Proteção da vida e da saúde do consumidor. Proteção à saúde e segurança do consumidor

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1 Proteção da vida e da saúde do consumidor Ahyrton Lourenço Neto Especialista em Administração Tributária pela Universidade Castelo Branco. Graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Atua como advogado e é professor de Direito Civil, Direito do Consumidor e Direito Internacional Público, ministrando aulas presenciais e telepresenciais. Proteção à saúde e segurança do consumidor O Código de Defesa do Consumidor (CDC) prevê, no que concerne aos produtos e serviços colocados no mercado de consumo, que estes não podem acarretar riscos à saúde ou à segurança do consumidor, salvo aqueles considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição ( art. 8.º). De qualquer forma, sendo o produto nocivo ou não, o fornecedor deve prestar as informações adequadas a seu respeito. Em se tratando de produto industrial, essa obrigação cabe ao fabricante, que deve fazê-lo por meio de impressos que devem acompanhar o produto ( art. 8.º, parágrafo único). Caso o produto seja potencialmente nocivo ou perigoso à saúde ou segurança do consumidor, a informação deve ser prestada de maneira ostensiva e adequada ( art. 9.º). Direito de recall Caso o fornecedor tenha conhecimento da periculosidade de um produto ou serviço posteriormente à sua introdução no mercado de consumo, deve imediatamente informar às autoridades competentes e aos consumidores mediante anúncios publicitários a serem veiculados na imprensa, rádio e televisão às suas expensas. Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança. 1. O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado de consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, mediante anúncios publicitários. 21

2 2. Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo anterior serão veiculados na imprensa, rádio e televisão, às expensas do fornecedor do produto ou serviço. 3. Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de produtos ou serviços à saúde ou segurança dos consumidores, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão informá-los a respeito. Responsabilidade pelo fato do produto e do serviço O fato do produto ou do serviço é um problema mais grave que acontece na relação de consumo, gerando um dano ao consumidor, atingindo, em regra, a sua vida, saúde, segurança ou integridade física. Fato do produto A responsabilidade pelo fato do produto é solidariamente do fabricante, produtor, construtor (nacional ou estrangeiro) e importador, respondendo independentemente da existência de culpa (responsabilidade objetiva). Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. O produto será considerado defeituoso se não oferecer a segurança que o consumidor legitimamente pode esperar, considerando-se algumas circunstâncias relevantes. Vejamos: Art. 12. [...] 1. O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: I - sua apresentação; II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a época em que foi colocado em circulação. 2.º O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado. 22

3 3. O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado quando provar: I - que não colocou o produto no mercado; II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste; III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. O CDC não prevê hipótese de afastamento da responsabilidade por caso fortuito ou força maior, mas o STJ já se manifestou no sentido de que essas excludentes são também aplicáveis nas relações de consumo: STJ, recurso especial , CONSUMIDOR. RESPONSABILIDADE CIVIL. Nas relações de consumo, a ocorrência de força maior ou de caso fortuito exclui a responsabilidade do fornecedor de serviços. Recurso especial conhecido e provido. (STJ, REsp , TERCEIRA TURMA, Relator MINISTRO ARI PARGENDLER, DJ 01/02/2008, p. 1) O comerciante em regra não será responsabilizado por fato do produto, pois normalmente não há nexo de causalidade entre a ação do comerciante e o dano eventualmente causado. No entanto, o legislador previu apenas três exceções, as quais se encontram insculpidas nos incisos do artigo 13 do vejamos: Art. 13. [...] I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados; II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor ou importador; III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis. Fato do serviço No mesmo sentido do fato do produto, o fornecedor de serviço é responsável, independentemente da existência de culpa, pelos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 1. O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: 23

