Projecto de Resolução nº 59/X (CENTRAIS TERMOELÉCTRICAS DE RESÍDUOS FLORESTAIS)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Projecto de Resolução nº 59/X (CENTRAIS TERMOELÉCTRICAS DE RESÍDUOS FLORESTAIS)"

Transcrição

1 Projecto de Resolução nº 59/X (CENTRAIS TERMOELÉCTRICAS DE RESÍDUOS FLORESTAIS) Os incêndios florestais, que tão calamitosamente têm vindo a assolar anualmente o nosso País, causando a destruição do seu património natural, podem ter variadíssimas causas. Contudo, quaisquer que sejam casuisticamente as razões do seu aparecimento, o desenvolvimento e o incremento deste tipo de fogos, as suas origens assentam sempre e em todos os casos, em duas realidades transversais a todo este fenómeno: O desordenamento florestal e a ausência de actividades de limpeza das matas. No que toca às causas directas destes incêndios, muito recentemente, em meados de Agosto deste ano, a Polícia Judiciária (PJ) e o Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas confirmaram que apenas 20% dos incêndios registados desde o início de 2005 tiveram como causa o fogo-posto. Para estas duas entidades, a negligência (embora seja considerada crime pelos efeitos que produz) está na origem da maior parte dos incêndios florestais. A questão climática está, também, sempre presente entre as causas dos incêndios florestais que assolam o nosso País, sobretudo na fase estival. O calor, o vento e a humidade contribuem para explicar a maior ou menor dimensão destes fenómenos. Ano após ano, a denominada regra dos 30 temperaturas acima de 30ºC, humidades abaixo de 30% e ventos com mais de 30 km/h, tem-se vindo, infelizmente, a banalizar. Neste tocante existem, também, factores climáticos que são relevantes para a análise da dimensão dos incêndios florestais e que nem sempre são referenciados. Trata-se das ondas de calor que quantificam o número de dias consecutivos com temperaturas elevadas, do denominado efeito de secura que se relaciona com os teores de humidade na vegetação e das descargas eléctricas na atmosfera associadas às trovoadas. Cientificamente, segundo o Instituto de Meteorologia, onda de calor é o número de dias por período, onde em intervalos de pelo menos 6 dias consecutivos, a temperatura 1

2 máxima é superior ao percentil 90, isto é, é superior ao valor da temperatura que ocorre em 10% do tempo ou que é susceptível de ser excedida em 10% do tempo. Não obstante o ângulo por que se aborde esta temática, certo é que as responsabilidades a todos dizem respeito neste domínio, sendo, por isso, importante apontar caminhos e apresentar soluções concretas e viáveis. Segundo os dados oficiais da Direcção-Geral dos Recursos Florestais, só nos últimos 5 anos arderam em Portugal hectares de floresta. Sabe-se, ainda, que nas nossas florestas contabilizam anualmente cerca de 3,5 milhões de toneladas resíduos florestais que, por outro lado, funcionam como autênticos rastilhos ao rápido avanço das chamas, originando incêndios de grandes proporções em que o combate se torna desigual entre as chamas e os soldados da paz. Deste modo, a recolha destes resíduos constituiria um contributo inestimável não só na protecção da floresta, mas também na promoção da nossa economia. Acresce que estes resíduos têm um valor energético muito significativo, podendo, assim, contribuir significativamente para a diminuição da nossa dependência do petróleo. A Resolução do Conselho de Ministros nº 63/2003, de 28 de Abril, que aprovou as orientações da política energética portuguesa, estabeleceu, como objectivo, instalar, até 2010, uma potência de 150 MW de produção de electricidade, com base na biomassa, em Portugal, partindo de uma situação de referência actual de apenas existir uma central dedicada de 9 MW - a Central Termoeléctrica de Mortágua, do Grupo EDP Energias de Portugal. Essa primeira quantificação do interesse da biomassa pecou por ser demasiado conservadora, embora se entenda por não existir, em Portugal, uma tradição de valorização energética de biomassa residual. Entretanto o mercado reagiu, e em Janeiro de 2005 os pedidos apresentados junto da Direcção-Geral de Geologia e Energia, por diversos promotores, para instalarem centrais de biomassa, aproximaram-se dos 300 MW de potência eléctrica. Estudos efectuados pelo CBE - Centro da Biomassa para a Energia - mostram que podem vir a existir mais de 80 MW instalados na Região Centro, até 2010, contando apenas com a biomassa florestal residual. 2

3 Para a Região Norte o CBE indica a possibilidade concreta de se virem a instalar, no mesmo horizonte temporal, um mínimo de 45 MW de potência eléctrica, com base em biomassa florestal residual, e na Região de Lisboa e Vale do Tejo será possível instalar pelo menos 30 MW de potência eléctrica. Na Região do Alentejo é possível instalar um mínimo de 25 MW e, na Região do Algarve, serão instalados mais de 15 MW de potência eléctrica, segundo esse Centro. Com base na experiência concreta da Central de Biomassa de Mortágua, este conjunto de novas centrais podem vir a valorizar energeticamente cerca de de toneladas/ano de resíduos florestais, criando mais de 650 postos de trabalho directos, qualificados. Para além disso, garantir-se-ia, com semelhante iniciativa, uma verdadeira estabilidade profissional aos actuais cerca de 900 sapadores florestais, distribuídos, hoje em dia, por 180 equipas de 5 pessoas cada. A serem concretizadas, essas Centrais dinamizarão o Mundo Rural, pois a remuneração esperada desses resíduos, a pagar a proprietários e a empresas de exploração florestal, pode atingir cerca de 40 milhões/ano, com um horizonte de 25 anos de funcionamento pleno. A importância de uma rede de centrais de biomassa como a indicada é fundamental para ajudar a diminuir o risco de incêndio florestal, permitindo um correcto ordenamento florestal e sendo esta questão vital para a floresta nacional. O investimento previsto para o estabelecimento dessas centrais orçará os 420 milhões. A iniciativa privada avançará para a concretização desses investimentos, desde que exista um ajustamento de 16 % da Tarifa Verde aplicável actualmente, criando as indispensáveis condições de mercado, a exemplo do que o anterior Governo promoveu para outras fontes endógenas e renováveis. O reforço da tarifa deve ser ajustada para se estabelecerem as bases de racionalidade económica destes investimentos, única forma de dinamizar estes novos mercados de biomassa como combustível endógeno e renovável, poupando divisas ao País e diminuindo a nossa dependência externa de fontes energéticas (actualmente a tarifa vale de cerca de 10,6 cêntimos de euro por KWh). A energia eléctrica injectada na rede eléctrica nacional, com base na biomassa florestal residual, pode assim atingir os GWh por ano, ou seja, mais de 6 % o 3

