UM LEVANTAMENTO SOBRE A UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS DE CONTROLE E AS EXPECTATIVAS DOS PRODUTORES RURAIS

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1 1 UM LEVANTAMENTO SOBRE A UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS DE CONTROLE E AS EXPECTATIVAS DOS PRODUTORES RURAIS Mateus Beltramin mateusbeltramin83@hotmail.com Dione Olesczuk Soutes dioneosoutes@gmail.com Roberta Carvalho de Alencar robertaalencar@uol.com.br Área temática: Custos em perspectiva setorial PALAVRAS-CHAVE: Survey. Expectativas. Produtor Rural. Controles. Metodologia de investigação usada: Survey.

2 1 UM LEVANTAMENTO SOBRE A UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS DE CONTROLE E AS EXPECTATIVAS DOS PRODUTORES RURAIS 1 INTRODUÇÃO Desde a antiguidade o homem procura métodos de gerenciamento com a finalidade de aumentar suas riquezas. E foi a Contabilidade que fez com que isso se tornasse possível. Mais do que lançamentos de débitos e créditos, a contabilidade tornou-se uma ferramenta de gestão empresarial que vem se aperfeiçoando com o passar dos anos, e é utilizada em diversos ramos de atividade. Na indústria, no comércio ou até mesmo no meio rural ela é uma das responsáveis por informar ao proprietário a situação de seus negócios demonstrando: crescimento, fatores que possam pôr em risco a propriedade, possíveis soluções e outras informações importantes para uma boa administração. Outra atividade que vem se desenvolvendo rapidamente é o Agronegócio. Com o aumento acelerado no volume de recursos na atividade rural, se torna cada vez mais difícil o controle das atividades na empresa rural, assim o produtor rural necessita de ferramentas para auxiliá-lo nesse gerenciamento. Uma das principais ferramentas é a Contabilidade Gerencial, que objetiva um melhor controle das Receitas, Custos e Despesas da empresa. A Contabilidade Gerencial transmite ao empresário rural, informações necessárias para que o mesmo tome decisões conscientes, possibilitando: investimentos futuros, aumento do Patrimônio, melhoria em sua competitividade entre outros. Outro fator importante são as exigências fiscais que estão se aprimorando e inovando, cada vez mais aumentam as necessidades do uso da Contabilidade e também as funções da mesma, não só no meio rural, mas também em outras áreas. Identificou-se através da pesquisa de Maiorino (2008), que a Contabilidade é utilizada, pela maioria dos produtores rurais, como ferramenta para fins fiscais, deixando de ser aproveitada em outros aspectos, como, por exemplo: para controle gerencial. Verificou-se também que os produtores se utilizam da própria experiência, pois a maioria deles não tem acesso a Contabilidade, seja por motivo de não terem condições financeiras, por desinteresse em utilizar a Contabilidade, pela falta de profissionais disponíveis, ou outros motivos. Hofer (2010) concluiu que há uma resistência muito grande dos pequenos e médios produtores rurais em utilizar a Contabilidade como ferramenta de gestão. A maioria dos produtores entrevistados na pesquisa administra suas atividades na informalidade ou faz anotações dos registros das atividades em cadernos.

3 2 Sem a utilização da Contabilidade, o empresário rural pode estar deixando de fazer negócios que lhe forneçam ótimos retornos sobre seu capital. Diante das informações citadas, surge a pergunta. Os produtores rurais de Palotina PR utilizam alguma forma de controle em suas propriedades? Se sim, quais as suas expectativas com a utilização desses controles? Por produtores rurais entende-se os produtores rurais da cidade de Palotina que utilizam a agricultura como principal atividade desenvolvida e que são clientes da C.Vale. Por forma de controle entende-se as ferramentas utilizadas pelos produtores como: cadernos, planilhas de Excel, sistemas informatizados, serviços terceirizados, entre outros. Por expectativas entende-se a finalidade do produtor rural em utilizar as ferramentas de controle. Além do objetivo geral a pesquisa possui também como objetivos acessórios: (a) levantar o perfil dos produtores rurais da região; (b) Identificar o percentual de produtores que utilizam alguma forma de controle; (c) Apontar quais formas de controle são utilizadas em sua propriedade; e (d) Descobrir quais as expectativas do produtor rural em utilizar esses controles. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A Fundamentação Teórica inicia descrevendo sobre a empresa rural, cujas principais atividades são a Agricultura e a Pecuária. Em seguida, considerando que o trabalho está mais focado na atividade agrícola, será descrito sobre as etapas desenvolvidas pelos produtores rurais no decorrer de suas atividades operacionais. Após este assunto, levando em conta que há a necessidade do produtor em controlar suas atividades, é descrito brevemente sobre a necessidade de planejamento e controle, a Contabilidade e a Contabilidade Gerencial, tendo esta última, algumas ramificações explicadas na sequência. Para finalizar, o capítulo aborda também algumas alternativas que o produtor rural dispõe para comercializar sua produção. 2.1 ETAPAS DESENVOLVIDAS NAS ATIVIDADES AGRÍCOLAS Crepaldi (1998) cita as etapas necessárias para o processo produtivo: a primeira etapa é o preparo do solo, em seguida acontece o plantio. Após o plantio, são feitos os tratos culturais. Seguindo a ordem, é efetuada a colheita e por último, a pós-colheita. O período de pós-colheita compreende o transporte interno, a armazenagem, a classificação efetuados na fazenda, tem a finalidade de valorizar os produtos e evitar danos, pois posteriormente serão comercializados. Cada produto é tratado de uma forma diferente. Por exemplo, a soja e milho são comercializados a granel, portanto, podem sair diretamente

