PRESERVE OS ANTIBIÓTICOS Campanha de sensibilização do cidadão
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- João Lucas Caiado Lemos
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1 PRESERVE OS ANTIBIÓTICOS Campanha de sensibilização do cidadão Dossier de Imprensa Lisboa 28 de Setembro de 2011
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3 Índice Sobre o G.I.S (Grupo de Infecção e Sepsis) 2 Sobre os antibióticos 3 Quando tomar antibiótico? 3 A importância do uso racional e controlado de antibióticos 3 A resistência aos antibióticos constitui um problema 3 Existem regras para a utilização dos antibióticos? 4 Que medidas são tomadas a nível internacional para combater o problema da resistência aos antibióticos? 4 Como preservar a eficácia dos antibióticos actualmente existentes? 4 Podem ser desenvolvidos novos antibióticos? 4 Alguns dados a reter 5 A campanha 6 Contactos 7 32
4 Sobre o G.I.S. (Grupo de Infecção e Sepsis*) O Grupo de Infecção e Sepsis - GIS - surge em 2003, tendo como principal objectivo a promoção da investigação na área de Infecção e Sepsis e o apoio a iniciativas individuais e institucionais nesta área. Com o objectivo de promover o conhecimento e a troca de experiencias na área da Infecção e da Sepsis, realiza anualmente o Simpósio de Infecção e Sepsis, promove Cursos de Infecção e Sepsis e de Via Verde de Sepsis e edita a Revista Infecção e Sepsis. O Grupo tem ainda participado em trabalhos que visam a implementação a nível hospitalar, de estratégias que resultam de consensos ou reflectem o estado da arte, nos assuntos abordados. * Sepsis é uma infecção generalizada grave, que pode ter ponto de partida em pneumonia, infecção urinária, meningite ou outras, atingindo uma gravidade tal, que coloca em risco o funcionamento de um ou mais órgãos vitais e até a vida 4 2
5 Sobre os Antibióticos Antibiótico é o nome dado a medicamentos que têm a capacidade de actuar sobre bactérias que causam infecções no organismo. Os antibióticos matam ou inibem o metabolismo e/ou a reprodução das bactérias, permitindo ao sistema imunológico combatê-los com maior eficácia São medicamentos de grande valor, que salvam muitas vidas. No entanto, o seu efeito e actividade podem ficar muito reduzidos se forem tomados de forma inadequada e desnecessária. Quando tomar antibiótico Os antibióticos devem ser utilizados no tratamento de doenças causadas por bactérias e não para as causadas por vírus, como é o caso da gripe e das constipações. Por exemplo, a maioria das infecções do nariz e da garganta são causadas por vírus e os antibióticos não melhoram nem curam estas infecções. Nestes casos, se os tomarmos não teremos qualquer benefício e podemos sofrer efeitos laterais e induzir resistência em bactérias que vivem pacificamente no nosso organismo. A toma de um antibiótico exige avaliação, prescrição e receita médica. A importância do uso racional e controlado de antibióticos O uso indevido e intensivo de antibióticos constitui a principal causa de resistência bacteriana a antibióticos. A resistência aos antibióticos ocorre quando estes perdem a capacidade de inibir o crescimento da bactéria ou de a matar; ou seja, quando as bactérias deixam de ser susceptíveis ao efeito do antibiótico e continuam a multiplicar-se. A resistência aos antibióticos constitui um problema A resistência aos antibióticos constitui um grande problema na medida em que diminui a eficácia do antibiótico e dificulta o tratamento das infecções. As infecções por bactérias resistentes são mais graves e difíceis de tratar, obrigando à utilização de antibióticos mais potentes, mais caros e muitas vezes com mais efeitos laterais e com maior capacidade de induzir novas resistências. Existem regras para a utilização dos antibióticos? Em Portugal, os antibióticos apenas podem ser vendidos com receita médica. Algumas instituições, nomeadamente a Direcção Geral da Saúde (DGS) produz e divulga normas e orientações que apoiam a prescrição médica de antibióticos. Os hospitais têm comissões de consultadoria constituídas por 35
