Compete às Varas do Trabalho processar e julgar as ações oriundas das relações de trabalho como determinado pelo art. 114 da Constituição Federal.

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1 1. ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO OAB PREPARAÇÃO ON LINE PARA PRIMEIRA FASE A Justiça do Trabalho é composta por: [Art. 111, CF/88] TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO JUIZ DO TRABALHO Art. 111, CF. São órgãos da Justiça do Trabalho: I - o Tribunal Superior do Trabalho; II - os Tribunais Regionais do Trabalho; III - Juízes do Trabalho. O inciso III do artigo 111 foi alterado pela Emenda Constitucional nº 24/1999, extinguindo a figura dos juízes classistas (representantes da categoria econômica e profissional) e as juntas de conciliação e julgamento. 2. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO Compete às Varas do Trabalho processar e julgar as ações oriundas das relações de trabalho como determinado pelo art. 114 da Constituição Federal. Art. 114, CF. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; II - as ações que envolvam exercício do direito de greve; III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. Complexo de Ensino Renato Saraiva

2 2º - Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. 3º - Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. A Emenda Constitucional nº 45/2004 foi responsável por uma significativa ampliação da competência da Justiça do Trabalho: COMPETÊNCIA ANTES DA EC 45/2004 DEPOIS DA EC 45/2004 Justiça do Trabalho era competente Justiça do Trabalho passa a ser competente para, em regra, processar e julgar, em para processar e julgar as relações de regra, apenas as ações oriundas das trabalho (que são gênero do qual as relações relações de emprego (pessoalidade, de emprego são espécie. Engloba também os não eventualidade, onerosidade e autônomos, avulsos, temporários etc.) subordinação). Em seu inciso I, o artigo 114 traz como competência da Justiça do Trabalho processar e julgar as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Contudo, o STF na ADI nº 3395, repetindo o entendimento já expostos na ADI 492, tornou defeso à Justiça do Trabalho a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e os servidores a ele vinculados por típica relação baseada no regime estatutário ou jurídico-administrativo. Conclui-se, que em se tratando de demanda entre o Poder Público e servidor público estatutário, este não poderá ajuizar reclamatória trabalhista na Justiça do Trabalho. Também não poderá demandar na Justiça do Trabalho o servidor contratado pelo ente público, temporariamente, por regime especial previsto em lei municipal ou estadual, à luz dos artigos 114 e 37, IX, da CF/1988, pois toda contratação temporária apresenta índole administrativa, se previsto regime especial em lei própria. Assim, o processamento de litígios entre servidores temporários e a Administração Pública na Justiça do Trabalho afronta a autoridade daquela decisão exarada na ADI MC/DF, o que levou os ministros do Plenário do STF, no exame do Recurso Extraordinário nº /AM, em 21/8/2008, a darem repercussão geral à referida decisão, implicando, nos termos dos artigos 543-A e 543-B do CPC (Lei /2006), a objetivação do julgamento emitido pelo STF, ou seja, os casos análogos serão Complexo de Ensino Renato Saraiva

3 decididos exatamente no mesmo sentido daquele deliberado pelo órgão pleno no RE /AM. Dessa forma, o TST cancelou a OJ 205 da SBDI-1, que refletia exatamente o contrário. Sendo assim, é possível ajuizar RT contra administração pública direta ou indireta, na Justiça do Trabalho quando os servidores estiverem a ela vinculados por relação CELESTISTA. Nos demais casos: a) tratando-se de servidor público federal ação poderá ser ajuizada na Justiça Federal. b) tratando-se de servidor público municipal ou estadual a reclamatória poderá ser ajuizada na Justiça Estadual. A Justiça do Trabalho é competente para julgar: Dano moral e patrimonial decorrentes das relações de trabalho, inclusive em razão de acidente do trabalho. Ações que envolvam o exercício do direito de GREVE Representação sindical (sind. x empregador / sind. x sind. / sind. x empregado) Conflitos de competência entre seus órgãos, salvo nos casos de competência do STJ e do STF. Mandado de segurança, habeas corpus e habeas data. Penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização do trabalho (inclusive MS) Executar, de ofícios, as contribuições sociais decorrentes das sentenças que proferir. Ressalte-se, que quando as contribuições fiscais tem competência apenas para determinar a sua retenção (súmula 368 do TST), não podendo executá-las de ofício. Nos termos da súmula 389, I, do TST, compete a Justiça do Trabalho julgar as ações em que se postule indenização substitutiva pelo não fornecimento das guias do seguro desemprego. Súmula 389, TST. I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e empregador tendo por objeto indenização pelo não fornecimento das guias do seguro desemprego. II - O não fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro desemprego dá origem ao direito à indenização. É competência da Justiça do Trabalho processar e julgar as ações decorrentes do não cadastramento do empregado no PIS. Complexo de Ensino Renato Saraiva

4 Súmula 300, TST. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações de empregados contra empregadores, relativas ao cadastramento no Plano de Integração Social (PIS). Ressalte-se as seguintes súmulas vinculantes em matéria de competência da Justiça do Trabalho: Súmula Vinculante 22 do STF. A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar a ação de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes das relações de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional 45/2004. DOU de 11/12/2009. Súmula Vinculante 23 do STF: A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. DOU 11/12/2009. Súmula Vinculante 25 do STF: É ilícita a prisão de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito. DOU 23/12/2009. O inciso IV do artigo 114 da CF confere à Justiça do Trabalho competência para processar e julgar os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data quando o ato questionado envolver matéria de sua jurisdição. Entretanto, vale mencionar que o STF, na ADI nº 3.684, concedeu liminar com efeito ex tunc para declarar a incompetência da Justiça do Trabalho para processar e julgar ações penais. A incompetência em razão da matéria é absoluta. Pode ser declarada pelo Juízo, de ofício, ou mediante alegação das partes em qualquer tempo ou grau de jurisdição [Art. 795, 1º, CLT e Art. 113, CPC] Alegada a incompetência material na contestação, deverá sê-lo como preliminar e não como exceção. 3 COMPETÊNCIA TERRITORIAL A regra para a definição da competência territorial na Justiça do Trabalho é o LOCAL DA PRESTAÇÃO de serviços, tratada no art. 651 da CLT. Complexo de Ensino Renato Saraiva

5 Art. 651, CLT: A competência das Varas do Trabalho* é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. *Tacitamente alterado pela EC 24/1999 Este artigo da CLT é composto por três parágrafos que prevêem exceções à regra geral apresentada pelo caput. a) Empregado agente ou viajante comercial: [Art. 651, 1º, CLT] 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Vara* da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Vara* da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. b) Competência da Justiça do Trabalho Brasileira para os empregados brasileiros trabalhando no estrangeiro: [Art. 651, 2º, CLT] 2º A competência das Varas do Trabalho*, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. Em regra, o empregado brasileiro que presta serviços no exterior subordina-se às normas do direito material do país onde está prestando serviços, conforme a Súmula 207 do TST (princípio da lex loci executionis). Pode, todavia, propor a ação no Brasil, desde que não haja Tratado Internacional em sentido contrário. O foro será então optativo (um ou outro). Optando por propor a ação no Brasil, poderá fazê-lo no local de seu domicílio neste País. Invocando lei material estrangeira, deverá provar a sua vigência, conforme previsto no CPC. Súmula 207, TST. A relação jurídica trabalhista é regida pelas leis vigentes no país da prestação de serviço e não por aquelas do local da contratação. c) Empregador que promove realização de atividade fora do lugar do contrato: [Art. 651, 3º, CLT] Complexo de Ensino Renato Saraiva

6 3º Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. São exemplos, as companhias teatrais ou circos, de modo que o empregado poderá propor a ação onde foi contratado ou em um dos locais da prestação de serviços. A regra do 3º do art. 651 aplica-se também aos motoristas de ônibus, contratados, por exemplo, em Curitiba, para fazer a linha Curitiba São Paulo. Estes poderiam propor a ação tanto em Curitiba como em São Paulo. Caso a reclamatória trabalhista seja ajuizada em local diverso do qual ocorreu a prestação de serviços, na audiência de instrução e julgamento pode ser apresentada Exceção de Incompetência Territorial. Se esta Exceção não for apresentada, a competência prorroga-se, pois a competência territorial é relativa. 4. CONFLITOS DE COMPETÊNCIA O conflito de competência pode ser positivo ou negativo. No primeiro caso, dois ou mais juízes se declaram competentes para julgar a causa; enquanto que, na segunda hipótese, dois ou mais juízes se declaram incompetentes para julgar o processo. Por fim, pode ocorrer conflito de competência quando houver divergência entre dois ou mais juízes acerca da reunião ou separação de processos. Art. 115, CPC. Há conflito de competência: I - quando dois ou mais juízes se declaram competentes; II - quando dois ou mais juízes se consideram incompetentes; III - quando entre dois ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos. Os conflitos de competência originados entre os órgãos da Justiça do Trabalho serão solucionados pelas normas contidas na própria CLT (artigo 803 e SS). Tais conflitos podem ocorrer entre: Art. 803, CLT. Os conflitos de jurisdição podem ocorrer entre: a) Juntas de Conciliação e Julgamento e Juízes de Direito investidos na administração da Justiça do Trabalho; b) Tribunais Regionais do Trabalho; Complexo de Ensino Renato Saraiva

7 c) Juízos e Tribunais do Trabalho e órgãos da Justiça Ordinária; Art. 808, CLT. Os conflitos de jurisdição de que trata o art. 803 serão resolvidos: a) pelos Tribunais Regionais, os suscitados entre Juntas e entre Juízos de Direito, ou entre uma e outras, nas respectivas regiões; b) pelo Tribunal Superior do Trabalho, os suscitados entre Tribunais Regionais, ou entre Juntas e Juízos de Direito sujeitos à jurisdição de Tribunais Regionais diferentes; c) Revogado pelo Decreto Lei 9.797, de 1946 d) pelo Supremo Tribunal Federal, os suscitados entre as autoridades da Justiça do Trabalho e as da Justiça Ordinária (esta alínea deve ser confrontada com a Constituição, conforme a seguir demonstrado). Observe que a CLT solucionou os conflitos de competência entre os órgãos que integram a Justiça do Trabalho, inclusive o juiz de direito investido da jurisdição trabalhista. A norma prevista pela Consolidação das Leis Trabalhistas é simples, tendo em vista que foi regida pelo Princípio da Hierarquia Funcional. Francisco Antônio de Oliveira destaca que pelo princípio da hierarquia não poderá haver conflito entre órgãos pertencentes ao mesmo ramo de jurisdição. Disso resulta que a vara do trabalho não poderá suscitar conflito com a turma do Regional. A turma do Regional não poderá fazê-lo com a seção de dissídio individual do TST e nenhum Regional poderá suscitar conflito com o TST. Como visto, as normas da CLT regulamentaram os conflitos de competência entre os órgãos da Justiça do Trabalho. No entanto, o que ocorre quando o conflito de competência ocorre com um órgão da Justiça do Trabalho e um órgão da Justiça Ordinária? A resposta para esta pergunta está nos artigos 102, I, alínea o, e 105, I alínea d, ambos da CF. Art. 102, CF. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal; Complexo de Ensino Renato Saraiva

