PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS REFERÊNCIA E DURAÇÃO 90 MINUTOS

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1 1. O direito de explorar os jogos de fortuna ou azar em Portugal é reservado ao Estado. a) Esta afirmação é verdadeira. b) Esta afirmação é parcialmente verdadeira, porque esse direito é também reservado às entidades que podem explorar os jogos de fortuna ou azar. c) Esta afirmação é falsa porque os jogos de fortuna ou azar podem ser explorados em casinos, salas de jogo do bingo e online. d) Esta afirmação é falsa porque se o direito fosse reservado ao Estado só o Estado poderia explorar esses jogos. 2. O prazo de vigência de um contrato de concessão da exploração de jogos de fortuna ou azar pode ser prorrogado: a) Por iniciativa do Governo ou a pedido fundamentado das concessionárias que tenham cumprido as suas obrigações. b) Se a possibilidade da prorrogação do contrato constar das peças procedimentais. c) Em qualquer uma das situações referidas em a) e b). d) O prazo de vigência de um contrato de concessão de jogo não pode ser prorrogado. 3. No quarto ano de concessão, os capitais próprios das sociedades concessionárias não podem ser inferiores a: a) 20% do ativo total líquido. b) 30% do ativo total líquido. c) 40% do ativo total líquido. d) Nenhuma das anteriores. 4. Pode ser aplicada a um frequentador de um casino a medida preventiva de proibição de acesso às salas de jogos quando existam indícios reputados suficientes de ser inconveniente a sua presença nessas salas de jogos? a) Sim, se a proibição não exceder os cinco anos. b) Sim, se a proibição não exceder os dois anos. c) Não, porque um frequentador só pode ser impedido de aceder às salas de jogos por determinação judicial. d) Não, porque não existem medidas preventivas para os frequentadores das salas de jogos. 5. Pelo exercício da atividade de jogo, as concessionárias das zonas de jogo estão sujeitas ao pagamento de um imposto especial de jogo. a) Esta afirmação é verdadeira, não sendo exigível às concessionárias das zonas de jogo qualquer outra tributação. b) Esta afirmação é verdadeira, estando, no entanto, as concessionárias das zonas de jogo também sujeitas ao pagamento de IRC. c) Esta afirmação é falsa, porque o imposto especial de jogo só se aplica no âmbito do jogo online. d) Esta afirmação é falsa, porque os sujeitos passivos do imposto especial de jogo são os jogadores.

2 6. A exploração e a prática do jogo do bingo fora dos casinos e das salas de jogo do bingo constituem ilícitos criminais. a) Esta afirmação é verdadeira. b) Esta afirmação é verdadeira apenas nos casos em que o bingo é explorado ou praticado fora dos casinos. c) Esta afirmação é verdadeira apenas nos casos em que o bingo é explorado ou praticado fora das salas de jogo do bingo. d) Esta afirmação é falsa, porque a exploração e a prática do jogo do bingo fora dos casinos e salas de jogo do bingo constituem ilícitos contraordenacionais. 7. A constituição em mora no pagamento do imposto especial de jogo constitui um comportamento suscetível de determinar a rescisão do contrato de concessão de exploração de um casino? a) Sim, podendo o contrato ser rescindido pelo membro do governo responsável pela área do turismo. b) Sim, podendo o contrato ser rescindido por resolução do Conselho de Ministros. c) Sim, podendo o contrato ser rescindido pelo Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos. d) Não, dá lugar apenas ao pagamento de juros de mora. 8. No jogo blackjack/21, o jogador faz blackjack quando: a) As duas primeiras cartas que lhe forem distribuídas forem um ás e uma figura ou um 10. b) Com quaisquer duas cartas obtiver a pontuação de 21. c) Com quaisquer três cartas obtiver a pontuação de 21. d) Em qualquer uma das situações referidas nas alíneas anteriores. 9. Nas salas de jogo do bingo pode ser explorado: a) O bingo tradicional e o bingo eletrónico. b) O bingo tradicional, o bingo eletrónico e o bingo online. c) O bingo tradicional, o bingo eletrónico e até 10 máquinas de jogos de diversão. d) O bingo tradicional, o bingo eletrónico e máquinas de jogo que desenvolvam apenas o tema de jogo bingo. 10. A exploração de jogos e apostas online pode ser atribuída: a) A quaisquer pessoas coletivas de direito privado. b) A quaisquer pessoas coletivas de direito público ou privado. c) A pessoas coletivas de direito privado, constituídas sob a forma de sociedade anónima ou por quotas, com sede num Estado signatário do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu que esteja vinculado à cooperação administrativa no domínio da fiscalidade e do combate à fraude e ao branqueamento de capitais. d) A pessoas coletivas de direito privado, constituídas sob a forma de sociedade anónima ou equivalente, desde que, no caso de sociedades estrangeiras tenham sucursal em Portugal.

