BALANÇO DO SETOR FERROVIÁRIO BRASILEIRO.
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- Iago Marques da Mota
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2 BALANÇO DO SETOR FERROVIÁRIO BRASILEIRO. No início de 2003, o Governo Federal lançou o Plano de Revitalização das Ferrovias Brasileiras, que estruturou ações de integração e adequação de toda a malha ferroviária. PRODUÇÃO DE TRANSPORTE Com a correção de imperfeições passadas e ampliação da capacidade de transporte, pela expansão e modernização da malha, além do resgate do transporte ferroviário de passageiros, os bons resultados entraram nos trilhos A participação do transporte ferroviário na matriz de transporte de cargas no Brasil, que no ano de 2002 era de 23%, alcançou 25% no ano de Em números, isso representa um acréscimo de 50 bilhões de toneladas transportadas por quilômetro útil, que já é um ótimo resultado a curto prazo. CARGA TRANSPORTADA A carga transportada pelas ferrovias em 2002 foi de 321 milhões de toneladas, crescendo para 389 milhões de toneladas em De 2003 a 2005, foi 1,1 bilhão de toneladas transportadas. A produção de transporte em 2002 foi de 170 bilhões de TKU (tonelada/quilômetro útil), crescendo para 222 bilhões de TKU em A produção de transporte, de 2003 a 2005, foi de 611 bilhões de TKU. FROTA LOCOMOTIVAS A frota de locomotivas cresceu de unidades, em 2002, para unidades em 2005.
3 VAGÕES INVESTIMENTOS EM CONCESSIONÁRIAS A frota de vagões que era de unidades, em 2002, aumentou para unidades em PESSOAL EMPREGADO A geração de empregos diretos e indiretos contratados pelas concessionárias, para a prestação dos serviços de carga, era de pessoas, em 2002, atingindo em REVITALIZAÇÃO DA INDÚSTRIA VAGÕES PRODUZIDOS Ano Os investimentos em concessionárias foram de R$ 0,6 bilhão, em 2002, alcançando R$ 2,1 bilhões no ano de No período foram realizados investimentos no montante de R$ 5 bilhões na modernização das malhas e na melhoria da operação ferroviária. RECURSOS DA UNIÃO Não existe crescimento sem investimento, por isso, o Governo Federal vem promovendo a execução de projetos de expansão e de aumento da capacidade das ferrovias. De 2003 a 2005, já foram investidos R$ 384,5 milhões na ampliação da malha ferroviária e na eliminação de pontos críticos, destacando-se: Construção da ferrovia Norte-Sul, nos Estados do Tocantins e de Goiás, onde foram aplicados R$ 309 milhões. Construção e adequação de travessias e contornos ferroviários nos Estados da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, onde foram aplicados R$ 66,2 milhões. A indústria ferroviária produziu vagões, no período , com ampliação de uma fábrica existente e implantação de quatro novas, gerando 30 mil empregos diretos e indiretos.
4 REALIZAÇÕES INFRA-ESTRUTURA OBRAS EM ANDAMENTO Entre as ações executadas nos corredores ferroviários para remoção de gargalos, aumentando a capacidade e melhorando a segurança, destacam-se: Contorno ferroviário de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Contorno ferroviário de Barretos, em São Paulo. Rebaixamento do leito ferroviário em Maringá, no Paraná. Ponte ferroviária de Lins, em São Paulo. Viaduto sobre a ferrovia, em Alagoinhas, na Bahia. Passagem inferior sob a ferrovia, na área urbana de Vespasiano, em Minas Gerais. Rebaixamento do leito ferroviário em Maringá, no Paraná. FERROVIA NORTE-SUL Com a expansão e modernização da malha ferroviária da Norte-Sul, as regiões Norte e Centro-Oeste tiveram maior escoamento da produção através do Porto de Itaqui, em São Luis do Maranhão. A área de infl uência da ferrovia é o corredor Norte-central do país que se estende desde Belém (PA) a São Luis (MA), na direção norte, até Goiânia (GO) e Brasília (DF), na direção sul, incluindo partes dos Estados do Maranhão, Pará, Tocantins, Mato Grosso e Goiás, e o Distrito Federal. A ferrovia transportará no sentido sul-norte produtos agrícolas (soja e algodão), industrializados (açúcar, farelo e óleo de soja) e minerais e no sentido norte-sul combustíveis, fertilizantes e carga geral, permitindo explorar comercialmente uma área de aproximadamente 1,8 milhão de quilômetros quadrados com produtos tradicionais como a soja, e potenciais como celulose, madeira e bioenergia. As projeções elaboradas indicam que, com a ferrovia operando até Palmas, no Tocantins, serão transportadas 11,2 milhões de toneladas de cargas em 2010, devendo atingir 25,8 milhões de toneladas em TRAMO NORTE, NO TOCANTINS: Conclusão do subtrecho Aguiarnópolis-Darcinópolis, com 38,5 km de extensão. Execução da superestrutura do subtrecho Darcinópolis-Babaçulândia, com 58 km de extensão. Início da construção do subtrecho Babaçulândia-Araguaína, com 50 km de extensão.
