Sentença tipo A (Resolução nº 535/2006 CJF). EMENTA:

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1 2 a Vara Federal PROCESSO N CLASSE: PARTES: 1 AÇÃO CIVIL PÚBLICA. MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES - ANATEL e TIM NORDESTE S/A. Sentença tipo A (Resolução nº 535/2006 CJF). EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CONSUMIDOR. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. RESTRIÇÕES PELA EMPRESA CONTRATADA À FRUIÇÃO DO SERVIÇO OFERTADO AOS CONSUMIDORES. COMERCIALIZAÇÃO DE PACOTES DE DADOS DE SERVIÇO BANDA LARGA SEM A CORRESPONDENTE INFRAESTRUTURA NECESSÁRIA. CLÁUSULAS CONTRATUAIS ABUSIVAS. REDUÇÃO ARBITRÁRIA PELA EMPRESA DEMANDADA DA VELOCIDADE DA INTERNET CONTRATADA PELOS CONSUMIDORES. DANO MORAL COLETIVO. PROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS. 1 Conforme dispõe o art. 51 do Código de Defesa do Consumidor, são nulas de pleno direito as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de serviços que estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade e que autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua celebração; 2 Em restando demonstrada através de Relatórios de Fiscalização da ANATEL, especialmente o de nº 0028/2009/UO081 a prática pela empresa demandada TIM de redução arbitrária do fornecimento de serviços de internet contratados, a exemplo do TIM web, necessária sua responsabilização pelos prejuízos causados aos consumidores; 3 Procedência dos pedidos. 1. RELATÓRIO. Trata-se de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal em face da Agência Nacional de Telecomunicações ANATEL e TIM Nordeste S/A, objetivando, em sede de antecipação dos efeitos da tutela, o seguinte: a) que a TIM Nordeste S.A. suspenda, imediatamente, a aplicação de qualquer cláusula contratual que autorize a mesma a reduzir unilateralmente, sob qualquer pretexto, a velocidade de transmissão de dados contratada pelos

2 usuários dos serviços de internet por ela comercializados (independentemente da denominação que lhe seja dada), a exemplo daquelas aplicadas ao serviço TIM WEB apontadas no item do Relatório de Fiscalização nº 0028/2009/UO081; e b) que a ANATEL realize, no prazo de 30 (trinta) dias, fiscalização com o objetivo de aferir o cumprimento da obrigação porventura imposta à TIM, em atendimento do pedido indicado no item 1.1 supra, e que realize, no prazo de 90 (noventa) dias, fiscalização de todos os serviços de internet móvel atualmente disponibilizados pela empresa requerida (a exemplo do TIM WEB, do INFINITY WEB e LIBERTY WEB), com o objetivo de apurar possível ocorrência das irregularidades consignadas no Relatório de Fiscalização nº 0028/2009/UO081, fls. 23 e 23/v. Em definitivo, pugna pela condenação da TIM Nordeste S.A. nas obrigações de fazer consistentes em excluir de seus contratos/termos de compromisso qualquer cláusula que autorize a mesma a reduzir unilateralmente, sob qualquer pretexto, a velocidade de transmissão de dados contratada pelos usuários dos serviços de internet por ela comercializados; realizar, no estado de Sergipe, contrapropaganda esclarecendo aos consumidores que, até março de 2009, o serviço denominado TIM Web foi comercializado como se fosse banda larga, sem que existisse, à época, a tecnologia necessária para tal neste estado, nos termos do art. 60, 1º, do CDC. Requer, também, a condenação da TIM na obrigação de não fazer consistente na não comercialização de serviço TIM Web e/ou qualquer outro serviço de internet móvel em que seja constatada a ocorrência de quaisquer das irregularidades consignadas no Relatório de Fiscalização nº 0028/2009/UO081, até que comprove a correção dos vícios detectados, na obrigação de dar consistente na restituição integral aos consumidores que contrataram o serviço TIM Web até março de 2009 dos valores pagos pela utilização do serviço, inclusive aquele referente à aquisição do modem, monetariamente corrigidos, sem prejuízo de eventuais perdas e danos, nos termos do art. 18, 1º, II, do CDC e na obrigação de indenizar consistente no pagamento de dano moral coletivo à comunidade sergipana em razão da publicidade enganosa e das práticas abusivas a que foi exposta, no valor de R$ ,00 (trinta milhões de reais), a ser revertida ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, nos termos do art. 13 da Lei nº 7.347/85 e Decreto nº 1.306/94. À fl. 26, foi determinada a notificação prévia dos requeridos para, querendo, se manifestarem acerca do pedido liminar, em aplicação analógica ao disposto no art. 2º, da Lei nº 8.437/92. Às fls. 34/40, a ANATEL, através da Procuradoria Federal no Estado de Sergipe, apresenta sua manifestação, aduzindo que essa agência reguladora já vem adotando todas as medidas possíveis para acompanhar e controlar permanentemente a qualidade e a regularidade da prestação do Serviço Móvel Pessoal (SMP). Quanto ao pedido liminar, afirma que tal possui natureza nitidamente satisfativa, infringindo, assim, o disposto no art. 3º, da Lei nº 8.437/92. Requer o indeferimento da medida de urgência. A TIM Nordeste S/A, às fls. 86/101, também se manifestou previamente, afirmando, em síntese, que os dados contidos no Relatório de Fiscalização apresentado encontram-se defasados, considerando que o cenário atual é completamente distinto daquele que fora objeto do referido relatório. Aduz, ainda, que as cláusulas contestadas pelo autor não são mais utilizadas pela TIM na comercialização do produto internet móvel. Pugna, assim, pelo indeferimento da tutela antecipada. 2

