AUGE E CRISE DA I REPÚBLICA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "AUGE E CRISE DA I REPÚBLICA"

Transcrição

1 AUGE E CRISE DA I REPÚBLICA I. Referência: 2º Capítulo da Ordem do Progresso (Winston Fritsch) II. Fio Condutor: a. Conjunto de críticas em relação à historiografia dominante sobre a República Velha: i. A política econômica não foi movida unicamente pelos interesses da cafeicultura; ii. Na verdade, um complexo conjunto de interesses (ferrovias, importadores, café, demais exportadores, capital financeiro, indústria, Estado, concessionários de serviços públicos,...), frequentemente em choque, já marcava o cotidiano político do país. iii. Por outro lado, não é razoável propor que um conjunto de ideias econômicas exclusivamente reflexas ou miméticas, inspiradas pela ortodoxia intelectual britânica, tenha pautado o receituário de política econômica; Pelo contrário, há certo espaço para criatividade e ousadia na formulação das políticas econômicas (por exemplo, temos vários construtos de valorização do café); b. Teoria sobre o tipo de choque externo ao qual a economia se submetia: i. Havia periódicas flutuações (exógenas) na oferta de café. Dada a posição monopolista do país no mercado mundial dessa commodity, temos que: Xs Ps ii. Ou seja: sempre que a oferta subia muito, os preços do café em moeda forte tendiam a cair; iii. Havia descontinuidades recorrentes na economia internacional, tais como: 1. Flutuações na demanda internacional de café sempre que os traders reagiam à desaceleração da economia americana reduzindo suas compras (por considerarem excessivos os estoques) 2. Marés no fluxo de capitais centroperiferia III. Descrição geral do apogeu econômico da I República: a. A Era de Ouro ( ): i. Características gerais: 1. Período de crescimento econômico inédito na história material do país (4,5% a.a., por cerca de uma década); 2. Grande aumento da criação de estabelecimentos industriais; 3. Grandes obras de infraestrutura (ferrovias, portos, gás, hidro-energia, saneamento,...); 4. Inflação sob controle; ii. Bases do Dinamismo da Economia: 1. Boom da Borracha: 2. Investimentos europeus na periferia; 3. Entradas maciças de capital; IV. A Caixa de Conversão (1906): i. Construto institucional simplificado para viabilizar o padrão-ouro em menores latitudes; ii. Emissão de notas plenamente conversíveis a uma taxa fixa; 1

2 iii. Reservas metálicas (lastro) eram gerenciadas por uma currency board (literalmente, caixa de conversão ); V. O Convênio de Taubaté (1906) [1º esquema oficial de valorização, estadual]: i. Foi firmado apenas por três Estados (RJ, SP, MG), apesar da participação federal; ii. Objetivo era forçar a valorização do preço internacional do café; iii. Um empréstimo externo seria contraído e com os recursos dele oriundos um grande volume de café seria comprado e estocado; Por fim, um imposto por saca de café exportada permitiria que o empréstimo fosse honrado. v. Os Estados deveriam coibir novos plantios do grão, mas nunca foram capazes de por essa medida em prática. VI. A Federalização da Valorização [2º esquema oficial de valorização, federal]: i. Em , há uma crise financeira nos EUA (cuja origem são as consequências nefastas do terremoto de San Francisco para o mercado imobiliário); ii. Temeroso com os desdobramentos para o Brasil (em particular com uma possível corrida à Caixa de Conversão), o Governo Federal decide agir; iii. Um empréstimo externo é contraído e uma partida ainda maior de café é comprada e estocada, por um prazo ainda mais longo. Nenhum imposto é criado (à diferença de Taubaté) VII. A Reversão do Ciclo de prosperidade ( ): i. 1911: O déficit público dispara com o fim da vigência do I Funding Loan; ii. 1912: com a concorrência asiática, os preços da borracha despencam; iii. 1913: uma ação antitruste força a venda de estoques de café formados nos dois esquemas de valorização; 1914: Rumores de guerra incitam uma corrida à Caixa (longo feriado bancário e, por fim, uma moratória é decretada). v. Notas não conversíveis são novamente impressas. VIII. A I Guerra Mundial e seus efeitos ( ): i. 1914: Governo assina o II Funding Loan, que consistia em um empréstimo de 15 milhões, para fazer frente aos pagamentos até 1917; ii. Com a guerra, o nível de exportações fica estagnado (não ocorre nenhum desastre); iii. A guerra diminui a oferta de manufaturas importadas, constrangendo nossas importações; 1915: O conflito se aprofunda, abrindo ao país a chance de exportar manufaturas simples e alimentos não tradicionais à Europa; v. 1917: os alemães impõem um bloqueio naval ao suprimento aliado, prejudicando nossas exportações; 2

3 vi. Inflação, estoques de café e onda de greves (1918); IX. O boom e a recessão do pós-guerra: i. 1919: grande euforia na Europa e EUA com o fim da Guerra ( Xs, P café); ii. 1920: políticas contracionistas nos EUA para lidar com a inflação ( Xs, P café); iii. 1921: Nova Política de Valorização do Café [3º esquema oficial de valorização, federal] A ação do Estado é indireta, mediante o endosso de Letras do Café emitidas por uma corretora privada que agencia as compras e a estocagem : mil-réis se desvaloriza 75%, causando inflação no Brasil. X. Recuperação, desequilíbrio e ajuste recessivo ( ): i. É lançado o Programa Permanente de Valorização [4º esquema oficial de valorização, federal e depois estadualizado] Retenção compulsória de todo o café em armazéns nas ferrovias, até a emissão de autorização que permita a exportação. O controle das autorizações é feito pelo Instituto do Café. O ajuste entre oferta e demanda é muito oneroso para o produtor (que pode demorar meses para vender seu produto); ii. 1924: Revoltas militares (tenentismo) iii. elevam o déficit público; 1924: Choque monetário de Arthur Bernardes (Governo transfere ao Estado de SP a valorização, BB eleva juros e reduz operações de redesconto, câmbio se aprecia abruptamente de há deflação de 10%) O crescimento do PIB despenca para 1% em 1924 e 1925 XI. O boom e a depressão após o retorno ao padrão-ouro: i. 1926: a situação externa melhora com o aquecimento da economia americana; ii. A inflação baixa no Brasil; iii. 1927: um novo construto institucional é formulado para permitir o retorno do país ao padrão-ouro. Trata-se da Caixa de Estabilização [idêntica à Caixa de Conversão]. Criação do Banespa (emprestador de última instância aos bancos envolvidos no financiamento da valorização do café); v. Tem início uma nova maré de fluxos de capital estrangeiro, com simultânea valorização das exportações; ( Xs, superávit comercial) XII. O Crash em 29: i. Em 1928, o Brasil já colhia sua segunda supersafra de café; ii. Is cafeeiros, já em retomada desde 1925; iii. Em Outubro de 1929, cai vertiginosamente a Bolsa de NY, descortinando a maior crise da história do capitalismo (depressão nas expectativas de consumo de café); Governo se agarra teimosamente ao padrão-ouro ( P do café, Y) 3

