Universidade Federal do Rio de Janeiro BANHEIRO PRONTO: VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA. Gabriela Guedes Pinheiro

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1 Universidade Federal do Rio de Janeiro BANHEIRO PRONTO: VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA Gabriela Guedes Pinheiro 2015

2 BANHEIRO PRONTO: VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA Gabriela Guedes Pinheiro Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro. Orientadora: Elaine Garrido Vazquez Rio de Janeiro Março de 2015

3 BANHEIRO PRONTO: VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA Gabriela Guedes Pinheiro PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO CIVIL. Examinada por: Elaine Garrido Vazquez Profª. Adjunta, POLI/UFRJ (orientadora) Ana Catarina Jorge Evangelista Profª. Associado, D. SC, POLI/UFRJ Assed Naked Haddad Profº. Associado, D. SC, POLI/UFRJ Rio de Janeiro, RJ Brasil Março de 2015

4 Pinheiro, Gabriela Guedes Banheiro Pronto: Viabilidade Técnica e Econômica/ Gabriela Guedes Pinheiro. Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica, XIII, 80 p.: il, 29,7 cm. Orientadora: Elaine Garrido Vazquez Projeto de Graduação UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso de Engenharia Civil, Referências Bibliográficas: p Banheiro Pronto. 2. Viabilidade Técnica. 3. Viabilidade Econômica. I. Vazquez, Elaine et al. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia Civil. III. Título. iii

5 Dedicado aos meus pais, Ana Paula e Mauricio, com todo meu amor e gratidão. iv

6 Agradecimentos A conclusão da graduação em Engenharia Civil e a realização desse trabalho não seriam possíveis sem o apoio e a participação de algumas pessoas especiais. Divido essa grande conquista e agradeço: À Deus e Santa Sara por todos os dias vividos; À minha mãe, Ana Paula, por me ensinar a ter fé e pelo maior amor do mundo, Ao meu pai, Mauricio, pelo exemplo pessoal e profissional e toda dedicação; Aos meus avós, Ivan e Maria Auxiliadora, pela torcida constante; Ao meu namorado, Diego, pela parceria, carinho e paciência ao longo desses anos; À minha orientadora Elaine Vazquez pela disponibilidade e atenção inigualáveis; À todos os professores do curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica da UFRJ pelo conhecimento compartilhado; Aos amigos de faculdade por tornarem essa caminhada mais agradável e pela companhia nos momentos mais complicados; Aos Engenheiros José Alberto Silva e Renato Tepedino pela oportunidade de trabalhar e aprender na Senpro Engenharia; Ao meu coordenador, Engenheiro Flávio Fleury, por acreditar no meu trabalho e por contribuir com a minha formação profissional; À minha amiga e Engenheira Maria Fernanda Lucena pelos ensinamentos e suporte na realização desse trabalho; À toda equipe envolvida na obra Ibis Novotel Praia de Botafogo: Eng.Silvio Gomes, Arq. Deivison Nunes, Eng. Jean Benchimol, Bruno Ramos, Mestre João, Rodrigo Ribeiro, Fábio Correa, Ítalo Paulo, Tatiana Brandão e Vinícius Rodrigues pelo enriquecimento da minha experiência de estágio e contribuição no desenvolvimento desse trabalho; Às amigas da vida toda Clara e Elisa pelas palavras de incentivo e afeto; À amiga Carol Vaz pelo estímulo e por cuidar da minha saúde física e mental. v

7 Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil. BANHEIRO PRONTO: VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA. Gabriela Guedes Pinheiro Março / 2015 Orientadora: Elaine Garrido Vazquez Curso: Engenharia Civil A execução de banheiros na construção civil é um trabalho com alto grau de complexidade devido ao grande número de materiais e equipes diferentes envolvidas. É necessário comprar, armazenar, instalar e conferir cerca de 200 itens distintos. Além disso, é uma parcela da obra que costuma exigir muito retrabalho antes da entrega, gerando perdas e gastos indesejados e, geralmente, não planejados. Este trabalho aborda o conceito de banheiro pré-fabricado, que vem ganhando espaço no mercado brasileiro, otimizando e agregando qualidade às construções. Será apresentada sua criação, limitações de projeto, possibilidades de fabricação e transporte, instalação, um exemplo de aplicação e, por fim, a comparação entre os orçamentos do banheiro pronto e do modelo convencional. Os resultados obtidos demonstram que o custo do sistema Banheiro Pronto foi 21% maior que o método convencional. No entanto, sua aplicação se justifica em obras que prezem pela velocidade e racionalização dos métodos construtivos. Além disso, existem etapas do processo que ainda podem ser otimizadas na busca da redução de seus custos, economizando tempo e obtendo lucros indiretos pelo aceleramento dos prazos. Palavras-chave: Banheiro Pronto, Banheiro Pré-fabricado, Viabilidade Técnica e Econômica. vi

8 Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of the requirements for the degree of Engineer. PREFABRICATED BATHROOM: TECHNICAL AND ECONOMIC VIABILITY Gabriela Guedes Pinheiro March/2015 Advisor: Elaine Garrido Vazquez Course: Civil Engineering The implementation of bathrooms in the building is a work with a high level of complexity due to the large number of different materials and teams involved. It's necessary to buy, store, install and check about 200 different items. Besides that, it's a portion of the construction that usually requires a lot of rework before delivery, generating losses and unwanted, usually unplanned, expenses. This paper addresses the concept of prefabricated bathroom, which has been gaining ground in the Brazilian market, optimizing and adding quality to the buildings. Its creation, design limitations, manufacturing and transportation possibilities, installation, an application example and, finally, the comparison between the budgets of the prefabricated bathroom and the conventional model will be presented. Results shows that the cost of the prefabricated bathroom system was 21% higher than the conventional one. However, its application is justified in projects that aim for speed and the rationalization of construction process. In addition, there are process steps that can still be optimized in the quest to reduce costs, saving time and getting indirect profits by accelerating the deadlines. Keywords: Prefabricated Bathroom, Technical and Economic Viability. vii

9 Lista de Ilustrações Figura 1 - Figuras que ilustraram a patente de Fuller na invenção do Banheiro Pronto. (Fonte: Patente US A, 1940)... 8 Figura 2 - a) e b) Imagens do comercial do Standart Prefabricated Bathroom de Goldberg. (Fonte: 1947) Figura 3 - O Standard Prefabricated Bathroom de Goldberg. (Fonte: 1947) Figura 4 - a) banheiro integrado; b) banheiro compartimentado com lavatório e banho; e c) proposta da empresa Rivoli de ambiente compartimentado para vaso, lavatório e ducha. (Fonte: Fernando Barth, 2009) Figura 5 - Exemplo de banheiro pronto e integrado. (Fonte: ). 13 Figura 6 a) Montagem de um banheiro feito de fibra de vidro; b) Banheiro pronto extra leve feito em perfis de aço galvanizado, montado apenas por fixação mecânica, sem soldagem. (Fonte: ) Figura 7 - Banheiros prontos com estrutura em a) concreto armado; b) drywall e c) monolítico. (Fonte: TCC Rodrigo Lopes, 2005) Figura 8 - a) Fôrmas de piso sobre plataforma de montagem; b) Soldagem de chapas metálicas. (Fonte: Rodrigo Lopes, 2005) Figura 9 - a) Telas preparadas; b) Fôrma de piso sendo fechada. (Fonte: Rodrigo Lopes, 2005) Figura 10 - Eletrodutos para passagem de fiação em uma parede de banheiro pronto. (Fonte: Revista Téchne 159, Junho 2010) Figura 11 - a) Concretagem das peças com concreto usinado em mesa vibratória; b) e c) Desmoldagem das peças. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159, Junho de 2010) Figura 12 a) Fôrma monolítica; b) Posicionamento de armação no interior do equipamento de concretagem monolítica. (Fonte: Rodrigo Lopes, 2005) Figura 13 - Banheiro em sistema misto. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159, Junho de 2010) Figura 14 - Exemplo de montagem de banheiro em concreto armado. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159, Junho de 2010) Figura 15 - a) Esquema da aplicação da manta asfáltica; b) Aplicação de primer no rodapé e piso e aplicação da manta asfáltica. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159 Junho de 2010) Figura 16 - Esquema da impermeabilização. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159, Junho de 2010) viii