8 Art. 105, CF. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no Art. 102, I, (o), bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos; Conforme os artigos mencionados, caberá ao STJ dirimir qualquer conflito de competência entre tribunais de Justiças diferentes; entre tribunais e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos, desde que esteja ressalvada a competência do STF prevista no artigo 102, I, alínea o da CF. Segundo este dispositivo compete ao STF julgar os conflitos de competência entre o STJ e qualquer outro tribunal; entre tribunais superiores e entre tribunais superiores e qualquer outro tribunal. Segue resumo: Conflito entre duas Varas do Trabalho Conflito entre juiz do trabalho e juiz de direito investido da jurisdição trabalhista TRT julgará o conflito (Art. 808, a, CLT) Conflito entre dois TRT s TST julgará o conflito (Art. 808, b, CLT) Conflito entre juiz do trabalho e juiz de direito Conflito entre juiz do trabalho e juiz federal Conflito entre TRT e juiz federal Conflito entre TRT e juiz de direito STJ julgará o conflito (Art. 105, I, d, CF) Conflito entre TST e TJ Conflito entre TST e TRF STF julgará o conflito (Art. 102, I, o, CF) 5. IUS POSTULANDI É a capacidade de postular pessoalmente em Juízo, sem necessidade de representação por advogado. Na Justiça do Trabalho, diversamente do que ocorre no processo civil, a capacidade postulatória é facultada diretamente aos empregados e aos empregadores. Complexo de Ensino Renato Saraiva

9 Art. 791, CLT. Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. É importante observar que o referido artigo trata apenas de empregados e empregadores, portanto, para as novas ações acrescidas à competência da Justiça do Trabalho pela EC 45/2004, a representação das partes por advogado será obrigatória. Ressalte-se, entretanto, que o ius postulandi sofreu limitação no entendimento do TST, conforme se observa pela redação da recentemente editada súmula REPRESENTAÇÃO POR ADVOGADO Súmula 425, TST. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. Na Justiça do Trabalho faculta-se a representação do empregado e do empregador por advogado, porém, caso seja esta a opção da parte, o advogado deverá fazer constar nos autos a devida procuração. Sem este instrumento de mandato, não poderá ingressar nos autos. O artigo 37 do CPC, aplicável ao processo do trabalho (segundo o artigo 5º da IN 25/2005 do Tribunal Pleno do TST), ensina que sem instrumento de mandato, ao advogado não será admitido ingressar em juízo. Poderá, todavia, em nome da parte, intentar ação, a fim de evitar decadência ou prescrição, bem como intervir, no processo, para praticar atos reputados urgentes. Nestes casos, o advogado obrigar-se-á, independentemente de caução, a exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 dias, prorrogável até outros 15 por despacho do juiz. Art. 37. Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a procurar em juízo. Poderá, todavia, em nome da parte, intentar ação, a fim de evitar decadência ou prescrição, bem como intervir, no processo, para praticar atos reputados urgentes. Nestes casos, o advogado se obrigará, independentemente de Complexo de Ensino Renato Saraiva

10 caução, a exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável até outros 15 (quinze), por despacho do juiz. Parágrafo único. Os atos, não ratificados no prazo, serão havidos por inexistentes, respondendo o advogado por despesas e perdas e danos. Entretanto, mesmo sem a juntada da procuração, a representação estará regularizada se evidenciado o mandato tácito (súmula 164 e OJ 286 da SDI-1, do TST), ou seja, se pelas atas de audiência for possível constatar que o advogado que praticou atos processuais acompanhou a parte em audiência. Súmula 164, TST PROCURAÇÃO. JUNTADA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e O não-cumprimento das determinações dos 1º e 2º do art. 5º da Lei nº 8.906, de e do art. 37, parágrafo único, do Código de Processo Civil importa o não-conhecimento de recurso, por inexistente, exceto na hipótese de mandato tácito. OJ 286, SDI-1, TST. AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRASLADO. MANDATO TÁCITO. ATA DE AUDIÊNCIA. CONFIGURAÇÃO (alterada) Res. 167/2010, DEJT divulgado em e 03 e I - A juntada da ata de audiência, em que consignada a presença do advogado, desde que não estivesse atuando com mandato expresso, torna dispensável a procuração deste, porque demonstrada a existência de mandato tácito. II - Configurada a existência de mandato tácito fica suprida a irregularidade detectada no mandato expresso. A Súmula 395 do TST e a OJ 373, da SDI-1 tratam das condições de validade do mandato. Observe-se: Súmula 395, TST. MANDATO E SUBSTABELECIMENTO. CONDIÇÕES DE VALIDADE (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 108, 312, 313 e 330 da SBDI- 1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e I - Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula estabelecendo a prevalência dos poderes para Complexo de Ensino Renato Saraiva

11 atuar até o final da demanda. (ex-oj nº 312 da SBDI-1 - DJ ) II - Diante da existência de previsão, no mandato, fixando termo para sua juntada, o instrumento de mandato só tem validade se anexado ao processo dentro do aludido prazo. (ex-oj nº 313 da SBDI-1 - DJ ) III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, do Código Civil de 2002). (ex-oj nº 108 da SBDI-1 - inserida em ) IV - Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é anterior à outorga passada ao substabelecente. (ex-oj nº 330 da SBDI-1 - DJ ) OJ 373, SDI-1, TST IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. PESSOA JURÍDICA. PROCURAÇÃO INVÁLIDA. AUSÊNCIA DE IDENTIFICAÇÃO DO OUTORGANTE E DE SEU REPRESENTANTE. ART. 654, 1º, DO CÓDIGO CIVIL (DEJT divulgado em 10, 11 e ) Não se reveste de validade o instrumento de mandato firmado em nome de pessoa jurídica em que não haja a sua identificação e a de seu representante legal, o que, a teor do art. 654, 1º, do Código Civil, acarreta, para a parte que o apresenta, os efeitos processuais da inexistência de poderes nos autos. Segundo a OJ 52 da SDI-I do TST, a União, Estados, Municípios e DF, suas autarquias e fundações públicas quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores, estão dispensadas da juntada de procuração. OJ 52, SDI-1, TST. MANDATO. PROCURADOR DA UNIÃO, ESTADOS, MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL, SUAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS. DISPENSÁVEL A JUNTADA DE PROCURAÇÃO. (LEI Nº 9.469, DE 10 DE JULHO DE 1997). (inserido dispositivo e atualizada a legislação, DJ ) A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e fundações públicas, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores, estão dispensadas da juntada de instrumento de mandato. Complexo de Ensino Renato Saraiva

12 Não é preciso juntar os atos constitutivos da sociedade para regularizar a representação de pessoas jurídicas, salvo se essa regularidade de representação for impugnada, neste caso será necessária a juntada. 7. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS OJ 255 SDI-1, TST. MANDATO. CONTRATO SOCIAL. DESNECESSÁRIA A JUNTADA. Inserida em O art. 12, VI, do CPC não determina a exibição dos estatutos da empresa em juízo como condição de validade do instrumento de mandato outorgado ao seu procurador, salvo se houver impugnação da parte contrária. O TST adota corrente restritiva quanto aos honorários advocatícios sucumbenciais, estabelecendo nas súmulas 219 e 329 e na OJ 305 da SDI-1, TST, que, em regra, nas relações de emprego, não cabem honorários sucumbenciais no processo do trabalho, exceto em um caso, se observados dois requisitos cumulativos: beneficio de justiça gratuita + assistência por sindicato (os dois requisitos são cumulativos). Nesse caso, os honorários serão de até 15%, reversíveis ao sindicato da categoria. Súmula 219. I. Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios, nunca superiores a 15%, não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte estar assistida por sindicato de categoria profissional e comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. II. É incabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista, salvo se preenchidos os requisitos da lei 5.584/70. Súmula 329. Mesmo após a promulgação da CF/88, permanece válido o entendimento consubstanciado no Enunciado nº 219 do TST. OJ 305, SDI-I do TST. Na Justiça do Trabalho, o deferimento de honorários advocatícios se sujeita à constatação da ocorrência concomitante de dois requisitos: o benefício da justiça gratuita e a assistência por sindicato. Complexo de Ensino Renato Saraiva

13 Nos termos do art. 5 da IN 27/2005 do TST, cabem honorários em decorrência da mera sucumbência na Justiça do Trabalho quando se tratar de ações relativas à nova competência da Justiça do Trabalho, nos termos do art. 20 CPC, a razão de até 20%. IN 27/2005 Art. 5º Exceto nas lides decorrentes da relação de emprego, os honorários advocatícios são devidos pela mera sucumbência. 8. JUSTIÇA GRATUITA E ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária será prestada pelo sindicato da categoria profissional a que pertencer o trabalhador. Desta feita, todo aquele que perceber salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal terá direito a assistência judiciária prestada pelo sindicato. O benefício também é garantido ao trabalhador de maior salário, uma vez provado que sua situação econômica não lhe permite demandar, sem prejuízo do sustento próprio ou da família (art. 14, 1º, Lei 5584/70). Importante destacar que na assistência judiciária são cabíveis os honorários advocatícios reversíveis ao sindicato assistente (art. 16, Lei 5584/70). Art. 14, Lei 5584/70. Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se refere a Lei 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo Sindicato da categoria profissional a que pertencer o trabalhador. 1º. A assistência é devida a todo aquele que perceber salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ficando assegurado igual benefício ao trabalhador de maior salário, uma vez provado que sua situação econômica não lhe permite demandar, sem prejuízo do sustento próprio ou da família. Art 16, Lei 5584/70. Os honorários do advogado pagos pelo vencido reverterão em favor do Sindicato assistente. O 2º e 3º do artigo 14 perderam sua eficácia, tendo em vista que a OJ 304, SDI 1 do TST dispensa as exigências realizadas por estes dispositivos, firmando a posição de que atendidos os requisitos da Lei 5584/70 para a concessão da assistência judiciária, basta a simples afirmação do declarante ou de seu advogado, na petição inicial, para se considerar configurada a sua situação econômica. OJ 304, SDI 1, TST. Atendidos os requisitos da Lei 5584/70 (art. 14, 2), para a concessão da Complexo de Ensino Renato Saraiva

14 assistência judiciária, basta a simples afirmação do declarante ou de seu advogado, na petição inicial, para se considerar configurada a sua situação econômica. Portanto, na assistência judiciária, temos o assistente (sindicato) e o assistido (trabalhador), cabendo ao primeiro oferecer serviços jurídicos em juízo ao segundo. A assistência judiciária gratuita abrange o benefício da justiça gratuita. Já a justiça gratuita está prevista no artigo 790, 3 da CLT, que faculta aos juízes de qualquer instância conceder este benefício, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. Ao contrário da assistência judiciária, os honorários advocatícios não são cabíveis no benefício da justiça gratuita (OJ 305, SDI 1, TST). Art. 790, CLT. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. 1º. Tratando-se de empregado que não tenha obtido o benefício da justiça gratuita, ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá solidariamente pelo pagamento das custas devidas. 2º. No caso de não-pagamento das custas, farse-á execução da respectiva importância, segundo o procedimento estabelecido no Capítulo V deste Título. 3º. É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. OJ 305, SDI 1, TST. Na Justiça do Trabalho, o deferimento de honorários advocatícios sujeitase à constatação da ocorrência concomitante de Complexo de Ensino Renato Saraiva

