ECONOMIA DO MEIO AMBIENTE E A INDÚSTRIA BRASILEIRA: análise das inter-relações entre as políticas ambientais e a política industrial.

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1 ECONOMIA DO MEIO AMBIENTE E A INDÚSTRIA BRASILEIRA: análise das inter-relações entre as políticas ambientais e a política industrial. MAIONE ROCHA BEZERRA ELIANE PINHEIRO DE SOUSA RESUMO Este paper analisa as relações entre as políticas ambiental e industrial relativamente à consecução do desenvolvimento sustentável. Averigua-se a hipótese de que o meio ambiente não é uma restrição ou um problema ao desenvolvimento. Para isso utilizou-se pesquisa indireta e bibliográfica para formular uma base teórica a três níveis: Teoria Neoclássica Ambiental, Teoria do Desenvolvimento e a Economia Industrial. Com base nessas teorias fezse uma análise da política de gestão do meio ambiente para as empresas do setor industrial no Nordeste em comparação com as demais regiões brasileiras buscando diagnosticar os pontos divergentes e os pontos convergentes entre as referidas políticas. Ao final, conclui-se que a promoção do desenvolvimento sustentável é viável a partir da conciliação entre gestão ambiental e política industrial de forma planejada, havendo evidências que apoiaram a hipótese de trabalho. PALAVRAS CHAVES: Meio ambiente, Política Industrial e Desenvolvimento Sustentável. 1 INTRODUÇÃO A política de meio ambiente passou a ser discutida no atual contexto econômico, no momento em que se vivencia a crescente necessidade da promoção de um desenvolvimento sustentável considerando as implicações econômicas e sociais de viabilizá-lo. Este paper analisa a relação entre a gestão ambiental e a política industrial, buscando evidências em torno da hipótese de que o meio ambiente não é uma restrição ou um problema ao desenvolvimento, mas, que a preservação ambiental planejada e ajustada à realidade econômica e social, é uma solução e uma fonte de desenvolvimento. Para tanto, busca-se delinear quais instrumentos poderiam se adequar ao planejamento governamental e que, em conjunto com outras iniciativas de sociedade civil e da área empresarial, poderiam reverter tendências ambientais restritivas à melhoria do bem-estar da população brasileira harmonizando-as num contexto de desenvolvimento sustentável. Para tanto, se utiliza um mix de teorias para embasar este trabalho. São elas: a teoria da Economia Ambiental Neoclássica, que segundo Galbraith (1988, p.288) encara o prejuízo ao ambiente como um defeito do sistema de mercado, assim (...) com a internacionalização das deseconomias externas (...) o defeito do mercado seria eliminado, e o problema estaria assim resolvido. No que se refere à Economia Industrial, esta é respaldada pelo arcabouço teórico neoclássico que justifica a intervenção do Estado como promotor e/ou regulador de distorções na economia, por exemplo, via política industrial, principalmente no sentido de desenvolver a competitividade sistêmica na economia. E a teoria sobre Desenvolvimento que é apresentada em suas várias concepções ao longo do tempo. As discussões sobre a inserção ambiental na análise econômica datam do inicio dos anos 70, a partir de encontros como o Clube de Roma, Conferência de Estocolmo - dada a preocupação com o crescimento da poluição nos grandes centros do denominado Primeiro Mundo e crises como a do choque de oferta do Petróleo (OPEP). Surgem então as primeiras

2 publicações de modelos neoclássicos de equilíbrio geral, considerando explicitamente as inter-relações entre a economia e o meio ambiente. A discussões buscam analisar a viabilidade da continuação, por muito tempo, de crescimento intensivo em energia e recursos naturais e, de seus resultados sobre o meio ambiente. Esses eventos acirraram o debate sobre as inter-relações entre o sistema econômico e o ecossistema. Conduzindo à formação de estruturas institucionais, tanto nas Nações Unidas e em outras organizações internacionais, como em diversos países, aspecto central para o desenvolvimento da economia de meio ambiente. Dessa opção, que deve ser consistente com a política nacional de desenvolvimento sustentável, decorre o objetivo de interagir a política industrial voltada para o desenvolvimento com uma política ambiental que busque a preservação e racionalidade do uso dos recursos naturais. Assim, pretende-se através desse estudo desenvolver uma análise crítica das bases de uma política industrial sustentável diante das restrições e possibilidades de uma gestão ambiental. Um dos resultados mais importantes produzidos na Rio 92 é a chamada Agenda 21, onde estão delimitadas as bases científicas e políticas para cada país e o planeta trilharem o caminho do desenvolvimento sustentável. Desse modo, estabelecem-se os mandamentos desta nova concepção de harmonia entre crescimento e natureza. Pode-se definir sustentabilidade, como sendo a inserção do problema ambiental nos modelos de crescimento econômico. A questão ambiental deixa de ser tratada como uma restrição, e passa a ser interpretada como um ponto importante, avaliado e estrategicamente tratado, com um novo referencial de valores associados, em especial, a um mais harmonioso relacionamento do homem com a natureza e com seus semelhantes. Porém, a questão pode ser avaliada sob dois ângulos, um que prioriza a questão industrial e outro que destaca a questão ambiental em detrimento da primeira. Nesta perspectiva, é visível a necessidade de compatibilizar a política industrial com as demais políticas macroeconômicas, ou seja, políticas articuladas (em termos macroeconômicos) e, não obstante deve complementarmente a política industrial estar articulada a políticas de competição (como política de defesa da concorrência) e políticas regulatórias (como direitos de propriedade autorais, mercado de trabalho, transferência tecnológica e proteção do meio ambiente). Verifica-se, portanto, a necessidade de planejamento para a promoção do desenvolvimento industrial sustentável. Do outro lado, numa outra perspectiva, observa-se a importância de uma estratégia na dimensão geoambiental. Há uma crescente preocupação com a utilização racional e a preservação dos recursos naturais, aliadas à proteção do meio ambiente. Preocupa a questão da preservação do espaço físico (o meio ambiente), e não só isso, mas principalmente, faz-se necessário buscar fontes alternativas de energias e matérias-primas, visando obter delas o aproveitamento máximo. Por ser um tanto recente a institucionalização de ações governamentais sobre o meio ambiente - regulatórias ou penalizadoras - no Brasil, estas ainda são tímidas e/ou muito controversas, até mesmo por causa da dificuldade de avaliação e mensuração dos problemas referentes à degradação ambiental, por isso, estudar e definir as possibilidades das políticas ambiental e industrial atuarem juntas é objeto de estudo deste trabalho. 2 METODOLOGIA E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Dado o confronto das políticas de desenvolvimento, como a política industrial e a de meio ambiente, surgem dilemas os quais constituem objeto de estudo desse trabalho. Neste capítulo encontram-se os objetivos e justificativa levantada para o estudo e a análise desse trabalho, bem como o método e a fundamentação teórica.

3 2.1 Objetivos, método e justificativa O objetivo principal deste trabalho é o de responder em que medida a política industrial é compatível ou não com a política de meio ambiente. Pretende-se analisar os pontos que se contrapõem e aqueles comuns às duas políticas, no contexto de um planejamento econômico que vise o desenvolvimento sustentável, a partir de suas metas e instrumentos de política para o alcance do objetivo maior da promoção de um desenvolvimento sustentável. O estudo em questão tem importante aplicação no que se refere à parte de avaliação de projetos direcionados à promoção do desenvolvimento sustentável considerando as questões regionais e seus diferentes níveis de desenvolvimento bem como as suas diferentes potencialidades e disponibilidade de recursos naturais. Assim, busca-se responder quais os objetivos e metas que a política industrial no Brasil é capaz de alcançar considerando as restrições impostas pelas questões ambientais. Ou ainda, como o planejamento sustentável da indústria pode ocorrer observando a política de meio ambiente. Utiliza-se como método, uma resenha das evidências empíricas teóricas fundamentada na investigação bibliográfica da literatura disponível, ao lado de um levantamento de dados disponibilizados por instituições e órgãos governamentais, que têm o intuito de subsidiar os formuladores de políticas e de decisão nos organismos públicos, além de instituições de apoio técnico e científico que também fornecem informações sobre o tema, tais como: BNDES, CNI, SEBRAE etc. 2.2 Fundamentação teórica A relação entre desenvolvimento econômico e o meio ambiente guarda características cada vez mais próximas, que ora mostram-se antagônicas e restritivas, ora são convergentes e estão interligadas. E a importância do entendimento dessa relação e da caracterização, como forma de responder aos desafios por ela impostos, induz à investigação das políticas diretamente interligadas a esses fenômenos. Segundo Cavalcanti (1999, p.63): Esse não é um fenômeno cujas implicações se devam menosprezar. Não é por outro motivo que se fala hoje, insistentemente, em desenvolvimento sustentável e se procuram referências para entender os desafios da sustentabilidade e construir-se uma ciência da economia comprometida com os alicerces em que se processa a produção de bens e serviços. Para entender os desafios da sustentabilidade do desenvolvimento a partir da relação entre as políticas aqui avaliadas: ambiental e industrial. Neste trabalho adota-se um conjunto de teorias que envolvem e respaldam a interpretação dessa relação. Com este fim, a presente seção está organizada em três subseções que se seguem. 2.2.a Desenvolvimento Econômico Desenvolvimento econômico apresentou várias concepções no decorrer dos anos no âmbito da teoria econômica. Essas concepções estão claramente dividas ao longo do tempo. Inicialmente a definição de desenvolvimento econômico confundia-se com a de crescimento econômico, onde este era dado como realizado através da acumulação de capital, ou seja, quando a economia crescia em termos de produto, ou aumento da produtividade, observandose os resultados apenas através das variáveis quantitativas da economia. Sobre isso Furtado (1980, p.10) afirma: Ora, na civilização industrial a capacidade inventiva do homem foi progressivamente canalizada para a criação tecnológica, o que explica a formidável força expansiva que a caracteriza. A esse quadro histórico deve-se atribuir o fato de que a visão do desenvolvimento em nossa época se haja circunscrito à lógica dos meios, a qual, do ponto de vista estático, conduz à idéia de eficiência e, do dinâmico, à de

