se, com os olhos rasos de água, vendo-lhe as margens desertas. Assim passaram anos. Assim passaram séculos. Mas, ainda hoje, na paisagem adormecida, há quem consiga adivinhar, junto à 15/22

16 placidez do rio, um vago vulto de mulher, com um leve véu ocultando-lhe a formosura do rosto, olhando fixamente o escuro arvoredo da margem. É a moira de Giela, aguardando que surja, do segredo da noite, um cavalo branco montado pelo jovem cavaleiro de olhar azul, revestido de prata e trazendo, na mão, a heráldica de um pendão, onde, em fundo vermelho, brilha um castelo de oiro. Lenda da Senhora da Peneda e da Pastorinha Segundo a lenda da aparição "conta-se que a Senhora da Peneda apareceu a cinco de Agosto de 1220 a uma serrania que pastoreava por entre aquelas penedias, algumas cabras. A Senhora apareceu-lhe em forma de uma pomba branca voando ao redor dela e, pediu-lhe que dissesse aos do seu lugar, da Gavieira para Lhe edificarem naquele lugar uma ermida; a pastorinha falou aos seus pais, da Senhora, mas sem efeito, porque não lhe deram crédito. Noutro dia, voltando a pastorinha com as suas cabras por aquelas mesmas paragens, lhe tornou a aparecer a mesma Senhora na mesma lapa, não como da primeira vez, em forma de pomba (como ela referia) mas na mesma forma em que hoje se vê, e lhe disse: filha, já que não te querem dar crédito ao que eu mando, vai ao lugar de Roussas (que fica na mesma freguesia de Gavieira, no mesmo termo do concelho do Soajo) onde está uma mulher entrevada há dezoito anos e diz aos moradores do lugar que a tragam à minha presença, para que ela fique de perfeita saúde, e assim te darão crédito ao que te ordeno. Assim o fez a venturosa pastorinha, e trouxeram a mulher que se chamava Domingas Gregório. Tanto que esta chegou à vista daquela Sagrada Imagem da Rainha dos Anjos, logo alcançou uma perfeita saúde e ficou livre e sã de todos os males que padecia, louvando a Virgem Senhora pelo singular benefício que lhe havia feito. Lenda da Veiga da Matança Era uma vez uma veiga a que chamam a Veiga da matança, em terras de beleza e viço dos Arcos de Valdevez. O seu nome nasce da convicção popular de que, em 1143, aí se travou uma batalha sanguinária entre as hostes de D. Afonso Henriques e as de seu primo, o Imperador e rei D. Afonso VII, de Leão. O motivo da contenda residia na quebra do tratado de Tuy, em que o primeiro rei de Portugal prometia vassalagem ao soberano vizinho. Mas D. Afonso Henriques era um espírito rebelde, valente e determinado, disposto a fazer do Condado Portucalense que exigira, pelas armas, a sua mãe D. Teresa, um país independente e dilatado á custa das conquistas dos territórios da Moirama, a estenderem-se do Mondego ao reino do Algarve. Tivera, já, sob a protecção divina, uma batalha decisiva, nos Campos de Ourique, além-tejo, contra cinco reis moiros. Como memória desta vitória e da milagrosa presença de Cristo, pois a lenda afirma o seu aparecimento ao rei, encorajando-o à luta contra os infiéis, a bandeira de D. Afonso Henriques passou a ostentar, em cinco quinas, as cinco chagas do Crucificado. Sabendo da entrada do imperador pelo norte do país que estava a construir, com entusiasmo, o rei português sobe aos Arcos, disposto a terçar armas pelos direitos do seu sonho patriótico. E foi ocupar logo, para dar batalha, um lugar privilegiado, o alto Castelo de Santa Cruz, onde os seus cavaleiros aguardaram, impacientes, o inimigo leonês. Em piores condições encontrava-se D. Afonso VII, à frente das suas mesnadas. Combater o primo, em tais apuros, era uma temeridade! Então, sabiamente aconselhado, propôs a D. Afonso Henriques o encontro dos dois exércitos na planura da veiga, não 16/22

