O contributo do diálogo intercultural e inter-religioso para o desenvolvimento harmonioso da sociedade

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1 D. José da Cruz Policarpo Cardeal Patriarca de Lisboa O contributo do diálogo intercultural e inter-religioso para o desenvolvimento harmonioso da sociedade 89 A primeira questão que se coloca ao abordar o tema do diálogo intercultural é a noção de Cultura, o seu âmbito, os diversos elementos que nela interferem, o factor unificador de todos eles em ordem a uma harmonia cultural, que se vai formando ao longo do tempo. O diálogo intercultural e inter-religioso cruzam-se inevitavelmente. O diálogo intercultural é uma componente intrínseca à própria cultura e encontra o seu fundamento na dignidade da pessoa humana, na sua igualdade fundamental e na sua participação responsável numa comunidade. Dada a forte influência das religiões no caldear das culturas, chegando a ser, por vezes o seu elemento unificador, o diálogo intercultural inclui, necessariamente, o diálogo inter-religioso, que põe as diversas religiões a dialogar entre si, exprimindo-se pelo conhecimento mútuo, pela descoberta da convergência de perspectivas, dos valores comuns e pela consciência crítica das diferenças fundamentais, respeitando a dignidade de cada um. Um outro aspecto a ter em atenção no diálogo inter-religioso é a relação das religiões com a política e, de modo particular, com os poderes estabelecidos, o que pode dificultar, ou mesmo inviabilizar, esse diálogo.

2 90 The first thing to come up when you deal with the issue of intercultural dialogue is the notion of culture, its scope, the various elements which interfere with it, their unifying factor in order to reach a cultural harmony, which takes shape throughout time. Religious and intercultural dialogue inevitably cross paths. Intercultural dialogue is an inherent component of culture itself, and its essentials lye in the dignity of the human person, in its fundamental equality and in its responsible participation in a community. Given the strong influence of religions in the shaping of cultures, at times amounting to its main unifying element, intercultural dialogue necessarily includes inter-religious dialogue, which puts religions in communication with each other, expressing themselves through mutual knowledge, through the discovery of a convergence of perspectives, of common values and through the critical awareness of the fundamental differences, respecting the dignity of each person. Another aspect to be taken into consideration when it comes to inter-religious dialogue is the relationship between religions and politics, and, in particular, with institutionalized power, which may obstruct that dialogue, or even render it unfeasible.