4 I - o modo de seu fornecimento; II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a época em que foi fornecido. 2.º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas. 3. O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar: I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. Urge observar que a responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante verificação de culpa (responsabilidade subjetiva), pois a sua responsabilidade é de meio e não de resultado. Nesse sentido tem entendido nossa Superior Corte de Justiça: Responsabilidade do médico STJ, recurso especial , CIVIL. CIRURGIA. SEQUELAS. REPARAÇÃO DE DANOS. INDENIZAÇÃO. CULPA. PRESUNÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. 1 - Segundo doutrina dominante, a relação entre médico e paciente é contratual e encerra, de modo geral (salvo cirurgias plásticas embelezadoras), obrigação de meio e não de resultado. 2 - Em razão disso, no caso de danos e sequelas porventura decorrentes da ação do médico, imprescindível se apresenta a demonstração de culpa do profissional, sendo descabida presumi-la à guisa de responsabilidade objetiva. 3 - Inteligência dos arts. 159 e 1545 do Código Civil de 1916 e do art. 14, 4º do Código de Defesa do Consumidor. 4 - Recurso especial conhecido e provido para restabelecer a sentença. (STJ, REsp / SP, Quarta Turma, Relator Ministro FERNANDO GONÇALVES, julgado em 03/08/2004, DJ 16/08/2004, p. 261, RJADCOAS, vol. 61, p. 120, RNDJ, vol. 59, p. 101). Responsabilidade do advogado STJ, recurso especial , Prestação de serviços advocatícios. Código de Defesa do Consumidor. Aplicabilidade. I - Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos serviços prestados por profissionais liberais, com as ressalvas nele contidas. II - Caracterizada a sucumbência recíproca devem ser os ônus distribuídos conforme determina o art. 21 do CPC. 24

5 III - Recursos especiais não conhecidos. (STJ, REsp /SE, TERCEIRA TURMA, Rel. Ministro ANTÔNIO DE PÁDUA RIBEIRO, julgado em 20/04/2004, DJ 21/06/2004, p. 215, RDDP, vol. 18, p. 157, RNDJ, vol. 57, p. 108, RSTJ, vol. 182, p. 276) Responsabilidade do dentista STJ, recurso especial , RESPONSABILIDADE CIVIL. CIRURGIÃO-DENTISTA. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. RESPONSABILIDADE DOS PROFISSIONAIS LIBERAIS. 1. No sistema do Código de Defesa do Consumidor a responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa (art. 14, 4º). 2. A chamada inversão do ônus da prova, no Código de Defesa do Consumidor, está no contexto da facilitação da defesa dos direitos do consumidor, ficando subordinada ao critério do juiz, quando for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências (art. 6º, VIII). Isso quer dizer que não é automática a inversão do ônus da prova. Ela depende de circunstância concretas que serão apuradas pelo juiz no contexto da facilitação da defesa dos direitos do consumidor. E essas circunstâncias concretas, nesse caso, não foram consideradas presentes pelas instâncias ordinárias. 3. Recurso especial não conhecido. (STJ, REsp /SP, TERCEIRA TURMA, Rel. Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, julgado em 04/06/1998, DJ 24/08/1998, p. 71, RSTJ, vol. 115, p. 271). No entanto se a responsabilidade do profissional for de resultado, ele responderá independentemente da existência de culpa, como orienta a jurisprudência dominante do STJ sobre cirurgias plásticas estéticas: Responsabilidade do cirurgião plástico STJ, recurso especial , RECURSO ESPECIAL. ERRO MÉDICO. CIRURGIÃO PLÁSTICO. PROFISSIONAL LIBERAL. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. PRECEDENTES. PRESCRIÇÃO CONSUMERISTA. I - Conforme precedentes firmados pelas turmas que compõem a Segunda Sessão, é de se aplicar o Código de Defesa do Consumidor aos serviços prestados pelos profissionais liberais, com as ressalvas do 4º do artigo 14. II - O fato de se exigir comprovação da culpa para poder responsabilizar o profissional liberal pelos serviços prestados de forma inadequada, não é motivo suficiente para afastar a regra de prescrição estabelecida no artigo 27 da legislação consumerista, que é especial em relação às normas contidas no Código Civil. Recurso especial não conhecido. (STJ, REsp /SP, TERCEIRA TURMA, Rel. Ministro CASTRO FILHO, julgado em 13/12/2005, DJ 13/02/2006, p. 799, RSTJ, vol. 206, p. 309). No tocante aos fatos equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento. 25