4 compromisso do consumo de energia eléctrica em Portugal ser satisfeito a partir de fontes renováveis. Estes 1.500GWh são o equivalente ao consumo dos residentes nos distritos de Coimbra, Castelo Branco e da Guarda. E pouparíamos mais de 3 milhões de barris de petróleo, que ao preço actual significa 210 milhões de dólares. O seu interesse nas Contas Nacionais, por evitar importações de combustíveis fósseis é apreciável, assim como é decisivo o seu contributo para a redução de gases com efeito de estufa, a que Portugal se encontra obrigado, e de que já se sabe qual o défice esperado, em Nestes termos, - Considerando o recente anúncio do XVII Governo Constitucional numa aposta clara na promoção das energias renováveis; - Considerando a necessidade da limpeza da nossa floresta para redução do risco de deflagração de incêndios; - Considerando a necessidade de uma menor dependência do nosso País da importação de combustíveis fósseis; - Considerando a necessidade de criar maior valor para os vários subprodutos florestais; - Considerando a necessidade da criação de emprego, A Assembleia da República recomenda ao Governo a adopção de medidas, com vista à promoção do aproveitamento energético dos resíduos florestais, que contemplem, designadamente: a) A abertura de concurso público para a instalação e exploração de centrais térmicas, com uma potência instalada de até 200 MW para a produção de energia eléctrica a partir de resíduos florestais residuais, no regime legal dos procedimentos para pedidos de informação prévia para a atribuição de pontos de interligação à rede pública, regulados pelo Decreto-Lei nº 312/2001, de 10 de Dezembro; b) Um ajustamento de 16 % da Tarifa Verde aplicável actualmente, para as centrais de menor dimensão, criando as indispensáveis condições de mercado, a exemplo do que o anterior Governo promoveu para outras fontes endógenas e renováveis. c) Maior agilidade no processo burocrático de ligações á rede eléctrica nacional. 4

5 d) A cassação imediata das licenças atribuídas para a instalação e exploração de centrais térmicas que utilizem resíduos florestais como combustível e relativamente às quais se encontre já expirado o prazo para a sua entrada em funcionamento, sem que tal diligência tenha sido observada pelos respectivos titulares. Palácio de São Bento, 29 de Agosto de O Deputado do Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata, (Miguel Almeida) 5

O FUTURO ENERGÉTICO EM PORTUGAL EÓLICA E BIOMASSA

O FUTURO ENERGÉTICO EM PORTUGAL EÓLICA E BIOMASSA O FUTURO ENERGÉTICO EM PORTUGAL EÓLICA E BIOMASSA PROMOVIDO PELA: ORDEM DOS ENGENHEIROS ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESA CONFEDERAÇÃO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA CARLOS ALEGRIA

Leia mais

PROJECTO DE LEI N.º 593/XI/2.ª

PROJECTO DE LEI N.º 593/XI/2.ª Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 593/XI/2.ª PROMOVE A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO SECTOR DOS EDIFÍCIOS ATRAVÉS DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE ENERGIA PARA BENEFÍCIO DOS CONSUMIDORES Exposição de Motivos

Leia mais

NOTA EXPLICATIVA DA INFORMAÇÃO SOBRE PRODUÇÃO EM REGIME ESPECIAL

NOTA EXPLICATIVA DA INFORMAÇÃO SOBRE PRODUÇÃO EM REGIME ESPECIAL NOTA EXPLICATIVA DA INFORMAÇÃO SOBRE PRODUÇÃO EM REGIME ESPECIAL Ago 2009 ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS Este documento está preparado para impressão em frente e verso Rua Dom Cristóvão da

Leia mais

NOTA EXPLICATIVA DA INFORMAÇÃO SOBRE PRODUÇÃO EM REGIME ESPECIAL

NOTA EXPLICATIVA DA INFORMAÇÃO SOBRE PRODUÇÃO EM REGIME ESPECIAL NOTA EXPLICATIVA DA INFORMAÇÃO SOBRE PRODUÇÃO EM REGIME ESPECIAL Dezembro 2008 ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS Este documento está preparado para impressão em frente e verso Rua Dom Cristóvão

Leia mais

PLANO NOVAS ENERGIAS (ENE 2020)

PLANO NOVAS ENERGIAS (ENE 2020) PLANO NOVAS ENERGIAS (ENE 2020) 0 Metas da União Europeia para 2020 20% 20% 20% Peso das Renováveis no consumo de energia final Redução do consumo de energia final Redução de gases de efeito de estufa

Leia mais

PROTOCOLO DE QUIOTO, UM DESAFIO NA UTILIZAÇÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS

PROTOCOLO DE QUIOTO, UM DESAFIO NA UTILIZAÇÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS PROTOCOLO DE QUIOTO, UM DESAFIO NA UTILIZAÇÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS Índice Compromissos ambientais Compromissos ambientais Protocolo de Quioto Objectivos da Directiva FER 2001/77 CE Metas Indicativas

Leia mais

Promoção do uso sustentável da biomassa florestal para fins energéticos

Promoção do uso sustentável da biomassa florestal para fins energéticos Focus Group IV Sustentabilidade Energética na Agricultura e Florestas Promoção do uso sustentável da biomassa florestal para fins energéticos Ponte de Lima, 03 de outubro de 2013 2000 2003 Comissão de

Leia mais

Opções de utilização da biomassa florestal

Opções de utilização da biomassa florestal utilização da biomassa florestal no nergético de Luís Manuel de Aguiar Teixeira Orientador: Prof. Vítor Leal nergético de Paradigma energético actual assente essencialmente nas Fontes Fósseis Consumo mundial

Leia mais

Enquadramento da utilização da biomassa na União Europeia

Enquadramento da utilização da biomassa na União Europeia Enquadramento da utilização da biomassa na União Europeia Cristina Santos 1 Enquadramento na EU 2 Disponibilidades 3 Estratégia nacional 1 Enquadramento Directiva 2001/77/CE relativa às energia renováveis

Leia mais

Projecto de Lei n.º 81/XII/1.ª

Projecto de Lei n.º 81/XII/1.ª Projecto de Lei n.º 81/XII/1.ª Procede à 2.ª Alteração ao Decreto-Lei n.º 23/2010, de 25 de Março, alterado pela Lei nº 19/2010 de 23 de Agosto, que estabelece o regime jurídico e remuneratório aplicável

Leia mais

Sessão Pública Apresentação da Agenda Regional para a Energia. Resíduos do Nordeste, EIM

