Relatório de Vivência - VER-SUS. São Luís - MA

Transcrição

1 Vivente: Icariane Barros de Santana Araújo Relatório de Vivência - VER-SUS São Luís - MA Transmita amor, por onde for! Vivência: 06/09/2016 a 13/09/2016

2 Data: 06/09/2016 As atividades se iniciaram com o acolhimento, realizado pelos facilitadores e comissão organizadora, de todos os viventes. Foi o contato inicial, primeiras conversas, risadas, e muita ansiedade para uma vivência que estava apenas começando. Posteriormente realizamos a dinâmica do barbante: Cada vivente teve um momento para falar um pouco sobre si, sobre suas expectativas para o estágio, cursos, manias, um pouco de cada um. Á medida que íamos se conhecendo, íamos construindo uma rede com um barbante, e se conectando uns aos outros. Ao final da brincadeira, estávamos todos interligados entre si, e percebemos o quanto somos importantes para o trabalho do outro, o quanto uma pessoa faz a diferença, e como a rede está intimamente interligada. Realizou-se o sorteio do anjo, e cada vivente e facilitador ficou responsável por cuidar de um colega ocultamente, até o final da vivência. Para finalizar as atividades da manhã, realizamos a customização dos envelopes, que depois foram usados para guardar lembranças, almoçamos e nos deslocamos para o Hotel. As atividades da tarde foram realizadas na Universidade Ceuma, onde fomos divididos em NBs (Núcleo de Base), esses grupos nos permitiram longas tardes de discussões a respeito da dinâmica que envolve o SUS. Nessa tarde, definimos um nome para cada grupo, e naquele momento nascia o meu NB - LaSUS (nome escolhido a partir da palavra Laço, mostrando que o SUS é uma rede formada de laços, que envolvem todas as áreas da Saúde e que juntas se integram, e se entrelaçam para o bemestar dos usuários). Posteriormente conhecemos os outros NBs, e apresentamos o nosso para os outros viventes, por meio de encenações e paródias. Realizamos também a confecção da bandeira do Ver-SUS 2016, e a divisão das tarefas da semana em que cada NB ficou responsável. Após o jantar, nos deslocamos para o hotel, e fomos surpreendidos com uma dinâmica, em que cada vivente se manteve de olhos fechados, ouvindo apenas algumas palavras, do quanto somos importantes para o outro, do quanto é importante ser tratado com carinho, e ser surpreendido com boas ações, nos trazendo boas reflexões. Ao final, cada um foi presenteado com uma mochila, e uma camisa para utilizar durante a vivência.

3 Data: 07/09/2016 Após o café da manhã, realizamos uma mística, todos juntos formando um círculo, que depois formou um grande nó, e o objetivo da dinâmica seriam todos juntos desfazerem o nó, e reformularem o círculo. Foi difícil, mas percebemos o quanto um precisa do outro para fazer o SUS funcionar, e todos juntos somos capazes de fazer a rede se desenrolar e se reconectar. Posteriormente cada NB se reuniu separadamente para discutir alguns temas: a Universalidade, Integralidade, Equidade, Lei 8080, Lei 8142, PECs e Tentativas de Desmonte do SUS, e ao final das discussões entre grupos nos reunimos para uma troca de conhecimentos entre todos os NBs. O LaSUS ficou responsável por debater sobre a Integralidade, um dos princípios doutrinários do SUS, que visa garantir assistência a prática curativa, contemplando o indivíduos em todos os níveis de atenção à saúde. Pela tarde realizamos um passeio no Reviver, e discutimos sobre a pedofilia, em que cada um expôs seu ponto de vista sobre a temática em questão, e muitos olhares diferentes foram levantados. Tratase de problemas psicológicos? Onde podemos intervir? Como fica a criança? O que fazer? Como tratar? E a família? Ainda no local, realizamos uma dinâmica de olhos fechados, e que ao final, notou-se que cada um dos viventes demonstrou que mesmo de olhos fechados, confiar no outro ainda é preciso, e transmitir confiança é necessário. E o nosso Sistema de Saúde precisa desse tipo de atenção. Ocorreu uma discussão com todos os grupos, sobre as condições de vida dos moradores de rua, e os direitos que esses indivíduos têm frente a atual conjuntura do nosso Sistema de Saúde.

