UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE UERN FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS FACEM DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DEC

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1 1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE UERN FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS FACEM DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DEC BARREIRAS ÀS EXPORTAÇÕES: EVIDÊNCIAS PARA EMPRESAS SELECIONADAS NA CIDADE DE MOSSORÓ-RN KÁLIA RIVONE ALVES GABRIEL Mossoró-RN, 2000

2 2 KÁLIA RIVONE ALVES GABRIEL BARREIRAS ÀS EXPORTAÇÕES: EVIDÊNCIAS PARA EMPRESAS SELECIONADAS NA CIDADE DE MOSSORÓ-RN Monografia apresentada como requisito parcial para conclusão do Curso de Ciências Econômicas da faculdade de Ciências Econômicas, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Orientador: Joedson Jales de Farias Mossoró-RN, Novembro/2000

3 3 KÁLIA RIVONE ALVES GABRIEL BARREIRAS ÀS EXPORTAÇÕES: EVIDÊNCIAS PARA EMPRESAS SELECIONADAS NA CIDADE DE MOSSORÓ-RN Monografia apresentada para apreciação da banca examinadora em / / Joedson Jales de Farias (DEC) Orientador Fred Leite Siqueira Campos (DEC) Membro da Banca Carlos José Bezerra de Morais (DEC) Membro da Banca Kália Rivone Alves Gabriel Orientanda Mossoró-RN, 2000 ii

4 4 AGRADECIMENTOS Primeiramente a DEUS, que muito me iluminou e sempre nos guia, sendo a força que nos permite lutar e enfrentar os obstáculos da vida. Aos meus pais, Francisco Alves Barbosa e Maria Eliete da Silva Barbosa, que sempre estiveram do meu lado nessa luta e muito me incentivaram a atingir mais esse objetivo. A minha filha, Érika Thaís Alves Gabriel que, mesmo de forma indireta, encheu me de força para concluir tal tarefa. Aos meus irmãos, Márcio e Lidiane, que conviveram comigo durante todo esse tempo de esforço. Ao orientador do meu projeto, José Mairton Figueiredo de França, pelo seu incentivo e pela confiança que depositou em mim e no meu trabalho. Ao meu orientador, Joedson Jales de Farias, pelo seu esforço em contribuir para o êxito desse trabalho, assim como os membros que completam essa banca, Fred L. S. Campos e Carlos J. B. de Morais. A uma pessoa muito especial, João Marcelo Gabriel, que caminhou comigo nessa trilha e me ajudou, de forma perceptível, na conclusão de mais esse trabalho. A todos os meus amigos que caminharam junto comigo durante o meu período de curso. iii

5 5 LISTA DE SIGLAS BIRD Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento. CAMEX Câmara de Comércio Exterior. CCI Câmara de Comércio Internacional. CFR - Cost And Freight CIF - Cost, Insurance And Freight CIP - Carriage And Insurance Paid To CNEN Conselho Nacional de Energia Nuclear. CPT - Carriage Paid To DAF - Delivered At Frontier DDP - Delivered Duty Paid DDU - Delivered Duty Unpaid DECEX Departamento de Operações de Comércio Exterior. DEQ - Delivered Ex Quay DES - Delivered Ex Ship DNC Departamento Nacional de Combustíveis. DPF Departamento da Polícia Federal. EXW - Ex Work FAS - Free Alongside Ship FCA - Free Carrier FMI Fundo Monetário Internacional FOB - Free On Board FUNCEX Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior iv

6 6 GATT General Agreement On Tariffs And Trade IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. MERCOSUL Mercado Comum do Sul. MRE Ministério das Relações Exteriores. OIT Organização Internacional do Trabalho. OMC Organização Mundial do Comércio. ONU Organização das Nações Unidas. REI Registros de exportações e Importações. SEAIN Secretaria de Assuntos Internacionais. SECEX Secretaria de Comércio Exterior. SERPRO Serviço Federal de Processamento de dados. SISBACEN Sistema de Informações do Banco Central. SISCOMEX Sistema Integrado de Comércio Exterior. SPB Secretaria de Produtos de Base. WTO World Trade Organization. v

7 7 SUMÁRIO LISTA DE QUADROS...vii RESUMO...viii INTRODUÇÃO COMÉRCIO INTERNACIONAL A Teoria da Vantagem Comparativa A empresa: o elo de ligação entre uma nação e o mundo ESTRUTURA DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO Documentos necessários à exportação Os Incoterms Modalidades de pagamento Organismos internacionais BARREIRAS AO COMÉRCIO EXTERIOR Barreiras alfandegárias Taxas múltiplas de câmbio Moedas arbitráveis ou conversíveis Moedas não arbitráveis ou inconversíveis Cotas de importação Licenças de Importação e exportação Barreiras técnicas Barreiras ecológicas Barreiras burocráticas Legislação antidumping e anti-subsídios Dumping social Etiqueta social O RIO GRANDE DO NORTE E O MUNICÍPIO DE MOSSORÓ O potencial norte riograndense Empresas mossoroenses x barreiras no mercado...31 CONSIDERAÇÕES FINAIS...35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...36 ANEXO vi

8 8 LISTA DE QUADROS FIGURAS FIGURA 01 CAPÍTULO 2 COMÉRCIO EXTERIOR: ESTRUTURA BRASILEIRA...10 QUADROS QUADRO 01 CAPÍTULO 2 ÓRGÃOS QUE TRATAM DOS INTERESSES DO BRASIL NO EXTERIOR...10 QUADRO 02 CAPÍTULO 2 ÓRGÃOS INTERVENIENTES...11 QUADRO 03 CAPÍTULO 4 COMPORTAMENTO DA EXPORTAÇÃO / IMPORTAÇÃO DO RN...29 QUADRO 04 CAPÍTULO 4 PRINCIPAIS EXPORTAÇÕES DO RIO GRANDE DO NORTE...29 QUADRO 05 CAPÍTULO 4 SÍNTESE DOS DADOS EMPÍRICOS...31 vii