6 peritos no uso de antibióticos e uma recente orientação da DGS aconselha o alargamento desta estratégia de consultadoria aos centros de saúde, ACES e unidades de cuidados continuados. É também fundamental aumentar a informação do utente sobre os antibióticos e os riscos da sua toma desregrada e desnecessária. Que medidas são tomadas a nível internacional para combater o problema da resistência aos antibióticos? Dado o elevado número de bactérias resistentes em todo o mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a União Europeia (EU) têm procurado sensibilizar para o uso judicioso dos antibióticos. A melhoria do saneamento básico, a qualidade da água de consumo humano, o desenvolvimento de vacinas e o cumprimento do programa vacinal, o controlo das bactérias multirresistentes a nível hospitalar e da comunidade e a redução do uso de antibióticos na pecuária e agricultura, constituem também importantes medidas de controlo de emergência de bactérias resistentes. Como preservar a eficácia dos antibióticos actualmente existentes? Para preservar a eficácia dos antibióticos actualmente existentes, deve ser melhorada a sua utilização, anulando-se o uso desnecessário. É necessário salientar a importância de eliminar a auto-medicação, de devolver as sobras de comprimidos de antibióticos à farmácia e de seguir as indicações médicas em termos de dose, intervalo entre as tomas e duração do tratamento. O médico deve ser sensato e claro na prescrição e posologia. O farmacêutico é também um elo fundamental na pedagogia destes princípios. O uso de antibióticos na pecuária e na agricultura deve também ser controlado e judicioso. 64
7 Alguns dados a reter Em cada ano, morrem 25 mil pessoas na União Europeia, por uma infecção grave resistente aos antibióticos. Em Portugal, os dados mais recentes do Eurobarómetro indicam que 78% dos portugueses acreditam que os antibióticos têm sucesso em infecções causadas por vírus, tais como gripes e constipações, nas quais, de facto, são completamente ineficazes. Actualmente, mais de 70% das bactérias causadoras de infecção hospitalar são resistentes a pelo menos um dos antibióticos habitualmente usados para as tratar. Segundo os últimos dados revelados os portugueses gastam uma média de sete milhões de euros por mês em antibióticos, sendo Portugal o nono país da Europa com maior consumo deste tipo de medicamentos. 5 7
8 A campanha A Direcção Geral da Saúde (DGS) e o Grupo de Infecção e Sepsis (GIS) lançam uma Campanha de Sensibilização a nível nacional para a correcta utilização de antibióticos, entre Setembro de 2011 e Março de 2012, dirigida a todos os portugueses. A Campanha pretende enfatizar a necessidade de restringir o uso de antibióticos através de duas estratégias fundamentais: a prevenção de infecções e o fim da automedicação. A DGS e o GIS pretendem alertar a população para a correcta utilização deste medicamento especial, a fim de conseguir a diminuição da taxa de bactérias multirresistentes. As duas entidades unem-se, assim, no combate a este grave problema de saúde pública, uma vez que o GIS tem como principal objectivo a promoção e divulgação de investigação na área de Infecção e Sepsis, apoiando iniciativas individuais e institucionais e promovendo simpósios, e a DGS tem estabelecido como missão ao longo de 111 anos a regulamentação, orientação e coordenação de actividades para a promoção da qualidade no sistema de saúde e a prevenção da doença. A Campanha de Sensibilização do Cidadão promoverá várias acções com o objectivo de alterar atitudes e comportamentos dos portugueses relativamente ao consumo de Antibióticos. Sem Antibióticos eficazes, doenças que hoje têm cura, podem amanhã tornar-se fatais. Esta campanha conta com o apoio de múltiplas instituições da área da saúde e ainda da Câmara Municipal de Gaia (Gaianima), da Câmara Municipal de Lisboa (Departamento de Acção Cultural), da Câmara Municipal do Porto (Porto Lazer), do Continente, da Fundação Calouste Gulbenkian, da Sonae Sierra e da TVI. 6 8
9 Contactos Quaisquer informações poderão ser pedidas ao G.I.S. através do seu secretariado, Acrópole, Lda. Tel: ; Tlm: Maria Jose Teixeira 97
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