3 Junta a procuração e os documentos de fls. 105/149. Às fls. 154/156, o MPF se manifesta acerca das petições apresentadas pelas requeridas, ratificando os pedidos de tutela de urgência. Às fls. 158/186, a TIM Nordeste S/A, apresenta, de logo, a sua contestação, ratificando as razões apresentadas na sua manifestação prévia, acrescentando que as cláusulas do regulamento do produto TIM WEB são legais e que inexistiu qualquer propaganda enganosa quanto a esses produtos ofertados. Afirma, ainda, que a questão acerca da comercialização do produto internet móvel pela TIM, no Estado de Sergipe, já foi objeto de longa investigação realizada pela ANATEL no procedimento PADO nº /2009, cujo resultado resultou na condenação da TIM ao pagamento no valor de R$ ,97 (cento e setenta e cinco mil, quatrocentos e quarenta e dois reais e noventa e sete centavos), a título de multa. Quanto ao pedido de condenação em razão do suposto dano moral, aduz que não restou demonstrado alegado dano, até mesmo porque, caso tivesse ocorrido algum dano esse seria material e individual, e não moral, como pretende o MPF. Pugna, ao final, pela improcedência dos pedidos. Junta os documentos de fls. 187/228. À fl. 229, a fim de evitar tumulto processual, inclusive para abreviar o trâmite do feito, foi determinada a citação da requerida ANATEL, a fim de oferecer resposta à presente ação. Às fls. 235/250, a ANATEL apresenta a sua contestação, suscitando, preliminarmente, ausência de interesse de agir em face dessa agência reguladora. No mérito, aduz que foi instaurado devido procedimento em face da TIM (PADO nº /2009), a fim de apurar o cumprimento das obrigações legais e contratuais relacionadas aos direitos e garantias dos usuários, relativamente ao produto denominado TIM WEB. Não havendo, portanto, que se falar em omissão quanto às suas atribuições. Junta o documento de fl Pugna pela improcedência dos pedidos. O MPF apresenta réplica, fls. 256/285. Determinei a intimação das partes para que especificassem e fundamentassem o pedido de produção de provas, tendo a TIM pugnado pela juntada dos documentos de fls. 296/297, enquanto que o MPF e a ANATEL nada requereram. É, em síntese, o relatório. 2. FUNDAMENTAÇÃO Da alegada ausência do interesse de agir em face da ANATEL: Alega a ANATEL a suposta ausência de interesse de agir do MPF em face da ANATEL, sob o fundamento de que "a fiscalização do cumprimento da legislação de telecomunicações pelas empresas atuantes no setor já é uma atribuição inerente à atuação do órgão regulador, isto é, um poder-dever desta Agência Reguladora, que não se furta ao seu cumprimento". 3

4 Ocorre que, mesmo diante da existência de uma legislação que regule as obrigações e competências dessa agência reguladora, no caso a Lei nº 9.472/97, não se olvida a legitimidade do MPF para discutir acerca do descumprimento dessas obrigações que lhe são impostas, notadamente, a de fiscalizar as operadoras de telefonia móvel, consoante dispõe a Lei Complementar nº 75/93: Art. 6º Compete ao Ministério Público da União: (...) VII - promover o inquérito civil e a ação civil pública para: a) a proteção dos direitos constitucionais; b) a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente, dos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; c) a proteção dos interesses individuais indisponíveis, difusos e coletivos, relativos às comunidades indígenas, à família, à criança, ao adolescente, ao idoso, às minorias étnicas e ao consumidor; d) outros interesses individuais indisponíveis, homogêneos, sociais, difusos e coletivos ; Art. 39. Cabe ao Ministério Público Federal exercer a defesa dos direitos constitucionais do cidadão, sempre que se cuidar de garantir-lhes o respeito: (...) III - pelos concessionários e permissionários de serviço público federal. Demais disso, a existência do procedimento administrativo, no âmbito da agência reguladora, não impede a adoção de medidas pelo Poder Judiciário, uma vez que nosso ordenamento jurídico explicitamente afirma, no art. 5ª, inciso XXXV, da CF/88, que "não se pode excluir do Poder Judiciário a apreciação de lesão ou ameaça de lesão a direito", sendo desnecessário o esgotamento da via administrativa. E, nesse sentido, como bem ressaltado pelo MPF, em sua réplica, fl. 263, "mesmo tendo sido concluídos os PADO'S instaurados nos anos anteriores, a decisão da ANATEL não pode impor à empresa ré as obrigações de fazer e de indenizar pleiteadas na inicial da presente ação, consistente, respectivamente, na resolução de todas as falhas relacionadas à prestação do serviço ofertado e na reparação dos danos morais coletivos causados aos usuários do serviço de internet móvel e da TIM em Sergipe". Ou seja, não haveria qualquer título executivo que pudesse ser objeto de ação de execução em desfavor da TIM S/A, eis que a decisão proferida no âmbito dos PADO'S não figura dentre as hipóteses elencadas no art. 585, do CPC. Nesse sentido: CIVIL E PROCESSO CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DIREITO DO CONSUMIDOR. CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO DE TELEFONIA. AUSÊNCIA DE MANUTENÇÃO E CONSERTO DOS TELEFONES DE USO PÚBLICO. "ORELHÕES". INTERESSES DIFUSOS. LEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. LEGITIMIDADE PASSIVA 4

5 DA TELEMAR NORTE LESTE S/A. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS COLETIVOS. DESCABIMENTO. 1. Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público Federal em desfavor da empresa TELEMAR NORTE LESTE S/A, na qualidade de concessionária de serviço público de telefonia, pela ausência de conserto e manutenção de telefones de uso público - TUP (orelhões), no Município de Geru/SE, com pedido de correção das falhas na prestação dos serviços dos telefones de uso público e indenização por danos morais coletivos causados à população municipal pelo indisponibilidade dos mesmos. 2. Embora a atividade regulamentadora e fiscalizadora seja da ANATEL, que pode impor penalidades em caso de descumprimento das obrigações pelas concessionárias de telefonia, a instalação, a manutenção e o conserto dos orelhões são de responsabilidade das empresas de telefonia fixa concessionárias do serviço público. 3. A legitimidade passiva da ANATEL não exclui a legitimidade passiva da concessionária de serviço público, no caso, a TELEMAR NORTE LESTE S.A, pois a solicitação de instalação, manutenção e conserto dos telefones de uso público deve ser feita diretamente pelo usuário à concessionária de telefonia fixa, de forma que não pode ser excluída a responsabilidade da TELEMAR e, por conseguinte, sua legitimidade passiva para figurar no presente feito, posto que será a concessionária que irá arcar com a execução dos consertos e com o valor da indenização por dano morais coletivos, se imposto. 4. A existência do procedimento administrativo, no âmbito da agência reguladora, não impede a adoção de medidas pelo Poder Judiciário, em face da independência das instâncias civil, administrativa e criminal, na impossibilidade de excluir do Poder Judiciário a apreciação de lesão ou ameaça a lesão a direito, sendo desnecessário o esgotamento da via administrativa. 5. Persistência do interesse de agir do Ministério Público Federal- MPF em buscar em Juízo a proteção de todo interesse difuso e coletivo em tema de direito do consumidor, exercendo suas atribuições constitucionais, especialmente quando a Ação Civil Pública requer a condenação da TELEMAR em danos morais coletivos, pleito que apenas pode ser decidido pelo Poder Judiciário, e não, pela ANATEL. 6. A multa imposta à TELEMAR para manter regularizado os serviços de telefonia nos limites do município de Tomar do Geru/SE, incluindo povoados, no importe de R$ ,00, por ocorrência, afigura-se excessiva, razão pela qual deve ser reduzida para R$ 300,00 (trezentos reais) por evento. 7. O dano moral coletivo existe quando direitos transindividuais forem atingidos, ou seja, quando se impõe à coletividade um sofrimento/constrangimento. No caso, não houve efetivamente um dano moral coletivo. A maioria dos TUPs não funcionam porque foram destruídos pela própria coletividade, isto é, a própria coletividade causou o dano; sem contar que a maior parte da população tem celular, muitas vezes mais de um, donde se infere que a coletividade não teve como sentir tanto a falta desses terminais. 5