9 9 RESUMO O comércio exterior se destaca hoje como uma das maiores tendências do comércio mundial e engloba vários aspectos dentro desse contexto. Pela complexidade desse assunto, seria necessário um estudo dedicado e que levaria um tempo muito maior para reunir uma gama de informações que abrangesse essa atividade como um todo. Foi, então, fundamental delimitar o material a ser estudado destacando a exportação e enfatizando, dentro dela, a questão das barreiras às exportações. Foram utilizados dados primários coletados através de questionário junto às empresas exportadoras de Mossoró, assim como utilizou-se dados secundários obtidos junto à SECEX Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MDIC. Procura-se mostrar na primeira parte desse trabalho, a importância desse comércio, principalmente na atual conjuntura, destacando, de forma objetiva, um pouco do que cada nação pode vir a ganhar ou a perder ao comercializar com o resto do mundo. Foi de grande relevância também destacar os principais passos a serem dados para a efetivação da atividade de exportação, enfatizando a situação da estrutura do comércio exterior brasileiro. E, posteriormente, foi feita uma exposição das principais barreiras enfrentadas pelas empresas brasileiras na busca de mercado externo. Com isso, busca-se atingir o objetivo basal desse trabalho que consiste em verificar, através de dados empíricos, quais das barreiras descritas e estudadas, as empresas mossoroenses encontram com mais freqüência e com mais força no seu caminho. viii

10 10 INTRODUÇÃO Uma das palavras mais citadas na atual conjuntura econômica é globalização. Fala-se em um mundo globalizado, em uma maior integração entre os países. Os limites do mercado internos consumidor fazem com que as nações busquem novos mercados. O comércio exterior se destaca como uma importante forma de atingir esse objetivo, assumindo um papel de fundamental importância para as relações comerciais entre os povos, especialmente nos dias atuais, onde acontece uma mudança no eixo dos negócios: mudança do conceito de nação ao de blocos econômicos. E, para isso, é necessária uma estrutura de informações voltadas a este comércio. Existe toda uma história que descreve e mostra que o mundo caminha para um grande comércio, onde cada país passa a se conscientizar de que não é viável investir na produção de todos os bens necessários à sua população e procura se especializar naquilo que pode produzir de forma mais eficiente, concentrando-se nelas e aumentando, dessa forma, suas economias de escala. Para isso, faz se necessário que as importações aumentem, já que cada país precisará de bens que são especialidades de produção de outros. É nesse contexto que se verifica uma interdependência maior entre as nações do mundo, levando-as a exportar cada vez mais, tentando atender a uma demanda em potencial cada vez maior e contribuindo para o conseqüente aumento da renda nacional. Porém, cada país tem sua própria economia, sua própria legislação e, portanto, o grau de dependência pode variar de acordo com o sistema adotado por cada país com relação às suas exportações e importações e isso se reflete na exportação de outros países. Alguns países adotam o regime liberalista e outros, o protecionista. E ainda existem aqueles que em dado momento adota um desses regimes e em outro momento adere ao outro, como é o caso dos Estados Unidos. Porém, é difícil dimensionar qual dos dois sistemas é o mais adequado para ser adotado. Sabe-se, no entanto, que qualquer um deles aplicado de forma inadequada, pode trazer prejuízos e acarretar problemas à determinada nação, como foi e continua sendo com o Brasil. Segundo o autor Jayme de Mariz Maia (2000), em sua obra Economia Internacional e Comércio Exterior:

11 11 A proteção inadequada gerou indústrias, no Brasil, ineficientes, produzindo mercadorias mais caras e piores que as importadas. Em 1990, tivemos uma abertura alfandegária muito rápida, sem uma negociação adequada, o que causou fechamento de empresas e desemprego. As duas medidas (proteção inadequada e abertura inadequada) causaram prejuízos ao povo brasileiro (pag. 128). Do plano macro ao microeconômico, observa-se um maior empenho das firmas em integrar-se ao comércio mundial. Nesse contexto, as empresas têm de agir no sentido de sempre buscar mercado, mesmo que os seus produtos já tenham mercado garantido próximo. E ainda, não interessa qual porte tenha a empresa, o capitalista precisa pensar no comércio exterior. Esse pode ser um caminho para o desenvolvimento, a medida que, para exportar, é necessário aumentar a produção e, consequentemente, há uma tendência à geração de empregos. O principal objetivo da firma é a maximização do lucro. Viabiliza-se tal objetivo com o crescimento e a expansão das suas atividades, implicando numa incessante necessidade de conquista de novos mercados consumidores. Para isso, a empresa deve fazer um amplo estudo de sua capacidade de exportação, para evitar que essa atividade seja inviável e que se torne um grande prejuízo. Em princípio, deve-se levar em conta que não é tão simples exportar. Existem grandes exigências, barreiras e normas a serem conhecidas e que podem inviabilizar a busca de mercado externo. Por exemplo, uma das coisas que dificulta a conquista por mercados externos é enfrentar as nações que já tem tradição. Isso não significa dizer que o processo se torna inviável e sim que há a necessidade de tornar a empresa mais competitiva, tratando o assunto com seriedade e afinco para atingir o objetivo desejado. É preciso, primeiramente, analisar a própria empresa sob vários aspectos e averiguar as reais possibilidades de se explorar um novo mercado, estudando as suas potencialidades. A partir daí, questiona-se: quais os maiores empecilhos para a inserção de uma empresa no comércio exterior? Neste sentido, visa-se aqui conhecer as principais dificuldades encontradas pelas empresas exportadoras brasileiras, barreiras que oneram e algumas vezes até inviabilizam a atividade. Portanto, após se estudar o assunto no âmbito nacional, torna-se elementar destacar, dentro desse contexto, que o município de Mossoró apresenta um grande potencial exportador com a presença de empresas que já possuem uma boa experiência no ramo da