4 4

5 5

A República Velha ( )

A República Velha ( ) Capítulo 53 A República Velha (1889 1930) O Sistema Econômico (1889-1894) Durante toda a República Velha, a economia brasileira continuou baseada na exportação de produtos primários Comércio, indústria,

Leia mais

Parte III: Abordagem Histórica da Economia Brasileira

Parte III: Abordagem Histórica da Economia Brasileira Parte III: Abordagem Histórica da Economia Brasileira Capítulo 13: Economia Agroexportadora Parte III Capítulo 13 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 2 Agroexportação É a forma de inserção da economia brasileira

Leia mais

X. Japão: do crescimento acelerado à recessão internacionalizada

X. Japão: do crescimento acelerado à recessão internacionalizada X. Japão: do crescimento acelerado à recessão internacionalizada 1. A economia japonesa após a guerra - Esforço de guerra destruiu a indústria local pela falta de estoques de reposição e investimentos

Leia mais

Unidade III ECONOMIA E MERCADO. Prof. Rodrigo Marchesin

Unidade III ECONOMIA E MERCADO. Prof. Rodrigo Marchesin Unidade III ECONOMIA E MERCADO Prof. Rodrigo Marchesin Introdução Macroeconomia: Grandes questões econômicas; Comportamento global do sistema; Análise dos grandes agregados econômicos. Estrutura básica

Leia mais

Economia, Finanças e Estatística Avançada

Economia, Finanças e Estatística Avançada A correlação entre taxa SELIC Meta e inflação é a) Próxima de 1 b) Maior que 1 c) Próxima de -1 d) Igual a 0 A correlação entre taxa SELIC Meta e inflação é a) Próxima de 1 - Significa que quando um ativo

Leia mais

Economia. Funções do governo. Prof. Me. Diego Fernandes Emiliano Silva diegofernandes.weebly.com

Economia. Funções do governo. Prof. Me. Diego Fernandes Emiliano Silva diegofernandes.weebly.com Economia Funções do governo 1 Microeconomia Trata Da economia como um todo Níveis gerais de preço (inflação) Políticas de emprego de recursos Crescimento Desenvolvimento 2 Governo tem grande importância

Leia mais

Economia Brasileira Ciclos do Pós-Guerra

Economia Brasileira Ciclos do Pós-Guerra Economia Brasileira Ciclos do Pós-Guerra Hildo Meirelles de Souza Filho Ciclos do crescimento 1947-1980, taxas de crescimento do PIB 15,0 10,0 5,0-1948 1950 1952 1954 1956 1958 1960 1962 1964 1966 1968

Leia mais

Objetivos e instrumentos de política econômica, 1

Objetivos e instrumentos de política econômica, 1 Sumário Prefácio, xiii i Objetivos e instrumentos de política econômica, 1 1. Objetivo do estudo de economia, 2 2. Objetivos de política econômica, 3 2.1 Crescimento da produção e do emprego, 3 2.2 Controle

Leia mais

O Brasil no Sistema Monetário Internacional

O Brasil no Sistema Monetário Internacional O Brasil no Sistema Monetário Internacional Roteiro da Apresentação O Brasil no Padrão-Ouro e no sistema de Bretton Woods. A Dívida Externa e as Crises de Balanço de Pagamentos. A Abertura Financeira dos

Leia mais

Macroeconomia para executivos de MKT. Lista de questões de múltipla escolha

Macroeconomia para executivos de MKT. Lista de questões de múltipla escolha Macroeconomia para executivos de MKT Lista de questões de múltipla escolha CAP. 3. Ambiente Externo, Cenário Macroeconômico e Mensuração da Atividade Econômica 5.1) A diferença entre Produto Nacional Bruto

Leia mais

05/06/2017. Câmbio. Agenda da Aula Mercado Cambial. Câmbio. Mercado Cambial. Mercado Cambial

05/06/2017. Câmbio. Agenda da Aula Mercado Cambial. Câmbio. Mercado Cambial. Mercado Cambial Carlos R. Godoy 1 Mercado Financeiro I RCC 0407 Agenda da Aula - 09 Carlos R. Godoy 2 1. Política Cambial e Reservas 2. Intermediação Bancária 3. Operações a Vista e Futuras 4. Arbitragem de Câmbio Câmbio

Leia mais

Ajuste externo: Mecanismos automáticos. Reinaldo Gonçalves

Ajuste externo: Mecanismos automáticos. Reinaldo Gonçalves Ajuste externo: Mecanismos automáticos Reinaldo Gonçalves reinaldogoncalves1@gmail.com 1 2 Tipos de ajuste 1. Automático 1. Preços externos 2. Preços internos 3. Renda 2. Induzido 1. Composição dos gastos

Leia mais

O SETOR EXTERNO Bibliografia: capítulo 6 de Bacha (2004), p. 151 a 158; 165 a 175; 177 e 178. Aula 7

O SETOR EXTERNO Bibliografia: capítulo 6 de Bacha (2004), p. 151 a 158; 165 a 175; 177 e 178. Aula 7 O SETOR EXTERNO Bibliografia: capítulo 6 de Bacha (2004), p. 151 a 158; 165 a 175; 177 e 178 1 Setor externo e modelos econômicos O setor externo é um dos quatro agentes que compõem os modelos macroeconômicos.

