O ENSINO DE PORTUGUÊS EM BUSCA DA EFICIÊNCIA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O ENSINO DE PORTUGUÊS EM BUSCA DA EFICIÊNCIA"

Transcrição

1 17 O ENSINO DE PORTUGUÊS EM BUSCA DA EFICIÊNCIA Juscelino Pernambuco Doutor pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Mestre pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Docente do Programa de Mestrado em Lingüística da Universidade de Franca (Unifran). RESUMO Este artigo pretende tratar das possibilidades de se conseguir mais eficiência no ensino de português. Discutem-se nele as dificuldades enfrentadas pelo professor no ensino da língua materna, as possíveis causas do insucesso desse trabalho pedagógico e o tratamento que é dado à gramática. Busca-se nos princípios teóricos da lingüística uma colaboração efetiva para o trabalho do professor e para a criação de condições adequadas à ampliação das habilidades lingüísticas dos usuários. Palavras-chave: ensino de português; gramática; variação lingüística; lingüística; trabalho do professor. ABSTRACT This article aims to approach the possibilities of achieving more efficiency in Portuguese language teaching. The difficulties faced by the mother tongue teacher, the possible causes of the failure in this pedagogical project and the approach which is given to grammar are discussed in this study. An effective collaboration for the teacher s

2 2 9 0 work and for the creation of adequate conditions in the increase of the linguistics abilities of users is searched in the theoretical principles of Linguistics. Key words: portuguese teaching; grammar; linguistic variation; linguistics; teacher s work.

3 2 9 1 INTRODUÇÃO Vivendo se aprende, mas o que se aprende mais é só a fazer outras maiores perguntas. (Guimarães Rosa) Existe a crença generalizada de que ensinar Português é fazer que o aluno não erre mais, seja falando, seja escrevendo. O que significa esse não errar? Significa não cometer deslizes que estejam em desacordo com uma gramática considerada um padrão de boa escrita e boa fala. Espera-se que o professor consiga que o aluno seja capaz de escrever e falar conforme as regras da gramática do português culto. Será uma tarefa fácil? Será este mesmo o princípio que deve nortear a prática docente de língua portuguesa? O ENSINO DE PORTUGUÊS: DIFICULDADES E POSSÍVEIS SOLUÇÕES As dificuldades são muitas para um eficiente ensino de português na escola brasileira. A que se deve isso? Entre as diferentes causas do fracasso do ensino de português, apontamos as seguintes: confusão entre ensino a respeito da língua e ensino do uso da língua; tratamento inadequado da variação lingüística; Vamos juntos refletir sobre cada uma dessas causas. Confusão entre ensino a respeito da língua e ensino do uso da língua O trabalho escolar de ensino de português tem-se concentrado muito em ensinar ao aluno princípios teóricos de uma gramática prescritiva e proscritiva que apenas aponta o que pode e o que não pode ser dito

4 2 9 2 ou escrito pelos usuários da língua. Ao longo dos anos, mesmo com o avanço das ciências lingüísticas, tem-se observado que os professores de língua portuguesa preocupam-se muito com o ensino gramatical como ponto de partida e de chegada do seu trabalho em sala de aula. Ensina-se, ou melhor, tenta-se ensinar muito mais sobre a língua do que propriamente a língua. O professor de português está preocupado com um ensino a respeito da língua. Trabalha com a gramática normativa, pressupondo que é o domínio sobre ela que vai levar o aluno à produção e entendimento de textos, quando, na verdade, não o é. O ensino gramatical deve estar a serviço da leitura e da produção de textos. Uma das concepções de ensino do português defende a gramática normativa, também chamada de tradicional, como o núcleo do ensino. Ensino de português torna-se sinônimo de ensino de gramática. Nessa concepção de ensino, saber língua é saber gramática, ou melhor dizendo, teoria gramatical. Essa é ainda a grande polêmica no ensino do português, uma velha discussão que empolga aqueles defensores de uma concepção mais tradicional de ensino. Mesmo para ensinar a variedade-padrão da língua, a escola tem falhado, uma vez que, partindo da concepção da linguagem apenas como instrumento de comunicação, tem adotado práticas pedagógicas que exigem do estudante somente uma assimilação acrítica do conteúdo ministrado, criando atitudes mecânicas e passivas, responsáveis pelo desinteresse diante do ensino-aprendizagem. O aprendiz só vai chegar à posse da língua através da vivência de situações naturais de comunicação a serem criadas no processo de ensino-aprendizagem. Aprende-se a ouvir e a falar, ouvindo e falando; a ler e a escrever, lendo e escrevendo. Porém, a escola não tem feito o ensino da língua-objeto e sim o ensino da metalíngua. Todo o tempo reservado ao ensino da língua tem sido utilizado para o ensino de

5 2 9 3 metalinguagem de análise e o aprendiz vai adquirindo a impressão de que estudar a língua materna é memorizar regras e exceções. Em vez de analisar os fatos da língua, os professores ensinam a codificação da gramática. E o aluno é obrigado a decorar, por exemplo, preposições, advérbios, conjunções sem perceber esses instrumentos em funcionamento no texto. A única função da linguagem em jogo no ensino, de acordo com o esquema das funções da linguagem apontadas por Jakobson (1970, p. 127) é a função metalingüística, ou seja, a língua falando sobre a língua, o saber a respeito da língua. Os conteúdos programáticos que são ensinados na escola têm uma excessiva preocupação com a função metalingüística e isso, conforme aponta Rodrigues (1978, p. 27), perturba e inibe o desenvolvimento das demais funções. Essa insistência de apresentação de modelos que conflitam com a competência lingüística dos aprendizes causa-lhes um verdadeiro complexo de incompetência lingüística, bloqueando o exercício de todas as outras funções da linguagem. A preocupação do professor exclusivamente com os desvios morfológicos, sintáticos, lexicais e ortográficos dos textos dos alunos tem sido causa de todo o desprazer e frustração que o estudante sente pelo ensino-aprendizagem da língua materna. Halliday (1974, p. 259) assegura que a aprendizagem de qualquer nova forma de atividade é um processo que não exclui o cometimento de erros de algum tipo, mas não é correto considerar que o processo de aprendizagem em si mesmo seja constituído só pela correção de erros. A adição de novos padrões lingüísticos desempenha um papel muito mais importante que a correção de erros no uso de padrões já adquiridos. Genouvrier e Peytard (1974, p. 224) dizem que é necessário construir exercícios estruturais que levem a criança a utilizar mecanismos gramaticais básicos que ela ignora ou domina mal, mas é ao mestre que cabe conhecer gramática e não ao aluno. Dizem esses autores que é

6 2 9 4 à medida que conhece o funcionamento lingüístico da estrutura que deseja ensinar o professor poderá construir exercícios apropriados ao enriquecimento da competência lingüística do aprendiz. A predominância do ensino de metalinguagem, através de exercícios de descrição de regras e exceções gramaticais, domínio de conceitos, de memorização da nomenclatura gramatical não tem levado o aluno a adquirir a habilidade de utilização da língua na modalidade escrita que é, na verdade, o objetivo mais alto fixado pela escola. O que se tem tentado no ensino de língua portuguesa é fazer o aluno escrever na variedade lingüística considerada padrão, mas a escola não vem cumprindo esse papel de veiculadora e transmissora da variedadepadrão da língua na modalidade escrita para uma clientela diversificada lingüística e socialmente. Tratamento inadequado da variação lingüística É preciso compreender o fenômeno da variação numa perspectiva histórica e social; é preciso compreendê la como o reflexo da experiência histórica e social de determinados grupos de falantes. As variedades lingüísti cas são o próprio espelho da diversidade humana, o reflexo da heterogeneidade de experiências de grupos sociais, não cabendo, portanto, nesta linha de raciocínio, fazer uso de conceitos do tipo certo e errado. Nesse sentido, é bom que se saiba que: 1 ) toda variedade lingüística tem a sua gramática tão complexa e tão rica quanto a gramática da chamada norma culta; 2º) todo falante de língua materna, seja aquele de classe de menor prestígio social, seja aquele de classe de maior prestígio constrói espontaneamente, por observação e prática, uma gramática interna e, para dominar a linguagem oral ou escrita, não precisa necessariamente estudar a gramática normativa.