12 12 exportação. Existem, ainda, aquelas que exportaram anteriormente e as que tentaram exportar e não obtiveram êxito. Sendo assim, é de interesse principal desse trabalho, levantar dados que busquem visualizar quais das barreiras estudadas as empresas mossoroenses enfrentam com mais freqüência no seu processo de exportação. Para tanto, pretende-se, especificamente, fazer um estudo sobre a teoria das vantagens comparativas, com o intuito de descobrir como as nações podem obter vantagens na comercialização dos seus produtos, frente às outras nações. Além de compreender a organização e a estrutura do Comércio Exterior brasileiro. E ainda, coletar, junto às firmas exportadoras de Mossoró-RN, as barreiras não-tarifárias encontradas no decorrer da sua atividade exportadora. Para que fosse possível atingir o objetivo geral desse trabalho, recorreu-se, primeiramente a fontes secundárias, ou seja, pesquisa através de livros, revistas e informes e, posteriormente, a fontes primárias que se constituiu da pesquisa de campo. Dessa forma, pôdese reunir material suficiente para a exposição do tema proposto. O trabalho, então, está dividido em quatro capítulos: o primeiro se refere às generalidades do comércio exterior, sendo seguido pelo segundo capítulo que trata da forma como se organiza o comércio exterior brasileiro. O terceiro é direcionado às principais barreiras enfrentadas pelas empresas brasileiras na atividade de exportação e o quarto capítulo constará da pesquisa de campo, onde se buscou verificar, como o que foi proposto, quais as barreiras às exportações mais enfrentadas pelas empresas mossoroenses. Pretende-se, com isso, adquirir maiores conhecimentos referentes ao comércio exterior, atividade que, pelo seu dinamismo, se expande e se atualiza a cada instante e adquire dentro da economia mundial um papel hegemônico com possibilidades de modificar a economia dos países. Será enfatizado o processo de exportação, dentro da economia internacional, e a importância da busca de informações como base para o êxito dos negócios. pois, consiste numa área que interfere diretamente nas rendas nacionais, elevando o grau de interdependência entre os países do mundo. Esse trabalho pode vir a ter também uma contribuição prática, no sentido de, ao identificar as principais barreiras à exportação, as empresas que não conseguiram lograr bons resultados e que ainda pretendem se integrar, possam ter uma visão mais global da teoria e verificar as suas reais possibilidades. Vale ainda destacar que o mercado internacional pode vir

13 13 a ser uma solução para o subdesenvolvimento brasileiro, já que o país tem condições de ampliar suas relações comerciais internacionais tanto na área primária, como na secundária e terciária. Para isso, sabe-se, é necessário que haja um plano de ação que vise otimizar ou aproveitar as potencialidades do Brasil. Além disso, outra contribuição se refere a um conhecimento mais amplo da economia regional em questão.

14 14 CAPITULO 1 COMÉRCIO INTERNACIONAL O comércio internacional é importante para a ampliação e o desenvolvimento da economia de uma nação. Tal comércio se constitui das atividades de importação e exportação e, a partir daí, tem-se de concreto que a exportação de um país corresponde à importação de outro e vice-versa. Isso acontece porque as condições de oferta e de demanda não são iguais entre os países. Cada um deles, considerando clima, tamanho, solo, etc, possui recursos que podem ser direcionados para determinadas atividades específicas. Isso quer dizer que cada país pode produzir, de acordo com os recursos existentes, determinados produtos a custos menores e em maiores volumes A Teoria da Vantagem Comparativa Para esclarecer um pouco mais a teoria acima descrita, chamada de Vantagem Comparativa 1, recorreu-se a Kenen, em sua obra Economia Internacional: teoria e prática, podendo, então, explicá-la a partir de exemplos. Assim, supõe-se que um dado país A, devido ao seu tamanho, solo e clima, tenha todas as condições favoráveis à produção de um bem agrícola. Enquanto que um país chamado B, devido à sua cultura e mão-de-obra qualificada, possua condições propícias à produção de um bem manufaturado. Não significa dizer que o país A não possa produzir um bem manufaturado, ou que o país B não produza um bem agrícola. Eles podem, sem dúvida, produzir ambos os bens. Porém, deve-se considerar o fato de que o país A terá custos menores na produção dos seus bens agrícolas se comparados ao país B, e este, por sua vez, terá custos menores ao produzir bens manufaturados se comparados ao país A. O pretendido com esse exemplo é demonstrar que é mais proveitoso, por ser mais barato, para o país A se dedicar integralmente à produção do bem agrícola, na qual possui vantagens absolutas, exportando o seu excedente e importando os bens manufaturados do país B que, por sua vez, consegue produzi-los a preços menores, verificando aí sua vantagem absoluta, devendo, então, se ocupar na produção destes bens e importar os bens agrícolas. Conclui-se que A possui vantagem comparativa na produção de bens agrícolas e B possui vantagem comparativa na produção de bens manufaturados. 1 Conceito elaborado pelo economista inglês David Ricardo ( ).

15 15 O comércio internacional pode trazer benefícios e este exemplo mostra isso. Num contexto geral, de acordo com a Teoria das Vantagens Comparativas 2, cada país deve se especializar e se dedicar na produção, em larga escala, daqueles bens em que tenha vantagens relativas ao se comparar com outros países, exportando para eles o seu excedente e importando os bens que lhe são caros produzir e que saem a custos mais baratos em outras nações. Em princípio, significaria benefício para todos, ou seja, todas as nações absorvem as vantagens do comércio internacional. Mas, existem outros pontos que devem ser considerados e que serão vistos quando for abordada a questão das barreiras. É importante questionar o que afeta a vantagem comparativa, quais são as suas fontes. Para tanto, faz se necessário estudar um pouco sobre tecnologia e dotação de fatores. As diferenças tecnológicas têm influência nas condições de oferta dos produtos. Significa que os países que trabalham com tecnologia de ponta, possuem grandes vantagens na produção de bens industrializados, onde estes são fabricados em grandes quantidades, portanto, a custos relativamente baixos. Conclui-se, a partir disso, que a vantagem absoluta de um país na produção de uma mercadoria pode depender do seu grau de desenvolvimento tecnológico. E, necessariamente, ele também possui vantagem comparativa com isso. Isso pode ser explicado quando se considera não apenas a tecnologia, mas também outros fatores como a taxa salarial e as taxas de câmbio. De acordo com o modelo ricardiano, os preços devem se igualar aos custos de mão-de-obra, refletindo diretamente nos preços dos produtos em cada país. Dessa forma, se, por exemplo, a taxa salarial de determinado país aumentar, os preços das mercadorias produzidas por ele também aumentam e isso pode vir a interferir, no sentido de transferir a sua vantagem comparativa a outro país que produza o mesmo bem a uma taxa salarial menor. A menos que ocorram flutuações nas taxas de câmbio com a finalidade de substituir essas alterações citadas. Através do modelo de Heckscher-Ohlin 3, pretende-se explicar a vantagem comparativa a partir da dotação de fatores (terra, capital, trabalho, etc). Primeiramente, os bens podem ser classificados quanto à sua intensidade de fatores, ou seja, um bem exige mais determinado fator do que outro e assim por diante. Depois, os países podem ser classificados pela abundância de fatores. 2 Esta teoria é apenas uma entre várias que procuram explicar a busca por mercado externo, como por exemplo as Vantagens Competitivas (PORTER). 3 KENEN, Peter B. Economia Internacional: teoria e prática. 1998: cap. 4, pag. 71