Sessão Pública Apresentação da Agenda Regional para a Energia. Resíduos do Nordeste, EIM Sessão Pública Apresentação da Agenda Regional para a Energia Resíduos do Nordeste, EIM 17.03.2010 Resíduos do Nordeste, EIM A actividade da empresa engloba a recolha e deposição de resíduos indiferenciados

Leia mais

As Energias Renováveis nas Orientações de Médio Prazo

As Energias Renováveis nas Orientações de Médio Prazo As Energias Renováveis nas Orientações de Médio Prazo 2009-2012 Senhor Presidente da Assembleia Legislativa Senhoras e Senhores Deputados Senhor Presidente do Governo Senhoras e Senhores Membros do Governo

Leia mais

O projecto Biorrefina-Ter: território, floresta e desenvolvimento regional sustentável

O projecto Biorrefina-Ter: território, floresta e desenvolvimento regional sustentável O projecto Biorrefina-Ter: território, floresta e desenvolvimento regional sustentável João Nunes1,2; Paulo Serra e Silva2; Helena Freitas1,2 1 2 Universidade de Coimbra Associação Blc.Ceres.2G Plataforma

Leia mais

PLATAFORMA TECNOLÓGICA DA FLORESTA. A contribuição do CBE para a valorização da Biomassa

PLATAFORMA TECNOLÓGICA DA FLORESTA. A contribuição do CBE para a valorização da Biomassa PLATAFORMA TECNOLÓGICA DA FLORESTA A contribuição do CBE para a valorização da Biomassa Auditório Mestre Hélder Castanheira Livraria da Universidade de Aveiro 6 de Maio de 2015, Piedade Roberto, CBE PNAER

Leia mais

A I M P O R T Â N C I A D A B I O M A S S A. Dia Internacional das Florestas - A Importância da Biomassa no Mix Energético Nacional -

A I M P O R T Â N C I A D A B I O M A S S A. Dia Internacional das Florestas - A Importância da Biomassa no Mix Energético Nacional - A I M P O R T Â N C I A D A B I O M A S S A Dia Internacional das Florestas - A Importância da Biomassa no Mix Energético Nacional - 2018 A I M P O RTÂ N C I A DA B I O M A S S A A G E N D A 1 2 3 CONTEXTO

Leia mais

ELECTRICIDADE RENOVÁVEL Um protagonismo crescente. António Sá da Costa

ELECTRICIDADE RENOVÁVEL Um protagonismo crescente. António Sá da Costa ELECTRICIDADE RENOVÁVEL Um protagonismo crescente António Sá da Costa 2 EVOLUÇÃO 2000-2012 6.000 Evolução da potência renovável instalada em Portugal 5.000 4.000 MW 3.000 2.000 1.000 0 2000 2001 2002 2003

Leia mais

Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve. Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve. Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável 1992, Junho Na Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de

Leia mais

A importância das Energias Renováveis para São Tomé e Príncipe

A importância das Energias Renováveis para São Tomé e Príncipe Workshop de validação do Relatório Nacional de Ponto de Situação das Energias Renováveis em São Tomé e Príncipe A importância das Energias Renováveis para São Tomé e Príncipe CENTRO DE FORMAÇÃO BRASIL-

Leia mais

DECRETO-LEI N.º 339/2001 DE 29 DE DEZEMBRO

DECRETO-LEI N.º 339/2001 DE 29 DE DEZEMBRO A disponibilização para consulta do teor de diplomas legislativos não dispensa a consulta do Diário da República, não se responsabilizando a ERSE pelo seu conteúdo. DECRETO-LEI N.º 339/2001 DE 29 DE DEZEMBRO

Leia mais

Plan de Desarrollo de la Energía Hidroeléctrica

Plan de Desarrollo de la Energía Hidroeléctrica Agua, energía y sostenibilidad AGUA, ENERGÍA Y DESARROLLO Plan de Desarrollo de la Energía Hidroeléctrica Ana Seixas Zaragoza, 1 Setembro de 2008 Enquadramento Estratégico do PNBEPH Dependência energética

Leia mais

Cria um regime fiscal de incentivo à aquisição de bicicletas

Cria um regime fiscal de incentivo à aquisição de bicicletas PROJECTO DE LEI Nº 792/X Cria um regime fiscal de incentivo à aquisição de bicicletas A promoção da mobilidade suave tornou-se um imperativo nos dias de hoje. A opção pela pedonabilidade, pela bicicleta

Leia mais

Política de Desenvolvimento de Energias Novas e Renováveis em Moçambique- Biomassa

Política de Desenvolvimento de Energias Novas e Renováveis em Moçambique- Biomassa MINISTÉRIO DA ENERGIA Política de Desenvolvimento de Energias Novas e Renováveis em Moçambique- Biomassa Marcelina Mataveia Direcção Nacional de Energias Novas e Renováveis Maputo - Moçambique 7 de Fevereiro

Leia mais

Comunicado do Conselho de Ministros extraordinário de 21 de outubro de 2017

Comunicado do Conselho de Ministros extraordinário de 21 de outubro de 2017 Comunicado do Conselho de Ministros extraordinário de 21 de outubro de 2017 Este ano, Portugal foi fustigado pela maior vaga de incêndios desde há mais de uma década, com consequências trágicas ao nível

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº 956/XIII/3ª PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ECOTURISMO

PROJETO DE LEI Nº 956/XIII/3ª PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ECOTURISMO PROJETO DE LEI Nº 956/XIII/3ª PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ECOTURISMO O turismo em Portugal tem crescido nos últimos anos a um ritmo bastante significativo. Não procuraremos aqui avaliar das causas desse

Leia mais

Grandes Desenvolvimentos Regulatórios nos Países de Língua Oficial Portuguesa

Grandes Desenvolvimentos Regulatórios nos Países de Língua Oficial Portuguesa República Democrática de São Tomé e Principe X Conferência RELOP A COOPERAÇÃO REGIONAL NO SETOR ENERGÉTICO NOS PAÍSES DE LÍNGUA OFICIAL PORTUGUESA Grandes Desenvolvimentos Regulatórios nos Países de Língua

Leia mais

CÓDIGO DOS RESÍDUOS ACTUALIZAÇÃO N.º 1

CÓDIGO DOS RESÍDUOS ACTUALIZAÇÃO N.º 1 CÓDIGO DOS RESÍDUOS 2004 ACTUALIZAÇÃO N.º 1 Código dos Resíduos 2004 2 TÍTULO: CÓDIGO DOS RESÍDUOS 2004 Actualização N.º 1 AUTORES: Maria Alexandra de Sousa Aragão EDITOR: LIVRARIA ALMEDINA www.almedina.net