Leia mais

Unidade 1 Abordagem Histórica da Economia Brasileira. Economia Agroexportadora

Unidade 1 Abordagem Histórica da Economia Brasileira. Economia Agroexportadora Unidade 1 Abordagem Histórica da Economia Brasileira Economia Agroexportadora Agroexportação É a forma de inserção da economia brasileira na economia mundial desde a época colonial, passando pelo período

Leia mais

Marco Abreu dos Santos

Marco Abreu dos Santos Unidade 01 Capítulo 2 Economia na República Velha Marco Abreu dos Santos marcoabreu@live.com www.professormarco.wordpress.com O café na República Velha Economia Principal produto da economia brasileira.

Leia mais

Parte IV: Transformações Econômicas nos Anos Recentes Capítulo 19: Economia Mundial após a Segunda Grande Guerra

Parte IV: Transformações Econômicas nos Anos Recentes Capítulo 19: Economia Mundial após a Segunda Grande Guerra Parte IV: Transformações Econômicas nos Anos Recentes Capítulo 19: Economia Mundial após a Segunda Grande Guerra Parte IV Capítulo 19 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 2 Globalização Período recente se

Leia mais

Prof. André Vinícius.

Prof. André Vinícius. 3 - República Oligárquica (1894 1930): OLIGARQUIA = Governo de poucos. Período em que o Brasil foi controlado por cafeicultores da região sudeste, especialmente de SP e MG. No âmbito regional, outras oligarquias

Leia mais

GOVERNO DEODORO DA FONSECA

GOVERNO DEODORO DA FONSECA GOVERNO DEODORO DA FONSECA GOVERNO PROVISÓRIO (1889/1891) 1- Primeiras medidas: Fim do Senado vitalício e do conselho de Estado, Dissolução da Câmara dos Deputados, Separação entre Igreja e Estado (extinção

Leia mais

BRASIL REPÚBLICA (1889 ) REPÚBLICA VELHA ( ) EXCEÇÕES: : Hermes da Fonseca (MG + RS) Política das Salvações *

BRASIL REPÚBLICA (1889 ) REPÚBLICA VELHA ( ) EXCEÇÕES: : Hermes da Fonseca (MG + RS) Política das Salvações * 3 - República Oligárquica (1894 1930): OLIGARQUIA = Governo de poucos. Período em que o Brasil foi controlado por cafeicultores da região sudeste, especialmente de SP e MG. No âmbito regional, outras oligarquias

Leia mais

Política Econômica Externa e Industrialização ( ) José Luis Oreiro Professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília

Política Econômica Externa e Industrialização ( ) José Luis Oreiro Professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília Política Econômica Externa e Industrialização (1946-1951) José Luis Oreiro Professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília Introdução Dois períodos da política econômica do governo Dutra.

Leia mais

Aula 5 Os impactos da Grande Depressão na economia brasileira. Felipe Loureiro IRI/USP 2017

Aula 5 Os impactos da Grande Depressão na economia brasileira. Felipe Loureiro IRI/USP 2017 Aula 5 Os impactos da Grande Depressão na economia brasileira Felipe Loureiro IRI/USP 2017 Problema da aula Problema: rapidez da saída brasileira da crise (1929, 1932-33); Como explicar desempenho? Quais

Leia mais

CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA. Professor:César Augusto Moreira Bergo Data: Maio 2011

CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA. Professor:César Augusto Moreira Bergo Data: Maio 2011 CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA Professor:César Augusto Moreira Bergo Data: Maio 2011 Conceito de Economia: Ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação existente entre as

Leia mais

Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. Nelson Calsavara Garcia Junior. Revisão Textual: Profª. Ms. Magnólia Gonçalves Mangolini

Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. Nelson Calsavara Garcia Junior. Revisão Textual: Profª. Ms. Magnólia Gonçalves Mangolini Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. Nelson Calsavara Garcia Junior Revisão Textual: Profª. Ms. Magnólia Gonçalves Mangolini Introdução Desafios para a Política Econômica O Ciclo da era do Ouro (1900-1913)

Leia mais

Crise financeira mundial e a América Latina

Crise financeira mundial e a América Latina Crise financeira mundial e a América Latina Luiz Fernando de Paula Professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Presidente da Associação Keynesiana Brasileira Objetivos Analisar os impactos

Leia mais

Segundo Período, Prof. Dr. Wilson Luiz Rotatori Corrêa. Lista de Exercícios II GABARITO RESPONDA AS QUESTÕES ABAIXO JUSTIFICANDO A SUA RESPOSTA:

Segundo Período, Prof. Dr. Wilson Luiz Rotatori Corrêa. Lista de Exercícios II GABARITO RESPONDA AS QUESTÕES ABAIXO JUSTIFICANDO A SUA RESPOSTA: Segundo Período, 2017 Prof. Dr. Wilson Luiz Rotatori Corrêa Lista de Exercícios II GABARITO RESPONDA AS QUESTÕES ABAIXO JUSTIFICANDO A SUA RESPOSTA: 1) Suponha que esteja tramitando no Congresso uma emenda

Leia mais

A REPÚBLICA DAS OLIGARQUIAS O BRASIL DO CAFÉ COM LEITE ( )

A REPÚBLICA DAS OLIGARQUIAS O BRASIL DO CAFÉ COM LEITE ( ) A REPÚBLICA DAS OLIGARQUIAS O BRASIL DO CAFÉ COM LEITE (1894 1930) ASPECTOS ECONÔMICOS DA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA CARACTERÍSTICAS GERAIS Manutenção da dependência econômica em relação à Inglaterra Manutenção

Leia mais

Política econômica na Primeira República

Política econômica na Primeira República EAE0420 Formação Econômica e Social do Brasil II Política econômica na Primeira República Prof. Dr. Guilherme Grandi Um baião de quatro toques O primeiro período tem início com o advento do regime republicano