3 1. A primeira questão que se me põe, ao abordar este tema, é a noção de cultura, o seu âmbito, os diversos elementos que nela interferem, o factor unificador de todos eles em ordem a uma harmonia cultural. A maneira como o tema me foi sugerido refere a existência duma grande variedade de culturas no espaço da União Europeia e a exigência do diálogo intercultural para que haja coesão. Será mesmo assim? No debate a propósito do preâmbulo do projecto do Tratado Constitucional Europeu, surgiu a tese de que não há uma cultura europeia mas diversas culturas na Europa. É um facto inegável que existem factores culturais muito diversos, ligados à história, à etnia, à religião, etc. Mas cada um desses factores merecerá o nome de cultura, ou serão antes componentes de uma cultura? Vejo a cultura como a harmonia dessa diversidade de factores, mais próxima do conceito grego e bíblico de sabedoria, quadro de interpretação da vida e da história, que inspira a liberdade e orienta a fisionomia espiritual dos povos. Esta harmonia vai-se formando ao longo do tempo, não se determina por decreto, supõe o diálogo entre as diversas «estruturas» culturais, o que faz com que o diálogo intercultural seja uma componente indispensável da cultura. Para que um conjunto de elementos culturais se torne nessa sabedoria envolvente, há, normalmente um desses elementos, ou vários, que realizam a unidade de todos: pode ser a religião ou uma forte corrente de pensamento inspiradora da história colectiva, como é o caso do confucionismo na cultura chinesa. A alteração ou o enfraquecimento desse elemento unificador é factor decisivo no fenómeno da mutação cultural. Reconheço que há na Europa uma grande variedade de componentes culturais, o que não impede que se fale de cultura europeia pois só assim a cultura se aproxima do conceito de civilização. No caso da cultura europeia o mais forte elemento unificador foi o judeo-cristianismo. Esse lugar tem sido disputado por outras correntes culturais, como a filosofia iluminista e o fenómeno global da modernidade. O marxismo pretendeu sê-lo, ao apresentar-se como interpretação global do homem e da história, mas parece hoje claro que não o conseguiu. Como é também claro na evolução cultural da Europa que o enfraquecimento do judeo-cristianismo, como elemento unificador, acelerou os processos de mutação cultural, o que não deixa de interpelar o cristianismo na sua relação com a sociedade e com a história. 2. Quanto ao diálogo intercultural e inter- religioso, estes não coincidem, mas cruzam-se inevitavelmente. O diálogo intercultural é uma componente intrínseca à própria cultura. Se os diversos factores culturais não estiverem em diálogo, não se chegará àquela harmonia unificadora exigida pela sabedoria. A falta desse diálogo pode influenciar negativamente os processos da mutação cultural: as culturas afastam-se da sua identidade, quando esses processos deveriam fortalecê-las, integrando novos elementos e adaptando-as ao homem de cada tempo. Mas em que consiste esse diálogo? Encontra o seu fundamento na dignidade da pessoa humana, na sua igualdade fundamental e na sua condição de ninguém poder realizar-se como indivíduo isolado, mas como ser em relação com os outros homens. O homem reconhece-se a si mesmo em diálogo com os outros, pela participação responsável numa comunidade. O diálogo intercultural, cujo sujeito não são apenas os indivíduos mas as comunidades, é realização da dimensão dialógica do ser humano. Proporcionando o encontro e o conhecimento mútuo das diversas maneiras de interpretar a vida, abre-se um «universal humano» que define cada homem como membro de uma única família humana. Este aspecto ganhou um relevo particular com o fenómeno da globalização. Não acentuar apenas as diferenças mas valorizar as perspectivas comuns torna-se factor de harmonia e de paz. 3. Dada a forte influência das religiões no caldeamento das culturas, chegando a ser, por vezes o seu elemento unificador, o diálogo intercultural inclui, necessariamente, o diálogo inter-religioso. E nesse âmbito o diálogo não é, apenas, das diversas religiões entre si, mas de todas as outras componentes culturais com o factor religioso. Esta dimensão do diálogo intercultural tem sido difícil nos últimos tempos e a sua falta prejudica gravemente a coesão social e a construção da paz. As correntes culturais laicizantes e ateisantes dos últimos tempos procuraram marginalizar o factor religioso do diálogo intercultural. É tam- 91