5 AÇÕES INSTITUCIONAIS TRAMO SUL, EM GOIÁS: Execução da terraplenagem no subtrecho Campo Limpo Ouro Verde de Goiás, com 40 km de extensão. FERROVIA NOVA TRANSNORDESTINA O projeto visa à construção de uma moderna ferrovia, com extensão de km, ligando Eliseu Martins, no Piauí, aos portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco. Está previsto pela iniciativa privada um investimento total de R$ 4,5 bilhões, entre capital privado, fi nanciamentos do BNDES, Fundo de Investimentos do Nordeste (FINOR) e Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). Esta obra, além de induzir à redução dos custos para o escoamento da produção agrícola e industrial da Região Nordeste, vai gerar 35 mil empregos durante as obras. ADEQUAÇÃO OPERACIONAL REESTRUTURAÇÃO DA BRASIL FERROVIAS Com a fi nalidade de assegurar os investimentos necessários à prestação dos serviços de transporte de cargas e ao aumento da efi ciência operacional das ferrovias, foi autorizada a reestruturação operacional e societária das concessionárias Ferrovias Norte Brasil S.A. - FERRONORTE, Ferrovias Bandeirantes S.A. - FERROBAN e Ferrovia Novoeste S.A. - NOVOESTE. A operação envolveu recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e dos principais sócios das concessionárias, com investimento de R$ 1,2 bilhão, sendo 44% de recursos do BNDES. Para otimizar os corredores de transporte ferroviário de cargas, foram implementadas ações envolvendo a cisão do trecho compreendido entre Araguari (MG) e Boa Vista Nova (SP), pertencente à malha da FERROBAN, incorporando-o à Ferrovia Centro Atlântica S.A. (FCA), e a desincorporação do trecho Mairinque (SP) Bauru (SP) da malha concedida à FERROBAN, incorporando-o à NOVOESTE. AÇÕES A SEREM IMPLEMENTADAS A FERROBAN, a NOVOESTE e a Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) assinaram Termos de Ajuste de Conduta (TAC), com o objetivo de normalizar as condições operacionais do transporte ferroviário, fi xar metas de produção e segurança e regularizar as inadimplências junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). APRIMORAMENTO REGULATÓRIO A ANTT deverá editar resoluções relativas a Receita Alternativa, Comunicação de Acidentes, Plano Trienal de Investimentos, Monocondução Ferroviária, Investidor Dependente, Transporte Ferroviário de Produtos Perigosos e rever a Resolução de Tráfego Mútuo e Direito de Passagem. Implantará, também, o novo sistema de acompanhamento de informações das concessionárias, que permitirá maior confi abilidade dos dados e maior volume de informações, e o sistema de controle dos ativos de cada concessionária, que propiciará maior controle dos equipamentos e dos ativos empregados na prestação dos serviços públicos de transporte ferroviário de carga.