4 3 de silos para agroindústrias, portos ou outro destino final, já hortaliças, necessitam de cuidados especiais, pois são muito sensíveis. (ARAÚJO, 2003) Além de executar as atividades descritas neste tópico, é importante que o produtor rural tenha conhecimento de sua atividade como um todo. Para isso, necessita de planejamento, visando saber como deve se comportar durante o ciclo produtivo, e efetuar o controle, para que possa obter os resultados esperados. 2.2 NECESSIDADE DE PLANEJAMENTO E CONTROLE De acordo com Santos et al (2002), o principal papel do administrador rural é planejar, controlar, decidir e avaliar os resultados, objetivando a maximização dos lucros. Mas para que suas decisões sejam eficazes, o administrador rural deve conhecer os fatores que influenciam, de alguma forma, os resultados econômicos, que são divididos em: Fatores externos - preços dos produtos, clima, existência de mercado para os produtos, política de créditos e financiamento, transporte, mão-de-obra disponível e outros; Fatores internos tamanho da empresa agropecuária, rendimento de cultivos e criações, seleção e combinação de atividades produtivas, eficiência de mão-deobra, eficiência de equipamento e outros; Deve-se ressaltar que o administrador não tem controle sobre os fatores externos, portanto, deve conhecê-los para ajustar-se a eles, aproveitando o máximo de condições favoráveis. Com relação aos fatores internos, o administrador deve conhecer o máximo possível, tirando o maior proveito, analisando sua capacidade de gerar resultados. (SANTOS et al, 2002) 2.3 GESTÃO DE CUSTOS Este tópico mostra algumas formas de custeio que podem ser utilizadas pelos produtores rurais. De acordo com Schier (2006), a gestão de custos é de relevante importância para as empresas. Isso decorre de essas empresas sempre buscarem melhoras nos resultados, inserção em novos mercados, desenvolvimentos de novos produtos e até mesmo continuarem desenvolvendo suas atividades.

5 4 De acordo com Fernandes (2001), citado por Robles Junior et al (2009), método de custeio é a forma pela qual se alocam os custos aos produtos e serviços ou a qualquer entidade sujeita a Custeio. No custeio por Absorção, de acordo com Bornia (2010), todos os custos, tanto fixos como variáveis, são considerados como custos do produto. Porém, os desperdícios não são atribuídos aos produtos. O autor ressalta que esse método de custeio adapta-se particularmente ao auxílio do controle de custos e apoio a melhoria da empresa. De acordo com Viceconti e Das Neves (1995), o Custeio por absorção consiste em apropriar os custos, sejam fixos ou variáveis, à produção do período, não considerando as despesas. A principal distinção é entre custos e despesas. É importante essa separação, pois as despesas são transferidas direto para o resultado do período, enquanto somente os custos relativos aos produtos vendidos terão tratamento idêntico às despesas. Segundo Santos et al (2009), são exemplos de custos fixos na agropecuária: salário de técnicos rurais, depreciação de máquinas agrícolas, salários de administradores, entre outros. O autor cita como exemplos de custos variáveis: mão de obra direta, fertilizantes, sementes, horas máquina, entre outros. Sendo assim, nesse método de custeio, todos os custos, tanto fixos como variáveis são apropriados no custo total do produto. De acordo com Bornia (2010), o Custeio Variável, considera como custos dos produtos somente os custos variáveis, sendo que os custos fixos são considerados como custos do período. Partindo do raciocínio de que esse método de custeio é utilizado para o apoio de decisões no curto prazo, quando os custos variáveis tornam-se relevantes e os custos fixos não. Fundamentando o raciocínio, as decisões da empresa estão relacionadas a quanto produzir de cada produto, aproveitando ao máximo os recursos. Neste caso, os únicos custos relevantes são os variáveis, já que os custos fixos independem da produção. 2.4 CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Welsch (1996) define orçamento como um plano administrativo que engloba todas as fases das operações para um período definido. É a expressão formal das políticas, planos, objetivos e metas definidas pela administração para a empresa como um todo, bem como para uma de suas subdivisões. Segundo Santos et al (2008), orçamento pode ser definido como a quantificação do planejamento estratégico da entidade. É utilizado para definir metas quantitativas de receitas, ganhos, despesas e perdas, bem como fluxos futuros de caixa de Patrimônio da empresa.

6 5 De acordo com Anthony (2003), citado por Oliveira (2009), o orçamento tem as funções de: Apoiar na confecção e na coordenação de planos de curto prazo; Serve de mecanismo para a comunicação dos planos aos vários gestores de áreas de responsabilidade; Uma maneira de motivar os gestores a atingir seus objetivos; Um padrão para controle das atividades em andamento; Serve como base para a avaliação do desempenho de gestores e áreas de responsabilidade; Também é uma forma de educar os gestores. 2.5 GESTÃO FINANCEIRA De acordo com Callado e Callado (1999), a Gestão Financeira tem como objetivo identificar a oportunidade mais rentável dentre as opções disponíveis, buscando aperfeiçoar a melhor alocação dos recursos financeiros Fluxo de Caixa De acordo com Ching (2010) fluxo de caixa pode ser definido como um fluxo de entradas e saídas que altera a conta caixa em determinados períodos. Tanto as entradas ou saídas podem ser originadas das atividades operacionais, de investimento e de financiamento. As atividades operacionais são as atividades resultantes das operações da empresa em um horizonte de curto prazo. Através dessas atividades, a empresa obtém lucro ou prejuízo e movimenta seu capital de giro, concedendo ou encurtando prazos, gerenciando seu inventário e negociando prazo e condições com seus fornecedores e credores. A empresa obtém entradas com lucro e reduzindo seu ciclo de caixa, e obtém saídas com prejuízos e alargamento do ciclo de caixa. (CHING, 2010) Para Hoji (2007), as atividades de investimento são executadas para dar suporte as atividades operacionais. Tem caráter permanente e de longo prazo, por exemplo: gastos com compras de máquinas e equipamentos de produção de bens, prédios para o desenvolvimento das atividades da loja, veículos para a distribuição de mercadorias e outros. O autor comenta também sobre as decisões do gestor financeiro em relação a esta atividade, que consiste em