17 para a violência de uma batalha, mas apenas para a destreza de um torneio, ou baforada, como então era chamado. Assim, cada cavaleiro português desafiava um cavaleiro leonês, para um confronto singular. E venceria quem mais inimigos houvessem derrubado. D. Afonso Henriques aceitou o repto e, rodeado de bons e esforçados cavaleiros, experientes em manejar a lança e a espada no corpo do contendor, saiu-se vencedor do baforada, obrigando o imperador a regressar aos seus domínios de além-minho. Pouco tardou que D. Afonso VII não assinasse um armistício com o primo português, aceitando-lhe, diante de um alto dignitário da Igreja, o título de rei. Graças ao acordo entre dois monarcas, a veiga arcuense assistiu, assim, não a uma carnificina, mas quase a um espectáculo palaciano, embora temerário, que, noutras circunstâncias, poderia, até, ser admirado por damas e donzéis, entre guiões de seda e ornamentos de festa. Mas a lenda sobrepõe-se à História. E, séculos atrás de séculos, o povo olha a pujança pacífica daquela extensa veiga cultivada, como local fatídico de uma horrenda batalha, com a terra empapada em sangue, cavalos desventrados, guerreiros agonizantes, segurando, ainda, na mão exangue, lanças, escudos, espadas, gemendo de dor, suspirando de morte. Incólume, no meio desta hecatombe, empunhado a branca bandeira das quinas, montando um cavalo banhado de espuma, mas de crinas agitadas ao vento da glória, qualquer pode imaginar o vulto espesso e nobre de D. Afonso Henriques, o rei-herói, anunciando, naquela veiga, naquela matança, o Dia Primeiro de Portugal! Lenda das Bodas do Cemitério Era uma vez um fidalgo, dos mais nobres das terras que se estendem, num vale fértil, entre altas montanhas, banhadas por um rio, o Vez, pequeno no caudal, é certo, mas de margens graciosas e elegante no percurso até às águas do Lima. Chamava-se D. Soeiro e era alcaide do castelo de Tora, de perfil aguerrido, eriçado de ameias, erguido sobre espessas rocas. Enviuvara, há bem pouco, de D. Aldonça, aparecida morta subitamente, tão nova ainda e tão bela. Ninguém conheceu a dimensão do desgosto do alcaide, nem ninguém lhe vira as lágrimas de dor, pois, por alguns dias, permaneceu encerrado no seu Paço do Vale, sem conviver com amigos ou parentes. Parecia, todavia, misterioso, a muitos, o triste desaparecimento da dama, coincidindo com o afastamento de uma das suas aias, Dulce, a quem D. Soeiro dirigia, muita vez, ora um galanteio, ora um sorriso cúmplice. Por isso, nos castelos e solares das redondezas, se murmurava, aliás sem existência de probas, que o marido se vingara na esposa, com veneno ou punhal, por ela haver descoberto o seu amor adúltero e o haver interrompido com a expulsão de Dulce. Passado o tempo de luto, D. Soeiro regressou à suas funções de alcaide do castelo de Tora, próximo da fronteira, vigia e defesa do solo português. Ia ele, num entardecer doce, vulgar por aquelas bandas, a caminho do castelo, quando ao passar junto do cemitério onde jazia D. Aldonça, avistou um vulto de mulher, cuja riqueza do trajo mostrava ser alguém de elevada estirpe. Trazia o rosto pudicamente oculto por um véu de tecido leve. D. Soeiro, encantado com aquela aparição, não resistiu em rogar-lhe que se mostrasse aos seus olhos, despojada de ocultações. Ela obedeceu. E D. Soeiro pôde, então, admirar melhor essa mulher, muito jovem e muito formosa. Solícito, indagou-lhe se necessitava de auxílio; de companhia até casa, pois a noite avançava e cresciam os perigos de uma dama, como ela, se aventurar, sozinha, por esses ermos. E, enquanto dizia tais palavras, o alcaide cada vez mais se sentia dominado pela sedução daquela mulher. Num ímpeto apaixonado, tentou mesmo tocá-la, mas parecia que as 17/22