10 Figura 17 O módulo distribuidor faz a conexão com o sistema de tubulação convencional. (Fonte: ) Figura 18 - Shaft visitável com utilização do sistema PEX. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159, Junho de 2010) Figura 19 - Bacia sanitária de saída horizontal. (Fonte: ) Figura 20 - a) Execução de kits de revestimento de piso; b) Execução de revestimento em linha de produção. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159, Junho de 2010) Figura 21 - Porta provisória do banheiro (Fonte: Acervo do autor, 2015) Figura 22 - a) e b) Louças e metais já instalados; c) Banheiro finalizado e limpo; d) Banheiro embalado pronto para ser posicionado na carreta (Fonte: Rodrigo Lopes, 2005) Figura 23 - a) Esquema de posicionamento dos diferentes tipos de banheiro na carreta; b) Carreta carregada. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159, Junho de 2010) Figura 24 - Sequência da instalação do banheiro pronto pelo sistema de plataforma fixa com auxílio da grua. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159, Junho de 2010) Figura 25 - Sistema de instalação de banheiro pronto por elevador cremalheira. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159, Junho de 2010) Figura 26 - Célula de banheiro sendo posicionada com guindaste. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159, Junho de 2010) Figura 27 - a) Estrutura do Hotel em Dezembro de 2014; b) Fábrica fornecedora dos banheiros da obra em Junho de (Fonte: Acervo do Autor) Figura 28 - Protótipo do banheiro pronto do Ibis Budget Praia de Botafogo na fábrica da Banheiro Pronto. (Fonte: Acervo do autor Junho de 2014) Figura 29 - Pedaço da planta de arquitetura do pavimento tipo para exemplificar esquema compartimentado do banheiro e o compartilhamento dos shafts. (Fonte: Projetos de instalação do empreendimento, 2014) Figura 30 Exemplo de estudo do shaft do pavimento tipo. (Fonte: Projetos de instalação do empreendimento, 2014) Figura 31 - Shafts preparados, pintados e recebendo as instalações. (Fonte: Acervo do autor Janeiro de 2015) Figura 32 Banheiro pronto em drywall. (Fonte: Acervo do autor Novembro de 2014) Figura 33 - Cronograma simplificado da obra de um hotel fictício com 120 apartamentos Figura 34 - Bacia sanitária usada no hotel. (Fonte: ) Figura 35 - Banheiro revestido conforme padrão do Hotel. (Fonte: Acervo do autor, 2014). 43 Figura 36 - Acessórios do lavatório. (Fonte: Acervo do autor, 2015) ix

11 Figura 37 - Maquete com as diferentes possibilidades de transporte vertical Figura 38 - a) Plataforma em sua primeira posição, no 2 pavimento; b) Detalhe da plataforma no 4 pavimento; c) Plataforma sendo usada. (Fonte: Acervo do autor - Novembro de 2014) Figura 39 a) Banheiros ainda no caminhão; b) e c) Banheiros sendo levados ao pavimento pela grua. (Fonte: Acervo do autor, 2014) Figura 40 a) Grua posiciona banheiro no carrinho; b) e c) Banheiro sendo deslocado sobre a laje do segundo pavimento. (Fonte: Acervo do autor, 2014) Figura 41 a) e b) Banheiros em local provisório (Fonte: Acervo do autor Novembro de 2014) Figura 42 - Detalhe da linha de nylon esticada para locação dos banheiros e placa de neoprene para nivelar o banheiro sobre a laje ainda em osso. (Fonte: Acervo do autor Janeiro de 2015) Figura 43 - a) Apenas um dos banheiros alinhado; b) e c) Vedação concluída e os dois banheiros faceados e alinhados. (Fonte: Acervo do autor Dezembro de 2014) Figura 44 - a) Banheiro com lã de vidro; b) Divisórias nos quartos. (Fonte: Acervo do autor, Janeiro de 2015) Figura 45 Visão do corredor com dutos de ar condicionado, instalações de incêndio e drywall quase finalizado Figura 46 a) Espelho danificado; b) Acabamento mal feito entre frontispício e parede Figura 47 Falta de rejunte no piso do box. (Fonte: Acervo do autor Janeiro de 2015) x

12 Lista de Tabelas Tabela 1 - Tempo de instalação de banheiros (Fonte: Desenvolvido pelo autor, 2015) Tabela 2 - Preços da execução do sistema banheiro pronto (Fonte: Elaborado pelo autor, 2015) Tabela 3 - Orçamento Simplificado do banheiro pelo método convencional (Fonte: Elaborado pelo autor, 2015) xi

13 Sumário 1. Apresentação do Trabalho Introdução Objetivo Justificativa Metodologia Descrição dos Capítulos Revisão Bibliográfica O novo conceito de banheiro Concepção inicial: limitações e possibilidades do projeto Fabricação Sistema construtivo Montagem do banheiro Impermeabilização Instalações hidráulicas Instalações de esgoto Instalações elétricas Revestimentos Acabamento final Transporte Instalação Check-lists e o controle de qualidade Análise de viabilidade técnica e econômica da tecnologia banheiro pronto O novo conceito de banheiro Concepção inicial: limitações e possibilidades do projeto Fabricação Sistema construtivo Montagem do banheiro Impermeabilização Instalações hidráulicas Instalações de esgoto Instalações elétricas Revestimentos xii

14 Acabamento final Transporte Instalação Check-lists e o controle de qualidade Comparação dos cronogramas físicos e financeiros entre os métodos: banheiro pronto x banheiro convencional Considerações Finais Referências Bibliográficas Anexos Anexo Anexo II Anexo III Anexo IV Anexo V Anexo VI Anexo VII Anexo VIII Anexo IX Anexo X xiii

15 1. Apresentação do Trabalho 1.1. Introdução De acordo com Martins e Barros (2003), a abertura do mercado brasileiro no início dos anos 90 contribuiu para a evolução do setor da construção na medida em que permitiu às empresas construtoras a importação de produtos e tecnologias. Além disso, a estabilidade econômica do primeiro período do plano real e a elevação do custo da mão-de-obra devido ao ganho dos trabalhadores incentivou as construtoras a pensar na tecnologia como ferramenta de competitividade. Nesse período diversas empresas construtoras investiram na modernização dos meios de produção, observando-se a crescente industrialização nos canteiros. Blachere (1977) definiu método industrial como sendo aquele que, entre as várias modalidades de produção, é baseado essencialmente em processos de natureza repetitiva e nos quais a variabilidade incontrolável e casual de cada fase de trabalho, que caracteriza as ações artesanais, é substituída por graus pré-determinados de uniformidade e continuidade executiva, característica das modalidades operacionais parcial ou totalmente mecanizadas. Bruna (1976) afirma que a industrialização está essencialmente associada aos conceitos de organização e de produção em série, os quais devem ser entendidos, analisando de forma mais ampla as relações de produção envolvidas e a mecanização dos meios de produção. A história da industrialização identifica-se, num primeiro tempo, com a história da mecanização, isto é, com a evolução das ferramentas e máquinas para a produção de bens. De acordo com Marcellus (2002), a maioria dos ramos da indústria teve um grande progresso nos últimos tempos, fruto da evolução tecnológica que vivemos. São inúmeras as que tem toda a sua linha de produção automatizada. Por outro lado esta fábrica, na qual se desenvolve hoje a produção automática, foi frequentemente construída segundo os antigos métodos de construção. A indústria da construção também vivencia esses progressos, pois