7 6 destinar recursos financeiros para a aplicação em ativos circulantes e não circulantes mensurando a relação risco-retorno dos capitais alocados. As atividades de financiamento estão relacionadas com a maneira de como a empresa irá se financiar com o resultado de suas atividades. Pode ser com capital de terceiros (empréstimos, debêntures, notas promissórias e outros), ou capital próprio (abertura ou aumento de capital). Quando ocorrem essas situações descritas, a empresa terá entradas de caixa, já quando forem amortizadas as parcelas de financiamentos, debêntures a pagar e outros. (CHING, 2010). Já para Hoji (2007), as atividades de financiamento são executadas para suprir a empresa de recursos consumidos nas atividades operacionais e de investimento. O autor reforça que uma parte dos recursos pode ser paga com caixa. Também comenta sobre as decisões dos gestores com relação a essa atividade, que consiste em captar recursos financeiros para o financiamento dos ativos circulantes e não circulantes considerando a combinação adequada dos financiamentos de curto e longo prazo Alternativas para Comercialização de Grãos No Brasil, o produtor rural possui algumas alternativas para comercializar sua produção de grãos, dentre as mais conhecidas estão: Mercado a Vista; Mercado a Termo; Cédula de Produtor Rural; Mercado de Opções; e Mercado Futuro Mercado a Vista De acordo com Braun e Talamini (2010), o Mercado à Vista é o mercado no qual a liquidação (pagamento, recebimento financeiro e físico) é realizada no momento da negociação. O preço, a quantidade e a qualidade do produto são definidos diretamente entre o produtor e o comprador. Os autores comentam que nesse mercado, tanto o comprador quanto o vendedor dependem de todos os fatores responsáveis pela formação do preço, e que nesse mercado, o risco de oscilação de preço está sempre presente. De acordo com Mendes e Padilha Junior (2007), ao adotar essa política de comercialização, o produtor abandona qualquer possibilidade de obter um retorno mais expressivo, pois perde a chance de obter um preço melhor de mercado. Além disso, os valores do frete e de armazenagem estão mais altos na época da colheita devido ao excesso de demanda.

8 Mercado a Termo É a forma de comercialização que se liquida hoje para entregar a mercadoria no futuro. Nesse mercado, o envolvimento financeiro ocorre na data prevista no contrato, através de soja verde ou adiantamento. Após ser negociado preço, quantidade, qualidade, o local e data de entrega, o vendedor pode receber o dinheiro na data da negociação ou na entrega do produto. Cabe a ele definir a melhor opção. (BRAUN; TALAMINI, 2010) De acordo com Mendes e Padilha Junior (2007), caracteriza-se pela venda com entrega futura do produto, no qual o produtor efetua a venda antes mesmo da produção. Nessa alternativa, pode ou não haver adiantamento de recursos devido à venda antecipada, mas o ponto fundamental é a entrega efetiva do produto com um preço combinado Cédula de Produtor Rural (CPR) De acordo com Stefanello (2006), citado por Braun e Talamini (2010), a Cédula de Produtor Rural é um título de natureza cambial, avalizado por uma instituição financeira, através da qual o produtor rural ou a cooperativa vende a termo sua produção, recebe o valor no momento da negociação e se compromete a entregar seu produto na quantidade, qualidade, local e data previstos no título ou a pagar em dinheiro o montante equivalente a negociação. Conforme Gonzalez (2000), citado por Braun e Talamini, a CPR permite ao produtor rural financiar suas necessidades de capital na atividade agropecuária, e ao mesmo tempo o protege contra baixa nos preços. Assim desempenha de uma forma indireta, a fixação de um nível de lucro para a parcela de produção comercializada e viabiliza itens que a lavoura necessita Mercado de Opções Segundo o Portal do Investidor (2012), o Mercado de Opções é aquele que uma parte adquire o direito de comprar ou vender o objeto de negociação, até ou em determinada data por um preço previamente determinado. Em contrapartida, a outra parte assume a responsabilidade de vender ou comprar tal objeto de negociação, que são contratos padronizados representativos de um ativo financeiro ou de uma mercadoria (disponível ou no mercado futuro). O mercado de opções possibilita ao comprador da opção, seguro contra a queda ou alta dos preços, fixando um limite mínimo ou máximo para exercício da opção. Para o produtor de Soja, a opção de venda protege contra um movimento de queda nos preços da