Leia mais

Impactos da Crise Mundial sobre a Economia Brasileira

Impactos da Crise Mundial sobre a Economia Brasileira Impactos da Crise Mundial sobre a Economia Brasileira Centro das Indústrias do Estado de São Paulo - CIESP Campinas (SP) 29 de julho de 2009 1 CIESP Campinas - 29/07/09 Crise de 2008 breve histórico Início:

Leia mais

AS CONTAS EXTERNAS EM 2016: APROFUNDAMENTO DO AJUSTE EXTERNO

AS CONTAS EXTERNAS EM 2016: APROFUNDAMENTO DO AJUSTE EXTERNO AS CONTAS EXTERNAS EM 2016: APROFUNDAMENTO DO AJUSTE EXTERNO FEVEREIRO/2017 Conselho do IEDI Conselho do IEDI AS CONTAS EXTERNAS EM 2016: APROFUNDAMENTO DO AJUSTE EXTERNO Sumário... 1 Introdução... 3 Panorama

Leia mais

Regulação Econômica em Macroeconomia Aberta. Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP

Regulação Econômica em Macroeconomia Aberta. Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP Regulação Econômica em Macroeconomia Aberta Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ Estrutura da apresentação Modelo IS-LM-BP Ajuste econômico com

Leia mais

Banco de Dados Nov/10

Banco de Dados Nov/10 Banco de Dados Nov/10 Movimento mundial de desvalorização do dólar. Enfraquecimento da moeda americana. Moedas asiáticas Tailândia, Malásia, Cingapura. Moedas dos países do leste europeu: Hungria, Polônia,

Leia mais

Sumário. Parte I Panorama Descritivo da Economia Brasileira e Conceitos Básicos, 1

Sumário. Parte I Panorama Descritivo da Economia Brasileira e Conceitos Básicos, 1 Sumário Prefácio à 8 a edição, xxiii Parte I Panorama Descritivo da Economia Brasileira e Conceitos Básicos, 1 1 Aspectos Demográficos, 11 1.1 Transição demográfica brasileira, 16 1.2 Estrutura etária,

Leia mais

O SETOR EXTERNO DA ECONOMIA BRASILEIRA

O SETOR EXTERNO DA ECONOMIA BRASILEIRA 1968-1973 Características pré-1968 : flutuações bruscas da taxa de câmbio (ampla margem de especulação), inexistência de estímulos às exportações e restrições à capacidade de importar e garantir o desenvolvimento

Leia mais

Central de cursos Prof.Pimentel Curso CPA 10 Educare

Central de cursos Prof.Pimentel Curso CPA 10 Educare QUESTÕES CPA 10 MÓDULO 3 1) O Produto Interno Bruto de uma economia representa, em valores monetários e para determinado período, a soma de todos os bens e serviços a) intermediários e finais, a preço

Leia mais

ECONOMIA E MERCADO POLÍTICAS MONETÁRIA, FISCAL E CAMBIAL

ECONOMIA E MERCADO POLÍTICAS MONETÁRIA, FISCAL E CAMBIAL ECONOMIA E MERCADO POLÍTICAS MONETÁRIA, FISCAL E CAMBIAL Professora: Karina Cabrini Zampronio Política Monetária Definição: política monetária Conjunto de instrumentos de que se valem as autoridades monetárias

Leia mais

Influência das políticas monetária e fiscal sobre a demanda agregada.

Influência das políticas monetária e fiscal sobre a demanda agregada. Aula 28 07/06/2010 Cap 23 (FINAL) e Cap 24 Mankiw (2007) Continuação aula 23: Deslocamentos da O. A. Imagine que a oferta se deslocou devido a aumentos dos custos de produção causados, devido a mau tempo

Leia mais

BNDES em uma Encruzilhada

BNDES em uma Encruzilhada BNDES em uma Encruzilhada Prof. Ernani T. Torres Filho Instituto de Economia da UFRJ Apresentação no Seminário da AFBNDES 03/2017 1 Sumário 1. Crédito Direcionado e BNDES 2. Mudanças em perspectiva: encolhimento

Leia mais

1. Moeda e o Sistema Monetário

1. Moeda e o Sistema Monetário 1. Moeda e o Sistema Monetário 1.2 Funções típicas dos Bancos Centrais Bibliografia Carvalho, F. (2015), cap. 2 BCB (PMF 11) 1 Origem dos Bancos Centrais Origens dos primeiros Bancos Centrais Desenvolvimento

Leia mais

Parte IV: Transformações Econômicas nos Anos Recentes

Parte IV: Transformações Econômicas nos Anos Recentes Parte IV: Transformações Econômicas nos Anos Recentes Capítulo 20: O Brasil e o Fluxo de Capitais: Dívida Externa, sua Crise e Reinserção nos anos 90. Parte IV Capítulo 20 Gremaud, Vasconcellos e Toneto

Leia mais

Regimes de Negociação Financeira Internacional e a atuação brasileira

Regimes de Negociação Financeira Internacional e a atuação brasileira Regimes de Negociação Financeira Internacional e a atuação brasileira Prof. Diego Araujo Azzi 2019.2 Aula 02 (07.06) Séc. XIX-XX: relações f inanceiras entre Brasil e Londres SOUSA, Angelita Matos. Estado

Leia mais

Panorama Econômico Internacional e Brasileiro

Panorama Econômico Internacional e Brasileiro Diretoria de Desenvolvimento Econômico e Associativo Gerência de Estudos Econômicos Panorama Econômico Internacional e Brasileiro Encontro com o Mercado Lubs - IBP 02 de julho de 2012 Sumário Crise Internacional

Leia mais

A sociedade e a história têm como base O TRABALHO HUMANO TRABALHO é o intercâmbio (relação) HOMEM E NATUREZA OBJETIVO: produzir e reproduzir as

A sociedade e a história têm como base O TRABALHO HUMANO TRABALHO é o intercâmbio (relação) HOMEM E NATUREZA OBJETIVO: produzir e reproduzir as A sociedade e a história têm como base O TRABALHO HUMANO TRABALHO é o intercâmbio (relação) HOMEM E NATUREZA OBJETIVO: produzir e reproduzir as condições materiais (econômicas) da vida social TODAS AS