7 2 9 5 Miriam Lemle (1978, p. 60) relata que os professores devem ter uma atitude lúcida diante do fenômeno da heterogeneidade dialetal para que possam tornar o ensino de língua portuguesa de real utilidade para os aprendizes. O que há na verdade, é um conflito entre a variedade dialetal e a norma lingüística a qual a escola exige que todos os estudantes dominem, como se fosse a única, conforme assegura Camacho (1984). Esse problema não tem sido equacionado pelo ensino. A variedade lingüística é um fenômeno natural em qualquer comunidade lingüística decorrente das diferenças sociais dos falantes e, de acordo com Lemle (1978, p. 62), a missão do professor é conduzir os alunos para a aquisição da flexibilidade lingüística necessária para o desempenho lingüístico adequado nas diferentes situações de atos comunicativos. Ainda conforme Lemle (1978, p.60), o objetivo do ensino de língua portuguesa a ser proposto deve ser: Aprenda a norma culta além do português que você fala, e utilize um ou outro segundo as circunstâncias. Em síntese, o ensino deve acontecer de forma tal a fazer do aluno um poliglota na própria língua. Uma das características das camadas populares é o domínio da variedade inculta da língua em contraposição ao falar culto da classe dominante. A escola não conseguiu adaptar-se a essa circunstância e, incapaz de ensinar a variedade lingüística de prestígio a esse contingente humano proveniente das camadas menos favorecidas, passou a estigmatizar suas manifestações orais e escritas. Zilberman (1985, p. 6) afirma que o tão propagado rebaixamento do nível de ensino decorre principalmente desse conflito: não tendo acesso ao domínio da variedade lingüística de prestígio, da mesma forma como não têm acesso a degraus mais elevados na escala social, as camadas populares freqüentadoras da escola saem dela sem alterar

8 2 9 6 o seu padrão lingüístico e ainda vêem rejeitada a variedade da língua que empregam. GRAMÁTICA E ENSINO DE PORTUGUÊS O ensino de gramática pode ser diferente do que tem sido. A gramática não existe para complicar o uso da língua. Ela é apenas uma tentativa de codificar os usos. Ela é um retrato da língua. Não é um fim; é um meio para o falante se apropriar da língua por conta própria. Aliás, ela só deveria ser estudada de forma sistemática depois que o aluno já soubesse ler e escrever, em condições de entender o funcionamento e a finalidade dela. A gramática deve estar a serviço do texto que se lê e se produz. Não há, efetiva mente, fala sem gramática: toda variedade de língua, prestigiada ou não, possui uma organi zação sintática, em outras palavras, uma gramáti ca que permite o entendimento entre as pessoas, em momentos de interlocução. Do ponto de vista lingüístico, não há como fazer um julgamento so bre o maior ou menor valor de uma determinada variedade. Certo e errado são critérios sociais de avaliação de desempenho lingüístico. Certo é o que está de acordo com a variedade de língua de prestígio social, ou seja, de acordo com a fala das classes letradas. Assim, o que proponho no ensino de português em todos os graus é que as práticas pedagógicas de leitura, escrita e ensino gramatical ocorram de forma integrada. O trabalho com a gramática será feito na perspectiva do uso da funcionalidade dos elementos gramati cais. Quem tem de dominar a teoria gramatical é o professor, este sim o responsável pela criação de situações, ao nível da prática, em que os alunos deverão in corporar de modo cada vez mais elaborado a gramática da língua padrão. É preciso que se descubra que o ensino de língua materna não pode ter como objetivo formar o gramático

9 2 9 7 ou o lingüista, mas sim ampliar as habilidades dos alunos para falar, escrever, ler e ouvir textos necessários à sua vida social. Umberto Eco, no seu oportuno livrinho Pós-escrito a O nome da rosa (1985), faz uma arguta observação: Quando o escritor (ou o artista em geral) diz que trabalhou sem pensar nas regras do processo, quer dizer apenas que trabalhava sem saber que conhecia a regra. Uma criança fala muito bem a língua materna, mas não saberia escrever a sua respectiva gramática. Mas o gramático não é o único que conhece as regras da língua, porque estas, sem saber, a criança conhece muito bem: o gramático é apenas aquele que sabe como e por que a criança conhece a língua. Quem precisa saber gramática é o professor. Não para tentar fazer do aluno um gramático, mas, para como cientista, ser capaz de entender e explicar o que se considera erro gramatical. DIALETOS E REGISTROS O professor deve atuar como um cientista e um artista. Ele não está ali na sala de aula apenas para repetir conhecimentos elaborados por outros, mas também para produzir ciência do ensino e transpor estes princípios teóricos para o contexto social e histórico dos aprendizes. O professor será um homem de ciência se dominar o aparato teórico de sua disciplina de ensino e um artista se tiver habilidades capazes de seduzir o aluno para querer aprender o que ele quer ensinar. Será um artista e um cientista o professor que se mostrar um apaixonado pelos conteúdos que ministra, que sentir prazer em ensinar e que tem consciência de que é permanentemente educador: mostra e ensina posicionamentos, desperta subjetividades. Tudo isso com muito senso de humor, não para ironizar os alunos, mas para criar um clima de alegria na sala de aula. Ter humor é saber rir de si mesmo, ter autocrítica, saber transformar o erro casual do aluno em motivo de riso

10 2 9 8 para o aprendizado sem medo. O professor tem de estar ciente de que ele é sempre modelo de alguma situação para o aluno. Assim como o texto literário funciona como um modelo de resolução de conflitos humanos, o professor no seu trabalho de ensino é para o aluno um modelo de ser humano para o aluno, diferente dos modelos a que ele se habitua na vida familiar. O ponto de partida do ensino de língua materna deve ser a percepção de que a língua varia de acordo com os usuários e de acordo com os usos. De acordo com Bowen (apud SOARES, 1972), existem dois tipos de variedades lingüísticas: os dialetos e os registros. Dialetos: Variedades que dependem dos usuários da língua. Registros: Variedades que dependem dos usos, dos interlocutores do discurso e da mensagem. Os dialetos podem ser considerados em seis dimensões: regional, social, de idade, sexo, geração e função. Já os registros classificam-se em três dimensões: o modo (língua oral e língua escrita), o grau de formalismo que varia numa escala de cinco graus básicos e a sintonia, isto é, o grau de status social dos interlocutores, o grau de cortesia entre eles, a tecnicidade da mensagem e a norma. Vejamos, então, o seguinte quadro: Língua Oral Oratório Formal ou deliberativo Coloquial Casual Familiar Língua Escrita Hiperformal Formal Semiformal Informal Pessoal

11 Registros: oratório e hiperformal: grau extremo de formalismo: Como exemplos de registro oratório temos os chamados discursos de tribuna, proferidos por oradores em sessões de tribunais, parlamentos, igrejas, com predomínio das funções conativa, referencial e emotiva da linguagem. É a busca da persuasão, do convencimento e da exortação. O registro hiperformal predomina em certas mensagens literárias que se preocupam com a elaboração da mensagem no que ela pode mostrar de elementos lingüísticos não comuns ao dia-a-dia dos usuários: os textos de Rui Barbosa, Coelho Neto, a Carta às Icamiabas, em Macunaíma, são exemplos do uso desse registro. 2. Registros deliberativo e formal: linguagem bem cuidada de acordo com a norma culta: a linguagem dos jornais de grande circulação no país, os textos científicos e didáticos das teses, livros didáticos e artigos de grandes revistas servem de exemplo. 3. Registros coloquial e semiformal: uso de construções gramaticais mais soltas (predominância da coordenação), repetições freqüentesc e frases mais curtas. É a linguagem dos diálogos descontraídos, das reportagens de rádio e televisão etc. 4. Registros casual e informal: é a linguagem de grupos (gírias próprias, termos especiais, liberdade de repertório e de sintaxe. Na escrita, a correspondência familiar é o campo próprio desse registro. 5. Registros íntimo e pessoal: maneira pessoal de se usar a linguagem na vida familiar e particular, com o mínimo de formalidade. GRAMÁTICA E VARIAÇÃO LINGÜÍSTICA Uma das causas do fracasso escolar tem sido a incompetência da escola para ensinar, de forma eficiente, a variedade considerada padrão da língua para a grande maioria dos alunos.