15 dois requisitos: o benefício da justiça gratuita e a assistência por sindicato. O benefício da justiça gratuita implica apenas a isenção do pagamento de despesas processuais. Outro aspecto de ressalte é que a sua concessão independe da assistência judiciária pelo sindicato, de forma que é possível que um trabalhador representado por advogado goze deste benefício. 9. PROCEDIMENTOS NO PROCESSO DO TRABALHO O procedimento comum se divide em: SUMÁRIO: até 2 salários mínimos [Lei 5584/70] SUMARÍSSIMO: acima de 2 e abaixo de 40 salários mínimos [Art. 852-A e ss, CLT] ORDINÁRIO: mais de 40 salários mínimos O que define o procedimento é o valor da causa. Para a fixação do procedimento é constitucional o uso do salário mínimo (súmula 353, TST). O salário mínimo é nacionalmente unificado, sendo atualmente de R$ 510,00. Vale destacar que quarenta salários mínimos correspondem a R$ , PROCEDIMENTO SUMÁRIO O procedimento sumário, instituído pela Lei 5.584/70, que não está previsto na CLT, e tem a finalidade de garantir maior celeridade aos processos trabalhistas cujo valor não ultrapasse dois salários mínimos. Estas causas trabalhistas, também chamadas de causas de alçada, possuem características relevantes, previstas nos parágrafos 3º e 4º do artigo 2º da referida lei: Quando o valor da causa for inferior a dois salários mínimos, será dispensável o resumo dos depoimentos, devendo constar na ata a conclusão do juiz quanto à matéria de fato. Não caberá nenhum recurso das sentenças proferidas nas ações sujeitas a esse procedimento, considerando o salário mínimo vigente na data de ajuizamento da ação, EXCETO se versar sobre matéria constitucional, caso em que caberá a interposição de recurso extraordinário, que será apreciado pelo STF. Art. 2º, 4º, Lei 5.584/70. Salvo se versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso caberá das sentenças proferidas nos dissídios da alçada a que se refere o parágrafo anterior, considerado, para esse fim, o valor do salário mínimo à data do ajuizamento da ação. A possibilidade de interposição de recurso extraordinário está estabelecida no artigo 102, III, da CF/88, segundo o qual compete ao STF julgar, mediante Recurso Complexo de Ensino Renato Saraiva

16 Extraordinário, as causas decididas em única ou última instância. Portanto, das decisões proferidas nas causas trabalhistas que não ultrapassem dois salários não cabe nenhum recurso trabalhista, uma vez que o STF não é um órgão da Justiça do Trabalho. No mesmo sentido, tem-se a súmula 640 do STF: Súmula 640, STF. É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível e criminal. Alguns doutrinadores, a exemplo do prof. Renato Saraiva, defendem que alei 9957/2000, que instituiu o procedimento sumaríssimo, absorveu o procedimento sumário, previsto na Lei 5584/ PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO A Lei 9.957/00 trouxe uma série de alterações no texto da CLT, entre elas a inserção dos artigos 852-A a 852-I, instituindo o procedimento sumaríssimo. Seu intuito é privilegiar a celeridade e a economia processual. Art. 852-A, CLT. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo. Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. Às empresas públicas e sociedades de economia mista não se garante a mesma prerrogativa. Isto ocorre porque estas entidades exploram a atividade econômica, de modo que não seria lógico gozarem dos benefícios concedidos a administração pública no exercício de funções públicas. Isso ocasionaria uma desigualdade de mercado em relação aos particulares. O procedimento sumaríssimo não se aplica aos dissídios COLETIVOS, como as ações civis públicas, as ações civis coletivas etc. Na prova: Basta que na questão conste que o procedimento sumaríssimo não pode exceder 40 vezes o salário mínimo vigente na data de ajuizamento da ação para estar correta, mesmo que não se refira ao fato de que excede 2 salários mínimos. Complexo de Ensino Renato Saraiva

17 O artigo 852-B da CLT apresenta os requisitos da petição inicial no procedimento sumaríssimo: Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente; II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado; III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento. 1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo importará no arquivamento da reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa. 2º As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de comunicação. No procedimento sumaríssimo é fundamental que os pedidos formulados sejam líquidos. Cada pedido do reclamante deverá especificar qual é o valor requerido, sob pena de arquivamento da reclamatória trabalhista. Também resultará o arquivamento do processo, se o reclamante não fornecer o endereço correto do reclamado, tendo em vista que é vedada a citação por edital neste procedimento. Embora, em regra, o procedimento seja definido com base no valor da causa, ainda que este esteja acima de dois e não ultrapasse quarenta salários mínimos, o procedimento será ordinário, caso o reclamante desconheça o endereço do reclamado, já que no procedimentos sumaríssimo não há citação por edital e aplica-se em nosso ordenamento jurídico o princípio constitucional da inafastabilidade da jurisdição. O procedimento sumaríssimo caracteriza-se pela audiência una, ou seja, todos os atos da audiência inicial, bem como os de instrução e julgamento, realizar-se-ão em uma audiência. [Art. 852-C, CLT] Segundo o art. 852-B, III, da CLT, a audiência, na qual deverá se proferida a sentença deve ser designada para o prazo máximo de 15 dias, podendo, entretanto, ser interrompida, caso em que o seu prosseguimento e a solução da lide devem ocorrer no máximo em mais 30 dias, totalizando um total de no máximo 45 dias para o julgamento da lide. Complexo de Ensino Renato Saraiva

18 Segundo o artigo 852-H, todas as provas deverão ser produzidas na audiência, ainda que não requeridas previamente. A audiência una obriga a parte a impugnar todos os documentos apresentados pela parte contrária oralmente naquela sessão, salvo em caso de absoluta impossibilidade, a ser apontada pelo juiz. [Art. 852-H, 1º, CLT] As partes devem observar o limite máximo de duas testemunhas por pólo da relação processual, as quais deverão comparecer espontaneamente na audiência. [Art. 852-H, 2º, CLT] Caso a testemunha não se apresente, o juiz só determinará a intimação da mesma, diante da apresentação do convite. Se porventura, após a intimação a testemunha não comparecer na audiência, será ordenada a condução coercitiva e o pagamento de multa. [Art. 852-H, 3º, CLT] É possível produzir prova pericial no procedimento sumaríssimo, quando depender dela a prova do fato ou por imposição de lei. De imediato o juiz fixará o prazo, o objeto da perícia e nomeará o perito. [Art. 852-H, 4º, CLT] As partes TERÃO O PRAZO COMUM de 5 dias para manifestação em relação ao laudo pericial. [Art. 852-H, 6º, CLT] Caso a audiência precise ser interrompida, o juiz deve providenciar que o seu prosseguimento e a solução do processo ocorram no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante, justificado nos autos (não será uma nova audiência, será o prosseguimento da mesma). [Art. 852-H, 7º, CLT] O artigo 852-E da CLT instrui que o juiz detém a faculdade de realizar a tentativa conciliatória em qualquer momento da audiência. No procedimento sumaríssimo, conforme o artigo 852-G, todos os incidentes e exceções que possam interferir no prosseguimento da audiência e do processo deverão ser decididos de plano. O restante das questões será decidido na sentença. 9.3 PROCEDIMENTO ORDINÁRIO É o procedimento mais utilizado na Justiça do Trabalho. As normas que dispõe sobre o procedimento ordinário encontram-se nos artigos 837 a 852 da CLT. 10. NULIDADES PROCESSUAIS Nos processos sujeitos a Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando dos resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo as partes (princípio da transcedência). Complexo de Ensino Renato Saraiva

19 As nulidades processuais são absolutas quando violarem norma de ordem pública. Devem ser declaradas de ofício pelo juiz, independentemente de provocação. É o caso da incompetência em razão da matéria. O 1 do art. 795 da CLT estabelece que deve ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro, sendo esta a incompetência do foro trabalhista, ou seja, a incompetência material da Justiça do Trabalho. As nulidades processuais relativas também envolvem o interesse público, mas estabelecem certo grau de disponibilidade para a parte, pelo que, em regra, não podem ser decretadas de ofício. É o caso da incompetência relativa (súmula 33, STJ) e a suspeição do juiz ou perito. A nulidade não será pronunciada: a) quando for possível suprir a falta ou repetir-se o ato; b) quando argüida por quem lhe tiver dado causa; Quando um ato é declarado nulo, reputam-se de nenhum efeito os posteriores que dele dependam ou sejam conseqüência [798, CLT]. 11. ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS ATOS Os atos processuais são acontecimentos voluntários que ocorrem no processo. São, em regra, públicos, segundo estabelece o artigo 93, inciso IX da CF, mas correm em segredo de justiça os processos: a) em que exigir o interesse público; e b) que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores. Devem ser realizados em dias úteis, das 6h00 às 20h00 (Cuidado para não confundir com o horário das audiências, que é das 8h00 às 18h00, com duração máxima de 5 horas, salvo em caso de matéria urgente). A penhora PODE realizar-se em domingos e feriados mediante expressa autorização do juiz, observado o disposto no art. 5, XI da CF: ninguém pode penetrar na casa, asilo inviolável do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação judicial. Art. 770, CLT: Os atos processuais serão públicos, salvo quando o contrario determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias uteis das 6 às 20 horas. Parágrafo Único. A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante autorização expressa do juiz. Complexo de Ensino Renato Saraiva

20 É possível obter certidão em processo que corre em segredo de justiça, desde que haja despacho do juiz. Art. 781, CLT: As partes poderão requerer certidões dos processos em curso ou arquivados, as quais serão lavradas pelos escrivães ou diretores de secretaria. Parágrafo Único. As certidões dos processos que correm em segredo de justiça dependerão de despacho do juiz ou presidente. CITAÇÃO X INTIMAÇÃO É o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender. [Art. 213, CPC] É o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que esse alguém faça ou deixe de fazer alguma coisa [Art. 234, CPC] Notificação: O termo notificação ora é utilizado pela CLT como sinônimo de citação, ora como sinônimo de citação. No art. 841, o termo é empregado nos dois sentidos: Art. 841: Função de citação dá ciência ao reclamado para que apresente defesa. + Função de intimação à medida que o convoca para audiência. Uma vez ajuizada a Reclamatória trabalhista ela será distribuída para uma das varas do trabalho, na qual o escrivão no prazo máximo de 48 encaminhará uma notificação para o reclamado comparecer em audiência. Ressalte-se que não há no Processo do Trabalho despacho da petição inicial ordenando a citação. Sobre a notificação: a) a notificação é encaminhada ao reclamado, via postal, em registro postal com franquia (art, 841, 1 ), ou seja, com aviso de recebimento; b) presume-se recebida no prazo de 48 horas, contados da sua postagem, sendo ônus do destinatário comprovar o não recebimento neste prazo (súmula 16, TST); c) Caso o reclamado crie embaraços ao seu recebimento ou não seja encontrado, a citação será feita por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou na falta, afixado na sede do Juízo [Art. 841, 1º, CLT]; No procedimento sumaríssimo não há citação por edital [art. 852-B, II] Complexo de Ensino Renato Saraiva

