Avaliação Neurológica. Prof. Ms.Maria da Conceição Muniz Ribeiro
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- Bianca Prada Fidalgo
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1 Avaliação Neurológica Prof. Ms.Maria da Conceição Muniz Ribeiro
2 Revisão da Anatomia Encéfalo: constituído por 3 fossas, que são: Anterior: hemisférios cerebrais frontais; Média: lobos parietal, temporal e occiptal; Posterior: tronco cerebral e bulbo (tronco=mesencéfalo e ponte).
3 O exame neurológico faz parte da anamnese e do exame físico geral do paciente; Durante a anamnese devem ser observadas as condições do meio ambiente do paciente, de seus comportamentos emocional, físico e cognitivo. Em algumas situações é necessária a presença de algum membro da família ou amigo, que possa responder as perguntas.
4 O Exame Neurológico A avaliação neurológica compreende 5 etapas: Função cerebral Nervos cranianos Sistema motor Sistema sensitivo Reflexos
5 Função cerebral Observar aspecto e comportamento do indivíduo, seu modo de se vestir e sua higiene pessoal. A postura, os gestos, a expressão facial e atividade motora; o discurso (a fala é coerente?). O indivíduo está responsivo e alerta, ou sonolento e torporoso?
6 Nervos cranianos São doze, e podem ser avaliados de acordo com sua função: olfato, acuidade visual, sensação facial, mastigação, etc.
7 Sistema motor Avaliar tônus e força muscular, coordenação e equilíbrio.
8 Sistema sensitivo Muito complexo, e exige a colaboração do paciente. A avaliação envolve testes de sensibilidade tátil, dor superficial, sensibilidade vibratória e propriocepção. Importante durante a avaliação que o indivíduo permaneça com os olhos fechados.
9 Reflexos Permite que o examinador avalie arcos reflexos involuntários, que dependem da presença de receptores aferentes de estiramento. Os reflexos comuns que podem ser testados incluem o bíceps, o braquiradial, o tríceps, a região patelar e o calcanhar.
10 Avaliação da Consciência Percepção do indivíduo consigo mesmo e com o meio ambiente em que vive. Significa que o mesmo responde às perguntas e/ou comandos de forma clara, objetiva e orientada. O nível de consciência expressa o grau de alerta comportamental do indivíduo, o estado de alerta e vigília.
11 Avaliação do conteúdo da Consciência Necessária capacidade cognitiva preservada para a maior parte do exame; No conteúdo são realizadas as seguintes avaliações: atenção e concentração, memória, estado afetivo, linguagem, raciocínio e orientação.
12 Orientação É a consciência de tempo, espaço e pessoa. Pode-se fazer algumas perguntas sobre identificação pessoal, nome, profissão, etc. Na avaliação temporal: perguntar mês, dia da semana, dia do mês. Na avaliação espacial: perguntar sobre o local onde o paciente se encontra, o endereço de sua casa, etc.
13 Elementos básicos para a avaliação do nível de consciência: Perceptividade: corresponde a respostas complexas, como gestos e palavras, ou mais simples, como piscamento à ameaça. Reatividade: relacionada com mecanismos presentes desde o nascimento, como visão, audição, reação de despertar, reação de orientação e reações focais e gerais à dor.
14 Estímulos Auditivos: inicialmente tom de voz normal, se não houver resposta elevar tonalidade. Na presença de respostas, avaliar o grau de orientação do paciente. Táteis: podem ser aplicados junto aos auditivos para despertar o paciente. Se não ocorrer resposta, estímulos dolorosos devem ser aplicados.
15 Cont. Dolorosos: método mais indicado é a aplicação de uma compressão perpendicularmente ao leito ungueal proximal (mãos ou pés), com a ajuda de instrumentos (caneta, lápis ou a própria unha). Outras áreas: região supra orbital, músculo trapézio e esterno. Estímulos intensos e repetidos podem causar lesões na pele, hematomas ou outros traumatismos locais e psicológicos.
16 Alterações no Nível de Consciência Rebaixamento do nível de consciência é o parâmetro mais sensível de insuficiência encefálica. Pode ter início com pequena confusão mental, com dificuldade de elaboração de frases e armazenamento de informações, podendo chegar à sonolência até o coma.
17 Alterações mais comuns Letargia ou sonolência: paciente acorda ao estímulo auditivo, está orientado no tempo, espaço e pessoa, responde lenta e vagarosamente ao estímulo verbal, à elaboração de processos mentais e à atividade motora. Cessado o estímulo verbal, retorna ao estado de sonolência.