4 Data: 08/09/2016 Iniciamos as atividades com uma mística, do objeto que nos representa. Cada um apresentou um objeto que o representava, e conhecemos mais sobre as diferentes culturas, e como um objeto pode representar algo para alguém, enquanto que para outro pode ser apenas um objeto, ajudando assim entendermos as diferenças dos outros. Em seguida, cada NB se reuniu para discutir sobre diversos temas: Rede Cegonha, Atenção Básica, Serviço de Urgência e Emergência, Atenção á pessoas com Doenças Crônicas, Rede de atenção a pessoas com Deficiências e Atenção a Rede Psicossocial, e posteriormente todos os grupos se reuniram para um debate em conjunto. O LaSUS levantou várias questões à respeito da RAPs (Rede de Atenção Psicossocial), que tem como objetivo atender pessoas com transtornos mentais e com necessidades decorrente do uso de drogas e álcool. A discussão entre os NBs foi bastante proveitosa, e várias abordagens foram levantadas, para esses pacientes, e a função de cada profissional para o atendimento desses usuários. Cada NB se reuniu separadamente, para discutir sobre Políticas de Saúde para Minorias e Populações Específicas, dentre elas: Política Nacional de Doenças Raras, Saúde da População LGBT, Saúde Indígena, Saúde da População Negra, Saúde das Populações do Campo, águas e Florestas e Saúde do Idoso. Após as discussões, cada NB fez uma apresentação para demonstrar de que maneira o SUS pode agir no tratamento desses diversos grupos, dentre essas apresentações tiveram paródias, encenações, que ampliaram nossos conhecimentos diante da prática dos profissionais no Sistema. O LaSUS realizou uma encenação sobre a Saúde da População LGBT. Ao anoitecer, após o jantar, todos os facilitadores e viventes, se deslocaram até a praia onde fizeram mais uma dinâmica. Nesse momento, cada participante teve um espaço para comentar sobre um fato marcante na sua vida, o que permitiu que cada um conhecesse um pouco mais sobre o outro.

5 Data: 09/09/2016 Cada GV (Grupo de Visita) ficou responsável por visitar diferentes hospitais, UPAs, Unidades de Saúde para entender a dinâmica do nosso Sistema em diferentes âmbitos. O meu grupo ficou responsável pela visita ao Hospital Socorrão II, onde conhecemos todo hospital, os programas que o englobam, os pacientes, as diferentes alas, acompanhados pelo Dr. Francisco. Realizamos uma visita na Hemomar, conhecemos todo o Centro de Hematologia do Maranhão, assistimos à palestra a respeito da doação de Sangue e de Medula Óssea. Ao final, alguns membros aproveitaram para realizar a doação de Sangue, e outros se cadastraram no Redome. Participamos de uma palestra a respeito da Reforma Psiquiátrica com o Dr. João Arnaud.

6 Data: 10/09/2016 As atividades se iniciaram com uma mística, em que cada integrante pôde resumir o colega por meio de uma única palavra. Foi importante para conhecermos como nosso colega nos ver, qual imagem transmitimos para as outras pessoas, e o quanto isso é importante para nosso futuro profissional. Em seguida assistimos à palestra com a Enfermeira Poliana Costa, sobre doação de Órgãos, juntamente com um relato de caso de uma funcionária da Central de Transplante do Maranhão, Maria Luíza. Aprendemos como funciona a Central. Quem pode doar? Por que doar? Como funciona a doação com doador vivo, e como funciona com doador morto, dentre outras informações. Na UFMA, assistimos a uma discussão sobre Educação em Saúde, com as palestrantes Maria do Carmo, Walquíria e Adriana, docentes da Universidade Federal do Maranhão. Em seguida participamos da dinâmica do corredor do afeto, em que os viventes entraram de olhos fechados, em uma sala, e foram presenteados com abraços, carinhos, beijos, e percebemos o quanto somos essenciais para os outros, e o quanto é importante confiarmos no outro, e refletimos ao final, o papel dos profissionais da saúde na transmissão dessa confiança para os usuários do nosso Sistema de Saúde. Para finalizar as atividades, terminamos a confecção da bandeira. Cada NB assistiu com seu grupo ao filme: Ilha das Flores, e posteriormente discutimos em grupo. O quanto os seres humanos tem o encéfalo desenvolvido, mas infelizmente ainda há muitos indivíduos que vivem em situações subumanas como animais que tem pouco desenvolvimento do encéfalo.