12 3 0 0 Tem-se constatado que crianças provenientes de classes sociais menos favorecidas socialmente têm encontrado sérias dificuldades para a aquisição do domínio da variedade de prestígio da língua. Muitas explicações têm sido dadas para esse fato. Entre elas, destacam-se duas: a) uma diz que a criança de classe menos favorecida tem deficiência lingüística, aprendeu menos língua, é limitada culturalmente: é a chamada Teoria do Déficit Lingüístico; e b) a outra afirma que a criança de classe social desfavorecida domina uma língua diferente daquela de domínio da criança privilegiada socialmente, mas que essa variedade de língua é um sistema lingüístico perfeitamente estruturado tanto quanto o da variedade lingüística prestigiada pela sociedade e pela escola. As crianças de classes sociais desfavorecidas não apresentam nenhuma deficiência de ordem cognitiva, são capazes de aprender tudo o que a escola se dispõe a ensinar-lhes, apenas falam uma variedade de língua diferente daquela prestigiada pela escola. Então, o desafio que se apresenta ao ensino é o de habilitar essas crianças no domínio da variedade-padrão da língua. Para tanto, voltamos mais uma vez à recomendação de Lemle (1978, p. 62 ) quando diz que a missão do professor não é a de fazer com que os educandos abandonem o uso de sua gramática errada, para o substituírem pela gramática certa, mas sim a de auxiliá-los na aquisição de competência no uso das formas lingüísticas da norma socialmente prestigiada, como se fosse uma segunda língua, a título de acréscimo aos usos lingüísticos regionais e coloquiais que já dominam. Cabe ao professor agir com clarividência diante do fenômeno da variedade dialetal, se quiser ensinar com eficiência a variedade lingüística prestigiada socialmente a todos os seus alunos.

13 3 0 1 Aprender uma língua significa apropriar-se das suas possibilidades de usos. Isso significa dizer que podemos ser poliglotas na própria língua, tais são as possibilidades de variação que a língua oferece aos seus usuários. Para pedir um cafezinho, alguém poderá dizer: (1) Por obséquio, sirva- me uma chávena da preciosa rubiácea. (2) Por favor, sirva-me uma xícara de café. (3) Me dá uma chicrinha de café, aí cara. É uma questão de Norma, isto é, de adequação ao contexto, ao momento da fala e de sintonia com a pessoa com quem se fala. A máxima: Não deixe para amanhã o que pode ser feito hoje, poderá ser dita das seguintes maneiras: (4) Não procrastines o que é de feitura hodierna. (5) Não adies o que deve ser feito agora. (6) Não empurres com a barriga. As frases de (1) e(4) estão num registro rebuscado, hiperformal, e podem, de acordo com as circunstâncias, ser consideradas totalmente inadequadas e mostrar apenas exibicionismo gramatical. Dessa forma, (3) e (6) são frases ditas em um registro bastante informal, sem maiores preocupações com a elegância da construção lingüística. As frases contidas em (2) e (5) estão em um registro formal, a chamada norma culta que é o padrão de expressão privilegiado socialmente e que a escola se esforça por ensinar aos seus alunos em todos os graus do ensino. O ideal é que nós todos nos apropriemos dos diferentes usos da língua, tornando-nos capazes de dialogar com todas as pessoas cultas e incultas que, de uma forma ou de outra, constituem a comunidade de língua portuguesa. Se isso for difícil, esforcemo-nos por dominar

14 3 0 2 bem a norma considerada culta, porque é com ela que vamos poder exercer de forma adequada a nossa cidadania e a nossa profissão, com a eficiência que a sociedade exige. Nós aprendemos uma língua ou tantas outras quantas desejarmos, exatamente porque temos a faculdade da linguagem. Linguagem é processo, é a capacidade que temos de criar símbolos; língua é produto do exercício da linguagem. CONSIDERAÇÕES FINAIS O princípio norteador de um ensino eficiente de língua portuguesa deve ser o fato de que não é propriamente ensinar o que deve fazer, mas ampliar as habilidades lingüísticas que a criança já tem quando vem para a escola. Aliás, poder-se-ia até mudar o nome da disciplina de estudo: em vez de ensino de português, o melhor seria aprimoramento das habilidades de linguagem. Ensina-se o que não se sabe. Aprimora-se o que já se sabe um pouco. Mais ainda: o ponto de partida deve ser sempre as habilidades que a criança já tem. Aqui a teoria lingüística tem muito a oferecer. É nela que o professor deverá buscar apoio para um trabalho produtivo e mais eficiente. A escola deve criar condições para o aluno chegar ao domínio da língua por conta própria. Isso significa dizer que nela se deve praticar de fato a linguagem. Em verdade, o que deve acontecer no ensino é a percepção, pelo aluno, de que a língua existe também para ele, para satisfazer sua necessidade de expressão, de ação sobre o outro e sobre o mundo. É no diálogo que a significação se faz. O significado está no léxico, mas a significação vai existir no momento em que se dialoga com o outro. Muitos professores de português estão preocupados ainda com um ensino a respeito da língua. Eles concentram todo o seu trabalho na gramática normativa, pressupondo que é o domínio sobre ela que vai

15 3 0 3 levar o aluno à produção e entendimento de textos, quando, na verdade, não o é. O ensino gramatical deve estar a serviço da produção e reconhecimento do texto. Se se deseja que os alunos ampliem a sua habilidade de produzir textos orais ou escritos que manifestem a sua subjetividade, o seu posicionamento diante do outro, necessário se faz direcionar o ensino para esse fim, e, sobretudo, que o professor seja também um eficiente produtor e leitor de textos. REFERÊNCIAS CAMACHO, R. G. Conflito entre norma e diversidade dialetal no ensino de língua portuguesa Tese (Doutorado em Lingüística) Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Araraquara. ECO, U. Pós-escrito a O nome da Rosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, HALLIDAY, M.A.K. et al. As ciências lingüísticas e o ensino de línguas. Tradução de Miriam Freire Morau. Petrópolis: Vozes, JAKOBSON, R. Lingüística e comunicação. 4. ed. São Paulo: Cultrix, LEMLE, M. Heterogeneidade dialetal: um apelo à pesquisa. Revista Tempo Brasileiro. Rio: Tempo Brasileiro, SOARES, M. (Org.). Didática de português. Belo Horizonte: Opus, ZILBERMAN, R. (Org.). Leitura em crise na escola: as alternativas do professor. 5. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1983.

A ORALIDADE E O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

A ORALIDADE E O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES A ORALIDADE E O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Maria de Fátima de Souza Aquino (UEPB) 1. Introdução Nas últimas décadas os estudos sobre a oralidade têm avançado significativamente,

Leia mais

O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NA VISÃO DOS (AS) MESTRANDOS (AS) DO PROFLETRAS/CH/UEPB

O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NA VISÃO DOS (AS) MESTRANDOS (AS) DO PROFLETRAS/CH/UEPB O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NA VISÃO DOS (AS) MESTRANDOS (AS) DO PROFLETRAS/CH/UEPB Carlos Valmir do Nascimento (Mestrando Profletras/CH/UEPB) E-mail: Valmir.access@hotmail.com Orientador: Prof. Dr.

Leia mais

A SOCIOLINGUÍSTICA E O ENSINO DE LINGUA PORTUGUESA: UMA PROPOSTA BASEADA NOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS

A SOCIOLINGUÍSTICA E O ENSINO DE LINGUA PORTUGUESA: UMA PROPOSTA BASEADA NOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS A SOCIOLINGUÍSTICA E O ENSINO DE LINGUA PORTUGUESA: UMA PROPOSTA BASEADA NOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS Fabiana Gonçalves de Lima Universidade Federal da Paraíba fabianalima1304@gmail.com INTRODUÇÃO

Leia mais

Quando dividimos uma oração em partes para estudar as diferentes funções que as palavras podem desempenhar na oração e entre as orações de um texto, e

Quando dividimos uma oração em partes para estudar as diferentes funções que as palavras podem desempenhar na oração e entre as orações de um texto, e MORFOSSINTAXE Quando analisamos a que classe gramatical pertencem as palavras de determinada frase, estamos realizando sua análise morfológica. A morfologia é a parte da gramática que estuda a classificação,

Leia mais

SEMANA DO ESPANHOL DE VERDADE MATERIAL DE APOIO AULA 2

SEMANA DO ESPANHOL DE VERDADE MATERIAL DE APOIO AULA 2 SEMANA DO ESPANHOL DE VERDADE MATERIAL DE APOIO AULA 2 O que você vai encontrar neste material? Hola! Neste material complementar da Aula 2 da Semana do Espanhol de Verdade eu vou te mostrar : Revisão