4 92 bém certo que as próprias religiões, incluindo o cristianismo, nem sempre souberam dialogar com as novas correntes culturais emergentes. O difícil diálogo com a modernidade é disso um exemplo. Mas a explosão da importância do fenómeno religioso, no tempo que estamos a viver, na coesão social e na construção da paz, mostra que essa lacuna é grave em termos de civilização. Crentes ou não crentes, em termos positivos de construção da sociedade, todos têm de reconhecer a importância do fenómeno religioso na construção da história. Tentar excluí-lo do diálogo e do debate intercultural é esconder a cabeça na areia. Os países da União Europeia, estruturados na base da democracia pluralista, começam a abrir-se, de maneira tímida, para a necessidade deste diálogo. Mas normalmente chega-se lá, não a partir das exigências internas do diálogo intercultural, mas por via jurídica do reconhecimento dos direitos fundamentais, entre os quais sobressai o da liberdade de consciência de que a liberdade religiosa é a expressão maior. Mas o simples reconhecimento da liberdade religiosa como um direito fundamental não leva, necessariamente, a um diálogo intercultural que dê a devida importância ao factor religioso como interveniente na cultura. Basta verificar a escassa ou mesmo nula presença da importância do fenómeno religioso no conjunto da sociedade, nos nossos sistemas educativos, na elaboração das leis e na definição das linhas mestras de uma política social. Isso levaria a sociedade a integrar naturalmente, de forma consciente e crítica, a dimensão religiosa na construção da coesão social, apreciando a contribuição dos grupos religiosos que o mereçam, e a apreciarem todos em ambiente de crítica construtiva. Isso exige também que as Igrejas e os outros grupos religiosos entrem positivamente nesse diálogo, não se fechando no secretismo da lei do arcano ou duma linguagem não compreensível pelo comum dos cidadãos, para defenderem a especificidade dogmática da sua fé. O diálogo aberto não os prejudica nem os põe necessariamente em questão. 4. O diálogo inter-religioso é ainda mais difícil e mais problemático que o diálogo intercultural, mas é tão necessário como este. Trata-se de pôr as diversas religiões a dialogar entre si. Exprime- se, antes de mais, num conhecimento mútuo, em descobrir a convergência de perspectivas, valores comuns, se não coincidentes, pelo menos convergentes e em ter também uma consciência crítica das diferenças fundamentais. Tem como factor prévio fundamental o respeito pela dignidade de cada um; esse respeito garante, à partida, um diálogo fraterno, prévio aos elementos substantivos do diálogo inter-religioso que é sobre as religiões e não apenas diálogo cordial entre pessoas de diversas religiões. Por vezes acontece ter amigos de outras religiões, desde que não se fale de religião. As dificuldades do diálogo inter-religioso são várias e de diversas ordens. Antes de mais, a especificidade das verdades da fé de cada religião, intocáveis e inegociáveis. O sincretismo é um fantasma temido como efeito possível desse diálogo. Mesmo entre os diversos grupos cristãos, em que há uma vasta base comum daquilo em que se acredita, o diálogo ecuménico tem sido lento e de efeitos práticos limitados, apesar do grande investimento das diversas Igrejas cristãs nesse diálogo, intensificado a partir do Concílio Vaticano II. Aliás, este conceito de diálogo ecuménico é frequentemente confundido com diálogo inter-religioso. A palavra ecuménico é reservada ao diálogo entre as diversas Igrejas cristãs que constituem, no seu conjunto, a única Igreja de Jesus Cristo, que tem na construção da unidade da fé uma das suas exigências fundamentais. Os progressos que se fizeram no diálogo ecuménico tornam o cristianismo, como um todo, mais capaz de um verdadeiro diálogo inter-religioso. Para ultrapassar esta primeira dificuldade, torna-se urgente promover estudos, mesmo ao mais alto nível científico e académico, de comparação entre as religiões. O desconhecimento mútuo não facilita nem promove o diálogo. O contributo da fé religiosa para o desenvolvimento harmónico da sociedade está hoje afirmado, de modo mais ou menos forte, em todas as grandes religiões. Esse seria o capítulo mais fácil deste estudo comparado das religiões. Outra dificuldade para o diálogo inter-religioso pode advir da memória histórica: guerras de religiões; a violência usada como caminho para impor perspectivas religiosas; as feridas causadas pelas cisões entre cada religião. Por vezes, sente-se também neste contexto a normal dificuldade de

5 dialogar com o «inimigo». Só o progresso da civilização, de que a cultura é elemento fundamental, pode ajudar a superar esta memória histórica. Tendo todas as religiões em comum a fé em Deus, só uma relação purificada com Deus levará ao ambiente de respeito mútuo e de amor fraterno, que é a dimensão decisiva da coesão social. 5. A relação das religiões com a política e, de modo particular, com os poderes estabelecidos, pode também dificultar este diálogo. Algumas confissões religiosas estão de tal modo implicadas com o poder, que é difícil estabelecer com elas um diálogo que não apareça como aprovação desse poder. Aliás todo este processo tornar-se-ia mais fácil se toda a orientação política dos povos e das nações desse um maior lugar à cultura. Uma coisa é certa: ou se dá ao fenómeno religioso a importância que ele tem e se o trata fazendo ressair as suas potencialidades positivas para a humanização progressiva da sociedade, ou ele se transforma num obstáculo à harmonia. Os que quiseram resolver o problema, procurando destruir ou desconhecer o fenómeno religioso, se ainda não desistiram, é bom que o façam para bem da paz e da harmonia da sociedade. 93

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