9 8 soja. Por outro lado, a opção de compra traz o benefício da ocorrência de um movimento altista do produto. Em ambos os casos, ao adquirir uma opção, o produtor terá que pagar um prêmio ao lançador. (BRAUN; TALAMINI, 2010) Mercado Futuro De acordo com o Portal do Investidor (2012), Mercado Futuro é aquele que as partes assumem o compromisso de compra e/ou venda de determinada quantidade e qualidade do produto, padronizadas de um ativo financeiro ou real, representados em um contrato padronizado para liquidação física ou financeira em uma determinada data futura. Nesse mercado, há o ajuste diário no valor dos contratos. O mercado futuro pode ser uma boa opção, visto que ao vender contratos futuros, o produtor rural estará garantindo um determinado preço no futuro. Mas caso tenha a intenção de usufruir de altas no preço, deverá assumir a posição contrária, ou seja, comprar contratos futuros. É importante ressaltar que nos casos de compra e venda de contratos futuros há despesas operacionais, também impostos e custos de monitoramento. (BRAUN; TALAMINI, 2010) Política de Garantia de Preços Mínimos O preço mínimo, que é uma das principais políticas agrícolas do Brasil, é um valor monetário definido pelo governo através de decreto presidencial. É definido por unidade de peso do produto enquadrado no padrão de classificação e para cada produto objeto da política, com vigência de um ano-safra. Tem a finalidade de garantir aos beneficiários o recebimento desse valor, quando os preços de mercado se situarem em nível inferior. Dessa forma, o preço mínimo te como principal objetivo reduzir o risco do associado à volatilidade dos preços agrícolas. Garante certo nível de renda aos produtores e consequentemente, ao aumento da oferta (expansão da área plantada e produtividade). (MENDES; PADILHA JUNIOR, 2007) 2.6 LUCRO OU RESULTADO Segundo Marion (2009), a cada ano ou exercício social, a empresa apurará o resultado de suas atividades. Porém, é recomendável que a empresa apure seu resultado a cada três ou quatro meses. O resultado pode ser: Lucro (Receitas maiores que Custos + Despesas) ou Prejuízo (Custos + Despesas maiores que as Receitas). O autor cita que existem várias terminologias de Lucro na Demonstração de Resultado, que são:

10 9 Lucro Bruto, que é a diferença entre a Venda de Mercadorias e o Custo da Mercadoria Vendida, sem considerar Despesas. Lucro Operacional, que é a diferença entre o Lucro Bruto e as Despesas Operacionais (de vendas, administrativas e financeiras). Lucro antes do Imposto de Renda, que é obtido somando as Receitas Não Operacionais e diminuindo as Despesas Operacionais do Lucro Operacional. Lucro depois do Imposto de Renda, que é obtido subtraindo o Imposto de Renda e Contribuição Social do Lucro Antes do Imposto de Renda. Lucro Líquido, que é obtido diminuindo as participações (se houver) de empregados e administradores do Lucro Depois do Imposto de Renda. Crepaldi (2009) cita que é importante que o produtor rural conheça seu custo operacional (custos fixos, custos variáveis e despesas necessários para manter a propriedade), pois, dessa forma, o risco de vender sua produção por um valor abaixo dos seus custos ou vender por um valor acima da média do mercado, não conseguindo enfrentar a concorrência é menor. Essas são decisões que afetam diretamente o Lucro, que na visão do autor significa: a diferença positiva entre as receitas e os custos de cada atividade. Quando esta diferença for negativa, está caracterizado o prejuízo. 3 METODOLOGIA 3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA Quanto aos objetivos, a pesquisa se classifica como Descritiva, pois visa descrever características dos produtores rurais como: idade, escolaridade, atividades desenvolvidas, entre outros. Quanto a abordagem, se classifica como Qualitativa, pois procura entender algumas particularidades dos indivíduos, como as formas de controle utilizadas, e analisa a interação de certas variáveis. Quanto aos procedimentos, se classifica como Levantamento ou Survey, devido ao fato de haver a interrogação direta aos produtores rurais de Palotina PR, solicitando informações a fim de obter conclusões ao problema proposto.

11 POPULAÇÃO E AMOSTRA A população é composta por aproximadamente 1500 produtores rurais da cidade de Palotina que são clientes da C.Vale e que utilizam a agricultura como principal atividade geradora de renda. Já a amostra é composta por 54 produtores, representando aproximadamente 3,60% da população. A amostra foi selecionada no entreposto da Cooperativa C.Vale, situado na cidade de Palotina. Para conseguir os dados, foi necessário o auxílio de funcionários que atendem diretamente aos produtores rurais, que aplicaram os questionários no momento do atendimento. Dois questionários foram transmitidos via . Porém houve produtores que se recusaram a participar da pesquisa. Foram entregues 60 questionários, dos quais 54 retornaram respondidos. 3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS Neste trabalho, o instrumento para coleta dos dados é um questionário contendo 20 questões fechadas, procurando identificar: o perfil dos produtores rurais, quais controles são utilizados pelos mesmos e suas expectativas em utilizar esses controles. O questionário esteve dividido em dois blocos: o primeiro bloco (questões de 1 a 7) objetivou identificar o perfil dos produtores rurais. O segundo bloco (questões de 8 a 20) visou identificar se há controle das atividades por parte desses produtores, como é feito, e quais as expectativas por parte dos mesmos com a utilização desses controles. O questionário na integra é apresentado no apêndice A. 3.4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Após a coleta de dados efetuada por meio de 60 questionários entregues aos produtores rurais de Palotina PR, dos quais retornaram 54 respondidos, foi executada a Apresentação e Análise dos dados, que se deu por meio de estatística descritiva e está apresentada no capítulo a seguir. 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