Leia mais

Letras Língua Francesa

Letras Língua Francesa Letras Língua Francesa 1º Semestre de Língua Francesa I Disciplina: Estudos Linguísticos I Ementa: Estudos e análises da diversidade textual, das correntes da linguística teórica e aplicada com ênfase

Leia mais

VI Seminário de Iniciação Científica SóLetras ISSN METODOLOGIA DE ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA POR DIANE LARSEN FREEMAN

VI Seminário de Iniciação Científica SóLetras ISSN METODOLOGIA DE ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA POR DIANE LARSEN FREEMAN METODOLOGIA DE ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA POR DIANE LARSEN FREEMAN Beatriz Ferrari Crivari (G UENP/campus Jac) beatrizfcrivari@uol.com.br Caroline Arlindo (G UENP/campus Jac.) carolarlindo@hotmail.com

Leia mais

Repensando o Ensino do Português nas Universidades. Prof. Oscar Tadeu de Assunção

Repensando o Ensino do Português nas Universidades. Prof. Oscar Tadeu de Assunção Repensando o Ensino do Português nas Universidades Prof. Oscar Tadeu de Assunção Resumo: O objetivo deste artigo é refletir sobre o uso de textos literários e não literários, na universidade, no ensino-aprendizagem

Leia mais

TEORIA DA LINGUAGEM Prof ª Giovana Uggioni Silveira

TEORIA DA LINGUAGEM Prof ª Giovana Uggioni Silveira TEORIA DA LINGUAGEM Prof ª Giovana Uggioni Silveira COMUNICAÇÃO LINGUAGEM LÍNGUA FALA ESCRITA DISCURSO Forma de linguagem escrita (texto) ou falada (conversação no seu contexto social, político ou cultural).

Leia mais

ENSINO DE GRAMÁTICA: A PRÁXIS DO PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

ENSINO DE GRAMÁTICA: A PRÁXIS DO PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA NA EDUCAÇÃO BÁSICA ENSINO DE GRAMÁTICA: A PRÁXIS DO PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA NA EDUCAÇÃO BÁSICA Sueilton Junior Braz de Lima Graduando da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) Josefa Lidianne de Paiva

Leia mais

ENSINO DE LÍNGUA MATERNA: ABORDAGENS DA PROBLEMÁTICA ATUAL

ENSINO DE LÍNGUA MATERNA: ABORDAGENS DA PROBLEMÁTICA ATUAL ENSINO DE LÍNGUA MATERNA: ABORDAGENS DA PROBLEMÁTICA ATUAL Autora: DINIZ, Ana Maria C. Almeida Universidade Estadual da Paraíba UEPB e-mail: ana_diniz_4@hotmail.com 1 RESUMO O presente artigo objetiva

Leia mais

POR QUE ENSINAR GRAMÁTICA

POR QUE ENSINAR GRAMÁTICA POR QUE ENSINAR GRAMÁTICA José Fernandes Vilela (UFMG) Quando se indaga por que ensinar teoria gramatical, está-se, na verdade, indagando para que ensiná-la. Ou seja, estão-se buscando, em linguagem pedagógica,

Leia mais

A Didáctica das Línguas. Síntese do Ponto 1. Língua Portuguesa e Tecnologias de Informação e Comunicação. Docente: Prof.

A Didáctica das Línguas. Síntese do Ponto 1. Língua Portuguesa e Tecnologias de Informação e Comunicação. Docente: Prof. A Didáctica das Línguas Síntese do Ponto 1 Língua Portuguesa e Tecnologias de Informação e Comunicação Docente: Prof. Helena Camacho Teresa Cardim Nº 070142074 Raquel Mendes Nº 070142032 Setúbal, Abril

Leia mais

CONTEÚDO ESPECÍFICO DA PROVA DA ÁREA DE LETRAS GERAL PORTARIA Nº 258, DE 2 DE JUNHO DE 2014

CONTEÚDO ESPECÍFICO DA PROVA DA ÁREA DE LETRAS GERAL PORTARIA Nº 258, DE 2 DE JUNHO DE 2014 CONTEÚDO ESPECÍFICO DA PROVA DA ÁREA DE LETRAS GERAL PORTARIA Nº 258, DE 2 DE JUNHO DE 2014 O Presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no uso de suas

Leia mais

SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO

SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO Curso: Letras - Língua Portuguesa Campus: Nova Iguaçu SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO Missão Formar profissionais conscientes sobre o papel da linguagem na constituição do homem e da sociedade. Tal reflexão

Leia mais

Plano de ensino: CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Plano de ensino: CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA Plano de ensino: CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA Título Contextualização Ementa Objetivos gerais CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA A língua portuguesa,

Leia mais

Linguagem Coloquial e Culta. Prof.: Michele Nasu Tomiyama Bucci

Linguagem Coloquial e Culta. Prof.: Michele Nasu Tomiyama Bucci Linguagem Coloquial e Culta Prof.: Michele Nasu Tomiyama Bucci Introdução Os critérios que determinam a norma (padrões de uso)de uma língua se estabelecem ao longo do tempo principalmente pela ação da

Leia mais

TRABALHO COM OS GÊNEROS / ENSINO DA LÍNGUA PADRÃO

TRABALHO COM OS GÊNEROS / ENSINO DA LÍNGUA PADRÃO TRABALHO COM OS GÊNEROS / ENSINO DA LÍNGUA PADRÃO META Problematizar o trabalho com gêneros nas aulas de língua materna, diante do desafi o de apresentar aos alunos a variante padrão, conforme descrita

Leia mais

Gilmara Teixeira Costa Professora da Educação Básica- Barra de São Miguel/PB )

Gilmara Teixeira Costa Professora da Educação Básica- Barra de São Miguel/PB ) GT 4 LINGUAGENS, LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO. Gilmara Teixeira Costa (gilmara-teixeira-01@hotmail.com/ Professora da Educação Básica- Barra de São Miguel/PB ) Juliana Maria Soares dos Santos (PPGFP UEPB)¹

Leia mais

O FLUIDO E O IMAGINÁRIO: OS (DES)LIMITES DA LÍNGUA NO CONTEXTO ESCOLAR

O FLUIDO E O IMAGINÁRIO: OS (DES)LIMITES DA LÍNGUA NO CONTEXTO ESCOLAR 1 O FLUIDO E O IMAGINÁRIO: OS (DES)LIMITES DA LÍNGUA NO CONTEXTO ESCOLAR Educação, Linguagem e Memória Rairy de Carvalho Gomes 1 (rairydecarvalho@gmail.com) Introdução Ao identificar e apontar possíveis

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS. Patrícia Cugler 1 Nathalia Azevedo 2, Lucas Alencar, Margareth Mara 4

A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS. Patrícia Cugler 1 Nathalia Azevedo 2, Lucas Alencar, Margareth Mara 4 A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS Patrícia Cugler 1 Nathalia Azevedo 2, Lucas Alencar, Margareth Mara 4 1 IFRJ/Licenciando, patriciacugler@gmail.com 2 IFRJ/Licenciando,

Leia mais

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NA SALA DE AULA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAS NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NA SALA DE AULA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAS NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NA SALA DE AULA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAS NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA Ana Paula de Souza Fernandes Universidade Estadual da Paraíba. E-mail: Aplins-@hotmail.com Beatriz Viera de

Leia mais

COMUNICAÇÃO APLICADA MÓDULO 4

COMUNICAÇÃO APLICADA MÓDULO 4 COMUNICAÇÃO APLICADA MÓDULO 4 Índice 1. Significado...3 1.1. Contexto... 3 1.2. Intertextualidade... 3 1.2.1. Tipos de intertextualidade... 3 1.3. Sentido... 4 1.4. Tipos de Significado... 4 1.4.1. Significado

Leia mais

O ENSINO-APRENDIZAGEM DA LÍNGUA

O ENSINO-APRENDIZAGEM DA LÍNGUA O ENSINO-APRENDIZAGEM DA LÍNGUA LEILANE C. DA SILVA ALVES 1 PATRÍCIA B. RADAELLI DE OLIVEIRA 2 INTRODUÇÃO: Este artigo é o resultado de uma pesquisa realizada no 5º período do curso de pedagogia, que teve

Leia mais

Informações do PPC que constarão na página eletrônica do Curso

Informações do PPC que constarão na página eletrônica do Curso Informações do PPC que constarão na página eletrônica do Curso CURSO: LETRAS - LICENCIATURA PORTUGUÊS E INGLÊS MISSÃO O curso de Licenciatura em Português e Inglês da UNESA tem como fulcro a formação de