4 inovação técnica causadora do incremento dessa eficiência. A teoria do desenvolvimento tendeu a confundir-se, em conseqüência, com a explicação do comportamento do sistema produtivo que emergiu com a civilização industrial. Os valores são implicitamente considerados como transcendentes à sociedade ou simples epifenômenos. Neste período, onde desenvolvimento econômico e crescimento econômico eram sinônimos, aliado a corrente de pensamento econômico liberal da escola austríaca, onde a intervenção do governo deveria ser mínima, uma vez que a intervenção do Estado era considerada como prejudicial ao perfeito ajustamento do mercado, e suas ações deveriam ser preferencialmente garantir a soberania da nação, os direitos de propriedade e ofertar serviços essenciais 1, as leis de mercado e o aumento da produção estavam acima dos interesses com o social ou da promoção de uma melhor qualidade de vida. Num segundo período, precisamente após os anos 30, depois da Grande Depressão, com a ascensão da teoria keynesiana, voltada ao curto prazo, a ação governamental na economia foi enfatizada como alavanca para o crescimento econômico, como veiculo dinamizador e promotor do desenvolvimento econômico. São exemplos dessa intervenção: a política industrial, que passou a circular entre as opções à disposição dos governantes como meio de intervir na economia, a implementação de projetos de fomento ao emprego e ao desenvolvimento regional etc. E, nesta forma de intervir, viabilizar-se-ia o crescimento econômico concomitantemente a um desenvolvimento econômico. Ou seja, ao passo que a economia desenvolve-se em técnica, ciência e em políticas de mercado deveria-se buscar também melhorar os índices sociais (em termos de saúde, sanitária, segurança etc) e culturais (educação, artes, esportes etc.). A análise econômica não considerava os aspectos e implicações para a economia das inter-relações entre economia e o meio ambiente. Observa-se que a concepção primeira sobre a mecânica da economia, ou seja, o fluxo circular, descreve o processo econômico por intermédio de fluxos ligando empresas e famílias, em um ciclo fechado de circulação contínua. As empresas e as famílias produzem e consomem bens e serviços, e estes, assim como as moedas, circulam sem que se registrem trocas com o meio ambiente. A natureza não apresenta, pois, limitações ao funcionamento do sistema econômico. Tinha-se a hipótese da dádiva gratuita da natureza e da livre disposição de resíduos e rejeitos sem impactos sobre o ambiente. E este pensamento sobre o estado de coisas permaneceu até fins da década de 60 a início da década de 70, a partir de quando começaram a surgir correntes de pensamento da economia ambiental, que se desenvolveram e fortaleceram associações de economistas ambientais. Este período marca o inicio de uma nova concepção sobre desenvolvimento, ou seja, a busca pela sustentabilidade. A exemplo desse movimento pode-se citar: Transcorridas quase duas décadas desde a Conferência de Estocolmo [1972], modificou-se consideravelmente a percepção do mundo em relação aos problemas ambientais, conforme atesta a criação pela Assembléia Geral das Nações Unidas (...) da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Presidida pela primeira-ministra da Noruega, Gro Brundtland, esta comissão publicou, em 1987, o relatório Nosso futuro comum, que retrata muito bem a mudança de perspectivas. COMISSÃO INTERMINISTERIAL (1991, p.18). Ainda complementando a citação acima a cerca das declarações sobre o meio ambiente de Brundtland tem-se: 1 Tais como saúde, educação, infra-estrutura básica, como habitação, saneamento, energia elétrica, transportes, telecomunicações etc.

5 A partir da falência do conceito de que os recursos ambientais seriam infinitos, eles passaram a ser objeto de gestão (administração), ferramenta através da qual os seres humanos poderão obter o Desenvolvimento Sustentado. O principal objetivo do desenvolvimento é satisfazer as necessidades e as aspirações humanas. Segundo o relatório Nosso futuro comum, perseguindo estes objetivos, no passado, nos preocupamos apenas com os impactos do crescimento econômico sobre o meio ambiente. Agora temos que nos preocupar com os impactos do desgaste ecológico sobre nossas perspectivas econômicas.( BELLIA, 1996, p.64-5). Compreende-se, então, que a percepção de desenvolvimento econômico se refere à promoção e melhoria da qualidade de vida da população de uma nação como um todo, incluindo ainda as gerações futuras. Assim, na ausência de um aumento da acumulação de capital, dar-se-ia um aumento do padrão de vida da população dessa nação, aumentando a oferta e qualidade dos serviços de saúde, da infra-estrutura básica, da cultura, da educação, do meio ambiente e em outros aspectos da economia. Não seria exclusivamente o crescimento do produto nacional ou uma simples acumulação de capital, sem a proliferação desses resultados aos demais segmentos da economia. O crescimento econômico se traduz também por uma acumulação de recursos humanos com alta qualificação, desenvolvimento tecnológico, maior eficiência na alocação dos recursos naturais e uso do meio ambiente, ou seja, a auto-sustentabilidade do desenvolvimento sócio-econômico. Ratificando o texto acima, Barbier (1987) apud (BELLIA, 1996, p.50-1) apresenta um conceito sobre a concepção de desenvolvimento sustentado. (...) o conceito de desenvolvimento econômico sustentável aplicável ao Terceiro Mundo (...) se refere diretamente ao incremento do padrão de vida material dos pobres que estão ao nível do chão, onde pode ser medido quantitativamente em termos do incremento da oferta de alimentos, rendas reais, serviços educacionais, cuidados com a saúde, saneamento e abastecimento d água, estoques de emergência de alimentos e de recursos financeiros, etc., e também indiretamente no que concerne ao crescimento econômico do produto agregado, geralmente nacional. Em temos genéricos, o objetivo primário é reduzir a pobreza absoluta dos pobres do mundo, provendo duradouras e seguros bens vitais para que se minimize o depauperamento dos recursos, a degradação ambiental, as rupturas culturais e a instabilidade social. (BELLIA, 1996, p.50-1). A partir dessa idéia pôde-se inferir que o uso de políticas ambientais tem sua importância na medida em que são os instrumentos a serem utilizados pelo Governo na na busca da sustentabilidade do desenvolvimento. A incorporação e relevância das questões ambientais também estão presentes como fatores determinantes de competitividade, principalmente externa, devido a crescente preocupação com o meio ambiente nas questões econômicas, dado a conscientização da escassez dos recursos naturais e o grau de degradação ao meio físico como resultado das atividades humanas no uso indiscriminada desses recursos e de sua poluição. Podendo esta ser usada até como marketing, na chamada consciência verde, já explorada por algumas empresas. Nas palavras de FURTADO (1980, p.7): Muitas das manifestações mais significativas do que chamamos progresso técnico maior eficiência no uso de recursos não renováveis, efeitos de escala, economias externas, certas modificações na posição competitiva exterior, modificações no comportamento da demanda resultantes da introdução de novos produtos etc. somente podem ser captadas plenamente mediante uma visão global do sistema social, inclusive a percepção das relações deste com o meio físico que controla e com o exterior. Feito este breve histórico acerca das definições sobre desenvolvimento e sua evolução ao longo do tempo, o conceito atual e mais abrangente de desenvolvimento sustentável é aquele que resulta da adoção de estratégias factíveis da interseção entre três grupos de discussão distintos, citados por MUELLER (1998, p.70):