Leia mais

Setor Externo: Ajuste Forçado e Retomada da Economia Brasileira

Setor Externo: Ajuste Forçado e Retomada da Economia Brasileira 7 Setor Externo: Ajuste Forçado e Retomada da Economia Brasileira Vera Martins da Silva (*) A economia brasileira está saindo do fundo do poço, mas muito mais lentamente do que o desejado pela grande massa

Leia mais

Perspectivas para Economia Brasileira em 2009

Perspectivas para Economia Brasileira em 2009 1 Perspectivas para Economia Brasileira em 2009 Janeiro de 2009 1 2 IMPACTO INICIAL DA CRISE FINANCEIRA MUNDIAL 2 1 Panorama Econômico Anterior à Crise Financeira Mundial 3 Aceleração do Crescimento Apreciação

Leia mais

Perspectivas para a economia nacional e a indústria da construção Amaryllis Romano

Perspectivas para a economia nacional e a indústria da construção Amaryllis Romano Perspectivas para a economia nacional e a indústria da construção Amaryllis Romano amaryllis@tendencias.com.br Julho/ 2016 Mariana Oliveira Moliveira@tendencias.com.br Conjuntura econômica externa e interna

Leia mais

Instrumentos de Política Macroeconômica

Instrumentos de Política Macroeconômica Instrumentos de Política Macroeconômica Hildo Meirelles de Souza Filho Instrumentos da Política Macroeconômica Política Fiscal Política Monetária Política Cambial 1 1. Política Fiscal Gasto corrente do

Leia mais

MOEDA, TAXAS DE JUROS E TAXAS DE CÂMBIO TÓPICOS DO CAPÍTULO

MOEDA, TAXAS DE JUROS E TAXAS DE CÂMBIO TÓPICOS DO CAPÍTULO MOEDA, TAXAS DE JUROS E TAXAS DE CÂMBIO R e f e r ê n c i a : C a p. 15 d e E c o n o m i a I n t e r n a c i o n a l : T e o r i a e P o l í t i c a, 1 0 ª. E d i ç ã o P a u l R. K r u g m a n e M a

Leia mais

Mercado Financeiro e de Capitais

Mercado Financeiro e de Capitais Mercado Financeiro e de Capitais Professor conteudista: Roberto Cruz Sumário Mercado Financeiro e de Capitais Unidade I 1 MERCADO FINANCEIRO E DE CAPITAIS...1 1.1 Conceitos básicos do mercado financeiro...1

Leia mais

Crises cambiais: modelo geral

Crises cambiais: modelo geral Crises cambiais: modelo geral 1 Capítulo 14 2 Sumário 1. Conceitos básicos 2. Modelo geral de crise cambial 3. Efeito contágio 4. Sintomas 5. Catalisadores e modelos de crise cambial 6. Resumo 3 1. Crise

Leia mais

EAE 0423-Economia Brasileira I. Prof. Dr. Guilherme Grandi

EAE 0423-Economia Brasileira I. Prof. Dr. Guilherme Grandi EAE 0423-Economia Brasileira I Prof. Dr. Guilherme Grandi CRISE E ESPERANÇA: 1974-1980 - DIONÍSIO DIAS CARNEIRO O capítulo está organizado em cinco seções: 1. Introdução 2. Condicionantes Externos e Internos

Leia mais

Cenários Macroeconômicos e Políticos 2008 IX Seminários Econômicos Fundação CEEE

Cenários Macroeconômicos e Políticos 2008 IX Seminários Econômicos Fundação CEEE Cenários Macroeconômicos e Políticos 2008 IX Seminários Econômicos Fundação CEEE Dr. André Moreira Cunha - Professor - UFRGS. amcunha@hotmail.com Porto Alegre, 27 de novembro de 2007. Questões Centrais

Leia mais

BRASIL. Paulo André de Oliveira. Conjuntura Econômica JUROS. Ciclos de expansão da Economia 1. Ciclos de expansão da Economia 2

BRASIL. Paulo André de Oliveira. Conjuntura Econômica JUROS. Ciclos de expansão da Economia 1. Ciclos de expansão da Economia 2 UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS Paulo André de Oliveira Pós Graduação Energia na Agricultura Economista DÓLAR Conjuntura Econômica JUROS BRASIL CRISE FINANCEIRA SETOR INTERNO E EXTERNO Ciclos de

Leia mais

ECONOMIA. Macroeconomia. Sistema Monetário Parte 3. Prof. Alex Mendes

ECONOMIA. Macroeconomia. Sistema Monetário Parte 3. Prof. Alex Mendes ECONOMIA Macroeconomia Sistema Monetário Parte 3 Prof. Alex Mendes Política Monetária A Política Monetária representa a atuação das autoridades monetárias, por meio de instrumentos de efeito direto ou

Leia mais

Responsabilidade Macroeconômica para o Crescimento. Henrique de Campos Meirelles

Responsabilidade Macroeconômica para o Crescimento. Henrique de Campos Meirelles Responsabilidade Macroeconômica para o Crescimento Henrique de Campos Meirelles Federação das Indústrias do Estado do Paraná Setembro de 20 Brasil em 2003: de onde partimos Baixo nível de reservas: US$

Leia mais

Antecedentes O Império e a República Velha. Economia Brasileira 1

Antecedentes O Império e a República Velha. Economia Brasileira 1 Antecedentes O Império e a República Velha Economia Brasileira 1 A economia ao final do século XIX 1 O café era o principal produto de exportação: PERÍODO 1821-30 1831-40 1841-50 1851-60 1861-70 1871-80

Leia mais

Tabela 5.1: GARCH com dummy padrão-ouro. I II III IV 5.07e 04 ( 0.199) (0.618) 5.14e (3.988) (34.406) 4.00e 06 (1.