6 8. Apesar de violado o direito da coletividade, tal violação não teve o condão de gerar dano moral. 9. Apelação da ANATEL e Remessa Necessária, tida por interposta, improvidas. Apelação da TELEMAR, provida, em parte, para reduzir a multa por evento, e excluir a condenação por dano moral coletivo. (PROCESSO: , AC555068/SE, RELATOR: DESEMBARGADOR FEDERAL RUBENS DE MENDONÇA CANUTO, Terceira Turma, JULGAMENTO: 26/11/2013, PUBLICAÇÃO: DJE 13/12/ Página 137). Afasto, portanto, a preliminar suscitada Do mérito: A inicial narra que foi instaurado Inquérito Civil Público nº , no âmbito da Procuradoria da República no Estado de Sergipe, para o qual a ANATEL encaminhou Relatório de Fiscalização nº 0028/2009UO081, informando os resultados dos trabalhos de auditoria implementados na empresa TIM Nordeste S.A., entidade autorizada a explorar o Serviço Móvel Pessoal (SMP) no Estado de Sergipe. Na referida auditoria, verificaram-se irregularidades em todas as fases do processo de comercialização do SMP, causando significativo prejuízo aos consumidores em razão da não prestação de informações adequadas, da publicidade enganosa, bem como de restrições unilaterais impostas às condições de uso do serviço. O Relatório de Fiscalização foi elaborado com base na coleta de dados junto à empresa requerida, em reclamações registradas pelos consumidores contra a referida operadora de telefonia no sistema de atendimento ao usuário da ANATEL, no sentido de que "a banda mínima garantida pela prestadora não reflete a situação verificada durante todo o período de comercialização do Plano TIM WEB no Estado de Sergipe", pois não detinha tecnologia de rede que suportasse tal garantia de velocidade. Tal relatório deu conta, ainda, no item , de que nas cláusulas , e do contrato de Prestação de Serviço Móvel Pessoal firmado pela TIM existem disposições autorizando a aleatória, eventual e arbitrária limitação da velocidade de transmissão nos pacotes de tráfico ilimitado de dados prometida aos clientes, merece transcrição (fl. 14, anexo I do ICP nº / ): A velocidade de transmissão de dados disponível no acesso pode ter oscilações e variações conforme condições topográficas e/ou climáticas, velocidade de movimento, distância que o cliente se encontrar da Estação Rádio Base (ERB), número de clientes associados à mesma Estação Rádio Base, da Estação Móvel/modem usada na conexão, das aplicações utilizadas e dos sites de conteúdo e informação que forem acessados, além de outros fatores externos que porventura venham a interferir no sinal A velocidade de transmissão de dados contratada pelo cliente poderá ser reduzida após consumo do pacote/plano contratado, sendo restabelecido após o início do novo faturamento. 6

7 Nos pacotes de tráfego ilimitado de dados, a velocidade de transmissão de dados poderá sofrer redução, a critério exclusivo da TIM, após o consumo de dados previamente comunicado ao cliente, sendo restabelecido após o início do novo faturamento. A exordial relata, inclusive, que, após vistorias em quatro lojas da TIM e colheita junto aos atendentes de informações sobre os pacotes de dados disponíveis para comercialização, constatou-se a prática de condutas comerciais lesivas aos consumidores. Dentre elas, notou-se que os atendentes não se preocupavam em explicar para os clientes as velocidades máximas que poderiam ser alcançadas na rede local, em outra localidade ou no Estado e nem sequer qual tecnologia estaria disponível nos locais de utilização do serviço pelo usuário. O órgão ministerial, na exordial, concluiu que o conjunto das constatações constantes no mencionado Relatório de Fiscalização somado ao resultado de pesquisa de satisfação realizada pela ANATEL o qual deu conta de que 45% (quarenta e cinco por cento) dos usuários estavam insatisfeitos quanto ao não atendimento da velocidade vendida no contrato assinado, reflete a ocorrência de propaganda enganosa lesiva aos clientes. Em contrapartida, afirma a TIM, em sede de contestação de fls. 158/186, que não há qualquer irregularidade na publicidade divulgada, bem como que todas as informações sobre o serviço TIM Web sempre foram prestadas corretamente ao usuário. Alega, ainda, que o Relatório de Fiscalização que embasa a presente demanda foi elaborado há mais de quatro anos e meio, estando desatualizado e relatando realidade que não mais reflete à atual vivenciada no Estado de Sergipe. Acrescenta que, à época da confecção do referido Relatório, nem existia em Sergipe a tecnologia 3G e que as cláusulas mencionadas pelo MPF como irregulares não mais fazem parte dos contratos firmados com os consumidores, pois o regulamento utilizado na época da elaboração do relatório de Fiscalização da ANATEL já foi substituído pela TIM. Sustenta, por fim, que a redução da velocidade de conexão efetivada pela TIM a partir do momento em que se atinge uma determinada quantidade de megas utilizados é legal e é devidamente informada aos consumidores. A ANATEL, por seu turno, assegura que não houve qualquer omissão de sua parte, sob a justificativa de que acompanha e controla permanentemente a qualidade e a regularidade da prestação do SMP através de indicadores de desempenho operacional das empresas prestadoras, bem como do monitoramento da disponibilidade do serviço. Relata que são realizadas fiscalizações com base nas principais reclamações registradas em seu sistema. Pois bem. De início, não merece guarida a argumentação da ANATEL, eis que, embora tenha fiscalizado e monitorado o SMP da TIM, resultando no Relatório de Fiscalização nº 0028/2009UO081, não indicou quais as providências que teriam sido 7