12 PERFIL DOS RESPONDENTES O primeiro bloco do questionário objetivou identificar o perfil dos produtores rurais, contendo: faixa etária do produtor, escolaridade, tempo que exerce a atividade agrícola, dimensão da área cultivada, identificação da terra (própria ou arrendada), atividades desenvolvidas e perfil da mão de obra (própria ou contratada). Através dos dados obtidos constatou-se que a maior parte dos produtores (38,89%) apresenta faixa etária entre 50 e 60 anos. Logo em seguida, estão os produtores com faixa etária entre 40 e 50 anos, com 25,93%, e os que possuem mais de 60 anos, com 18,52%. As faixas etárias que contém menos produtores são: de 30 a 40 anos com 11,11%, de 20 a 30 anos com 5,56% e menos de 20 anos, que não obteve nenhuma resposta. Outra informação advinda dos dados se refere ao nível de escolaridade dos mesmos, constatou-se que a maioria dos produtores (53,70%) não avançou além do ensino primário. Já, 31,48% estudaram até o segundo grau, sendo que 18,52% o concluíram. As alternativas que menos obtiveram respostas foram: Ensino Superior incompleto e Ensino Superior completo com 5,56% e 9,26% respectivamente. A terceira questão objetivou identificar o tempo que os produtores exercem a atividade agrícola. Pôde-se observar que a metade dos entrevistados (50,00%) atua a mais de 20 anos na atividade agrícola. 20,37% atuam entre 15 e 20 anos e 14,81% responderam que exercem a atividade entre 10 e 15 anos. Outro ponto a ser analisado é de que nenhum dos produtores rurais da amostra responderam que atuam a menos de 1 ano na atividade. A pesquisa de Hofer (2010) confirma que a maior parte dos produtores atua a mais de 20 anos na propriedade rural, e a minoria dos entrevistados são os que atuam a menos de 5 anos. Constatou-se que, em relação a quantidade de terra cultivada, as respostas foram bem variadas. Mas a maior parte dos produtores (31,48%) cultiva uma área total que se situa entre 20 e 50. Logo na sequência, estão os produtores que cultivam de 10 a 20 com 20,37%. As duas opções que receberam percentual menor foram: menos de 5 e mais de 100, com 5,56% e 11,11%, respectivamente. Outra constatação é a de que a maioria dos produtores, 61,11% dos entrevistados, utiliza terra totalmente própria para o desenvolvimento de suas atividades, 31,48% utilizam terra parte própria e parte arrendada e, somente (7,41%), utilizam terra totalmente arrendada. A questão 6, visou identificar as atividades desenvolvidas pelos produtores rurais. Existem casos onde os produtores trabalham com mais de uma atividade. Dessa forma, foi

13 12 permitido ao produtor assinalar mais de uma alternativa, caso fosse necessário. O Gráfico 1 apresenta os dados obtidos com os respectivos percentuais.

14 13 Gráfico 1 Atividades desenvolvidas pelos produtores rurais Outros Suínos 2 3 Aviários 7 Gado de Corte 3 Gado de Leite 18 Produção de Trigo 12 Produção de Milho Produção de Soja Dos 54 produtores entrevistados, todos trabalham com as culturas Soja e Milho. Já, com relação às outras atividades apresentadas, o Gado Leiteiro foi a atividade que obteve percentual maior (33,33%), seguida pela Produção de Trigo que apresentou percentual de 22,22%. Suinocultura e Gado de Corte apresentaram percentual de 5,56%, e outras atividades obteve 3,70% das respostas. Na sétima questão, foi perguntado aos produtores sobre sua mão de obra, se é totalmente própria, contratada ou parte própria e parte contratada. Os dados revelam que, com relação a mão de obra, 57,41% dos produtores utilizam mão de obra própria (familiar), 31,48% utilizam mão de obra própria/terceirizada e por último, 11,11% dos produtores utilizam mão de obra totalmente contratada. 4.2 CONTROLES UTILIZADOS E EXPECTATIVAS DOS PRODUTORES RURAIS O segundo bloco do questionário objetivou verificar se os produtores rurais utilizam alguma forma de controle e quais as suas expectativas com a utilização desses controles. Na questão 8, os produtores responderam se executam planejamento de custos, ou seja, se antes da escolha do produto a ser cultivado, calculam quanto vão gastar com insumos (fertilizantes, sementes, agroquímicos e outros). Os dados evidenciam que 70,37% dos produtores calculam quanto vão gastar antes de optar por determinado produto. Somente 16 produtores, que representa 29,63%, responderam que não executam este planejamento.

15 14 O Gráfico 2 compara a quantidade de produtores que executam ou não o planejamento de custos com a área total cultivada pelos mesmos. Gráfico 2 Planejamento de Custos antes da escolha do produto x Área cultivada 100,00 90,00 80,00 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 66,67 Menos de 5 42,86 33,33 De 5 a 10 57,14 63,64 De 10 a 20 36,36 76,47 23,53 De 20 a 50 70,00 30,00 De 50 a ,00 Acima de 100 0,00 Sim Não Analisando o Gráfico 2, pode-se observar que todos os produtores que cultivam mais de 100 realizam planejamento de custos. Dos produtores que possuem de 50 a 100, 70% responderam que efetuam o planejamento. A área em que houve mais produtores que não executam o planejamento de custos foi de 5 a 10, com 57,14%. A nona questão objetivou identificar se os produtores efetuam planejamento de caixa futuro. Os resultados evidenciaram que 22,22% dos produtores efetuam planejamento de caixa futuro. A maioria, representada por 77,78%, não executa este planejamento e, assim, correm o risco de ficar com falta de recursos financeiros ou dinheiro parado no decorrer de suas atividades. Com o intuito de identificar quais produtores executam o planejamento de caixa futuro, foi elaborado o Gráfico 3, e constatou-se que grande parte dos produtores que executam planejamento de caixa está concentrada nas áreas acima de 20.

16 15 Gráfico 3 Planejamento de Caixa Futuro x Área Cultivada 100,00 100,00 100,00 90,00 85,71 76,47 80,00 83,33 80,00 70,00 60,00 50,00 40,00 Sim Não 30,00 23,53 20,00 16,67 20,00 14,29 10,00 0,00 0,00 0,00 Menos de 5 De 5 a 10 De 10 a 20 De 20 a 50 De 50 a 100 Acima de 100 A finalidade da questão 10 foi identificar se os produtores rurais efetuam planejamento de vendas. Constatou-se que, dos 54 produtores, 31 (57,41%) responderam que executam planejamento de vendas. Por outro lado, 23 produtores, representando 42,59% responderam que não executam este planejamento. Constatou-se somente os produtores que cultivam menos de 10 possuem um percentual menor com relação aos que não executam o planejamento de vendas. Em contrapartida, dos produtores que cultivam mais de 100, 83,33% efetuam o planejamento. A questão 11 identificou se os produtores rurais executam planejamento de produção, ou seja, após a escolha do produto, quanto gastarão para produzir. Constatou-se que a 79,63% dos produtores executam planejamento de produção. Somente 20,37% não executam este planejamento. Também foi efetuada a comparação do planejamento de produção com a área total cultivada, tendo por finalidade, identificar quais produtores elaboram este planejamento. O Gráfico 5 apresenta os dados obtidos, e percebe-se que 100% dos produtores entrevistados que cultivam de 10 a 20 efetuam o planejamento de produção. Dos produtores que possuem acima de 20, mais de 80% efetuam o planejamento. A única dimensão que obteve mais entrevistados que não executam este planejamento foi abaixo de 5, com 66,67%.