Tabela 5.1: GARCH com dummy padrão-ouro. I II III IV 5.07e 04 ( 0.199) (0.618) 5.14e (3.988) (34.406) 4.00e 06 (1. 5 Brasil Para o Brasil, a dummy padrão-ouro não se mostrou significativa na equação da variância do GARCH, diferentemente do caso argentino. Na ausência de efeitos de antecipação ou postergação dos efeitos

Leia mais

O preço do petróleo e o sinal dos tempos

O preço do petróleo e o sinal dos tempos O preço do petróleo e o sinal dos tempos Por Felipe Coutinho* fevereiro/16 As oscilações nos preços do petróleo têm impactado a economia. A frequência e a amplitude dos movimentos são maiores nos últimos

Leia mais

Índice. Anexo 29 Empréstimos diretos de curto prazo passivos amortizações Distribuição por setor de atividade econômica

Índice. Anexo 29 Empréstimos diretos de curto prazo passivos amortizações Distribuição por setor de atividade econômica Índice Quadro I Balanço de pagamentos Quadro II Projeções do balanço de pagamentos Quadro III Balanço de pagamentos hiato financeiro Quadro IV Demonstrativo de variação de reservas internacionais projeções

Leia mais

DEPÓSITOS BANCÁRIOS A Reservas Livres S

DEPÓSITOS BANCÁRIOS A Reservas Livres S CÓDIGO DESCRIÇÃO DT_INI DT_FIM TIPO CONTA SUPERIOR 1.0.0.0.0.00.00 ATIVO GERAL 01012015 S 1 1 1.1.0.0.0.00.00 ATIVO 01012015 S 1.0.0.0.0.00.00 2 1 1.1.1.0.0.00.00 CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Leia mais

ECO Economia Brasileira

ECO Economia Brasileira Federal University of Roraima, Brazil From the SelectedWorks of Elói Martins Senhoras Winter January 1, 2012 ECO 112 - Economia Brasileira Eloi Martins Senhoras Available at: https://works.bepress.com/eloi/134/

Leia mais

Estabilização, Reformas e Desequilíbrios Macroeconômicos: Os anos FHC (Primeira Parte)

Estabilização, Reformas e Desequilíbrios Macroeconômicos: Os anos FHC (Primeira Parte) Estabilização, Reformas e Desequilíbrios Macroeconômicos: Os anos FHC (Primeira Parte) José Luis Oreiro Professor Associado do Departamento de Economia da Universidade de Brasília O Governo FHC Eleições

Leia mais

Considerações sobre as projeções. Departamento do Agronegócio

Considerações sobre as projeções. Departamento do Agronegócio Considerações sobre as projeções Departamento do Agronegócio Outlook Fiesp Revisões periódicas Na Web Devido à possibilidade de alteração nas estimativas em razão dos fatores de risco inerentes ao setor

Leia mais

Moeda, taxas de juros e taxas de câmbio

Moeda, taxas de juros e taxas de câmbio Moeda, taxas de juros e taxas de câmbio Referência: Cap. 15 de Economia Internacional: Teoria e Política, 6ª. Edição Paul R. Krugman e Maurice Obstfeld Economia Internacional II - Material para aulas (3)

Leia mais

PERSPECTIVAS DA ECONOMIA BRASILEIRA

PERSPECTIVAS DA ECONOMIA BRASILEIRA PERSPECTIVAS DA ECONOMIA BRASILEIRA Gustavo Loyola XII CONGRESSO BRASILEIRO DE FOMENTO COMERCIAL Foz do Iguaçu (PR), abril de 2016 Estrutura 2 Cenário Internacional Cenário doméstico Conclusão Cenário

Leia mais

Balanço de pagamentos. Reinaldo Gonçalves

Balanço de pagamentos. Reinaldo Gonçalves Balanço de pagamentos Reinaldo Gonçalves reinaldogoncalves1@gmail.com 1 Sumário 1. BOP: Definição 2. BOP: Estrutura básica 3. BOP: Determinantes de curto prazo 4. BOP: Brasil 5. Posição do investimento

Leia mais

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO CENÁRIO PARA A ECONOMIA BRASILEIRA: 2010- Abril de 2010 Grupo de Conjuntura do Instituto de Economia da UFRJ PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS

Leia mais

ECONOMIA. Macroeconomia. Fundamentos Macroeconômicos Parte 03. Prof. Alex Mendes

ECONOMIA. Macroeconomia. Fundamentos Macroeconômicos Parte 03. Prof. Alex Mendes ECONOMIA Macroeconomia Fundamentos Macroeconômicos Parte 03 Prof. Alex Mendes VI -Conta capital e financeira Conta capital: transferências unilaterais relacionadas com patrimônio de imigrantes e aquisição

Leia mais

Brasil e os sistemas monetário e financeiro internacionais

Brasil e os sistemas monetário e financeiro internacionais Brasil e os sistemas monetário e financeiro internacionais 1 Capítulo 20 2 O Brasil no padrão-ouro Primeira experiência: meados do século XIX 1846: aceita nas repartições públicas moedas de ouro 1847:

Leia mais

Unidade I SISTEMÁTICA DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO. Profa. Lérida Malagueta

Unidade I SISTEMÁTICA DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO. Profa. Lérida Malagueta Unidade I SISTEMÁTICA DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO Profa. Lérida Malagueta Sistemática de importação e exportação - conteúdo O Comércio Internacional Legislação e a estrutura brasileira Termos internacionais

Leia mais

Evolução Recente da Economia Brasileira

Evolução Recente da Economia Brasileira Evolução Recente da Economia Brasileira Henrique de Campos Meirelles Novembro de 2008 1 Panorama Internacional 2 US$ bilhões EUA: Emissão de Commercial Papers (CP) por Empresas Não-Financeiras 2.400 subprime

Leia mais

Fatores Determinantes do

Fatores Determinantes do Fatores Determinantes do Balanço de Pagamentos Abordagem pela Absorção Abordagem pelos Movimentos de Capital Abordagem Monetária http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ Contabilidade das relações externas

Leia mais

Cód. Disciplina Período Créditos Carga Horária º 4 Semanal Mensal 4 60 ANÁLISE MACROECONÔMICA I

Cód. Disciplina Período Créditos Carga Horária º 4 Semanal Mensal 4 60 ANÁLISE MACROECONÔMICA I Cód. Disciplina Período Créditos Carga Horária 020022 5º 4 Semanal Mensal 4 60 Nome da Disciplina ANÁLISE MACROECONÔMICA II Curso CIÊNCIAS ECONÔMICAS ANÁLISE MACROECONÔMICA I Modelo keynesiano simplificado.