6 Primeiro grupo, onde inclui as alternativas para assegurar a expansão do bem-estar da geração presente que habita nos países industrializados; segundo grupo é composto por alternativas que visam a elevação do bem-estar da geração atual dos que habitam os países em desenvolvimento; e, terceiro grupo engloba as alternativas para a manutenção ou ampliação do bem-estar das gerações futuras. Porém, como ele mesmo continua, não há unanimidade de opinião a esse respeito. O desenvolvimento só é sustentável se resultar de alternativa da área de interseção de todos os três grupos. Só assim haverá pelo menos a manutenção do bem-estar da atual geração dos países industrializados, acompanhada de aumentos de bem-estar dos atuais habitantes dos países em desenvolvimento, tudo isso sem o sacrifício das gerações futuras. (...) Entretanto, alguns rejeitam essa suposição. (...) afirmando que não existiria a área de interseção dos três conjuntos; este também é o ponto de vista de Georgescu-Roegen (1993). Depois, mesmo admitida a interseção, a realidade é dinâmica e as posições dos três conjuntos sofrem mudanças com o tempo. MUELLER (1998, p.70) Como se pode inferir, promover o desenvolvimento sustentável não é algo simples de ser alcançado, e nem tão distante, mas que exige um bom planejamento e excelência em sua execução. A partir do delineamento desses grupos, baseados nas metas e diretrizes para o desenvolvimento sustentável, surgiram hipóteses e teses que conduziram à formação de correntes de pensamento mais estruturadas e cientificamente mais rigorosas, as principais são: a da economia ambiental neoclássica, associada às alternativas do primeiro grupo; e a da economia da sobrevivência 2, que privilegia o longo prazo, e assim, as alternativas do terceiro grupo. Mas, dadas as limitações, este paper enuncia com detalhes apenas a primeira teoria. 2.2.b Teoria do meio ambiente neoclássica Esta teoria descreve que os danos causados a natureza e os problemas de mensuração dos custos dos recursos naturais podem ser resolvidos através da aplicação de preços (taxas) ao uso desses recursos como forma de correção através do mercado. Essa escola enfatiza a posição da atual geração dos habitantes do Primeiro Mundo. A economia ambiental neoclássica assenta-se basicamente nos pressupostos teóricos da teoria do balanço de materiais e da energia, que teve como pioneiros na sua conceituação Ayres & Kneese (1969), citando-os MUELLER (1998) comenta que: Os insumos para o sistema [econômico] são os combustíveis, os alimentos e as matérias que, em parte, são convertidos em bens finais e, em parte, tornam-se resíduos e rejeitos. Exceto no caso de aumentos nos estoques, os bens finais também acabam ingressando na corrente de rejeitos. Assim, em essência, os bens que são consumidos apenas fornecem certos serviços. Sua substância material continua existindo e, ou os mesmo são reaproveitados, ou são descartados no meio-ambiente. Em uma economia fechada (sem exportações e importações) na qual não haja acumulação líquida de estoques (construções e equipamentos, estoques de empresas, bens de consumo durável, ou construção de residências), a quantidade de resíduos inserida no meio ambiente natural é aproximadamente igual ao peso dos combustíveis primários, dos alimentos, das matérias-primas que ingressam no sistema produtivo, adicionado ao do oxigênio tomado da atmosfera. A interpretação desses autores é a de que a matéria e a energia usados pelo sistema econômico não surgem do nada, nem tão pouco desaparecem simplesmente através do uso destes, seja no processo produtivo ou consumindo. São retirados do meio ambiente e ao final 2 A visão analítica dessa corrente se baseia na constatação de que alguns dos materiais fundamentais à manutenção da vida, retirados pelo sistema econômico do ecossistema, existem em quantidades limitadas e vêm decrescendo com o uso; além disse, essa quantidade é fixa, bem como é relativamente reduzida a capacidade do ecossistema de assimilar os resíduos/dejetos dos processos de produção e consumo. Os teóricos dessa corrente enfatizam que o atual padrão de desenvolvimento não seria sustentável, ameaçando a sobrevivência da humanidade em um futuro mais recente.

7 acabam sendo devolvidos a ele nas mesmas quantidades iniciais, apenas transformados qualitativamente. Essa teoria do balanço de materiais conduziu aos que aceitam a economia ambiental neoclássica a substituir a visão do fluxo circular dos processos de produção e consumo por uma representação linear. Pois, esse princípio do balanço de materiais permite um tratamento simultâneo dos problemas ambientais decorrentes da extração de recursos naturais do meio ambiente, bem como da deposição neste de resíduos e rejeitos. A economia ambiental neoclássica trata separadamente esses dois aspectos. A partir desse principio surgiram dois ramos teóricos: o da teoria da poluição, e o da teoria dos recursos naturais. Seguem: TEORIA DA POLUIÇÃO - Essa teoria emprega modelos de equilíbrio geral estático de economia competitiva, juntamente com a teoria do bem-estar e com a teoria das externalidades de Pigou (1932). As externalidades, antes tratadas como exceções, assumem papel central, e a principal mensagem da teoria é que, com uma correta definição de direitos de propriedade e com instrumentos de internalização dos custos sociais da poluição, a sociedade será levada a um nível ótimo de poluição, definido com base nas preferências dos indivíduos que a compõem, na dotação de recursos e nas alternativas tecnológicas e sua disposição. TEORIA DOS RECURSOS NATURAIS - A teoria ambiental apresenta uma série de desenvolvimentos referentes à extração pelo sistema econômico de recursos naturais do meio ambiente. Essas teorias, em sua maioria, estão assentadas na análise de Hotteling apud (MUELLER 1998), que estão voltadas à determinação de regras para o uso ótimo dos recursos naturais, sejam eles renováveis ou não, e avaliações das limitações e disponibilidade que esses recursos podem exercer para a continuidade do crescimento econômico. Mas, para poder confrontar os complexos problemas associados à inter-relação entre o sistema econômico e o meio ambiente apenas com medidas que têm por base mecanismos de mercado, a economia ambiental neoclássica foi levada a efetuar consideráveis simplificações. Destaca-se, entretanto, a capacidade dessa corrente de conceber instrumentos operacionais para o tratamento de problemas concretos. Assim, tendo por base o prisma da sustentabilidade, contatou-se que a economia ambiental neoclássica privilegia a geração presente das economias de mercado do Primeiro Mundo e das que seguem seus passos. Isso transparece não apenas na forma como as suas teorias vêm sendo aplicadas, mas no próprio arcabouço dessa corrente. Para poder confrontar os complexos problemas associados à inter-relação entre o sistema econômico e o meio ambiente apenas com medidas que têm por base mecanismos de mercado? Para isto a economia ambiental neoclássica foi levada a efetuar consideráveis simplificações. Estas, juntamente com a natureza das questões que a teoria tende avaliar, conformaram marcado viés primeiro-mundista e voltado para o presente, ou para um futuro não muito distante. Pode-se discordar da validade ou da oportunidade das suas recomendações de política e das conclusões de suas análises de custo-benefício, mas há que se reconhecer que essa escola tem sido prolífica em desenvolver aplicações. Esta visão permite precisar o problema de gestão que se coloca ao economista: assegurar o desenvolvimento da esfera produtiva, em interdependência como o conjunto dos seus ambientes, sem reduzir estes a uma pura lógica de mercado que não lhes diz respeito e sem diluir o econômico num biologismo ou num ecologismo onde desapareceria sua especificidade. PASSET (1994, p.24). Percebe-se que René Passet (1994) se refere à questão da co-gestão do desenvolvimento econômico e das questões ambientais e resume bem a essência das correntes de pensamento sobre economia dos recursos naturais.