16 trabalha com máquinas e gruas em grandes obras, mas tem tido um gritante atraso se comparada a outras indústrias, tanto em industrialização como em automação. Evidentemente, o desenvolvimento da atividade construtiva abrange diversas circunstâncias que tendem a retardar os seus avanços. A construção utiliza uma variada gama de serviços, envolvendo diferentes ramos industriais, que têm de ter seus produtos considerados, além de suas características especiais. A construção obedece a uma ordem de ideias distinta de outros produtos industriais. Além disso deseja-se de uma edificação algo mais que sua pura missão funcional. Ela vai buscar também novas formas e aspectos de sua presença arquitetônica Por tudo isso, Marcellus (2002) afirma que a arte da construção está submetida a um processo mais lento de desenvolvimento. Mas existe o avanço pelas vias da industrialização, porque os problemas construtivos já não podem ser resolvidos pelos antigos métodos, com a elevada proporção de mão de obra. A construção industrializada se caracteriza, essencialmente, por procedimentos baseados em componentes de fábrica, ou componentes construtivos funcionais, produzidos em série, com o fim de tornar mais rápido o processo construtivo e reduzindo ao máximo as operações no canteiro de obra. Obviamente, para se conseguir uma edificação industrializada, é necessária uma adequada estrutura metodológica de projeto e execução. Não se pode afirmar que os procedimentos industrializados são substitutos dos tradicionais: ambos devem coexistir e podem oferecer soluções alternativas de acordo com a situação. Nesse contexto, Amadio (2010) defende que o conceito atual de construção exige rapidez e racionalização de materiais no canteiro de obras, aproximando-nos mais dos sistemas industrializados e dos pré-moldados. O banheiro pronto é um dos itens que podem chegar pronto à obra. São indicados para hotéis, motéis, edifícios comerciais, edifícios residenciais, hospitais, entre outros empreendimentos que exijam produção em série. O custo é definido em função do projeto e componentes desejados. 2

17 A introdução de uma grande variedade de materiais, ferramentas, equipamentos, técnicas especiais, processos construtivos e administrativos voltados à construção civil, segundo Oliveira et al (1999) contribui para a melhoria de vários aspectos de organização, que conduzem a uma maior qualidade, reduzindo o desperdício, um dos grandes problemas enfrentados pelas empresas do setor. Lopes (2005) finaliza afirmando que com o banheiro pronto, não se gera uma única lata de entulho e a grande vantagem para o construtor utilizar o sistema consiste em tirar do canteiro de obra todo o transtorno que surge na realização de um banheiro convencional, limitando-se a receber o banheiro já pronto. Ainda segundo ele, os ganhos englobam: nível elevado de qualidade; custo e cronograma definidos, redução de tempo de construção; eliminação de retrabalho, eliminação de desperdícios e danos; obra seca; canteiro mais organizado. 1.2.Objetivo O presente trabalho tem como objetivo analisar a viabilidade técnica e econômica dos Banheiros Prontos e avaliar os prazos de execução dos métodos pré-fabricado e convencional. Espera-se que a difusão dessas informações estimule a produção industrial, fomentado a concorrência entre diferentes fabricantes, que leve a redução do preço do banheiro préfabricado e a consequente ampliação do uso. Busca-se, também, comparar o método tradicional de construção de banheiros com o banheiro pronto, medindo as diferenças de valores e destacando os lucros indiretos. 3

18 1.3. Justificativa No âmbito da construção civil ainda podemos nos deparar com técnicas bastante rudimentares de produção, quase artesanais, sendo assim, é preciso pesquisar arduamente e desenvolver estudos que investiguem novas práticas e ideias, buscando atualizar e trazer melhorias para o setor. A escolha do tema se deu, portanto, na necessidade de trazer novas e boas práticas para o mercado que aumentem a produtividade, reduzam desperdícios e, principalmente o tempo de construção. O uso do banheiro pronto é um instrumento de racionalização, pois configura uma mudança organizacional dos processos tradicionais de construção, além de ser responsável pela adequação tecnológica do canteiro. O sistema também colabora para a melhor utilização da mão de obra, dos materiais, das ferramentas e da energia Metodologia A metodologia adotada tem como base a descrição de todas as etapas envolvidas no processo produtivo do banheiro pronto, desde a elaboração do projeto até o posicionamento final da célula de banheiro. Estará, também, presente no trabalho, exemplo de aplicação do sistema banheiro pronto na obra do Hotel Ibis Budget na Praia de Botafogo, Rio de Janeiro. O conhecimento técnico adquirido com a experiência de estágio nesta obra auxiliará na análise crítica dos processos. Por fim, será utilizado o método comparativo para avaliar a viabilidade econômica dos banheiros pré-fabricados, ao confrontar o orçamento do banheiro pronto e do fabricado in loco, com as mesmas características. 4

19 1.5. Descrição dos Capítulos No primeiro capítulo, é apresentada a participação da industrialização na construção civil e os benefícios envolvidos nessa relação. Além disso, são descritos o objetivo e a justificativa da escolha do tema do trabalho e a metodologia utilizada em seu desenvolvimento. No segundo capítulo é exposto o conceito de banheiro pronto, sua história, características de projeto, diferentes formas de fabricação, transporte e instalação. Apresenta-se o ambiente fabril, as atividades lá executadas e também a chegada do produto final a obra. O terceiro capítulo utiliza a obra do Hotel Ibis Budget na Praia de Botafogo para exemplificar e ilustrar o que foi dito no capítulo 2. Ainda através do exemplo é feito comparativo financeiro entre o orçamento do banheiro pronto, que está sendo usado na obra e o caso hipotético dele ter sido feito pelo método convencional. O quarto e último capítulo traz as considerações finais que buscam entender porque o método banheiro pronto ainda é pouco utilizado no Brasil e sugerir maneiras ampliar o uso. Por fim, tem-se as referências bibliográficas que guiaram e colaboraram para o desenvolvimento deste trabalho e os anexos, complementando e exemplificando as informações apresentadas no decorrer do trabalho. 5

20 2. Revisão Bibliográfica 2.1. O novo conceito de banheiro O banheiro é uma das áreas mais críticas em uma obra, tendo em vista a quantidade de interferências elétricas e hidráulicas. Por esse motivo, os construtores têm procurado otimizar alguns serviços adotando soluções prontas. (RODRIGUES, 2001). Banheiro Pronto é nome comercial dado a um sistema tecnológico de solução para construção civil no qual os banheiros são construídos em linhas de produção industrial. Dessa forma, todas as etapas de controle de materiais, acabamentos, instalações e controle de qualidade são realizadas na fábrica. O banheiro é totalmente revestido e pronto para ser utilizado, sendo entregue na obra no local definitivo, bastando apenas executar a conexão com as prumadas de água, esgoto e rede elétrica. As instalações hidrossanitárias e elétricas são embutidas nas paredes do banheiro e direcionadas ao shaft, mantendo as características do sistema convencional, possuindo liberdade de dimensões e acabamentos. (AMADIO, 2010) Um dos propósitos desse sistema é simplificar as tarefas de aquisição e administração da obra, visto que o banheiro pronto é comprado como qualquer outro produto, diferente do banheiro convencional que exige a compra, conferência e instalação de centenas de itens diferentes. Ou seja, o uso do banheiro pré-fabricado visa diminuir etapas, reduzir riscos, abreviar a execução de serviços e, principalmente, eliminar o retrabalho durante e após a entrega do edifício. Outra vantagem da transformação do banheiro em produto é a possibilidade do construtor de estabelecer, o custo de cada unidade de banheiro, posto que a aquisição é feita a preços definidos, resultando em menos imprevistos e menos alterações em cronograma e orçamento. Segundo Amadio (2010), o Banheiro Pronto contribui para transformação dos canteiros de obra em canteiros de montagem. A ideia é oferecer uma obra limpa, sem desperdício, 6