Leia mais

Economia Brasileira Teoria e exercícios comentados Prof. Eliezer Lopes

Economia Brasileira Teoria e exercícios comentados Prof. Eliezer Lopes UNIDADE 1: Industrialização da Economia Brasileira: do processo de PÁGINA expansão capitalista do fim do século XIX às crises dos anos 1920. 1.1 - Primeira Metade do Século XIX: Estagnação Econômica 2

Leia mais

4 - A EUROPA NOS SÉC.S XVII E XVIII SOCIEDADE, PODER E DINÂMICAS COLONIAIS 3. TRIUNFO DOS ESTADOS E DINÂMICAS ECONÓMICAS NOS SÉCULOS XVII E XVIII

4 - A EUROPA NOS SÉC.S XVII E XVIII SOCIEDADE, PODER E DINÂMICAS COLONIAIS 3. TRIUNFO DOS ESTADOS E DINÂMICAS ECONÓMICAS NOS SÉCULOS XVII E XVIII 3.3.1 Da crise comercial de finais do séc. XVII à apropriação do ouro brasileiro pelo mercado britânico 1. Introdução produtos do Brasil (açúcar, tabaco) passam a ser cultivados pelos holandeses nas Antilhas

Leia mais

Balanço de pagamentos. Reinaldo Gonçalves

Balanço de pagamentos. Reinaldo Gonçalves Balanço de pagamentos Reinaldo Gonçalves reinaldogoncalves1@gmail.com 1 Sumário 1. BOP: Definição 2. BOP: Estrutura básica 3. BOP: Determinantes de curto prazo 4. BOP: Brasil 5. Posição do investimento

Leia mais

Setor Externo: Nebulosidade e Turbulências à Frente

Setor Externo: Nebulosidade e Turbulências à Frente análise de conjuntura 7 Setor Externo: Nebulosidade e Turbulências à Frente Vera Martins da Silva(*) O resultado atual das contas externas, analisado sob a ótica das Transações Correntes, um dos principais

Leia mais

Democracia com Desenvolvimento: o governo JK ( ) José Luis Oreiro Professor Associado do Departamento de Economia da Universidade de Brasília

Democracia com Desenvolvimento: o governo JK ( ) José Luis Oreiro Professor Associado do Departamento de Economia da Universidade de Brasília Democracia com Desenvolvimento: o governo JK (1956-1961) José Luis Oreiro Professor Associado do Departamento de Economia da Universidade de Brasília Introdução Característica fundamental do governo JK:

Leia mais

Seminário de Economia Europeia

Seminário de Economia Europeia UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA Faculdade de Economia Seminário de Economia Europeia Ficha de Revisão de Conceitos Ano lectivo 2007-2008 Nome: Número: Leia com atenção e seleccione a alternativa que lhe parece

Leia mais

Cenário Moveleiro. Análise econômica e suporte para as decisões empresariais. Número 01/2006. Cenário Moveleiro Número 01/2006 1

Cenário Moveleiro. Análise econômica e suporte para as decisões empresariais. Número 01/2006. Cenário Moveleiro Número 01/2006 1 Cenário Moveleiro Análise econômica e suporte para as decisões empresariais Número 01/2006 Cenário Moveleiro Número 01/2006 1 Cenário Moveleiro Análise econômica e suporte para as decisões empresariais

Leia mais

NOTA CEMEC 04/2017 Contas Financeiras CEMEC Financiamento de Entidades Não Financeiras

NOTA CEMEC 04/2017 Contas Financeiras CEMEC Financiamento de Entidades Não Financeiras NOTA CEMEC 04/2017 Contas Financeiras CEMEC Financiamento de Entidades Não Financeiras São Paulo Junho de 2017 1 Contas Financeiras CEMEC Informativo Financiamento de Entidades Não Financeiras São Paulo

Leia mais

Análise CEPLAN Clique para editar o estilo do título mestre. Recife, 17 de novembro de 2010.

Análise CEPLAN Clique para editar o estilo do título mestre. Recife, 17 de novembro de 2010. Análise CEPLAN Recife, 17 de novembro de 2010. Temas que serão discutidos na Análise Ceplan: O Brasil no contexto internacional; Conjuntura do Brasil, do Nordeste e de Pernambuco; Informe especial sobre

Leia mais

A Reconstituição do Sistema Financeiro Internacional pelo Padrão Ouro-Divisas ( )

A Reconstituição do Sistema Financeiro Internacional pelo Padrão Ouro-Divisas ( ) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE ECONOMIA HISTÓRIA ECONÔMICA GERAL II PROF. DANIEL BARREIROS 2 A Reconstituição do Sistema Financeiro Internacional pelo Padrão Ouro-Divisas (1922-1931)

Leia mais

Brasil Crescer Mais Com Estabilidade

Brasil Crescer Mais Com Estabilidade O Que É Necessário Para o Brasil Crescer Mais Com Estabilidade Yoshiaki Nakano Escola de Economia de São Paulo Fundação Getulio Vargas 30 de Agosto de 2010 O Que É Necessário Para o Brasil Crescer Mais

Leia mais

Modelos macroeconômicos para uma economia aberta

Modelos macroeconômicos para uma economia aberta Modelos macroeconômicos para uma economia aberta 1 O modelo IS/LM/BP (também chamado de modelo Mundell-Fleming) Desde o capítulo 5 está sendo considerada uma economia fechada, isto é, sem exportações,

Leia mais

Brasília, 16 de dezembro de 2015 BALANÇO DE 2015 E PERSPECTIVAS PARA 2016

Brasília, 16 de dezembro de 2015 BALANÇO DE 2015 E PERSPECTIVAS PARA 2016 Brasília, 16 de dezembro de 2015 BALANÇO DE 2015 E PERSPECTIVAS PARA 2016 ECONOMIA SEGUE PARALISADA PAIS NÃO ENFRENTOU SUAS DIFICULDADES DE FORMA ADEQUADA AMBIENTE AFETADO POR INCERTEZAS ECONÔMICAS E DIFICULDADES