8 2.2.c Economia industrial aspectos teóricos Postas as questões referentes ao desenvolvimento sustentável e da economia do meio ambiente, não se pode deixar de analisar a importância e os instrumentos de política industrial, último tripé desta fundamentação teórica. Os modelos de desenvolvimento econômico quase que automaticamente se remetem ao processo de industrialização, principalmente quanto se trata de planejamento e, este último, por sua vez, refere-se à dinâmica do processo de crescimento que é determinada pelo setor industrial. A economia industrial está parcialmente inserida no âmbito da Microeconomia, dado pelo estudo da firma, contudo, os primórdios da teoria sobre a indústria dão-se com Alfred Marshall, que salientou a importância de se levar em conta os custos com a produção. No entanto, essas foram as primeiras teorias acerca da indústria. A teoria contemporânea, nas palavras de Anita Kon (1994), teve seu advento com o estudo moderno da competição e do monopólio que começou aproximadamente em 1880, como os trabalhos de Clark, Adams, Ely e Bullock, entre outros. A Microeconomia tradicional preocupa-se particularmente com a determinação de uma posição de equilíbrio da firma nos mercados econômicos. (...) Por sua vez, as análises da Economia Industrial enfatizam particularmente este comportamento individual das firmas e dos mercados, no decorrer de processos de crescimento, concentração, diversificação e fusões, onde não se aplicam as condições de equilíbrio da perfeita competição. A política industrial é o elo que o governo estabelece com o sistema econômico a fim de usar os seus instrumentos como forma de ação para intervir no sistema de modo a promover um crescimento planejado do setor industrial, e assim desenvolver a economia.o embasamento teórico que justifica a política industrial está centrada em várias correntes de pensamento econômico, como segue: (...) existem várias correntes de literatura, desde as que procuram justificar, dentro do arcabouço teórico neoclássico, as intervenções do estado através de política industrial. E como necessárias para corrigir falhas ou imperfeições de mercado, até as de filiação neo-chumpeteriana-evolucionista, que atribuem papel fundamental às ações normativas (policies) em contraposição ao mercado, bem como a características especificas de path dependence, nos processos de acumulação tecnológica e desenvolvimento industrial, como um amplo espectro entre esses dois extremos.. (SUZIGAN, 1996). Diante dessas afirmações, pode-se conceber que o resultado final é a melhoria do bemestar social, dado em virtude do aumento da produtividade, de onde decorre o aumento do salário real e o crescimento da acumulação de capital sem a pressão sobre os preços, o qual é objetivo final das políticas públicas (crescimento com estabilidade econômica) de forma sustentável, que neste caso conta com a colaboração dos objetivos da política industrial. Examinando os pressupostos da política industrial pela ótica da teoria do meio ambiente observa-se que esta está pautada na visão teórica dos neoclássicos sobre a questão ambiental. Com relação a questão da sustentabilidade do desenvolvimento, as propostas da Teoria neoclássica ambiental parecem ser mais abrangentes e realistas, no tocante a solucionar parte dos problemas enfrentados na esfera econômica. Assim, o enfoque teórico adotado se concentrará mais precisamente nos pressupostos, teorias e indicações refutados pela corrente de pensamento teórico neoclássico sobre a economia ambiental uma vez que o objetivo deste trabalho é analisar os aspectos divergentes e convergentes entre as políticas ambiental e industrial, remetendo estas a realidade do contexto brasileiro, do Nordeste e na Paraíba. Considerando as teorias aqui apresentadas, sejam teoria ambiental neoclássica e teoria de desenvolvimento sustentável, elas darão suporte as políticas de meio ambiente e industrial, objetos de avaliação nesta pesquisa. Estas oferecem as trilhas necessárias para a averiguação

9 das hipóteses aqui levantadas: a sustentabilidade do desenvolvimento econômico realça os pontos divergentes ou convergentes entre a política de meio ambiente e a política industrial? 3 ECONOMIA DO MEIO AMBIENTE E POLÍTICA INDUSTRIAL As questões ambientais estão na ordem do dia, principalmente com referência ao planejamento governamental na busca de sustentabilidade econômica. Em cumprimento ao objetivo pretendido neste trabalho, aqui se analisa, duas das muitas variáveis imbricadas para a realização de um desenvolvimento sustentável, ou seja, as relações entre política de meio ambiente e a política industrial, focalizando os pontos em comum, ou ainda, os instrumentos a serem utilizados e metas a serem alcançadas que levem a um ponto de interesse mútuo tanto para as questões ambientais como para o crescimento e competitividade do setor industrial. 3.1 A questão ambiental em uma economia aberta Um dos pontos mais importantes na discussão sobre desenvolvimento é a consideração da atual conjuntura globalizante, e nisto, a questão da sustentabilidade da política de desenvolvimento. Com referência a indústria, um dos pontos relevantes é a busca da competitividade sistêmica, através da política industrial. São muitos os desafios ambientais impostos à economia. Mas, como foi dito antes, destacam-se os problemas relacionados à questão industrial, com a crescente tendência de inserção internacional da economia. Dentre os desafios ambientais estão às restrições comerciais de cunho ambiental e, as tendências das restrições ambientais externas. As restrições comerciais de cunho ambiental podem afetar a divisão internacional de trabalho ao alterarem as vantagens comparativas de alguns países criando barreiras para a entrada em certos mercados. Estas transformações ao nível de comércio internacional estão se dando por duas formas de restrição: barreiras de processo e barreiras de produtos. O fato de tais barreiras poderem ser erguidas unilateralmente resulta em mercados segmentados para estes produtos, eliminando economias de escala e monopolizando tecnologias específicas. Por outro lado, o selo ecológico confere graus de controle ambiental aos produtos de acordo com os processos e materiais adotados na sua produção. Adicionalmente, a reciclagem ou redução de carga tóxica para melhor disposição dos resíduos sólidos (lixo) é uma tendência marcante no controle ambiental dos países desenvolvidos. O controle ambiental é uma das restrições possíveis de ser atenuada num espaço de tempo menor. Pois, produzir com menos risco ambiental é agora sinal de eficiência. Os principais líderes mundiais da indústria já estão se organizando para este fim. Diante destas tendências descritas, exige-se dos países que desejam fixar competitividade no comércio externo que introduzam alterações na sua estrutura industrial de forma a atingirem padrões ambientais compatíveis internacionalmente. Quanto aos acordos globais há duas questões ambientais a nível mundial resultantes das atividades humanas, que tem sido objeto de tentativas de acordos internacionais para seu controle, que são a poluição e a emissão de CO². O comprometimento do Brasil na Rio-92 com estas questões globais indica que o país certamente se fará presente nestes acordos e, assim, será obrigado a cumprir suas exigências. 3.2 A questão ambiental no Brasil No longo prazo, parece inevitável um processo de ajuste no padrão ambiental da economia nacional, de forma a assegurar sua eficiência competitiva, ou seja, a capacidade de expandir participação no comércio internacional. Para isso, mostra-se necessário antecipar mudanças de processo e de produto para que não possam, no futuro, resultar em custos de ajuste economicamente inviáveis.

10 Quatro questões se apresentam à indústria brasileira diante das barreiras de natureza ambiental: a) uma vez que tais barreiras sejam adotadas em mercados comuns de interesses comercial para o país, como o Nafta e a CEE, espera-se que os exportadores para estes mercados sobram a mesma imposição; b) no contexto do Mercosul, o Brasil poderá ter que tratar destas questões diretamente, embora a indústria nacional, neste caso, seja a que exigirá padrões harmonizados, na medida em que se percebe (sem evidências mais concretas) que o país está mais avançado no controle ambiental que seus parceiros comerciais; c) embora rechaçadas na Agenda 21 e nas convenções assinadas na Rio-92, ainda não se pode assegurar que estas barreiras não seja levantadas como uma solução imposta pelos países desenvolvidos ao resto do mundo; d) acordos internacionais para controle da fases associadas ao aquecimento global (CO² e CFC, por exemplo) serão fontes de possíveis sanções comerciais. MOTTA (1997) A percepção pelos agentes econômicos dessas restrições a que o Brasil está sujeito, leva a discussão deste processo em relação aos aspectos de competitividade. Para tal, deve-se analisar o papel dos agentes econômicos no processo de barganha que se realiza para definir este padrão ambiental. 3.2.a Definição de um padrão ambiental o papel dos agentes econômicos O principal impacto sobre a competitividade decorrente de um conjunto de restrições ambientais é a elevação dos preços relativos dos recursos naturais e serviços ambientais. Ou seja, a competitividade dos setores "sujos" deteriora-se frente aos setores "limpos", isto implica dizer que esta alteração de preços relativos induzirá a uma mudança estrutural na composição do produto econômico. É, portanto, esperado que estes setores tenham interesses divergentes quanto a estas questões ambientais. As organizações ambientalistas nem sempre atuam nas mesmas questões e quando o fazem nem sempre apresentam as mesmas demandas. No caso brasileiro, a exemplo do resto do mundo, existem grupos que questionam a própria base industrial do crescimento e outros que acreditam ser possível induzir-se uma industrialização limpa. Devido à própria realidade econômica, em termos de renda e emprego, parece predominar no país a segunda corrente. O papel dos consumidores é naturalmente determinado pelo nível de renda. Consumidores de alta renda tendem, a exemplo do primeiro mundo, a adotar padrões de consumo "mais ecológicos". Tal tendência não pode ser acentuada, entretanto, para os consumidores de baixa renda, dado que, na maioria dos casos, produtos ecológicos ainda têm preços mais elevados. Existem duas esferas no campo político onde o governo atua de forma diversa, uma no cenário casuístico, ou seja, no combate a causas de sanções comerciais à indústria brasileira no que se refere a gestão ambiental. Neste cenário a participação do Estado é reativa e apenas possibilita maior eficiência e abrangência ao sistema que já existe em termos de incentivo ao controle ambiental. Não requer dificuldades legais e institucionais para sua implementação. A efetivação da ação governamental através de políticas também é percebida no cenário antecipativo, ou seja, a implementação de políticas que visem antecipar restrições em nível doméstico, dando condições para que a estrutura industrial esteja associada ao padrão ambiental internacional. Neste caso, o Estado assume o papel de pró-ativo e divide o ônus do ajuste ambiental com o próprio setor econômico. 3.2.b Política industrial e política ambiental pontos convergentes Feito o diagnóstico e inserção da política industrial na gestão ambiental, que permeia as bases do desenvolvimento sustentável, passa-se à avaliação das relações causais entre a base natural e a retomada do desenvolvimento brasileiro, tanto a nível interno como internacional. Chama-se atenção para dois pontos importantes para um aperfeiçoamento da gestão ambiental brasileira, são eles:

11 Primeiro, de acordo com os pressupostos teóricos econômicos, o custo do controle ambiental não reduz a eficiência da economia brasileira. Ou melhor, o custo ambiental gerado na exploração ineficiente dos recursos ambientais também faz parte do custo Brasil; e segundo, embora as pressões internacionais, tanto políticas quanto comerciais, imponham ao país restrições de cunho ambiental, o Brasil ainda é um país de megabiodiversidade, que gera significativas externalidades positivas ao resto do mundo e, portanto, é um credor universal. MOTTA (1997) Através disso pode-se constatar que a questão ambiental deixa de ser um problema e torna-se uma solução. Num esforço de conciliação entre as políticas econômicas e ambientais, é necessário um exercício de priorização dos objetivos das ações de política, e isto começa com iniciativas, que devem estar presentes no interior do sistema de planejamento. A ampliação dos instrumentos econômicos deve atuar complementarmente aos já contemplados na legislação ambiental brasileira. Esses instrumentos visam a internacionalização dos custos ambientais no sistema econômico, tais como taxação, certificados comercializáveis de poluição ou de exploração de recursos, sistema depósitoretorno e outros que atuem via preço. Além do aspecto de geração de eficiência, esses instrumentos podem gerar receitas fiscais ou administrativas adicionais para o financiamento da capacitação institucional dos órgãos ambientais, bem como viabilizar políticas compensatórias para aliviar os impactos ambientais sobre os agentes pobres, como por exemplo, a população não assistida por saneamento, ou moradores próximos aos lixões etc. Motta (1997) diz a esse respeito que: O processo de priorização não poderá ser um obstáculo à inserção da questão ambiental nas políticas econômicas tais como:a) as orientações para recursos naturais e infra-estrutura, como as de energia, abastecimento de água, malha viária e outras, B )as tipicamente setoriais, como por exemplo, expansão industrial e agropecuária,c) as de cunho macroeconômico voltadas para estímulos às exportações, geração de emprego e investimento, D) as de conteúdo estrutural como a reforma agrária e as privatizações, e;e) as de objetivo distributivo que estimulam as pequenas empresas, o assentamento urbano e outras. No entanto, cabe aqui mostrar a relação da política ambiental inserida como estratégia industrial e com prioridades setoriais. A implementação de política industrial envolve a gestão coordenada e sincronizada de uma gama de instrumentos e políticas paralelas. Neste trabalho, enfatiza-se a necessidade de coordenação de política industrial e políticas regulatórias (como a política do meio ambiente) na promoção de um desenvolvimento sustentável. Diante dessa máxima, a política industrial é conduzida a atuar, paralelamente ao crescimento econômico, para a defesa do meio ambiente. Villela & Suzigan (1996, p.41) fazem um diagnóstico dos efeitos sobre o setor industrial devido as a implementação de política ambiental, segue: O efeito principal das restrições ambientais a essas industrias é a elevação dos preços relativos dos produtos e serviços intensivos em recursos naturais e ambientais, reduzindo sua competitividade" (op. cit.). O melhor caminho parece ser,a adoção de incentivos econômicos ou de mercado (...) em complemento (e às vezes em substituição) aos mecanismos de controle. Baseados no 'princípio de poluidor pagador' criam-se incentivos via preços (pela imposição de taxas e tarifas) ou quantidades (certificados), ou direitos de propriedade negociáveis visando incorporar nos mercados e nos preços, via custos privados, os custos ambientais incorridos na produção.(...) as empresas que adotem práticas de controle e tecnologia (...) limpas, além de estimular a difusão de tecnologias menos intensivas em recursos ambientais ou menos poluentes, [geram] eficiência em termos de custos operacionais. Estas evidências apóiam a hipótese de que a questão ambiental não deve ser encarada como uma restrição ao desenvolvimento e sim, como uma solução deste, podendo representar mesmo uma fonte de benefícios econômicos e sociais para o Brasil neste novo século, no alcance do desenvolvimento sustentável.

12 3.2.c A urbanização das atividades econômicas no Brasil, o meio ambiente e a política industrial Atualmente, o planejamento governamental tem como meio a implementação de políticas que visam um desenvolvimento sustentável, como objetivo principal, de modo a amenizar e contornar as conseqüências e impactos sobre o meio ambiente, e promova a melhoria de vida. Ao tratar diretamente sobre política industrial e meio ambiente, é necessário inicialmente que sejam feitas referências às implicações e conseqüências decorridas da falta de planejamento e avaliação de projetos que visem a urbanização das atividades econômicas do país, o meio ambiente e a política industrial. Uma dessas implicações diz respeito à importância do planejamento para a área urbana, industrial, agrícola, e outras, mas principalmente ao desenvolvimento das atividades econômicas, como por exemplo, a escolha do local, que levam em conta o estudo do solo, os recursos hídricos, o ar, a vegetação, a fauna local e outros. A simples expansão demográfica e o processo desordenado de ocupação do solo geram vários problemas complicados e graves em relação aos recursos hídricos, ao saneamento básico e ao próprio processo de ocupação do solo. A esse respeito, NOVAES, (1996, p.218) afirma que: Aliada à cultura da invasão, temos a destruição da vegetação nativa como uma das conseqüências mais sérias do crescimento populacional, mas não a única: a degradação do solo e a perda da umidade do ar (que é assegurada basicamente pela presença de vegetação) são exemplos das conseqüências advindas de um crescimento não planejado, sem sustentabilidade. Tudo isto agrava os problemas de emprego, de habitação e de saneamento básico, e traz problemas para a política industrial. Pode-se observar que os mentores da política de meio ambiente terão que fazer um esforço na tentativa de enfrentar problemas como, por exemplo, a questão da disponibilidade e a maior eficiência no uso dos recursos hídricos. Segundo FERNANDEZ & MENEZES (2000, p.9). Parte desse problema pode ser explicado pelo fato de que as operações de captação, estocagem, tratamento e distribuição de água apresentam fortes economias de escala, que conferem aos serviços de abastecimento de água uma estrutura de mercado conhecida na economia como monopólio natural. Isso faz com que esses serviços sejam ofertados por empresas públicas ou pelo setor privado sob regulamentação direta do Estado. (...) O fato é que as estruturas tarifarias não tem garantido os recursos necessários para a expansão dos próprios sistemas de abastecimento, comprometendo, assim, a quantidade, a regularidade e a qualidade desses serviços. Diante desses fatos o governo não pode ficar omisso, pois, isso conduz a adoção de medidas corretivas e regulatórias, a fim de amenizar os custos sociais resultantes da falta de planejamento que produzisse um desenvolvimento sustentável, visando o bem-estar presente sem comprometer o bem-estar futuro. A partir da verificação de fatos como os mencionados anteriormente, o governo passou a adotar medidas como: a proteção de territórios através de leis ambientais e a existência dessas áreas de proteção já determina uma primeira conseqüência para a política industrial, que é a dificuldade de localização de setores industriais. A proposta de política integrada de gerenciamento de recursos hídricos envolve propostas de taxação de qualquer uso da água, de previsão de uso múltiplo dos recursos hídricos, regras novas para concessão do uso de água na irrigação etc. A taxação é considerada como um dos caminhos para a ampliar a consciência sobre a escassez de recursos naturais, tais como os hídricos. A problemática dos recursos hídricos também leva a que o governo integre órgãos como o de Planejamento de Arquitetura, Urbanismo e Meio Ambiente para uma avaliação, planejamento e estudo de projetos com o intuito da aprovação de resoluções que exijam parecer técnico de órgãos vinculados ao meio ambiente antes que seja aprovado qualquer

