Reflexões sobre os mecanismos de solução de controvérsias nos acordos regionais e multilaterais de comércio

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1 Reflexões sobre os mecanismos de solução de controvérsias nos acordos regionais e multilaterais de comércio Cadernos de Félix Alfredo Larrañaga Professor da Faculdade de Ciências Econômicas, Contáveis e Administrativas da Universidade Presbiteriana Mackenzie RESUMO As disputas entre parceiros comerciais são tão antigas como o comércio internacional e têm sido tratadas e solucionadas, ao longo do tempo, de formas diversas, desde as negociações diplomáticas tradicionais até o estabelecimento de complexos mecanismos de solução de controvérsias atuais. Porém, esses mecanismos não surgiram automaticamente. Pelo contrário, foram elaborados num longo processo de aperfeiçoamento e institucionalização que ainda não terminou. Para o observador atento aparece, por esse motivo, uma proliferação de instrumentos ou institutos de solução que se aplicam em âmbitos restritos regionais, em acordos bilaterais e, a partir de 1995, em âmbito mundial, com o advento da Organização Mundial de Comércio (OMC). À medida que mais países se incorporam à produção e ao comércio mundial, maior é o número de jurisdições que podem existir para a solução de disputas relacionadas com as transações econômicas internacionais. Este documento trata dessa situação, da proliferação e fragmentação desses mecanismos e dos efeitos que isso pode provocar no comércio regional e mundial. Palavras-chave: Controvérsias. Disputas. Solução. 17 Cad. de em Adm. de Emp. São Paulo, v. 3, n. 1, p , 2003.

2 Cadernos de 1 INTRODUÇÃO Ao longo do primeiro semestre do ano de 2004, diversas circunstâncias aproximaram este autor, do tema motivo do presente texto. Assim, no mês de abril passado participou de um seminário sobre o assunto em Montevidéu, organizado pela Câmara de Comércio e Serviços daquela cidade e patrocinado pelo BID 1, durante o primeiro semestre do corrente ano ministrou cursos de graduação e pós lato sensu sobre OMC e Blocos Regionais de Comércio que incluem o problema da solução de disputas no seu currículo e, finalmente no mês de junho, participou do lançamento do livro Solução de Controvérsias, OMC, União Européia e Mercosul, publicado com o patrocínio da Fundação Konrad Adenauer e apresentado no Estudo L.O. Batista Advogados Associados em 25/06/04, com a presença dos autores. O principal objetivo deste trabalho é a de oferecer um resumo dessas experiências e uma interpretação do estado da arte no assunto. Para isso este texto está organizado com uma introdução, diversas considerações sobre os mecanismos de solução de controvérsias na primeira parte e algumas conclusões na sua segunda parte. Pode-se lembrar que a lei internacional reconhece dez métodos tradicionais de solução de controvérsias, que se remontam aos tratados estabelecidos na Convenção de Háia para a solução de disputas do Pacífico, de 1899 e Elas são (PETERSMANN, 2004, p. 7-9): 1 Negociações bilaterais e/ou multilaterais. 2 Bons ofícios. 3 Mediação. 4 Consultas. 5 Conciliação. 6 Arbitragem institucionalizada ou ad hoc. 7 Solução judicial em cortes permanentes. 8 Recurso a arranjos ou agências regionais. 9 Outros meios de própria escolha. 10 Solução de disputas através de alguma organização internacional. Resulta claro que o assunto em pauta é de características jurídicas por quanto se discutem procedimentos de solução que implicam a existência de regras e processos que dependem da lei aplicada em cada caso. A complexidade da questão, estudada desde o ponto de vista jurídico, deixa a solução de controvérsias quase fora do alcance do homem de comércio internacional. A necessidade de oferecer aos administradores, em geral, uma interpretação operacional deste apaixonante tema, é um segundo objetivo deste trabalho. 18 Cad. de em Adm. de Emp. São Paulo, v. 3, n. 1, p , 2003.