21 b) a notificação poderá ser recebida por: pessoa que tenha PODERES para recebê-la, por qualquer EMPREGADO, pelo ZELADOR DO PRÉDIO COMERCIAL ou poderá ser deixada na CAIXA POSTAL DA EMPRESA. Sobre a Audiência: a) Seja no procedimento sumário, no sumaríssimo ou no ordinário a defesa será apresentada em audiência; b) A audiência será a primeira desimpedida depois de 5 dias (art. 841, CLT), ou seja, entre a data do recebimento da notificação e a da data da audiência deverá decorrer pelo menos 5 dias, sendo este o prazo para a elaboração da defesa. Observe-se o art. 841 da CLT. IMPORTANTE MEMORIZAR! Art. 841, CLT. Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou chefe de secretaria, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência de julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias. 1º. A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, farse-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo. 2º. O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação ou na forma do parágrafo anterior. RECLAMATÓRIA TRABALHISTA distribuição VARA DO TRABALHO 48 horas NOTIFICAÇÃO POSTAL 48 horas Complexo de Ensino Renato Saraiva

22 PRESUNÇÃO DE RECEBIMENTO 5 dias 1ª DESIMPEDIDA AUDIÊNCIA (apresentação de defesa) Ato processual por fac-símile: A Lei 9.800/99: permite a transmissão de petições por fax, desde que os documentos originais sejam apresentados em 5 dias. Esse prazo começa a contar A PARTIR DO TÉRMINO DO PRAZO para aquele ato processual. Quando inexistir prazo, os 5 dias deverão ser contados da recepção do fax. Observe-se a súmula 387 do TST quanto à contagem do prazo: TERMOS É a redução escrita de um ato processual. Súmula 387 RECURSO. FAC-SÍMILE. LEI Nº 9.800/1999 I - A Lei nº 9.800/1999 é aplicável somente a recursos interpostos após o início de sua vigência. (ex-oj nº 194 da SBDI-1 - inserida em ) II - A contagem do qüinqüídio para apresentação dos originais de recurso interposto por intermédio de fac-símile começa a fluir do dia subseqüente ao término do prazo recursal, nos termos do art. 2º da Lei nº 9.800/1999, e não do dia seguinte à interposição do recurso, se esta se deu antes do termo final do prazo. (ex-oj nº 337 da SBDI-1 - primeira parte - DJ ) III - Não se tratando a juntada dos originais de ato que dependa de notificação, pois a parte, ao interpor o recurso, já tem ciência de seu ônus processual, não se aplica a regra do art. 184 do CPC quanto ao "dies a quo", podendo coincidir com sábado, domingo ou feriado. (ex-oj nº 337 da SBDI-1 - "in fine" - DJ ) Os atos processuais devem ser registrados. O objetivo do legislador é que os registros sejam feitos de forma indelével. Logo não se admite termos lançados a lápis. Na CLT há 3 artigos que tratam de termos processuais: Complexo de Ensino Renato Saraiva

23 Art. 771, CLT. Os atos e termos processuais poderão ser escritos à tinta, datilografados ou a carimbo. Art. 772, CLT. Os atos e termos processuais, que devam ser assinados pelas partes interessadas, quando estas, por motivo justificado, não possam fazê-lo, serão firmados a rogo, na presença de duas testemunhas, sempre que não houver procurador legalmente constituído. Art. 773, CLT. Os termos relativos a movimento de processos constarão de simples notas, datadas e rubricadas pelos Chefes de Secretaria ou escrivães. Mesmo os atos processuais que podem ser praticados de forma oral devem ser reduzidos a termo. O CPC, em seus artigos 166 a 171, também traz diversas exigências em relação a termos processuais, como a numeração e rubrica do escrivão em todas as páginas do processo, a vedação do uso de abreviaturas, proibição de espaços em branco, emendas, rasuras (salvo se os espaços em branco forem inutilizados e as rasuras expressamente ressalvadas) etc PRAZOS Devem ser destacados dois momentos quanto aos atos processuais: a) o momento do início do prazo: o prazo inicia-se no dia da notificação ou da intimação. b) o momento do início da contagem do prazo: o início da contagem ocorre no primeiro dia útil subseqüente ao dia no início do prazo. Art. 774, CLT. Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam-se, conforme o caso, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação, daquela em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na sede da Junta, Juízo ou Tribunal. Art. 775, CLT. Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo Complexo de Ensino Renato Saraiva

24 estritamente necessário elo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada. Destacam-se as seguintes súmulas que se referem ao início e a contagem dos prazos processuais. a) Súmula 1, TST. Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá do dia útil que se seguir. b) Súmula 262, TST. I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subseqüente. II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho (art. 177, 1º, do RITST) suspendem os prazos recursais. Quando a intimação ocorre no sábado, tem-se por realizada na segunda-feira (se dia útil), sendo este o dia do início do prazo e terça-feira (se dia útil), o dia do início da contagem do prazo. c) OJ 310, SDI-I, TST. A regra contida no art. 191 do CPC é inaplicável ao processo do trabalho, em face de sua incompatibilidade com o princípio da celeridade inerente ao processo trabalhista. O art. 191 do CPC estabelece que litisconsortes com procuradores diferentes tem prazo em dobro. Como tal dispositivo legal não se aplica ao no Processo do Trabalho, tem-se que LITISCONSÓRCIO COM PROCURADORES DIFERENTES NÃO TEM PRAZO EM DOBRO NO PROCESSO DO TRABALHO. Ainda quanto aos prazos, vale destacar que a Fazenda Pública e o Ministério Público tem prazo em dobro para recorrer e em quádruplo para contestar. Art. 188, CPC. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público. O Decreto Lei nº 779/69 em seu artigo 1º, estabelece que nos processos perante a Justiça do Trabalho constituem privilégio da União, dos Estados, do DF, dos Complexo de Ensino Renato Saraiva

25 Municípios, e das autarquias ou fundações de direito publico federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica: - Inciso II: o quádruplo de prazo fixado no artigo 841, in fine, da CLT. - Inciso III: o prazo em dobro para recurso. Assim, tendo em vista que a Fazenda tem prazo em quádruplo para contestar e que a defesa sempre é apresentada em primeira audiência, então para a Fazenda a audiência será a primeira desimpedida depois de 20 dias. IMPORTANTE MEMORIZAR! FAZENDA PÚBLICA e MPT PRAZO: DOBRO PARA RECORRER QUADRUPLO PRA CONTESTAR 12. COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA O objetivo da comissão de conciliação prévia é a realização de acordo extrajudicial entre as partes conflitantes. A CCP é competente para conciliar apenas os CONFLITOS INDIVIDUAIS do trabalho. Sua previsão legal encontra-se no artigo 625 e seguintes da CLT. Art. 625-A, CLT. As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, de composição paritária, com representantes dos empregados e dos empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. Possuem formação paritária, sendo que metade dos seus membros é indicada pelo empregador e a outra metade é eleita pelos empregados e pode ser constituída no âmbito da empresa ou do sindicato. Apenas os representantes dos empregados são detentores de estabilidade, que será garantida até um ano após o término do mandato, exceto diante de falta grave. [Art. 625-B, CLT] A passagem pela comissão de conciliação prévia era obrigatória, segundo a disposição do artigo 625-D, CLT. Entretanto, recentemente o STF deferiu parcialmente medidas cautelares em duas ações diretas de inconstitucionalidade (ADI 2139 e ADI 2160 ver informativo n. 546 do STF), a fim de restringir a aplicabilidade deste artigo da CLT. O STF entendeu caracterizada a ofensa ao Princípio do Livre Acesso ao Judiciário (CF, art. 5º, XXXV). Portanto concedeu liminar, por maioria de votos, suspendendo o caput do artigo 625-D da CLT. A passagem pela CCP é faculdade da parte. Complexo de Ensino Renato Saraiva

26 A CCP possui o prazo de 10 dias para realizar a sessão conciliatória, a partir da data da provocação da Comissão. Durante este lapso temporal, o prazo prescricional do reclamante fica SUSPENSO. Note que o prazo volta a ser contado, após os 10 dias ou após a realização da sessão, o que ocorrer antes. [Art. 625-F, CLT] Se a sessão não ocorrer em 10 dias, o reclamante possui a faculdade de requerer uma declaração de tentativa conciliatória frustrada ou de aguardar a realização da sessão. Esta declaração de tentativa conciliatória frustrada também é fornecida quando, realizada a sessão, a conciliação resta infrutífera. [Art. 625-D, 2, CLT] Art.625-G. O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no Art. 625-F. Na prova: O prazo prescricional volta a correr pelo que lhe resta a partir do término da causa suspensiva. O PRAZO NÃO INICIA NOVAMENTE. NÃO É CASO DE INTERRUPÇÃO. Se as partes acordarem, a CCP lavrará o termo de acordo, o qual constituirá um título executivo extrajudicial, que se descumprido deve ser executado na Justiça do Trabalho. [Art. 625-E, CLT] Este título executivo extrajudicial tem EFICÁCIA LIBERATÓRIA GERAL, ou seja, dá quitação ao contrato de trabalho como um todo.exceto quanto as parcelas expressamente ressalvadas. [Art. 625-E, único, CLT] COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA Acordo Não há acordo Título Executivo Extrajudicial (art.876, CLT) Declaração de tentativa conciliatória frustrada Eficácia liberatória geral: dá quitação ao contrato de trabalho, A parte ajuizará RT na Justiça do Trabalho Complexo de Ensino Renato Saraiva

27 exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. 13. RECLAMATÓRIA TRABALHISTA VERBAL A Reclamatória Trabalhista verbal será distribuída antes de sua redução a termo e observará os mesmos requisitos da Reclamatória escrita. Art. 840, CLT. A reclamação poderá ser escrita ou verbal. (...) 2º. Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou chefe de secretaria, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior. Uma vez distribuída, o reclamante deverá, salvo motivo de força maior, apresentar-se, no prazo máximo de 5 dias ao cartório ou secretaria, para reduzi-la a termo, sob pena de não poder ajuizar nova RT pelo prazo de 6 meses. Art. 731, CLT. Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, ao Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na perda pelo prazo de 6 meses, do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho. Ao final, a redução a termo será assinada pelo escrivão ou chefe de secretaria e pelo reclamante. Na prova: Se a questão disser após a redução a termo, a petiçao será assinada pelo juiz, estará INCORRETA. Não é o juiz quem assina. É o escrivão ou chefe de secretaria RECLAMATÓRIA TRABALHISTA ESCRITA Sendo escrita, a Reclamatória Trabalhista deve conter alguns requisitos obrigatórios, além de seguir o exigido no parágrafo 1º do artigo 840 da CLT. Art. 840, CLT. A reclamação poderá ser escrita ou verbal. 1º. Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, Complexo de Ensino Renato Saraiva