17 16 Gráfico 5 Planejamento de Produção x Área Total Cultivada 100,00 100,00 90,00 82,35 80,00 83,33 80,00 70,00 66,67 57,14 60,00 50,00 40,00 33,33 42,86 Sim Não 30,00 17,65 20,00 16,67 20,00 10,00 0,00 0,00 Menos de 5 De 5 a 10 De 10 a 20 De 20 a 50 De 50 a 100 Acima de 100 A décima segunda questão verificou se os produtores rurais sabem a que preço precisam vender a produção para cobrir os custos e despesas. Os resultados evidenciaram que 75,93% dos produtores entrevistados responderam que conhecem o preço necessário para cobrir seus custos e despesas. Em contrapartida, 24,07% o desconhecem. Na questão 13, os produtores que responderam afirmativamente a questão 12, justificaram seu conhecimento com relação ao preço de venda necessário. A Tabela 1 mostra que 60,98% dos produtores que conhecem seu preço executam o cálculo para chegar a uma conclusão, 21,95% utilizam a experiência e por base designam um preço necessário, 9,75% perguntam ao técnico da cooperativa, e também 9,75%, ouvem outros produtores a respeito do preço de venda necessário. Tabela 1 Justificativa para o produtor conhecer seu preço de venda ITEM PRODUTORES % Calculo meus custos e sei de quanto preciso para pagá-los 25 60,98 Utilizo a minha experiência e por base eu sei por quanto preciso vender 9 21,95 Ouço outros dizerem que tal preço é bom 3 7,32 Pergunto ao técnico da cooperativa 4 9,75 Total ,00

18 17 A décima quarta questão objetivou identificar as alternativas de comercialização de grãos que os produtores rurais conhecem. Nesta questão, os produtores poderiam responder mais que uma alternativa, caso fosse necessário. A Tabela 2 apresenta os resultados obtidos com os respectivos percentuais. Tabela 2 Alternativas de comercialização de grãos que os produtores conhecem ALTERNATIVA PRODUTORES % Preço a vista ,00 Contrato Futuro 47 87,04 Troca por insumos 16 29,63 Os dados contidos na Tabela 2 demonstram que todos os produtores conhecem o Preço a Vista como forma de comercialização. O Contrato Futuro é conhecido por 87,04% dos entrevistados e, por último, e menos conhecida em relação às outras, está a Troca por Insumos, que é obteve 29,63% das respostas. A questão 15 identificou qual das alternativas de comercialização de grãos o produtor utiliza para vender sua produção. Os dados coletados estão apresentados na Tabela 3. Tabela 3 Alternativas de comercialização de grãos utilizadas pelos produtores ALTERNATIVA PRODUTORES % Preço a vista ,00 Contrato Futuro 33 61,11 Troca por insumos 14 25,93 Através da Tabela 3, pode-se perceber que todos os produtores entrevistados, assim como conhecem, utilizam o preço a vista como forma de comercialização. Já o contrato futuro é utilizado por 61,11% dos produtores. Somente 25,93% dos produtores utilizam a Troca por insumos. A questão 16 objetivou identificar, na opinião dos produtores, qual a alternativa de comercialização de grãos é mais vantajosa. A Tabela 4 apresenta que percebe-se que, na

19 18 opinião da maioria dos produtores (70,37%), o preço a vista é a alternativa mais vantajosa de comercialização. 22,22% opinaram a favor do Contrato Futuro e 7,41% acreditam que a alternativa mais vantajosa é a troca por insumos. Tabela 4 Alternativa de comercialização de grãos mais vantajosa ALTERNATIVA PRODUTORES % Preço a vista 38 70,37 Contrato Futuro 12 22,22 Troca por insumos 4 7,41 Total dos produtores ,00 A questão 17 objetiva demonstrar o principal motivo que faz com que o produtor escolha uma determinada alternativa de comercialização de grãos. Os resultados obtidos estão apresentados na Tabela 5. Tabela 5 Principal motivo que faz o produtor optar por cada alternativa de comercialização MOTIVO PRODUTORES % Vencimento das contas na época da colheita 29 53,70 Necessidade de recursos para gerir a propriedade 5 9,26 Sabe o preço mínimo que precisa vender e faz contrato naquele valor 11 20,37 Estimativa de melhora ou não no preço do produto 9 16,67 Total ,00 Ao analisar a Tabela 13, percebe-se que 53,70% dos produtores escolhem uma determinada alternativa de comercialização levando em conta que o principal motivo é o vencimento das contas na época da colheita. O segundo motivo mais determinante, na opinião de 20,37%, é de que o produtor sabe o preço que precisa vender e fecha contrato no determinado valor. Os dois motivos menos considerados são: a estimativa de melhora ou não no preço do produto e a necessidade de recursos para gerir a propriedade, cujos percentuais são 16,67% e 9,26%, respectivamente.