8 adotadas objetivando sanar as irregularidades detectadas, nem prova ter se preocupado, objetivamente, em averiguar se tais irregularidades cessaram nos anos subsequentes. Em outras palavras, não trouxe aos autos provas de atuação efetiva, mas tão somente argumentação de que procedera a fiscalização. Da análise do Relatório de Fiscalização acostado ao anexo I do Inquérito Civil Público nº / , nota-se que a banda mínima garantida pela prestadora não reflete a situação verificada durante todo o período de comercialização do Plano TIM Web no estado de Sergipe, pois a prestadora não detinha tecnologia de rede que suportasse tal garantia de velocidade. Do relatório, infere-se também que O termo banda larga pode apresentar diferentes significados em diferentes contextos. A recomendação I.113 do setor de Padronização da UIT União Internacional de Telecomunicações (organização internacional destinada a padronizar e regular assuntos relacionados à telecomunicações internacionais, da qual a ANATEL é membro) define banda larga como a capacidade de transmissão que é superior àquela da primária do ISDN (Integrated Service Digital Network, com velocidade que varia de 64 a 128Kbps). O dicionário Houaiss define banda larga como qualquer conexão à internet acima da velocidade padrão dos modems analógicos (56Kbps) e (...) a velocidade de transmissão do GPRS é até 44,4Kbps, enquanto do EDGE é até 236,8Kbps (fl. 13, do anexo I do ICP nº / ). Assim, ainda que a TIM alertasse nos contratos firmados à época da elaboração do Relatório de Fiscalização que os consumidores observassem quais áreas eram abrangidas pela tecnologia 3G, percebe-se que nem a velocidade mínima indicada no contrato (60 Kbps) era fornecida aos usuários, em razão da inexistência de tecnologia para tal, o que lhe atrai a responsabilidade pelos prejuízos causados. Nesse sentido, destaque-se fundamentação de julgado semelhante ao caso aqui analisado, da qual me valho para decidir a presente demanda: EMENTA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO CONSUMIDOR. SERVIÇO DE TELEFONIA MÓVEL. FALHAS COMPROVADAS. NECESSIDADE DE AMPLIAÇÃO DE INFRA-ESTRUTURA, DE ACORDO COM OS PROJETOS APRESENTADOS E SUBMETIDOS AO CONTROLE DA ANATEL. DANO MORAL COLETIVO CONFIGURADO. DANOS MATERIAIS SOFRIDOS PELOS CONSUMIDORES. INDENIZAÇÃO QUE EXIGE COMPROVAÇÃO DOS PREJUÍZOS EM LIQUIDAÇÃO PREPARATÓRIA DE EXECUÇÕES INDIVIDUAIS. PROCEDÊNCIA, EM PARTE, DA PRETENSÃO DEDUZIDA NA PETIÇÃO INICIAL. EXTINÇÃO, SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA APENSADA, CUJA PRETENSÃO ESTÁ CONTIDA NO OBJETO DESTA AÇÃO MAIS ABRANGENTE. 01. Cuida-se de ação civil pública instaurada pelo MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, posteriormente acompanhado pelo MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, em que a ANATEL passou a integrar o pólo ativo, em desfavor da TIM NORDESTE S/A, atualmente incorporada pela TIM CELULAR S/A, contendo 8

9 reivindicação de provimento de urgência no sentido da interrupção da comercialização de novas linhas e portabilidade, de apresentação de projeto de ampliação da rede, sob pena cominação de multa, de apresentação da listagem dos assinantes do serviço pré-pago e pós-pago, tudo isso c/c pedido de prolação de sentença confirmando as medidas anteriores e condenando a empresa-ré ao pagamento de indenização por danos morais coletivos na ordem de R$ ,00 (cinquenta milhões de reais) e danos materiais de R$ 2,00 (dois reais) mensais a serem creditados nas contas de cada um dos consumidores, a partir de abril/2009 até agosto/2010, com previsão de integralização de R$ ,00 (trinta e dois milhões) na data de ajuizamento, com previsão de recolhimento dos valores não reclamados pelos usuários diretamente ao Fundo Estadual de Defesa do Consumidor, criado pela Lei 6.972/ Defende, em apertadíssima síntese, falha do serviço, que sofre bloqueio de chamadas, quedas de chamadas, sendo a situação ainda pior no interior do Estado e em regiões da grande Natal em que reside população de baixa renda. 03. Contestação às fls. 538/584, defendendo a TIM a necessidade de a ANATEL integrar a lide, no que já foi atendida, e de extinção do feito, sem resolução do mérito, por ausência de interesse de agir (utilidade), na medida em que as providências reclamadas seriam desfavoráveis aos consumidores, que se veriam privados do direito de optar por adquirir uma linha telefônica da empresa. No mérito propriamente dito, diz que o relatório da ANATEL é imprestável como meio de prova, sendo uma prova eivada de "parcialidade", que contém conclusões contrastantes com apontamentos de fiscalizações outras, além de ser calcado em dados desatualizados, estando a qualidade do serviço de acordo com as metas fixadas pela própria ANATEL para o setor. Afirma que o serviço é prestado em regime de autorização, submetendo-se às regras de direito privado, devendo se sujeitar aos princípios constitucionais aplicáveis à atividade econômica apenas, até porque o serviço de telefonia móvel não é essencial, ao contrário do que pondera o MP, não havendo fundamento para a pretensão voltada à reparação civil, seja por danos morais coletivos, seja por danos materiais, configurando enriquecimento ilícito o recolhimento dos valores pleiteados em favor do Fundo Estadual de Defesa do Consumidor. 04. Tutela antecipada deferida às fls. 677/684, reformulada às fls. 1030/1033, fl e 1639, agravada sem êxito pela TIM e revogada à fl É o relatório. 06. A preliminar de necessidade de formação de litisconsórcio resta prejudicada, uma vez que a ANATEL já compõe o polo ativo. 07. A preliminar de ausência de interesse de agir não é congruente, uma vez que o objeto da ação é exatamente a proteção do consumidor e não o contrário, não havendo que se cogitar de inutilidade do provimento que visa a assegurar um serviço de telefonia de qualidade àqueles que dele precisam. 9