28 Requisitos da petição inicial: Endereçamento Qualificação Breve relato dos fatos Pedido Data Assinatura OAB PREPARAÇÃO ON LINE PARA PRIMEIRA FASE uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. Não é obrigatório: Pedido de produção de provas Intimação da parte Valor da causa (no procedimento sumaríssimo é obrigatório) Se na Petição Inicial não houver valor da causa, o juiz o fixará em audiência após a primeira tentativa conciliatória. Caso a outra parte não concorde, irá se manifestar e reiterar nas razões finais. Se o juiz mantiver o valor inicialmente fixado para a causa será possível interpor um recurso chamado PEDIDO DE REVISÃO a ser julgado pelo TRT (essa é uma exceção à regra da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias mas ainda sem suspensão do feito). No Inquérito judicial para apuração de falta grave a Petição Inicial DEVERÁ SER ESCRITA, não pode ser verbal. Inquérito Judicial para apuração de falta grave A Petição Inicial de Inquérito Judicial para apuração de falta grave somente pode ser escrita. O empregador pode ou não suspender o empregado. Se o empregador optar por suspender o empregado antes do inquérito, deve ajuizá-lo no prazo decadencial de 30 dias. O prazo decadencial é aquele existente para o exercício de um direito potestativo, neste caso, o direito de despedir dirigente sindical por justa causa. No inquérito judicial para apuração de falta grave, é necessário comprovar que aquele empregado, detentor de estabilidade, ocorreu em uma falta grave, para fazer tal prova é possível dispor, no máximo, de 06 testemunhas. 14. AUDIÊNCIA 14.1 NOÇÕES GERAIS Complexo de Ensino Renato Saraiva

29 As audiências no processo do trabalho serão públicas, salvo quando contrariar o interesse público. Nas audiências é que acontece a maioria dos atos processuais. [Art. 93, IX, CF] Art. 5º, inciso LX, CF. A lei ó poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. Serão realizadas no juízo ou tribunal, mas excepcionalmente poderão realizarse em outro local mediante edital fixado na sede do juízo COM 24 HORAS de antecedência. O horário estabelecido para as audiências é das 8h00 às 18h00, em dias úteis, com duração máxima de 5 horas contínuas, salvo quando houver matéria urgente. É permitida a convocação de audiências extraordinárias, desde que respeitada a regra de fixação do edital na sede do juízo com 24 horas de antecedência. Na prova: O horário estabelecido para as audiências é das 8h00 às 18h00. É importante não confundir com o horário estabelecido para os atos processuais, que é das 6h00 às 20h00. Há tolerância para atraso do juiz ou presidente de até 15 minutos. Se após esse lapso temporal ele não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se e o ocorrido deverá constar no livro de registro de audiências. [Art. 815, ú, CLT] A mesma regra não se aplica para as partes. OJ 245, SDI-I, TST. Inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da parte à audiência. O juiz ou presidente é o responsável por manter a ordem na audiência, podendo determinar que se retirem do recinto aqueles que perturbarem a tranquilidade, e até mesmo autuar e prender os desobedientes por desacato. [Art. 816, CLT] Qualquer terceiro que demonstre interesse jurídico pode requerer certidão dos atos realizados na audiência. Os atos processuais deverão ser registrados em ata, conforme o artigo 851, caput, da CLT. Não só os atos, mas todos os fatos relevantes, como as ausências, atrasos, requerimentos, protestos antipreclusivos, providências determinadas pelo juiz etc. A ata será assinada pelo juiz. [Art. 851, 2º, CLT] Complexo de Ensino Renato Saraiva

30 14.2 TRÂMITE DA AUDIÊNCIA NO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO A audiência no procedimento ordinário é contínua, ou seja, pode iniciar-se em uma data e terminar em outra. Conforme já mencionado, a divisão que costuma ser utilizada é a seguinte: audiência de conciliação, audiência de instrução e audiência de julgamento. Art. 849, CLT. A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação. Atenção! O mais comum é que a audiência no procedimento ordinário comece em uma data e PROSSIGA EM OUTRA, mas é possível acontecer em uma única data. Ao juiz, com fundamento no artigo 765 da CLT, é facultado fracionar ou não a audiência. Presumindo que o juiz tenha optado pela continuidade da audiência, a divisão seria a seguinte: Audiência de Conciliação Audiência de Instrução Audiência de Julgamento 1ª tentativa conciliatória; Depoimento das Partes Sentença (art. 848, CLT); Leitura da Petição inicial, senão dispensada; Apresentação da Defesa (art. 847, CLT); Oitiva de testemunhas, peritos e técnicos (art. 848, 2º); Razões Finais (art. 850); Segunda Tentativa Conciliatória (art. 850, CLT); Não ocorre efetivamente uma audiência. Trata-se da data em que será publicada a sentença. a) AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO: Primeira tentativa conciliatória: Aberta a sessão, o juiz deverá conciliar as partes. A ausência de qualquer das tentativas conciliatórias implica em nulidade. [Art. 846, caput, CLT] Leitura da petição inicial se não dispensada: o mais comum é que seja dispensada. Apresentação da defesa: o réu pode apresentar defesa oralmente, em 20 minutos, ou por escrito. Há três modalidades de resposta a serem utilizados pelo reclamado contestação, exceções e reconvenção. [Arts. 847, CLT e 297, CPC] Complexo de Ensino Renato Saraiva

31 No procedimento ordinário as partes já saem dessa audiência intimadas para comparecimento na audiência de instrução. b) AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO: Depoimento das partes: O reclamante é o primeiro a depor, e em seguida o reclamado. O juiz faz as perguntas que julgar necessárias, depois permite que o advogado da outra parte faça suas perguntas. A finalidade do depoimento pessoal é obter a confissão da outra parte, portanto o depoimento do reclamante é direito do reclamado e vice-versa. Pela mesma razão não se permite perguntas feitas pelo próprio advogado, somente pelo da outra parte. Oitiva de testemunhas, peritos e técnicos: há limite de 3 testemunhas, SALVO quando se tratar de inquérito de apuração de falta grave em que o limite é de seis testemunhas para cada uma das partes. A testemunha que não comparecer na data da audiência será intimada de ofício ou a requerimento da parte, sendo possível a sua condução coercitiva. [Arts. 821 e 825, CLT] Razões finais: Sempre orais no prazo máximo de 10 minutos para cada parte. Segunda tentativa conciliatória: antes de proferir a sentença, o juiz tentará novamente conciliar as partes. Ambas as tentativas conciliatórias são obrigatórias e devem ser propostas nos momentos legais mencionados, em face dos artigos 846 e 850, CLT, respectivamente. Art. 850, CLT. Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de Conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão. As partes já saem da audiência de instrução intimadas da data em que será proferida sentença. c) AUDIÊNCIA DE JULGAMENTO: Sentença: na prática não ocorre uma audiência, as partes saem da audiência de instrução intimadas da data em que será publicada a sentença, e a partir de tal data tem início o prazo recursal NO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO No procedimento sumaríssimo a audiência é una. Todos os atos obrigatoriamente ocorrerão em uma única data, e todas as provas serão produzidas em audiência, ainda que não requeridas pelas partes. [Art. 852-C, CLT] IMPORTANTE MEMORIZAR! Audiência una: Complexo de Ensino Renato Saraiva

32 Primeira tentativa conciliatória (apenas a 1ª tentativa conciliatória está prevista em lei). Leitura da inicial se não dispensada Apresentação da defesa IMPUGNAÇÃO AOS DOCUMENTOS (oralmente, na audiência) Depoimento das partes Oitiva de testemunhas, peritos e técnicos RAZÕES FINAIS (não há previsão na lei) Sentença No procedimento sumaríssimo não será obrigatória a segunda tentativa conciliatória. E o reclamante terá que se manifestar sobre os documentos apresentados por uma das partes, com a defesa, por exemplo, oralmente, de imediato, na audiência. Segundo estabelece o art. 852-B, III, a reclamatória trabalhista deverá ser julgada no prazo máximo de 15 dias. Tendo em vista que a audiência é una e, portanto, a sentença deve ser proferida na data de sua realização, a audiência deve ser designada para o prazo máximo de 15 dias. Havendo razão justificável (prova pericial, oitiva de testemunha por carta precatória, etc.) é possível interromper a audiência no procedimento sumaríssimo, mas a continuação dar-se-á no máximo em 30 dias. Tem-se, portanto, que uma reclamatória deverá ser julgada no prazo máximo de 45 dias, ou seja, 15 dias para a designação da primeira audiência, mais 30 dias para o caso de ele ser interrompida COMPARECIMENTO DAS PARTES Quem deve Comparecer em audiência Reclamante REPRESENTAÇÃO/SUBSTITUIÇÃO Quando Quem Audiência Doença; Motivo poderoso; Sindicato; Empregado da mesma profissão; Será adiada. O representante não poderá: Confessar Transigir Renunciar, etc Reclamado SEMPRE gerente ou outro preposto* As declarações do preposto obrigarão o reclamado Complexo de Ensino Renato Saraiva

33 * Súmula 377 do TST: regra: o prepostos deve ser empregado da empresa; exceções: reclamação de empregado doméstico: caso em que poderá se fazer substituir por qualquer membro da família; micro ou pequeno empresário: caso em que poderá se fazer substituir por terceiro que tenha conhecimento dos fatos; Em caso de reclamatórias plúrimas, onde os empregados poderão estabelecer litisconsórcio ativo facultativo, nos termos do artigo 842 da CLT, ou em Ações de Cumprimento, poderão ser substituídos pelo Sindicato. Art. 843, CLT. Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar* pelo Sindicato de sua categoria. *O artigo 843 utiliza o termo representar erroneamente, pois na verdade o sindicato age como substituto, ou legitimado extraordinário nas Ações de Cumprimento. Atuará em nome próprio na defesa de interesse alheio, razão pela qual o sindicato será o autor da demanda, o que dispensa a presença dos titulares do direito material deduzido em juízo. [Art. 8, III, CF e 872, único, CLT] Na prova: A explicação do parágrafo acima é importante para que o conhecimento seja assimilado corretamente, mas na prova, se a questão trouxer o termo REPRESENTAÇÃO, deve ser considerada correta, pois está em consonância com o texto legal CONSEQUÊNCIAS DO NÃO COMPARECIMENTO DAS PARTES Observe as conseqüências da ausência das partes em audiência (art. 844, CLT). RECLAMANTE não comparece na audiência de CONCILIAÇÃO = Arquivamento (art. 844, CLT) RECLAMADO não comparece na audiência de CONCILIAÇÃO = Revelia e confissão ficta (art. 844, CLT) Caso AMBOS ambos não compareçam na audiência conciliação = Arquivamento RECLAMANTE não comparece na audiência EM PROSSEGUIMENTO EM QUE TENHA SIDO INTIMADO A DEPOR (INSTRUÇÃO) = Confissão ficta RECLAMADO não comparece na audiência EM PROSSEGUIMENTO EM QUE TENHA SIDO INTIMADA A DEPOR (INSTRUÇÃO) = Confissão ficta Caso AMBOS não compareçam na audiência de instrução = o juiz julgará conforme as regras Complexo de Ensino Renato Saraiva