Leia mais

CRENÇAS QUE ALUNOS DE LETRAS PORTUGUÊS/INGLÊS MANIFESTAM A RESPEITO DO PAPEL DA GRAMÁTICA NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

CRENÇAS QUE ALUNOS DE LETRAS PORTUGUÊS/INGLÊS MANIFESTAM A RESPEITO DO PAPEL DA GRAMÁTICA NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA CRENÇAS QUE ALUNOS DE LETRAS PORTUGUÊS/INGLÊS MANIFESTAM A RESPEITO DO PAPEL DA GRAMÁTICA NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA Maria Avelino de Araujo (BIC/ARAUCÁRIA), Letícia Fraga (Orientadora), e- mail: leticiafraga@gmail.com

Leia mais

aprendizagem significativa

aprendizagem significativa aprendizagem significativa Criando percepções e sentidos Construindo sentidos Como a aprendizagem significativa pode contribuir para o processo de ensino e assimilação de novos conceitos H á alguns anos,

Leia mais

ENSINANDO UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA PARA ALUNOS SURDOS: SABERES E PRÁTICAS

ENSINANDO UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA PARA ALUNOS SURDOS: SABERES E PRÁTICAS 1 ENSINANDO UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA PARA ALUNOS SURDOS: SABERES E PRÁTICAS Resumo Karina Ávila Pereira Universidade Federal de Pelotas Este artigo refere se a um recorte de uma tese de Doutorado em Educação

Leia mais

Dinâmica. Tudo sobre mim

Dinâmica. Tudo sobre mim Dinâmica Tudo sobre mim - Dinâmica para 1º dia de aula Para realizar essa dinâmica de apresentação para o primeiro dia de aula o professor deve reunir todos os alunos ou participantes num circulo, o movimento

Leia mais

CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE AVALIAÇÃO DE PORTUGUÊS ANO LETIVO 2017/18

CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE AVALIAÇÃO DE PORTUGUÊS ANO LETIVO 2017/18 CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE AVALIAÇÃO DE PORTUGUÊS ANO LETIVO 2017/18 Formação pessoal e social Gramática Escrita Leitura / Educação Literária Oralidade ENSINO BÁSICO 5º ANO Domínios Objetivos e Descritores

Leia mais

A ORALIDADE NA CONSTRUÇÃO DA ESCRITA

A ORALIDADE NA CONSTRUÇÃO DA ESCRITA A ORALIDADE NA CONSTRUÇÃO DA ESCRITA Daiane de Abreu Ribeiro Jeane Silva Freire Jucilene Aparecida Ribeiro da Silva Procópio Daiane de Abreu Ribeiro Faculdade Sumaré Ex-aluna de Pós-Graduação Jeane Silva

Leia mais

Agrupamento de Escolas Gil Vicente Guimarães

Agrupamento de Escolas Gil Vicente Guimarães Agrupamento de Escolas Gil Vicente Guimarães CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE AVALIAÇÃO Ano letivo 2017/2018 Português Língua Não Materna - 1º e 2.º ciclos Os alunos de Português Língua Não Materna que se encontram

Leia mais

PROJETO DE LÍNGUA PORTUGUESA

PROJETO DE LÍNGUA PORTUGUESA ASSOCIAÇÃO ESCOLA 31 DE JANEIRO 2012/13 PROJETO DE LÍNGUA PORTUGUESA TRANSVERSALIDADE NA CORREÇÃO DA ESCRITA E DA EXPRESSÃO ORAL DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS E CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS INTRODUÇÃO A língua

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DAS SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS PARA O ENSINO DE GÊNEROS

A IMPORTÂNCIA DAS SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS PARA O ENSINO DE GÊNEROS A IMPORTÂNCIA DAS SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS PARA O ENSINO DE GÊNEROS Autora: Maria Karolina Regis da Silva Universidade Federal da Paraíba UFPB karolina0715@hotmail.com Resumo: A ideia de apresentar diversos

Leia mais

Currículo das Áreas Disciplinares/Critérios de Avaliação 7º Ano Disciplina: Português Metas Curriculares: Domínios/Objetivos / Descritores

Currículo das Áreas Disciplinares/Critérios de Avaliação 7º Ano Disciplina: Português Metas Curriculares: Domínios/Objetivos / Descritores Currículo das Áreas Disciplinares/Critérios de Avaliação 7º Ano Disciplina: Português Metas Curriculares: Domínios/Objetivos / Descritores Conteúdos Programáticos Critérios de Avaliação Instrumentos de

Leia mais

LER E ESCREVER SÃO COISAS DE CRIANÇAS?

LER E ESCREVER SÃO COISAS DE CRIANÇAS? LER E ESCREVER SÃO COISAS DE CRIANÇAS? II Encontro Orientadores de Estudo PNAIC A criança no ciclo de alfabetização Mônica Correia Baptista monicacb.ufmg@gmail.com Professora Departamento de Administração

Leia mais

Como Aprender Inglês: O Guia Prático

Como Aprender Inglês: O Guia Prático Como Aprender Inglês: O Guia Prático Elaboramos um sistema passo-a-passo para você aprender inglês de maneira mais simples e efetiva! Lucas Campos Introdução Ao Guia...3 Passo 1 As 4 Habilidades...4 Passo

Leia mais

ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA DAS CRIANÇAS NOS ANOS INICIAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL: A IMPORTÂNCIA DA ARGUMENTAÇÃO

ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA DAS CRIANÇAS NOS ANOS INICIAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL: A IMPORTÂNCIA DA ARGUMENTAÇÃO ISSN 2177-9139 ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA DAS CRIANÇAS NOS ANOS INICIAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL: A IMPORTÂNCIA DA ARGUMENTAÇÃO Paola Reyer Marques paolareyer@gmail.com Universidade Federal do Rio Grande,

Leia mais

Plano de Trabalho Docente 2011

Plano de Trabalho Docente 2011 Plano de Trabalho Docente 2011 Ensino Técnico ETEC SANTA ISABEL Código: 219 Município: Santa Isabel Área Profissional: Informação e Comunicação Habilitação Profissional: Técnico em Informática para Internet

Leia mais

Agrupamento de Escolas de Sande Ano Letivo 2017/2018. Perfil de Aprendizagens Específicas Inglês 1º ciclo

Agrupamento de Escolas de Sande Ano Letivo 2017/2018. Perfil de Aprendizagens Específicas Inglês 1º ciclo Agrupamento de Escolas de Sande Ano Letivo 2017/2018 Perfil de Aprendizagens Específicas Inglês 1º ciclo (ponto 2, artigo 7º, despacho normativo nº1- F/2016) Em final de ano letivo o/a aluno/a será capaz

Leia mais

A BNCC e sua implantação. José Francisco Soares Conselho Nacional de Educação (CNE)

A BNCC e sua implantação. José Francisco Soares Conselho Nacional de Educação (CNE) A BNCC e sua implantação José Francisco Soares Conselho Nacional de Educação (CNE) EDUCAÇÃO Educação é um processo intencional e organizado de aquisição de conhecimentos e de habilidades, de incorporação

Leia mais

DELL ISOLA, Regina Lúcia Péret. Aula de português: parâmetros e perspectivas. Belo Horizonte: FALE/ Faculdade de Letras da UFMG, 2013.

DELL ISOLA, Regina Lúcia Péret. Aula de português: parâmetros e perspectivas. Belo Horizonte: FALE/ Faculdade de Letras da UFMG, 2013. 189 RESENHA DELL ISOLA, Regina Lúcia Péret. Aula de português: parâmetros e perspectivas. Belo Horizonte: FALE/ Faculdade de Letras da UFMG, 2013. Palavras-chave: Linguística textual; Língua Portuguesa;

Leia mais

INFORMAÇÃO - PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA DE INGLÊS ANO LETIVO 2018/2019

INFORMAÇÃO - PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA DE INGLÊS ANO LETIVO 2018/2019 INFORMAÇÃO - PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA DE INGLÊS ANO LETIVO 2018/2019 CÓDIGO DA PROVA: 21 MODALIDADE DA PROVA: ESCRITA E ORAL DURAÇÃO DA PROVA: 90 minutos + 15 minutos OBJETO DE AVALIAÇÃO Prova

Leia mais

Técnico Integrado em Controle Ambiental SÉRIE:

Técnico Integrado em Controle Ambiental SÉRIE: PLANO DA DISCIPLINA COMPONENTE CURRICULAR: Língua Portuguesa e Literatura Brasileira CURSO: Técnico Integrado em Controle Ambiental SÉRIE: 2º Ano CARGA HORÁRIA: 100 h.r. EMENTA Aspectos morfológicos e

Leia mais

Língua Falada e Língua Escrita

Língua Falada e Língua Escrita Língua Falada e Língua Escrita Língua Falada é a linguagem que usamos para nos comunicar, pronunciada pela boca, muitas vezes de modo informal, sem muitas regras e com algumas gírias; muito diferente da

Leia mais

HÁ PRECONCEITO LINGUÍSTICO EM SEU ENTORNO SOCIAL?