3 11. A emissão das licenças para a exploração de jogos e apostas online depende: a) Da comprovação da idoneidade e da capacidade económica e financeira da requerente. b) Da prestação de uma caução para garantia do cumprimento das obrigações legais. c) Da certificação e homologação do sistema técnico de jogo, da prestação de duas cauções, uma de ,00 e outra de ,00, do pagamento da taxa de emissão da licença e do pagamento das coimas eventualmente em dívida que sejam devidas no âmbito do Regime Jurídico dos Jogos e Apostas Online (RJO). d) Da demonstração de que a requerente tem a sua situação tributária e contributiva regularizada em Portugal. 12. Uma entidade que requeira uma licença para a exploração de jogos de fortuna ou azar online tem de obter a certificação do seu sistema técnico de jogo: a) Para todos os tipos de jogos elencados no artigo 5.º do RJO. b) Apenas para os tipos de jogos que pretenda disponibilizar. c) Para todos os tipos de jogos elencados no artigo 5.º do RJO, com exceção do bingo, que tem uma licença própria. d) Para todos os jogos e apostas previstos no RJO. 13. Uma entidade exploradora de jogos e apostas online pode transmitir a uma terceira entidade a sua licença para a exploração de jogos e apostas online? a) Sim, desde que obtenha prévia autorização da entidade de controlo, inspeção e regulação. b) Sim, se o transmissário for já titular de uma licença para a exploração de jogos e apostas online. c) Sim, se o transmissário reunir todas as condições previstas no RJO para a atribuição de uma licença para a exploração de jogos e apostas online. d) Não, porque as licenças para a exploração de jogos e apostas online não são transmissíveis. 14. Um jogador que pretenda autoexcluir-se da prática de jogos e apostas online pode fazê-lo: a) Diretamente no site de uma entidade da exploradora, ficando, neste caso, impedido de jogar apenas nesse site. b) Diretamente no site da entidade de controlo, inspeção e regulação, ficando, neste caso, impedido de jogar nos sites de todas as entidades exploradoras. c) Nas situações referidas em a) e b). d) Nas situações referidas em a) e b), bem como nos casinos. 15. A entidade de controlo, inspeção e regulação pode ordenar a uma entidade que explora jogos e apostas online em Portugal sem, para o efeito, estar devidamente habilitada, que cesse essa atividade e remova esse serviço da Internet? a) Não, porque essa ordem apenas pode ser dada por um Tribunal. b) Não, a menos que obtenha previamente uma decisão judicial. c) Sim, pode fazê-lo no âmbito dos seus poderes de controlo, inspeção e regulação. d) Sim, desde que o faça através dos prestadores intermediários de serviços em rede.

4 16. É possível conhecer a todo o tempo a identidade dos titulares da maioria do capital social de uma entidade exploradora de jogos e apostas online? a) Sim, é possível. b) É possível, se as entidades exploradoras de jogos e apostas online forem sociedades por quotas. c) Não é possível, uma vez que a identidade dos titulares da maioria do capital social de uma sociedade só é conhecida no momento da sua constituição, por tal informação constar do título constitutivo. d) Não, porque as entidades exploradoras de jogos e apostas online apenas podem ser sociedades anónimas, ou equivalentes, e, nas sociedades anónimas, não é possível conhecer a identidade dos titulares do capital social. 17. O registo de um jogador num site de jogos e apostas online torna-se efetivo: a) Logo que o jogador preenche o formulário de registo com os dados solicitados pela entidade exploradora. b) Depois de o jogador confirmar os dados pessoais solicitados pela entidade exploradora para a criação do registo de jogador. c) Depois de a entidade exploradora verificar a identidade do jogador. d) Depois de a entidade exploradora verificar a identidade do jogador e confirmar que o jogador não se encontra proibido de jogar. 18. No âmbito do regime geral das contraordenações, não é permitida a aplicação de uma coima ou de uma sanção acessória sem antes se ter assegurado ao arguido a possibilidade de, num prazo máximo de 8 dias, se pronunciar sobre a contraordenação que lhe é imputada e as sanções que lhe podem ser aplicadas. a) Esta afirmação é verdadeira. b) Esta afirmação é falsa, porque o prazo que deve ser dado ao arguido para se pronunciar deve ser um prazo razoável. c) Esta afirmação é falsa, porque o direito de audição e defesa do arguido pode ser preterido nos casos de infração verificada em flagrante delito. d) Esta afirmação é falsa porque o direito de audição e defesa pode ser preterido nas situações em que não é possível notificar o arguido, por se desconhecer o seu paradeiro. 19. No recurso judicial de impugnação de uma decisão final que condena uma entidade exploradora de jogos e apostas online numa coima de ,00, o tribunal pode decidir sem audiência de julgamento? a) Pode, se a prova produzida na fase administrativa for suficiente para a tomada de uma decisão. b) Pode, se a entidade exploradora arguida não comparecer na audiência de julgamento. c) Pode, se não houver oposição da entidade exploradora arguida, do Ministério Púbico ou da entidade de controlo, inspeção e regulação. d) Não, porque o valor da coima exige a realização da audiência de julgamento.