34 de ônus da prova. Art. 844, CLT. O não comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. Parágrafo único. Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá o presidente suspender o julgamento, designando nova audiência. A confissão ficta pode ser confrontada coma prova pré-constituída nos autos, não implicando o cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores (súmula 74, II, TST). Súmula 74, TST. CONFISSÃO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 184 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e I - Aplica-se a pena de confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. (ex- Súmula nº 74 - RA 69/1978, DJ ). II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. (ex-oj nº 184 da SBDI-1 - inserida em ). Cuidado! A presença só do advogado na audiência de conciliação munido de procuração não afasta a revelia (súmula 122, TST). O advogado não pode atuar em um mesmo processo na condição de patrono do empregador e seu preposto por vedação expressa do Estatuto da OAB Lei 8906/94. Súmula 122, TST. REVELIA. ATESTADO MÉDICO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 74 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência. (primeira parte - ex-oj nº 74 da SBDI-1 - inserida em ; segunda Complexo de Ensino Renato Saraiva

35 parte - ex-súmula nº alterada pela Res. 121/2003, DJ ) O não comparecimento do reclamante na audiência de conciliação gerará o arquivamento da Reclamatória. E, se o reclamante der causa ao segundo arquivamento do processo em razão do não comparecimento, perderá o direito de ingressar com nova ação pelo período de seis meses (Art. 731 e 732, CLT), ocorrendo o que se conhece no Processo do Trabalho como perempção. Atenção! Também no caso de RT verbal, caso o reclamante não compareça em 5 dias em Juízo para redução a termo também não poderá ajuizar nova RT no prazo de 6 meses. O artigo 219 do CPC ensina que a citação válida, entre outros efeitos, interrompe a prescrição. O 1º dispõe que a interrupção retroage à data da propositura da ação. A CLT é omissa quanto a tal tema. Segundo a Súmula 268, a demanda trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos, ou seja, no Processo do Trabalho a prescrição é interrompida pelo simples ajuizamento da ação, não dependendo da citação válida como no processo do trabalho, entretanto, apenas uma vez. Considerando as determinações contidas nos arts. 219 do CPC e 202 do Código Civil, é imperioso concluir que o ajuizamento de reclamação trabalhista, mesmo que arquivada, interrompe a prescrição bienal e a quinquenal. Aliás, outro não é o entendimento contido na Súmula 268 desta Corte, mesmo não se referindo expressamente a ambos os prazos prescricionais. Assim, a prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, razão por que o prazo quinquenal de que trata o art. 7º, inc. XXIX, da Constituição da República deve ser reiniciado na data do ajuizamento da primeira reclamação. A regra da Súmula 9 do TST é muito cobrada em prova, segundo tal dispositivo, a ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, não importa em arquivamento do processo. 15. CONCILIAÇÃO Súmula 9, TST. AUSÊNCIA DO RECLAMANTE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, não importa arquivamento do processo. Complexo de Ensino Renato Saraiva

36 O procedimento ordinário exige obrigatoriamente duas tentativas conciliatórias na audiência. A ausência de qualquer uma delas gera nulidade absoluta dos atos processuais posteriores. O procedimento sumaríssimo exige apenas uma tentativa conciliatória obrigatória, mas o juiz poderá tentar conciliar as partes a qualquer tempo na audiência. A homologação de acordo é faculdade do juiz. Não fere direito líquido e certo da parte a recusa do juiz em homologar o acordo. Súmula 418, TST. A concessão de liminar ou a homologação de acordo constituem faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança. A sentença homologatória de acordo é irrecorrível para as partes (art. 831, CLT), transitando em julgado na data de sua homologação (súmula 100, V, TST). É equiparada a sentença de mérito (art. 269, III, CPC), sendo rescindida por ação rescisória (e não por ação anulatória), segundo estabelece a súmula 259, TST. Súmula 100, V, TST. O acordo homologado judicialmente tem força de decisão irrecorrível, na forma do art. 831 da CLT. Assim sendo, o termo conciliatório transita em julgado na data da sua homologação judicial. Nos termos do art. 831, parágrafo único, da CLT, somente a Previdência Social poderá recorrer desta sentença, por meio do Recurso Ordinário, cuja matéria versará exclusivamente em relação às contribuições previdenciárias. Atenção! Apesar de constar no texto legal que a Previdência Social poderá recorrer desta sentença, na prática, desde 2007, a União é quem atua como parte neste processo, em virtude da Lei /07 (Lei da Super Receita), que unificou a arrecadação e fiscalização dos tributos da antiga Receita Federal e contribuições da Previdência Social. O prazo para o recurso ordinário é em dobro para a União, nos termos do inciso III, do art. 1 do DL 779/69. Conforme o artigo 846 da CLT, no termo de conciliação deverá constar o prazo e a forma para seu cumprimento. Por exemplo, pode ser estabelecido que a parte que não cumprir o acordo restará obrigada a satisfazer integralmente o pedido ou pagar indenização convencionada, sem prejuízo do cumprimento do acordo. A multa não poderá ser superior ao valor da obrigação principal, pois sua natureza é de cláusula penal. [Art. 412, CC] Complexo de Ensino Renato Saraiva

37 É lícito às partes formular acordo mesmo depois de encerrado o juízo conciliatório. [Art. 764, CLT] Destaque-se a recente OJ 376 da SDI-1 do TST: 16. RESPOSTAS DO RÉU OJ 376, SDI-1, TST CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ACORDO HOMOLOGADO EM JUÍZO APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA. INCIDÊNCIA SOBRE O VALOR HOMOLOGADO (DEJT divulgado em 19, 20 e ) É devida a contribuição previdenciária sobre o valor do acordo celebrado e homologado após o trânsito em julgado de decisão judicial, respeitada a proporcionalidade de valores entre as parcelas de natureza salarial e indenizatória deferidas na decisão condenatória e as parcelas objeto do acordo. Após a sua citação, o réu poderá apresentar três modalidades de resposta: contestação, exceção e reconvenção. As duas primeiras se tratam de defesas, enquanto a última é ação do réu em face do autor, dentro do mesmo processo onde foi demandado. O artigo 847 da CLT garante ao reclamado 20 minutos para apresentar sua defesa. Segundo o artigo 304 do CPC, as partes podem arguir através de exceção: a suspeição, o impedimento e a incompetência relativa EXCEÇÕES De acordo com a CLT, apenas a arguição das seguintes exceções gerará a suspensão do feito: incompetência e suspeição, entretanto, embora a CLT faça referência apenas à suspeição, pois baseada no CPC de 39, que tratava apenas dela, aplica-se ao Processo do Trabalho também a exceção de impedimento, prevista no CPC de 73. As exceções devem ser apresentadas junto com a contestação, na audiência ou sessão seguinte. Se houver mais de uma exceção, a ordem de julgamento é: impedimento/ suspeição e incompetência. Exceção de Incompetência: Complexo de Ensino Renato Saraiva

38 E exceção de incompetência relativa deve ser apresentada pelo réu em audiência, sob pena de prorrogação da competência. Apresentada a exceção de incompetência, o exceto terá um prazo improrrogável de 24 horas para se manifestar, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir. [Art. 800, CLT] O excipiente apresenta a exceção de incompetência em audiência, ocasião em que o juiz receberá a exceção, suspenderá o feito, abrirá vista para o exceto se manifestar no prazo improrrogável de 24 horas e proferirá decisão interlocutória. Caso acolha a exceção, remeterá os autos para o Juízo declinado como competente. Como a decisão que julga a exceção é interlocutória, não admite recurso de imediato, exceto quando terminativa do feito (súmula 214, c, do TST e art. 799, 2 da CLT). Súmula 214, TST. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, 2º, da CLT. Se o juiz acolher a exceção de incompetência, remetendo os autos para juiz que esteja subordinado à TRT diferente do que está subordinado o juízo excepcionado (não qual foi apresentada a exceção), será cabível a interposição de RO em face dessa decisão interlocutória, de imediato. O recurso será julgado pelo TRT a que está subordinado o juiz que acolheu a exceção de incompetência. Caso 1: prestação de serviços em Curitiba --- juízo declinado em Ponta Grossa Pertencem ao mesmo TRT, a decisão seria então irrecorrível de imediato. Caso 2: prestação de serviços em São Paulo --- juízo declinado Porto Alegre Pertencem a TRTs diferentes, então seria recorrível de imediato (através de RO) Exceção de Suspeição e Impedimento: Complexo de Ensino Renato Saraiva

39 A CLT, datada de 1943, baseou-se no CPC de 1039, o qual tratava apenas de suspeição. Por isso, a CLT versa apenas sobre suspeição. O CPC de 1973 distinguiu suspeição de impedimento, entretanto a CLT permaneceu sem alteração, referindo-se apenas a suspeição. Apesar disso, as mesma razões que justificam a exceção de suspeição, justificam também a de impedimento. Por esse motivo onde na CLT lê-se suspeição deve ser lido também impedimento. Segundo a CLT, apresentada exceção de suspeição ou impedimento, o juiz ou Tribunal deverá designar audiência de instrução e julgamento dentro de 48 horas. [Art. 802, CLT] As hipóteses de cabimento de suspeição e impedimento estão previstas no artigo 801 da CLT e nos artigos 134 a 138 do CPC. Artigo 801, CLT: o juiz é obrigado a dar-se por suspeito e pode ser recusado pelos seguintes motivos, em relação aos litigantes: Inimizade pessoal Amizade íntima Parentesco por consanguinidade ou afinidade até o terceiro grau civil Interesse particular na causa Se o recusante, mesmo que tacitamente, demonstrar consentimento pelo juiz, não poderá alegar a exceção, salvo por motivo posterior. Também não poderá alegá-la se ficar demonstrado que já possuía conhecimento do motivo da suspeição anteriormente e não alegou, ou se propositalmente deu causa à razão da suspeição. Na prova: O artigo 801 da CLT trata parentesco consangüíneo até terceiro grau como hipótese de suspeição, quando na verdade é hipótese de impedimento. A exceção de suspeição será processada na forma do art. 802 da CLT. Art Apresentada a exceção de suspeição, o juiz ou Tribunal designará audiência dentro de 48 (quarenta e oito) horas, para instrução e julgamento da exceção. Para alguns autores, desde a extinção das Juntas de Conciliação e Julgamento não se aplica ao Processo do Trabalho desde a extinção da JCT o art. 802 da CLT, e sim o CPC, cujo processamento da exceção está nos artigos 312 a 314. Caso o juiz não se Complexo de Ensino Renato Saraiva