13 projeto que implique adensamento demográfico, mudança de gabarito ou sobrecarga sobre infra-estruturas. Esta decisão também terá sua interface com a questão da política industrial, porque vai condicionar a possibilidade de localização de certos empreendimentos. Os órgãos governamentais de interesse com o meio ambiente passaram também a participar das decisões sobre a implantação de infra-estrutura de saneamento e esgotos. Hoje, exige-se a implantação dessa infra-estrutura nos antigos e novos assentamentos de população de baixa renda; e estuda-se o tratamento localizado de esgotos nas novas áreas de assentamento. Com isso tem início a execução do grande programa de despoluição de lagos, bacias, rios e afluentes. Já existem estações de controle da qualidade do ar, um exemplo, é a de Brasília. Esta questão trará também conseqüências para a política industrial, influindo até mesmo na possibilidade de trabalho de acordo com as estações do ano e/ou condições climáticas da região onde estiver localizada a indústria, bem como um maior controle sobre a emissão de gases pelas indústrias. 3.2.d Impedimentos às ações governamentais Algumas questões devem ser colocadas relativas às ações governamentais, seja com relação à política industrial, seja com a política ambiental. A primeira é a extrema dificuldade de lidar com os fenômenos ambientais com a estrutura administrativa que se dispõe no país. O fenômeno ambiental como se sabe não tem fronteiras geográficas, geopolíticas ou administrativas. Ele acontece, pura e simplesmente. No entanto, a estrutura do Estado é fragmentada, o que lhe impõe limites. E este problema se confronta com os objetivos e metas delineadas sejam pela política industrial ou em qualquer outra área. Na visão de empresários que estão atualizados com a gestão ambiental e a interrelação da indústria no que diz respeito à competitividade mundial, as empresas para sobreviverem no mercado globalizado deverão destinar parte de seus investimentos à área ambiental, e nas palavras do empresário Erling LORENTZEN apud NOVAES (1996): A proteção ambiental tornou-se, enfim, valor da empresa, explicitado publicamente como um de seus objetivos principais, a tal ponto que o status e a liberdade da empresa no século XXI dependerão de sua aceitação em assumir responsabilidades ambientais. As questões de política industrial e política de meio ambiente mostram-se imbricadas para o alcance da competitividade a nível mundial da indústria nacional, no alcance de um espaço em um mercado cada vez mais globalizado, revelando a importância da participação de todo o conjunto da economia no sentido desse esforço. Apesar de se diagnosticar que algumas políticas ambientais são entrave às políticas industrial, há de se pensar soluções para esses problemas, haja visto que o combate aos pontos divergente entre essas políticas são menos onerosos do que os efeitos multiplicadores que a ação conjuntas entre elas fomentará sobre a economia e para a sociedade. 4 O CENÁRIO DA INDÚSTRIA BRASILEIRA E A POLÍTICA AMBIENTAL NORDESTE E BRASIL O diagnóstico apresentado anteriormente indica que sanções comerciais de cunho ambiental afetam as exportações da indústria brasileira. O controle ambiental da indústria no Brasil, por sua vez, ainda é incipiente, principalmente quando comparado aos níveis obtidos nos países mais industrializados. No entanto, a retomada do desenvolvimento brasileiro esta também relacionada à forma de sua inserção no contexto globalizado e a condicionante ambiental mostra-se como uma variável importante à influenciar o referido processo. Este capítulo trata desta problemática e, analisando a indústria brasileira e a legislação ambiental, a

14 política ambiental no Nordeste e as políticas ambiental e industrial no Nordeste em comparação com as demais regiões brasileiras. Baseado no trabalho de Pesquisa Gestão Ambiental na Indústria Brasileira elaborado em parceria pelo BNDES, CNI, SEBRAE (1998) faz-se uma análise empírica sobre as políticas ambientais no âmbito da indústria do Brasil, e em particular faz-se o confronto dos resultados ao nível de Nordeste com o restante do país, buscando situar a região e visualizar a sua posição dentro desse panorama. No entanto, ressalta-se que as informações coletadas foram dadas pelas próprias empresas, o que pode caracterizar viés em algumas informações quanto a real aplicação dos procedimentos de gestão ambiental, contudo, até o momento este estudo feito pelo BNDES, CNI e SEBRAE (1998) parece ser o mais adequado ao objetivo do trabalho. A seguir faz-se a análise das práticas de gestão ambiental na indústria brasileira, no entanto, as informações sobre essas práticas ainda são incipientes na maioria das empresas, devido tanto a sua complexidade e variedade, quanto a sua recente valorização nas atividades econômicas. Um dos primeiros pontos a serem observados na implementação de políticas ambientais está relacionado ao nível de informação por parte das empresas sobre as novas iniciativas de legislação, tais como o Acordo de Montreal, a Agenda 21, a Convenção internacional de comércio e substancias tóxicas, a Comissão de florestas e biodiversidade entre outras. As empresas que detêm um certo nível de conhecimento, também se mostram cientes da lei de crimes ambientais, como da lei de recursos hídricos e de outras iniciativas de projetos e leis ainda em discussão. Desse modo, a política ambiental começa a se inserir no setor industrial e, portanto, traz conseqüências para o mesmo e principalmente, nos setores internacionalizados. Isto revela a crescente preocupação por parte dos setores industriais de implementarem procedimentos de gestão ambiental em suas dependências. 4.1 A política ambiental no Nordeste Ação empresarial Esta seção trata dos tipos de procedimentos ambientais adotados pelas empresas no Nordeste em comparação às demais regiões, e da proporção desses entre os portes das indústrias. A pesquisa sobre gestão ambiental na indústria brasileira revelou que esta prática já é bastante difundida, cerca de 85% das empresas adotam algum tipo de procedimento associado às questões ambientais das suas atividades, e que os tipos de procedimentos variam com o porte da empresa. As principais razões para a adoção destes procedimentos, segundo as grandes e médias empresas são principalmente devido às exigências de licenciamento e a legislação ambiental serem mais importantes que as motivações associadas à redução de custos, isto acontece tanto para as empresas de grupos nacionais como estrangeiros. Conforme mostra o gráfico 1 a redução do uso de matéria-prima por quantidade de produto fabricado ou a substituição de fonte de energia para reduzir os níveis de poluição é mais presente nas indústrias de grande porte, geralmente são multinacionais, e médio porte. Veja ainda no gráfico 2 que 38% das empresas de grande e 30% das empresas de médio porte adotam procedimentos para atingir essa meta. Pode-se explicar esse percentual elevado em comparação aos demais portes por essas empresas disporem de mais recursos para investir em pesquisas e tecnologia. Na região Nordeste, 33% das indústrias adotam esse tipo de procedimento, superior ao todo das regiões, que representa apenas 23%. Com a adoção de alguns procedimentos tais como a redução do uso de matéria-prima por produto produzido ou substituição de determinados insumos, os impactos sobre a indústria podem ser entendidos como benéficos e redutores de custos, uma vez que se busca a utilização eficiente dos insumos, ao passo que o uso de novas tecnologias, redutoras de poluição, garantem ao setor ganhos de mercado. Seus produtos incorporam qualidade, devido à classificação e por carregar a imagem de uma empresa que preserva o meio ambiente

15 e investe em tecnologia. Isto repercute diretamente em sua posição no âmbito da competitividade global. A percentagem das indústrias do Nordeste em relação à percentagem das indústrias das demais regiões que adotam a redução do uso de matéria-prima por produto ou substituem fontes de energia para reduzir o nível de poluição é bastante superior. Isso acontece principalmente devido às exigências de licenciamento e a legislação. Por haver maior fiscalização e controle na região Nordeste, que é menos industrializada que a região Sudeste e Sul, torna-se mais fácil controlar essas indústrias. GRÁFICO 1 - Fontes alternativas de energias e redução de matéria-prima por produto produzido. Percentagem por porte das indústrias - Nordeste e demais regiões (1998)*. Por porte e por região (%) Micro Pequena Média Grande Todos os portes Nordeste Todas as regiões Fonte: Pesquisa gestão ambiental na indústria brasileira. BNDES, CNI E SEBRAE, *Os dados referem-se a ago. e set./ 1998, correspondente à situação observada pelo informante em 1997 e em alguns casos em Além dos redutores de poluição acima analisados outros tipos de procedimentos de gestão ambiental merecem destaque, tais como: o controle do uso de energia, dos ruídos e vibrações, do lixo industrial, entre outros. A relevância desses procedimentos na região Nordeste comparativamente aos percentuais das demais regiões do Brasil pode ser ilustrada através do gráfico 2. Os dados a seguir estão dispostos de modo a comparar o grau de implementação entre os diversos tipos de processos de gestão ambiental nas empresas de acordo com o porte da mesma e entre a região Nordeste e demais regiões. A implementação de um processo não exclui um outro tipo, dependendo da atividade da indústria esta pode adotar um ou todos os tipos, ou ainda adotar um mix desses procedimentos, desde que atenda a regulamentação exigida pelos órgãos competentes para liberalização de licenças ambientais. Dado o porte das indústrias, os tipos de procedimentos mais adotados são o de: reciclagem ou aproveitamento de sucatas, resíduos ou refugos e a disposição adequada de lixo e resíduos sólidos. Essa adesão verifica-se com maior expressividade principalmente pelo pequeno custo de sua implementação em relação aos demais tipos O investimento para a implementação desses tipos de procedimentos de gestão ambiental representam muito pouco em relação às multas e a própria imagem da indústria com relação a degradação do meio ambiente. A exceção a esse conjunto de medidas é encontrada nas empresas de pequeno porte que apresenta uma percentagem maior (38%) na adoção de medidas de controle de ruídos e vibrações conjuntamente com a reciclagem ou reaproveitamento de resíduos sólidos. Na região Nordeste a percentagem de estabelecimentos industriais que adotam procedimentos de gestão ambiental é de modo geral superior se comparado a percentagem das demais regiões. Isso mostra que o setor industrial do Nordeste agrega um número maior de indústrias melhor instruídas com relação à gestão ambiental e a importância dessa para o setor e para a própria indústria diante da competitividade. Também pode-se inferir que a região Nordeste abriga, relativamente ao seu setor industrial, um maior número de empresas de grande porte, que estão melhor preparadas e com maior poder de investimento nesses processos do que as localizadas em outras regiões. A redução do uso ou conservação de