3 2 MECANISMOS DE SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS Entende-se por mecanismo de solução de controvérsias ao conjunto de normas, procedimentos e ritos de negociação que visam a aproximar as partes em conflito por questões comerciais e a eliminar, reduzir, amenizar ou compensar as causas que provocaram o tal conflito. A integração econômica necessariamente requer de instrumentos que estabeleçam a segurança jurídica na solução de disputas a fim de evitar e/ou amenizar as conseqüências de atos unilaterais que possam restringir o comércio ou favorecer a determinados atores em detrimento de outros. O caso da aplicação de subsídios a determinadas produções favorecendo países que de outra maneira não seriam competitivos, a prática do dumping, a aplicação de cláusulas anti-dumping de forma arbitrária procurando, com isso, o bloqueio da entrada de certos produtos a determinados mercados ou, no mínimo, atrasar seu ingresso tanto como possível, são exemplos desse comportamento. Na medida em que os processos de globalização econômica e de regionalização avançam e a concorrência se acirra, os conflitos aumentam com o que a existência e aplicação de mecanismos de solução se fazem indispensável. Hoje se assiste a proliferação destes mecanismos. Podemos falar até de fragmentação. Existe um procedimento de solução de conflitos na ordem multilateral correspondente ao proposto pela OMC, instrumento derivado do mecanismo previsto no GATT. Cabe mencionar que o mecanismo do GATT evoluiu nas mãos de economistas, situação que mudou com o advento da OMC, quando os advogados passaram a ter preponderância na questão. O GATT não tinha em 1947 nenhuma previsão para a solução de disputas, recomendando a solução diplomática de aqueles conflitos existentes, incorporou uma primeira regulamentação em 1952, estabelecendo procedimentos formais para o funcionamento dos painéis e, na Rodada Tóquio, entre 1973 e 1979, acordou uma modificação da prática até então em vigor (KLOR; PIMENTEL; KEGEL; BARRAL, 2004, p ). Posteriormente, em 1995, a OMC estabeleceu o mecanismo atual. Existem também diversos mecanismos regionais que atendem as necessidades de blocos tão diversos como a União Européia (25 países), o Mercosul (6 países na sua forma ampliada), a Corporação Andina de Nações (5 países), o Nafta (3 países), o Mercado Comum Centro-americano (5 países), o Caricom (que supera uma dúzia de países caribenhos), a Alça (projeto que incluiria 34 países), só para mencionar os correspondentes ao Continente Americano e a Europa, parceiros comerciais tradicionais. Para quem opera no comércio internacional, essa diversidade ou fragmentação oferece diversas alternativas para pleitear reivindicações naqueles foros que, circunstancialmente, possam ser mais vantajosos. Assim, o Brasil poderia discutir, negociar ou apresentar suas consultas nos âmbitos do Mercosul, da OMC, da Alça caso esse bloco se concretizar ou, ainda, por meio de uma negociação bilateral, de natureza diplomática, com o país com o qual tivesse uma diferencia. Cadernos de 19 Cad. de em Adm. de Emp. São Paulo, v. 3, n. 1, p , 2003.