21 entregue em tempo recorde, com vantagens competitivas. O sistema tecnológico de banheiro pronto está no Brasil desde 1998, e a fábrica pioneira já produziu mais de oito mil unidades. O Banheiro Pronto, assim como qualquer outro produto pré-fabricado usado na Construção Civil, pressupõe elementos padronizados e é idealizado para ser produzido em instalações industriais, em conformidade com o projeto de arquitetura previamente estabelecido. Seu padrão de acabamento deve ser perfeitamente integrado ao ambiente em que será instalado. Conforme Sabbatini (1989) o banheiro é fornecido acabado, com revestimento, louças sanitárias, metais sanitários, espelhos, exaustores e, eventualmente, com secadores de cabelos e outros acessórios. Uma vez instalado, o banheiro pronto não se distingue dos banheiros convencionais construídos in loco. Apesar do conceito de banheiro pré-fabricado ser novo na construção brasileira, um americano, chamado Buckminster Fuller, recebeu, em 1940, a patente US A por ter inventado o primeiro banheiro pronto. Preocupado com a falta de saneamento básico, ineficiência e alto custo dos banheiros, Fuller criou o Banheiro Dymaxion, composto por quatro seções de plástico moldado ou de folhas de metal. As seções eram leves o suficiente para serem transportadas por dois trabalhadores. Eram capazes de passar em escadas apertadas e através de portas estreitas, permitindo a adaptação de estruturas existentes (retrofit). Todas as louças, canos e fios eram embutidos nos módulos, convertendo a construção do banheiro a uma mera ligação nas prumadas do edifício. Com as seções aparafusadas, o interior não possuía recantos, fendas ou rachaduras de argamassa e os cantos arredondados facilitavam a limpeza. A ventilação Downdraft puxa a fumaça e o vapor para o respiradouro sob a pia. O espelho não embaça, a pia não espirra, e o papel higiênico permanece seco. 7

22 Os banheiros Dymaxion, apresentados na Figura 1 a e b, eram equipados com chuveiros denominados "Fog Gun", chuveiros de vapor de água quente que utilizavam apenas um copo de água para limpar higienicamente sem sabão. Fuller também criou uma bacia sanitária sem água que empacotava os excrementos para futura coleta, buscando economizar os litros de água potável usados por sanitários comuns a cada ano para a descarga dos excrementos de um ser humano. a b Figura 1 - Figuras que ilustraram a patente de Fuller na invenção do Banheiro Pronto. (Fonte: Patente US A, 1940) Na época em que foi desenvolvido, o banheiro pronto era visto como uma tentativa de tornar a construção mais acessível e sustentável, ideais bastante contemporâneos, mas foi a rapidez e facilidade de execução que o tornaram popular. O período do pós guerra exigiu muita rapidez na forma de construir, países inteiros precisavam ser refeitos. Assim, os pré-fabricados e pré-moldados foram se difundindo e se desenvolvendo, fazendo com que, aos poucos, o banheiro pronto ganhasse novas configurações. 8

23 Goldberg, disse, entre 1946 e 1947: "depois da guerra, eu decidi que a construção de edifícios era bastante arcaica e que deveríamos fazer outra coisa - então eu tentei fazer isso através da construção de banheiros pré-fabricadas.. Ele criou o Standard Prefabricated Bathroom. Cuja pia foi projetada para rodar sobre o vaso sanitário ou banheira, de modo que a unidade ocupe uma quantidade mínima de espaço. Todo o encanamento era incluído no aparelho. Para instalação do banheiro eram necessárias apenas quatro conexões: água quente e fria, drenagem e ventilação. A unidade contava com uma parede atrás para pendurar toalhas, uma pia "grande o suficiente para banhar um bebê" e um armário de armazenamento. Os custos unitários foram de apenas US $ 275- $ 375, incluindo a instalação. Aproximadamente foram construídos antes de a empresa cessar as suas operações. Nas Figuras 2 a e b e 3 tem-se comercial do Standard Prefabricated Bathroom de Goldberg. a Figura 2 - a) e b) Imagens do comercial do Standart Prefabricated Bathroom de Goldberg. (Fonte: 1947). b 9

24 Figura 3 - O Standard Prefabricated Bathroom de Goldberg. (Fonte: 1947) 2.2. Concepção inicial: limitações e possibilidades do projeto Praticamente, não há limitações na elaboração de projetos de células de Banheiro Pronto. Tamanho e forma são aspectos bastante flexíveis, apenas a altura do corpo do banheiro precisa ser limitada a, no mínimo, 15 cm mais baixa que o pé direito do pavimento. Essa limitação é essencial para garantir que os banheiros possam ser transportados horizontalmente no pavimento até o seu local definitivo. O corpo do banheiro pré-fabricado pode ser projetado de diversos modos, com o objetivo de se adaptar as particularidades de cada obra, equipamento de transporte vertical, porte da obra e espaço físico disponível. Caso as dimensões do banheiro projetado sejam superiores as 10

25 admissíveis pelas carretas, que transportam o banheiro da fábrica à obra, o mesmo pode ser segmentado e unido apenas na sua instalação final. Hotéis de padrão econômico e edifícios comerciais, que costumam ter banheiros bem pequenos podem se beneficiar de economia no içamento e na instalação de banheiros caso projetem banheiros em pares. As células gêmeas, como são chamadas, são na verdade dois banheiros unidos por um único shaft, logo dois banheiros são instalados simultaneamente. Normalmente, o grau de exigência quanto a privacidade em ambientes como banheiros e lavabos é elevadíssimo. Este requisito diz respeito não somente a possibilidade de visualização do seu interior, como também a identificação de odores e ruídos. Logo, isolamento acústico e ventilação são critérios básicos de um projeto. Os banheiros pré-fabricados são, normalmente, projetados de forma compartimentada, separando as funções e possibilitando uso simultâneo dos equipamentos. Observa-se que ao possibilitar esta flexibilização de uso do equipamento, as vedações devem garantir a privacidade, sem, no entanto reduzir ou impedir a ventilação e a iluminação destes ambientes. Essa configuração também é indicada visto que facilita o encaixe no shaft e de acordo com Amadio (2014) é recomendável que toda a parte hidráulica seja projetada próxima ao shaft, principalmente as bacias sanitárias, que podem ser utilizadas com saídas horizontais, facilitando a execução das lajes ao dispensar furações. Com o uso do sistema previsto, também é possível antecipar custos e o cronograma de construção, aumentando a produtividade em obra. Vale ressaltar que também é possível executar banheiros integrados dentro do conceito de banheiro pronto. A Figura 4-a apresenta um banheiro de configuração integrada, enquanto a Figura 4-b mostra uma opção de banheiro compartimentado com chuveiro e bacia sanitária no mesmo 11

26 compartimento e por último na Figura 4-c tem-se uma configuração muito utilizada para banheiros pronto com chuveiro e bacia sanitária em compartimentos distintos. a b c Figura 4 - a) banheiro integrado; b) banheiro compartimentado com lavatório e banho; e c) proposta da empresa Rivoli de ambiente compartimentado para vaso, lavatório e ducha. (Fonte: Fernando Barth, 2009) Quanto a importância do desenvolvimento de um bom projeto, Amadio (2014) diz que algumas adaptações podem ser feitas com a obra em andamento, no entanto, o ideal é que o sistema seja previsto ainda em projeto. Nesta fase é possível verificar todas as interferências existentes na fachada e a repetitividade de dimensões, evitando muitas variações de modelos, o que acaba encarecendo o empreendimento e prejudicando a implantação. Dessa forma, pode-se dizer que os requisitos do projeto pré-fabricado são todos aqueles que devem ser observados para os banheiros construídos no local, acrescidos dos requisitos da produção industrializada. Logo, os banheiros devem ser compactos, leves e resistentes de modo a facilitar à fabricação, manipulação, transporte e montagem no local da obra. 12

27 a b Figura 5 - Exemplo de banheiro pronto e integrado. (Fonte: ) 2.3. Fabricação Antes de iniciar a fabricação dos banheiros é desenvolvido, pela empresa fornecedor, um protótipo. Esse modelo é avaliado pela construtora e se aprovado começa a ser produzido em linha de produção na indústria. Sistema construtivo O sistema construtivo do Banheiro Pronto é bastante amplo. Nos países europeus é recorrente o uso do plástico, por propiciar maior variabilidade de soluções pela trabalhabilidade do material. Nos Estados Unidos, a fibra de vidro é amplamente utilizada na fabricação de banheiros pré-fabricados de baixo custo (Figura 6-a), como banheiros públicos e de hotéis econômicos e o aço galvanizado (Figura 6-b) é destinado a prédios muito altos, que inviabilizam o içamento de células de concreto, por exemplo. 13