16 energia por quantidade de produto fabricado é o procedimento de maior relevância na região, isso pode acontecer devido a diversidade e os recursos naturais encontrados mais abundantemente no Nordeste. GRÁFICO 2 - Procedimentos de gestão ambiental Implementação de procedimentos de gestão ambiental no Nordeste e demais regiões e por porte (1998) % de Redução do uso (conservação) de energia por quant. de prod. fabricado Controle de ruídos e vibrações Disposição adequada de resíduos sólidos ou lixo da atividade industrial Reciclagem ou aproveitamento de sucatas, resíduos ou refugos (%) percentagem Micro Pequena Média Grande Todos os portes Nordeste Todas as regiões Fonte: Pesquisa gestão ambiental na indústria brasileira. BNDES, CNI E SEBRAE, *Os dados referem-se a ago. e set./ 1998, correspondente à situação observada pelo informante em 1997 e em alguns casos em A região Nordeste ainda é carente de indústrias de reciclagem ou que reutilizam esses materiais. Isto a coloca em posição inferior em relação as demais regiões. Uma explicação para tal, pode ser encontrada na falta de políticas governamentais estaduais ou municipais na região voltada para a questão. Para a região esse é um ponto extremamente importante, pois as empresas de reciclagem não só amenizam o problema do desemprego no Nordeste, ao empregar principalmente mão-de-obra não especializada (catadores), mas inclusive eleva sobremaneira a renda da região, reduzindo também os problemas ambientais causados pela pobreza Política ambiental e política industrial Nordeste e demais regiões A implementação conjunta das políticas industrial e ambiental pode ser vista como forma de incentivo e promoção de investimentos ambientais por parte das indústrias brasileiras ou pode ser percebida como planejamento e estratégia governamental para o alcance da indústria nacional na competitividade internacional. Neste contexto, consideram-se as dimensões ambiental e industrial como pontos relevantes a sustentabilidade do desenvolvimento. Daí decorrem a importância do planejamento e implementação das políticas ambientais e industriais no alcance de metas tais como: o aumento da produtividade sem o aumento da poluição e/ou uso de recursos naturais, o aumento da competitividade das empresas nacionais face as multinacionais, o ganho de parcelas do mercado etc. A conciliação entre os objetivos e métodos das duas políticas pode resultar em avanços para o setor industrial nacional através de promoção do mesmo no mercado internacional. Vale ressaltar que o referido mercado apresenta-se bastante articulado e exigente quanto à qualidade do 3 No entanto, não cabe aqui, até mesmo devido a variável em discussão no trabalho, tratar-se mais detidamente sobre o assunto, mas este é certamente um ponto relevante a ser analisado.

17 produto, bem como sobre os impactos ambientais causados devidos os processos de produção desses bens. Nos dois anos pesquisados, 1996 e 1997, somente cerca de 11% das empresas utilizaram recursos governamentais para financiar seus investimentos ambientais. Ressalte-se que, as indústrias da região Nordeste somam o maior percentual das empresas que foram beneficiadas através desses recursos. Os dados da tabela 1 mostram a alocação desses recursos governamentais entre o percentual de estabelecimentos industriais por região e por alguns setores. Constata-se que no ano de 1996, 21% dos estabelecimentos industriais da região Nordeste que efetivaram algum investimento ambiental conseguiram financiamento governamental para menos de 10% do valor desses investimentos. No ano de 1997, esse percentual decresceu para 11% dos estabelecimentos industriais que conseguiram financiar parte de seus investimentos ambientais. No entanto, elevou-se de 4% para 7% os estabelecimentos da região Nordeste que financiaram mais de 50% de seus investimentos ambientais, o que é um salto relevante do ponto de vista da ação conjunta entre as políticas industrial e ambiental. Em 1997, a região Nordeste foi a que teve o maior percentual de estabelecimentos beneficiados com incentivos ao setor industrial no tocante ao investimento em projetos ambientais. A região Sudeste é a que guarda o maior percentual dos estabelecimentos que efetuaram algum tipo de investimento ambiental, mas sem financiamento por parte do governo. Com relação a percentagem dos estabelecimentos por setor da indústria que obtiveram financiamento com recursos governamentais em 1997, apenas os setores de Metalurgia, Produtos Alimentares, Química e Produtos Farmacêuticos e Veterinários e de Couros e Peles, tiveram financiamento de mais de 50% de seus investimentos ambientais. Isso se deve às características dessas atividades. Estes setores apresentam no processo de produção o uso de matérias-primas que impactam no meio ambiente de modo bastante agressivo e com conseqüências bastante negativas ao meio físico. A metalurgia é uma empresa de grande porte, poluidora do ar, da água e do solo por ocasião do lançamento de gases e fumaças, do despejo de dejetos industriais em rios, da extração mineral e outras conseqüências. No setor de Couros e Peles, durante todo o processo de curtição, secagem e as lavagens muitos produtos químicos e resíduos são utilizados e jogados fora, poluindo e degradando o meio ambiente. Isto acontece igualmente nas indústrias Química e Farmacêutica. Na indústria de alimentos, as agressões ao meio ambiente se fazem presente através do uso intensivo de recursos naturais, como o solo e as matérias-primas entre outros. TABELA 1 Financiamento com recursos Governamentais Brasil (1998)* Percentagem dos estabelecimentos industriais que financiaram parte de seus investimentos ambientais Menos de 10% Mais de 50% Nenhuma Por região (%) Norte e Centro-Oeste Nordeste Sudeste Sul Todas as regiões Por setor (%) Metalúrgica Material Elétrico e de Comunicação Mobiliário Química e Produtos Farmacêuticos e Veterinários Couros e Peles Vestuário, Calçados e Artefatos de Tecido Produtos Alimentares ANO Fonte: Pesquisa gestão ambiental na indústria brasileira. BNDES, CNI E SEBRAE, 1998.

18 Compreende-se dessa análise que o governo tem trabalhado em promover ações que visam conciliar as estratégias de política industrial com política ambiental, no entanto, observa-se que ainda são tímidas e insuficientes para a sustentabilidade do setor industrial brasileiro no que diz respeito às exigências a proteção ao meio ambiente com harmonia com o desenvolvimento e expansão do setor industrial. Mas, observa-se que já existe um esforço nesse sentido e que os primeiros passos demonstram que há inter-relação entre essas duas políticas na busca de objetivos diferentes que, no entanto, têm seus focos de ações interligados para o alcance de suas metas como a preservação ambiental (objetivo da política ambiental) e maior desenvolvimento do setor industrial (objetivo de política industrial). Para o alcance desses objetivos e metas o governo atua como elo entre essas duas vertentes, estabelecendo canais de comunicação entre o setor industrial e os organismos governamentais ambientais responsáveis pela condução das políticas e instrumentos de cunho ambiental. No Brasil os vários tipos de relacionamento entre o setor industrial e os órgãos ambientais se dão principalmente por meio da fiscalização, do licenciamento ambiental, dos acordos entre as partes (termo de compromisso ou ajuste de conduta), medidas compensatórias, da contestação de sanções além de outras formas. GRÁFICO 3 - Política ambiental no Brasil (1998)* INSTRUMENTOS GOVERNAMENTAIS DE AÇÃO E POLÍTICA AMBIENTAL Norte e Centro-oeste Nordeste Sudeste Sul Todas as regiões Assessorias as empr. a implem. Proced. de gestao ambiental e identif. tecnol.ambient.adeq uadas Continuar com aplicação de multas quando do não atendimento da legislação ambiental Divulgar cadastros de empresas com boas práticas ambientais Criar incentivos fiscais p/ invest. Ambientais Ampliar as linhas de crédito subsidiado p/ invest. Ambientais (%) Por região c Fonte: Pesquisa gestão ambiental na indústria brasileira. BNDES, CNI E SEBRAE, *Os dados referem-se a ago. e set./1998, correspondente à situação observada pelo informante em 1997 e em alguns casos em As ações do governo no que cerne a política ambiental não se refere apenas à concessão de licenças ou fiscalização das normas e regulamentações ambientais. O Governo utiliza-se também de outros instrumentos de ação e política ambiental tais como: assessoria às empresas a implementarem procedimentos de gestão ambiental e identificarem tecnologias adequadas, a punição através da aplicação de multas quando do não atendimento da legislação ambiental, a divulgação de cadastros de empresas com boas práticas ambientais, criação de incentivos fiscais para investimentos ambientais bem como a ampliação de linhas de crédito subsidiado para estes investimentos. Entre os instrumentos governamentais de ação e política ambiental o que apresenta uma maior percentagem entre os estabelecimentos industriais é a assessoria as empresas. Nesse caso, a região Nordeste se destaca das demais regiões, pois, um elevado percentual dos estabelecimentos da região recorrem a esse tipo de apoio por parte do governo (75%). Esse dado é relevante pois demonstra que as industrias na região Nordeste estão buscando interagir com o processo de preservação ambiental. E a explicação da ocorrência desse fato está relacionado à busca da inserção da indústria nordestina no mercado globalizado, onde a