4 Cadernos de A eventual assinatura de acordos de livre comércio entre países e blocos ou de blocos entre si provocará a existência de mecanismos de solução diferentes, superpostos e até contraditórios, com as conseqüências negativas que disso se pode esperar sobre o comércio regional. Embora já mencionadas, as razões que provocam o aumento da superposição de mecanismos de solução podem ser resumidas, conforme Petersmann (2004, p. 2-7), da seguinte forma: O aumento do número e diversidade de disputas intergovernamentais. Pela substituição de provisões transitórias para países menos desenvolvidos. O amplo escopo dos acordos da OMC superpõe-se com outros acordos internacionais com aqueles da Convenção de Paris sobre Propriedade Intelectual, a Convenção de Berna sobre a proteção do trabalho artístico e literário etc. O aumento do número de tribunais que tratam das questões relacionadas com as disputas. O aumento do número de tribunais econômicos regionais. Arbitramento internacional, permitindo o acesso aos reclamantes privados. Determinados acordos da OMC permitem o acesso privado aos tribunais domésticos. O reconhecimento mundial dos direitos humanos. Os BIT (Bilateral Investment Treaties), que fornecem garantias de investimento e normas para a solução de disputas (governos, estados investidores, atores nacionais). Numerosas garantias de acesso privado da OMC para os tribunais domésticas. Os acordos de integração regionais americanos mencionados anteriormente agregam outros tantos mecanismos de solução que, juntamente com os da OMC e da União Européia oferecem características judiciais ou quase judiciais uns (OMC, UE), características supranacionais outros (UE) e mecanismos de solução ainda suportados pelo consenso, mas em vias de institucionalização, como no caso do Mercosul (Tratado de Assunção, Protocolo de Ouro Preto, Protocolo de Brasília, Protocolo de Olivos). Dessa forma a proliferação e fragmentação continua em aumento, ratificando as conclusões de Petersmann, mencionadas anteriormente. O resultado que se pode esperar desse comportamento é de dificuldades crescentes nas negociações internacionais, na medida que a complexidade das operações e dos blocos de integração aumente. 3 CONCLUSÕES Ao longo do presente texto foram resumidas as formas tradicionais de solução de controvérsia, assim como a proliferação de blocos regionais de comércio com seus respectivos mecanismos ou procedimentos de solução de disputas. 20 Cad. de em Adm. de Emp. São Paulo, v. 3, n. 1, p , 2003.

5 Também foram identificadas algumas razões para que a fragmentação de mecanismos de solução continue em aumento. Embora este trabalho não inclua um estudo comparativo dos diferentes mecanismos identificados, é uma questão fora de discussão o fato que esses procedimentos não só se superpõem como são potencialmente contraditórios. Dessa forma, os efeitos que se podem esperar não beneficiarão o comércio internacional, porque travarão os fluxos de comércio e favorecerá, indireta-mente, o protecionismo. Uma solução, tal vez utópica, seria a de estabelecer ou adaptar um mecanismo dos existentes para uso geral. Estima-se que a utilização do mecanismo de solução de controvérsias da OMC poderia resolver a maior parte dos problemas aqui discutidos de proliferação e fragmentação. Cadernos de Reflections on the mechanisms of solution of controversies in the regional and multilateral agreement of trade ABSTRACT Disputes among trading partners are as old as the international trade and have been discussed and settled, trough the time, using several ways, from the traditional diplomatic negotiations up to the complex dispute settlement procedures from the present days. However, these mechanisms have not surged automatically. On the contrary, they were performed in a long run process of completion and institutionalization, which have not finished yet. To the attentive observer appear, for this reason, a large proliferation of settlement instruments and institutes, that can be applied in restricted regional environments, in bilateral agreements and, from 1995 in the world environment with the advent of the World Trade Organization (WTO). As more countries join the international production and trade, the more concurrent jurisdictions may exist for settling disputes related to the international economic transactions. This paper discusses this situation, the proliferation and fragmentation of these mechanisms and the effects that these facts can provoque on the regional and world trade. Keywords: Disputes. Conflicts. Settlement. NOTA 1 Seminário projetado, proposto, organizado e conduzido pelo Embaixador Julio Lacarte Miró, que fora representante do Uruguai na Conferência de Havana de 1947, da qual nasceu o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT). 21 Cad. de em Adm. de Emp. São Paulo, v. 3, n. 1, p , 2003.

6 Cadernos de REFERÊNCIAS KLOR, Adriana Dreyzin de; PIMENTEL, Luiz Otávio; KEGEL, Patrícia Kuiza; BARRAL, Welber. Solução de controvérsias: OMC, União Européia e Mercosul. Rio de Janeiro: Fundação Konrad Adenauer, PETERSMANN, Ernst-Ubrich. Proliferation and fragmentation of dispute settlement in international trade: WTO dispute settlement procedures and alternative dispute resolution mechanisms. Montevidéu: Câmara de Comércio e Serviços do Uruguai: BID, Cad. de em Adm. de Emp. São Paulo, v. 3, n. 1, p , 2003.

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