Leia mais

COMUNICAÇÃO PROFERIDA PELO DR

COMUNICAÇÃO PROFERIDA PELO DR COMUNICAÇÃO PROFERIDA PELO DR. JORGE CRUZ MORAIS, ADMINISTRADOR DA EDP E PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ENERGIA, DURANTE O I CONGRESSO NACIONAL DE SEGURANÇA E DEFESA, NO DIA 24 DE JUNHO DE 2010

Leia mais

Novo Regime Jurídico aplicável à energia produzida em Cogeração Decreto Lei nº 23/2010

Novo Regime Jurídico aplicável à energia produzida em Cogeração Decreto Lei nº 23/2010 Novo Regime Jurídico aplicável à energia produzida em Cogeração Decreto Lei nº 23/2010 José Perdigoto Director Geral de Energia e Geologia Lisboa, 09 de Junho 2010 0 Cogeração de Elevada Eficiência (EE)

Leia mais

A Regulação e o Desenvolvimento das Energias Renováveis em Cabo Verde

A Regulação e o Desenvolvimento das Energias Renováveis em Cabo Verde AGÊNCIA DE REGULAÇÃO ECONOMICA Seminário Boa Governação em Energias Renováveis 29 de Junho 1 de Julho de 2015 São Tomé e Príncipe A Regulação e o Desenvolvimento das Energias Renováveis em Cabo Verde Apresentação

Leia mais

3. CONTRIBUIÇÃO DAS RENOVÁVEIS PARA O DESENVOLVIMENTO NACIONAL 4. PERSPECTIVAS PARA A EVOLUÇÃO DAS RENOVÁVEIS

3. CONTRIBUIÇÃO DAS RENOVÁVEIS PARA O DESENVOLVIMENTO NACIONAL 4. PERSPECTIVAS PARA A EVOLUÇÃO DAS RENOVÁVEIS ÍNDICE 1. QUEM SOMOS 2. A ENERGIA EM PORTUGAL E NO MUNDO 3. CONTRIBUIÇÃO DAS RENOVÁVEIS PARA O DESENVOLVIMENTO NACIONAL 4. PERSPECTIVAS PARA A EVOLUÇÃO DAS RENOVÁVEIS 5. O PAPEL DE PORTUGAL NAS ENERGIAS

Leia mais

A exploração e distribuição dos recursos energéticos

A exploração e distribuição dos recursos energéticos A exploração e distribuição dos recursos energéticos Não renováveis carvão petróleo gás natural Combustí veis fósseis Recursos energéticos urânio solar eólica Renováveis hídrica ondas e marés geotérmica

Leia mais

Energia e Alterações Climáticas

Energia e Alterações Climáticas Energia e Alterações Climáticas «Nós por cá no Entre Douro e Vouga» Marta Lopes Marta.lopes@edvenergia.pt GEE- Gases com Efeito de Estufa: CO 2 Dióxido de carbono CH 4 Metano N 2 O Óxido nitroso HFCs

Leia mais

Aplicação de Sistemas de Microgeração no Vilamoura Golf & Garden Resort

Aplicação de Sistemas de Microgeração no Vilamoura Golf & Garden Resort Aplicação de Sistemas de Microgeração no Vilamoura Golf & Garden Resort Índice Introdução Apresentação do projecto Dimensionamento dos sistemas Benefícios Conclusões Introdução Caracterização da situação

Leia mais

Energias Renováveis:

Energias Renováveis: Energias Renováveis: o contributo da Investigação e Desenvolvimento. António Joyce Departamento de Energias Renováveis INETI - Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação Estrada do Paço do

Leia mais

Alberto Mendes Ministério do Turismo, Indústria e Energia Cabo Verde

Alberto Mendes Ministério do Turismo, Indústria e Energia Cabo Verde Alberto Mendes Ministério do Turismo, Indústria e Energia Cabo Verde Rendimento per capita de 2008 foi de US$3.130, sendo que em 1975 era de US$190 Taxa de alfabetização: 83,8% para adultos e 97% para

Leia mais

Projecto de lei nº 325 /X REGIME DE PREÇOS DE ENERGIA PARA O CONSUMO DOMÉSTICO

Projecto de lei nº 325 /X REGIME DE PREÇOS DE ENERGIA PARA O CONSUMO DOMÉSTICO Projecto de lei nº 325 /X REGIME DE PREÇOS DE ENERGIA PARA O CONSUMO DOMÉSTICO Exposição de motivos O anúncio do aumento do preço de electricidade a partir de 1 de Janeiro de 2007 em 15,7%, que está a

Leia mais

ALGUNS NÚMEROS SOBRE O PROBLEMA ENERGÉTICO DE PORTUGAL

ALGUNS NÚMEROS SOBRE O PROBLEMA ENERGÉTICO DE PORTUGAL 1 ALGUNS NÚMEROS SOBRE O PROBLEMA ENERGÉTICO DE PORTUGAL Pretende-se que o leitor interessado nesta matéria, venha a ter uma visão simples e integrada da questão energética do país, num passado recente

Leia mais

Energias renováveis e o PNBEPH. João Joanaz de Melo

Energias renováveis e o PNBEPH. João Joanaz de Melo Energias renováveis e o PNBEPH João Joanaz de Melo Impactes da produção de energia Forma de energia Petróleo, gás natural e carvão Nuclear Hídrica Eólica Solar Biomassa Geotérmica Impactes Emissão de GEE

Leia mais

Energia, Mobilidade e Alterações Climáticas José Manuel Melim Mendes

Energia, Mobilidade e Alterações Climáticas José Manuel Melim Mendes Energia, Mobilidade e Alterações Climáticas José Manuel Melim Mendes Enquadramento Energia Significativa tradição regional em investigação e inovação para a inventariação e valorização dos recursos hídricos,

Leia mais

COGERAÇÃO = CHP COMBINED HEAT AND POWER

COGERAÇÃO = CHP COMBINED HEAT AND POWER COGERAÇÃO = CHP COMBINED HEAT AND POWER DIREITO DA ENERGIA DOCENTE: SUZANA TAVARES DA SILVA REALIZADO POR: ANDREIA CATARINA ALMEIDA ANO 2015/2016 FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA Evolução

Leia mais

ENQUADRAMENTO LEGAL IMPLEMENTAÇÃO: MERCADO FOTOVOLTAICO. desenvolvimento do mercado fotovoltaico.