19 adoção de procedimentos de gestão ambiental são requisitos essenciais nessa fase em que a tônica do desenvolvimento sustentável é ponto determinante para a conquista de mercado entre os países desenvolvidos e para o ganho de maior competitividade. A aplicação de multas como forma corretiva ao não atendimento da legislação ambiental é uma das ações com menor percentagem entre as demais implementadas pelo governo. Haja vista, a dificuldade de mensuração e valorização dessas infrações, a própria cobranças dessas multas e a fiscalização são deficientes. É possível ainda levantar a hipótese de que o Estado estivesse buscando agir mais na promoção de soluções de cunho ambiental referentes ao setor industrial do que assumindo o papel de simples regulador e inspetor de ações contra o meio ambiente. Ele recorre ao uso desses instrumentos em última instância como forma educativa e de punição aos transgressores do meio ambiente. A divulgação de cadastros de empresas com boas práticas ambientais atua como forma de incentivo e reconhecimentos ao esforço e ações empresariais no sentido de colaboração com o governo no que tange a política ambiental. Esse tipo de ação acontece principalmente entre os estabelecimentos industriais da região Norte e Centro-oeste (38%). Em seguida encontra-se a região Nordeste que aparece com 31% dos estabelecimentos beneficiados por esse incentivo de divulgação do cadastro de suas empresas em virtude da adoção de boas praticas ambientais. A política de incentivos fiscais e ampliação de linhas de crédito subsidiado para investimentos ambientais ainda é um tanto tímido no Brasil, o governo tem procurado incentivar a iniciativa privada na realização desses investimentos, mas nas regiões Norte, Centro-oeste e Nordeste é maior a ação do governo nesse sentido. No Nordeste, 48% dos estabelecimentos se beneficiaram desses incentivos fiscais, é a maior percentagem entre as regiões. E quanto a concessão de crédito subsidiado as regiões Norte, Centro-oeste e Nordeste detêm o mesmo percentual, 39% dos estabelecimentos que recorreram a esses incentivos e foram contemplados. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do contexto político da indústria brasileira aqui exposto pode-se inferir através da análise empírica das políticas ambiental e industrial que elas estão inter-relacionadas, confirmando uma das hipóteses levantas no trabalho, ao se identificar ações do governo que subsidiam a implantação de medidas de gestão ambiental no setor industrial, e o uso de outros instrumentos e ações que objetivam conciliar as questões que envolvem o setor industrial brasileiro com a política ambiental de forma a conduz ao desenvolvimento sustentável. No Brasil, começa-se a ver que são tomados os primeiros passos nessa direção, mas que ainda há muito por se fazer porque a conscientização da problemática é uma conquista de longo prazo. O governo terá que investir mais em educação, e incluir nesta, a educação ambiental. Outra ação a ser intensificada pelo governo brasileiro é a de incentivos à novas tecnologias para reduzir o uso de energias e o uso de fontes alternativas de energia e insumos. Implantar mais centrais de planejamento para os setores industriais, investir em estruturas que permitam as empresas processarem de forma alternativa seus dejetos e resíduos. Investir em saneamento básico, promover incentivos a ações como reciclagem de resíduos são outras medidas importantes a serem consideradas como relevantes. As políticas ambientais ainda estão sendo germinadas, uma vez que a natureza de sua ação guarda alguns problemas como, por exemplo, a de mensuração dos impactos ambientais, uma avaliação sobre determinadas áreas, a dimensionalização do uso dos recursos, etc. Mas, já é possível visualizar ações nesse sentido, e principalmente como forma de atenuar agraves ao meio ambiente.

20 É possível promover um desenvolvimento sustentável balizado pelas políticas industrial e ambiental na medida em que elas podem e devem operar conjuntamente. Na verdade elas não são contraditórias em seus objetivos, bastando vontade política e planejamento para que essas ações se realizem na esfera econômica. BIBLIOGRAFIA 1- BELLIA, J. IN: CES Conselho Econômico Social. Ambiente, emprego e desenvolvimento. Bhalla, A.S. (trad.) Lisboa Porugal: Gráfica Maiadouro, 1994, 287 p. 2- BNDES Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, CNI Confederação Nacional da Indústria, SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas. Pesquisa gestão ambiental na indústria brasileira. Rio de Janeiro; (p.17, 22, 29, 35, 39, 58,) CARRERA FERNANDEZ, José, MENEZES, Wilson F. Avaliação contingente e a estimativa da função de demanda por água potável. IN: Revista econômica do Nordeste REN, Fortaleza, v.31, n.1, p.8-35, jan.-mar CAVALCANTI, Clovis. Condicionantes Biofísicos da Economia e suas implicações quanto à noção de desenvolvimento sustentável. IN: ROMERO, Ademar Ribeiro, REYDON, Baastian Philip & LEONARDI, Maria Lúcia Azevedo (org.). Economia do meio ambiente: teorias, política e a gestão de espaços regionais. 2ª ed. Campinas: Editora Universitária Estadual de Campinas, COMISSÃO INTERMINISTERIAL. Comunicação da comissão sobre o ambiente e o emprego: realização de uma Europa sustentável. Bruxelas Bélgica: Serviço das publicações oficiais das comunidades européias. 1997, 36 p. Arquivo em PDF. Disponível em: < > Acesso em: 12 jan FURTADO, Celso. Pequena introdução ao desenvolvimento: enfoque interdisciplinar. São Paulo: Companhia Editora NACIONAL, 1980, 161p. 6- GALBRAITH, John Kenneth. A economia e o interesse público. São Paulo: PIONEIRA, (coleção novos umbrais), p IPEA Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada. O Brasil na virada do milênio: trajetória do crescimento e desafios do desenvolvimento. Brasília, IPEA, KON, Anita. Economia industrial. São Paulo: NOBEL, 1994, 212p. 9- MEYER STAMER, Jörg. Competitividade sistêmica: Quais os seus fatores e como se relacionam. Ela pode funcionar no Brasil? IN: MATHIEU, Hans (org. ). A nova política industrial: o Brasil no novo paradigma. São Paulo: Editora Marco Zero: ILDESFES, FINEP, 1996, p MOTTA, Ronaldo Serroa da. Desafios ambientais da economia brasileira. Rio de Janeiro: IPEA, ago (texto para discussão, 509). 11- MUELLER, Charles C. Avaliação das duas correntes da economia ambiental: a escola neoclássica e a economia da sobrevivência. IN: Revista de economia política, v.18, n.2 (70), p , abr. jan NOVAES, Washington. Política Industrial e Meio Ambiente. IN: FONTES, José Augusto Sá, SOARES, Rosa Maria Sales de Melo (org.). Padrões tecnológicos, trabalho e dinâmica espacial. Brasília: Editora Universitária UNB: 1996, p PASSET, René. A co-gestão do desenvolvimento econômico e da biosfera. IN: RAYNANT, Claude, ZANONI, Magda (org.). Cadernos de desenvolvimento e meio ambiente: sociedades, desenvolvimento e meio ambiente. Curitiba: Editora Universitária Federal do Paraná, n.1, 1994, p PASSOS, Carlos de Faro (org.). Política industrial e desenvolvimento econômico: I conferência internacional. São Paulo, PLANEF Consultores associados, 1990, 164p. 14- SANDRONI, Paulo. Novíssimo dicionário de economia: São Paulo: Editora Best Seller, SILVA, Ricardo, BRAVO, Maria Alice M. P. Comércio exterior e meio ambiente. IN: Revista do BNDES, Rio de Janeiro, v.1, n.1, p , jan SUSIGAN, Wilson. Experiência histórica de política industrial no Brasil. IN: Revista de economia política, v. 16, n.1(61) p. 5-20, jan.-mar VILLELA, Aníbal V., SUZIGAN, Wilson. Elementos para discussão de uma política industrial para o Brasil. Brasília: IPEA, mar (texto para discussão, 421).

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