16 16 O que se quer demonstrar é que um país sempre tende a se especializar em bens que requerem uma quantidade maior dos fatores existentes em abundância nesse país, chegando a compensar, muitas vezes, a escassez com relação a outro fator também necessário. Especificamente, a proposição fundamental do modelo de Heckscher-Ohlin, conhecida na literatura como teorema de Heckscher-Ohlin, afirma que o país irá produzir e exportar os bens que são intensivos no seu fator relativamente abundante. Nesse modelo, assume-se que a tecnologia de produção de um bem X, qualquer, é a mesma em todo lugar. A ênfase é, portanto, na dotação relativa de fatores. A mão-de-obra é um importante fator de produção, mas não pode ser considerado apenas com relação a sua quantidade, mas também com relação às suas habilidades. Isso por que se percebe aí, o grau de escolaridade e treinamento de cada indivíduo, distinguindo também os tipos de habilidades. Por exemplo, um país pode ser rico em mão-de-obra, mas se esta não for qualificada, não será destinada à produção de bens manufaturados. Tudo isso representa as fontes da teoria da vantagem comparativa. Cada país deve buscar conhecer as suas vantagens e procurar dedicar-se à produção de bens em que tenham vantagens absolutas e, portanto, custos mais baixos. Com base nessa idéia, deve produzir um excedente para o mercado externo e em contrapartida, importar os bens que não lhe são favoráveis produzir, tirando o máximo de proveito do comércio internacional e se integrando cada vez mais com o resto do mundo. 1.2 A Empresa: o elo de ligação entre uma nação e o mundo. Para concretizar uma participação positiva no mercado internacional, é preciso que as empresas de cada país acordem para tal realidade e se preparem para ingressar na atividade exportadora. E então, faz se necessário abordar os procedimentos para tal fim, passando de um enfoque mais geral a um mais detalhado e direcionado às empresas no sentido de buscar o conhecimento de cada etapa desse processo. De acordo com dados obtidos em um informativo no site da Aduaneiras 4, no decorrer dos anos 90, houve um aumento bastante significativo quanto ao número de empresas exportadoras no Brasil (ocorreu um crescimento de 80%). Apesar disso, o número de 4 ww.aduaneiras.com.br

17 17 empresas que atuam nesse ramo ainda é bastante limitado, se considerarmos que no Brasil existem cerca de 3,5 milhões de empresas e pouco mais de 1,5 mil exportam os seus produtos, ou seja, menos de 0,5% das empresas. É também relevante constar que as exportações estão, de formas muito expressivas, concentradas nas empresas de grande porte (Fonte: Informativo de Comércio Exterior AEB nº 03; 17/09/2000). A partir desses dados, percebe-se a grande necessidade de direcionar esforços no sentido de ampliar a atividade exportadora e buscar a participação de um número cada vez maior de empresas dentro desse processo de exportação. É visando isso que existem vários órgãos, pessoas responsáveis pelo incentivo às empresas frente a um processo de exportação, informando e orientando para que elas possam dominar as regras e usos dessa prática comercial. Dessa forma, contribuem para evitar que as vendas externas venham a causar prejuízos à empresa e provoquem conseqüências negativas para o país. Exportar é uma decisão estratégica e que permite um aumento de experiência e de competitividade, tornando a empresa cada vez mais eficiente. Isso será esclarecido mais à frente quando tratarmos das vantagens. É de grande necessidade analisar a capacidade gerencial de uma empresa. É preciso que haja uma consciência coletiva, de todos aqueles que compõem cada uma das empresas, voltada para a prática da exportação, pois os negócios referentes ao mercado externo são diferentes e mais complexos que os tratados internamente. Além disso, é preciso ganhar credibilidade do cliente externo e cumprir devidamente com o que venha a ser estipulado nos acordos no que se refere a quantidade e a qualidade ofertada. Portanto, é essencial se fazer um estudo sobre a capacidade de produção da empresa. Outro ponto que deve ser abordado é a questão da adaptação do produto às preferências dos consumidores externos, sendo importante verificar se a empresa tem condições para essa adaptação, levando em consideração os custos e os preços a serem praticados devido a essas mudanças. Deve-se, então, identificar os possíveis mercados de exportação, através de uma seleção, para que se possa evitar àqueles considerados inadequados. Dessa forma, não se perde tempo e nem haverá gastos inconvenientes que possam vir a prejudicar a empresa, pois, as características de um mercado saturação, aspectos culturais, clima, etc. podem fazer com que determinado produto não seja aceito. Sendo assim, é importante se fazer uma prévia seleção dos prováveis mercados, utilizando-se de critérios que possam focar o tamanho, o nível de concorrência, a facilidade do acesso e inúmeras outras variáveis que devem ser consideradas para que se tenha