6 Responsabilidade por vício do produto e do serviço Os vícios são problemas menos graves que atingem as relações de consumo, estando pautados na qualidade, quantidade ou divergência entre a oferta e o que foi apresentado ao consumidor. É muito importante salientar que não é o problema que será um fato ou vício, mas sim o que ele causa. Vício do produto Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. Disso, caso haja um vício, o consumidor poderá exigir a sua reparação de qualquer fornecedor da cadeia de consumo, seja ele fabricante, importador, distribuidor ou comerciante: DVD da China Lojas Distribuidora de DVD do BR VOCÊ Distribuidora C DF PF PJ P S F DA PF PJ Med. Remuneração Caso o produto tenha um vício, o fornecedor tem, em regra, um prazo de trinta dias para consertar o vício, mas caso o vício não seja sanado nesse prazo máximo, pode o consumidor exigir, alternativamente, à sua escolha, conforme artigo 18, 1., I, II e III do CDC: 26

7 Art. 18. [...] I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; III - o abatimento proporcional do preço. Como em qualquer regra no direito, há exceções: Art. 18. [...] 2. Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de manifestação expressa do consumidor. 3. O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do 1 deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial. 4. Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do 1 deste artigo, e não sendo possível a substituição do bem, poderá haver substituição por outro de espécie, marca ou modelo diversos, mediante complementação ou restituição de eventual diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do 1 deste artigo. 5. No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o consumidor o fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu produtor. 6. São impróprios ao uso e consumo: I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos; II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação; III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se destinam. Vício de quantidade do produto Quando se tratar de vício de quantidade é importante observar que não existe o prazo de 30 dias para consertar o produto, pois não há como consertar a quantidade, bem como é necessário que o consumidor observe as variações decorrentes da natureza de cada produto. 27

8 Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do produto sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: I - o abatimento proporcional do preço; II - complementação do peso ou medida; III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios; IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos. 1. Aplica-se a este artigo o disposto no 4 do artigo anterior. 2. O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem ou a medição e o instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais. Vício do serviço Semelhante ao vício do produto, o fornecedor de serviços responde da seguinte forma: Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível; II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; III - o abatimento proporcional do preço. Os serviços que não atendam às normas regulamentares de prestabilidade, como os executados fora dos padrões de segurança, bem como aqueles que se mostrem inadequados para a finalidade proposta, são considerados pelo CDC como impróprios para uso ou consumo. ( art. 20, 2.º). 28

9 Regras gerais de responsabilidade (fatos e vícios) Nas hipóteses de fornecimento de serviço na reparação de produtos, deve o fornecedor utilizar peças ou componentes de reposição originais, adequados e novos ou que mantenham as especificações técnicas do fabricante, salvo, neste caso, autorização em contrário do consumidor. ( art. 21). Os serviços públicos fornecidos pelos órgãos públicos, empresas concessionárias, permissionárias ou qualquer outra forma de empreendimento, devem ser eficientes, seguros e contínuos, quando essenciais, sendo que nos casos de descumprimento, total ou parcial, dessa obrigação serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista em lei ( art. 22). Não elide a responsabilidade do fornecedor a sua ignorância sobre os vícios de qualidade por inadequação de produtos ou serviços ( art. 23). A garantia legal de adequação do produto ou serviço, prevista no artigo 26 do independe de termo expresso, sendo vedada a exoneração contratual do fornecedor ( art. 24). Ainda, é proibida qualquer estipulação contratual que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista no CDC ( art. 25). Será solidária a responsabilidade de todos os fornecedores que causarem danos ao consumidor ( art. 25, 1.º). Nas hipóteses do dano ser causado por peça ou componente incorporado ao produto ou serviço, também há responsabilidade solidária do incorporador, além do fabricante, construtor ou importador ( art. 25, 2.º). Prescrição e decadência Os institutos da prescrição e decadência são instrumentos de ordem pública do direito que têm a finalidade de dar segurança ao ordenamento jurídico. 29