18 suas mãos unicamente prendiam o sopro do vento. Tomou-lhe a mão, mas sentiu-lha de gelo e como desprovida de carne. Dir-se-ia haver palpado, apenas, os ossos de um esqueleto! Todavia, não deixou de lhe confessar um amor eterno, pois pensava que lhe era impossível, a partir do instante em que avistara aquela dama, continuar a viver de coração tranquilo e solitário. A visão sorriu enigmaticamente. Depois, exigiu do alcaide que jurasse a eternidade desse amor, no recinto sagrado do cemitério. E ambos se dirigiram para lá. Mas, quando D. Soeiro transpôs o portão da mansão dos mortos, o sino da capela do solar do Vale começou a tanger, cadenciado. Espantou-se o alcaide com aquele dobre, pois havia proibido aos seus criados, após o falecimento de D. Aldonça, de fazer tocar o sino da capela. Então, ao som das badaladas, D. Soeiro viu-se envolvido pelos da estranha dama e, mudo de assombro, ouviu-se a confissão: Ela era o cadáver de D. Aldonça, traída e assassinada pelo marido, a vingar-se, naquele encontro, do seu sofrimento e da sua morte violenta. E, á medida que fazia esta revelação, sem deixar de abraçar D. Soeiro, ia-se transformando, lenta, lentamente, num esqueleto apavorante. Um grito imenso, arrepiante, soltou-se da boca escancarada do alcaide. A Lua já nascera no céu, pálida e misteriosa. Na manhã seguinte, o coveiro foi descobrir D. Soeiro, morto e tombado sobre o sepulcro da esposa. Então, o povo e a fidalguia daquelas paragens, lamentando-lhe a morte, arrependiam-se de haver duvidado da fidelidade do alcaide, afinal, tão apaixonado por D. Aldonça. E nunca chegaram a conhecer a verdade. Lenda do Juiz do Soajo Era uma vez um homem chamado João Congosta que exercia as funções de juiz na vila do Soajo, situada na aba da serra do mesmo nome, sobranceira ao Vale do Lima. Isto passou-se há muitos e muitos anos, quando o Soajo era terra notável na defesa da fronteira com a Espanha, com foral concedido por D. Manuel e pelourinho onde se executava a justiça. João Congosta era homem inteligente e honesto, admirado pelo povo que lhe aprovava as sentenças, quase sempre sobre pequenos delitos: o furto de um anho, por ocasião da Páscoa, ou de uns pés de couves galegas pelos frios de Natal. Mais sério, as sacholadas por via da mudança de um marco ou desvio de umas águas do regadio. Mas, um dia, viu-se a braços com um crime grave, que pôs toda a vila em polvorosa: a morte violenta de um lavrador soajeiro abastado, mandado assassinar por um fidalgo dos Arcos de Valdevez, que lhe devia um grosso de moedas. O caso levou seu tempo a resolver, com buscas e interrogatórios dos culpados, falsas juras de inocência, provas forjadas, o diabo! Todavia, João Congosta acabou por desdobrar a meada dos enredos e julgar, com saber e severidade, condenando o fidalgo e os seus cúmplices à pena máxima. O pior é que o principal criminoso tinha padrinhos na Corte, gente pronta a influenciar El-Rei contra a sentença do juiz do Soajo, que descreviam como um pobre rústico, estúpido e ignorante. Impressionado com tais palavras de mentira e de intriga, El-Rei remeteu o caso aos seus juízes que, por sua vez, convocaram João Congosta para mais perfeitos esclarecimentos. João Congosta era um homem simples e que apenas uma única vez saíra da sua vila, indo por dever de profissão, até à vizinha Arcos, sede do seu julgado. Recebeu, pois, com desagrado, aquela intimação para se deslocar à Corte. Mas, embrulhado na sua inseparável capa de estamenha usada nas audiências, ala! Até ao porto de Viana, onde embarcaria para Lisboa, pois a viajem por terra era demasiado morosa e insegura. Desembarcado no Terreiro do Paço, a Capital perturbou-o, com o seu ruído, com o seu movimento de cavalos, bois, carroças e carruagens, gente de tantas raças, envergando os seus trajos tradicionais, algum animal 18/22