18 18 pleno conhecimento de tal mercado antes de realizar os investimentos e, assim, evitar futuros prejuízos. Investigar detalhadamente o local para onde se pretende exportar, requer várias informações que podem ser conseguidas junto a entidades e organismos nacionais e internacionais. A exportação, depois de dado todos os passos necessários para a viabilização de tal atividade, é uma prática que pode trazer muitas vantagens e benefícios diretos, como o aumento da rentabilidade em curto prazo. Porém, existem também algumas vantagens que somente são percebidas a médios e longos prazos como, por exemplo, a garantia de prestígio para a empresa tanto externamente quanto internamente, fortalecendo-a dentro do seu próprio território, já que ela precisará se adaptar para ganhar novos mercados. Eis algumas das vantagens: Produtividade: O aumento da produção geralmente requer a utilização de toda a capacidade produtiva instalada, minando a capacidade ociosa e como conseqüência, reduzindo os seus custos fixos por unidade produzida. Assim, aumenta a lucratividade ou reduz o preço, onde o produto passa a ser mais competitivo. Sem falar que a utilização intensa dos recursos disponíveis requer a contratação de mais mão-de-obra, e, portanto, geração de emprego e renda. Eliminação da Sazonalidade: A partir do momento que uma determinada empresa passa a exportar, ela tende a reduzir ou mesmo eliminar o problema da sazonalidade, ou seja, ela pode procurar intensificar as vendas junto ao mercado externo, no período que as vendas internas venham a ter uma queda. Aspectos fiscais: Em alguns setores da nossa economia, as empresas exportadoras têm disponíveis incentivos fiscais, sem falar de mecanismos que, além de reduzir a carga tributária, tornam possíveis o aproveitamento de créditos que podem ser destinados ao mercado interno. Acesso a recursos financeiros: No geral, os negócios realizados além-fronteiras têm pagamento a vista. Podem, ainda, ter pagamento antecipado, mas tudo vai depender dos

19 19 acordos firmados nos contratos de câmbio. Neste caso, a empresa pode resolver o seu problema de capital de giro, significando um ponto bastante positivo. Tecnologia: Esta é uma vantagem que a prática da exportação oferece. Para concorrer com o mercado externo é preciso estar a par de todas as mudanças que ocorrem no mercado mundial e isso significa trabalhar sempre com a mais avançada tecnologia possível e isso, dependendo das condições financeiras da empresa. Dessa forma, o mercado interno também ganha inovações e, conseqüentemente, ganha forças frente aos concorrentes locais. Geralmente, os consumidores externos são mais exigentes que os internos, o que incentiva os produtores a buscarem uma excelente qualidade.

20 20 CAPITULO 2 ESTRUTURA DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO O que se pôde observar até agora é que existe um processo de conhecimento de mercado e qualificação da produção para que se torne viável a prática exportadora. Agora, é importante verificar um pouco da estrutura do comércio exterior brasileiro. Temos, a seguir, uma ilustração para uma melhor visualização dessa estrutura. FIGURA 01 COMÉRCIO EXTERIOR: ESTRUTURA BRASILEIRA Presidência da República Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) Ministério da indústria, do Comércio e do turismo Ministério Da Fazenda Ministério das Relações Exteriores Secretaria de comércio Exterior Banco Central Do Brasil Banco do Brasil S.A. Secretaria Da Receita Federal Fonte: Banco do Brasil. Comércio Exterior: informe BB, Tal estrutura se divide em duas áreas de atuação. A primeira constitui-se de órgãos que defendem os interesses do Brasil no exterior. São eles: QUADRO 01 ÓRGÃOS QUE TRATAM DOS INTERESSES DO BRASIL NO EXTERIOR ÓRGÃOS REPRESENTANTES Ministério das Relações Exteriores (MRE) Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) Secretaria de Assuntos Internacionais (SEAIN)

21 21 E a segunda área é formada pelos órgãos referentes aos assuntos de gerência e de regulação do comércio exterior no Brasil. Segue-as: QUADRO 02 ÓRGÃOS INTERVENIENTES Gestores - Secretaria de Comércio Exterior - Secretaria da Receita Federal - Banco Central do Brasil Intervenientes - Banco do Brasil - Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN) - Departamento de Operações de Comércio Exterior (DECEX) - Departamento Nacional de Combustíveis (DNC) - Departamento da Polícia Federal (DPF) - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) - Ministério da Aeronáutica - Ministério da Agricultura e do Abastecimento - Ministério da Ciência e Tecnologia - Ministério do Exército - Ministério da Saúde - Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR) - Secretaria de Produtos de Base (SPB) Usuários - Órgãos da Administração direta e indireta, intervenientes no comércio exterior - Instituições financeiras autorizadas a operar em câmbio, mediante acesso ao Sistema de Informações do Banco Central (SISBACEN) - Instituições financeiras autorizadas pela Secretaria de Comércio Exterior a conceder licença de importação. - Pessoas físicas e jurídicas que atuam na área de comércio exterior, tais como exportadores, importadores, depositários, transportadoras, e seus representantes legais. Fonte: Banco do Brasil. Comércio Exterior: informe BB. Edição especial. UEN Internacional do Banco do Brasil, 1999.

22 22 O primeiro passo para a realização das exportações, assim como das importações, é a inscrição da empresa no REI (Registros de Exportações e Importações), onde a empresa se habilita e recebe uma senha de acesso pessoal e intransferível. Desde 4 de janeiro de 1993 começou a ser operado o Siscomex - Sistema Integrado de Comércio Exterior, que consiste em uma nova sistemática administrativa do comércio exterior brasileiro. Esse sistema controla e acompanha todas as etapas das operações relacionadas à essa atividade. Ele integra as atividades da Secretaria do Comércio Exterior, da Secretaria da Receita Federal, do Departamento do Comércio Exterior, do Ministério da Indústria, do Comércio e Turismo e do Banco Central do Brasil. Tratam das informações via registro eletrônico, permitindo-lhes que sejam padronizados todos os conceitos e nomenclaturas, além de uniformizar códigos. Isso reduz custos e desburocratiza a operação, tornando-a mais ágil no tocante à articulação das informações. O acesso ao sistema em questão pode ser realizado através do Sistema de Informações do Banco Central do Brasil - SISBACEN pelos bancos comerciais e corretoras de câmbio e pela rede do Serviço Federal de Processamento de Dados - SERPRO. 2.1 Documentos necessários à exportação Para a realização da exportação, devem ser consideradas as convenções adotadas internacionalmente que tratam da padronização dos documentos necessários para a conclusão dessa atividade. Essa é uma forma de buscar facilitar as relações comerciais entre os países envolvidos nesse processo. Porém, em função de uma legislação local ou de características específicos de alguns produtos determinados países fazem algumas outras exigências quanto a documentação. Dessa forma, a obtenção dos documentos junto a órgãos ou entidades intervenientes, deve ser considerada como um custo administrativo para a realização da operação de exportação. Para que a concretização da exportação, de forma a atender os objetivos de ambos os envolvidos, venha a se formalizar, é importante que sejam estabelecidas as condições de venda. Sendo assim, os documentos necessários, além daqueles eletrônicos via SISCOMEX, são os seguintes:

23 23 Apólice de Seguro Esse documento é conferido por uma empresa seguradora e cobre os riscos de transporte da mercadoria, segundo o interesse do segurado, seja o exportador ou o importador. Existem dois tipos básicos: Apólice Aberta Admite, em um único contrato, mais de uma operação de seguro. Isso mediante notificação para cada uma das operações. Apólice Específica Cobre uma única operação, seja ela de exportação ou importação. Certificado de Origem Comprova e garante ao importador a origem da mercadoria; significa, geralmente, aquisição de benefícios fiscais, pelo importador, no ato da liberação das mercadorias na alfândega. No Brasil, tal origem é atestada por organização oficial independente ou por órgão da administração pública. Conhecimento de Embarque (Bill of Lading ou B/L) Esse documento tem o objetivo de certificar o recebimento da carga pela transportadora. Além disso, comprova também as condições de transporte e a obrigação de entregá-la ao destinatário legal, definindo o meio de transporte a ser utilizado e o local de entrega das mercadorias. É considerado um título de crédito, pois se constitui simultaneamente em um recibo de mercadorias, um contrato de entrega e um documento de propriedade. Contrato de Câmbio Constitui-se em um documento que firma o acordo entre o exportador e o banco operador, onde o exportador assume o compromisso de remeter, como transferência, ao banco em questão, o valor em moeda estrangeira oriunda de determinado processo de exportação. Pode haver, ou não, a participação de uma corretora como intermediária. Fatura Comercial (Commercial Invoice) Tal documento substitui a Nota Fiscal, no campo de atuação externo do país. É emitido pelo exportador ao importador e contém as principais diretrizes referentes a transação: tipo de mercadoria, quantidade, preço e outras.

24 24 Fatura Pro Forma (Pró Forma Invoice) Documento que estabelece uma condição prévia a respeito da transação. É emitido pelo exportador atendendo um pedido do importador para que este possa dar início as ações necessárias ao seu processo de importação. Não é oficial, mas antecede o que irá constar na fatura definitiva. Letra de Câmbio (Bill of Exchange) Esse documento se constitui em um título de crédito de saque internacional. O exportador emite esse título contra o importador, indicando o beneficiário que poderá endossála, a quem será efetuado o pagamento no prazo, data e local determinado. Geralmente é emitida em inglês, seguindo um modelo predeterminado sendo, este, oficial. Nota Fiscal de Exportação Esse documento segue a mercadoria desde o seu local de origem, ou seja, o estabelecimento do exportador até o local de embarque para o exterior. É válido internamente. Romaneio de Embarque (Packing List) É uma lista que contém informações referentes à diversidade dos volumes que compõem um determinado embarque como, por exemplo, peso, marca, entre outras. Ele facilita o desembaraço (conjunto de procedimentos legais necessários à liberação ou embarque de mercadorias) aduaneiro na exportação, já que simplifica o processo de localização da mercadoria dentro de um lote. Saque ou Cambial Esse documento garante ao exportador (emissor) o direito às divisas originadas com as vendas das mercadorias a um país estrangeiro. Tal saque é efetuado, geralmente nas operações amparadas pela modalidade de cobrança e operações sustentadas pela carta de crédito. Toda documentação de exportação é importante para a efetivação, com o êxito, de todo processo de exportação, atendendo às necessidades das partes envolvidas no processo de venda/compra em nível internacional. É necessário, portanto, que sejam tomados todos os

25 25 cuidados essenciais, não buscando apenas cumprir com as exigências burocráticas do próprio país e sim considerar também como de fundamental importância, as exigências quanto à documentação do país importador. O processo de exportação necessita de um amplo planejamento, ou seja, a empresa precisa discutir cada ponto a ser trabalhado e somente depois colocá-lo em prática. Deve haver uma plena sintonia de todas as instituições envolvidas na atividade, a fim de garantir a segurança do negócio, com a diminuição de possíveis riscos. No planejamento devem conter os objetivos da exportação e a definição da parcela da produção destinada ao comércio externo. Deve constar no contrato social firmado entre comprador e vendedor, a atividade de exportação e a definição de como será a comercialização do produto - métodos direto, indireto ou equiparado. Método Direto: Ocorre quando o exportador negocia diretamente com o cliente no exterior, sem intermediários. Portanto, é do exportador toda a responsabilidade com os contatos, pesquisa de mercado, fechamento do negócio e toda a preparação e embarque da mercadoria. Método Indireto: Nesse caso, o exportador conta com um intermediário que cuidará de todo o processo em seu nome. Tal método é indicado quando o exportador não tem experiência na atividade, porém, precisa ter plena confiança nesse intermediário e no seu trabalho. Método Equiparado: Este método consiste na presença de uma empresa comercial especializada na atividade exportadora - Trading Company. Ocorre quando o exportador não tem estrutura suficiente para o processo de exportação ou não quer assumir os riscos. Então, ele vende sua mercadoria para essa companhia e esta se responsabiliza em comercializá-la no exterior ou mesmo no mercado interno e, nesse caso, o fabricante ainda terá todos os benefícios de uma exportação Os Incoterms No momento de executar a exportação, é necessário clarificar as obrigações e os direitos do exportador e do importador. São, portanto, definidas as modalidades de venda, com o objetivo de padronizar os contratos e evitar contratempos. Isso se faz a partir dos