40 julgue suspeito ou impedido deverá remeter os autos ao TRT, no prazo de dez dias, para que este aprecie com suas razões e documentos. Art A parte oferecerá a exceção de impedimento ou de suspeição, especificando o motivo da recusa (arts. 134 e 135). A petição, dirigida ao juiz da causa, poderá ser instruída com documentos em que o excipiente fundar a alegação e conterá o rol de testemunhas. Art Despachando a petição, o juiz, se reconhecer o impedimento ou a suspeição, ordenará a remessa dos autos ao seu substituto legal; em caso contrário, dentro de 10 (dez) dias, dará as suas razões, acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas, se houver, ordenando a remessa dos autos ao tribunal. Art Verificando que a exceção não tem fundamento legal, o tribunal determinará o seu arquivamento; no caso contrário condenará o juiz nas custas, mandando remeter os autos ao seu substituto legal. Nas exceções de suspeição e impedimento, os sujeitos passivos são juízes, promotores, peritos judiciais, intérpretes e os próprios serventuários da justiça. [Art. 138, CPC] Opostas exceções de suspeição e impedimento contra o juiz, haverá a suspensão do processo. No entanto, quando for oposta em relação a qualquer outro dos sujeitos passivos, não haverá a suspensão do processo. [Art. 138, 1º, CPC]. Das decisões sobre as exceções, salvo se terminativas do feito, não caberá recurso de imediato, mas as partes poderão mencioná-las novamente no momento em que couber recurso da decisão final. [Art. 799, 2º e Art. 893, 1º, CLT] 16.2 CONTESTAÇÃO Como a CLT não define a contestação, aplica-se subsidiariamente o artigo 300 do CPC: Art. 300, CPC. Compete ao réu alega, na contestação, toda a matéria de defesa. Expondo as razões de fato e de direito, com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir. Esta norma consagra o Princípio da Impugnação Específica e da Eventualidade, pois o réu deverá alegar todo e qualquer tipo de resistência à pretensão do autor, ainda que contraditória entre si, para que o juiz conheça das posteriores, se as Complexo de Ensino Renato Saraiva

41 anteriores forem repelidas. A contestação por negação geral é vedada, considerandose verdadeiros os fatos contidos na Inicial. EXCEÇÃO: quando o contestante for defendido por advogado dativo, curador especial e para MPT admite-se negativa geral. [Art. 302, CPC] Na contestação, as defesas do podem ser classificadas em: a) defesas processuais; e b) defesas de mérito. a) A defesa processual deve ser arguida em preliminar de constetação e divide-se em: Dilatória, quando não se busca a extinção do processo, mas, apenas, dilatar a solução da causa, sem extinção do processo. É o caso da incompetência absoluta (em que se busca a remessa dos autos do juízo competente), conexão e continência (nas quais se busca a reunião de processos). Peremptória, quando o que se busca é a extinção do processo, sem resolução do mérito. É o caso das demais preliminares de contestação. b) A defesa mérito divide-se em: Direta, quando negar o fato constitutivo do direito do autor, como por exemplo, quando o reclamante alega ter direito a horas extras e o reclamado nega o fato, apresentando os cartões de ponto, o ônus da prova permanecerá como autor. Indireta, quando reconhecendo o fato em que se fundou a ação, outro lhe opuser o réu, impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. No processo do trabalho o réu não precisa especificar as provas que pretende produzir. Sempre em audiência, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação quando esta não for dispensada por ambas as partes. A contestação pode dirigir-se contra o processo ou contra o mérito RECONVENÇÃO A reconvenção é uma ação do réu contra o autor dentro do mesmo processo em que está sendo demandado. A sentença da ação principal e da reconvenção será a mesma. [Art. 318, CPC] Enquanto a contestação é ônus do réu, a reconvenção é mera faculdade. O reconvindo formula contra o autor pretensão de direito material de que se julga titular, conexa ao direito invocado na Inicial. Complexo de Ensino Renato Saraiva

42 A CLT é omissa quanto à reconvenção, então se aplica subsidiariamente, por força do artigo 769 da CLT, os dispositivos do CPC quanto ao tema Artigos 315 a 318. Na prova: É correto afirmar que não há reconvenção prevista na CLT? Sim. Apesar de ser permitida no processo do trabalho, não há previsão na CLT. Art. 315, CPC. O réu pode reconvir ao autor no mesmo processo, toda vez que a reconvenção seja conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. Parágrafo único. Não pode o réu, em seu próprio nome, reconvir ao autor, quando este demandar em nome de outrem. Art. 103, CPC. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando Ihes for comum o objeto ou a causa de pedir. (as duas partes visam o mesmo fim) O artigo 317 do CPC expõe uma característica importante da reconvenção: a autonomia. A reconvenção não é uma ação acessória, tendo em vista que a desistência da ação principal pelo autor (reconvindo), ou a existência de qualquer outra causa que venha a extinguir a ação principal, não obsta o prosseguimento da reconvenção. REQUISITOS PARA A RECONVENÇÃO: O juízo deve ser competente para ambas as ações: para a RT e para a reconvenção; Deve haver legitimidade O reclamado da RT precisa estar no pólo ativo da reconvenção e vice-versa; O procedimento deve ser o mesmo; Exige-se conexão entre a reconvenção e a ação principal ou algum dos fundamentos da defesa [Art. 103, CPC]; A ação principal e a reconvencional serão julgadas na mesma sentença. 17. PROVAS O objeto da prova é demonstrar em juízo a existência ou não existência de um fato, visando o convencimento do juiz. Não basta alegar um fato em juízo, é necessário comprová-lo. 17. ÔNUS DA PROVA Complexo de Ensino Renato Saraiva

43 O artigo 818 da CLT ensina que o ônus de provar as alegações incumbe à parte que as fizer. Em razão de sua extrema simplicidade, é necessário aplicar em conjunto o artigo 333 do CPC, segundo o qual cabe ao autor comprovar fatos constitutivos e cabe ao réu comprovar os fatos modificativos, impeditivos e extintivos do direito do autor. Seguem algumas súmulas importantes: O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. {Súmula 212, TST] Súmula 212, TST. DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. A competência de provar que a relação de emprego efetivamente ocorreu é do reclamante. Entretanto, se o reclamado reconhecer o fato alegado pelo autor na contestação, mas alegar relação jurídica diversa da relação de emprego - como, por exemplo, admitir que aquele empregado trabalhou para ele, mas como autônomo chamará para si o ônus de provar. O empregado tem o ônus de comprovar que preenche os requisitos indispensáveis para a percepção do vale transporte. [OJ 215 da SDI-I, TST] OJ 215, SDI-1, TST. VALE-TRANSPORTE. ÔNUS DA PROVA. Inserida em É do empregado o ônus de comprovar que satisfaz os requisitos indispensáveis à obtenção do vale-transporte. Quanto ao recolhimento do FGTS, definido pelo reclamante o período no qual não houve depósito, ou houve, mas em valor inferior, se a reclamada não concordar e alegar que inexistem tais diferenças nos recolhimentos, atrairá para si o ônus da prova, incumbindo-se de apresentar as guias respectivas, para comprovar fato extintivo do direito do autor. [OJ 301 da SDI-I, TST] OJ 301, SDI-1, TST. FGTS. DIFERENÇAS. ÔNUS DA PROVA. LEI Nº 8.036/90, ART. 17. DJ Complexo de Ensino Renato Saraiva

44 Definido pelo reclamante o período no qual não houve depósito do FGTS, ou houve em valor inferior, alegada pela reclamada a inexistência de diferença nos recolhimentos de FGTS, atrai para si o ônus da prova, incumbindo-lhe, portanto, apresentar as guias respectivas, a fim de demonstrar o fato extintivo do direito do autor (art. 818 da CLT c/c art. 333, II, do CPC). Segundo súmula 12 do TST estabelece que as anotações apostas da CTPS do empregado pelo empregador geram presunção relativa de veracidade [Súmula 12, TST]. Súmula 12, TST. CARTEIRA PROFISSIONAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram presunção "juris et de jure", mas apenas "juris tantum". A respeito do não recebimento da notificação para audiência depois de 48 horas de sua postagem, o ônus é do destinatário. [Súmula 16, TST] Súmula 16, TST. NOTIFICAÇÃO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário. O ônus da prova da jornada de trabalho delimitada na Inicial é do empregado, pois esta representa fato constitutivo do direito às horas extras. É ônus do empregador que conta com mais de 10 empregados o registro da jornada na forma do artigo 74, 2º da CLT e a apresentação dos cartões de ponto em Juízo, porém, a não juntada injustificada dos cartões gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho. [Súmula 338, TST] Os cartões uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova que passa a ser do empregador. Complexo de Ensino Renato Saraiva

45 Súmula 338, TST. JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 234 e 306 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. (ex-súmula nº 338 alterada pela Res. 121/2003, DJ ) II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. (ex-oj nº 234 da SBDI-1 - inserida em ) III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. (ex-oj nº 306 da SBDI-1- DJ ) 18. MEIOS DE PROVA DEPOIMENTO PESSOAL E INTERROGATÓRIO O comparecimento das partes pode ser determinado pelo juiz, caso julgue necessário interrogá-las, ou a requerimento das próprias partes. Art. 848, CLT. Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente ex officio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes. O artigo acima precisa ser interpretado em conjunto com o artigo 820 da CLT, segundo o qual as partes e seus advogados também podem requerer o interrogatório da parte contrária, e não apenas o juiz. O principal objetivo do interrogatório é a obtenção da confissão real, que é a principal prova. A confissão real pode ser obtida pela parte em seu depoimento, ou pelo procurador com poderes expressos para tal ato. Complexo de Ensino Renato Saraiva

46 A confissão real gera PRESUNÇÃO ABSOLUTA da veracidade dos fatos, devendo ser acatada pelo juiz. A confissão é INDIVISÍVEL, não será admitida em tópicos, deve ser considerada por inteiro, podendo, entretanto, ser dividida quando o confitente lhe aduzir fatos novos, suscetíveis de constituir fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção. [Art. 354, CPC] A confissão faz prova somente contra o confitente, e não contra os litisconsortes. Já a confissão ficta, gera presunção RELATIVA de veracidade: impera enquanto não houver outros meios probatórios constantes dos autos capazes de afastá-la, como prova documental, testemunhal e até mesmo a confissão real (que será confrontada com a prova pré-constituída, não constituindo cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores). [Súmula 74, II, TST] A confissão ficta ocorre quando a parte não comparece em audiência, ou comparece, mas se recusa a responder as perguntas também gera confissão ficta. A revelia não produz confissão na ação rescisória, pois considerando que a sentença é o objeto atacado, envolve matéria de ordem pública. [Súmula 398, TST] PROVA TESTEMUNHAL Toda pessoa capaz, que não seja impedida ou suspeita e que tenha conhecimento dos fatos pode ser testemunha. [Art. 829, CLT e 405, CPC] IMPEDIMENTO - parentes até terceiro grau - tutor nas causas do menor - representante da pessoa jurídica - advogado, juiz ou qualquer outra pessoa que tenha assistido a parte - cônjuge SUSPEIÇÃO - amigo íntimo - inimigo capital de qualquer das partes - o condenado por falso testemunho - aquele que por seus costumes não for digno de fé - aquele que tiver interesse no litígio Na prova: O suspeito ou impedido pode ser ouvido como informante? Sim. Não prestará o compromisso de dizer a verdade. A Súmula 357 do TST garante que não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador. Quanto ao número de testemunhas permitido: Complexo de Ensino Renato Saraiva