10 08. No mais, assiste razão à TIM no ponto em que destaca que o serviço de telefonia móvel se sujeita ao regime de direito privado, submetendo-se aos princípios constitucionais aplicáveis à atividade econômica, dentre eles a livre concorrência, em consonância com o art. 170, da Constituição Federal, respaldando esta sua tese o art. 64, da Lei nº 9.472/97 (Lei Geral de Telecomunicações), bem como os arts. 1º e 3º, do Decreto nº 2.534/ Contudo, a referida circunstância não significa, de modo algum, que a contestante está isenta de observar as determinações contidas no Código de Defesa do Consumidor, tanto que a própria Lei nº 9.472/97, em seus arts. 5º e 127, caput e inciso III, deixa isso bem claro ao dispor: "Art. 5º Na disciplina das relações econômicas no setor de telecomunicações observar-se-ão, em especial, os princípios constitucionais da soberania nacional, função social da propriedade, liberdade de iniciativa, livre concorrência, defesa do consumidor, redução das desigualdades regionais e sociais, repressão ao abuso do poder econômico e continuidade do serviço prestado no regime público. Art A exploração de serviço de telecomunicações no regime privado será baseada nos princípios constitucionais da atividade econômica. Art A disciplina da exploração dos serviços no regime privado terá por objetivo viabilizar o cumprimento das leis, em especial das relativas às telecomunicações, à ordem econômica e aos direitos dos consumidores, destinando-se a garantir: (...) III - o respeito aos direitos dos usuários;" 10. Demais disso, o art. 170, da Constituição Federal, atribui à defesa do consumidor o mesmo status do princípio da livre concorrência invocado pela TIM no afã de se colocar a salvo de qualquer intervenção em sua atividade empresarial. 11. Com efeito, por mais que o princípio da livre concorrência socorra a TIM, permitindo que explore o serviço de telefonia móvel em igualdade de condições com as demais operadoras, sem que se lhe imponham restrições desarrazoadas à comercialização de seus chips e planos, ela não pode se valer dessa liberdade para atrair consumidores dos serviços de telefonia que presta sem lhes ofertar uma contrapartida adequada. 12. É certo que a TIM alega ser de boa qualidade o serviço de telefonia móvel que explora, rebatendo, inclusive, todos os relatórios de fiscalização da ANATEL em sentido diferente. 13. Pondera que os relatórios da ANATEL não se prestariam para comprovar as falhas do serviço, atinentes às "quedas de ligações" e "bloqueios" em diversos locais, principalmente por representarem uma visão parcial sobre os aspectos em discussão. 14. Não é plausível o argumento. 15. Em se tratando de relação jurídica de consumo, que chama para si a aplicação dos ditames do Código de Defesa do Consumidor, o ônus da prova é invertido. 10

11 16. Caberia à TIM provar que o serviço que presta é maravilhoso, que a narrativa constante da exordial é inverídica, que o relatório da ANATEL é uma falácia, o que, obviamente, não conseguiu fazer, até porque as referidas falhas e a insatisfação generalizada dos usuários alçaram a condição de fato público e notório. 17. Se os usuários pagam pelo serviço que a TIM disponibiliza é porque dele precisam, o que impõe que esteja sempre disponível e de acordo com um razoável padrão de qualidade. Não é pelo fato de o serviço de telefonia móvel não estar jungido ao regime público que pode ser tido como "não essencial", a ponto de comportar descontinuidade a todo momento, sem qualquer sanção para a operadora. 18. De fato, pressupõe-se que se o consumidor está comprando algo é porque este algo, para ele, é essencial, dele precisa, de modo que o produto ou serviço adquirido deve funcionar e funcionar como se espera e quando se precisa. 19. Não cabe à TIM decidir quando o serviço pode ou não ser usado, valendo-se de "bloqueios" e/ou se omitindo quanto à implantação de estratégias de investimento aptas a evitar a sobrecarga que acarreta as "quedas" incessantes das ligações. 20. Ora, para resguardar seu direito de liberdade de concorrência, deve a TIM compatibilizá-lo com os direitos dos usuários. Para que não venha a ser privada do direito de comercialização de novas linhas, cabe à empresa realizar investimentos constantes na ampliação da infraestrutura da rede que lhe permite prestar o serviço de telefonia móvel de acordo com as metas fixadas para o setor. Apenas os investimentos que já realizou, nos presentes autos, e o controle da eficiência proporcional à demanda, garantem que possa continuar a explorar a atividade econômica a que se propõe, sem maiores percalços, com condições de angariar novos usuários e obter, dessa forma, um aumento igualmente proporcional de faturamento. 21. Não há como ampliar, em progressão geométrica, o número de clientes, congelando investimentos ou os realizando timidamente, sem compromisso com o destinatário final do serviço, permitindo que Municípios e bairros inteiros fiquem desprestigiados, com sinal deficiente de telefonia móvel, apesar de estarem supostamente incluídos no âmbito de cobertura da operadora. Se as regiões estão incluídas no âmbito de cobertura da TIM, devem contar com um serviço que não seja de faz de conta como vinha ocorrendo. 22. Na hipótese, tanto foi provada a piora na qualidade do serviço ao longo do tempo, bem como a precariedade da infra-estrutura relegada a investimentos insuficientes ao longo dos anos, que se tornou cogente a imposição de investimentos em ampliação da rede de telefonia móvel da TIM, tendo esta empresa apresentado ao menos dois projetos nesse sentido, cuja implantação atendeu, em parte, à pretensão deduzida na petição inicial pelo MP, devendo os referidos investimentos, projetos e resultados, ficar sempre sob fiscalização atenta da agência reguladora que integra o pólo ativo. 11