19 exótico, para pasmo popular, e em mercado vivo e colorido, soltando os seus pregões, exibindo os seus produtos do campo e de além mar. Depressa se dirigiu ao Paço Real, magnífico na sua arquitectura, atravessou, com dificuldade, as barreiras da soldadesca, dos lacaios e dos pajens, chegando, por fim, ao vasto salão, onde o aguardavam os seus colegas da Corte, comodamente refastelados em solenes cadeirões de magistrados. João Congosta procurou o seu, para um descanso, mas, sobretudo, para a tranquilidade de melhor ponderar e discutir. Porém, todos eles se encontravam ocupados. Os juízes da Corte não reconheciam, naquele labroste, vindo do cabo do mundo, sem modos nem pensamento, o direito à dignidade de uma cátedra. O juiz do Soajo não hesitou. Tirou dos ombros a capa das audiências, dobrou-a bem dobrada, num aumento conveniente de volume, pô-la no chão e sentou-se nela, ficando, assim, ao nível dos colegas, e aguardou que o consultassem sobre os motivos e a justeza da sua sentença. Com uma admiração que, pouco a pouco, se ia tornando maior e mais entusiástica, os juízes da Corte viram que a sua própria experiência e sabedoria, e mesmo a manha com que obrigavam os réus a contradições e confusões de espírito, nada valiam ante a limpidez de raciocínio, a agudeza dos argumentos, o brilho da inteligência do parolo das serras, criado no convívio de gente boçal e entre matagais selvagens. Terminada a sessão, todos louvaram a sentença de morte dada aos três assassinos, louvando, também, quem a proferira. Levantou-se João Congosta e, com uma vénia, aproximou-se da porta de saída. Então, um dos presentes advertiu-o que havia deixado, por esquecimento, a sua capa de audiências no chão do salão. Com voz bem alta e clara, ouvida por todos, João Congosta retorquiu, numa lição ao desprezo de que fora vítima, ao entrar ali: O juiz de Soajo nunca levou consigo cadeira em que se sentou! Reconhecendo a grosseria que haviam cometido, os juízes da Corte coraram e baixaram os olhos, de vergonha. João Congosta não quis ficar um instante mais em Lisboa. Tomou o primeiro barco para Viana e não tardou a voltar a gozar a beleza da sua serra, a entregar-se às obrigações do seu cargo, a receber o respeito e amizade dos seus conterrâneos. Lenda do Mosteiro de Ermelo Era uma vez um rei chamado Ordonho II, que governava as Astúrias e todos os territórios para o Sul, conquistados aos guerreiros do Islão. Neles, figurava o Vale do Vez, com as suas altas montanhas e a beleza do seu rio. Tinha uma filha: D. Urraca, princesa piedosa, protectora de igrejas e conventos, devotadamente dedicada à divulgação da fé cristã, em que despendia grande parte das suas riquezas. Um dia, decidiu fundar um Mosteiro para frades, em lugar sossegado e fecundo, rodeado de vegetação e boas águas, onde vicejasse uma horta e frutificasse um pomar; onde houvesse ermos floridos para meditação, vinhedos e trigais que fornecessem o pão e o vinho para o mistério eucarístico e a sobrevivência da comunidade. Com o consentimento real, acompanhada das suas aias e alguns soldados protectores, meteu pés a caminho, por montes e vales do seu reino. Chegada à Serra da Peneda, que lhe prometia larga vista sobre uma paisagem pacífica e alegre, o silêncio e a oração, começou a subi-la, com entusiasmo, parando, ora aqui, ora ali, para ganhar forças e melhor contemplar quanto a rodeava. Uma dessas paragens chama-se, ainda, Bouças das Donas, lembrando o arvoredo onde D. Urraca e as suas aias repousaram, abrigadas do Sol ardente. Junto à vila do Soajo, onde se aconchegavam algumas casas de pedra e colmo, achou lugar apropriado para edificação do Mosteiro e logo contratou pedreiros para lhe abrir os alicerces. Contente com o lugar que obedecia às condições desejadas, D. Urraca correu à Corte de seu pai, a participar a D. Ordonho a feliz decisão. Perguntou-lhe a curiosidade do rei: - 19/22