ENQUADRAMENTO LEGAL IMPLEMENTAÇÃO: MERCADO FOTOVOLTAICO. desenvolvimento do mercado fotovoltaico. ENQUADRAMENTO LEGAL E FISCAL IMPLEMENTAÇÃO ENQUADRAMENTO LEGAL IMPLEMENTAÇÃO: MERCADO FOTOVOLTAICO Na Figura 2 apresenta-se o resumo da evolução do quadro legal e fiscal de apoio ao desenvolvimento do

Leia mais

Case study. CGD Programa Caixa Carbono Zero EMPRESA ENVOLVIMENTO

Case study. CGD Programa Caixa Carbono Zero EMPRESA ENVOLVIMENTO Case study 2010 CGD Programa Caixa Carbono Zero EMPRESA Fundada em 1876, a Caixa Geral de Depósitos é o Banco que lidera o maior grupo financeiro Português. Presente em 23 países e 4 continentes, detém

Leia mais

As barragens e a gestão de recursos hídricos

As barragens e a gestão de recursos hídricos As barragens e a gestão de recursos hídricos João Joanaz de Melo João Joanaz de Melo FCT-UNL / GEOTA Contexto: alterações climáticas e indicadores energéticos Impactes das barragens: sociais, ecológicos,

Leia mais

POTENCIAR AS RENOVÁVEIS EM PORTUGAL RENOVÁVEIS EM MERCADO: REALIDADE OU UTOPIA? LISBOA, 26 DE SETEMBRO DE 2017

POTENCIAR AS RENOVÁVEIS EM PORTUGAL RENOVÁVEIS EM MERCADO: REALIDADE OU UTOPIA? LISBOA, 26 DE SETEMBRO DE 2017 POTENCIAR AS RENOVÁVEIS EM PORTUGAL RENOVÁVEIS EM MERCADO: REALIDADE OU UTOPIA? LISBOA, 26 DE SETEMBRO DE 217 GWh EVOLUÇÃO DO MIX DE PRODUÇÃO ELÉTRICO EM PORTUGAL 5 4 3 2 1 Hídrica Eólica Bioenergia Solar

Leia mais

GREEN BUSINESS WEEK 2017 O solar fotovoltaico na transição para uma economia de baixo carbono

GREEN BUSINESS WEEK 2017 O solar fotovoltaico na transição para uma economia de baixo carbono GREEN BUSINESS WEEK 2017 O solar fotovoltaico na transição para uma economia de baixo carbono Maria José Espírito Santo, Diretora de Serviços de Energia Elétrica Lisboa, 17 de março de 2017 1 O solar fotovoltaico

Leia mais

COGERAÇÃO A PARTIR DE BIOMASSA SÓLIDA

COGERAÇÃO A PARTIR DE BIOMASSA SÓLIDA COGERAÇÃO A PARTIR DE BIOMASSA SÓLIDA PRODUÇÃO COMBINADA DE CALOR, ELECTRICIDADE E CARVÃO VEGETAL Biomassa sólida proveniente da Agro-industria - casca de arroz - casca de girassol - casca de amêndoa -

Leia mais

Álvaro Rodrigues. Mai11 AR

Álvaro Rodrigues. Mai11 AR A Valorização do Território e as Energias Renováveis Guarda Maio de 2011 Energia Eólica Álvaro Rodrigues Energia e desenvolvimento (clima, território, etc.) Cultura energética dominante o petróleo e os

Leia mais

PRODUÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DE FONTES

PRODUÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DE FONTES PRODUÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DE FONTES RENOVÁVEIS A produção de energia, a partir de fontes renováveis, tem múltiplas vantagens, existindo fortes incentivos para a construção dessas Centrais de Micro Geração

Leia mais

Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Os espaços florestais ocupam cerca de 35 % do território continental e são fornecedores de diversos produtos essenciais para atividades industriais como a pasta e papel, cortiça e mobiliário, contribuindo

Leia mais

Energia e Ambiente. Desenvolvimento sustentável; Limitação e redução dos gases de efeito de estufa; Estímulo da eficiência energética;

Energia e Ambiente. Desenvolvimento sustentável; Limitação e redução dos gases de efeito de estufa; Estímulo da eficiência energética; Energia e Ambiente Desenvolvimento sustentável; Limitação e redução dos gases de efeito de estufa; Estímulo da eficiência energética; Investigação de formas novas e renováveis de energia; Potenciar as

Leia mais

A Importância da Biomassa no Mix Energético Nacional

A Importância da Biomassa no Mix Energético Nacional A Importância da Biomassa no Mix Energético Nacional 24 de Março de 2017 Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra 10:00 10:10 10:10 10:30 10:30 10:50 Abertura Prof. Dr. Luís Neves,

Leia mais

SIMPLESMENTE V E R D E WATERLOGIC E O MEIO AMBIENTE

SIMPLESMENTE V E R D E WATERLOGIC E O MEIO AMBIENTE SIMPLESMENTE WATERLOGIC E O MEIO AMBIENTE SIMPLESMENTE Os produtos Waterlogic permitem - REDUZIR A SUA PEGADA DE CARBONO - REDUZIR A DEPOSIÇÃO DE RESÍDUOS EM ATERROS - REDUZIR O CONSUMO ENERGÉTICO - REDUZIR

Leia mais

Gestão da Biomassa Florestal

Gestão da Biomassa Florestal 20 Março, Dia da Floresta Sónia Figo Centro da Biomassa para a Energia Gestão da Biomassa Florestal Centro da Biomassa para a Energia Missão O Centro da Biomassa para a Energia (CBE) é uma associação técnica

Leia mais

Comunidade Energética Sustentável CULATRA André Pacheco Albufeira, 14 de novembro de 2018

Comunidade Energética Sustentável CULATRA André Pacheco Albufeira, 14 de novembro de 2018 Comunidade Energética Sustentável CULATRA 2030 André Pacheco ampacheco@ualg.pt Albufeira, 14 de novembro de 2018 Como se caracteriza o setor energético no Algarve? Quais são os problemas e oportunidades

Leia mais

ENERGIA HIDROELÉCTRICA. António Gonçalves Henriques 1

ENERGIA HIDROELÉCTRICA. António Gonçalves Henriques 1 ENERGIA HÍDRICA ANTÓNIO GONÇALVES HENRIQUES António Gonçalves Henriques 1 DIAGRAMA DE CARGAS António Gonçalves Henriques 2 DIAGRAMA DE CARGAS António Gonçalves Henriques 3 APROVEITAMENTOS HIDRO-ELÉCTRICOS

Leia mais

Impacto da Produção Dispersa nas Redes Eléctricas

Impacto da Produção Dispersa nas Redes Eléctricas Paulo Moisés Almeida da Costa Docente do Departamento de Electrotecnia Escola Superior de Tecnologia de Viseu paulomoises@elect.estv.ipv.pt http://www.estv.ipv.pt/paginaspessoais/paulomoises/ Eduardo Miguel