12 23. Quanto ao dano moral coletivo, é curial registrar que o STJ o tem reconhecido em diversas situações, a exemplo do que aconteceu no julgamento do REsp e REsp Assim como o instituto do direito coletivo não representa um somatório dos direitos individuais, o dano moral coletivo não é uma pluralidade de danos morais individuais, reclamando uma leitura jurídica diferente. 25. Enquanto o dano moral individual é eminentemente subjetivo, exigindo, realmente, para sua configuração, a constatação do dano, lesão, angústia, dor, humilhação ou sofrimento pessoal do lesado, o dano moral coletivo é de natureza objetiva, sendo verificável de plano, pela simples análise das circunstâncias que o ensejaram. 26. Para fins de demonstração de dano moral a uma coletividade, basta que se realize, no plano dos fatos, uma conduta empresarial afrontosa ao ordenamento jurídico, que o fato transgressor seja de razoável significância e transborde os limites da tolerabilidade, causando sensação de frustração e impotência no universo de indivíduos expostos às consequências da conduta antijurídica perpetrada. 27. Com efeito, foi exatamente isto o que ocorreu no caso concreto, tendo em vista que a coletividade de usuários dos serviços prestados pela TIM suportou inúmeros transtornos diante das consequências da falta de investimento da empresa em infra-estrutura, sendo inobservadas as normas que estabelecem o respeito aos direitos deles/consumidores. Há lesão evidente no exato instante em que a TIM optou por buscar mais e mais clientes sem condições de prestar um bom serviço, apenas para impossibilitar a todos, antigos e novos contratantes, o exercício do direito de se comunicar, de estarem integrados com a sociedade, fazendo e recebendo ligações de amigos ou de parceiros de trabalho e/ou negócio sem interrupção abrupta das ligações e/ou sem bloqueios, enfim, de estarem acessíveis em um mundo cada dia mais ávido por interação e conexão em tempo real. 28. O valor da indenização pelos danos morais não pode ser insignificante, sob pena de não atingir o propósito educativo, mas também não deve ser exagerado e desproporcional a ponto de tornar-se impagável e/ou excessivamente onerosa. Dito isto, é preciso ter em mente que R$ ,00 (cinquenta milhões de reais), mesmo para uma empresa de grande porte como a TIM, representa, sem dúvidas, uma quantia um tanto exorbitante, não podendo ser fixada a reparação dos danos morais neste importe desejado pelo Ministério Público. 29. O pedido de reparação de danos materiais também é digno de acolhida, mas a exigibilidade do pagamento depende de comprovação e liquidação preparatória das futuras execuções individuais da sentença proferida nesta ação civil pública. 30. Não se pode adotar, para a referida indenização devida por danos materiais, um valor simbólico, por arbitramento, que devido ao efeito multiplicador pretendido fica elevado à cifra de milhões, para fins de ulterior reversão do numerário ao Fundo Estadual de Proteção ao Consumidor caso não venha a ser reclamado por cada um dos usuários lesados. 12

13 31. É descabida a indenização por danos materiais a despeito de comprovação dos efetivos prejuízos no momento oportuno, individualmente, por quem de direito. 32. Se é certo que o dano moral se demonstra objetivamente e deve ser recolhido diretamente em favor do Fundo Estadual de Proteção ao Consumidor, igualmente certo é que a reparação pelos danos materiais, em hipóteses como a presente, só deve ser vertida aos próprios consumidores que porventura vierem a exercer o direito de executar o presente julgado nesse ponto, e desde que tenham efetivamente experimentado prejuízos financeiros decorrentes da falha no serviço de telefonia móvel e logrem demonstrá-los, na execução individual, sendo descabida a solução de arbitramento, com efeito multiplicador, sem correlação com os verdadeiros danos. 33. À luz de todo o exposto, JULGO PROCEDENTE, EM PARTE, A PRETENSÃO DEDUZIDA NA PETIÇÃO INICIAL, apenas para determinar que a TIM CELULAR S/A viabilize todos os investimentos necessários à implantação dos projetos de ampliação da infra-estrutura da rede de telefonia móvel requeridos pelo MP, na proporção necessária a fazer frente ao incremento do número de usuários, os quais já foram apresentados nos presentes autos e receberam o aval da agência reguladora, atendendo, em parte, a pretensão deduzida na petição inicial, ficando o controle dos resultados submetido à fiscalização da ANATEL, e para condenar a ré ao pagamento de indenização por danos morais coletivos na ordem de R$ ,00 (dez milhões de reais) e à reparação de danos materiais que porventura vierem a ser demonstrados, por cada um dos usuários lesados, em execuções individuais do presente julgado. O valor da indenização fixada pelos danos morais coletivos deve ser recolhido diretamente ao Fundo Estadual de Defesa do Consumidor, criado pela Lei 6.972/97, conta corrente , agência do Banco do Brasil, com atualização devida desde a data desta sentença até a do recolhimento. Já a busca pelo pagamento de indenizações pelos danos materiais depende de iniciativa dos usuários, mediante comprovação dos danos, sujeitando-se a juros de mora de 0,5% ao mês e atualização monetária nos moldes da Súmula nº 43 do STJ. 34. Considero prejudicado o andamento da ação civil pública nº , anteriormente apensada à presente e ainda a depender de manifestação da ANATEL sobre o interesse de agir, DECLARANDO-A EXTINTA, SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, até porque o objeto desta ação civil pública nº , bem mais abrangente, abarca integralmente o intento externado pelo Ministério Público Estadual em tais autos. 35. Translade-se este julgado para os autos da ação civil pública nº , procedendo-se ao seu arquivamento, na hipótese de não ser interposto recurso voluntário contra esta decisão, o mesmo se aplicando se o recurso porventura interposto não versar sobre impugnação específica sobre esta determinação. 36. Sem honorários, à luz do princípio da simetria (art. 18 da Lei 7.347/85, com a redação dada pela Lei nº 8.078/90). 37. P.R.I. 13