20 E o que se avista dessas alturas? Respondeu-lhe a princesa: - Longes e longes. Vêem-se, para o Sul, as torres da Sé de Braga e o imenso casario da antiga cidade. Para o Norte, as Catedrais de Tuy e de Ourense, junto ao rio Minho. Para o Oeste, praias onde vão quebrar-se as ondas bravias do mar. Para Leste, campos e montes sem conta, onde pastam rebanhos e cavalgam guerreiros dos vossos exércitos. D. Ordonho manteve-se por uns momentos calado, com uma ruga na testa, como quem segue a seriedade de um pensamento. Depois, disse a D. Urraca: - Minha filha, gostaria bem de satisfazer a tua vontade de servir a Deus, com a construção desse Mosteiro. Mas não posso, para isso, despender, em tal projecto, metade do meu reino. É demasiadamente grande esse horizonte. Terás que descobrir outro sítio menos amplo para morada dos teus frades. Triste com esta decisão real, a princesa, todavia, não desistiu do seu intento e resolveu, então, mandar edificar o seu Mosteiro, não no desafogo dos cimos do monte, mas na profundeza do vale, quase oculto pela densidade das brenhas, sempre coberto de sombras, escutando um rio discreto, mirando a solidão do ermo. E deu-lhe o nome de Mosteiro de Ermelo. Tradição urbana Promessas a Seu Teor São de variado teor as promessas que o povo faz aos Santos: azeite para a lâmpada, se existe na igreja ou capela em que se veneram; velas de cera; importâncias em dinheiro e tantas outras coisas. E diferem também as razões que as motivaram. Ao Santo António fora a cura de algum animal que adoecera. A S. João de Arga, aonde acorre, em peregrinação devota e fatigante, leva o penhor de gratidão por lhe ter salvo de ameaça de mal ruim algum familiar. Ao S. Silvestre oferta ramos de cravos por lhe haver feito desaparecer das mãos aquelas excrescências a que também chama cravos ou enfeita com ramos de salgueiro e pés de alfândega o gado e condu-lo até junto da sua ermida, agradecendo o tê-lo livre de alguma enfermidade. No altar de Santa Marta depõe arrecadas de ouro, de que a fizera destinatária, em hora de parto mais difícil. Ao Santo Amaro presenteia com ex-votos de cera: pernas, dedos ou braços, conforme o local onde se situara o aleijão de que fora vítima e por causa do qual o invocara. E assim por diante. Há a romaria sem fala a partir de casa ou desde que se avista o templo; as voltas de joelhos, depois da missa e do sermão, por sobre pedregulhos, terrenos arenosos, lajedo ou relvado, conformemos as circunstâncias. Se é festa de aldeia, as mordomas dão segredos, para serem arrematados no leilão: caixinhas atadas com fitas coloridas; tabuleiros onde há frangos assados, garrafas de vinho, presunto e salpicão; e os lavradores contribuem com sacas de milho, de feijão ou de batatas, frangos, coelhos, cambo de cebolas e outros artigos. Cabeça de porco prometida a Santo António é arrematada no adro da igreja, no domingo que segue à matança. Nalguns casos, é um romeiro que vem de longe e a alguns metros da capela inicia a cantoria crianças ou raparigas a entoarem loas, com vozes finas, de primeira e de segunda, repetindo cada verso e prolongando a parte final, num remate sem fim. Não faltam outras espécies de compromissos. Nem sempre fáceis de satisfazer. Porque sobrevim doença e minguam forças ou fora já imponderado o que se ajustara. Há, então, o recurso ao confessor e vem a revogação, pois promessas a Santos são coisa muito séria: «Quem não cumpre em vida não entra no Céu sem voltar ao mundo e arranjar quem por ele o faça.» 20/22

21 Festas e costumes As festas do concelho são em Agosto e chamam-se festas Francas onde há muita música portuguesa, folclore, feiras, cortejos, fogo de artifício e outros eventos. Ilustração 21-folclore Ilustração 22-fogo de artificio 21/22

22 Bibliografia Viana, António Manuel Couto, 2002, "Lendas do Vale do Lima", Ed. Valima Cores, Sabores e Tradições", Ed. Valima, 2000 Pitta, Francisco, Lendas e Tradições do Alto Minho, 1987 Site da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, 22/22

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