47 Procedimento ordinário: 3 testemunhas [Art. 821, CLT] Procedimento sumaríssimo: 2 testemunhas [Art. 852-H, 2º, CLT] Inquérito para apuração de falta grave: 6 testemunhas [Art. 821, CLT] COMPARECIMENTO DAS TESTEMUNHAS: PROCEDIMENTO ORDINÁRIO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO Arts. 825 e 845 da CLT Art. 852-H, 2º e 3º Nos dois procedimentos as testemunhas devem comparecer em audiência independentemente de intimação e notificação. Se elas não comparecem Se as testemunhas não comparecerem o espontaneamente, o juiz adiará a juiz só adiará a audiência e as intimará se audiência e determinará a intimação das comprovado o CONVITE ANTERIOR. testemunhas. Se mesmo assim a testemunha não comparecer, o juiz adiará a audiência e determinará a sua condução coercitiva e pagamento de multa. No processo do trabalho não há exigência de apresentação de rol de testemunhas, portanto, é possível que a parte as substitua. [Art. 825 e 845, CLT] Em respeito ao Princípio Inquisitivo, o juiz pode determinar a intimação de testemunhas que sejam mencionadas nos depoimentos das partes ou de outras testemunhas, mesmo que ultrapasse o número de testemunhas previsto para cada procedimento. [Art. 418, I, CPC] O depoimento de partes e testemunhas que não falarem a língua nacional, bem como de surdos-mudos ou mudos que não saibam escrever, será realizado por meio de intérprete nomeado pelo juiz. Quem arcará com as despesas é a parte interessada no depoimento. [Art. 819, CLT] Seja na condição de parte ou de testemunha, o trabalhador não poderá ter seu dia de trabalho descontado em razão de falta para comparecer em audiência. [Art. 822 e Art. 419, único do CPC, Art. 473, VIII da CLT e Súmula 155, TST] Se a testemunha for servidor público e tiver que depor em horário de expediente, será requisitada ao chefe da repartição a autorização para comparecimento em audiência. [Art. 823, CLT] Entende-se que o momento adequado para contraditar a testemunha é após a sua qualificação e antes que preste o compromisso de dizer a verdade. A CLT é omissa quanto ao tema PROVA DOCUMENTAL Complexo de Ensino Renato Saraiva

48 A CLT não sistematizou a prova documental como o CPC. É possível encontrar em alguns de seus artigos, de forma desorganizada, menção a documentos. Entre eles, artigos 777, 780 e 830. Nas questões referentes ao tema em que a CLT nada disser, aplica-se o CPC. Os documentos devem ser juntados na petição inicial pelo autor, e na defesa pelo réu. [Art. 787, CLT e 396, CPC] Na fase recursal não é possível juntar documentos, salvo se comprovado justo impedimento para sua oportuna apresentação ou se referentes a fato superior à sentença. [Súmula 8, TST] Para alguns atos, a CLT considera a prova documental (escrita) imprescindível: - comprovação de pagamento de salário [Art. 464, CLT] - comprovação da concessão do descanso da gestante [Art. 392, CLT] - comprovação de concessão ou do pagamento de férias [Art. 135 e 145, único, CLT] -comprovação do acordo de prorrogação da jornada [Art. 59, CLT] - empregado com mais de um ano de serviço deve ter seu pedido de demissão homologado perante seu sindicato. No procedimento sumaríssimo, todas as provas, inclusive as documentais, devem ser produzidas na audiência de instrução e julgamento, mesmo sem requerimento prévio das partes. Os documentos deverão ser impugnados imediatamente pela outra parte, na própria audiência. A lei permite, caso sejam documentos complexos ou de grande volume, que a audiência seja suspensa, desde que devidamente justificado pelo juiz. Até o final da instrução, as partes podem juntar documentos novos, permitido o contraditório quando: [Art. 397 e Art. 398, CPC] - tratar-se de fatos ocorridos depois dos articulados - para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos PROVA PERICIAL Será realizada quando a prova dos fatos alegados depender de conhecimentos técnicos ou científicos. Pode ser requerida pelas partes ou determinada de ofício pelo juiz [Art. 145, CPC] Poderá ser constituída em exame (de pessoas ou documentos), vistoria (imóveis) ou avaliação (para apuração de valores), e apresentada através de laudo. [Art. 420, CPC] Complexo de Ensino Renato Saraiva

49 O perito será médico ou engenheiro do trabalho, sem ordem de preferência. [Art. 195, CLT e OJ 165, SDI-I do TST] O juiz não fica adstrito ao laudo pericial, podendo formar seu convencimento com base em outros fatos ou elementos provados nos autos. [Art. 436, CPC] A perícia não será deferida quando: A prova do fato não depender de conhecimento pericial For desnecessária em vista de outras provas produzidas Quando a verificação for impraticável Após a nomeação do perito as partes têm 5 dias para apresentar quesitos e nomear assistente técnico. [Art. 421, 1º, CPC] O perito poderá escusar-se do encargo mediante motivo legítimo. A escusa será apresentada dentro de 5 dias contados da intimação ou do impedimento superveniente, sob pena de reputar-se renunciado o direito à alegá-la. [Art. 146 e Art. 423 do CPC] O perito responderá por prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado de atuar em outras perícias por 2 anos caso preste informações inverídicas por dolo ou culpa, além da sanção que a lei penal estabelecer. A lei 5.584/70, em seu artigo 3º (que revogou tacitamente o artigo 826 da CLT) dispõe que os exames periciais serão realizados por perito único, designado pelo juiz, que fixará o prazo para a entrega do laudo. As partes poderão indicar assistente técnico, cujo parecer terá de ser apresentado no mesmo prazo designado pelo juiz para o perito apresentar o laudo pericial, sob pena de ser desentranhado dos autos (é diferente do processo civil onde a apresentação do parecer pode dar-se 10 dias após o laudo pericial). Somente o perito nomeado pelo juiz presta compromisso, por isso está sujeito aos mesmos impedimentos e suspeição dos magistrados. Em relação aos adicionais de periculosidade e insalubridade, a perícia deverá ser realizada ainda que o réu seja revel e confesso quanto à matéria de fato. No procedimento sumaríssimo, haverá prova pericial quando a lei determinar ou quando a prova do fato o exigir. O juiz fixará o prazo, o objeto da perícia e nomeará o perito. Manifestação das partes sobre o laudo: prazo comum de 5 dias. [Art. 852-H, 4º, CLT] As provas no procedimento sumaríssimo devem ser produzidas em audiência, mas o parágrafo 7º do artigo 852-H prevê a possibilidade de interrupção (suspensão) Complexo de Ensino Renato Saraiva

50 da audiência, por motivo relevante, com sua continuidade e julgamento no prazo de 30 dias. Quanto aos honorários periciais, segundo o artigo 790-B da CLT, serão pagos pela parte sucumbente no OBJETO DE PRETENSÃO da perícia, salvo se beneficiária da justiça gratuita. Exemplo: adicional de insalubridade indeferido, então o reclamante paga o perito. Não há previsão legal para adiantamento ou deposito prévio de honorários do perito nas relação de emprego. Cabe mandado de segurança para atacar essa decisão do juiz. OJ 98, SDI-II, TST. É ilegal a exigência do juiz de adiantamento dos honorários periciais. Não pode o juiz condicionar a apreciação do adicional de insalubridade, por exemplo, ao depósito prévio dos honorários periciais. Entretanto, em razão da EC 45/2004 e da IN n. 27 do TST, artigo 6º, único, é facultado ao juiz, em relação à perícia, exigir depósito prévio dos honorários periciais nas lides oriundas da relação de trabalho ou distintas da relação de emprego. O assistente técnico será alguém de confiança da parte (esta contrata e paga os honorários do assistente, independentemente de existência de sucumbência). O assistente não presta compromisso. [Súmula 341, TST] Quando o local de trabalho estiver desativado o juiz poderá usar outros meios de prova para apreciar o pedido [OJ 278, SDI-1, TST]. OJ 278, SDI-I do TST. Quando o local de trabalho estiver desativado o juiz poderá usar outros meios de prova para apreciar o pedido. Segundo a súmula 293 do TST, o juiz poderá deferir adicional de insalubridade por agente diverso do apontado na petição inicial. Súmula 293, TST. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. CAUSA DE PEDIR. AGENTE NOCIVO DIVERSO DO APONTADO NA INICIAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade. Complexo de Ensino Renato Saraiva

51 É lícito ao juiz determinar, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova perícia, quando a matéria não lhe parecer suficientemente esclarecida. Terá por objeto os mesmos fatos sobre os quais recaiu a primeira. Destina-se a corrigir eventuais erros ou inexatidões. A segunda não substitui a primeira. [Art. 437, CPC] 18. SENTENÇA O artigo 162, 1º, do CPC define sentença como o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos artigos 267 e 269, do próprio CPC. A sentença é formada por: Relatório: identifica as partes, apresenta o objeto da lide, resume as principais ocorrências processuais, objetiva também demonstrar que o juiz analisou todo o processo. No procedimento sumaríssimo o artigo 852-I dispensa a obrigatoriedade de relatório. Com exceção desta hipótese, sentença sem relatório é nula. Fundamentação: apresenta a motivação do julgador. Dispositivo: onde o juiz acolhe ou rejeita os pedidos, ou extingue o processo sem resolução do mérito. A sentença sem dispositivo é inexistente. A sentença pode ser terminativa ou definitiva: Terminativa: provimento judicial que resolve o procedimento no primeiro grau de jurisdição sem apreciar o mérito. Ocorre em todas as hipóteses do artigo 267 do CPC. Definitiva: provimento judicial que, apreciando e resolvendo o mérito da demanda, pode implicar a extinção do procedimento em primeiro grau de jurisdição. Ocorre em todas as hipóteses do artigo 269 do CPC. A CLT trata de sentença (decisão) e termo de conciliação no artigo 831: Art. 831, CLT. A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação. Parágrafo único. No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas. O artigo 832 da CLT apresenta itens obrigatórios da sentença: deverá conter o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa (relatório), apreciação das provas, os fundamentos da decisão (fundamentação); conclusão (dispositivo); prazo e condições para o seu cumprimento quando houver procedência do pedido; valor das custas processuais a serem pagas pelo vencido; valor provisoriamente arbitrado à condenação (789, 2, CLT); Complexo de Ensino Renato Saraiva

52 nas decisões cognitivas e homologatórias, o juiz deverá discriminar a natureza jurídica de cada uma das parcelas e determinar o limite de responsabilidade de cada uma das partes pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, se for o caso. A intimação da sentença ocorre na audiência em que foi proferida ou nos termos do artigo 841, 1º da CLT para o réu revel [art. 852, CLT]. A sentença proferida no procedimento sumaríssimo mencionará os elementos de convicção do juiz, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório [art. 852, I, CLT]. 19. RECURSOS NO PROCESSO DO TRABALHO 19.1 NOÇÕES GERAIS Art. 852, CLT I. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório. (Incluído pela Lei nº 9.957, de ) 1º O juízo adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e as exigências do bem comum. (Incluído pela Lei nº 9.957, de ) 2º (VETADO) 3º As partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que prolatada. (Incluído pela Lei nº 9.957, de ) Recursos Cabíveis: As decisões proferidas na Justiça do Trabalho admitem os seguintes recursos: RO, RR, EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, EMBARGOS AO TST, AGRAVO DE PETIÇÃO E AGRAVO DE INSTRUMENTO. [Art. 893, CLT] Além destes admite-se no Processo do Trabalho também os recursos denominados: Pedido de Revisão e Agravo Regimental (se houver previsão no regimento interno do respectivo Tribunal). Complexo de Ensino Renato Saraiva

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