14 Natal/RN, 29 de janeiro de MAGNUS AUGUSTO COSTA DELGADO Juiz Federal - 1ª Vara do Rio Grande do Norte (JF-RN- Ação Civil Pública nº , Juiz Federal Magnus Augusto Costa Delgado, Data de Julgamento: 29/01/2014, 1ª Vara Federal, Data de Publicação: 03/02/2014) O caso analisado e julgado pelo MM. Juiz Federal da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte é deveras semelhante ao presente, apenas tratando-se de suporte fático distinto. Mas, tal revela que a conduta da concessionária requerida é uma constante de desrespeito aos consumidores, não somente no Estado de Sergipe, mas também em outros Estados da federação. Conforme dispõe o art. 51 do Código de Defesa do Consumidor, são nulas de pleno direito as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de serviços que estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade e que autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua celebração Quanto ao dano moral coletivo, tema exaustivamente enfrentado pelo MM. Juiz Federal Fernando Escrivani Stefaniu, quando do julgamento do processo nº , conforme trechos abaixo transcritos de sua fundamentação, a qual adoto no presente caso, deve ser grave o suficiente para produzir verdadeiros sofrimentos, intranqüilidade social e alterações relevantes na ordem extrapatrimonial coletiva. Destaque-se: Não desconheço a corrente que propugna pela incompatibilidade dos elementos conceituais do dano moral (abalo psíquico, etc) com a noção de transindividualidade. Contudo, entendo mais acertada a posição pela admissibilidade teórica do dano moral coletivo. Nesse diapasão, por bem explorar a matéria, trago voto (trechos de destaque) proferido pela Min. Eliana Calmon no RESp nº RS: [...] Diversos são os doutrinadores que sufragam a essência da existência e reparabilidade do dano moral coletivo: Limongi França sustenta que é possível afirmar a existência de dano moral "à coletividade, como sucederia na hipótese de se destruir algum elemento do seu patrimônio histórico ou cultural, sem que se deva excluir, de outra parte, o referente ao seu patrimônio ecológico". Carlos Augusto de Assis também corrobora a posição de que é possível a existência de dano moral em relação à tutela de interesses difusos, indicando hipótese em que se poderia cogitar de pessoa jurídica pleiteando indenização por dano moral, como no caso de ser atingida toda uma categoria profissional, coletivamente falando, sem que fosse possível individualizar os lesados, caso em que se ria conferida legitimidade ativa para a entidade representativa de classe pleitear indenização por dano moral. 14

15 A sustentar e esclarecer seu posicionamento, aponta Carlos Augusto de Assis, a título de exemplo: "Imagine-se o caso de a classe dos advogados sofrer vigorosa campanha difamatória. Independente dos danos patrimoniais que podem se verificar (e que também seriam de difícil individualização) é quase certo que os advogados, de uma maneira geral, experimentariam penosa sensação de desgosto, por ver a profissão a que se dedicam desprestigiada. Seria de admitir que a entidade de classe (no caso, a Ordem dos Advogados do Brasil) pedisse indenização pelo dano moral sofrido pelos advogados considerados como um todo, a fim de evitar que este fique sem qualquer reparação em face da indeterminação das pessoas lesadas. Carlos Alterto Bittar Filho leciona: "quando se fala em dano moral coletivo, está-se fazendo menção ao fato de que o patrimônio valorativo de uma certa comunidade (maior ou menor), idealmente considerado, foi agredido de maneira absolutamente injustificável do ponto de vista jurídico". Assim, tanto o dano moral coletivo indivisível (gerado por ofensa aos interesses difusos e coletivos de uma comunidade) como o divisível (gerado por ofensa aos interesses individuais homogêneos) ensejam reparação. Doutrinariamente, citam-se como exemplos de dano moral coletivo aqueles lesivos a interesses difusos ou coletivos: "dano ambiental (que consiste na lesão ao equilíbrio ecológico, à qualidade de vida e à saúde da coletividade), a violação da honra de determinada comunidade (a negra, a judaica etc.) através de publicidade abusiva e o desrespeito à bandeira do País (o qual corporifica a bandeira nacional). (in Dano moral. Doutrina, jurisprudência e legislação. São Paulo: Saraiva, 2000, pp. 34-5). E não poderia ser diferente porque as relações jurídicas caminham para uma massificação e a lesão aos interesses de massa não podem ficar sem reparação, sob pena de criar-se litigiosidade contida que levará ao fracasso do Direito como forma de prevenir e reparar os conflitos sociais. A reparação civil segue em seu processo de evolução iniciado com a negação do direito à reparação do dano moral puro para a previsão de reparação de dano a interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos, ao lado do já consagrado direito à reparação pelo dano moral sofrido pelo indivíduo e pela pessoa jurídica (cf. Súmula 227 STJ). Com efeito, os direitos de personalidade manifestam-se como uma categoria histórica, por serem mutáveis no tempo e no espaço. O direito de personalidade é uma categoria que foi idealizada para satisfazer exigências da tutela da pessoa, que são determinadas pelas contínuas mutações das relações sociais, o que implica a sua conceituação como categoria apta a receber novas instâncias sociais. (cf. LEITE, José Rubens Morato. Dano Ambiental. do individual ao coletivo extrapatrimonial. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000, p. 287). Como constata Xisto Tiago de Medeiros Neto: Dessa maneira, o alargamento da proteção jurídica à esfera moral ou extrapatrimonial dos indivíduos e também aos interesses de dimensão coletiva veio a significar destacado e necessário passo no processo de 15

16 valorização e tutela dos direitos fundamentais. Tal evolução, sem dúvida, apresentou-se como resposta às modernas e imperativas demandas da cidadania. Ora, desde o último século que a compreensão da dignidade humana tem sido referida a novas e relevantíssimas projeções, concebendo-se o indivíduo em sua integralidade e plenitude, de modo a ensejar um sensível incremento no que tange às perspectivas de sua proteção jurídica no plano individual, e, também, na órbita coletiva. É inegável, pois, o reconhecimento e a expansão de novas esferas de proteção à pessoa humana, diante das realidades e interesses emergentes na sociedade, que são acompanhadas de novas violações de direitos. (Dano moral coletivo. 2ª ed. São Paulo: LTr, 2007, p. 121). O mesmo autor sintetiza os requisitos para configuração do dano moral coletivo: Em suma, pode-se elencar como pressupostos necessários à configuração do dano moral coletivo, de maneira a ensejar a sua respectiva reparação, (1) a conduta antijurídica (ação ou omissão) do agente, pessoa física ou jurídica; (2) a ofensa a interesses jurídicos fundamentais, de natureza extrapatrimonial, titularizados por uma determinada coletividade (comunidade, grupo, categoria ou classe de pessoas); (3) a intolerabilidade da ilicitude, diante da realidade apreendida e da sua repercussão social; (4) o nexo causal observado entre a conduta e o dano correspondente à violação do interesse coletivo (lato sensu). (idem, p. 136) O dano moral extrapatrimonial deve ser averiguado de acordo com as características próprias aos interesses difusos e coletivos, distanciando-se quanto aos caracteres próprios das pessoas físicas que compõem determinada coletividade ou grupo determinado ou indeterminado de pessoas, sem olvidar que é a confluência dos valores individuais que dão singularidade ao valor coletivo. O dano moral extrapatrimonial atinge direitos de personalidade do grupo ou coletividade enquanto realidade massificada, que a cada dia mais reclama soluções jurídicas para sua proteção. É evidente que uma coletividade de índios pode sofrer ofensa à honra, à sua dignidade, à sua boa reputação, à sua história, costumes e tradições. Isso não importa exigir que a coletividade sinta a dor, a repulsa, a indignação tal qual fosse um indivíduo isolado. Estas decorrem do sentimento coletivo de participar de determinado grupo ou coletividade, relacionando a própria individualidade à idéia do coletivo. Assim sendo, considero que a existência de dano extrapatrimonial coletivo pode ser examinado e mensurado, tendo-se em consideração os requisitos de configuração do dano moral individual. [...]. Com efeito, necessário se faz para o arbitramento da quantia referente ao dano moral coletivo aqui pretendido levar em consideração: a) a média de (três mil setecentos e setenta e seis) contratos comercializados pela TIM irregularmente, pois tal empresa vendia um serviço que, em verdade, não podia fornecer, em razão da ausência de tecnologia local, segundo Relatório de Fiscalização em tela. 16