HÁ PRECONCEITO LINGUÍSTICO EM SEU ENTORNO SOCIAL? HÁ PRECONCEITO LINGUÍSTICO EM SEU ENTORNO SOCIAL? Elaine Helena Nascimento dos Santos 1 Luiz Carlos Carvalho de Castro² Instituto Federal de Pernambuco³ Resumo Este trabalho tem a finalidade de abordar

Leia mais

APRENDER E ENSINAR: O ESTÁGIO DE DOCÊNCIA NA GRADUAÇÃO Leise Cristina Bianchini Claudiane Aparecida Erram Elaine Vieira Pinheiro

APRENDER E ENSINAR: O ESTÁGIO DE DOCÊNCIA NA GRADUAÇÃO Leise Cristina Bianchini Claudiane Aparecida Erram Elaine Vieira Pinheiro APRENDER E ENSINAR: O ESTÁGIO DE DOCÊNCIA NA GRADUAÇÃO Leise Cristina Bianchini Claudiane Aparecida Erram Elaine Vieira Pinheiro Resumo Neste texto, discute-se o estágio em docência desenvolvido em cursos

Leia mais

Apresentação Conceitos básicos Gramática, variação e normas Saberes gramaticais na escola... 31

Apresentação Conceitos básicos Gramática, variação e normas Saberes gramaticais na escola... 31 Sumário Apresentação... 9 Conceitos básicos... 11 Gramática, variação e normas... 13 Dinah Callou A propósito de gramática e norma... 15 O ensino e a constituição de normas no Brasil... 21 A propósito

Leia mais

A DIVERSIDADE LINGUÍSTICA NA PRÁTICA: TRABALHANDO COM PEÇAS TEATRAIS

A DIVERSIDADE LINGUÍSTICA NA PRÁTICA: TRABALHANDO COM PEÇAS TEATRAIS A DIVERSIDADE LINGUÍSTICA NA PRÁTICA: TRABALHANDO COM PEÇAS TEATRAIS Ivoneide Aires Alves do Rego Profª Supervisora PIBID/LETRAS ESPANHOL/CAMEAM/UERN ivoneiderego@hotmail.com IDENTIFICAÇÃO ESCOLA ESTADUAL

Leia mais

Oralidade e Aquisição da Linguagem Escrita

Oralidade e Aquisição da Linguagem Escrita Grupo Temático 02: Pesquisas e Práticas Pedagógicas Oralidade e Aquisição da Linguagem Escrita Malu Alves de Souza 1 UNIFEG - (Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé) RESUMO A literatura

Leia mais

GT 4 - LETRAMENTO E LITERATURA INFANTIL REFLEXÃO DA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: UM CARTILHA

GT 4 - LETRAMENTO E LITERATURA INFANTIL REFLEXÃO DA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: UM CARTILHA GT 4 - LETRAMENTO E LITERATURA INFANTIL REFLEXÃO DA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: UM ESTUDO DA CARTILHA Jaqueline dos Santos Nascimento Universidade Federal de Sergipe jsn.jaque@hotmail.com RESUMO: A alfabetização

Leia mais

PÔSTER/BANNER - ANÁLISE LINGUÍSTICA: UM NOVO OLHAR, UM OUTRO OBJETO. HÁ PRECONCEITO LINGUÍSTICO EM SEU ENTORNO SOCIAL?

PÔSTER/BANNER - ANÁLISE LINGUÍSTICA: UM NOVO OLHAR, UM OUTRO OBJETO. HÁ PRECONCEITO LINGUÍSTICO EM SEU ENTORNO SOCIAL? PÔSTER/BANNER - ANÁLISE LINGUÍSTICA: UM NOVO OLHAR, UM OUTRO OBJETO. HÁ PRECONCEITO LINGUÍSTICO EM SEU ENTORNO SOCIAL? ELAINE HELENA NASCIMENTO DOS SANTOS O objetivo deste trabalho é discutir sobre o preconceito

Leia mais

REFLEXÕES INICIAIS SOBRE LETRAMENTO

REFLEXÕES INICIAIS SOBRE LETRAMENTO REFLEXÕES INICIAIS SOBRE LETRAMENTO Jéssica Caroline Soares Coelho 1 Elson M. da Silva 2 1 Graduanda em Pedagogia pela UEG- Campus Anápolis de CSEH 2 Doutor em Educação e docente da UEG Introdução O objetivo

Leia mais

Língua, Linguagem e Variação

Língua, Linguagem e Variação Língua, Linguagem e Variação André Padilha Gramática Normativa O que é Língua? Definição Língua é um sistema de representação constituído po signos linguísticos socialmente construídos que são organizados

Leia mais

Programa de Português 2º Ano

Programa de Português 2º Ano Programa de Português 2º Ano Introdução Reconhece-se a Língua Materna como o elemento mediador que permite a nossa identificação, a comunicação com os outros e a descoberta e compreensão do mundo que nos

Leia mais

A SINTAXE NO LIVRO DIDÁTICO DE PORTUGUÊS ANÁLISE E DEBATE: UM DIÁLOGO COM O ENSINO

A SINTAXE NO LIVRO DIDÁTICO DE PORTUGUÊS ANÁLISE E DEBATE: UM DIÁLOGO COM O ENSINO A SINTAXE NO LIVRO DIDÁTICO DE PORTUGUÊS ANÁLISE E DEBATE: UM DIÁLOGO COM O ENSINO Pâmela da SILVA; Michaela Andréa Bette CAMARA, Vânia Carmem LIMA. Universidade Federal de Goiás UFG Campus Jataí CAJ.

Leia mais

Agrupamento de Escolas de São Pedro do Sul Escola sede Escola Secundária de S. Pedro do Sul

Agrupamento de Escolas de São Pedro do Sul Escola sede Escola Secundária de S. Pedro do Sul Agrupamento de Escolas de São Pedro do Sul Escola sede Escola Secundária de S. Pedro do Sul CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: PORTUGUÊS LÍNGUA NÃO MATERNA 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO 1. Enquadramento legal da avaliação

Leia mais

Competências e habilidades relativas à Situação de Aprendizagem

Competências e habilidades relativas à Situação de Aprendizagem O que são seqüências didáticas? As seqüências didáticas são um conjunto de atividades ligadas entre si, planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa. Organizadas de acordo com os objetivos que

Leia mais

Alfabetização/ Letramento Codificação, decodificação, interpretação e aplicação

Alfabetização/ Letramento Codificação, decodificação, interpretação e aplicação Alfabetização/ Letramento Codificação, decodificação, interpretação e aplicação ALFABETIZAÇÃO E/OU LETRAMENTO? Dissociação entre o aprender a escrever e o usar a escrita Expressão letramento. E o que aconteceu

Leia mais

A CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS NO PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM E DE INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO TEXTUAL

A CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS NO PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM E DE INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO TEXTUAL A CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS NO PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM E DE INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO TEXTUAL GONÇALVES, Raquel Pereira Universidade Estadual de Goiás, Câmpus de Iporá raquelpg.letras@gmail.com MOURA,

Leia mais

Contexto e tradução. Hatim & Mason

Contexto e tradução. Hatim & Mason Contexto e tradução Hatim & Mason ANÁLISE DE REGISTRO EM HATIM & MASON Modelo sistêmico funcional: uma teoria social da linguagem Para mim, uma teoria linguística funcional é aquela que procura explicar