Leia mais

Referencial para Análise do Produto

Referencial para Análise do Produto Parte II: Determinantes do Produto Capítulo 11: Referencial para Análise do Produto Parte II Capítulo 11 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 2 OBJETIVOS avaliar o impacto das políticas econômicas usando

Leia mais

O Ambiente Econômico Asiático em Luiz Carlos Alves Jr

O Ambiente Econômico Asiático em Luiz Carlos Alves Jr O Ambiente Econômico Asiático em 1999 Luiz Carlos Alves Jr De uma forma geral, o ambiente econômico do Leste e Sul da Ásia, durante o ano de 1999, foi marcado por sinais de recuperação da sua firme tendência

Leia mais

CENÁRIO ECONÔMICO. Outubro 2016

CENÁRIO ECONÔMICO. Outubro 2016 CENÁRIO ECONÔMICO Outubro 2016 CENÁRIO ECONÔMICO Internacional - Destaques Mercados globais: avanço (modesto) da economia americana, bom desempenho(ainda) da China e melhora (discreta) da Zona do Euro

Leia mais

A Política Macroeconômica Atual

A Política Macroeconômica Atual A Política Macroeconômica Atual Ministrante: Prof. Ms. Alexandre Roberto Lages Especialista em administração pública UEPG/UFPR Mestre em economia industrial - UFSC Crise de 1929 John Maynardes Keynes

Leia mais

Economia Brasileira Curso DSc - BNDES

Economia Brasileira Curso DSc - BNDES Economia Brasileira Curso DSc - BNDES Parte 4 O 1º Governo FHC: Plano Real Prof. Antonio Carlos Assumpção As 3 Fases do Real 1) ortodoxia - ajuste fiscal PAI (Plano de Ação Imediata 1993) corte de gastos

Leia mais

FEARP-USP Âncoras nominais e Metas de inflação. Prof. Dra. Roseli da Silva.

FEARP-USP Âncoras nominais e Metas de inflação. Prof. Dra. Roseli da Silva. FEARP-USP Âncoras nominais e Metas de inflação Prof. Dra. Roseli da Silva roselisilva@fearp.usp.br Âncoras Nominais Década de noventa consenso sobre o objetivo de longo prazo da política monetária: estabilidade

Leia mais

PORTUGAL E A EUROPA: OS PRÓXIMOS ANOS

PORTUGAL E A EUROPA: OS PRÓXIMOS ANOS FERNANDO TEIXEIRA DOS SANTOS (Faculdade de Economia do Porto) F. Teixeira dos Santos 1 Ordem de trabalhos: 1 - Os factos Breve descrição da situação económica e financeira do país 2 - Os desafios, os desequilíbrios

Leia mais

Setor Externo: Panorama Internacional em Transformação

Setor Externo: Panorama Internacional em Transformação 8 análise de conjuntura Setor Externo: Panorama Internacional em Transformação Vera Martins da Silva (*) Dentro de um quadro recessivo, o setor externo continua como um fator de otimismo na economia brasileira.

Leia mais

Análise de Cenários Políticos e Econômicos

Análise de Cenários Políticos e Econômicos Análise de Cenários Políticos e Econômicos Aulas 7 e 8: Brasil profunda crise política e econômica do início da Nova República (1985-1992) prof.dpastorelli@usjt.br www.danilopastorelli.wordpress.com questão

Leia mais

Crise X Oportunidades: Quais oportunidades o Brasil está tendo com a crise? Qual a previsão para o mercado de crédito, nos próximos anos?

Crise X Oportunidades: Quais oportunidades o Brasil está tendo com a crise? Qual a previsão para o mercado de crédito, nos próximos anos? Crise X Oportunidades: Quais oportunidades o Brasil está tendo com a crise? Qual a previsão para o mercado de crédito, nos próximos anos? Andrew Frank Storfer Vice Presidente da ANEFAC out 2009 CONJUNTURA

Leia mais

Cenários Econômicos e Ambiente dos Negócios. Prof. Antonio Lanzana Outubro 2016

Cenários Econômicos e Ambiente dos Negócios. Prof. Antonio Lanzana Outubro 2016 Cenários Econômicos e Ambiente dos Negócios Prof. Antonio Lanzana Outubro 2016 SUMÁRIO 1. Economia Mundial e Impactos sobre o Brasil 2. Desenvolvimento Recente da Economia Brasileira 3. Cenários para o

Leia mais

CENÁRIO ECONÔMICO. Junho 2015

CENÁRIO ECONÔMICO. Junho 2015 CENÁRIO ECONÔMICO Junho 2015 CENÁRIO ECONÔMICO Internacional - Destaques Mercados globais: avanço (moderado) da economia americana, bom desempenho da China e melhora (discreta) da Zona do Euro são os principais

Leia mais

Curso de Extensão: Noções de Macroeconomia para RI (Política Cambial)

Curso de Extensão: Noções de Macroeconomia para RI (Política Cambial) Federal University of Roraima, Brazil From the SelectedWorks of Elói Martins Senhoras Winter January 1, 2008 Curso de Extensão: Noções de Macroeconomia para RI (Política Cambial) Eloi Martins Senhoras

Leia mais

CENÁRIO ECONÔMICO. Agosto 2015

CENÁRIO ECONÔMICO. Agosto 2015 CENÁRIO ECONÔMICO Agosto 2015 CENÁRIO ECONÔMICO Internacional - Destaques Mercados globais: avanço (moderado) da economia americana, bom desempenho da China e melhora (discreta) da Zona do Euro são os

Leia mais

Métodos Empíricos de Pesquisa I. } Números-Índices (continuação) } Comparação de dados entre. países

Métodos Empíricos de Pesquisa I. } Números-Índices (continuação) } Comparação de dados entre. países Métodos Empíricos de Pesquisa I } Números-Índices (continuação) } Comparação de dados entre países 1 Aula de hoje } Revisão: Índices Laspeyres e Paasche } Números-índices de valor } Relações entre Números-Índices

Leia mais