28 a b Figura 6 a) Montagem de um banheiro feito de fibra de vidro; b) Banheiro pronto extra leve feito em perfis de aço galvanizado, montado apenas por fixação mecânica, sem soldagem. (Fonte: ) No Brasil, os sistemas construtivos predominantes são: estrutura de concreto armado, sistema drywall e sistema monolítico e exemplos dos três tipos podem ser vistos na Figura 7 a, b e c. a b c Figura 7 - Banheiros prontos com estrutura em a) concreto armado; b) drywall e c) monolítico. (Fonte: TCC Rodrigo Lopes, 2005) Nos banheiros de estrutura de concreto armado, utiliza-se concreto f ck 30 MPa com paredes e teto de 4 cm de espessura mínima e pisos de 5cm. Essa é a tecnologia mais utilizada, sendo 14

29 descartada apenas quando a laje não suportar a carga distribuída do banheiro. As placas são unidas por cantoneiras em L, formando uma estrutura única. O concreto é armado com telas nervuradas de aço CA x 10 cm. Nos pontos críticos como vãos de portas e janelas é feito um reforço com vergalhões de aço CA-60. Nas paredes há perfis metálicos, responsáveis pela união das paredes com solda na fase da montagem, garantindo a solidificação da célula como um todo. Para a concretagem são utilizadas fôrmas metálicas tipo mesa. Ainda na concretagem, as paredes recebem os eletrodutos para as caixas elétricas internas e externas, assim como os eletrodutos para passagem de fiação elétrica e mangueiras PEX. As peças são concretadas com cura a vapor, ou seja, são submetidas a aquecimento para aceleração de cura e desmoldadas após 12 horas, quando é atingida a resistência pretendida de 8,0 MPa, para a desmoldagem da peça. A Figura 8-a, mostra o preparo das fôrmas sobre a plataforma de montagem vibratória. Na figura 8-b pode-se observar funcionário da fábrica executando solda em uma bancada de montagem, preparando a armadura para posterior união com as outras placas. Na figura seguinte, 9-a, estão as telas preparadas, prontas para o posicionamento nas fôrmas. Finalizando a sequência, tem-se a Figura 9-b, com a armadura já posicionada, mostrando o serviço de fechamento das fôrmas, onde as medidas devem ser precisas. a Figura 8 - a) Fôrmas de piso sobre plataforma de montagem; b) Soldagem de chapas metálicas. (Fonte: Rodrigo Lopes, 2005). b 15

30 a b Figura 9 - a) Telas preparadas; b) Fôrma de piso sendo fechada. (Fonte: Rodrigo Lopes, 2005) A Figura 10 mostra o detalhe do posicionamento dos eletrodutos, que servem de passagem para as instalações elétricas e hidro sanitárias, antes da concretagem. Figura 10 - Eletrodutos para passagem de fiação em uma parede de banheiro pronto. (Fonte: Revista Téchne 159, Junho 2010) Concluindo o processo de execução de banheiros em concreto armado temos a concretagem das peças de piso e parede. A Figura 11-a mostra a concretagem de uma peça de 16

31 piso enquanto as Figuras 11-b e 11-c retratam a facilidade de desmoldar e locomover as peças de concreto armado no ambiente fabril. a b c Figura 11 - a) Concretagem das peças com concreto usinado em mesa vibratória; b) e c) Desmoldagem das peças. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159, Junho de 2010) O sistema monolítico de construção de banheiros possui os mesmos princípios do banheiro de concreto armado. No entanto, a diferença está na concretagem que utiliza um equipamento especial para moldagem, paredes e tetos são concretados ao mesmo tempo, como pode ser visto na Figura 8 a seguir. Após a desforma, a estrutura é considerada um bloco único composto de fechamentos laterais e teto. O piso é soldado através de perfis metálicos existentes nas laterais das placas de piso. Esse tipo de estrutura é pouco utilizado, em função do equipamento moldar apenas 17

32 banheiros retangulares com dimensão 2,40 x 1,80 m e devido a produtividade por concretar apenas um banheiro por vez. a Figura 12 a) Fôrma monolítica; b) Posicionamento de armação no interior do equipamento de concretagem monolítica. (Fonte: Rodrigo Lopes, 2005) b Os Banheiros produzidos com drywall possuem estrutura portante, com perfis de aço galvanizado, onde são aplicadas placas de gesso acartonado hidrofugado (resistentes à umidade), que servem de base para os revestimentos especificados. Esse sistema respeita as necessidades dimensionais, instalações e ergonômicas especificadas em projeto. Permite obter células com peso reduzido, reflexo positivo na estrutura do edifício e nas exigências por equipamentos de elevação no canteiro. O piso é executado em concreto armado com espessura de 5 cm, estruturado com tela de aço CA-50. Nesse sistema, o banheiro é fornecido totalmente acabado internamente, já externamente possui perfis e instalações aparentes para receberem, na obra, acabamento também em gesso acartonado. Em casos especiais, o banheiro pronto poderá ser executado no sistema misto de concreto armado e drywall, simplesmente para redução de peso. Um exemplo de banheiro do tipo misto pode ser visto na Figura 13 a seguir. 18

33 Figura 13 - Banheiro em sistema misto. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159, Junho de 2010) Vale ressaltar que, apesar do banheiro pronto ser produzido em vários países diferentes, utilizando diversas técnicas, não existem normas técnicas especificas que norteiem a sua construção. No Brasil, por exemplo, a norma mais associada a produção de banheiros préfabricados é a NBR 9062:2001 para Projetos e execução em estruturas de concreto prémoldado, nota-se que a mesma não abrange a produção de banheiros prontos de forma geral. Montagem do banheiro Na etapa de montagem, o piso é nivelado sobre uma plataforma e ponteado com eletrodos para conferências de alinhamento, esquadro e prumo. Depois de alinhado, os pontos de solda são solidarizados juntamente com o teto. A tolerância para o nivelamento é de mais ou menos 1 mm. As estruturas metálicas auxiliares necessárias para a sustentação da bancada e banheiras devem ser previstas e executadas nessa fase do processo construtivo. Nas Figuras 14 a e b vê-se a necessidade de equipamentos como o guincho na montagem de banheiros de concreto armado, cujas partes são bastante pesadas. A mecanização reduz a mão de obra dessa etapa de união de peças a no máximo dois funcionários por banheiro. 19

34 a b Figura 14 - Exemplo de montagem de banheiro em concreto armado. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159, Junho de 2010) Impermeabilização Com a célula do banheiro montada, é feito acabamento arredondado (tipo meia-cana ) em todo perímetro. A superfície é completamente limpa para que uma camada de primer seja aplicada, como na Figura 15-b, após a secagem, aplica-se a manta asfáltica na espessura de 3 a 4 mm. Um esquema com as camadas e o acabamento meia cana estão ilustrados na Figura 15- a. a b Figura 15 - a) Esquema da aplicação da manta asfáltica; b) Aplicação de primer no rodapé e piso e aplicação da manta asfáltica. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159 Junho de 2010) 20

35 De acordo com Amadio (2010) o sistema de manta asfáltica é adotado por se tratar de um material flexível. Todo o piso é impermeabilizado, subindo nas paredes em todo perímetro a uma altura aproximada de 10 cm. Mesmo antes da colocação do revestimento são executados os testes de estanqueidade e caimento em todos os banheiros. Após a impermeabilização, é feita uma proteção mecânica para nivelamento do piso e proteção da manta asfáltica, como pode ser visto na Figura 16. Figura 16 - Esquema da impermeabilização. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159, Junho de 2010) Instalações hidráulicas As instalações de entrada de água fria e água quente são feitas com sistema de tubulações flexíveis de polietileno reticulado (PEX), que são tubulações de alma de alumínio, revestidas com polietileno reticulado flexível, e compostas por tubos condutores (tubo-guia) e conexões metálicas rosqueáveis. Sua forma de instalação possui o mesmo conceito de uma instalação elétrica: o tubo PEX é introduzido dentro de um tubo guia, desde a caixa de distribuição onde se localiza o manifold até o ponto de consumo. O manifold é um tipo de distribuidor, de latão ou cobre, que pode ter até quatro saídas, ele é a central de distribuição do sistema, podendo ser associado a outros manifolds ou ligado diretamente na prumada. A água corre por um sistema de tubos extremamente flexíveis e resistentes, ausente de conexões intermediárias, denominado sistema ponto a ponto, o que permite a inspeção, troca e 21