Leia mais

O%USO%DA%INTERNET%COMO%FERRAMENTA%TECNOLÓGICA%NO% ENSINO%DE%LÍNGUAS%ESTRANGEIRAS:%O%PAPEL%DO%PROFESSOR% REFLEXIVO%%

O%USO%DA%INTERNET%COMO%FERRAMENTA%TECNOLÓGICA%NO% ENSINO%DE%LÍNGUAS%ESTRANGEIRAS:%O%PAPEL%DO%PROFESSOR% REFLEXIVO%% OUSODAINTERNETCOMOFERRAMENTATECNOLÓGICANO ENSINODELÍNGUASESTRANGEIRAS:OPAPELDOPROFESSOR REFLEXIVO USINGTHEINTERNETASATECHNOLOGICALTOOLINFOREIGN LANGUAGETEACHING:THEROLEOFAREFLEXIVETEACHER# CrislaineLourençoFranco

Leia mais

Instrumento. COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de Gêneros Textuais. Belo Horizonte: Autêntica, Mariângela Maia de Oliveira *

Instrumento. COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de Gêneros Textuais. Belo Horizonte: Autêntica, Mariângela Maia de Oliveira * Resenha Instrumento COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de Gêneros Textuais. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. Mariângela Maia de Oliveira * Tomando por base os novos conceitos subjacentes ao processo de

Leia mais

Metodologia de Ensino e Avaliação

Metodologia de Ensino e Avaliação Metodologia de Ensino e Avaliação Objetivo Oferecer informações e orientações, para que se conheça um pouco mais sobre a avaliação em larga escala de natureza externa. Conhecer as recomendações técnicas

Leia mais

As capacidades lingüísticas da alfabetização

As capacidades lingüísticas da alfabetização As capacidades lingüísticas da alfabetização A seção apresenta, na forma de verbetes, conceitos e concepções que são fundamentos da abordagem proposta. A seção apresenta os objetivos e a estrutura do texto

Leia mais

COMO SER UM PROFESSOR AUTÔNOMO? DA TEORIA À PRÁTICA, REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE ALEMÃO COMO LE

COMO SER UM PROFESSOR AUTÔNOMO? DA TEORIA À PRÁTICA, REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE ALEMÃO COMO LE COMO SER UM PROFESSOR AUTÔNOMO? DA TEORIA À PRÁTICA, REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE ALEMÃO COMO LE Vanessa Luana Schmitt (UNIOESTE)1 Elisangela Redel (Orientadora - UNIOESTE)2 Resumo: Com base na Atividade

Leia mais

Interpretar discursos orais com diferentes graus de formalidade e complexidade. Registar,

Interpretar discursos orais com diferentes graus de formalidade e complexidade. Registar, DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS PORTUGUÊS 8º ANO A Ano Letivo: 2012/2013 Introdução /Metas Consigna-se no Despacho n.º 5306/2012, de 18 de abril de 2012, que o desenvolvimento do ensino será orientado por Metas

Leia mais

1.CONCEITO DE LINGUAGEM 2.TIPOS DE LINGUAGEM 3.SIGNO 4.INTERTEXTUALIDADE 5.LÍNGUA 6.FALA

1.CONCEITO DE LINGUAGEM 2.TIPOS DE LINGUAGEM 3.SIGNO 4.INTERTEXTUALIDADE 5.LÍNGUA 6.FALA 1.CONCEITO DE LINGUAGEM 2.TIPOS DE LINGUAGEM 3.SIGNO 4.INTERTEXTUALIDADE 5.LÍNGUA 6.FALA 2 Variações Geográficas: está relacionada com o local em que é desenvolvida, por exemplo, as variações entre o português

Leia mais

ENSINO DE LÍNGUA E ANÁLISE LINGUÍSTICA: PRESCRUTANDO OS DOCUMENTOS OFICIAIS

ENSINO DE LÍNGUA E ANÁLISE LINGUÍSTICA: PRESCRUTANDO OS DOCUMENTOS OFICIAIS ENSINO DE LÍNGUA E ANÁLISE LINGUÍSTICA: PRESCRUTANDO OS DOCUMENTOS OFICIAIS Maria Eliane Gomes Morais (PPGFP-UEPB) lia_morais.jta@hotmail.com Linduarte Pereira Rodrigues (DLA/PPGFP-UEPB) linduarte.rodrigues@bol.com.br

Leia mais

PROFESSORES DE HISTÓRIA: FORMAÇÃO E ATUAÇÃO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORES DE HISTÓRIA: FORMAÇÃO E ATUAÇÃO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL PROFESSORES DE HISTÓRIA: FORMAÇÃO E ATUAÇÃO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL VILELA, J.V.; Resumo Este trabalho tem como objetivo demonstrar a contribuição da disciplina de história para formar

Leia mais

ANEXO I UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE UNIVILLE COLÉGIO DA UNIVILLE PLANEJAMENTO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

ANEXO I UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE UNIVILLE COLÉGIO DA UNIVILLE PLANEJAMENTO DE ENSINO E APRENDIZAGEM ANEXO I UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE UNIVILLE COLÉGIO DA UNIVILLE PLANEJAMENTO DE ENSINO E APRENDIZAGEM 1. Curso: Missão do Colégio: Promover o desenvolvimento do cidadão e, na sua ação educativa,

Leia mais

A coleção Português Linguagens e os gêneros discursivos nas propostas de produção textual

A coleção Português Linguagens e os gêneros discursivos nas propostas de produção textual A coleção Português Linguagens e os gêneros discursivos nas propostas de produção textual Marly de Fátima Monitor de Oliveira Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Unesp Araraquara e-mail:

Leia mais

Apresentação do método sintético

Apresentação do método sintético Maria Cristina Pereira Cotta e Angela Maria Rodrigues Marques Galvão O tempo passa e, em Educação, continuam as dúvidas quanto à escolha do método ideal para alfabetizar. Para acertar nessa escolha, a

Leia mais

Atena Cursos - Curso de Capacitação - AEE PROJETO DEFICIÊNCIA DA LEITURA NA APRENDIZAGEM INFANTIL

Atena Cursos - Curso de Capacitação - AEE PROJETO DEFICIÊNCIA DA LEITURA NA APRENDIZAGEM INFANTIL Atena Cursos - Curso de Capacitação - AEE PROJETO DEFICIÊNCIA DA LEITURA NA APRENDIZAGEM INFANTIL Aluna: Iara Escandiel Colussi Data: 12/06/2015 Introdução Este projeto apresenta algumas situações de dificuldade

Leia mais

6. PLANOS DE DISCIPLINAS

6. PLANOS DE DISCIPLINAS 6. PLANOS DE DISCIPLINAS DADOS DO COMPONENTE CURRICULAR Nome: Língua Portuguesa e Literatura Brasileira Curso: Técnico em Meio Ambiente Integrado ao Ensino Médio Série: 1 Ano Carga Horária: 100 h (120

Leia mais

TEXTO 2 EDUCAÇÃO DE QUALIDADE UM DIREITO SOCIAL

TEXTO 2 EDUCAÇÃO DE QUALIDADE UM DIREITO SOCIAL Curso Gestão para Educação de Qualidade 1 TEXTO 2 EDUCAÇÃO DE QUALIDADE UM DIREITO SOCIAL Sonia Balzano... a escola de qualidade é aquela que tem como valor fundamental a garantia dos direitos de aprendizagem

Leia mais

Letras Língua Inglesa

Letras Língua Inglesa Letras Língua Inglesa 1 semestre Núcleo de estudos interdisciplinares I 45h Ementa: Estuda os procedimentos envolvidos na realização de uma pesquisa cientifica. Desenvolve habilidade de produção de fichamento,

Leia mais

AULA 04. Profª DENISE VLASIC HOFFMANN,Jussara Avaliar respeitar primeiro, educar depois.

AULA 04. Profª DENISE VLASIC HOFFMANN,Jussara Avaliar respeitar primeiro, educar depois. AULA 04 Profª DENISE VLASIC HOFFMANN,Jussara Avaliar respeitar primeiro, educar depois. Jussara Hoffmann Avaliar respeitar primeiro, educar depois Interesse questões avaliativas As crianças permanecem

Leia mais

1. INTRODUÇÃO 2. CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO

1. INTRODUÇÃO 2. CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO 1/20 1. INTRODUÇÃO Os critérios de avaliação do 1.º CEB, aprovados pelo Conselho Pedagógico em 19 de outubro de 2016, serão, no decorrer do presente ano letivo, operacionalizados pelo Professor Titular

Leia mais

Letras Língua Inglesa

Letras Língua Inglesa Letras Língua Inglesa 1º Semestre Núcleo de Estudos Interdisciplinares I LE0136/ 45h Ementa: Estuda os procedimentos envolvidos na realização de uma pesquisa científica. Desenvolve a habilidade de produção

Leia mais

1. A comunicação e a argumentação em sala de aula

1. A comunicação e a argumentação em sala de aula COMUNICAÇÃO, ARGUMENTAÇÃO E A APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA NAS SÉRIES INICIAIS Profª Drª Regina Maria Pavanello Universidade Estadual de Maringá reginapavanello@hotmail.com Resumo: Os professores mostram,

Leia mais

Agrupamento de Escolas de Benavente

Agrupamento de Escolas de Benavente Atitudes Conhecimentos e Capacidades Grupo de Recrutamento: 210 - Português CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO- 2º Ciclo INSTRUMENTOS PESO Avaliação Testes escritos LEITURA E ESCRITA EDUCAÇÃO LITERÁRIA GRAMÁTICA Tarefas

Leia mais

Unidade 1 O que é o Celpe-Bras?