Leia mais

Renováveis- Grande e Pequena Hídrica. Carlos Matias Ramos

Renováveis- Grande e Pequena Hídrica. Carlos Matias Ramos Renováveis- Grande e Pequena Hídrica Carlos Matias Ramos Lisboa, 3 de Março de 2009 Ilusão da Abundância Existe o sentimento de que os bens essenciais - água e energia eléctrica -são recursos disponíveis

Leia mais

Apresentação por António Saíde Director Nacional de Energias Novas e Renováveis

Apresentação por António Saíde Director Nacional de Energias Novas e Renováveis MINISTÉRIO DA ENERGIA Estratégia de Desenvolvimento de Energias Novas e Renováveis veis e o seu impacto na electrificação rural em Moçambique Apresentação por António Saíde Director Nacional de Energias

Leia mais

INTERVENÇÃO DE TRIBUNA Eficiência energética. Senhor Presidente da Assembleia, Senhoras e Senhores Deputados, Senhoras e Senhores Membros do Governo,

INTERVENÇÃO DE TRIBUNA Eficiência energética. Senhor Presidente da Assembleia, Senhoras e Senhores Deputados, Senhoras e Senhores Membros do Governo, INTERVENÇÃO DE TRIBUNA Eficiência energética O consumo energético, tal como o concebemos hoje em dia, é insustentável no médio e longo prazo. As estimativas apontam para que, em 2050, ao ritmo actual de

Leia mais

DESAFIOS Cátia Rosas, CONFAGRI

DESAFIOS Cátia Rosas, CONFAGRI BIOMASSA AGRÍCOLA para produção de ENERGIA ELÉCTRICA: DESAFIOS Cátia Rosas, CONFAGRI catia.rosas@confagri.pt www.confagri.pt/ambiente ÍNDICE Enquadramento Biomassa agrícola em espaço rural Conceito Projecto

Leia mais

rotulagem de energia eléctrica

rotulagem de energia eléctrica rotulagem de energia eléctrica ROTULAGEM DE ENERGIA ELÉCTRICA A rotulagem de energia eléctrica tem como principal objectivo informar os cidadãos sobre as fontes energéticas primárias utilizadas na produção

Leia mais

Caracterização Energética do País e do Algarve

Caracterização Energética do País e do Algarve Armando Inverno António Lamarão Área Eng. Mecânica EST/UAlg Caracterização Energética do País e do Algarve Uma Breve Abordagem Introdução A dependência energética de Portugal, particularmente em relação

Leia mais

ENERGIA DESTAQUE. Março de 2013 REGIME REMUNERATÓRIO DE CENTRAIS EÓLICAS 1. INTRODUÇÃO

ENERGIA DESTAQUE. Março de 2013 REGIME REMUNERATÓRIO DE CENTRAIS EÓLICAS 1. INTRODUÇÃO DESTAQUE Março de 2013 ENERGIA REGIME REMUNERATÓRIO DE CENTRAIS EÓLICAS 1. INTRODUÇÃO Em 28 de Fevereiro foi publicado em Diário da República o Decreto-Lei n.º 35/2013, que entrou em vigor no dia seguinte.

Leia mais

Proposta de Intervenção de S. Exa. a SEAE no Seminário Energia e Cidadania CIEJD, 23 de Março de 2009

Proposta de Intervenção de S. Exa. a SEAE no Seminário Energia e Cidadania CIEJD, 23 de Março de 2009 Proposta de Intervenção de S. Exa. a SEAE no Seminário Energia e Cidadania CIEJD, 23 de Março de 2009 A Importância de um esforço colectivo para um paradigma energético sustentável Cumprimentos Como é

Leia mais

Os princípios do Direito do Ambiente

Os princípios do Direito do Ambiente Regulação da Energia e Ambiente Os princípios do Direito do Ambiente Princípio da precaução Princípio da prevenção Princípio da correcção na fonte Princípio do poluidor pagador Princípio da sustentabilidade,

Leia mais

Biocombustível Marinho

Biocombustível Marinho Biocombustível Marinho 3ªas Jornadas Técnicas do Projeto TRES 11 de Novembro de 2011 Eng.º Aires Henriques Direcção de Estudos e Planeamento PLANO DE ACÇÃO REGIONAL Maximizar o aproveitamento dos recursos

Leia mais

Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico da Guarda. Figueiredo Ramos. (ESTG - Instituto Politécnico da Guarda)

Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico da Guarda. Figueiredo Ramos. (ESTG - Instituto Politécnico da Guarda) Figueiredo Ramos (ESTG - ) 17.05.2011 CONTEÚDO 1. Introdução. Perspectiva energética: história e futuro 2. Temperatura vs concentração de CO2 3. Tecnologias de conversão 4. Preocupações internacionais

Leia mais

SEMINÁRIO SERVIÇOS ENERGÉTICOS E CONTRATOS DE PERFORMANCE DE ENERGIA. Microgeração em Escolas E.B.1 de Guimarães: Um modelo de Contrato de Performance

SEMINÁRIO SERVIÇOS ENERGÉTICOS E CONTRATOS DE PERFORMANCE DE ENERGIA. Microgeração em Escolas E.B.1 de Guimarães: Um modelo de Contrato de Performance SEMINÁRIO SERVIÇOS ENERGÉTICOS E CONTRATOS DE PERFORMANCE DE ENERGIA Microgeração em Escolas E.B.1 de Guimarães: Um modelo de Contrato de Performance 1 - A Energia como um bem económico Os custos totais

Leia mais

VOLUME II Caracterização e Diagnóstico. Plano Regional de Ordenamento do Território. - A Situação Energética na Região do Algarve ANEXO K1

VOLUME II Caracterização e Diagnóstico. Plano Regional de Ordenamento do Território. - A Situação Energética na Região do Algarve ANEXO K1 MINISTÉRIO DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL COMISSÃO DE COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL DO ALGARVE Plano Regional de Ordenamento do Território - A Situação

Leia mais

Plano e Orçamento da Região Autónoma dos Açores Intervenção deputada Bárbara Chaves -

Plano e Orçamento da Região Autónoma dos Açores Intervenção deputada Bárbara Chaves - Plano e Orçamento da Região Autónoma dos Açores 2019 - Intervenção deputada Bárbara Chaves - Senhora Presidente da Assembleia Senhor Presidente do Governo O crescimento e a dinâmica que na nossa Região

Leia mais

DECISÃO DO CONSELHO DA AUTORIDADE DA CONCORRÊNCIA Ccent. 4/2005 SACYR- VALLEHERMOSO, S.A-/FINERGE-GESTÃO DE PROJECTOS ENERGÉTICOS, S.