26 26 INCOTERMS - International Commercial Terms - (Termos Internacionais do Comércio), que podem ser classificados por grupos. Descrição e definição dos Incoterms. Grupo E EXW - Ex Work - Parte do local de produção. Nesse caso, a obrigação do exportador é mínima e ele somente tem de deixar a sua mercadoria no prazo e local designado (no portão da fábrica ou outra instalação do produtor). Grupo F FCA - Free Carrier - A responsabilidade do exportador acaba ao entregar a mercadoria no local e hora definidos. O importador assume a partir da entrega ao primeiro transportador. FÃS - Free Alongside Ship - O exportador se responsabiliza com os riscos e custos até deixar a mercadoria no navio. Depois disso, tudo corre por conta do importador. FOB - Free On Board Aqui, o importador indica o navio e o exportador assume os custos até o momento de embarque da mercadoria. Após passar da amurada (limites) do navio, os riscos correm por conta do importador. Grupo C CFR - Cost And Freight - Cabe aqui ao exportador o desembaraço da mercadoria e o frete principal. Os riscos durante o transporte são por conta do importador. CIF - Cost, Insurance And Freight - O exportador, nesse caso, tem as mesmas obrigações do CFR, acrescenta-se a isso a responsabilidade pelo seguro e do frete marítimo, além de perdas e danos no decorrer do transporte. CPT - Carriage Paid To - O exportador assume o transporte até o porto de destino. Porém, os riscos de perdas e danos são transferidos ao importador no momento que a mercadoria é repassada ao primeiro transportador. CIP - Carriage And Insurance Paid To - O vendedor possui as mesmas obrigações que no CPT, acrescenta-se aí que ele também deve pagar pelas despesas de seguro. Grupo D DAF - Delivered At Frontier - É obrigação do exportador colocar a mercadoria à disposição do importador na fronteira aduaneira do país de destino, no local e data

27 27 combinados. O importador assume os custos e riscos no momento da entrega dessa mercadoria. DÊS - Delivered Ex Ship - O importador passa a assumir os custos e riscos no momento que a mercadoria é colocada à sua disposição, a bordo do navio, no porto de destino. DEQ - Delivered Ex Quay - O exportador assume todos os riscos e custos até o momento do desembaraço da mercadoria no porto de destino, inclusive seu desembarque. DDU - Delivered Duty Unpaid - O exportador assume todos os custos e riscos menos àqueles referentes à importação. DDP - Delivered Duty Paid - Nesse caso, o exportador assume toda a responsabilidade, inclusive taxas, impostos e demais encargos relativos à importação. A CCI (Câmara de Comércio Internacional) determina como destinados ao transporte marítimo, fluvial e lacustre, os termos FAS, FOB, CFR, CIF, DES e DEQ. São direcionados a todos os meios de transporte: EXW, FCA, CPT, CIP, DAF, DDU, DDP, sendo o DAF o mais usado no meio terrestre Modalidades de pagamento Com relação às modalidades de pagamento, tem-se que elas determinam o modo pelo qual o exportador irá receber o seu pagamento. Elas devem constar nos contratos de compra e venda internacional, ou equivalente. Portanto, seguem-se adiante as mais usadas, a saber: a remessa antecipada, onde o exportador recebe o seu pagamento antes do embarque da mercadoria. Serve como financiamento da produção e necessita de uma certa confiança entre as partes ou também como garantia quando a transação é realizada com países importadores sem estabilidade econômica, política e financeira que possuem alto risco; a cobrança é uma situação oposta, onde o pagamento somente é efetuado depois que o importador recebe a mercadoria. Existem três tipos de cobrança: a remessa sem saque, cobrança a vista e cobrança a prazo; e, por ultimo, a carta de crédito, também conhecida como crédito documentário. É bastante utilizada nas operações de comércio internacional. Existe uma grande vantagem com relação a esta modalidade, que é o fato de não ser o comprador quem irá pagar e sim um banco nomeado pelo próprio instrumento. Dessa forma, reduzem-se os riscos nas operações no comércio internacional, protegendo o exportador, desde que ele cumpra todas as exigências do contrato, o que vem a ser também uma garantia para o importador. Pode ser emitida através de

28 28 pagamento a vista ou a prazo, acarretando custos adicionais ao importador, já que consiste em uma garantia bancária. Porém, ela pode sofrer alterações (emendas) que passarão a ter validade desde que aceitas por todas as partes envolvidas no crédito. A decisão sobre qual das modalidades de pagamentos se deve utilizar em determinada comercialização é influenciada pelo grau de confiança entre o exportador e o importador, bem como dos bancos e países em questão. Além disso, os controles do Governo também têm influência sobre essa decisão. 2.4 Organismos internacionais Com o intuito de representar o interesse comum dos países, foi necessária a criação de entidades direcionadas à organização das atividades do comércio internacional. Tais organismos buscam agilizar as relações comerciais, através da eliminação ou redução das barreiras e de qualquer tipo de protecionismo, além de garantir os direitos e oferecer assistência técnica e econômica. Esses organismos atuam defendendo aspectos aparentemente contraditórios: a liberdade nas relações comerciais entre os países e a necessidade de restringir as importações. É nesse contexto que os organismos interagem, com o intuito de buscar a maximização desses objetivos, garantindo o equilíbrio do comércio mundial. Os diversos tratados, acordos e convenções, pagamentos e investimentos compõem tais organismos. Próximo ao fim da Segunda Grande Guerra houve uma preocupação com o crescimento do comércio internacional por parte dos países aliados. Dessa forma, verificou-se a necessidade do surgimento desses organismos. Assim, dentro deste contexto mundial, nasceu o FMI (Fundo Monetário Internacional), o BIRD (Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento) e pouco depois o GATT (General Agreement On Tariffs And Trade). Mais recentemente, a partir de 01 de Janeiro de 1995, passa a vigorar a OMC (Organização Mundial do Comércio), ligada a ONU (Organização das Nações Unidas) complementando um quadro de organismos intergovernamentais especializados, que buscam solidificar os princípios defendidos por esta organização. O FMI, o BIRD e a OMC, consistem em entidades institucionalizadas, possuindo, portanto, poderes de influenciar, ou mesmo condicionar, as atividades econômicas e comerciais dos países membros frente aos outros países. Destacaremos as principais funções desses órgãos. Segue-se abaixo:

29 29 FMI Sua principal atuação é no âmbito da cooperação monetária e financeira. Responde por auxiliar os países a amenizarem, se não resolverem, os seus problemas referentes aos desequilíbrios nos seus balanços de pagamentos. BIRD Assim como o FMI, a sua cooperação também está ligada ao aspecto monetário e financeiro e tem como função básica buscar o crescimento de regiões e países relativamente menos desenvolvidos. OMC Esse órgão passou a vigorar no lugar do GATT. Sua sigla em inglês é WTO (World Trade Organization). O GATT era simplesmente um acordo e não possuía a amplitude da OMC, sendo que, este é um órgão permanente e com personalidade jurídica. Além disso, O GATT só atuava no comércio de mercadorias e, com a OMC, as regras passaram a abranger os serviços, mercadorias e propriedade intelectual (patente). Atua no âmbito da cooperação comercial. Compete a ela fiscalizar as políticas comerciais, além de possuir o papel de mediador para solucionar situações de conflitos comerciais entre as nações. E também lhe é atribuído a tarefa de instituir negociações tarifárias multilaterais. Os blocos econômicos também são organismos de estímulo, só que regional, pois, os países componentes, trabalham com a meta de alcançar o progresso do bloco em que estão inseridos. Os órgãos citados acima têm o objetivo geral de promover as relações comerciais entre as nações, de forma que transcorram positivamente, sem entraves e buscando o equilíbrio e desenvolvimento dos países em âmbito global. Porém, os interesses de cada nação e a diferença de desenvolvimento entre elas são forças negativas que acabam, muitas vezes, por prejudicar a economia do mundo. É o que veremos no próximo capítulo.

30 30 CAPÍTULO 3 - BARREIRAS AO COMÉRCIO EXTERIOR Foram abordados, até agora, as vantagens referentes ao ingresso das empresas às atividades de exportação, as normas e procedimentos legais para o início dessa atividade. Toda essa busca de informações e integração com muitos dos pré-requisitos existentes já podem vir a se constituir numa dificuldade para muitas empresas, tanto pelo número de exigências quanto pelos custos que acarretam. Porém, as empresas encontram outras dificuldades, mais específicas, para entrar nesse ramo. Dessa forma, é necessário deixar claro a questão das barreiras ao comércio exterior, enfocando àquelas consideradas mais fortes e freqüentes, direcionando, como é a base desse trabalho, o presente estudo à atividade de exportações. De acordo com pesquisa realizada na obra Economia Internacional e Comércio Exterior, de Jayme Mariz Maia (2000), as barreiras existem em função da participação cada vez maior dos países em desenvolvimento no comércio internacional. Isso leva as nações, principalmente as desenvolvidas, a buscarem formas de protecionismo através da criação de barreiras, isto é, dificultam a entrada de produtos estrangeiros com o fim de proteger a produção doméstica. Constitui-se em barreiras tarifárias e não-tarifárias. As barreiras tarifárias são aquelas que o Governo de cada nação impõe através da cobrança de impostos, por exemplo. Geralmente, são bem precisas, em função da alíquota. Tem-se: Barreiras Alfandegárias Essas barreiras consistem em um ato do Governo de taxar os produtos que entram no país com tarifas que podem variar mediante seu interesse econômico ou necessidade econômica. Tais barreiras são criadas com o intuito de estimular o surgimento de novas indústrias locais, tencionando a criação de novos empregos para acompanhar o crescimento demográfico. E também para protegê-las, evitando a entrada de produtos estrangeiros no país, considerando que muitas dessas indústrias não têm condições de competir no mercado. Porém, deve-se atentar para um fato de grande importância: se as barreiras forem temporárias e dessa forma existir um cronograma bem definido de redução gradual das tarifas, as indústrias locais poderão se instalar, de início protegido, e

31 31 posteriormente terão de se modernizar para enfrentar a concorrência externa, já que as tarifas serão reduzidas, facilitando a entrada de produtos importados. Mas, se as barreiras forem permanentes, isso implicará numa acomodação por parte das empresas locais que, provavelmente, continuarão a produzir artigos caros e de qualidade inferior. As barreiras não-tarifárias consistem naquelas criadas pelos países com a intenção de evitar a entrada de produtos estrangeiros. Eles criam artifícios, através da discriminação de tais produtos, que podem restringir ou modificar o volume ou a própria composição do produto a ser importado e, portanto são, provavelmente, barreiras que mereçam uma maior atenção. Nessa prática, pode haver participação do Governo de forma direta ou indireta. São várias as barreiras que podem ser encontradas por uma empresa no decorrer de sua atividade de exportação. A simples diferença de idiomas, de moeda, até mesmo de pesos e medidas, podem vir a ser consideradas como barreiras. Porém, estas são relativamente fáceis de se transpor. Sendo assim, faz se necessário conhecer um pouco sobre àquelas que mais dificultam as empresas de obterem o êxito desejável sendo, dessa forma, consideradas principais Taxas Múltiplas de Câmbio Provavelmente, faz se importante clarificar um pouco a respeito do conceito de câmbio. Do comércio entre os países, decorre a necessidade da realização de pagamentos e/ou recebimentos entre eles. Sabe-se, no entanto, que existe uma diferença nos padrões monetários de cada um deles. Em função disso, para que se possa realizar os pagamentos, estes terão de ser convertidos nas moedas dos países em foco. Essa atividade de pagamento e recebimento internacional se chama câmbio. As moedas, dentro desse contexto, podem se classificar de duas formas: Moedas arbitráveis ou conversíveis: são àquelas que possuem livre aceitação no mercado internacional e também são cotadas nas bolsas internacionais. Pertencem a países desenvolvidos. Um exemplo é o dólar americano.

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