6 PERSPECTIVA INFRA-ESTRUTURA AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE OBRAS A SEREM INICIADAS Construção do contorno ferroviário entre São Felix e Cachoeira, na Bahia. Adequação da travessia ferroviária no perímetro urbano de Barra Mansa, no Rio de Janeiro. Construção do contorno ferroviário de São Francisco do Sul, em Santa Catarina. Retomada das obras do contorno ferroviário de Campo Belo, em Minas Gerais. Remoção da favela do Arará, no Rio de Janeiro, para a melhoria das condições operacionais e de segurança no acesso ferroviário ao porto do Rio de Janeiro. FERROVIA NORTE-SUL Conclusão do subtrecho Darcinópolis Araguaína, no Tocantins, com 108 km de extensão. Construção do Pátio Multimodal de Araguaína, no Tocantins. Conclusão do subtrecho Campo Limpo Ouro Verde, em Goiás, com 40 km de extensão. Elaboração da modelagem para a subconcessão do trecho Açailândia, no Maranhão, a Palmas/Porto Nacional, no Tocantins, com 781 km de extensão, visando à operação e manutenção da ferrovia por um período de 30 anos, envolvendo os subtrechos: Açailândia, no Maranhão a Aguiarnópolis, no Tocantins, em operação, com 215 km de extensão. Aguiarnópolis Araguaína, no Tocantins, em construção pela VALEC, cuja conclusão está prevista para dezembro de 2006, numa extensão de 146,5 km. Araguaína Palmas/Porto Nacional, no Tocantins, a ser construído pela VALEC a partir de 2007, utilizando os recursos da outorga, numa extensão de 357,5 km.
7 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS FERROVIA NOVA TRANSNORDESTINA A nova ferrovia, de alta capacidade, em bitola mista (1,60 m e 1,00 m), será reconstruída no trecho Suape Salgueiro, em Pernambuco, com 550 km de extensão, readequada no trecho Pecém Missão Velha, no Ceará com 600 km de extensão e construída nos trechos Missão Velha (CE) Salgueiro (PE), com 100 km de extensão, e Salgueiro (PE) Eliseu Martins (PI), com 546 km de extensão. Os serviços de construção serão de responsabilidade da Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN), concessionária de malha Nordeste, e as obras iniciadas pelo subtrecho Salgueiro Araripina, em Pernambuco, com 100 km de extensão. PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA Os empreendimentos em análise para atrair investimentos privados no atendimento às demandas de infra-estrutura ferroviária são: FERROANEL DE SÃO PAULO Construção do tramo norte (66,5 km) e do tramo sul (45 km), possibilitando a transposição da região metropolitana pelos trens com cargas destinadas aos portos de Santos e de Sepetiba, sem passagem pela área central da cidade de São Paulo, liberando os atuais trilhos para a movimentação urbana de passageiros. VARIANTE GUARAPUAVA IPIRANGA Construção de um novo trecho ferroviário (130 km), em substituição ao atual, que apresenta sérias restrições operacionais, aumentando a capacidade da ligação entre a região oeste do Paraná e os portos de Paranaguá e São Francisco do Sul. Além de transportar muita carga pesada, o transporte ferroviário brasileiro está crescendo para novas frentes, por meio do Programa de Resgate do Transporte Ferroviário de Passageiros. Trens de alta velocidade, envolvendo o estudo de propostas para implantação dos trens de alta velocidade (superior a 250 km/h) nas ligações: Rio de Janeiro (RJ) São Paulo (SP) Brasília (DF) Goiânia (GO) Trens turísticos, visando o desenvolvimento do turismo e o resgate do patrimônio histórico e cultural das ferrovias nos trechos: São João Del Rei Tiradentes e Ouro Preto Mariana, em Minas Geais. Bento Gonçalves Carlos Barbosa e Rio Pardo Cachoeira do Sul, no Rio Grande do Sul. Paraíba do Sul Cavarú, no Rio de Janeiro. Campo Grande Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Tubarão Imbituba Urussanga, em Santa Catarina. Brás Mooca, em São Paulo. Trens regionais, objetivando a implantação de trens regulares de passageiros com velocidade em torno de 100 km/h, por meio de concessão ou permissão. Foram identifi cados 28 trechos potencialmente viáveis, devendo o Ministério dos Transportes, o BNDES e o Ministério das Cidades selecionar 15 trechos que servirão como piloto para o projeto. Os trechos já defi nidos são: Cabedelo João Pessoa Campina Grande, na Paraíba. Parnamirim Natal Ceará Mirim, no Rio Grande do Norte (trecho operado pela CBTU). Maceió Lourenço de Albuquerque (trecho operado pela CBTU).
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