DECISÃO DO CONSELHO DA AUTORIDADE DA CONCORRÊNCIA Ccent. 4/2005 SACYR- VALLEHERMOSO, S.A-/FINERGE-GESTÃO DE PROJECTOS ENERGÉTICOS, S. DECISÃO DO CONSELHO DA AUTORIDADE DA CONCORRÊNCIA Ccent. 4/2005 SACYR- VALLEHERMOSO, S.A-/FINERGE-GESTÃO DE PROJECTOS ENERGÉTICOS, S.A I - INTRODUÇÃO 1. Em 10 de Janeiro de 2005, a Autoridade da Concorrência

Leia mais

O TRANSPORTE RODOVIÁRIO TENDÊNCIAS ANTÓNIO MOUSINHO

O TRANSPORTE RODOVIÁRIO TENDÊNCIAS ANTÓNIO MOUSINHO O TRANSPORTE RODOVIÁRIO TENDÊNCIAS ANTÓNIO MOUSINHO O TRANSPORTE RODOVIÁRIO NA UE 1. INTRODUÇÃO 2. SITUAÇÃO ACTUAL 3. MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 4. TRANSPORTES ENERGIA E AMBIENTE 5. INFRAESTRUTURAS 6. CONCLUSÕES

Leia mais

Necessidade urgente de uma legislação que regule o autoconsumo. Jorge Borges de Araújo

Necessidade urgente de uma legislação que regule o autoconsumo. Jorge Borges de Araújo 0 Necessidade urgente de uma legislação que regule o autoconsumo Jorge Borges de Araújo 1 Agenda 1. Contexto atual 2. Projecto decreto-lei resumo comentários APESE 3. Caso de estudo 4. Notas finais 2 APESE

Leia mais

Papel da bioenergia proveniente das florestas e da agricultura

Papel da bioenergia proveniente das florestas e da agricultura Ecologização do nosso abastecimento energético Papel da bioenergia proveniente das florestas e da agricultura Comissão Europeia Agricultura e Desenvolvimento Rural Que é a bioenergia? A bioenergia é, essencialmente,

Leia mais

As políticas e prioridades para a Eficiência Energética e para as Energias Renováveis em Portugal Isabel Soares Diretora de Serviços

As políticas e prioridades para a Eficiência Energética e para as Energias Renováveis em Portugal Isabel Soares Diretora de Serviços As políticas e prioridades para a Eficiência Energética e para as Energias Renováveis em Portugal Isabel Soares Diretora de Serviços Lisboa, 15 de julho de 2016 Ordem dos Engenheiros Oportunidades de Financiamento

Leia mais

1 Segurança energética e redução da dependência das importações; 4 Eficiência no fornecimento, distribuição e consumo

1 Segurança energética e redução da dependência das importações; 4 Eficiência no fornecimento, distribuição e consumo 1- POLÍTICA ENERGÉTICA DE CABO VERDE A política energética de Cabo Verde tem por objetivo construir um setor energético seguro, eficiente, sustentável e sem dependência de combustível fóssil. E está assente

Leia mais

QUADRO REGULATÓRIO. Rui Cunha Marques. Prof. Catedrático da Universidade de Lisboa Consultor da EU

QUADRO REGULATÓRIO. Rui Cunha Marques. Prof. Catedrático da Universidade de Lisboa Consultor da EU QUADRO REGULATÓRIO Prof. Catedrático da Universidade de Lisboa Consultor da EU rcmar@netcabo.pt www.ruicunhamarques.com Índice Introdução Enquadramento legal Proposta de reformulação do enquadramento legal:

Leia mais

Aspectos económicos e ambientais das grandes infraestruturas

Aspectos económicos e ambientais das grandes infraestruturas Aspectos económicos e ambientais das grandes infraestruturas de electro-produção João Joanaz de Melo FCT-UNL / GEOTA Ciclo Política Ambiental no Sistema Fiscal Português Seminário: o sector energético

Leia mais

A APREN e as Universidades

A APREN e as Universidades A APREN e as Universidades A Importância da Biomassa no Contexto Energético Nacional Comemoração do Dia Internacional das Florestas 15:00 15:10 Abertura 5 de abril de 2016 Instituto Politécnico de Setúbal

Leia mais

\ A NECESSIDADEDE MINIMIZAR OS CUSTOS DE ENERGIA NAS EMPRESAS

\ A NECESSIDADEDE MINIMIZAR OS CUSTOS DE ENERGIA NAS EMPRESAS \ A NECESSIDADEDE MINIMIZAR OS CUSTOS DE ENERGIA NAS EMPRESAS Como Atingir a Eficiência Energética nas Empresas NPF 27 e 28 de Junho de 2006 \Sumário Introdução Política Energética para Portugal Energia

Leia mais

AcquaLiveExpo Inovação e Oportunidades no Sector Hidroeléctrico

AcquaLiveExpo Inovação e Oportunidades no Sector Hidroeléctrico AcquaLiveExpo Inovação e Oportunidades no Sector Hidroeléctrico António Sá da Costa APREN Associação Portuguesa de Energias Renováveis 22-03-2012 Desafio geracional Aproveitamento da energia hídrica desde

Leia mais

2. POLÍTICAS PÚBLICAS E A DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS

2. POLÍTICAS PÚBLICAS E A DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS CADERNO FICHA 2. POLÍTICAS PÚBLICAS E A DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS 2.2.POLÍTICAS PÚBLICAS DE ENERGIA O presente documento constitui uma Ficha que é parte integrante de um Caderno temático, de

Leia mais

Biomassa Florestal Logística de Recolha e Valorização

Biomassa Florestal Logística de Recolha e Valorização Biomassa Florestal Logística de Recolha e Valorização Manuel Cavalleri Bacharel em Engª. Florestal CIUL, 1 de Março de 2011 Floresta Portuguesa Composição Matas de Pinho, Eucaliptais, Montados de Sobro

Leia mais

O dia da Floresta. Proença-a-Nova

O dia da Floresta. Proença-a-Nova O dia da Floresta Proença-a-Nova 2015 Percentagem de biomassa lenhosa usada como combustível A utilização da produção lenhosa (para a energia e a indústria) As duas grandes componentes da produção lenhosa

Leia mais

Sumário POLÍTICA ENERGÉTICA DE CABO VERDE... 2 PRODUTORES DE ENERGIA... 3 TARIFAS DE ENERGIA EM VIGOR... 5 ELECTRICIDADE ENTREGUE À REDE...