10 A prescrição é um lapso de tempo, descrito pela norma, no qual, ao transcorrer inerte este tempo, o titular do direito perde o direito de ação, em sentido material e não processual, ou seja, a pretensão e não o próprio direito. A decadência é a extinção do direito pela falta de ação de seu titular, que deixa fluir o prazo legal ou voluntariamente fixado para o seu exercício. Dessa forma, a decadência é um lapso de tempo, descrito pela norma ou pelas partes, no qual, ao transcorrer inerte este tempo o titular perde o direito, perdendo consequentemente o direito de ação em sentido material. Garantia legal (vícios) Todos os produtos e serviços têm garantia legalmente estabelecida, vejamos: Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis; II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis. 1. Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços. 2. Obstam a decadência: I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca; II - (Vetado); III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento. 3 Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito. Prazo prescricional por fatos Em havendo fato do produto ou do serviço, o prazo para reparação dos danos é de cinco anos, a contar do conhecimento do dano e de sua autoria. ( art. 27). 30

11 Desconsideração da personalidade jurídica As pessoas jurídicas são sujeitos de direitos e obrigações, ou seja, possuem personalidade jurídica, e esta é distinta da personalidade dos seus membros, mas devem ser geridas por seus administradores individuais ou coletivos, que devem exercer seu poder nos limites sociais do ato constitutivo da sociedade, pois agem em nome da sociedade, não se confundindo com seus atos de pessoas naturais. A independência e a autonomia das pessoas jurídicas, e consequente proteção dos atos pessoais dos sócios, em alguns casos, têm causado desvirtuamento da função da sociedade, gerando fraudes e abusos praticados em nome da sociedade, que é usada como uma capa protetora para negócios escusos. Esses abusos têm originado volumosos prejuízos à sociedade, tanto no Brasil como no mundo, e como forma de punir e reprimir os danos causados surge a Teoria da Desconsideração da Personalidade Jurídica. Desenvolvida pelos tribunais norte-americanos, a disregard of the legal entity permite que o juiz quebre o bloqueio que existe no princípio da distinção entre personalidade dos sócios e da sociedade, para atingir os bens particulares e responsabilizar pessoalmente os sócios diante das fraudes praticadas em nome da sociedade. A legislação brasileira, em casos específicos, contempla a desconsideração da personalidade jurídica, em regra, diante de atos de abuso praticados pelos sócios e, também, para proteger hipossuficientes. O no artigo 28, prevê as regras de desconsideração da personalidade jurídica e de responsabilidade das formas societárias: Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má-administração. 1. (Vetado). 2. As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código. 31

12 3. As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código. 4. As sociedades coligadas só responderão por culpa. 5. Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores. Resolução de questão 1. (TJ/BA - adap.) Julgue os itens a seguir, como certo ou errado. Não sendo sanado o vício de qualidade no prazo: a) máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso. b) fixado no certificado de garantia, pode o consumidor exigir, alternativamente, a restituição da quantia paga ou o abatimento proporcional do preço. c) máximo de quinze dias, pode o consumidor requerer a substituição da quantia paga, monetariamente atualizada, ou o abatimento proporcional do preço. d) de até trinta dias, pode o consumidor exigir o abatimento proporcional do preço. e) máximo de sessenta dias, o consumidor poderá solicitar o abatimento proporcional do preço. f) de até noventa dias, o consumidor poderá optar pela restituição da quantia paga, monetariamente atualizada, ou o abatimento proporcional do preço. Solução a) Certo Artigo 18, 1.º, I do CDC. 32

13 b) Errado O prazo é estabelecido pela lei (art. 18, 1.º do CDC), sendo vedada a cláusula que exonera, atenua ou impossibilita a obrigação de indenizar prevista no CDC ( art. 25). c) Errado Prazo máximo de 30 dias, artigo 18, 1.º do CDC. d) Certo Artigo 18, 1.º, III do CDC. e) Errado Prazo máximo de 30 dias, artigo 18, 1.º do CDC. f) Errado Prazo máximo de 30 dias, artigo 18, 1.º do CDC. Atividades de aplicação 1. (TJ/SP) Em face do Código de Defesa do Consumidor, o fabricante ou o produtor responde pela reparação dos danos causados ao consumidor por defeitos decorrentes da fabricação ou acondicionamento de seu produtos: a) desde que cumpridamente provada a sua culpa. b) ainda que a culpa seja exclusiva do consumidor ou de terceiro. c) independentemente da existência da culpa. d) somente quando comprovado o dolo ou a culpa grave. 2. (TJ/SP) Tendo em vista o Código de Defesa do Consumidor: a) a simples existência de atividade econômica no mercado, exercida pelo fornecedor, já o obriga a reparar o dano causado por essa mesma atividade. 33