7 Data: 11/09/2016 Os viventes e facilitadores realizaram uma mística, em que foi lida uma história, e a cada palavra de amor, abraço entre outras, todos deveriam fazer tais demonstrações de afeto, e ao final observamos o quanto um simples ato de carinho, torna o dia do outro melhor. Cada GV expôs sobre a sua vivência nos locais visitados no dia 09, e foram elencados vários problemas, e levantados várias soluções. Foram observados também os olhares diferentes que cada profissional, que cada área de atuação tem frente aos hospitais, as unidades de saúde, e as unidades visitadas. Cada NB recebeu um caso clínico para ser estudado, e então ser apresentado posteriormente. O objetivo do estudo foi entender de que maneira os profissionais de Saúde podem intervir diante diversas situações. O LaSUS ficou responsável pela apresentação do caso de uma criança de rua, criada pela avó, que precisou trabalhar nas ruas para ajudar no sustento da casa, e teve contato com crack e outras drogas. O grupo realizou uma encenação do caso, e cada profissional de saúde assumiu sua postura, e sua função diante do caso. Cada NB se reuniu novamente para discutir sobre os cuidados paliativos, e posteriormente foi realizada uma discussão com todos os outros NBs, e muitos aspectos foram levantados. Qual o papel do SUS nos cuidados paliativos? Em que aspecto o profissional da saúde pode ajudar? Quais programas? Tal discussão foi de grande importância para o entendimento dos cuidados paliativos par o profissional da Saúde.

8 Data: 12/09/2016 No Ceuma, assistimos a uma palestra sobre Controle Social, com o Dr. Antônio Maris, que esclareceu muitas dúvidas sobre o assunto em questão. Visitamos o CSU do Vinhais (Centro Social Urbano), acompanhamos uma Conferência Municipal de Saúde, vimos diversos pontos de vistas, e a apresentação de vários projetos. Foi de grande importância, já que muitos de nós nunca tínhamos acompanhado aquele tipo de rotina. Em seguida fomos conhecer o Espigão Costeiro, cada NB se reuniu para tirar fotos, e registrar cada momento. Todos nós nos reunimos para uma breve discussão a respeito da visita feita pela manhã na Conferência de Saúde, e foram levantadas algumas críticas, algumas discussões, e ao final chegamos a conclusão de que ainda é necessário colocarmos em práticas os nossos projetos que ainda estão no papel, para termos uma saúde mais digna, e que possa atingir à todos.

9 Data: 13/09/2016 No último dia de vivência, cada um teve um espaço para contar sobre sua experiência, sobre os pontos positivos, e negativos da vivência, o que aprendeu, e tantas outras coisas que foram adquiridas naquele espaço de tempo. Foi um momento de descontração, choros e muitas gargalhadas. Nesse momento cada um aproveitou para escrever cartas e recados para serem colocados nos envelopes dos colegas de vivência e que seriam lidos apenas ao chegar a suas casas, ao final de tudo. Após o almoço, ocorreu a revelação dos anjos, que haviam sido escolhidos no primeiro dia de vivência, com a entrega de lembranças simbólicas. E para finalizar as atividades, em clima de muito carinho e emoção. Os viventes ofereceram uma surpresa para todos os facilitadores e comissão organizadora, pelo excelente trabalho, e excelente vivência! Fim!