17 b) a sensação de total desamparo sofrida por significativo número de consumidores atingidos pelo deficiente, quando não inexistente, serviço adquirido da concessionária requerida. Assim, na dimensão concreta do caso em apreço e observados os parâmetros acima explanados, encontram-se presentes os requisitos para a caracterização do dano moral coletivo, o qual arbitro em R$ ,00 (quinze milhões de reais). 3 DISPOSITIVO Ante todo o exposto, JULGO PROCEDENTES os pedidos elencados na inicial para determinar: a) À empresa TIM Nordeste S.A.: a.1) a obrigação de fazer consistente tanto na exclusão de seus contratos/termos de compromisso de qualquer cláusula que autorize, por sua parte, a redução unilateral, sob qualquer pretexto, da velocidade de dados contratada pelos usuários dos serviços de internet comercializados; como na realização, no âmbito do Estado de Sergipe, de contrapropaganda esclarecendo aos consumidores que, até março de 2009, o serviço denominado TIM Web foi comercializado como se fosse banda larga, sem que existisse, à época, a tecnologia necessária para tal neste estado, nos termos do art. 60, 1º, do CDC. a.2) a obrigação de não fazer consistente na não comercialização de serviço TIM Web e/ou qualquer outro serviço de internet móvel em que seja constatada a ocorrência de quaisquer das irregularidades consignadas no Relatório de Fiscalização nº 0028/2009/UO081, até que comprove a correção dos vícios detectados, o que deverá fazer perante este juízo da da. a.3) a obrigação de dar, consistente na restituição integral aos consumidores que contrataram o serviço TIM Web até março de 2009 dos valores pagos pela utilização do serviço, inclusive aquele referente à aquisição do modem, monetariamente corrigidos, devendo tal restituição ser feita nas faturas que se vencerem após o trânsito em julgado desta sentença, sem prejuízo de eventuais perdas e danos, nos termos do art. 18, 1º, II, do CDC. a.4) a obrigação de indenizar, consistente no pagamento de dano moral coletivo à comunidade sergipana em razão da publicidade enganosa e das práticas abusivas a que foi exposta, no valor de R$ ,00 (quinze milhões de reais), a ser revertido ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, nos termos do art. 13 da Lei nº 7.347/85 e Decreto nº 1.306/94. b) À ANATEL: b.1) a obrigação de fazer consistente na fiscalização, no prazo de 30 (trinta) dias, do cumprimento das obrigações impostas à TIM e, no prazo de 90 (noventa) dias, de todos os serviços de internet móvel atualmente disponibilizados pela empresa requerida, para apurar quaisquer ocorrências de irregularidades consignadas no Relatório de Fiscalização nº 0028/2009/UO

18 3.2. Outrossim, considerando presentes os requisitos do art. 273, do CPC, DEFIRO o pedido de antecipação dos efeitos da tutela, para o fim de que: a) a TIM Nordeste S.A., no prazo de até 05 (cinco) dias, a contar da publicação desta sentença no DJ, suspenda a aplicação de qualquer cláusula contratual que a autorize a reduzir unilateralmente, sob qualquer pretexto, a velocidade de transmissão de dados contratada pelos usuários dos serviços de internet por ela comercializados (independentemente da denominação que lhe seja dada), a exemplo daquelas aplicadas ao serviço TIM WEB, conforme apontado no item do Relatório de Fiscalização nº 0028/2009/UO081; b) a ANATEL, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da ciência pessoal desta sentença, via Procuradoria Federal em Sergipe, realize fiscalização com o objetivo de aferir o cumprimento das obrigações aqui impostas à TIM, em atendimento do pedido indicado no item 3.2 a) supra, e que realize, no prazo de 90 (noventa) dias, fiscalização de todos os serviços de internet móvel atualmente disponibilizados pela empresa requerida (a exemplo do TIM WEB, do INFINITY WEB e LIBERTY WEB), com o objetivo de apurar possível reincidência quanto às irregularidades consignadas no Relatório de Fiscalização nº 0028/2009/UO À TIM e à ANATEL, a fixação de multa diária de R$ ,00 (cinquenta mil reais) para a TIM, e de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para a ANATEL, pelo eventual descumprimento das determinações aqui impostas, a título de provimento final, devendo os valores ser revertidos ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, ressaltando que dita multa incidirá também no caso de descumprimento da decisão antecipatória dos efeitos da tutela, conforme itens '3.2', a) e b), supra Sem custas processuais e sem honorários advocatícios, tendo em vista o disposto no art. 18, da Lei nº 7.347/ Sentença sujeita a reexame necessário. P.R.I. Aracaju/SE, 30 de abril de RONIVON DE ARAGÃO, Juiz Federal. Certifico que nesta data registrei a presente sentença no sistema TEBAS, de acordo com o Provimento n. 23, de 06/12/2005 (TRF 5 a Região). Aracaju/SE, 30/04/2014. Servidor Responsável 18

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