36 manutenção sem quebra de revestimentos e paredes. Uma instalação em PEX, de água fria ou quente, poderá ser feita também no sistema convencional, que se baseia no mesmo princípio dos projetos de tubulações rígidas de PVC, utilizando ramais, sub-ramais, conexões em T, reduções e cotovelos. No caso dos banheiros prontos, utiliza-se somente o sistema ponto a ponto devido à facilidade da manutenção, a Figura 17 ilustra o funcionamento desse modelo. Figura 17 O módulo distribuidor faz a conexão com o sistema de tubulação convencional. (Fonte: ) A adequação do sistema PEX, deve ser prevista desde a concepção do projeto, prevendo medidas que facilitem seu emprego na obra. Dessa forma, a partir do momento em que fica decidido o uso do banheiro pronto é extremamente importante adequar os projetos de hidráulica do empreendimento com esse sistema, para que não ocorram imprevistos no momento de conexão com as prumadas. Nos casos em que não foi prevista a utilização de banheiro pronto durante a etapa de planejamento da obra, existem recursos que possibilitam a utilização do mesmo, bastando uma análise prévia. 22

37 A conexão de entrada da alimentação possui registro próprio, instalado no compartimento de inspeção do shaft ou conforme definição do projeto. O fornecimento compreende a instalação unifilar com a conexão de ligação até prumada de alimentação. As instalações hidráulicas são testadas em fábrica, sendo submetidas a testes de pressão de 5 kgf/cm², prevenindo possíveis falhas nas conexões, chegando ao índice zero de manutenção na obra. a Figura 18 - Shaft visitável com utilização do sistema PEX. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159, Junho de 2010) b Instalações de esgoto Para a instalação de descarga são utilizados tubos PVC admitidos nas normas brasileiras, conforme a destinação em projeto, até o ponto de saída para as conexões e direcionada ao shaft. Existem dois tipos de saída de esgoto para vasos sanitários: vertical e horizontal. As bacias sanitárias de saída horizontal se distinguem das bacias convencionais por dirigirem horizontalmente a saída da descarga, possibilitando a instalação da tubulação de esgoto no interior da parede do banheiro, acima do nível do piso, até o tubo de queda no shaft vertical, evitando a passagem da tubulação por baixo da laje. Elas podem ser apoiadas no piso ou suspensas, como mostra a Figura

38 Figura 19 - Bacia sanitária de saída horizontal. (Fonte: ) As caixas de descarga de embutir, instaladas em posição elevada, proporcionam descargas de alta vazão perfeitamente harmonizadas com as bacias de saída horizontal, assegurando alto desempenho do conjunto. Por serem embutidas no interior das paredes, essas caixas permitem a instalação das bacias sanitárias mais próximas da parede, resultando em um ganho de espaço útil no banheiro. Da mesma forma, elas têm seu mecanismo interno protegido contra vandalismo, sendo ideais para uso em escolas, hospitais, hotéis, clínicas, centros esportivos, etc. O sistema de banheiro tem soluções para todos os tipos de vasos sanitários, incluindo a caixa de descarga embutida que substitui a caixa acoplada convencional, melhorando a estética e o desempenho do banheiro. No entanto, é recomendável que os projetos de esgoto sejam elaborados, sabendo, previamente, da utilização do banheiro pronto e compatibilizando as prumadas com o projeto do banheiro. Instalações elétricas No caso das instalações elétricas, não há diferenças entre um banheiro pronto e o convencional. O cabeamento segue a normativa em vigor, conduzido em eletrodutos 24

39 corrugados flexíveis, aplicado internamente embutido nas paredes e externamente sobre o teto e no shaft, com circuitos independentes, direcionados a uma caixa de passagem. Os banheiros prontos também podem embutir em sua estrutura as caixas elétricas de outros ambientes com que faz divisa, por exemplo o dormitório e o corredor, basta apenas ser acordado ainda na fase de projeto. O sistema de exaustão é executado conforme solicitação da obra. No caso de ar condicionado central, é prevista uma grelha no teto ou na parede. Revestimentos Depois de concluídos os serviços de instalações, é dado início aos serviços de acabamento, como assentamento dos revestimentos e rejuntes. Assim como no sistema convencional, o banheiro pronto poderá receber qualquer tipo de acabamento, possuindo liberdade total de decoração. O grande diferencial da execução do banheiro em ambiente fabril é a possibilidade de execução de kits de revestimentos: executa-se um gabarito externo em uma mesa de trabalho e um funcionário faz os recortes necessários para execução da paginação do banheiro. Com esse sistema, a perda de material é bastante reduzida, pois o material é aproveitado quase que em sua totalidade. A Figura 20-a mostra kits de revestimento sendo montados no chão para posterior posicionamento nos pisos e paredes evitando ao máximo o desperdício. Já a Figura 20-b é um bom exemplo da produção de banheiros em linha de montagem, um funcionário em cada célula, executando o mesmo serviço de revestimento. 25

40 a b Figura 20 - a) Execução de kits de revestimento de piso; b) Execução de revestimento em linha de produção. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159, Junho de 2010) Acabamento final O acabamento se dá com a instalação de todos os acessórios descritos em projeto, tais como saboneteiras, papeleiras, cabides, entre outros. Depois de executadas todas as fases do processo de produção, o banheiro recebe uma limpeza geral, regularização das paredes externas para posterior acabamento na obra e é embalado para transporte. Todos os banheiros são entregues com uma porta metálica provisória trancada por dois cadeados, como na Figura 21, buscado evitar roubos e avarias durante a obra e proteger a porta definitiva, visto que o banheiro é entregue antes de muitas etapas do processo construtivo. Caso fosse entregue com a porta definitiva, a mesma poderia sofrer danos e o retrabalho, ao invés de ser evitado se tornaria uma constante. Figura 21 - Porta provisória do banheiro (Fonte: Acervo do autor, 2015) 26

41 As Figuras 22 a e b, mostra, em detalhes, como o acabamento do banheiro pronto não difere em nada de um banheiro convencional; bancadas, louças e metais instalados na fase de acabamentos. Na Figura 22-c pode-se ter uma visão mais geral do banheiro compartimentado, pronto e limpo. O banheiro devidamente embalado e preparado para o transporte está apresentado na Figura 22-d. a b c d Figura 22 - a) e b) Louças e metais já instalados; c) Banheiro finalizado e limpo; d) Banheiro embalado pronto para ser posicionado na carreta (Fonte: Rodrigo Lopes, 2005) 27

42 2.4.Transporte O banheiro embalado com lona plástica é colocado na carreta para efetuar o transporte até a obra. A quantidade de banheiros por carreta varia pela dimensão e o peso de cada um. Uma carreta de 12 m suporta 27 T e o peso médio de um banheiro pronto é 800kg/m² quando fabricado em concreto armado e 300 kg/m² em drywall. É importante programar o arranjo dos banheiros na carreta, como o esquema da Figura 23 a e b, pois as entregas são feitas por pavimento. Dessa forma, deve-se encontrar a melhor disposição, que utilize o menor número de carretas e transporte todos os tipos necessários de banheiro para atender ao projeto do pavimento. Um exemplo de carreta de grande porte chegando carregado em uma obra pode ser observado na Figura 23-c. a b Figura 23 - a) Esquema de posicionamento dos diferentes tipos de banheiro na carreta; b) Carreta carregada. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159, Junho de 2010) 28