18 Estado confusional agudo ou delirium: sintomas de início agudo, de caráter flutuante e com intervalos de lucidez. Pode apresentar um ou + sintomas: inatenção aos estímulos, diminuição da capacidade de concentração, desorganização e incoerência do pensamento, desorientação em relação ao lugar e ao tempo, distúrbios de memória, rebaixamento do nível de consciência (sonolência), entre outros.
19 Obnubilação: paciente muito sonolento, ou seja, necessita ser estimulado intensamente, com associação de estímulo auditivo mais intenso e estímulo tátil. Pode responder a comandos simples (p. ex.: quando solicitado para colocar a língua para fora da boca). Responde apropriadamente ao estímulo doloroso.
20 Estupor ou torpor: mais sonolento, não responsivo, necessitando de estimulação dolorosa para responder. Responde apropriadamente ao estímulo doloroso, apresenta resposta com sons incompreensíveis e/ou com abertura ocular.
21 Coma: estado em que o indivíduo não demonstra conhecimento de si próprio e do meio ambiente, com ausência do nível de alerta, ou seja, inconsciente, não interagindo com o meio e com os estímulos externos, permanecendo com os olhos fechados, como em um sono profundo. Neste estado o paciente apresenta apenas respostas de reatividade.
22 Escala de Coma de Glasgow Avaliação Pontuação 1. Abertura ocular Espontânea 4 pontos Por Estimulo Verbal 3 pontos Por Estimulo A Dor 2 pontos Sem Resposta 1 ponto 2. Resposta verbal Orientado 5 pontos Confuso (Mas ainda responde) 4 pontos Resposta Inapropriada 3 pontos Sons Incompreensíveis 2 pontos Sem Resposta 1 ponto 3. Resposta motora Obedece Ordens 6 pontos Localiza Dor 5 pontos Reage a dor mas não localiza 4 pontos Flexão anormal Decorticação 3 pontos Extensão anormal - Decerebração 2 pontos Sem Resposta 1 ponto
23 Escala de Coma de Glasgow Classificação do paciente A escala de coma serve para classificar os pacientes em coma. Coma Score Grave < 8 Moderado 9 12 Leve >12
24 Escala de Coma de Glasgow
25 Escala de Coma de Glasgow Em que ano estamos? Solta!Almoço!Não Hugh! Ahrr!
26 Escala de Coma de Glasgow
27
28 Considerações Quando a pontuação for inferior ou igual 8, faz-se necessário a avaliação dos demais parâmetros: Pupilas Motricidade ocular Padrão respiratório Padrão motor
29 Exame pupilar Avaliar diâmetro, simetria, assimetria e reflexo fotomotor; Comparar uma pupila à outra; Diâmetro normal: em média 3,5mm; O diâmetro pode ser medido com uma régua ou por pupilômetro.
30 Exame da movimentação ocular extrínseca Realizado em pacientes em coma; Avaliados os movimentos dos nervos cranianos (oculomotor, troclear e abducente); Avaliação realizada em 5 etapas: Movimentos oculares espontâneos; Manobra dos olhos de boneca Manobra vestíbulo-ocular; Reflexo córneopalpebral; Pálpebras.
31 Avaliação da força muscular Motricidade: capacidade de contração e relaxamento do músculo esquelético, controlada por fibras do sistema piramidal, extrapiramidal e cerebelar.
32 Sistema piramidal Responsável pela motricidade voluntária e integra os movimentos que exigem habilidade, movimentos delicados ou complicados.
33 Sistema extrapiramidal Responsável pela manutenção do tono muscular e pelo controle dos movimentos corporais, principalmente a deambulação. A lesão extrapiramidal não causa ausência de força motora, mas leva a um aumento no tono muscular, a alterações na postura e na marcha, à lentidão ou abolição dos movimentos involuntários.
34 Sistema cerebelar Responsável pela movimentação automática, involuntária e por correções e modulações dos movimentos voluntários. Proporciona um movimento mais preciso e coordenado; A lesão no sistema cerebelar conduz a alterações na coordenação, na marcha, no equilíbrio, como também reduz o tônus muscular.
35 A avaliação motora é realizada para identificar o grau de incapacidade e/ou de dependência do paciente em realizar um movimento ou de movimentar-se. Durante a avaliação da força muscular, observa-se: a postura, o tono muscular, os reflexos, os tipos de movimentos e a coordenação dos grupos musculares.
36 Drenos e Catéteres Cerebrais Comum em pacientes neurológicos na UTI; Uso de cateteres em região cefálica ou lombar; Necessário equipe de enfermagem conhecer os diversos tipos de cateteres, sua função e indicação.
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