14 b) as regras de responsabilidade objetiva do Código Civil não foram alteradas. c) independe, para a responsabilização pessoal dos profissionais, ser a obrigação de meio ou de resultado. d) cláusula contratual de natureza não adesiva pode restringir o alcance da responsabilidade pelo vício do produto. 3. (OAB/PR) Sobre os direitos do consumidor e respectivo Código, assinale a alternativa incorreta. a) Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. b) Sobre a responsabilidade por vício do produto e do serviço, os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor. c) Prescreve em 20 (vinte) anos a pretensão à reparação pelos danos causados pelo fato do produto ou serviço, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria. d) O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração de lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. 4. (Cespe) Julgue o item seguinte, acerca do Código de Defesa do Consumidor. O consumidor que sofrer dano físico grave por manusear objeto que tenha defeito de fabricação deve acionar o fabricante do objeto defeituoso no prazo máximo de dois anos, a contar da ocorrência do evento danoso, sob pena de prescrição. 5. (FCC) O artigo 20 dispõe que: O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: 34

15 I. A reexecução dos serviços, com custo adicional e quando cabível. II. A restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos. III. O abatimento proporcional do preço. IV. A reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível, pode ser confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor. V. A restituição imediata da quantia paga, isenta de atualização monetária, sem prejuízo de eventuais perdas e danos. Está correto o que se afirma apenas em: a) I, II e III. b) I e IV. c) II, III e IV. d) II, IV e V. e) III e V. 6. (FCC) Tratando-se de fornecimento de serviços e de produtos não duráveis, o direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: a) 30 dias. b) 90 dias. c) 120 dias. d) 180 dias. e) 360 dias. Dica de estudo BITTAR, Carlos Alberto. Direito do Consumidor Código de Defesa do Consumidor. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense,

16 Referências BAPTISTA, Joaquim de Almeida. Código de Defesa do Consumidor Interpretado. 3. ed. São Paulo: Iglu, BITTAR, Carlos Alberto. Direito do Consumidor Código de Defesa do Consumidor. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense, BOURGOIGNIE; Thierry. Éléments pour une théorie du drout de la consommation. Bruxelles: Story Scientia, O Conceito de Consumidor. Tradução de: AMARAL, Ana Lúcia. Publicado no Brasil pelo Instituto Brasileiro de Política e Direito. Revista de Direito do Consumidor, v. 2, São Paulo: Revista dos Tribunais. CARVALHO FILHO, Carlos Henrique de (Dir.). Revista Direito do Consumidor, São Paulo: Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor /RT, n. 14, abr./ jun EFING, Antônio Carlos. Fundamentos do Direito das Relações de Consumo. Curitiba: Juruá, GARCIA, Leonardo de Medeiros. Direito do Consumidor código comentado e jurisprudência. Niterói: Impetus, GRINOVER, Ada Pellegrini. Código Brasileiro de Defesa do Consumidor comentados pelos autores do anteprojeto. Rio de Janeiro: Forense, MARINS, James. Responsabilidade da Empresa pelo Fato do Produto: os acidentes de consumo no Código de Proteção e Defesa do Consumidor. São Paulo: RT, NASCIMENTO, Tupinambá Miguel Castro do. Responsabilidade Civil no Código do Consumidor. Rio de Janeiro: Aide, OLIVEIRA, Juarez de Oliveira (Coord.). Comentários ao Código de Proteção do Consumidor. São Paulo: Saraiva, SAAD, Eduardo Gabriel. Comentários ao Código de Defesa do Consumidor. São Paulo: LTR,

17 Gabarito 1. C 2. A 3. C 4. Errado. 5. C 6. A 37

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