SEMINÁRIO SANEAMENTO EM PAUTA CABO FRIO
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- Luca Castanho Bonilha
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1 SEMINÁRIO SANEAMENTO EM PAUTA CABO FRIO RAUL TEIXEIRA: Procurador do Estado Procurador-Chefe da assessoria jurídica da Secretaria de Estado do Ambiente/RJ Professor do Programa de Aperfeiçoamento Acadêmico (Programa acadêmico Direito Ambiental brasileiro. ) realizado pela PUC/RJ luarttr@alternex.com.br
2 O NOVO MARCO REGULATÓRIO E AS FORMAS DE CONTRATAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL. 1. INTRODUÇÃO O Direito Ambiental e o Saneamento Básico. 2. CONCEITO DE MARCO REGULATÓRIO Matéria de intensa controvérsia; competência; judicialização; ADI marcos regulatórios anteriores. 3. TRAJETÓRIA HISTÓRICA O Perfil urbanístico das cidades brasileiras Questão recorrente; inversão do tabuleiro demográfico Conceito de Região Metropolitana; Prof. Diogo de Figueiredo Moreira Neto.
3 4. Primeiro marco regulatório: Lei de 1853 autorizou o Imperador D. Pedro II e por delegação os presidentes de províncias a contratar em regime de concessão empresas privadas, inclusive estrangeiras, a executar os serviços de limpeza de esgoto doméstico e aguas pluviais. 5. Segundo marco regulatório: A partir de Poder Público assume a gestão do saneamento; centralização nas administrações diretas municipais; 6.Terceiro marco regulatório: autarquização do saneamento; anos 40 e 50.
4 7. Quarto marco regulatório: Planasa; tentativa de estadualização do setor de saneamento. CARTA DE 1967 Artigo 157. (...) 10 A União, mediante lei complementar, poderá estabelecer regiões metropolitanas, constituídas por Municípios que, independentemente de sua vinculação administrativa, integrem a mesma comunidade socioeconômica, visando à realização de serviços de interesse comum.
5 LEI COMPLEMENTAR Nº 14, DE 8 DE JUNHO DE 1973 Estabelece as regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, Curitiba, Belém e Fortaleza. Art. 3º - compete ao Conselho Deliberativo: I - promover a elaboração do Plano de Desenvolvimento integrado da região metropolitana e a programação dos serviços comuns; II - coordenar a execução de programas e projetos de interesse da região metropolitana, objetivandolhes, sempre que possível, a unificação quanto aos serviços comuns;
6 Parágrafo único - A unificação da execução dos serviços comuns efetuar-se-á quer pela concessão do serviço a entidade estadual, que pela constituição de empresa de âmbito metropolitano, quer mediante outros processos que, através de convênio, venham a ser estabelecidos. (...) Art. 6º - Os Municípios da região metropolitana, que participarem da execução do planejamento integrado e dos serviços comuns, terão preferência na obtenção de recursos federais e estaduais, inclusive sob a forma de financiamentos, bem como de garantias para empréstimos.
7 LEI COMPLEMENTAR Nº 20, DE 1º DE JULHO DE 1974 Dispõe sobre a criação de Estados e Territórios. (...) Art. 8º - Os Estados do Rio de Janeiro e da Guanabara passarão a constituir um único Estado, sob a denominação de Estado do Rio de Janeiro, a partir de 15 de março de Parágrafo único - A Cidade do Rio de Janeiro será a Capital do Estado.
8 (...) Art Fica estabelecida, na forma do art. 164 da Constituição, a Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Parágrafo único - A Região Metropolitana do Rio de Janeiro constitui-se dos seguintes Municípios: Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias, Itaboraí, Itaguaí, Magé, Maricá, Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Petrópolis, São Gonçalo, São João do Meriti e Mangaratiba. Art Aplica-se à Região Metropolitana do Rio de Janeiro o disposto nos arts. 2º, 3º, 4º, 5º e 6º da da Lei Complementar nº 14, de 8 junho de 1973.
9 8. Década de noventa; retomada dos serviços; rescisão das antigas concessões; reforma patrimonial do estado brasileiro; PND; Lei estadual nº 2.470/95 cria o programa estadual de desestatização. 9. Lei Complementar estadual nº 87, de 17/12/97; cria a região metropolitana do Rio de Janeiro, a microrregião dos lagos e a microrregião da costa verde.