43 2.5.Instalação Chegando ao canteiro, os banheiros prontos poderão ser instalados com plataforma fixa ou elevador cremalheira, com o auxílio de guindastes ou grua, dependendo das condições locais, da altura da obra, do peso do banheiro e do cronograma da obra. Para a colocação do banheiro no do pavimento é necessário que haja um vão livre suficiente para a passagem da célula e do carrinho metálico que irá conduzi-lo até o local definitivo. Quando o projeto inicial não previr o banheiro pronto e a construtora adquirir o sistema com a obra em andamento é necessário avaliar se os vãos disponíveis na fachada são menores que o tamanho do banheiro. Caso não seja possível a passagem da célula é sugerido o redimensionamento da secção das vigas externas na posição de entrada do banheiro e das vigas internas pelo trajeto do banheiro no pavimento até o local definitivo. É necessário apenas um ponto na fachada por andar, podendo ser executada a vedação dos outros vãos antes do recebimento dos banheiros. A responsabilidade de locomoção dos banheiros desde a carreta até a posição final pode ser atribuída ao fornecedor, dependendo do que foi estabelecido em contrato. O banheiro pode ser locado sobre um rebaixo de 4 cm, para que fique inserido na laje de concreto e no mesmo nível que o piso do ambiente ou pode ser simplesmente apoiado sobre a laje com o auxílio de peças de neoprene para nivelar. O sistema de elevação com plataforma fixa, cuja sequência é ilustrada pela Figura 24, é utilizado quando há grua na obra ou guindaste, em obras de até 35 m de altura ou dez andares. O transporte vertical se dá pelo içamento da caixa com o banheiro, pela grua, da carreta até a plataforma fixada na face externa da estrutura da obra, na altura do pavimento, como pode ser visto na sequência de figuras a seguir. O transporte horizontal do banheiro pronto até o local de sua instalação definitiva é feito através de carrinhos especialmente projetados para esse fim, semelhante aos que transportam paletes. 29

44 Figura 24 - Sequência da instalação do banheiro pronto pelo sistema de plataforma fixa com auxílio da grua. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159, Junho de 2010) O sistema de elevação por cremalheira, exemplificado pela Figura 25, é recomendável para grandes alturas, pois o auxílio das treliças possibilita a instalação dos banheiros em alturas superiores a 100 m. Como é necessária uma fundação específica para receber a carga do equipamento de aproximadamente 20 T, é necessário que utilização desse sistema seja prevista em projeto. O elevador cremalheira, assim como a plataforma fixa, também é travado na estrutura do edifício e pode ser fornecido pela empresa de banheiros. Nesse método, a caixa com banheiro é posicionada no elevador e sobe até o pavimento desejado, posteriormente é empurrada sobre trilhos para sair do elevador e guiada até o local definitivo sobre os carrinhos porta-palete. 30

45 Figura 25 - Sistema de instalação de banheiro pronto por elevador cremalheira. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159, Junho de 2010) Nos casos específicos em que o edifício é executado em alvenaria estrutural utiliza-se o sistema de instalação com guindaste, como o da Figura 26. Nesse caso, não é possível executar a instalação dos banheiros posteriormente à execução de todas as lajes, sendo necessário que a acomodação das unidades acompanhe o cronograma da obra. Figura 26 - Célula de banheiro sendo posicionada com guindaste. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159, Junho de 2010) Depois de instalado e nivelado no local definitivo, são feitas as ligações com as prumadas de água, esgoto e energia do edifício Check-lists e o controle de qualidade Cada módulo de banheiro pronto possui uma ficha de controle de processos, onde cada profissional que trabalhou no banheiro anota a data de início e término do serviço. O controle 31

46 da qualidade é baseado em conferencias de quantitativos, testes de estanqueidade, continuidade (iluminação e tomada), pressão hidráulica, vazão do escomaneto do ralo e caimento no piso do box. As fichas de controle do processo industrial são, posteriormente enviadas para a obra e um exemplo está apresentado no Anexo 1. Além dos banheiros serem testados em todas as etapas do processo produtivo, na inústria, quando chegam a obra passam por check lists, onde são conferidos a adequação de todos os acessórios empregados com previsto em projeto, caimento dos ralos, presença de passadores nos eleltrodutos e principalmente se nenhum item foi danificado com o transporte. 32

47 3. Análise de viabilidade técnica e econômica da tecnologia banheiro pronto O empreendimento que será exposto nesse exemplo é um hotel da rede Ibis Budget, de padrão econômico, localizado na Praia de Botafogo, Rio de Janeiro. O hotel, de 14 andares, contará com 261 quartos e faz parte de um plano criado pela prefeitura da cidade, intitulado Pacote Olímpico que visa atender a demanda por hospedagem no evento esportivo de Desses 261 quartos, 246 devem receber banheiros pré-fabricados fornecidos pela empresa Tecnobagno, cuja fábrica está localizada na cidade de Salto em São Paulo e tem 17 anos de experiência nesse mercado. Os outros 15 banheiros são voltados para os portadores de necessidades especiais e serão construídos in loco. Nas figuras seguintes pode-se observar o avanço da estrutura do prédio do Ibis Budget Praia de Botafogo, em dezembro de 2014 (Figura 27-a) e a fachada da fábrica da empresa Banheiro Pronto durante visita em junho do mesmo ano (Figura 27-b). a Figura 27 - a) Estrutura do Hotel em Dezembro de 2014; b) Fábrica fornecedora dos banheiros da obra em Junho de (Fonte: Acervo do Autor). b 33

48 3.1. O novo conceito de banheiro De acordo com a gerenciadora responsável pela obra, não foi feito nenhum estudo comparativo para auxiliar na decisão entre banheiros prontos e fabricados no local. A escolha do sistema pré-fabricado foi pautada em experiências anteriores, de construção de hotéis da mesma rede. O projeto demanda uma rígida padronização dos quartos, para que o usuário seja capaz de reconhecer o padrão da rede em qualquer lugar do mundo, dessa forma, a produção industrial leva vantagem quando comparada a convencional. Além disso, o curto prazo disponível para conclusão da obra levou a gerenciadora a optar pelos banheiros prontos. O cliente forneceu ao fabricante um caderno de especificações contendo todas as possibilidades de acabamentos para a fabricação do banheiro. Depois de analisar os materiais disponíveis, o fabricante produz um protótipo e submete a aprovação dos envolvidos. Com revestimentos, acabamentos e acessórios decididos, a Banheiro Pronto elabora uma planilha com os preços de cada item, para que o valor de material por banheiro seja acordado com o cliente antes de dar início ao processo de compras. A Figura 28 apresenta o protótipo do hotel. Figura 28 - Protótipo do banheiro pronto do Ibis Budget Praia de Botafogo na fábrica da Banheiro Pronto. (Fonte: Acervo do autor Junho de 2014) 34

49 A facilidade de espaço para estocagem no ambiente fabril e a possibilidade de usar os mesmos materiais em diferentes obras faz com que a fabricante consiga bons preços e alguns itens acabam saindo mais baratos que o esperado. Por outro lado, algumas exigências muito específicas do cliente podem dificultar a execução de concorrências e comparações de preço elevando o valor individual de determinados itens. No geral, o preço base é mantido. No caso da obra do Ibis Budget Praia de Botafogo, não houve alteração significativa do orçamento inicial, no entanto itens como os dispositivos anti-furto, que são portas provisórias, equipadas com cadeados, usadas para prevenir furtos e danos ao banheiro durante a construção, foram adicionados como aditivos pois a fabricante não lembrou de inclui-los na primeira fase. A construtora acompanha a compra de todos os materiais, pois recebe os pedidos conforme os itens vão sendo necessários na fábrica. A obra recebe as notas fiscais mas os produtos são entregues diretamente na Banheiro Pronto, que iniciou a produção de banheiros enquanto o prédio ainda estava na fase de fundação. É extremamente importante alinhar os cronogramas da obra com os da fabricação dos banheiros, visto que alguns serviços são obrigatórios antes da chegada das células, como por exemplo o gesso do teto e outros dependem do posicionamento dos banheiros para serem iniciados. Como o principal objetivo do sistema é reduzir o tempo de construção, problemas com o cronograma e recebimento de banheiros podem prejudicar significantemente o empreendimento Concepção inicial: limitações e possibilidades do projeto O projeto do Ibis Budget Praia de Botafogo trata-se de um banheiro pronto do tipo compartimentado, com chuveiro e bacia sanitárias em espaços confinados bem definidos e o lavatório fazendo parte do quarto, conforme padrão da rede. 35