Sumário POLÍTICA ENERGÉTICA DE CABO VERDE... 2 PRODUTORES DE ENERGIA... 3 TARIFAS DE ENERGIA EM VIGOR... 5 ELECTRICIDADE ENTREGUE À REDE... Sumário POLÍTICA ENERGÉTICA DE CABO VERDE... 2 PRODUTORES DE ENERGIA... 3 TARIFAS DE ENERGIA EM VIGOR... 5 ELECTRICIDADE ENTREGUE À REDE... 6 1 1. POLÍTICA ENERGÉTICA DE CABO VERDE A política energética

Leia mais

N.º 85 Síntese de Legislação Nacional De a

N.º 85 Síntese de Legislação Nacional De a N.º 85 Síntese de Legislação Nacional De 16.05.2013 a 05.06.2013 TAXAS PELA EMISSÃO DE DOCUMENTOS Portaria n.º 184/2013. D.R. n.º 94, Série I de 2013-05-16 Ministérios das Finanças e da Agricultura, do

Leia mais

[Title O First Novo Page] Regime da Microprodução de Electricidade. [Month Fevereiro Year] [Subtitle 2008 First Page]

[Title O First Novo Page] Regime da Microprodução de Electricidade. [Month Fevereiro Year] [Subtitle 2008 First Page] [Title O First Novo Page] Regime da Microprodução de Electricidade [Month Fevereiro Year] [Subtitle 2008 First Page] Grupo de Projectos Energia A Macedo Vitorino e Associados presta assessoria a clientes

Leia mais

Enquadramento Institucional e Legal do Sector Energético

Enquadramento Institucional e Legal do Sector Energético Workshop de validação do Relatório Nacional de Ponto de Situação das Energias Renováveis em São Tomé e Príncipe Enquadramento Institucional e Legal do Sector Energético CENTRO DE FORMAÇÃO BRASIL- SÃO TOMÉ

Leia mais

Instalações de Microprodução Procedimentos de Certificação

Instalações de Microprodução Procedimentos de Certificação 1 Siglas e Definições 2 Limite anual de potência de ligação registada 3 Evolução da tarifa 3.1 Regime bonificado 3.2 Regime geral 4 Cálculo do valor da tarifa de venda de energia 5 Como proceder para inscrever

Leia mais

estatísticas rápidas Agosto/Setembro 2005

estatísticas rápidas Agosto/Setembro 2005 estatísticas rápidas Agosto/Setembro 25 Nº 6/7 1/21 Índice A.Resumo B. As energias renováveis na produção de electricidade 1. Energia e potência por fonte de energia 2. Energia e potência por distrito

Leia mais

Workshops Sectoriais Introdução às novas regras no regime CELE Principais conceitos da Decisão sobre regras harmonizadas para a alocação de

Workshops Sectoriais Introdução às novas regras no regime CELE Principais conceitos da Decisão sobre regras harmonizadas para a alocação de Workshops Sectoriais Introdução às novas regras no regime CELE 2013-2020 Principais conceitos da Decisão sobre regras harmonizadas para a alocação de LE gratuitas DACAR, Maio de 2011, Alfragide Enquadramento

Leia mais

Pegada de Carbono e as Alterações Climáticas. Artur Gonçalves Instituto Politécnico de Bragança

Pegada de Carbono e as Alterações Climáticas. Artur Gonçalves Instituto Politécnico de Bragança Pegada de Carbono e as Alterações Climáticas Artur Gonçalves Instituto Politécnico de Bragança Estrutura Conceitos Alterações Climáticas e o Efeito de Estufa Adaptação e Mitigação O Contributo da Floresta

Leia mais

Campanha de substituição de lâmpadas

Campanha de substituição de lâmpadas Campanha de substituição de lâmpadas Segmento Residencial PPEC 2007 AVALIAÇÃO DE RESULTADOS Medida EEM_TR2 - Instalação de equipamentos de iluminação eficientes. Campanha promovida pela EEM Empresa de

Leia mais

Saiba mais sobre. Recuperadores de Calor. e Salamandras

Saiba mais sobre. Recuperadores de Calor. e Salamandras Saiba mais sobre Recuperadores de Calor e Salamandras 1 A BIOMASSA É UTILIZADA NAS CASAS PORTUGUESAS PARA AQUECIMENTO AMBIENTE E PRODUÇÃO DE ÁGUA QUENTE ENQUADRAMENTO DE ACORDO COM O INQUÉRITO AO CONSUMO

Leia mais

Promoção da Eficiência no Consumo de Energia O programa PPEC

Promoção da Eficiência no Consumo de Energia O programa PPEC Promoção da Eficiência no Consumo de Energia O programa PPEC Pedro Verdelho Seminário: Conservação de Energia e Energias Renováveis no Sector Doméstico Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 21 de Maio

Leia mais

Regulação, Sustentabilidade e Eficiência Energética. O PPEC (Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica)

Regulação, Sustentabilidade e Eficiência Energética. O PPEC (Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica) Regulação, Sustentabilidade e Eficiência Energética O PPEC (Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica) IV Conferência Anual da RELOP Vitor Santos Brasília, 1 de Julho de 2011 Agenda

Leia mais

A S S E M B L E I A D A R E P Ú B L I C A Comissão de Assuntos Europeus. COM (2010) 372 final

A S S E M B L E I A D A R E P Ú B L I C A Comissão de Assuntos Europeus. COM (2010) 372 final A S S E M B L E I A D A R E P Ú B L I C A Comissão de Assuntos Europeus COM (2010) 372 final Proposta de Regulamento do Conselho relativo aos auxílios estatais destinados a facilitar o encerramento de

Leia mais

IPCTN.99 IPCTN.99 IPCTN.99 IPCTN.99

IPCTN.99 IPCTN.99 IPCTN.99 IPCTN.99 IPCTN.99 IPCTN.99 IPCTN.99 IPCTN.99 Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional S u m á r i o s e s t a t í s t i c o s S u m á r i o s e s t a t í s t i c o s S u m á r i o s e s t a t í

Leia mais

Solar fotovoltaico. Uma medida de eficiência energética. Uma pequena (r)evolução. Manuel Azevedo. solar power for a better world..

Solar fotovoltaico. Uma medida de eficiência energética. Uma pequena (r)evolução. Manuel Azevedo. solar power for a better world.. Solar fotovoltaico Uma medida de eficiência energética Uma pequena (r)evolução Manuel Azevedo Conteúdo Situação energética em Portugal Solar fotovoltaico - Mitos Auto consumo Situação Energética em Portugal

Leia mais

Soluções Concursais para Atribuição de Potência Eólica em Portugal. João A. Peças Lopes ERSE Lisboa Fevereiro 2010

Soluções Concursais para Atribuição de Potência Eólica em Portugal. João A. Peças Lopes ERSE Lisboa Fevereiro 2010 ERSE Lisboa Fevereiro 2010 Campus da FEUP Rua Dr. Roberto Frias, 378 4200-465 Porto Portugal T +351 222 094 000 F +351 222 094 050 www@inescporto.pt www.inescporto.pt Soluções Concursais para Atribuição

Leia mais