10 Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.... 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
11 10. Novo marco regulatório do Saneamento Básico; Emenda Constitucional nº 19, de 5/06/98; introduz nova redação ao art.241 da CF; Lei nº /05(consórcios públicos e convênios de cooperação); Lei nº /07(diretrizes nacionais do saneamento básico); Lei nº /10 ( política nacional de resíduos sólidos). Art A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19 de 1998)
12 LEI Nº /2007 Art. 2 o Os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com base nos seguintes princípios fundamentais: I - universalização do acesso; II - integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento básico, propiciando à população o acesso na conformidade de suas necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados; III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente; IV - disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado;
13 V - adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais e regionais; VI - articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator determinante; VII - eficiência e sustentabilidade econômica; VIII - utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de pagamento dos usuários e a adoção de soluções graduais e progressivas;
14 IX - transparência das ações, baseada em sistemas de informações e processos decisórios institucionalizados; X - controle social; XI - segurança, qualidade e regularidade; XII - integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos
15 Sem dúvida a nova lei introduziu importantes conceitos sobre a matéria, definindo como saneamento o conjunto de serviços, infraestrutura e instalação operacionais de: a) abastecimento de água potável constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição b) esgotamento sanitário constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente.
16 c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos - conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas. d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas - conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas.
17 FORMAS DE CONTRATAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO. O DECRETO FEDERAL Nº 7.217, DE 21/06/2010, QUE REGULAMENTA A LEI Nº /2007, EM SEU ART. 38 DISPÕE: art. 38. O titular poderá prestar os serviços de saneamento básico: I - diretamente, por meio de órgão de sua administração direta ou por autarquia, empresa pública ou sociedade de economia mista que integre a sua administração indireta, facultado que contrate terceiros, no regime da Lei n o 8.666, de 21 de junho de 1993, para determinadas atividades;
18 II - de forma contratada: a) indiretamente, mediante concessão ou permissão, sempre precedida de licitação na modalidade concorrência pública, no regime da Lei n o 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; ou b) no âmbito de gestão associada de serviços públicos, mediante contrato de programa autorizado por contrato de consórcio público ou por convênio de,cooperação entre entes federados, no regime da Lei n o , de 6 de abril de 2005; ou (...)
19 b) no âmbito de gestão associada de serviços públicos, mediante contrato de programa autorizado por contrato de consórcio público ou por convênio de,cooperação entre entes federados, no regime da Lei n o , de 6 de abril de 2005; ou (...)
20 11. ADI-1842: Acórdão publicado a 16/09/2013: Para o adequado atendimento do interesse comum, a integração municipal do serviço de saneamento básico pode ocorrer tanto voluntariamente, por meio de gestão associada, empregando convênios de cooperação ou consórcios públicos, consoante o arts. 3º, II, e 24 da Lei Federal /2007 e o art. 241 da Constituição Federal, como compulsoriamente, nos termos em que prevista na lei complementar estadual que institui as aglomerações urbanas. A instituição de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas ou microrregiões pode vincular a participação de municípios limítrofes, com o objetivo de executar e planejar a função pública do saneamento básico, seja para atender adequadamente às exigências de higiene e saúde pública, seja para dar viabilidade econômica e técnica aos municípios menos favorecidos. Repita-se que este caráter compulsório da integração metropolitana não esvazia a autonomia municipal.
21 5. Inconstitucionalidade da transferência ao estadomembro do poder concedente de funções e serviços públicos de interesse comum. O estabelecimento de região metropolitana não significa simples transferência de competências para o estado. O interesse comum é muito mais que a soma de cada interesse local envolvido, pois a má condução da função de saneamento básico por apenas um município pode colocar em risco todo o esforço do conjunto, além das consequências para a saúde pública de toda a região. O parâmetro para aferição da constitucionalidade reside no respeito à divisão de responsabilidades entre municípios e estado.
22 SEMINÁRIO SANEAMENTO EM PAUTA CABO FRIO RAUL TEIXEIRA: Procurador do Estado Procurador-Chefe da assessoria jurídica da Secretaria de Estado do Ambiente/RJ Professor do Programa de Aperfeiçoamento Acadêmico (Programa acadêmico Direito Ambiental brasileiro. ) realizado pela PUC/RJ luarttr@alternex.com.br
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