20 19 O objetivo da questão 18 foi demonstrar quais as formas de controle utilizadas pelos produtores rurais de Palotina. Constata-se, a partir do Gráfico 2, que 57,41% dos produtores anotam os registros de suas atividades em cadernos; 14,81% responderam que não utilizam nenhuma forma de controle; 12,96% efetuam o registro das atividades em planilha de Excel; e 9,26% contratam serviços de escritórios e 5,56% possuem administradores próprios. Nenhum dos entrevistados possui sistema informatizado. Os resultados encontrados por Hofer (2010) em sua pesquisa demonstram que a maioria dos entrevistados efetua controle informal, ou seja, utiliza somente a memória como ferramenta de controle. Em seguida estão os produtores que efetuam os registros em cadernos. Um pequeno percentual utiliza Excel ou possui administrador próprio. Nenhum dos entrevistados possui sistema informatizado. Gráfico 2 Formas de controles utilizadas pelos produtores rurais Não faço controle nenhum 8 Possui sistema informatizado 0 Contrato serviços de escritório 5 Planilha de Excel 7 Possui administrador 3 Anotações em caderno A pesquisa de Maiorino (2008) mostra que a maior parte dos produtores que não possuem controles contábeis não os contrata por falta de interesse. Também há produtores que

21 20 não contratam por motivos de preços elevados ou por falta de profissionais interessados em trabalhar com a atividade rural. A Tabela 6 compara as formas de controle com a área total cultivada pelos produtores. Tabela 6 Comparação da área total cultivada com as formas de controles utilizadas Anotações Faço Não Serviços Possuo ÁREA em Possui planilha de efetuo de Sistema (em ) caderno administrador Excel controle escritório informatizado Total Menos de De 5 a De 10 a De 20 a De 50 a Acima de Total Observando a Tabela 6, pode-se perceber que a maioria dos produtores que contratam serviços de escritório e possuem administrador próprio são os que cultivam mais de 50. Já a maioria dos produtores que cultivam abaixo de 50 efetua o registro das atividades em caderno. O objetivo da 19ª questão foi de identificar quais expectativas mais e menos importantes, na opinião dos produtores. A questão apresentava oito expectativas nas quais os produtores enumeraram de 1 a 8, sendo que 1 indicava a mais importante. Gráfico 3 Expectativas com maior importância

22 21 Aplicar melhor os recursos financeiros 2 Aumentar as receitas 0 Gerenciar melhor as atividades 3 Aumentar os resultados Planejar com base na lucratividade 1 0 Reduzir os custos 5 Informações úteis para tomar decisões 18 Controlar melhor os custos de produção Observando o Gráfico 3 pode-se perceber que, na opinião da maior parte dos produtores que possui alguma forma de controle, representada por 39%, obter informações úteis para a tomada de decisões é a expectativa mais importante. Logo em seguida, obtendo 37% das respostas, está o melhor controle dos custos de produção. Planejar com base na lucratividade e aumentar as receitas não obtiveram nenhuma resposta como sendo a expectativa mais importante. Os resultados da pesquisa de Hofer (2010) mostram que, com relação às justificativas do interesse dos produtores em adotar assessoria contábil, o maior controle de custos de produção, possuir informações precisas para a tomada de decisões e reduzir os custos foram às alternativas mais opinadas. O Gráfico 4 apresenta os resultados referentes às expectativas com menor importância na opinião dos produtores rurais.

23 22 Gráfico 4 Expectativa com menor importância Aplicar melhor os recursos financeiros 2 Aumentar as receitas 26 Gerenciar melhor as atividades Aumentar os resultados 0 3 Planejar com base na lucratividade 4 Reduzir os custos 8 Ter informações úteis para a tomada de decisões Controlar melhor os custos de produção Com relação a menos importante, analisando o Gráfico 4, percebe-se que 57% dos produtores assinalaram o aumento de receitas, 14,81% assinalaram a redução de custos e 9% responderam planejar com base na lucratividade. A única alternativa que não obteve resposta como menos importante foi o aumento de resultados. A vigésima e última questão objetivou identificar o que é resultado (ou Lucro) na opinião dos produtores. A Tabela 8 apresenta os resultados obtidos. Tabela 7 O que o produtor considera como resultado (Lucro) em sua atividade ITEM PRODUTORES % Valor total recebido pela safra - 0,00 Valor recebido pela safra menos gasto com insumos 5 9,26 Valor recebido pela safra menos insumos e mão de obra 12 22,22 Valor recebido pela safra menos insumos, mão de obra e depreciação ,48 Valor recebido no final do ano, após pagar as contas, inclusive financiamentos 20 37,04 Total ,00 Os resultados mostram que, 37,04% disseram que resultado significa o valor recebido pela safra, deduzindo todas as contas do período, inclusive financiamentos. Seguindo a

24 23 ordem, 31,48% consideram como resultado o valor recebido pela safra, após deduzir os insumos, mão de obra e depreciação. Nenhum dos produtores entrevistados considera como resultado, somente o valor recebido pela safra. Os dados evidenciaram que a maioria dos produtores com ensino fundamental (completo ou incompleto) tem uma visão mais financeira de resultado, pois optaram pela alternativa que subtrai todas as contas, inclusive financiamentos, antes de se obter o resultado. 5 CONCLUSÃO Este trabalho objetivou demonstrar o grau de utilização de controles relacionados com a Contabilidade pelos produtores rurais da cidade de Palotina. O controle das atividades proporciona vários benefícios em empresas de qualquer ramo. Atualmente, a atividade rural está movimentando uma grande quantidade de capital, necessitando de ferramentas de controle eficazes, que proporcionam mais segurança aos produtores. Para efetuar uma análise mais crítica do assunto, foram executados cruzamentos de informações. Através da pesquisa, pôde-se observar que a maioria dos produtores possui faixa etária entre 50 e 60 anos, e que concluíram ou não o ensino fundamental. Observou-se também, que a maior parte dos produtores cultiva de 20 a 50 e utiliza terras próprias para o desenvolvimento das atividades. Basicamente, as atividades mais cultivadas são as plantações de Soja e Milho, e um percentual razoável utiliza o Gado leiteiro para incrementar a renda. Em relação ao planejamento de custos de produção, de vendas e caixa futuro, a maioria dos produtores efetua o cálculo de custos antes e depois da escolha do produto, assim como planejam as vendas (quantidade vendida, preço de venda, impostos incidentes e outros). Por outro lado, uma pequena parte executa o planejamento de caixa futuro, por ser um planejamento mais sofisticado. Retomando a questão de pesquisa (Os produtores rurais da cidade de Palotina PR utilizam alguma forma de controle em suas propriedades? E quais as suas expectativas com a utilização desses controles?), com relação aos controles utilizados, 85,59% respondeu que utiliza alguma forma de controle. Somente 14,81% não utilizam ferramentas formais, ou seja, utilizam a memória como ferramenta de controle. Desses 85,59%, grande parte registra as atividades em cadernos, dificultando o acesso a informações que, se fossem disponibilizadas por computadores, chegariam mais rapidamente nas mãos dos produtores. Dos que possuem