5 20. Para efeitos do Código do Procedimento Administrativo (CPA), as comunicações dos órgãos da Administração Pública que enunciem de modo orientador padrões de conduta na vida em sociedade, como sejam os códigos de conduta e os manuais de boas práticas : a) Têm natureza regulamentar. b) Têm natureza regulamentar e, por isso, carecem de lei habilitante. c) Não têm natureza regulamentar, mas carecem de lei habilitante. d) Não têm natureza regulamentar e, por isso, não carecem de lei habilitante. 21. Para efeitos do CPA, a utilização de meios de impugnação administrativa facultativos contra atos administrativos: a) Não suspende o prazo de propositura de ações nos tribunais administrativos. b) Não suspende o prazo de propositura de ações nos tribunais administrativos, a menos que, para o efeito, seja prestada caução. c) Suspende o prazo de propositura de ações nos tribunais administrativos, que só retoma o seu curso quando for notificada a decisão proferida sobre a impugnação administrativa. d) Suspende o prazo de propositura de ações nos tribunais administrativos, que retoma o seu curso com o decurso do prazo legal para a decisão sobre a impugnação administrativa ou com a notificação da decisão proferida sobre a impugnação administrativa se esta ocorrer dentro do prazo. 22. O Estado pode adjudicar um contrato de concessão de exploração de uma zona de jogo por concurso público urgente? a) Pode, porque o contrato de concessão de jogo não é uma concessão de serviço público e, por isso, o respetivo procedimento pré-contratual não está sujeito às regras do Código dos Contratos Públicos. b) Pode, se o prazo do contrato de concessão em curso estiver a terminar e os prazos de duração do concurso público não permitirem a celebração de um novo contrato de concessão antes daquele terminar. c) Não, porque os contratos de concessão de exploração de zonas de jogo apenas podem ser adjudicados mediante concurso público ou concurso limitado por prévia qualificação. d) Não, porque os concursos públicos urgentes não são publicados no Jornal Oficial da União Europeia e os contratos de concessão de exploração de zonas de jogo têm necessariamente de ter publicidade internacional. 23. Qual o valor máximo pelo qual uma entidade adjudicante pode convidar uma empresa a apresentar uma proposta para a prestação de serviços por ajuste direto com base no critério do valor se, no ano económico em curso e nos dois anos económicos anteriores, tiver adjudicado a essa mesma empresa contratos de prestação de serviços no valor global de ,00? a) ,00. b) ,00. c) ,00. d) ,00.

6 24. A entidade adjudicante pode no decurso da execução do contrato celebrado na sequência de concurso público ultrapassar o preço base que fixou no caderno de encargos? a) Não, porque o preço base é o preço máximo que a entidade adjudicante se dispõe a pagar pela execução de todas as prestações objeto do contrato. b) Pode, mas apenas se esse aumento for de até 5%. c) Pode, sempre que haja serviços ou trabalhos a mais. d) Pode, porque o preço base é apenas uma referência da fase pré-contratual. 25. Considerando o princípio do reconhecimento mútuo previsto no Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE), pode um operador de jogo online licenciado num Estado Membro da União Europeia exigir o reconhecimento da sua licença em Portugal? a) Pode, porque o TFUE prevalece sobre o direito nacional. b) Pode, porque a atividade já está regulada em Portugal. c) Não, a menos que o operador exija esse reconhecimento apenas para explorar os jogos e apostas previstos no RJO. d) Não, porque o TFUE não prevê o reconhecimento mútuo em matéria de jogo e o Tribunal de Justiça da União Europeia já reconheceu que esse princípio não se aplica ao jogo. FIM