Unidade 1 O que é o Celpe-Bras? Unidade 1 O que é o Celpe-Bras? UNIDADE 1 1. O que é o Celpe-Bras? O Celpe-Bras é o Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros desenvolvido e outorgado pelo Ministério da Educação

Leia mais

GUIMARÃES, Cleusa Divina 1. Palavras-chave: Competência redacional, aperfeiçoamento, desenvolvimento, aprendizagem.

GUIMARÃES, Cleusa Divina 1. Palavras-chave: Competência redacional, aperfeiçoamento, desenvolvimento, aprendizagem. Produção de Textos Científicos e Técnicas de Comunicação. GUIMARÃES, Cleusa Divina 1 Palavras-chave: Competência redacional, aperfeiçoamento, desenvolvimento, aprendizagem. Introdução O Curso Produção

Leia mais

A língua portuguesa e o ensino gramatical

A língua portuguesa e o ensino gramatical PARTE I A língua portuguesa e o ensino gramatical O objetivo da primeira parte deste livro é levantar questionamentos e reflexões acerca do estudo da língua portuguesa no ensino superior, bem como orientar

Leia mais

Secretaria de Educação do Estado Prêmio Mestres da Educação Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio José Luiz Neto. Maria José Almeida Silva

Secretaria de Educação do Estado Prêmio Mestres da Educação Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio José Luiz Neto. Maria José Almeida Silva GOVERNO DA PARAÍBA Secretaria de Educação do Estado Prêmio Mestres da Educação Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio José Luiz Neto Maria José Almeida Silva Projeto Biblioteca Ambulante II: propiciando

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA PROGRAMA DE DISCIPLINA Professora: Antonise Coelho de Aquino Titulação: Mestrado Curso: Vitivinicultura e Enologia Período de Execução: 25 de maio a 26 de Turma: VE 11 outubro de 2017 Componente Curricular/Disciplina:

Leia mais

O TRABALHO DO PROFESSOR COMO AGENTE LETRADOR EM TURMAS DO 6 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

O TRABALHO DO PROFESSOR COMO AGENTE LETRADOR EM TURMAS DO 6 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL O TRABALHO DO PROFESSOR COMO AGENTE LETRADOR EM TURMAS DO 6 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Flávia Campos Cardozo (UFRRJ) Marli Hermenegilda Pereira (UFRRJ) Thatiana do Santos Nascimento Imenes (UFRRJ) RESUMO

Leia mais

ENSINO DE LÍNGUA MATERNA: POSSÍVEIS ABORDAGENS

ENSINO DE LÍNGUA MATERNA: POSSÍVEIS ABORDAGENS ENSINO DE LÍNGUA MATERNA: POSSÍVEIS ABORDAGENS Ana Paula de Souza Fernandes Universidade Estadual da Paraíba. E-mail: Aplins-@hotmail.com RESUMO: Diante do fracasso educacional que estamos vivenciando

Leia mais

AULA DE LITERATURA NAS ESCOLAS PÚBLICAS: UM DESAFIO A SER SUPERADO NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

AULA DE LITERATURA NAS ESCOLAS PÚBLICAS: UM DESAFIO A SER SUPERADO NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA AULA DE LITERATURA NAS ESCOLAS PÚBLICAS: UM DESAFIO A SER SUPERADO NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA Jobson Soares da Silva (UEPB) jobsonsoares@live.com Auricélia Fernandes de Brito (UEPB) auriceliafernandes@outlook.com

Leia mais

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA RESOLUÇÃO N.º 3.588, DE 04 DE SETEMBRO DE 2007

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA RESOLUÇÃO N.º 3.588, DE 04 DE SETEMBRO DE 2007 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA RESOLUÇÃO N.º 3.588, DE 04 DE SETEMBRO DE 2007 Homologa o Parecer nº 034/07-CEG, que aprova o Projeto Político

Leia mais

Currículo das Áreas Disciplinares/Critérios de Avaliação

Currículo das Áreas Disciplinares/Critérios de Avaliação Currículo das Áreas Disciplinares/Critérios de Avaliação Metas Curriculares: Domínios/Objetivos 6º Ano Disciplina: Português Conteúdos Programáticos Critérios de Avaliação Instrumentos de Avaliação Oralidade

Leia mais

BREVE REFLEXÃO SOBRE O ENSINO DA CONCORDÂNCIA VERBAL EM UM LIVRO DIDÁTICO

BREVE REFLEXÃO SOBRE O ENSINO DA CONCORDÂNCIA VERBAL EM UM LIVRO DIDÁTICO BREVE REFLEXÃO SOBRE O ENSINO DA CONCORDÂNCIA VERBAL EM UM LIVRO DIDÁTICO Levi Rosa de Campos 1 1 Universidade Federal de Minas Gerais / Profletras / Faculdade de Letras Resumo: O presente trabalho tem

Leia mais

PROBLEMAS E AULAS PRÁTICAS COMO RECURSOS PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA

PROBLEMAS E AULAS PRÁTICAS COMO RECURSOS PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA PROBLEMAS E AULAS PRÁTICAS COMO RECURSOS PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA Mauro Luiz da Silva é professor de matemática, especialista em Ensino Docente do 3 grau, docente do Colégio Arnaldo (Belo Horizonte

Leia mais

COMO MELHORAR O ENSINO DO PORTUGUÊS NA ESCOLA Vicente Martins

COMO MELHORAR O ENSINO DO PORTUGUÊS NA ESCOLA Vicente Martins COMO MELHORAR O ENSINO DO PORTUGUÊS NA ESCOLA Vicente Martins vicente.martins@uol.com.br No presente artigo, oferecemos uma proposta de quatro oficinas ou encontros pedagógicos para a melhoria do Ensino

Leia mais

Letras Língua Inglesa

Letras Língua Inglesa Letras Língua Inglesa 1 Semestre Língua inglesa Básico I LE0014, 90h Ementa: Desenvolvimento das estruturas básicas utilizando as habilidades linguísticas de ouvir, falar, ler e escrever numa abordagem

Leia mais

LÍNGUA PORTUGUESA UNIVERSOS. 6 Aborda os conhecimentos linguísticos de. 3 Propicia ao aluno oportunidades para

LÍNGUA PORTUGUESA UNIVERSOS. 6 Aborda os conhecimentos linguísticos de. 3 Propicia ao aluno oportunidades para UNIVERSOS Por que escolher a coleção Universos Língua portuguesa 1 Pensada a partir do conceito SM Educação Integrada, oferece ao professor e ao aluno recursos integrados que contribuem para um processo

Leia mais

Refletir sobre aquisição e aprendizagem de uma língua estrangeira Explorar como o contato com outro idioma afeta o aprendiz adulto Apresentar as

Refletir sobre aquisição e aprendizagem de uma língua estrangeira Explorar como o contato com outro idioma afeta o aprendiz adulto Apresentar as OBJETIVOS Refletir sobre aquisição e aprendizagem de uma língua estrangeira Explorar como o contato com outro idioma afeta o aprendiz adulto Apresentar as vantagens que o aluno adulto tem, em comparação

Leia mais

Você não precisa decorar nada

Você não precisa decorar nada Que aprender inglês é importante e vai mudar a sua vida você já sabe, mas como aprender inglês e como fazer isso por conta própria? Nós separamos abaixo algumas dicas inéditas e que sem dúvida vão fazer

Leia mais

Conscientização sociolinguística

Conscientização sociolinguística L.E. Semana 2 Segunda Feira Conscientização sociolinguística Relação entre a estrutura linguística e os aspectos sociais e culturais da produção linguística o português não é homogêneo Produção linguística

Leia mais