25 24 controles mais sofisticados, como administrador próprio, escritório de contabilidade e planilha de Excel, praticamente todos cultivam mais de 50. Percebeu-se também, que as expectativas consideradas mais importantes pelos produtores rurais ao utilizar esses controles são: controlar melhor os custos de produção e obter informações úteis para a tomada de decisões. Já, na opinião deles, apesar de grande parte possuir somente o ensino fundamental completo, aumentar as receitas não se caracteriza tão importante, devido ao fato de que nem sempre significar aumento de resultado. Concluindo, percebe-se que há um interesse dos produtores em controlar suas atividades, mas os métodos utilizados ainda são antiquados, principalmente aos produtores que cultivam área com dimensões maiores. E após comparar esta pesquisa com outras, como a de Hofer (2010) e Maiorino (2012), percebeu-se que não há muita distinção entre os resultados. Os produtores, em sua maioria, controlam suas atividades utilizando a informalidade ou anotações em caderno, que, considerando a concorrência e a rapidez em que os empresários necessitam das informações atualmente, são métodos já ultrapassados e até impróprios. Recomenda-se que, os produtores que cultivam áreas acima de 20, invistam em controles mais sofisticados, pois já controlam uma quantidade considerável de capital. Assim, com o registro das atividades mais detalhado em seu poder e informações disponibilizadas com mais rapidez, terão bases suficientes para crescer financeira e economicamente. REFERÊNCIAS AGRONEGÓCIO, Portal do. Conceito de Agronegócio. Disponível em: < Acesso em 08 abr ARAÚJO, Massilon J. Fundamentos de agronegócios. São Paulo: Atlas, BORNIA, Antonio Cezar. Análise Gerencial De Custos. 3ª edição. São Paulo. Atlas S.A BRAUN, Eder. TALANIMI, Edson. Estratégias de comercialização da soja: uma análise das opções utilizadas pelos produtores rurais da Região do Alto Jacuí/RS. Disponível em: < Acesso em 09 Jun

26 25 CALLADO, Antônio André Cunha; CALLADO, Aldo Leonardo Cunha. Processo decisório sobre custos no contexto rural. Disponível em; < f /$FILE/NT000A2EF6.pdf>. Acesso em 02 jun CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Rural. 4ª edição. São Paulo: Atlas S.A, Contabilidade Rural. 5ª edição. São Paulo: Atlas S.A, CHING, Hong Yuh. Gestão de caixa e capital de giro. 22ª Ed. Curitiba: Juruá Editora, HOFER, Elza. A relevância do controle contábil para o desenvolvimento do agronegócio em pequenas e médias propriedades rurais. Disponível em: < Acesso em 14 Abr HOJI, Masakazu. Administração financeira na prática. São Paulo: Atlas S.A, ROBLES JUNIOR, Antonio. Et al. Contabilidade de Custos: temas atuais. Curitiba: Juruá, MAIORINO, Graciela de Oliveira. A importância da Contabilidade Gerencial para a otimização dos recursos na atividade rural. Disponível em: < Acesso em 14 Abr MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 15ª edição. São Paulo: Atlas S.A MENDES, Judas Tadeu Grassi. PADILHA JUNIOR, João Batista. Agronegócio, uma abordagem econômica. São Paulo: Pearson Prentice Hall, OLIVEIRA, Antonio Benedito da Silva. Controladoria. Fundamentos do controle empresarial. Editora, Saraiva, PESQUISA, Sua. Pecuária. O que é, de corte e leiteira, pecuária brasileira, consumo interno e exportação, clonagem. Disponível em: < Acesso em 01 abr PORTAL DO INVESTIDOR. Mercado Futuro e Derivativos. Disponível em: < /tabid/173/default.aspx>. Acesso em 09 Jun 2012.

27 26 SANTOS, Gilberto José dos. Et al. Administração de Custos na Agropecuária. 3ª edição. São Paulo: Atlas, ; et al. Administração de Custos na Agropecuária. 4ª edição. São Paulo: Atlas, SANTOS, José Luiz dos. Et al. Fundamentos de orçamento empresarial. São Paulo. Atlas, SANTOS, Roberto Fernandes dos. Introdução a Contabilidade, noções fundamentais. 1ª edição. São Paulo: Saraiva SCHIER, Carlos Ubiratan da Costa. Gestão de Custos. 20 ed. Editora xibpex VICECONTI, Paulo E. V. Neves, Silvério Das. Contabilidade de Custos. 4ª edição. São Paulo: Frase editora, WELSCH, Glenn Albert. Orçamento empresarial. 4ª edição. São Paulo: Atlas, 1996.

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