50 Apesar de não ser uma célula gêmea, dois banheiros se unem em formato de U e compartilham o mesmo shaft. Logo, existem dois tipos de banheiro na obra, exatamente iguais em dimensões, mas espelhados em suas posições. Portanto, foram desenvolvidos dois projetos diferentes, um para o banheiro do tipo direito e outro para o tipo esquerdo, sendo o lavatório o guia nessa nomeação. Os projetos de arquitetura, instalações hidráulicas e elétricas e de paginação de piso estão apresentados nos Anexos II, III, IV e V respectivamente. Na Figura 29, a seguir pode-se visualizar como é feito o compartilhamento do shaft entre os banheiros do tipo direito e esquerdo e também o seu layout compartimentado, com chuveiro e bacia sanitária em compartimentos diferentes e confinados e o lavatório fazendo parte do quarto. Figura 29 - Pedaço da planta de arquitetura do pavimento tipo para exemplificar esquema compartimentado do banheiro e o compartilhamento dos shafts. (Fonte: Projetos de instalação do empreendimento, 2014) 36

51 Em projeto foi previsto o uso de bacia sanitária com saída horizontal e caixa acoplada, exaustores nos compartimentos confinados e isolamento acústico, feito com lã de vidro entre as folhas de drywall, em todo perímetro da célula, inclusive nos complementos de pé direito, para que a rapidez e facilidade construtiva sejam consideradas sem que o usuário seja prejudicado com deficiência na qualidade do produto final. Ao analisar a planta do pavimento tipo pode-se perceber que é extremamente importante que o fabricante siga fielmente as dimensões definidas em projeto, caso a célula fique maior do que o previsto, pode-se impossibilitar a colocação das portas dos quartos ou reduzir o espaço do corredor ou dos dormitórios. Como a Banheiro Pronto já forneceu banheiros pré-fabricados para diversos hotéis da mesma rede no Brasil, está familiarizada com o formato e acabamentos, facilitando o atendimento de todas as exigências do projeto. Não foram identificados problemas nesse aspecto. Outro item que precisa receber atenção na fase de projeto é o shaft. O projetista responsável deve ter em mente que além das prumadas dos banheiros prontos, pelo shaft também passará dutos verticais de ar condicionado e incêndio. Os shafts do Ibis Budget Praia de Botafogo são pequenos exigindo atenção redobrada na instalação, além de bom entrosamento entre as diferentes equipes envolvidas no trabalho. A seguir, pode-se observar, na Figura 30, o exemplo de um shaft do pavimento tipo, estudado e esquematizado para que o espaço seja aproveitado da melhor maneira possível, com todas as instalações passando sem dificuldades e interferências. Com esse tipo de orientação as diferentes equipes envolvidas no serviço podem trabalhar sem ter dúvidas se a tubulação está passando no local correto e evitando o retrabalho. 37

52 Figura 30 Exemplo de estudo do shaft do pavimento tipo. (Fonte: Projetos de instalação do empreendimento, 2014) Na Figura 31, a seguir, vê-se um shaft, da perspectiva do corredor, preparado e pintado de preto, recebendo as instalações dos banheiros pelas laterais direita e esquerda e na frente os dutos verticais de ar condicionado. Figura 31 - Shafts preparados, pintados e recebendo as instalações. (Fonte: Acervo do autor Janeiro de 2015) 38

53 3.3.Fabricação Sistema construtivo O projeto do hotel, de forma geral, visa a transformação do canteiro de obras em canteiro de montagem. Sendo assim, optou-se pelo o sistema de lajes protendidas, eliminando vigas; pelo sistema otimizado de fôrmas, reduzindo o processo artesanal de carpintaria; pelos banheiros pré-fabricados e por vedações em drywall. Para acompanhar o sistema de divisórias em gesso acartonado, com revestimento acústico, usado entre os quartos e nas circulações, o banheiro pronto foi fabricado com o mesmo material. A Figura 32 mostra o banheiro logo após o seu recebimento na obra, com o exterior todo em drywall e a lã de vidro na lateral, onde ocorrerá o encontro com o banheiro vizinho. Lã de vidro Folhas de drywall Shaft protegido Figura 32 Banheiro pronto em drywall. (Fonte: Acervo do autor Novembro de 2014) A célula do banheiro é recebida, na obra, com apenas uma das folhas de drywall, para que as instalações elétricas passem por dentro da parede. No canteiro, é posicionada a lã de vidro, os reforços necessários para aparafusar elementos de marcenaria e a segunda folha de gesso acartonado. Nos quartos triplos, por exemplo, um beliche depende dos reforços das paredes 39

54 dos banheiros para ser instalada, logo é essencial que o projeto de decoração seja estudado detalhadamente, prevendo todas as fixações necessárias e eliminando retrabalho. Montagem do banheiro Os banheiros foram montados sobre plataformas de trabalho, na fábrica, seguindo os procedimentos de nivelamento, esquadro e prumo. A utilização do drywall agrega rapidez ao processo pela leveza e facilidade de manejo das peças; O protótipo do banheiro foi aprovado em visita à fábrica em junho de 2014, quando a obra ainda estava na fase de fundação. As primeiras unidades foram recebidas em outubro de Em quatro meses cerca de 100 banheiros foram produzidos e as entregas continuam acompanhando o cronograma; assim que retiradas as escoras de um pavimento, o mesmo recebe gesso projetado no teto e está livre para a chegada e posicionamento dos banheiros préfabricados. As datas programadas para entrega de banheiros vêm sendo cumpridas e a função, atribuída ao sistema dos banheiros prontos, de reduzir consideravelmente o tempo de obra mostra-se real. O cronograma a seguir, apresentado na Figura 33, foi desenvolvido pela empresa Banheiro Pronto e tem como objetivo ilustrar como a utilização de banheiros pré-fabricados pode reduzir o tempo de obra, se comparado ao método convencional de construção de banheiros. Em verde está o cronograma mensal, de uma obra hipotética, de um hotel com 120 apartamentos feitos com banheiros convencionais, nesse sistema as atividades de instalação e acabamentos só podem ser iniciadas após quatro meses do início da estrutura e duram até o final da obra, totalizando 12 meses para a conclusão do empreendimento. Em azul, pode-se observar que usando o sistema de banheiros prontos, a construção do banheiro e a execução da estrutura 40

55 tornam-se atividades concomitantes; como a célula do banheiro é produzida na fábrica, não é necessário esperar até o quarto mês de construção para iniciar a fabricação, além disso, o sistema de produção em linha de montagem reduz o tempo de construção dos banheiros. Quando as unidades chegam a obra já estão revestidas e acabadas, sendo necessário, apenas, ligar as instalações hidráulicas na prumada e conectar as instalações elétricas, reduzindo o tempo total de obra de 12 para 7 meses. Apesar do cronograma apresentado ser somente um exemplo, as vantagens relacionadas a redução do tempo de obra são claramente sentidas no caso do Ibis Budget Praia de Botafogo, principalmente no que diz respeito a total despreocupação com compra, armazenamento e conferência de materiais, mobilização de mão de obra específica e a eliminação do retrabalho, tão presente na execução de banheiros convencionais. Figura 33 - Cronograma simplificado da obra de um hotel fictício com 120 apartamentos. (Fonte: Revista Téchne Ed. 159, Junho de 2010) Impermeabilização A impermeabilização dos banheiros prontos do Ibis Budget Praia de Botafogo seguiu o procedimento padrão descrito no item

c o m o c o n s t r u i r

c o m o c o n s t r u i r c o m o c o n s t r u i r Leandro Amadio engenheiro civil, diretor técnico Tecnobagno Construção de Banheiros e-mail: banheiropronto@uol.com.br Instalação de banheiros prontos conceito atual de construção

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